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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

“CIRURGIAS PLÁSTICA NA VISÃO ESPÍRITA. ”

Chico Xavier, em afirmações expressas no programa Pinga-Fogo da TV Tupi, nos anos 70, dizia que a cirurgia plástica para regenerar os tecidos, orientada pelos médicos, é para quem a faz um meio de estímulo psicológico para que a interiorização da felicidade mesmo que relativa diminua a laceração da tristeza. Reavivando dessa forma a atividade mais equilibrada e para que se possa enfrentar os desafios do quotidiano e permita que se veja com mais interesse as vidas daqueles que delas necessitam.
Se a providência Divina nos concedeu a plástica, através do progresso das ciências, naturalmente é para que venhamos valorizar cada vez o corpo físico por meio do qual viajamos aqui na Terra.
As Pessoas questionam-se sobre a correção de problemas estéticos, através de cirurgia plástica, devido a temer os resgates reencarnatórios.
Tal qual nós podemos pelo amor atenuar as nossas fragilidades ou seja as provações, entendo que as plásticas para correção ,não sendo excessivas da futilidade de procura de beleza exterior, e sem desmando de respeito pelo corpo , não são cometimento de atrocidade, mas apenas a forma a permitir a Ciência que com a autorização de Deus projetou essa ou aquela correção.
Chico nos diz o seguinte, quando questionado por um médico;
“Nós pensamos, com os amigos que se comunicam conosco, que nem toda provação deve perdurar durante a existência inteira. Chega o momento em que essa provação pode ser extinta e renovada para o bem, reformada para a felicidade da criatura. A cirurgia plástica regeneradora é uma ciência que vem em benefício de nós outros, porque muitos de nós precisamos do rosto mais ou menos bem composto, das pernas fortes, ou mesmo de outros sinais morfológicos do corpo corretos para cumprir bem a tarefa. Eu conheço uma amiga que é manequim e ganha a vida para sustentar o marido que está num sanatório. Por que razão impedir que ela faça a cirurgia plástica nos seios, quando estes estão defeituosos?”
No entanto não podemos confundir melhoria da expressão física por qualquer desvio que necessita de correção com excessos, porque cada caso é um caso, neste que vimos atrás, é diferente daqueles que se procuram para aclimatar a beleza exterior, a exemplo a colocação de prótese de silicone dos seios, destituindo a realidade do corpo , para alimentar uma beleza que pode até ficar bem cara pela destituição da sua originalidade corporal. A cirurgia não deve ser feita para nos tornarmos objeto, mas para retificação de problemas que não tenham outra solução senão a cirurgia estética
No entanto os desvios da razão , são pertencentes ao livre-arbítrio de cada pessoa. E muitas das vezes se busca esta solução para apagar as sombras da alma, e isso é apenas de credito de quem assim segue esse caminho exagerando na sua transformação corporal.
As cirurgias para âmbito corretivo são perfeitamente aceitáveis. As cirurgias que visam corrigir distúrbios funcionais são indispensáveis. Um cuidado está no que se refere somente à estética, a perigosidade está no excesso. Uma cirurgia com atitude exclusivamente para exteriorização da vaidade é perigosa. Já uma cirurgia que vai reabilitar a autoestima é benéfica. Quem vai fazer uma mudança visual, por mero processo estético deve contemporizar bem se isso é prioritário!
Se seu bom senso detido de sentimentos nobres e no uso de seu livre-arbítrio entendeu, a importância da tomada da decisão de o fazer depende sempre do que está por detrás do pensamento de cada individualidade e de sua escolha, a nós cabe apenas alertar para os excessos.
O corpo foi doado para que dele demos boa conta, ou seja zelemos por ele de forma digna e de respeita pela doação que nos foi dada. Portanto o Espiritismo não recrimina a cirurgia plástica , nos expoentes do que aqui expressamos, dentro dos valores do bom senso e da razão.

Victor Manuel Pereira de Passos

“CIRURGIAS PLÁSTICA NA VISÃO ESPÍRITA. ”

Chico Xavier, em afirmações expressas no programa Pinga-Fogo da TV Tupi, que podem ver aqui na seção ( vídeos importantes) nos anos 70, dizia que a cirurgia plástica para regenerar os tecidos, orientada pelos médicos, é para quem a faz um meio de estímulo psicológico para que a interiorização da felicidade mesmo que relativa diminua a laceração da tristeza. Reavivando dessa forma a atividade mais equilibrada e para que se possa enfrentar os desafios do quotidiano e permita que se veja com mais interesse as vidas daqueles que delas necessitam.
Se a providência Divina nos concedeu a plástica, através do progresso das ciências, naturalmente é para que venhamos valorizar cada vez o corpo físico por meio do qual viajamos aqui na Terra.
As Pessoas questionam-se sobre a correção de problemas estéticos, através de cirurgia plástica, devido a temer os resgates reencarnatórios.
Tal qual nós podemos pelo amor atenuar as nossas fragilidades ou seja as provações, entendo que as plásticas para correção ,não sendo excessivas da futilidade de procura de beleza exterior, e sem desmando de respeito pelo corpo , não são cometimento de atrocidade, mas apenas a forma a permitir a Ciência que com a autorização de Deus projetou essa ou aquela correção.
Chico nos diz o seguinte, quando questionado por um médico;
“Nós pensamos, com os amigos que se comunicam conosco, que nem toda provação deve perdurar durante a existência inteira. Chega o momento em que essa provação pode ser extinta e renovada para o bem, reformada para a felicidade da criatura. A cirurgia plástica regeneradora é uma ciência que vem em benefício de nós outros, porque muitos de nós precisamos do rosto mais ou menos bem composto, das pernas fortes, ou mesmo de outros sinais morfológicos do corpo corretos para cumprir bem a tarefa. Eu conheço uma amiga que é manequim e ganha a vida para sustentar o marido que está num sanatório. Por que razão impedir que ela faça a cirurgia plástica nos seios, quando estes estão defeituosos?”
No entanto não podemos confundir melhoria da expressão física por qualquer desvio que necessita de correção com excessos, porque cada caso é um caso, neste que vimos atrás, é diferente daqueles que se procuram para aclimatar a beleza exterior, a exemplo a colocação de prótese de silicone dos seios, destituindo a realidade do corpo , para alimentar uma beleza que pode até ficar bem cara pela destituição da sua originalidade corporal. A cirurgia não deve ser feita para nos tornarmos objeto, mas para retificação de problemas que não tenham outra solução senão a cirurgia estética
No entanto os desvios da razão , são pertencentes ao livre-arbítrio de cada pessoa. E muitas das vezes se busca esta solução para apagar as sombras da alma, e isso é apenas de credito de quem assim segue esse caminho exagerando na sua transformação corporal.
As cirurgias para âmbito corretivo são perfeitamente aceitáveis. As cirurgias que visam corrigir distúrbios funcionais são indispensáveis. Um cuidado está no que se refere somente à estética, a perigosidade está no excesso. Uma cirurgia com atitude exclusivamente para exteriorização da vaidade é perigosa. Já uma cirurgia que vai reabilitar a autoestima é benéfica. Quem vai fazer uma mudança visual, por mero processo estético deve contemporizar bem se isso é prioritário!
Se seu bom senso detido de sentimentos nobres e no uso de seu livre-arbítrio entendeu, a importância da tomada da decisão de o fazer depende sempre do que está por detrás do pensamento de cada individualidade e de sua escolha, a nós cabe apenas alertar para os excessos.
O corpo foi doado para que dele demos boa conta, ou seja zelemos por ele de forma digna e de respeita pela doação que nos foi dada. Portanto o Espiritismo não recrimina a cirurgia plástica , nos expoentes do que aqui expressamos, dentro dos valores do bom senso e da razão.

