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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

'"A INDIGESTA PSICOSFERA DO CARNAVAL"

Nos períodos de folia os carnavalescos surgem de todos os lados na  busca do nutrimento de suas devassidões. Para tais são longas as estações de dias e noites para as preparações do delírio demente dos três dias de miragens. Os incautos esfolam as finanças familiares para experimentar o encanto efêmero de curtir dias de completa paranoia. Adolescentes e marmanjos se abandonam nas arapucas pegajosas das drogas lícitas e ilícitas. Não compreendem que bandos de malfeitores do além (obsessores) igualmente colonizam as avenidas das escolas de samba num lúgubre show de bizarrices. Celerados das escuridões espirituais se acoplam aos bobalhões fantasiados pelos condutores invisíveis do pensamento, em face dos entulhos concupiscentes que trazem no mundo íntimo.
Sobrevém uma permuta vibratória em todos e em tudo.
Os espíritos das brumas umbralinas se conectam aos escravos de momo descuidados, desvirtuando-os a devassidões deprimentes e jeitos grotescos de deploráveis implicações morais. Tramas tétricas são armadas no além-tumba e levadas a efeito nessas oportunidades em que momo impera dominador sobre as pessoas que se consentem despenhar na festa medonha.
Enquanto olhos embaciados dos foliões abrangem o fulgor dos refletores e das fantasias brilhantes (inspirações ridículas impostas pelos malfeitores habitantes das províncias lamacentas do além-túmulo), nas avenidas onde percorrem carros alegóricos (que, pasmem! Já até transportou a efígie do Chico Xavier sob aplausos de omissos líderes espíritas), a visão dos espíritos observa o recinto espiritual envolto em carregadas e sombrias nuvens cunhadas pelas oscilações de baixo teor mental.
Os três dias de folia, assim, poderão se transformar em três séculos de penosas reparações. É bom pensarmos um pouco nisso: o que o carnaval traz ao nosso Espírito? Alegria? Divertimento? Cultura? É de se perguntar: será que vale a pena pagar preço tão elevado por uns dias de desvario grupal?
Quando se pretende alcançar essa alegria, através do prazer desregrado e dos excessos de toda ordem, o resultado é a insatisfação íntima, o vazio interior provocado pelo desequilíbrio moral e espiritual. Portanto, não fossem os exageros, o Carnaval, como festa de integração sócio racial, poderia se tornar um acontecimento compreensível, até porque não admitir isso é incorrer em erro de intolerância. Porém, para os espíritas merece reflexão a advertência de André Luiz: “Afastar-se de festas lamentáveis, como aquelas que assinalam a passagem do carnaval, inclusive as que se destaquem pelos excessos de gula, desregramento ou manifestações exteriores espetaculares. A verdadeira alegria não foge da temperança. ” (1)
A efervescência momesca é episódio que satura, em si, a carga da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre nós, os encarnados, distinguidos pelas paixões do prazer violento. Costuma ser chamado de folia, que vem do francês folle, que significa loucura ou extravagância.
Nos dias conturbados de hoje, sabe-se que “(…) de cada dez casais que caem juntos na folia, sete terminam a noite brigados (cenas de ciúme etc); que, desses mesmos dez casais, posteriormente, seis se transformam em adultério, cabendo uma média de três para os homens e três para as mulheres (por exemplo); que, de cada dez pessoas (homens e mulheres) no carnaval, pelo menos sete se submetem espontaneamente a coisas que normalmente abominam no seu dia a dia, como álcool, entorpecente etc. Dizem, ainda, que tudo isso decorre do êxtase atingido na Grande Festa, quando o símbolo da liberdade, da igualdade, mas, também, da orgia e depravação, somadas ao abuso do álcool, levam as pessoas a se comportarem fora do seu normal (…)” (2)
O Espírito Emmanuel adverte: “Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. (…) Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidades e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem.”(3)
Como proferi supra, nesse panorama, os obsessores “influenciam os incautos que se deixam arrastar pelas paixões de Momo, impelindo-os a excessos lamentáveis, comuns por essa época do ano, e através dos quais eles próprios, os Espíritos, se locupletam de todos os gozos e desmandos materiais, valendo-se, para tanto, das vibrações viciadas e contaminadas de impurezas dos mesmos adeptos de Momo, aos quais se agarram.” (4)
Portanto, além da companhia de encarnados, vincula-se a nós uma inumerável legião de seres invisíveis, recebendo deles boas e más influências a depender da faixa de sintonia em que nos encontremos. As tendências ao transtorno comportamental de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las, são qual imã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do descaso à dignidade humana, que, em suma, não existiriam se vivêssemos no firme propósito de educar as paixões instintivas que nos animalizam.
Será racional fechar as portas dos centros espíritas nos dias de Carnaval, ou mudar o procedimento das reuniões? Existem alguns centros que fecham suas portas nos feriados do carnaval por vários motivos não razoáveis. Repensemos: uma pessoa com necessidades imediatas de atendimento fraterno, ou dos recursos espirituais urgentes em caso de obsessão, seria fraterno fazê-la esperar para ser atendida após as “cinzas”, uma vez ocorrendo essa infelicidade em dia de feriado momesco?
Os foliões crônicos declaram que o carnaval é um extravasador de tensões, “liberando as energias”… Entretanto, no carnaval não são serenadas as taxas de agressividade e as neuroses. O que se observa é um somatório da bestialidade urbana e de desventura doméstica. Aparecem após os funestos três dias as gravidezes indesejadas e a consequente proliferação de assassinatos de intrusos bebês nos ventres, incidem acidentes automobilísticos, ampliação da criminalidade, estupros, suicídios, aumento do consumo de várias substâncias estupefacientes e de alcoólicos, assim como o aparecimento de novos viciados, dispersão das moléstias sexualmente transmissíveis (inclusive a AIDS) e as chagas morais, assinalando, densamente, certas almas desavisadas e imprevidentes.
O carnaval edifica o nosso Espírito? Muitos espíritas, ingenuamente, julgam que a participação nas festas de Carnaval, tão do agrado dos brasileiros, nenhum mal acarreta à nossa integridade fisiopsicoespiritual. No entanto, por detrás da aparente alegria e transitória felicidade, revela-se o verdadeiro atraso espiritual em que ainda vivemos pela explosão de animalidade que ainda impera em nosso ser. É importante lembrá-los de que há muitas outras formas de diversão, recreação ou entretenimento disponíveis ao homem contemporâneo, alguns verdadeiros meios de alegria salutar e aprimoramento (individual e coletivo), para nossa escolha.
Não vemos, por fim, outro caminho que não seja o da “abstinência sincera dos folguedos”, do controle das sensações e dos instintos, da canalização das energias, empregando o tempo de feriado do carnaval para a descoberta de si mesmo; o entrosamento com os familiares, o aprendizado através de livros e filmes instrutivos ou pela frequência a reuniões espíritas, eventos educacionais, culturais ou mesmo o descanso, já que o ritmo frenético do dia a dia exige, cada vez mais, preparo e estrutura físico-psicológica para os embates pela sobrevivência.
Somente poderemos garantir a vitória do Espírito sobre a matéria se fortalecermos a nossa fé, renovando-nos mentalmente, praticando o bem nos moldes dos códigos evangélicos, propostos por Jesus Cristo.
Jorge Hessen
Referências bibliográficas:
(1)       Vieira, Waldo. Conduta Espírita, ditado pelo Espirito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001, cap.37 “Perante As Fórmulas Sociais”
(2)       São José Carlos Augusto. Carnaval: Grande Festa…De enganos! , Artigo publicado na Revista Reformador/FEB-Fev. 1983
(3)       Xavier , Francisco Cândido. Sobre o Carnaval, mensagem ditada pelo Espírito Emmanuel, fonte: Revista Reformador, Publicação da FEB fevereiro/1987
(4)       Pereira, Ivone. Devassando o Invisível, Rio de Janeiro: cap. V, edição da FEB, 1998

