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sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
“AS PENAS FUTURAS”
Antes da reencarnação, no balanço das responsabilidades que
lhe competem, a mente, acordada perante a Lei, não se vê apenas defrontada
pelos resultados das próprias culpas. Reconhece, também, o imperativo de
libertar-se dos compromissos assumidos com os sindicatos das trevas.
Para isso partilha estudos e planos referentes à estrutura
do novo corpo físico que lhe servirá por degrau decisivo no reajuste, e
coopera, quanto possível, para que seja ele talhado à feição de câmara
corretiva, na qual se regenere e, ao mesmo tempo, se isole das sugestões
infelizes, capazes de lhe arruinarem os bons propósitos.
Patronos da guerra e da desordem, que esbulhavam a confiança
do povo, escolhem o próprio encarceramento da idiotia, em que se façam
despercebidos pelos antigos comparsas das orgias de sangue e loucura, por eles
mesmos transformados em lobos inteligentes.
Tribunos ardilosos da opressão e caluniadores empeçonhados
pela malícia pedem o martírio silencioso dos surdos-mudos, em que se desliguem,
pouco a pouco, dos especuladores do crime, a cujo magnetismo degradante se
rendiam, inconscientes.
Cantores e bailarinos de prol, imanizados a organizações
corrompidas, suplicam empeço na garganta ou pernas cambaias, a fim de não mais
caírem sob o fascínio dos empreiteiros da delinquência.
Espiões que teceram intrigas de morte e artistas que
envileceram as energias do amor, imploram olhos cegos e estreiteza de
raciocínio, receosos de voltar ao convívio dos malfeitores que um dia elegeram
por associados e irmãos de luta mais íntima.
Criaturas insensatas, que não vacilavam em fazer a
infelicidade dos outros, solicitam nervos paralíticos ou troncos mutilados, que
os afastem dos quadrilheiros da sombra, com os quais cultivavam rebeldia e
ingratidão.
Homens e mulheres, que se brutalizaram no vício, rogam a
frustração genésica e, ainda, o suplício da epiderme deformada ou purulenta,
que provoquem repugnância e consequente desinteresse dos vampiros, em cujos
fluidos aviltados e vômitos repelentes se compraziam nos prazeres inferiores.
Se alguma enfermidade irreversível te assinala a veste
física, não percas a paciência e aguarda o futuro. E se trazes alguém contigo,
portando essa ou aquela inibição, ajuda esse alguém a aceitar semelhante
dificuldade, como sendo a luz de uma bênção.
Para todos nós, que temos errado infinitamente, no caminho
longo dos séculos, chega sempre um minuto em que suspiramos, ansiosos, pela
mudança de vida, fatigados de nossas próprias obsessões.
Justiça Divina
Emmanuel/Francisco Cândido Xavier
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
“JESUS E A MORAL CRISTÔ
Jesus,
vivendo o seu tempo, construiu valores universais únicos, que, pela
profundidade e extensão, modificaram os aspectos culturais, sociais, políticos
e econômicos da humanidade. Para o Espiritismo, esses valores são conceitos
fundamentais, sendo a moral cristã o eixo de sua visão de mundo e interpretação
da realidade.
O
Espiritismo entende que o significado de Jesus encontra-se em seu exemplo de
vida, fazendo e demonstrando a viabilidade de um padrão de comportamento. Foi a
força de seu exemplo que deu significado à sua existência e não a série de
mitos, interpretações e dogmas que foram agregados ao entendimento de sua
mensagem. Portanto, é fundamental que o espírita possa fazer essas distinções.
Para a
Doutrina Espírita, Jesus, como todo ser humano, nasceu da união entre um homem
e uma mulher e não de uma forma sobrenatural. De origem humilde, não era
descendente de Davi e não possuía nenhuma pretensão ao poder temporal.