Victor Manuel Pereira de Passos

domingo, 16 de outubro de 2016

“INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS EM NOSSOS PENSAMENTOS E ATOS, E NOS ACONTECIMENTOS DA VIDA. ”

Allan Kardec pergunta aos Espíritos Superiores:
"Influem os Espíritos em nossos pensamentos e nossos atos?
R- Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem."
A resposta dada pelos Espíritos não nos deve causar estranheza, pois, se analisarmos o assunto fazendo uma comparação com o que sucede em nossas relações sociais, chegaremos à conclusão de que vivemos em permanente sintonia com as pessoas que nos rodeiam, familiares ou não, das quais recebemos influenciação por meio das ideias que exteriorizam e dos exemplos que nos dão, do mesmo modo que as influenciamos com as nossas ideias e com a nossa conduta.
O mesmo ocorre, naturalmente, com os habitantes do mundo espiritual, pois são eles os seres humanos desencarnados que, pelo simples fato de terem deixado o invólucro carnal, não mudaram as características de sua personalidade ou a sua maneira de pensar.
Assim, somos alvo não só da atenção dos Benfeitores e Amigos Espirituais - incluindo entre eles os parentes e amigos desta e de outras reencarnações, os quais, vencendo o túmulo desejam prosseguir auxiliando-nos - como também daqueles outros a quem prejudicamos com atos de maior ou menor gravidade, nesta ou em anteriores existências, e que nos procuram para cobrar a dívida que com eles contraímos.
Portanto, a resposta dos Espíritos a Kardec nos dá uma noção exata do intercâmbio existente entre os Espíritos desencarnados e encarnados, intercâmbio esse real e constante.
O Espiritismo torna compreensível o processo pelo qual se dá a influência dos Espíritos no mundo corporal. Essa influência tem origem na possibilidade de transmissão de pensamento. Para que entendamos como o pensamento se transmite, é preciso imaginar todos os seres encarnados e desencarnados mergulhados no fluido universal que ocupa todo o espaço, tal qual nos achamos envolvidos pela atmosfera aqui na Terra. Esse fluido recebe um impulso da nossa vontade e ele é o veículo do pensamento, como o ar é o veículo do som, com uma diferença: as vibrações do ar são limitadas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Portanto, quando o pensamento é dirigido a um ser qualquer na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado ou de desencarnado para encarnado, uma corrente de fluidos se estabelece entre um e outro, transmitindo o pensamento entre eles como o ar transmite o som.
Ensina ainda a Doutrina Espírita que por meio do perispírito é que os Espíritos atuam sobre a matéria inerte. Sua natureza etérea não é que a isso obstaria, pois se sabe que os mais poderosos motores se nos deparam nos fluidos mais rarefeitos e nos mais imponderáveis. Não há, pois, motivo de espanto quando, com essa alavanca, os Espíritos produzem certos efeitos físicos. 
Atuando sobre a matéria, podem os Espíritos manifestar-se de muitas maneiras diferentes: por efeitos físicos, quais os ruídos e a movimentação de objetos; pela transmissão do pensamento, pela visão, pela audição, pela palavra, pelo tato, pela escrita, pelo desenho, pela música, etc. Numa palavra, por todos os meios que sirvam a pô-los em comunicação com os homens.
Deflui desses ensinamentos que os Espíritos exercem influência nos acontecimentos da vida, por meio da transmissão de pensamento e por sua ação direta no mundo material, tudo, no entanto, dentro das leis da Natureza.
Se a influência dos Espíritos em nossos pensamentos é de tal intensidade que, ordinariamente, são eles que nos dirigem, é preciso saber identificar a natureza dessa influência, a fim de que não atendamos aos alvitres dos Espíritos imperfeitos.
"Como distinguirmos se um pensamento sugerido procede de um bom Espírito ou de um Espírito Mau?
R- Estudai o caso. Os bons Espíritos só para o bem aconselham. Compete-vos discernir."
(O Livro dos Espíritos - Questão 464)
Os Espíritos imperfeitos são instrumentos que servem para pôr à prova a fé e a constância dos homens na prática do bem. Vós, como Espíritos, deveis progredir na ciência do infinito, e por isso passais pelas provas do mal para atingir o bem. Nossa missão é vos colocar no bom caminho e, quando as más influências agem sobre vós, é que as atraístes pelo desejo do mal, porque os Espíritos inferiores vêm vos auxiliar no mal, quando tendes a vontade de praticá-lo; eles não podem vos ajudar no mal senão quando quereis o mal. Se sois inclinados ao homicídio, pois bem! Tereis uma multidão de Espíritos que alimentarão esse pensamento em vós. Mas tereis também outros Espíritos que se empenharão para vos influenciar ao bem, o que faz restabelecer o equilíbrio e vos deixa o comando dos vossos atos.
É assim que Deus deixa à nossa consciência a escolha do caminho que devemos seguir e a liberdade de ceder a uma ou outra das influências contrárias que se exercem sobre nós.
Assim, compete exclusivamente a nós  neutralizar a influência dos Espíritos Imperfeitos. Os Espíritos Superiores são bastante claros ao nos indicarem o maio para isso: Fazendo o bem e colocando toda a confiança em Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores e anulais o domínio que querem ter sobre vós. Evitai escutar as sugestões dos Espíritos que vos inspiram maus pensamentos, sopram a discórdia e excitam todas as más paixões. Desconfiai, especialmente, daqueles que exaltam o vosso orgulho, porque vos conquistam pela fraqueza. Eis por que Jesus nos ensinou a dizer na oração dominical: “Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal!"
O Espiritismo trouxe ensinamentos preciosos sobre a importância da nossa atitude mental no sentido do bem, para que não nos desviemos do caminho que nos compete seguir rumo à perfeição, que é a nossa meta. Desse modo, é preciso aprender a disciplinar os nossos pensamentos, a fim de atrairmos os bons Espíritos que nos auxiliarão a percorrer esse caminho, tornando-os menos árido, e pleno de realizações Espirituais.