“PLANEJAMENTO FAMILIAR E CONTROLE DE NATALIDADE NA VISÃO ESPÍRITA.”

1 – É lícito o planejamento familiar, o casal estabelecer quantos filhos deseja?
Quem cuidará deles? quem os sustentará, alimentará, protegerá, medicará, orientará, educará? Então, se os pais assumem tão sérios compromissos, obviamente têm o direito de decidir quantos serão os seus filhos.
2 – Isso não contraria a vontade de Deus? não devemos deixar que o Criador decida?
Ao nos outorgar a inteligência, Deus concedeu-nos, paralelamente, o livre arbítrio, a liberdade de decidir quanto à nossa vida. Isso inclui a prole. É assim que crescemos para a responsabilidade. Família planejada é família melhor cuidada. Deixar que venham filhos à vontade, sem depois cuidar deles, como acontece com frequência, envolvendo casais menos esclarecidos, está longe de representar o cumprimento da vontade de Deus.
3 – Aprendemos com a doutrina espírita que muitas vezes a família é planejada na espiritualidade. o casal que limita a natalidade não corre o risco de estar negligenciando seus deveres?
Colocaríamos melhor a questão dizendo que “algumas vezes” esse planejamento é feito, porquanto poucos Espíritos revelam, ao reencarnar, suficiente maturidade para assumir tal compromisso. Se há o planejamento, o casal tende a observá-lo. Reencarna com essa idéia. Ambos, intuitivamente, desejam determinado número de filhos, e acabam por consumar o que foi planejado.
4 – Não pode ocorrer uma defecção? Que o casal resolva limitar a natalidade, aquém do que foi planejado?
Sim, porquanto nossa visão no mundo espiritual é mais ampla e esclarecida. Do “outro lado” identificamos melhor nossas necessidades. Aqui, de percepções bloqueadas pela armadura física, temos uma visão limitada e, inspirados pelo egoísmo, podemos refugar nossos compromissos.
5 – Se o casal planejou receber determinados Espíritos como filhos, e não o faz, o que acontece com eles?
Depende de sua condição evolutiva. Espíritos mais evoluídos vão cuidar da vida. Desafetos, que viriam para harmonizar-se com os pais, podem persegui-los. Amigos carentes, em estado de desequilíbrio, que deveriam reajustar-se no processo reencarnatório, podem vincular-se ao lar, agindo como almas penadas a perturbá-los.
6 – Nos países subdesenvolvidos a prole é numerosa, chega a envolver uma dúzia de filhos. Os pobres são mais fiéis ao planejamento espiritual?
Não se trata de fidelidade ao planejamento, mas de incapacidade de planejar, pela própria condição cultural. Os nascimentos em lares assim obedecem à Natureza. Espíritos vinculados ao psiquismo do casal são atraídos à reencarnação, pelo campo vibratório que se forma no relacionamento sexual.
7 – Não há interferência da espiritualidade?
Um evento tão importante como a reencarnação de jamais ocorre sem a presença de mentores espirituais, que oferecem seu apoio e ajuda. Eventualmente, podem até favorecer que determinado espírito seja conduzido àquele lar, num planejamento sumário.
8 – Nota-se que, na medida em que a população evolui cultural e economicamente, há uma tendência para a limitação da natalidade. Isso não representa um “fechar de portas” aos Espíritos que precisam reencarnar?
Há alguns excessos nesse particular. casais com maior poder aquisitivo podem não querer compromissos dessa natureza, a fim de “gozar a vida”. A virtude está no meio. Nem despreocupação com a quantidade de filhos, nem limitação excessiva. Nem porta escancarada, nem porta trancada antes da hora. Os filhos dão muito trabalho e preocupações, mas oferecem, também, significado e objetivo à existência, colaborando decisivamente para a mudança de pessoa na conjugação do verbo de nossas ações. da primeira do singular – eu, sob orientação do egoísmo, para a primeira do plural – nós, iniciando-nos nos domínios abençoados da fraternidade.

Richard Simonetti

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

“SUICÍDIO E CASTIGO”

Deus não castiga o suicida, pois é o próprio suicida quem se castiga. A noção do castigo divino é profundamente modificada pelo ensino espírita. Considerando-se que o Universo é uma estrutura de leis, uma dinâmica de ações e reações em cadeia, não podemos pensar em punições de tipo mitológico após a morte. Mergulhado nessa rede de causas e efeitos, mas dotado do livre arbítrio que a razão lhe confere, o homem é semelhante ao nadador que enfrenta o fatalismo das correntes de água, dispondo de meios para dominá-las.
Ninguém é levado na corrente da vida pela força exclusiva das circunstâncias. A consciência humana é soberana e dispõe da razão e da vontade para controlar-se e dirigir-se. Além disso, o homem está sempre amparado pelas forças espirituais que governam o fluxo das coisas. Daí a recomendação de Jesus: “Orai e vigiai”. A oração é o pensamento elevado aos planos superiores – a ligação do escafandrista da carne com os seus companheiros da superfície – e a vigilância é o controle das circunstâncias que ele deve exercer no mergulho material da existência.
O suicida é o nadador apavorado que se atira contra o rochedo ou se abandona à voragem das águas, renunciando ao seu dever de vencerias pela força dos seus braços e o poder da sua coragem, sob a proteção espiritual de que todos dispomos.
A vida material é um exercício para o desenvolvimento dos poderes do espírito. Quem abandona o exercício por vontade própria está renunciando ao seu desenvolvimento e sofre as consequências naturais dessa opção negativa. Nova oportunidade lhe será concedida, mas já então ao peso do fracasso anterior.
Cornélio Pires, o poeta caipira de Tietê, responde à pergunta do amigo através de exemplos concretos que falam mais do que os argumentos. Cada uma de nossas ações provoca uma real, o da vida. A arte de viver consiste no controle das nossas ações (mentais, emocionais ou físicas) de maneira que nós mesmos nos castigamos ou nos premiamos. Mas mesmo no auto castigo não somos abandonados por Deus que vela por nós em nossa consciência.
(Irmão Saulo)           

Textos retirados do livro “Astronautas do Além”, de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires - Espíritos diversos.