O
Espiritismo não recorre à idéia de milagre, que não existe para a Doutrina, para
justificar algumas situações da existência de Jesus. Este, ao colocar em
prática o seu conhecimento e a sua capacidade mediúnica, foi interpretado, pelo
desconhecimento das pessoas ao seu redor, como o realizador de acontecimentos
maravilhosos e fantásticos.
Para
entender Jesus, o Espiritismo não precisa utilizar a idéia de messias, salvador
ou cordeiro de Deus. Não é importante como Jesus nasceu ou morreu, mas, sim,
como viveu. Seu significado não se encontra nas condições de sua morte — não há
necessidade de entendê-la como um sacrifício para salvar a humanidade ou tentar
transformá-la em exceção através da idéia de ressurreição.
Apesar de
sua importância, Jesus não se confunde com Deus. Não é a Sua encarnação. Era
filho de Deus como todas as criaturas o são. Deixar de confundir Jesus com Deus
permite reconhecer o valor desse espírito que alcançou, pelo exercício de seu
conhecimento, a compreensão do amor como lei fundamental do Universo, a que
nenhum homem até então havia alcançado. Considerar Jesus como divino é retirar
dele uma característica fundamental: a de um ideal possível de ser alcançado,
uma referência exequível para a humanidade.
Jesus, para
a Doutrina, é um espírito que tem uma história ao longo da qual foi construindo
seu conhecimento, diferenciando-se do nível médio da cultura terrena. Na medida
em que vivenciou, em que desenvolveu experiências de vida, foi se fazendo
presente, através da força de seu exemplo, da intensidade de sua coerência, da
inovação e clareza do conhecimento que alcançou. O significado da síntese que
construiu a respeito da existência, do ser humano, da vida, pode ser avaliado
em um pequeno resumo de suas ideias:
Deus único é
o pai de todos (todos são iguais perante Deus)
Ame a Deus
de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o espírito, e ame seu
próximo como a si mesmo, essa é toda a lei e todos os profetas estão contidas
nela.
Trate todos
os homens da mesma forma que você gostaria de ser tratado
Ame seus
inimigos e faça o bem àqueles que o odeiam e ore por aqueles que o perseguem e
caluniam
Aquele
dentre vocês que não tiver errado, que atire a primeira pedra
Eu não digo
que deva perdoar ao seu irmão até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes
Reconcilie-se
com seu adversário enquanto estiver com ele no caminho
Não julgue a
fim de que não seja julgado
Ninguém pode
ver o reino de Deus se não nascer de novo
O homem não
veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida pela de muitos
Por que vê
um cisco no olho de vosso irmão, você que não vê uma trave no seu olho?
Que a sua
mão esquerda não saiba o que faz a sua mão direita
Não se
acende uma candeia para colocá-la sob o alqueire, mas sobre o candeeiro a fim
de que ela clareie todos aqueles que estão na casa
Não há nada
de secreto que não deva ser descoberto, nem nada de oculto que não deva ser
conhecido
Fora da
caridade não há condições de se alcançar um conhecimento maior de si mesmo e da
vida.
Bem
aventurados os que choram, porque serão consolados; os que tem fome e sede de
justiça porque serão saciados; os humildes porque deles é o reino dos céus;
aqueles que tem o coração puro porque verão a Deus; aqueles que são brandos
porque possuirão a Terra; os pacíficos, porque eles serão chamados de filhos de
Deus; aqueles que são misericordiosos porque eles próprios obterão misericórdia
Jesus, em
sua existência cósmica, é o caminho, a verdade, a vida em sua multiplicidade,
diversidade, alteridade. Seus ensinamentos, seu comportamento e os exemplos de
outras pessoas que se identificaram com sua proposta, foram desenhando,
construindo, um código, um padrão de referência fundamentado na unidade da
humanidade e na igualdade entre os seres, e, em decorrência, no amor ao
próximo, na solidariedade, na tolerância, na responsabilidade pessoal, na
liberdade de consciência e na moral como defesa, promoção da vida. Jesus é
padrão de comportamento aberto para auxiliar as pessoas na construção de seu
próprio futuro.