Allan Kardec- O LIVRO DOS ESPÍRITOS.

Divaldo Franco - Mulheres Que Não Conseguem Engravidar, Desencarnes De Crianças, Justiça Divina!


sábado, 15 de outubro de 2016

“OS VÍCIOS À LUZ DA DOUTRINA ESPIRITA”

Os vícios são, sem dúvida alguma, a maior chaga moral da humanidade, nos tempos atuais.
 Segundo o neurocientista Stefen Clein, em seu livro A Fórmula da Felicidade, quando enveredamos na obtenção dos prazeres grosseiros, a área cerebral estimulada é exatamente a mesma, com larga produção de serotonina e dopamina, que nos dão uma sensação transitória de prazer.
 A má notícia é que, imediatamente após, os hormônios contrarreguladores são liberados, dando-nos uma sensação de mal-estar e indisposição.
Quando ingerimos bebidas alcoólicas, buscamos a sexolatria sem afetividade, comemos doces exageradamente ou nos drogamos, estamos, portanto, estimulando a mesma área do sistema límbico, numa busca desenfreada por serotonina em nosso organismo.
 O problema é que, após a bebida, vem a ressaca; após os lautos banquetes, a indigestão e a sonolência; após o sexo sem amor, a melancolia e o desinteresse. No longo prazo, destruímos prematuramente o nosso templo físico, pois, como diz Paulo de Tarso, “o salário do pecado (vício) é a morte” (Romanos 6:23).
Esta é a diferença básica entre os prazeres materiais e espirituais: os primeiros são transitórios e imediatamente sucedidos pela dor, levando-nos lentamente à desencarnação prematura; os segundos, embora mais sutis, têm maior durabilidade e nenhuma dor, pois tudo o que se refere ao espírito se eterniza e vivifica por si, pela vinculação intrínseca à Fonte de Tudo.
Esses prazeres espirituais a que me refiro são o bem que fazemos aos outros e a nós mesmos, através da caridade, da oração e da meditação.
Quando fazemos, por exemplo, uma campanha do quilo ou visitamos um hospital ou abrigo de idosos, sentimos uma agradável sensação que, muitas vezes, persiste a semana inteira.
Uma forma simples, portanto, de vencermos as tendências inferiores é substituirmos os prazeres materiais pelos espirituais. Substituirmos os pensamentos negativos por positivos. Na pergunta 917 de O Livro dos Espíritos, Fénelon nos orienta que a predominância da vida moral sobre a vida material é um poderoso instrumento para enfraquecermos o nosso egoísmo, causa de todos os vícios (p. 913).Ocuparmos o nosso tempo com leituras edificantes, palestras esclarecedoras e tarefas evangélicas é instrumento valioso para bem empregarmos a nossa libido e direcionarmos nossos pensamentos, preenchendo com sabedoria os horários vagos.
No primeiro mandamento “Ama a Deus sobre todas as coisas”, Jesus nos orienta, com exatidão, sobre como nos libertarmos da escravidão material. Como tudo, no universo, está impregnado da Divina Presença, segundo nos esclarece o mestre de Lyon no capítulo II da gênese kardequiana (a Providência Divina) ao nos apegarmos a algo material, estamos substituindo o Todo pela parte e isso nos causa dor e dependência. Quando direcionamos nossas mentes para a Fonte, fazemos o processo contrário e, portanto, plenificamos o nosso vazio psicológico pela consciência de plenitude, a solidão pelo Amor Maior, a parte pelo todo, o sofrimento pela felicidade da percepção do contato íntimo com o Cristo, numa forma de prazer infinitamente maior e mais duradoura.
“Amar a Deus sobre todas as coisas” significa, portanto, substituirmos prazeres menores, materiais, grosseiros e efêmeros por um prazer incomensuravelmente maior, mais suave e eterno. Quando seguimos o primeiro mandamento, portanto, colocamos o que é espiritual acima do material e isso nos põe em contato com a nossa verdadeira essência, nos reposicionando nos trilhos da nossa missão na Terra e nos felicitando com a paz espiritual dos justos. 
Vale salientar que existe um forte sinergismo entre o “Amar a Deus”, “Amar ao próximo” e “Amar a si”, pois esses mandamentos áureos se retroalimentam:
1. Não poderemos amar ao nosso próximo, sem amarmos a nós mesmos, se estamos nos desvalorizando e autodestruindo fisicamente através dos vícios.
2. Amar a Deus é amar a si da melhor forma possível, pois percebemos que o nosso Si não é o corpo físico, mas o espírito imortal que, por sua vez, já está mergulhado na Consciência Maior que o eterniza e ilumina.
3. Amar a Deus é amar a si, porque a qualidade de nossa vida melhora infinitamente quando submetemos a nossa pequena vontade pessoal à Vontade maior. Quando nos libertamos dos vícios, encontramos o Cristo que habita nossos corações e nos permitimos ouvir sua voz, que nos guia invariavelmente à felicidade própria e a das pessoas que amamos.
4. Quando nos autodestruímos estamos desrespeitando o amor ao próximo, porque prejudicamos justamente as pessoas que mais amamos. Nossa esposa, filhos, pais e amigos são os mais afetados, se os trocarmos pela viciação, que antecipará a nossa morte física. Essa é outra forma extremamente eficaz de evitarmos o primeiro gole, a primeira mordida compulsiva ou uma relação extraconjugal: colocarmos na tela mental a figura da nossa esposa e filhos e perceber o quanto lhe causaremos dor com nossa atitude!
O maior dos vícios, segundo a pergunta 913 de O Livro dos Espíritos, é o egoísmo e a maior virtude é o desinteresse pessoal (pergunta 893).
Portanto, a chave da felicidade e da liberdade é submetermos nossa pequena vontade à Vontade Maior, que, num nível mais profundo, também é a nossa e, entrando em contato com o amor que emana dos nossos corações, exteriorizar o Cristo, o Sublime Amor, que nos vivifica e que teve sua maior expressão no meigo rabi da Galiléia.
O amor, portanto, substituirá todas as nossas necessidades, enchendo de alegria todos os instantes da nossa vida, conduzindo-nos rumo ao futuro radiante que a todos nos aguarda.