“AQUELES QUE PARTIRAM PARA O MUNDO ESPIRITUAL SENTEM AS MESMAS DORES DAQUELES QUE FICARAM NO PLANO FÍSICO? ”

Provavelmente já muitas vezes nos perguntamos: Será que ele/ela sabe que morreu?
 Será que também sentem saudade como nós sentimos?
Como será que "eles" sentem?
Você que está a ler isto, já deve ter feito estas perguntas ou semelhantes inúmeras vezes mas sempre sem resposta.
Ou então encontra uma resposta que acalme a dor que está a sentir naquele momento devido à partida do seu ente querido. A resposta que  normalmente encontramos é: " Ele/ela estava a sofrer muito e agora está a descansar em paz ou só agora é que está em paz."
ESTA RESPOSTA ESTÁ ERRADA!
"Eles" não morrem e muito menos estão a descansar. O que nós enterramos ou cremamos é somente o corpo do nosso ente querido, porque nessa altura a alma separa-se do corpo e segue o seu caminho para outra vida. Portanto, a morte não existe. O corpo é apenas o envoltório da alma, do qual ela se liberta quando o corpo morre. É como por exemplo, uma cobra quando troca de pele. A cobra se liberta da sua "velha " pele.
Mas voltando à pergunta inicial: Como as dores dos que ficaram afetam os espíritos?
Nós cometemos sempre o erro de pensar que existe morte e que só nós é que sentimos saudade e tristeza. Nós nos esquecemos que eles continuam vivos e que também estão a sentir a mesma saudade, a mesma tristeza e a mesma dor que nós sentimos com a sua partida, porque muitos partem sem ter vontade de partir. O sentimento que nos une a esse ente querido mantém-se inalterável independentemente de onde ele/ela estiver.
Por exemplo, se estamos o tempo todo em constante conexão energética com quem amamos, imagine se estivermos desencarnados, concentrados em alguém encarnado que está a transmitir emoções de tristeza, saudade, arrependimento, culpa devido à nossa ausência no desencarne?
Se não é fácil para nós lidarmos com as nossas próprias dores, imagine o que será depararmos com a dor que provocamos a alguém que amamos.
Portanto, quando estamos no plano extra físico as emanações energéticas exageradas dos nossos entes queridos encarnados chegam até nós com uma determinada intensidade, tornando-se quase audíveis.
Por isso, temos que ter cuidado com os sentimentos que alimentamos, pois alimentar é uma coisa e sentir é outra.
Para qualquer espírito que desencarna e que segundo a sua própria evolução, está razoavelmente equilibrado existe uma proteção natural que o isola dos sentimentos normais de saudade dos entes queridos que ficaram, tendo assim a oportunidade de se adaptar à sua nova etapa de vida.
No entanto pode acontecer também o contrário. O espírito pode estar em desequilíbrio na sua própria evolução  devido ao fato de ver os seus entes queridos em sofrimento com a sua partida, o que pode fazer com que "ele" não consiga lidar bem com o seu regresso à vida espiritual. "Ele" pode se sentir culpado e querer ficar na sua vida carnal para que os seus entes queridos não sofram por sua causa.
De fato, os espíritos podem sempre voltar para junto de nós quando querem, mas numa primeira fase após o seu descarne não é aconselhável que "eles" voltem para junto de nós, porque essa vontade de voltar  deve-se ao fato deles ainda não se terem adaptado ao outro plano, ou seja, ainda não encontraram a luz que os guia até ao outro plano porque por vezes, também levam consigo preocupações e problemas desta vida.
Por isso, a partir de agora temos de ficar atentos ás nossas manifestações de sentimentos exagerados, seja para bem do nosso ente querido que partiu ou para nosso próprio bem ou até mesmo para bem dos entes que ainda ficam conosco.
Se não sentíssemos saudade não estaríamos a dar a devida importância àquela pessoa que passou pela nossa vida. Para o bem de todos os que ficam e os que partem, cabe somente a nós avaliar se a saudade cabe mesmo toda no nosso coração ou se haverá saudade em demasia.
Portanto vamos acreditar que os nossos entes queridos estão a viver a vida deles noutra dimensão/plano e  para que sejamos todos felizes temos de continuar a viver a nossa vida até ao dia em que vamos ter com eles, para que nesse dia estejamos aptos a sermos recebidos com o louvor que merecemos e por quem nos é querido.
Sejamos felizes por "eles" e por nós próprios!
FONTE: The Hidden..-VERA.

“ESCOLHA PROFISSIONAL NA VISÃO ESPÍRITA”

1 – A vocação profissional é fruto da escolha do Espírito antes de reencarnar?
Pode ser. Há Espíritos que planejam cuidadosamente as atividades que pretendem desenvolver. Desde a infância revelam preferência por determinada profissão, envolvendo a opção feita. O menino que estima brincar de médico, bem como a menina que aprecia imitar a professora, oferecem pistas reveladoras dos compromissos que assumiram.
2 – Há escolas no plano espiritual?
Há escolas em todos os planos da Criação. A educação é o maior de todos os recursos evolutivos. Em cidades como Nosso Lar, segundo André Luiz, no livro homônimo, psicografia de Francisco Cândido Xavier, enfatiza-se o preparo dos Espíritos para a reencarnação, envolvendo, dentre outros aspectos, a atividade profissional.
3 – Existe uma adequação física para a profissão escolhida?
Isso é fundamental. O professor deve ter fluência, facilidade de expressão; o neurocirurgião, habilidade manual, sistema nervoso bem ajustado; ouvido afinado o músico; mãos fortes o trabalhador braçal; pernas ágeis o jogador de futebol. Tudo isso pode ser preparado na estrutura perispiritual e na combinação dos elementos hereditários, a partir da interferência de técnicos da espiritualidade, quando ocorre a fecundação do óvulo, dando início ao processo reencarnatório.
4 – A facilidade para determinada atividade sempre indica uma profissão escolhida na espiritualidade?
É indicativo de que a pessoa tem experiência no ramo. Encontramos excelentes profissionais em determinada área, que revelam vocação para atividades alheias à sua profissão: um médico muito hábil em lidar com marcenaria ou engenheiro que é excelente músico. Significa que já estiveram vinculados a essas atividades. Hoje, a própria dinâmica da evolução impõe que diversifiquem suas experiências, adquirindo novas aptidões.
5 – Por que a maior parte dos jovens encontra grande dificuldade para escolher uma profissão?
É que não chegaram a defini-la previamente, na Espiritualidade. Deverão vincular-se a determinada atividade que guarde compatibilidade com suas tendências, desejos e experiências anteriores.
6 – Quem reencarna com planejamento prévio não é um protegido?
Semelhante tendência é característica das sociedades humanas. Na espiritualidade prevalece sempre o merecimento. Se alguém tem a oportunidade de um melhor preparo para a reencarnação, deva-se aos seus méritos e à natureza da tarefa que pretende desempenhar. Considere-se, também, que sua responsabilidade será maior, já que, como ensina Jesus, mais será pedido àquele que mais recebeu.
7 – Os Espíritos que reencarnam com uma profissão definida não levam vantagem, não obterão maiores facilidades?
Digamos que é o corredor que sai na frente, mas a jornada é longa. O que pesa mesmo é a dedicação, o esforço, a vontade de vencer. Como diz Amado Nervo, nem sempre o que mais corre a meta alcança, nem mais longe o mais forte o disco lança, mas o que, certo em si, vai firme e em frente, com a decisão firmada em sua mente.
8 – Como enfrentar essa fase de incertezas, em que o jovem deve optar por uma profissão que ainda não definiu?
Infelizmente essa opção tem que ser feita na faixa dos dezesseis aos dezoito anos, período de muitas incertezas para o Espírito reencarnado. Podem ajudá-lo os testes vocacionais, o contato com as atividades profissionais (sei de um jovem que descobriu sua vocação trabalhando como voluntário em grupo de assistência a hospitais; outro optou pelo magistério, a partir de uma experiência com evangelização infantil), o debate com professores e, sobretudo, a confiança em Deus e a oração. Quem ora contrito, consciente da presença divina, sempre colherá a orientação precisa do que deve fazer, que caminhos deve trilhar em relação a todas as atividades humanas. Isso inclui a profissão.