Jesus é
exemplo claro de comportamento moral que reflete a identidade do ser com o
Universo e com Deus.
Fonte: SBEE-Sociedade
Brasileira de Estudos Espíritas.
Copyright:
Todos os direitos reservados. A SBEE autoriza a reprodução dos textos para fins
não comerciais desde que seja mencionada a fonte
"MEDITAÇÃO- ENCONTRO COM JESUS"- POR DIVALDO FRANCO."
"DIVALDO FRANCO FALA SOBRE A OPERAÇÃO LAVA JATO."
"RELAÇÃO CAUSA E EFEITO"
Nas ocorrências da vida, nos afazeres da nossa existência, não raro nos imaginamos surpreendidos pelo acaso, por fatos aleatórios à nossa vontade ou ação.
Analisando superficialmente os cometimentos da vida, sempre julgamos que aquilo que nos ocorre foi fortuito ou apenas fruto do azar ou, algumas vezes, da sorte.
Imaginamos dessa forma que o desenrolar de nossa vida seja aleatório e imprevisível, sem relação com nossas ações.
Se um fumante de longos anos desenvolve um enfisema pulmonar, jamais diremos que ele teve azar na vida. Foi apenas consequência do vício a lhe destruir lentamente o aparelho respiratório.
Se um glutão desenvolve problemas no aparelho digestivo, ou ainda, se é acometido por problemas de colesterol ou pressão alta, logo veremos que é resultado dos seus maus hábitos alimentares.
Se essas são relações de causa e efeito, fáceis de se perceber, há outras, que nascem da mesma matriz, porém, que nos convidam a mais detidas reflexões.
Nos dias em que vivemos, a própria medicina já correlaciona hábitos emocionais com doenças que desenvolvemos.
Cada vez mais frequentemente, médicos e pesquisadores correlacionam o câncer, as disfunções psíquicas e outros males, com nossa postura emocional.
Outros estudiosos do comportamento humano apresentam claras relações entre nossa personalidade ou os valores que elegemos com os males que nos afligem, entendendo que as dificuldades do corpo são apenas o reflexo das doenças da alma.
Podemos perceber ainda, extrapolando o campo das ciências médicas, que outros males que nos acometem também são fruto de como nos comportamos.
Se o egoísmo é nossa pauta de conduta, não raro a solidão será nossa única companhia. Afinal, todo aquele que esquece do seu próximo, acaba não sendo lembrado por ninguém.
Se a inveja é a lente pela qual enxergamos as conquistas dos outros, o fracasso será o nosso destino. Afinal, quem perde tempo em olhar o terreno alheio, esquece de semear na própria gleba.
Se a mentira e a falsidade são valores que nos conduzem, a perturbação e o desequilíbrio serão companheiros inevitáveis a se instalarem em nossa casa mental. Isso porque aquele que envereda nos labirintos do engano, perde-se inevitavelmente a si mesmo.
Dessa forma, para que a saúde e a plenitude da vida se instalem em nós, analisemos mais detidamente por quais valores, emoções e comportamento estamos conduzindo nossa existência.
Ninguém na vida poderá se queixar de ser vítima de outrem, a não ser de si mesmo. Ainda que não nos apercebamos das armadilhas em que porventura caiamos, todas foram, direta ou indiretamente, armadas por nós mesmos.
Todo e qualquer tipo de sofrimento sempre constitui informação da vida a respeito de algo, no indivíduo, que está necessitando de revisão, de análise, de correção.
Vige, no Universo, a ordem, que se deriva de Deus, e toda vez que há uma agressão ao seu equilíbrio, aquela que a desencadeia sofre-lhe o inevitável efeito, que impõe reparação.
Quando nos disponhamos à renovação, alterando nossa conduta emocional, muitos sofrimentos podem ser amainados ou afastados.
Pensemos nisso.
Redação do Momento Espírita, com pensamentos do cap. 18, do livro
Iluminação Interior, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo
Pereira Franco, ed. Leal.
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