Fernando Antônio Neves

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

“ANIMAIS: NOSSOS AMIGOS E IRMÃOS”

A nós, seres humanos, Deus outorgou a proteção e a condução de nossos irmãos mais novos, os animais! (Chico Xavier)"
"Algumas pessoas se ressentem do convívio humano e só não se fecham por
completo porque o contato constante com animais, sejam eles cães, gatos, pássaros, não permite que o amor e a ternura se desvaneçam totalmente.
O escritor e editor britânico Joe Randolf Ackerley, morto em 1967, não era o que se pode chamar de amante dos animais. Seu comportamento chegou a ser considerado excêntrico.
Na maturidade, adotou uma pastora alsaciana de nome Queenie. Ela se transformou em sua grande companheira, a amiga ideal e o melhor relacionamento de sua vida, segundo o próprio escritor. Por causa dela, ele mudou.
Sua produção literária teve uma melhora significativa. Nos quinze anos em que conviveu com Queenie, produziu seus melhores livros.
Em Minha cadela Tulipa, um romance cheio de ternura, ele narra a amizade e o amor verdadeiro que compartilhou com sua leal companheira. O livro foi transformado em uma animação, que recebeu vários prêmios.
Na primeira metade do século XX, na cidade de Shibuya, o professor Hidesabaro Ueno adotou um cão da raça Akita e o chamou de Hachiko.
Diariamente, o cão acompanhava o dono até a estação de trem e ali aguardava que ele retornasse de Tóquio, onde lecionava.
Essa foi a rotina dos dois por mais de um ano, até que Ueno teve um acidente vascular cerebral e morreu.
Durante dez anos, o cão ficou aguardando seu amado dono, na estação, para surpresa e comoção de todos, que passaram a alimentá-lo.
Essa história de amor e lealdade, concluída com a morte do fiel animal, foi divulgada por todo o Japão. Tornou-se matéria de jornal, documentário, livro e inspirou o filme Sempre a seu lado.
Diariamente, cães e gatos anônimos alegram o nosso dia a dia, dão carinho e amor incondicionais aos que lhes somos donos, ajudam a reduzir nossa ansiedade, estresse, confortam nos momentos de tristeza.
Animais ensinam a amar e a perdoar.
Eles existem, não para servir aos seres humanos como escravos, mas para lembrar-nos de que todos somos criaturas de Deus.
Somos responsáveis por sua manutenção, pelos cuidados de que carecem.
Infelizmente, muitos não estamos atentos a esse papel no mundo. Maltratamos, abandonamos, agredimos, exploramos, torturamos e até os matamos, de forma cruel.
Em contrapartida, inúmeros voluntários resgatam animais em situação de risco, doentes, feridos. Cuidam para que se recuperem e se reintegrem ao mundo, às vezes, com o sacrifício do próprio repouso e alimento.
São almas abnegadas que, inspiradas pelo sublime defensor da natureza, Francisco de Assis, entenderam que, no Universo, tudo está interligado. E que os animais são nossos irmãos menores.
O nobre Franciscano dizia que todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do homem. Deus deseja que ajudemos aos animais. Toda criatura tem o mesmo direito de ser protegida.
Que possamos nos lembrar de que, como irmãos mais velhos, na escalada evolutiva da Terra, temos a responsabilidade dos cuidados necessários aos animais."


Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

“COMO AS DORES DOS QUE FICARAM AFETAM OS ESPÍRITOS”?