RICHARD SIMONETTI

domingo, 19 de fevereiro de 2017

“PORQUE OS SENSITIVOS SE SENTEM MAL PERTO DE ALGUMAS PESSOAS. ”

Os sensitivos são seres humanos que possuem sensibilidade emocional aumentada.
Esse conceito foi apontado pela psicóloga Dra. Elaine Aron em 1991, que apontou através de estudos que entre 15% e 20% da população mundial possui esse tipo de sensibilidade mais aflorada porque os seus cérebros processam informações sensoriais de forma diferente e por isso possuem habilidades e expressas de maneira mais intensas que os demais.
Os sensitivos – também chamados de empatas – são, portanto, mais sensíveis a emoções, comportamentos e energias de pessoas e lugares. A presença de algumas pessoas ou a entrada em lugares específicos podem fazer com que um empata se sinta mal. Entenda mais sobre isso.
A sensibilidade aflorada dos sensitivos e o que isso pode causar
Normalmente, quem é considerado um sensitivo considera isso como uma qualidade, uma habilidade positiva.
São normalmente excelentes ouvintes, pessoas caridosas com muita clareza de pensamento, conhecidos por darem bons conselhos.
Leia mais: 30 traços de uma pessoa SENSITIVA
Mas devido à sua sensibilidade emocional aumentada eles são muito influenciáveis pelo ambiente ou por pessoas, são capazes de detectar energias carregadas que estão impregnadas no lugar, detectam mais facilmente comportamentos falsos e não conseguem lidar com pessoas pretensiosas e/ou mentirosas.
Comportamentos e situações em que um sensitivo se sente mal
Todo mundo pode ser capaz de identificar sinais de falsidade no discurso humano, os empatas possuem maior facilidade devido à sua extrema sensibilidade.
Lidar com alguém hipócrita ou falso pode ser tolerável para pessoas comuns, mesmo que eles saibam dessa característica da pessoa, para os sensitivos, isso é praticamente uma tortura, um desconforto intenso.
Sentem-se cansados, sentem que sua energia foi drenada, sentem-se frustrados, muitas vezes ficam com as mãos úmidas, com o coração disparado e o bocejo é uma reação muito frequente.
Veja abaixo algumas situações que fazem com que um sensitivo se sinta mal:
- Falsos elogios – eles detectam logo a falsidade e mal conseguem disfarçar a sua decepção
- Pessoas que aumentam suas vitórias para ganhar aprovação e reconhecimentos dos outros
- Pessoas que renunciam à sua personalidade ou tentam ser aquilo que não são para se sentirem por cima
- Falsas delicadezas com intenção de receber algo em troca
- Pessoas que estimulam a inveja e o ressentimento
- Quem age de forma dura e insensível para ocultar dos outros a própria dor ou sensibilidade
Reações comuns dos sensitivos nestas situações   
Muitas vezes os sensitivos nem conseguem explicar o porquê de estar se sentindo mal e o que está causando isso nele.
Alguns deles conseguem identificar o foco, mas outros só conseguem pensar em se afastar do ambiente e das pessoas que ali estão, e normalmente ouvem: “O que aconteceu? O que ele(a) te fez de mal?” sem saber explicar exatamente o porquê. Ficam nervosos, tensos e têm dificuldades de formar frases com clareza, o que em situações normais eles têm muita facilidade.
Se o sensitivo precisa estar em um ambiente ou perto de alguém que lhe faz mal, ao se afastar ele se sente enjoado, tonto, podendo inclusive ter ânsia de vômito. Ficam muito calados, sem querer continuar a conversa e muitas vezes, ao se afastar da pessoa ou do ambiente sentem um inexplicável sentimento de culpa.

(Fonte: wemystic.com.br)

“ESTA É A NOSSA MAIS IMPORTANTE REENCARNAÇÃO”!