Como ficamos quando os nossos entes amados se vão e como os afetamos mesmo que indiretamente?
A primeira parte da pergunta é muito fácil de ser respondida: nós ficamos muito tristes. Isso é um fato. Muitos são os sintomas que podem ser vivenciados profundamente por cada um de nós: a saudade bate, arrependimentos se fazem presentes, a culpa por atitudes impensadas martela o nosso coração...
Na maioria das vezes, sentimos um vazio em nossas vidas que, a cada dia, nos faz lembrar que alguém deixou de estar conosco. Então, nós sofremos: sofremos pouco, sofremos muito, sofremos bastante... depende de cada um de nós.
Pensamos o quanto fomos vitimados por aquela situação dolorida que nos arrancou de nosso meio a presença de alguém que nos era muito querido, quase essencial.
Mas, em nosso egocentrismo pensamos que somente nós sentimos saudade. Esquecemos que não existe morte e que, do outro lado da vida, aqueles que são alvo de nossa saudade também a sentem e com intensidade.
Esquecemos que, se eles estão vivos, também estarão sentindo a mesma ausência, a mesma saudade, a mesma dor por terem tido a necessidade de se ausentar de uma vida que, em muitos casos, nem queriam perder.
O interessante, todavia, é que as nossas emoções não se fixam somente em nós, estejamos nós no plano material ou espiritual. O amor nos liga ao ser amado aonde quer que ele se encontre.
Vamos pensar: se estamos o tempo todo em constante ligação energética com quem amamos, imaginem se estivermos (desencarnados) fixados em alguém (encarnado) que está portando sentimento de tristeza, de saudade, de arrependimento e de culpa que foram construídos pela nossa ausência (no desencarne)? Imaginem que pudéssemos sentir tudo isso com muita intensidade! Se não é fácil lidar somente com as nossas dores, imagine nos depararmos com a dor que “provocamos” em alguém que amamos. Pois é o que acontece! Quando estamos no plano extrafísico, as emanações energéticas exacerbadas de nossos entes encarnados chegam a nós com intensidade e são quase audíveis.
Por isso, se amamos a quem se foi, temos que tomar cuidado com os sentimentos que alimentamos. Porque sentir é uma coisa, alimentar esse sentimento é outro bem diferente.
Para todo espírito que desencarna e que se encontra em um equilíbrio razoável (segundo a sua própria evolução), existe uma proteção natural que o isolará dos sentimentos normais de saudade dos entes que ficaram, dando-lhe a oportunidade de uma adaptação à sua nova etapa de vida.
O problema é quando não acontece assim. O espírito pode chegar portando algum nível de desequilíbrio que somado ao fato dos seus entes amados estarem sofrendo devastadoramente, fazem com que ele não consiga lidar bem com o seu retorno às esferas espirituais.
Ele pode sentir que precisa ajudar aos seus e, por uma escolha muito equivocada, desejar estar com eles nas esferas carnais. Imediatamente, ele se desloca para junto dos seus amados, fazendo com que todos entrem num processo prejudicial de influenciação.
Se não ficou claro, eu explico: todo espírito é livre para fazer o que quiser e, no plano espiritual, estará onde ele mais se identifica. Se ele deseja estar com os seus entes queridos, ele poderá se deslocar para junto deles. Mas, o problema é que ele não sabe o que fazer, porque ainda não se adaptou ao plano etéreo.
Então, em decorrência de uma postura de sofrimento exagerada adotada pelos próprios entes encarnados, inicia-se um processo obsessivo destes junto ao desencarnado, escravizando-o e alimentando uma ligação dolorosa de sofrimento mútuo.
Vê-se, portanto, que esse processo de influenciação pode partir dos encarnados. E isso em razão da ignorância daqueles que amam, mas que não conseguem amar livremente. Não conseguem libertar o alvo de seu amor, por acreditar que eles (encarnados) somente serão felizes ao lado daquele que se foi. Não conseguem entender que amar é libertar, é aceitar os desígnios de Deus, quando chega o momento em que os seres que se amam precisam se distanciar por algum tempo. Não acreditam que a ponte de amor que os une é forte para jamais se romper.
 Por isso, precisamos ficar atentos aos nossos sentimentos desequilibrantes, seja para dar alento ao coração daquele amado que se distanciou, seja para que possamos aprender o melhor desse momento doloroso e trazermos paz ao nosso próprio coração.
Por incrível que pareça, a saudade é um sentimento importante em todos os seres, mas que quando em exagero, nos traz sofrimentos incalculáveis.
Se não sentíssemos saudade, não daríamos a devida importância àquela pessoa em nossa vida. Mas, para o nosso próprio bem, cabe a nós compreendermos que essa saudade deve caber em nosso coração. Se for maior do que ele, nos sufocará, bem como sufocará o ente amado que a sentirá com todas as dores construídas por nós e que a ela (saudade) forem somadas.
Portanto, acreditemos que somos capazes de viver a vida com a lembrança saudosa dos nossos entes queridos. Assim, estaremos construindo um futuro de felicidade para nós e para eles, dando-nos a condição de quando chegar a nossa vez de viajar para o outro lado, estejamos aptos para sermos recebidos com louvor por estes seres tão amados.

- Adriana Machado

"DIVALDO FRANCO ENTREVISTADO POR JÔ SOARES."


quarta-feira, 12 de outubro de 2016

"DIALOGO COM UM OBSESSOR.POR DIVALDO FRANCO."


“A DOUTRINA ESPÍRITA É O CRISTIANISMO REDIVIVO. ’

A Doutrina Espírita é o Cristianismo Redivivo. Veio completar o ensino do Cristo. Não ensina nada diferente daquilo que o Mestre Maior ensinou; apenas vem tornar inteligíveis suas palavras muitas vezes esmaecidas no denso nevoeiro do parabolismo ou ocultas nos meandros dos sentidos figurados.
O Espiritismo ainda que só fizesse forrar o homem à dúvida relativamente à Vida Futura, teria feito mais pelo seu aperfeiçoamento moral do que todas as leis disciplinares, que o detêm algumas vezes, mas que não o transformam.
Segundo Kardec, o que significa dizer, segundo a Verdade (3),
"O Espiritismo, longe de negar ou destruir o Evangelho, vem, ao contrário, confirmar, explicar e desenvolver, pelas novas leis da Natureza, que revela, tudo quanto o Cristo disse e fez; elucida os pontos obscuros do ensino cristão, tornando inteligível certas partes do Evangelho que antes pareciam inverossímeis, fazendo com que qualquer criatura veja melhor o seu alcance, facultando a possibilidade de insofismável distinção entre a realidade e a alegoria. Com as lentes da Doutrina Espírita, o Cristo cresce: já não é simplesmente um filósofo, é um Messias Divino.
Demais, se se considerar o poder moralizador do Espiritismo, pela finalidade que assina a todas as ações da Vida, por tornar quase tangíveis as consequências do bem e do mal, pela força moral, a coragem e as consolações que dá nas aflições, mediante inalterável confiança no futuro, pela ideia de ter cada um perto de si os seres a quem amou, a certeza de os rever, a possibilidade de confabular com eles; enfim, pela certeza de que tudo quanto se fez, quanto se adquiriu em inteligência, sabedoria e moralidade, até à última hora de Vida somática, não fica perdido, que tudo aproveita ao adiantamento do Espírito, reconhece-se que o Espiritismo realiza todas as promessa do Cristo a respeito do "Consolador" anunciado.
Se a esses resultados adicionarmos a rapidez prodigiosa da propagação do Espiritismo, apesar de tudo quanto fazem por abatê-lo, não se poderá negar que a sua vinda seja providencial, visto que ele triunfa de todas as forças e de toda a má vontade dos homens. A finalidade com que é aceito por grande número de pessoas, sem constrangimento, apenas pelo poder da ideia, prova que ele corresponde a uma necessidade, qual a de crer o homem em alguma coisa para encher o vácuo aberto pela incredulidade. 
São em grande número os aflitos; não é, pois, de admirar que tanta gente acolha uma Doutrina que consola, de preferência às que desesperam, porque os deserdados, mais do que aos felizes do mundo é que o Espiritismo se dirige. O doente vê chegar o médico com maior satisfação do que aquele que está bem de saúde; ora, os aflitos são os doentes e o Consolador é o médico.
Vós que combateis o Espiritismo, se quereis que o abandonemos para vos seguir; dai-nos mais e melhor do que ele; curai com maior segurança as feridas da Alma; dai mais consolações, mais satisfações ao coração esperanças mais legítimas, maiores certezas; fazei do futuro um quadro mais racional, mais sedutor; porém, não julgueis vencê-lo com a perspectiva do nada, com a alternativa das chamas do inferno, ou com a inútil contemplação perpétua".
Fonte: Portal do Espírito-Rogério Coelho
(1) - Kardec, A. in "A Gênese" - Capítulo I, item 50
(2) - Kardec, A. in "A Gênese" - Capítulo I, item 47
(3) - Kardec, A. in "A Gênese" - Capítulo I, itens 41 a 44
A Doutrina Espírita é o Cristianismo Redivivo. Veio completar o ensino do Cristo

(Jornal Mundo Espírita de Dezembro de 1997)

terça-feira, 11 de outubro de 2016

“AMOR DE VIDAS PASSADAS.”