Se de um lado a boa lógica nos diz que nossa última encarnação é sempre a mais importante, pois, mais uma vez, temos a oportunidade de nos redimir dos erros passados, creio que esta atual, pelas deduções mais abaixo, é especialíssima. Creio firmemente que é a nossa mais importante existência de todos os tempos. Se nos conscientizarmos desse fato, faremos com que nossos pensamentos, sentimentos e atitudes tomem salutar direção. Para que a conclusão do tema seja confirmada pelo(a) leitor(a), atentemos ao texto abaixo, de Santo Agostinho, e também às conclusões que vêm logo a seguir.
“Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases, desde o instante em que se aglomeram os primeiros átomos destinados a constituí-lo, vê-lo-ia a percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso.” (Santo Agostinho, O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo III, item 19).
Do depoimento logo acima destaquei, em negrito, a expressão “degraus imperceptíveis”, a qual denota que não perceberemos de maneira evidente a passagem do nosso mundo, de Expiação e Provas, para a próxima e determinante etapa, a de Mundo de Regeneração. Mas, através de pesquisa e do raciocínio lógico, passaremos a enxergar o que parece não estar evidente.
Tenho a convicção de que caminhamos a passos largos nessa bendita direção. É saudável, caro(a) leitor(a), que duvide dessa minha convicção. Ninguém tem a obrigação de crer na convicção de outrem. Mas, após as informações que vêm a seguir, procure liberar sua mente de ideias preconcebidas, que possam impedir o raciocínio dedutivo, para livremente poder refletir sobre os esclarecimentos oriundos de grandes mestres de nossa Seara. Comecemos pelo preposto imediato do nosso Mestre Jesus, Allan Kardec:
I – Allan Kardec nos diz quando o Espiritismo se tornará crença comum em todo o mundo terreno:
Muitos de nós ainda não percebemos, mas Kardec já nos informou quando o Espiritismo será implantado na Terra (atenção: isso não quer dizer que todas as demais religiões deixarão de existir. Elas continuarão existindo, mas crendo na reencarnação e em outras leis naturais que são a base do Espiritismo). Na questão 798 de O Livro dos Espíritos, a qual tem como foco quando haverá a implantação do Espiritismo na Terra, Kardec nos esclarece que “(...) durante duas ou três gerações, ainda haverá um fermento de incredulidade, que unicamente o tempo aniquilará”.
Como a boa lógica nos diz que após um período de incredulidade a única alternativa será um período de credulidade, façamos as contas para esclarecermo-nos sobre quando chegaremos a esse alvissareiro período. Antes, é importante dizer que, mesmo sendo a expectativa de vida na época de Kardec bem inferior aos 70 anos, o fato é que as pessoas consideravam essa idade como sendo o tempo de uma geração. Agora, sim, fazendo as contas a partir do ano de edição do primeiro livro espírita, 1857 (O Livro dos Espíritos).
Conclusão – I: O Espiritismo passará a ser crença comum no período compreendido entre os anos de 1997 e 2067.
II – Chico Xavier nos informa quando a Terra será um Mundo de Regeneração:
No livro Plantão de Respostas, volume II, Chico Xavier diz: “Emmanuel afirma que a Terra será um mundo regenerado por volta de 2057.”
Conclusão – II: O Mundo de Regeneração terá seu alvorecer por volta de 2057, ano esse dentro dos limites de tempo em que Kardec afirma que o Espiritismo será crença comum.
III – Bezerra de Menezes nos informa quando o Espiritismo será implantado na Terra:
No livro Atitude de Amor, Editora Dufaux, psicografia de Wanderley Soares de Oliveira, Bezerra de Menezes nos esclarece que para o Espiritismo ser implantado na Terra houve um planejamento na espiritualidade, e que a implantação teve uma delimitação de três períodos distintos de 70 anos. O primeiro período de 70 anos, de 1857 a 1927; o segundo período, de 1928 a 1997; e o terceiro e último período, de 1998 a 2067. Sobre este último período, diz Bezerra de Menezes que é o período das atitudes, isto é, este é o momento de praticarmos o que até agora aprendemos com o Espiritismo. Por exemplo, se temos um belo discurso sobre fraternidade, chegou a hora de sermos fraternos. Como disse Richard Simonetti, “Chegou a hora do conhecimento descer da cabeça para o coração.”
Conclusão – III: Bezerra de Menezes nos informa que a implantação do Espiritismo na Terra será no período de 1997 a 2067, período esse dentro dos limites de tempo em que Kardec afirma que o Espiritismo será crença comum.
IV – Bezerra de Menezes, através da psicofonia de Divaldo Franco, informa-nos que este é momento de transição para o Mundo de Regeneração (Revista Reformador - janeiro/05):
A mensagem de Bezerra de Menezes foi recebida na última reunião do Conselho Federativo Nacional da FEB, em 2004. Nosso amado benfeitor espiritual utilizou-se da mediunidade psicofônica de Divaldo Franco para dizer com todas as letras, sem deixar dúvida alguma sobre o teor do que tinha a nos passar, que “não podemos negar que este é o grande momento de transição do Mundo de Provas e de Expiações para o Mundo de Regeneração”. E complementou: “(...) Já não há mais tempo para adiarmos a proposta de renovação do planeta.”
Conclusão – IV: Bezerra de Menezes nos informa que este é o grande momento de transição do Mundo de Provas e de Expiações para o Mundo de Regeneração. Momento esse dentro dos limites de tempo em que Kardec afirma que o Espiritismo será crença comum.
V – Os espíritos Maria Modesto Cravo e Joanna de Ângelis nos alertam sobre a renovação que já está ocorrendo em nosso planeta!
Duas informações:
• A primeira: No livro Reforma Íntima sem Martírio, lançado e editado nesta primeira década do século XXI (essa informação é importante), Editora Dufaux, psicografia de Wanderley Soares de Oliveira, o espírito Maria Modesto Cravo diz: “Uma geração nova regressa às fileiras carnais da humanidade para arejar o panorama de todas as expressões segmentares do orbe, interligando-as e projetando-as a ampliados patamares de utilidade. (...) É tempo de renovar.”
• A segunda: No livro Momentos de Harmonia, lançado e editado em 1991 (essa informação é importante), Editora Leal, psicografia de Divaldo Franco, o espírito Joanna de Ângelis diz: “(...) dá-se neste momento a renovação do planeta, graças à qualidade dos espíritos que começam a habitá-lo, enriquecidos de títulos de enobrecimento e de interesse fraternal.”
Essa alvissareira notícia de renovação do planeta, certamente a mais importante ocorrência depois da vinda de Cristo e do nascimento de Kardec, nos leva à quinta conclusão:
Conclusão – V: Os espíritos Joanna de Ângelis e Maria Modesto Cravo nos informam que espíritos especiais (fraternos, nobres) estão retornando à Terra com o objetivo de arejar o panorama de todas as expressões segmentares do nosso planeta, com o objetivo de renová-lo, e essa renovação se dá dentro dos limites de tempo em que Kardec afirma que o Espiritismo será crença comum.
VI – O respeitado médium e orador baiano Divaldo Franco disse, em palestra proferida em 1999, que, em 2025, 200 mil espíritos altamente evoluídos retornarão à Terra.
Caro(a) leitor(a), conforme a bem-vinda informação logo acima, mais a informação do item V, em que Joanna de Ângelis e Maria Modesto Cravo esclarecem-nos que espíritos nobres e fraternais (também inteligentes) estão retornando à Terra com o objetivo de ajudar na renovação do planeta, podemos então formular a seguinte pergunta:
Como será nosso planeta Terra em 2060?
A resposta da questão acima teremos de forma dedutiva:
a) Em 2060, os espíritos nobres, fraternos e inteligentes que, segundo os amáveis espíritos Joanna de Ângelis e Maria Modesto Cravo, já estão retornando à Terra, terão até 70 anos de idade;
b) Em 2060, os 200 mil espíritos altamente evoluídos que reencarnarão em 2025, segundo informação recebida (e divulgada) pelo respeitabilíssimo médium e orador Divaldo Franco, terão 35 anos de idade;
c) Em 2060, os atuais líderes mundiais e indivíduos outros que tendem ao mal estarão desencarnados!
Conclusão – VI: No ano 2060, estarão habitando a Terra espíritos que, pela sua índole, têm todas as qualidades para habitar um Mundo de Regeneração, dentro dos limites de tempo em que Kardec afirma que o Espiritismo será crença comum.
Conclusão
Somos habitantes da Terra num momento muito especial, o que é uma dádiva divina. Esta é a grande oportunidade que temos de iniciar a reparação dos nossos erros pretéritos. Precisamos, com toda nossa força, com toda nossa vontade, com todo nosso empenho, aproveitar esta oportunidade de aqui estarmos habitando este planeta que, logo, logo, pode nos dar a condição de termos um ambiente onde a tendência ao bem seja a tônica. Como alcançar essa graça? A única solução é iniciarmos já nossa regeneração espiritual.
Sugiro três passos para bem aproveitarmos esta nossa atual existência:
a) Valorizarmos e agradecermos ao Mestre Jesus a oportunidade de estar vivendo nossa mais importante encarnação de todas as existências que tivemos.
Sobre a importância da reencarnação, relembremos o que disse o espírito Emmanuel: “Cada encarnação é como se fosse um atalho nas estradas da ascensão. Por esse motivo, o ser humano deve amar a sua existência de lutas e de amarguras temporárias, porquanto ela significa uma benção divina, quase um perdão de Deus.”
b) Iniciarmos urgentemente um processo de autoconhecimento.
A base de toda mudança comportamental é o autoconhecimento. E aí está a maior dificuldade do ser humano. E uma das alternativas para melhor nos conhecermos é a interiorização, que é o ato de enfrentarmos o nosso mundo interior e de admitirmos para nós mesmos a natureza de nossos sentimentos. Isto é, não falarmos “eu nunca sinto mágoa” ou “a raiva não faz parte de minha vida”. Esse proceder de negar nossos sentimentos inferiores chama-se auto ilusão, uma atitude altamente destrutiva. A partir do momento em que admitimos nossos sentimentos inferiores (sem baixa autoestima), abre-se uma porta para aprendermos a ter autocontrole e se nos dá condição de iniciarmos o processo de mudança.
c) Transformarmos em vivência prática nosso discurso sobre convivência e fraternidade, principalmente em nossa casa espírita.
Sobre o tema fraternidade, disse o espírito Ermance Dufaux (livro Unidos pelo Amor, Editora Dufaux): “Antes dos projetos ‘além-paredes’, estimulemos a fraternidade, prioritariamente, ao próximo mais próximo, aquele que divide conosco as responsabilidades doutrinárias rotineiras em nossa casa espírita, encetando esforços pela convivência jubilosa e libertadora. Conviver fraternalmente deve ser a essência de nossa causa. O centro espírita, escola das virtudes superiores, é o ambiente de disciplina e treinamento dos novos modelos de relações (...)”
Caro(a) leitor(a), conscientizemo-nos que ser fraternos é – simplesmente – uma questão de escolha. Então, que nós, que temos a dádiva de ter conhecido o Espírito Consolador, possamos escolher o caminho da fraternidade e, com isso, merecermos ser habitantes da Terra em sua nova e breve etapa: Mundo de Regeneração. Mesmo que – pela nossa idade atual – não consigamos esse intento nesta existência. Mas, para quem crê na reencarnação, sempre há esperança!

Folha Espírita-Edição de fevereiro/2006

“REVELAÇÕES DE CHICO XAVIER SOBRE O PAPEL DO BRASIL NA TRANSIÇÃO PLANETÁRIA. ”

Hoje falaremos das revelações que nos foram feitas pelo médium, conforme a entrevista que concedeu para a Folha Espírita, em 27 de dezembro de 1992 .
Marjorie Aun, entrevistou a Médium Marlene Nobre da Folha Espírita para o programa Portal de Luz da Tv Aberta,São Paulo, a entrevista foi ao ar em junho de 2011.
Marjorie: Vimos nas entrevista do nosso amigo Geraldinho Lemos o que Chico Xavier falou sobre a grande transição e a missão do Brasil. A sra. entrevistou  mais alguém a quem o médium tinha dito sobre isso?
Marlene: Sim, entrevistei Neusa Arantes, em Uberaba, no dia 6 de janeiro de 1994. Na ocasião, Neusa frequentava muito a casa do Chico, auxiliando-o a preparar caixas de mensagens que ele gostava de despachar pelo correio para centenas de amigos. Ela auxiliava também com massagens nos pés do médium que , na época estavam muito inchados. Era uma espécie de fisioterapia caseira. Enquanto trabalhavam , Chico falava, com ela, sobre o assunto do final dos tempos. Neusa lembrava-se de ele ter dito que a França e outros países iriam desaparecer. Quanto ao que iria acontecer com o Brasil me disse o seguinte:
” O Chico nos tem falado sobre as modificações que vão acontecer no planeta. Os espíritos o estão segurando ele aqui na Terra para ver se o que está previsto não venha a acontecer. Mas, para nós, ele tem contado que o Brasil vai ser dividido em diversas partes. Os estrangeiros vão entrar aqui, o Planeta vai sofrer modificações”
Contei, então, a ela o que o Chico havia me falado sobre o Brasil nas várias entrevistas que fiz com ele, entre as quais a de 1992. Desde essa época, eu sabia que os estrangeiros viriam pra cá, mas o caro amigo não me havia falado na divisão do nosso país em várias partes, talvez para não assustar os leitores do jornal. Neusa enfatizou então o que ele havia dito:
“Do Brasil vai ficar apenas a região Sudeste, que será composta de Minas, São Paulo, Goiás, Distrito Federal, e um pedaço do estado do Rio de Janeiro e do Paraná. As demais terras teremos de ceder aos estrangeiros”.
Marjorie: Então, para a senhora, ele já havia dito algo também sobre o papel do Brasil nesses momentos de renovação do planeta?
Marlene: Sim, e nas várias ocasiões em que o entrevistei para o nosso jornal Folha Espírita  e que as pessoas podem acompanhar melhor no livro Lições de Sabedoria,  que contém várias  entrevistas do médium ao longo de 23 anos.
Marjorie:Poderia nos dar mais detalhes?    
Marlene: Lembro-me especialmente de uma entrevista que ele nos deu no Centro Espírita Perseverança, no dia 27 de dezembro de 1992 . Foi uma reunião comovedora e inesquecível. Chico foi recebido com pétalas de rosa, cânticos, e muito carinho; psicografou mensagem de Cornélio Pires e respondeu as perguntas de Guiomar Albanesi, a querida dirigente da Perseverança, sobre a missão do Brasil.Com a permissão de Guiomar, fizemos  uma entrevista com ele para a Folha Espírita nesse dia.
Perguntei a ele, inicialmente o que muita gente indaga:
– Com tanta violência e corrupção em nosso país, os benfeitores acreditavam mesmo que o Brasil seja mesmo “o coração do evangelho”?
Chico nos respondeu que este era um assunto muito ventilado nas conversas com os companheiros de ideal. E ressaltou:
“O nosso Emmanuel é de opinião que dento do  mundo turbulento, com a incompreensão  comandando tantos corações, tantos milhões de pessoas, não pode ser motivo de dúvida para nós que o Brasil é o coração do mundo. Em comparação com outros povos e nações, nós estamos com nossa bandeira imaculada, inatingível por qualquer corrupção. Esta é a nossa claridade., porque nossas dificuldades tem sido sobrepujadas pela fraternidade com que nós nos amamos uns aos outros, pela facilidade com que aprendemos os ensinamentos dos nossos amigos espirituais, e vamos formando os núcleos de Paz e Amor que são as casas da nossa doutrina”. Percebi, então, que o compromisso do nosso país com a paz estava mantido.
Marjorie: Ele confirmou que somos o coração do mundo, mas e a “Pátria do Evangelho” já somos também?
Marlene: é aí, Marjorie, que está a questão. Ainda não somos.
Ele respondeu da seguinte forma:
“Quanto a conceituação de Pátria do Evangelho , nós somos compelidos a pensar no futuro, quando teremos, necessidade de exemplificarmos, até com o sacrifício, o Evangelho que nos foi confiado por Nosso Senhor Jesus Cristo. Sem nos esquecermos que, até ele foi atingido pelo sacrifício extremo para dar-nos essa alvorada maravilhosa, que é a doutrina de luz que nós abraçamos e que nos une  a todos num abraço só, num só coração. E, agora, antes das lutas que o porvir nos reserva, serão horas difíceis para nós.”
Marjorie: Quer dizer,então,que, segundo o Choco Xavier ainda teremos que provar que somos Pátria do Evangelho?
Marlene: é isso mesmo. Chico falou-nos do período de grande tribulação pelo qual passaremos. Acenou para um mundo de fraternidade verdadeira em relação à comunidade das nações, para o qual devemos nos preparar e ressaltou:
“Preparemo-nos para abraçar os filhos de outras terras que virão até o coração do nosso país, buscando a paz desejada, que para eles tem sido tão difícil de ser alcançada. Como filhos da Pátria do Evangelho, somos chamados a exemplificar, porque aprendemos e ensinamos o que constitui a razão de nossas vidas. Que Deus nos abençoe, para sermos dignos da proteção que tem sido dada.
A violência que existe no Brasil é a que existe no mundo, mas como povo nós temos sabido honrar a destinação a que fomos chamados. Como povo temos sofrido reviravoltas enormes, inconformações, faltas graves daqueles que foram chamados a dirigir nosso destino. Mas nossa mãos não se sujaram com sangue fraterno.
Quantos povos, por muito menos, acharam, na rebelião e na indisciplina, a porta falsa a que eles se atiraram para encontrar dificuldades muito maiores. Somos, sim, uma grandeza da Terra em que nós renascemos. Somos filhos do coração do mundo. E o senhor nos fortalecerá para sermos Pátria do Evangelho, quando soar a hora a que formos chamados para a grande renovação”