Para se entender com maior profundidade a origem do amor é necessário contextualizá-lo dentro da teoria da palingenesia, ou reencarnação. Um amor não nasce de simples semelhanças de modos de ser e de interesses comuns, ele é o resultado de um longo processo de dezenas ou mesmo centenas de vidas passadas em que duas almas conviveram juntas. Nestas experiências conjuntas, ambas foram passando por circunstâncias juntos, enfrentando desafios, superando obstáculos, atravessando todas as dificuldades, e envolveram-se em laços afetivos e amorosos um com o outro, brotando daí uma profunda identificação e um sentimento verdadeiro.
Muitas pessoas me perguntam como podemos descobrir se alguém que muito amamos fez parte do nosso passado de outras vidas. A resposta a essa pergunta é bem simples: se você ama verdadeiramente essa pessoa, e a conhece a pouco tempo, então vocês já viveram, sem sombra de dúvida, experiências mútuas em vidas passadas. Isso significa que o amor verdadeiro, aquele que reside numa esfera muito íntima do nosso ser, não pode ser desperto em apenas uma vida. Os laços do amor real são tão fortes, que apenas experiências milenares podem despertar em nós um amor que é quase divino, que nasce do infinito e que se manifesta no ser humano como a expressão do sentimento mais puro que o homem da face da Terra pode ter acesso: o amor incondicional.
Em nossos estudos com terapia de vidas passadas chegamos a conclusão, tal como centenas de terapeutas ao redor do mundo, que todos os seres se agrupam naquilo que se convencionou chamar de “família de almas” ou “grupo anímico”. Além de nossa família consangüínea, que forma indivíduos com laços de sangue comuns, todos os seres possuem uma família espiritual, que é bem maior do que a nossa família genética atual. Ela é composta por centenas de espíritos que tiveram milhares de experiências conosco em vidas passadas; são espíritos que nos conhecem há milênios, e todo esse arcabouço de experiências coletivas os liga por laços de amizade, carinho, amor, cooperação, compaixão, e outros. Como tudo na vida tem dois pólos, as experiências negativas também fazem parte destes laços, sendo comuns sentimentos de ódio, raiva, antipatias, rejeição, ojeriza, malquerença, amargor, mágoa, etc. Toda essa mistura de sentimentos, tanto os positivos quanto os negativos, podem se expressar em nossas relações, e na maioria das vezes nem desconfiamos que eles vêm de vidas passadas, e não da vida atual.
Dentre nossa família de almas, há aqueles espíritos que cada um de nós guarda uma afeição mais profunda. Esses geralmente oscilaram, nos diversos papéis de vidas passadas, sendo nossos filhos, amigos, marido, esposa, pai, mãe, avô, avó, irmão ou irmã. A proximidade do parentesco físico não é definitiva para indicar o grau de afeição entre duas almas. Por exemplo, um filho pode amar mais a avó do que a própria mãe, pois seus laços espirituais podem ter sido mais estreitos em diversas vidas passadas. Um pai pode amar mais um filho do que o outro: embora muitos pais neguem essa diferença afetiva, sabemos que isso existe e é perfeitamente normal, já que um pai pode ter mais experiências amorosas pretéritas com um filho do que com o outro.
Algumas vezes as experiências traumáticas do passado podem abafar um amor entre duas almas. Por exemplo: uma mãe que matou seu filho numa vida passada, quando eles eram irmãos que disputavam algo. O filho pode carregar essa recordação inconsciente dentro de si e expressa-la em forma de rejeições, afastamento, ojeriza e até uma raiva inconsciente pelo que foi feito. É preciso lembrar sempre que esses traumas, apesar de terem sido esquecidos entre uma vida e outra, não apagam os sentimentos, sejam eles positivos ou negativos. A falta de memória não destrói as emoções que guardamos dos espíritos que fizeram parte do nosso histórico encarnatório.
Dessa forma, a família de almas é nossa família espiritual e vale muito mais do que nossa família física. Um bom exemplo é observar o comportamento afetivo das pessoas. Algumas podem gostar mais de um amigo do que de um parente próximo, como pai, mãe ou irmão. Esse amigo, apesar de não fazer parte de sua família consangüínea, pode ser um membro próximo de nossa família espiritual, e um amor muito grande pode estar presente na relação de ambos. Assim, a família espiritual transcende nossa família de sangue e demonstra a existência de laços muito maiores, mais sutis e imensamente mais antigos do que os laços consangüíneos.
Cada família espiritual é parte de uma família ainda maior, que pode nem sequer viver atualmente no planeta Terra. Há pessoas que sentem internamente, com grande certeza íntima, de que seus amigos verdadeiros e sua família não são deste planeta. Esse é o caso de muitas pessoas que foram exiladas de seu planeta de origem e estão aqui na Terra há algumas vidas tentando transmutar uma parcela do karma que ainda as prende nos grilhões terrestres. Alguns sentem isso tão forte que sequer conseguem manter laços afetivos na Terra, tal é o seu grau de apego a sua família espiritual extraterrestre. Alguns podem imaginar que isso representa uma evolução e que é uma indicação de superioridade espiritual, mas não é bem assim. Essa recusa em se viver a realidade atual implica num forte apego a um estado arcaico de existência, e esse apego pode aprisionar o espírito muito fortemente dentro de limites muito reduzidos, o que abafa a natureza essencial daquela alma e pode degradar seus sentimentos, pensamentos e comportamentos. O apego é um sinal claro de atraso espiritual e deve ser objeto de um esforço no sentido da libertação do cárcere terrestre. Se estamos vivendo aqui na Terra, precisamos da Terra para atingir esse desprendimento; de nada adianta desejar sair daqui para uma condição externa melhor e mais elevada. O universo é perfeita harmonia e inteligência, e nada ocorre por acaso. Quem está aqui, precisa das experiências terrestres para seu desenvolvimento espiritual.
Um fenômeno interessante que pode ocorrer é a inversão de papel. Uma mãe, que teve experiências afetivas de marido-esposa muito fortes com seu filho atual, pode sentir desejos inconscientes de experimentar novamente o amor de marido-mulher. Alguns pais conseguem desapegar-se disso e viver a condição da atual encarnação dentro da função de pai e filho. Outros, no entanto, cedem a essas tendências e podem ser levados até mesmo, em última instância, a molestar seus filhos. Todo pai que sinta essa inversão de papel deve lutar contra essa tendência, esse apego, pois só assim poderá viver com mais intensidade a relação atual de pai-filho. Isso ocorre também entre irmãos, que no passado foram marido e mulher e hoje sentem vontade de ter carinhos mais próximos, que extrapolam a relação fraterna natural.
Outro exemplo são marido e mulher atual, que numa outra existência (ou existências) foram irmãos e acabam depois se tornando amigos, ou têm dificuldades de manter relações sexuais por conta das lembranças inconscientes de vidas como irmãos. Há muitos outros exemplos dessa inversão de papel; o mais importante aqui é entender que o passado não deve interferir em nossas relações atuais da forma que elas se apresentam hoje: se hoje sou pai da minha filha, devo trata-la como filha e deixar de lado os sentimentos típicos de marido e mulher que tivemos em vidas passadas.
Outro fenômeno que pode ocorrer, esse não muito comum, é quando duas almas muito próximas, e que se amam muito, se reencontram, querem viver juntas, mas ambas são do mesmo sexo. Eles podem viver como bons amigos, ou podem desejar, se o apego for grande, viverem juntas como companheiros. Se forem dois homens, podem ceder aos desejos sexuais e iniciarem uma relação que vai além da amizade, passando a viver como amantes; se forem duas mulheres, podem fazer o mesmo e até casarem. O mais interessante é que, mesmo sem existir um histórico de homossexualidade, essas almas podem decidir estreitar os laços dentro de um contexto amoroso e sexual. Já vi casos como esse, e as pessoas envolvidas me garantiram que nunca tiveram desejos homossexuais, e o que sentiam uma pela outra só servia para essa pessoa em específico, e para nenhuma outra.
Por exemplo, uma das meninas gosta de outra menina e quer ficar com ela, mas nunca havia se relacionado com outras mulheres e garante não sentir qualquer tipo de desejo sexual por outras mulheres, somente por aquela que se torna sua companheira. Esse é um caso típico de apego a condição anterior em vidas passadas. Ninguém pode julgar se isso é correto ou não; a escolha, neste caso, é da própria pessoa e só a ela compete avaliar a qualidade de suas relações. Repudiamos aqui o preconceito a homossexualidade e somos favoráveis a liberdade de expressão da sexualidade. Advertimos, porém, que qualquer excesso nessa área, seja com heterossexuais ou homossexuais, pode implicar em efeitos graves e num karma negativo, com severas complicações futuras, na vida atual ou em vidas futuras.
Quando duas almas que se amam muito estão em planos diferentes, isso pode se tornar um problema. É o caso de pessoas que nascem no plano físico, e que sonham ou sentem a presença de espíritos que não estão em corpo físico. Essa pessoa ama o espírito, e deseja ficar com ele, mas como essa alma não se encontra encarnada, ela nada pode fazer. É possível encontros em projeção astral, quando dormimos a noite e nosso corpo espiritual deixa o corpo físico e passa a interagir com outras dimensões. Nesses momentos, as duas almas podem se encontrar e ficar um tempo juntas. O encarnado pode ter vários sonhos com o desencarnado, mesmo sem saber quem ele é e nunca te-lo conhecido na vida atual. Mas intimamente ela sabe que o conhece, que o ama, e sente vontade de ficar com ele, como mostra esse exemplo de um breve relato que recebemos:
“Mais uma noite eu sonhei com aquela moça linda, ela me faz sentir uma forte emoção, uma saudade, eu a amo, eu acordo chorando, sempre, há anos.”
Os espíritos de luz que comandam o destino dos seres podem autorizar esta situação para estimular o desapego entre as duas almas.
O universo sempre conspira para que uma alma se desenvolva espiritual e passe a amar a todos, e não apenas uma só pessoa. Embora o amor entre nossa família física e espiritual seja um exercício do amor incondicional, a maioria dos espíritos que vivem na Terra ainda estão longe do amor incondicional a todos os seres. Por esse motivo, a inteligência divina cria circunstâncias que nos façam entender que o amor vale muito mais quando ele se expande para abraçar todos os seres do universo, e não apenas pessoas de nossa convivência. O amor universal é a meta sagrada de todas as almas que aspiram à perfeição. Quando acontece de duas almas que se amam estarem separadas, uma no plano físico e outra no plano espiritual, ambas devem exercitar o desapego e procurar outras pessoas para se relacionar.
Essa situação também pode ser problemática quando há muitas energias pendentes entre ambos. Pode acontecer, por exemplo, de o desencarnado desejar ficar junto do encarnado e começar a boicotar todos os seus relacionamentos. O desejo do desencarnado é que o encarnado seja só dele, e por conta disso ele poderá agir no sentido de isolar o encarnado de todos, desejando que fique sozinho. Como o encarnado sente um amor sincero pelo desencarnado, pode ceder a isso, e aceitar as sugestões de sempre permanecer sem se relacionar com outros. Quando esse tipo de assédio ocorre, é bem mais difícil de ser tratado num trabalho espiritual, pois há uma permissão inconsciente do encarnado diante da obsessão exercida pelo desencarnado. Neste caso, a melhor forma de agir é conscientizar o encarnado a se libertar desse apego e viver a vida física naturalmente, sem ficar esperando que o desencarnado venha a preencher um vazio que ficou das experiências “perdidas” de vidas passadas, quando ambos viveram juntos.
Outro fenômeno bastante interessante e inexplicável é o chamado “amor à primeira vista”. Esse fenômeno só é inexplicável quando não se leva em conta a teoria da reencarnação. O amor à primeira vista consiste no despertar de um sentimento tão logo vemos ou estamos na presença de uma pessoa desconhecida que nos desperta algo portentoso, excelso, superior, quase celeste e divino, e que é incompreensível. Há uma nítida impressão de que já conhecemos aquela pessoa. Alguns indivíduos, não muito versados na noção reencarnacionista, afirmam que não existe o amor à primeira vista, mas sim uma espécie de encantamento, de fascinação, de deslumbramento pela beleza do outro. Apesar de estes sentimentos estarem misturados no primeiro momento, não seria apressado dizer que há, de fato, um amor que pode estar sendo ressuscitado, reaceso, vindo à superfície e despertando, trazendo à tona um sentimento sublime e transcendente que até então estava meio apagado dentro de nós.
Esse amor pode ter sua origem em dezenas ou mesmo centenas de vidas passadas onde estas duas almas viveram juntas. Pode até mesmo ser anterior aos primeiros nascimentos terrestres. Esse reencontro faz ressurgir uma emoção, um envolvimento que já existia dentro da pessoa, mas que ainda estava disperso. O amor à primeira vista não deve ser confundido com maravilhamento pela beleza física. Ele é uma profunda identificação com alguém que já conhecemos há milênios e que reencontramos nesta vida. Esse pode ser o início de uma longa história de amor.
Para se diferenciar um amor verdadeiro e uma simples paixão é preciso notar se há um total desprendimento em relação a pessoa que amamos. O amor real é calmo, sereno, não se deixa influenciar por sentimentos de controle, posse, ciúme, e outras armadilhas inferiores. O amor verdadeiro deseja que o outro esteja bem, mesmo que ele não fique conosco. Ele é espontânea, livre e há desprendimento; só o que importa é o bem estar do outro. Fazemos de tudo para que o outro seja feliz.
A melhor forma que eu conheço para harmonizar o nosso passado e cuidar para que estes laços não se tornem disfuncionais e problemáticos na vida atual é a realização da terapia de vidas passadas. Através da regressão o passado pode ser revisto e os laços amorosos podem ser tratados, dissolvendo os resíduos de energias conflituosas, brigas, assassinatos, traumas, e qualquer situação negativa que tenha ocorrido em vidas passadas. Muitos afirmam que tratar o passado conjunto com nossos entes queridos pode reacender velhas mágoas, nos fazer lembrar de velhas disputas e ódios passados, e que isso inviabilizaria nossa convivência atual com eles.
Quem defende esta tese alega que uma mãe não poderia conviver bem com seu filho caso descubra que ele a torturou e matou em vidas passadas. A nossa experiência de mais de 2.000 regressões individuais prova que essa ideia é bastante equivocada. Jamais pude presenciar nenhuma relação que tivesse piorado após uma revisão de vidas passadas negativas entre membros de uma mesma família. Pelo contrário, as experiências negativas são tratadas e os laços de amor são purificados, o que torna a convivência atual muito melhor e mais satisfatória.
Já atendi dezenas de casos em que visitamos vidas passadas bastante duras entre familiares e o resultado sempre foi uma grande melhora na qualidade da relação atual. Os bloqueios caem, os conflitos são tratados, as disputas são harmonizadas e tudo passa a ser objeto de precioso aprendizado. Além disso, o esquecimento do passado não apaga os sentimentos negativos de vidas passadas, eles continuam existindo hoje, podem e devem ser tratados, para que as relações familiares melhorem e para que possamos viver bem com nossos familiares e com as pessoas que amamos. 


Autor: Hugo Lapa

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...