Marjorie: Chico Xavier falava que talvez tenhamos que abraçar os filhos de outras terras e dar testemunho de desprendimento e bondade, mas deixa espaço também para a primeira hipótese ,quer dizer, para a nossa melhor escolha, a de não termos guerra até 2019. Neste caso, poderemos realizar a transição em  paz e grande progresso. Como a sra. vê essa encruzilhada em que nós seres humanos nos encontramos?
Marlene: Estamos vivendo um momento difícil em nossa moradia planetária. Mas também mantenho minhas esperanças de que as nações mais evoluídas da Terra venham a escolher a melhor opção. E, dessa forma, possamos fazer a transição de forma mais amena e pacífica.
Termino esta entrevista com as palavras de Chico Xavier:
“Vamos todos vibrar pela paz. O nosso país é sempre pela conciliação ,pela compreensão humana. Vamos orar para que não tenhamos surpresas desagradáveis, para que não tenhamos conflitos, desajustes e desesperos inúteis, porque nós precisamos de união e de trabalho, cada vez mais intenso. O Brasil tem tudo para ser aquele país privilegiado. Desse modo, vamos pedir aos nossos amigos que cada um se faça um agente de conciliação, esperança e otimismo, na certeza de que estamos vivendo belos dias ,pesar dos conflitos que estamos atravessando Mas, desejar aos nossos legisladores ,estadistas,  amigos de paz e liberdade, Aqueles todos estejam unidos também conosco nos votos a Deus, para que o Brasil continue a ser este colosso de confraternização, de luz espiritual que dimana de todos os núcleos de luz. Vibremos para que permaneça a paz.
SABEMOS QUE DIANTE DO DIVINO MESTRE, A SEPARAÇÃO NÃO EXISTE, QUE TODOS ESTAMOS LIGADOS UNS AOS OUTROS,E QUE, POR ISSO MESMO, O PRÓXIMO MAIS PRÓXIMO É SEMPRE AQUELA PESSOA A QUEM DEVEMOS MAIS AMOR, MAIS TOLERÂNCIA,ÀS VEZES,QUEM SABE , MAIS PERDÃO, MAIS ENTENDIMENTO PARA QUE A FRATERNIDADE NÃO SEJA UM MITO EM NOSSO MUNDO , EM TODAS AS DIMENSÕES.”

Fonte : Folha Espírita

sábado, 18 de fevereiro de 2017

“CARMA OU ESCOLHAS? ”

É muito comum escutarmos “por aí”, expressões do tipo, “Fulano é o meu carma! ”. Mas, o que significa essa frase em nosso contexto de vida?
No conceito budista, Carma é o resultado direto de nossas ações no passado, sejam elas boas, não tão boas ou até mesmo neutras. Por consequência, estas ações acarretariam para nós frutos de mesma intensidade e qualidade, ou seja, vivenciaríamos experiências boas, não tão boas ou neutras, respectivamente, em nosso presente.
O problema é que, na generalidade, as pessoas não entendem o carma sob este aspecto. Pensam que se algo de ruim acontece é porque foi o destino que lhes trouxe uma experiência para purgarem os seus erros do passado e que nada do que fizerem poderá mudar tal situação.
Se abraçamos essa ideia equivocada do carma, ela pode nos trazer grandes atrasos, por ela não conseguir responder aos nossos anseios. Quando eu afirmo que algo é meu carma e que não posso fazer nada para mudá-lo, eu coloco um peso enorme sobre os meus ombros e acabo me tornando impotente para enfrentá-lo. Se me vitimizo ou não quero enxergar como esse algo pode estar na minha vida, não conseguirei utilizar dos instrumentos que já conquistei para lidar com o possível problema.
Ainda, quando eu penso no conceito certo do Carma, se tudo o que vivo é um reflexo do que já fiz, eu não abranjo as escolhas que faço, conscientemente, para concluir minha purificação e apressar o meu progresso. “Não se deve pensar que todos os sofrimentos suportados neste mundo sejam necessariamente a indicação de uma determinada falta”.[1]
Por isso, precisamos ir além.
Quando penso em qualquer experiência de minha vida, não consigo desvinculá-la jamais da ideia do livre arbítrio, de escolhas que são minhas. Toda ação ou omissão de minha parte advém da minha livre escolha em agir dessa ou daquela forma. Isso significa dizer que os resultados de meu livre arbítrio construirão a vida que viverei no meu presente.
Todas as minhas experiências são um reflexo de minhas escolhas. Cada movimento que faço ou não faço, cada ação ou pensamento que tem por base as minhas escolhas, me darão condições de eu construir um mundo completo e complexo. E será nesse mundo em que eu terei que viver. Mesmo quando eu penso no outro fazendo parte deste mundo, ele terá agido conforme as suas escolhas fazendo com que os nossos mundos se interliguem e que as consequências de nossas ações sejam compartilhadas entre nós.
Sobre as experiências a serem vivenciadas, o que admiro nas leis que nos regem é que, seja qual for o grau evolutivo que eu tiver, ante uma ação equivocada ou não que eu cometer, elas incidirão sobre mim exatamente na proporção do meu conhecimento; de minha capacidade de compreender as experiências que me chegam; da minha evolução. Portanto, a incidência da lei estará vinculada não somente ao resultado de minha ação, mas, principalmente, à minha verdadeira intenção.
Resumidamente, então, somos nós que escolhemos, através de nossas próprias ações, passar por experiências boas ou não tão boas que nos trarão o aprendizado e o progresso. Então, se eu uso da maledicência e não percebo o quanto esta ação é maléfica para mim e para o outro, estou já, inconscientemente, construindo em minha vida, no tempo certo e oportuno, uma experiência que me trará esse entendimento. Friso, no entanto, que não significa, necessariamente, que seja a própria maledicência ou algo ruim aos meus olhos o objeto de meu aprendizado, mas, por incidência e sabedoria da lei, algo apropriado me ensinará.
Os efeitos que vivenciamos, vida após vida, estão relacionados às escolhas que fazemos. E esses efeitos nada mais são do que infinitas oportunidades de aprendizados para o nosso crescimento. Por isso, o “Fulano” acima não está acompanhando o “Sicrano” por acaso ou por punição deste último, mas por utilidade e necessidade de ambos. Aí está a grandeza das Leis Divinas que nos regem.

Adriana Machado

“CARNAVAL: A FESTA DOS DELÍRIOS. ”

Aproxima-se mais uma edição da "festa do delírio", quando são liberadas as fantasias e é permitido o prazer de viver "os prazeres da carne", a pretexto de suportarmos, pelo resto do ano, os desprazeres da "vida real". E como estamos "no país do samba e do carnaval", não temos como escapar da folia, ainda mais numa era de intensa e irreversível interação digital, pelo que o assunto permeia nossa casa, nosso cotidiano, nossa mente. É possível fazer diferente? Será que não temos o direito "humano" de gozar um pouquinho dessa farra toda? Não seria ou "fanatismo" ou "puritanismo" demais da parte dos religiosos se esquivar dessas "coisas naturais"? Afinal, o que é certo e o que é errado em torno do Carnaval?
Bem, quem somos nós para dizermos o que é certo e o que não é! Em todo o caso, a Doutrina Espírita, através da sua literatura clássica e das experiências de respeitáveis confrades, vem nos dar subsídios para nossa reflexão acerca do referido tema, a fim de cada qual construa sua afirmação consciência.
Na psicografia de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel encontramos o seguinte:
"Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas. “É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização. “Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer. “Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever. “Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos. “Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho. “Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opiniões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas. “É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloquente atestado de sua miséria moral".
Emmanuel (Espírito) Psicografado por Francisco Cândido Xavier em Julho de 1939
Os efeitos mais comuns resultados do feriadão de carnaval são o liberalismo sexual, bebedeira, ocorrências de acentuada gravidade, altos índices de acidentes automobilísticos (por ocasião do uso excessivo de bebidas alcoólicas), gravidez indesejada e precoce, de jovens etc.
Mas, convém comentar que, também fora do período carnavalesco, no resto do ano, prolifera-se em nossa cultura a libertinagem e o apelo ao gozo banal, cuja prova mais patente é a degeneração da música popular brasileira, pelo que vemos a promiscuidade típica dos bailes funk, agora contaminando outros gêneros, como a música sertaneja e o forró. Nas festas, pancadões e "baladas", das periferias aos centrões das cidades, a praxe é "liberar geral". E some-se a isso a trilha sonora e o embalo das festas caseiras — aniversários, churrasco de fim de ano, Natal, batizados etc.
Tudo isso é para se pensar.
"Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. Paulo de Tarso, I Coríntios. 6,12.

Fonte: Luz Espírita- Espiritismo em Movimento

“NÃO ACREDITEIS EM TODOS OS ESPÍRITOS.”

Caríssimos, não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus, porque são muitos os falsos profetas, que se levantaram no mundo. (João, Epístola I, cap. IV: 1).
Os fenômenos espíritas, longe de confirmarem os falsos cristos e os falsos profetas, como algumas pessoas gostam de dizer, vêm, pelo contrário, dar-lhes o último golpe. Não soliciteis milagres nem prodígios ao Espiritismo, porque ele declara formalmente que não os produz. Da mesma maneira que a Física, a Química, a Astronomia, a Geologia, revelaram as leis do mundo material, ele vem revelar outras leis desconhecidas, que regem as relações do mundo corpóreo com o mundo espiritual. Essas leis, tanto quanto as científicas, pertencem também à natureza. Dando, assim, a explicação de uma ordem de fenômenos até agora incompreendidos, o Espiritismo destrói o que ainda restava do domínio do maravilhoso.
Como se vê, os que fossem tentados a explorar esses fenômenos em proveito próprio, fazendo-se passar por enviado de Deus, não poderiam abusar por muito tempo da credulidade alheia, e bem logo seriam desmascarados. Aliás, como já ficou dito, esses fenômenos nada provam por si mesmos: a missão se prova por efeitos morais, que nem todos podem produzir. Esse é um dos resultados do desenvolvimento da ciência espírita, que pesquisando a causa de certos fenômenos, levanta o véu de muitos mistérios. Os que preferem a obscuridade à luz, são os únicos interessados em combatê-la. Mas a verdade é como o Sol: dissipa os mais densos nevoeiros.
O Espiritismo vem revelar outra categoria de falsos cristos e de falsos profetas, bem mais perigosa, e que não se encontra entre os homens, mas entre os desencarnados. É a dos Espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudo-sábios, que passaram da Terra para a erraticidade e se disfarçam com nomes veneráveis, para procurar, através da máscara que usam, tornar aceitáveis as suas ideias, frequentemente as mais bizarras e absurdas. Antes que as relações mediúnicas fossem conhecidas, eles exerciam a sua ação de maneira mais ostensiva, pela inspiração, pela mediunidade inconsciente, auditiva ou de incorporação. O número dos que, em diversas épocas, mas sobretudo nos últimos tempos, se apresentaram como alguns dos antigos profetas, como o Cristo, como Maria, e até mesmo como Deus, é considerável. 
São João nos põe em guarda contra eles, quando adverte: “Meus bem amados, não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os Espíritos são de Deus; porque muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”. O Espiritismo nos oferece os meios de experimentá-los, ao indicar as características pelas quais se reconhecem os bons Espíritos, características sempre morais e jamais materiais. (Ver o Livro dos Médiuns, Caps. 24 e segs.). É sobretudo ao discernimento dos bons e dos maus Espíritos, que podemos aplicar as palavras de Jesus: “Reconhece-se à árvore pelos seus frutos; uma boa árvore não pode dar maus frutos, e uma árvore má, não pode dar bons frutos”. Julgam-se os Espíritos pela qualidade de suas obras, como a árvore pela qualidade de seus frutos.


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...