Seguidores

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

“MATERIALIZAÇÃO DE ESPÍRITOS”

Detalhes Imprescindíveis
Fator moral dos envolvidos: presente em todas as realizações espíritas;
¨Motivações superiores: razão de ser para os espíritos superiores se materializarem;
¨Nenhum espírito superior concorda em materializar-se para atender a caprichos e/ou curiosidades;
¨Todos os fenômenos de materialização são regidos e supervisionados por entidades elevadas por ser um trabalho importante, difícil e perigoso.
Conceito ¨Materialização ≠ Aparição;
¨Materialização = Corporificação dos espíritos que se tornam visíveis;
¨Não é preciso ser médium para ver o espírito materializado;
¨O materializado pode ser visto, sentido e tocado (temperatura, pulsações, conversa);
¨Materialização = Fenômeno objetivo, pois envolve elementos materiais pesados e permite exame direto, do ponto de vista científico. O Médium ¨O médium pode permanecer em transe ou desperto, sendo espectador;
¨Não é agente/produtor de fenômenos;
¨Médium = elemento de fornecimento parte dos fluidos necessários para a produção do fenômeno (ectoplasma);
¨Além disso, há necessidade de outros fluidos que o médium não possui (são retirados de outras fontes). Ectoplasma - Definição ¨“... neblina espessa e leitosa”;
¨“De aspecto viscoso, semilíquido e esbranquiçado, é uma substância básica e muito importante para os efeitos de materialização de objetos e espíritos”;
¨Matéria plástica e profundamente sensível às nossas criações mentais;
¨É moldável, utilizada nos efeitos físicos, mas é necessário conhecer as técnicas para isso;
¨Exterioriza-se através da boca, narinas e ouvidos (e outros orifícios) no aparelho mediúnico;
¨A luz branca (normalmente utilizada) interfere em sua vibração, por isso deve-se utilizar luz verde, azul ou meia luz durante os trabalhos;
¨“Nas materializações, não é utilizado diretamente o ectoplasma puro exalado pelo médium. É necessário combiná-lo com outros fluidos (espirituais, físicos), ou seja, utilizar nas materializações o ectoplasma elaborado”. A pureza do Ectoplasma ¨Fornecido pelo médium para a materialização do espírito;
¨É preciso ter disciplina espiritual e abstinência de certos alimentos, álcool, drogas, fumo, pensamentos inadequados (formas-pensa-mento inferiores);
¨Manter a pureza do ectoplasma para o trabalho e porque ele retorna ao médium após a desmaterialização para não afetar seu aparelhamento fisiológico. Importante Saber ¨Ocorre somente por motivos superiores:
¡Atendimento a sofredores encarnados – serviços de cura;
¡Facilitar investigações científicas respeitáveis – antes planejadas no Plano Superior.
¨Há esforço por parte dos espíritos para resguardar a organização mediúnica e garantir o bom êxito da materialização, espera-se o mesmo dos encarnados;
¨Perigo do processo = ausência de preparo dos encarnados (falta de elevação moral, deslumbramento, desatenção ao sacrifício de entidades e do médium). Primeiras providências ¨Exige trabalho intenso de encarnados e, principalmente, de desencarnados;
¨São três as principais providências:
Isolamento do local das sessões: círculo de aproximadamente 20 metros;
Ionização da atmosfera;
Destruição das larvas (ozonização). Isolamento do Local ¨Extenso cordão de obreiros esclarecidos;
¨Evita o acesso de entidades inferiores (perturbam e, também, afetam a pureza dos materiais utilizados:
fluidos, ectoplasma,...) Ionização da Atmosfera ¨Processo de eletrificação do ambiente;
¨Possibilitar a combinação de recursos para efeitos elétricos e magnéticos;
¨Por isso, pode-se observar lampejos, focos de luz. ¨Os plasmas possuem todas as propriedades dinâmicas dos fluidos, como turbulência, por exemplo. Como são formados de partículas carregadas livres, plasmas conduzem eletricidade. Eles tanto geram como sofrem a ação de campos eletromagnéticos, levando ao que se chama de efeito coletivo. Isto significa que o movimento de cada uma das partículas carregadas é influenciado pelo movimento de todas as demais. O comportamento coletivo é um conceito fundamental para a definição de plasmas.
Destruição das Larvas ¨É feita por aparelhos espirituais: aparelhos elétricos invisíveis - produção de ozônio (O3);
¨Evita-se, assim, que o ectoplasma (força nervosa do médium) sofra a intromissão de certos elementos microbianos, já que é matéria plástica e profundamente sensível às nossas criações mentais. Os elementos Nos fenômenos de Materialização os espíritos contam com três elementos essenciais: - Forças superiores e sutis das esferas elevadas:   São puras, contribuem para a sublimação do fenômeno;- Recursos ou energias do médium e dos seus companheiros (Ectoplasma):   Obstáculos são colocados por causa de formas pensamento, emanações viciosas (fumo, bebida, abuso de carnes), caprichos, incongruências;- Recursos ou energias tomadas da natureza terrestre, nas águas, nas plantas, etc. São dóceis, energias extremamente propícias à execução dos trabalhos. Últimas providências - Colocar o médium em condições fisiológicas e psicológicas para o trabalho;- Socorro magnético;   Incentivo aos processos digestivos(fluxo magnético projetado no estômago e fígado);- Limpeza do sistema nervoso, para as saídas de força (limpeza eficiente e enérgica - Extração de resíduos escuros);- Auxílio para o desdobramento do médium (Passes Magnéticos). Dois tipos de Materialização ¨Normal: o espírito incorpora o perispírito do médium colocado em transe;
¨Sublimada: O espírito organiza seu “corpo materializado” exclusivamente com os elementos essenciais às materializações (ectoplasma, forças sutis e da natureza), sem o concurso do perispírito do médium. Neste caso, elas podem ocorrer nos lares, ruas, campos, igrejas. É o próprio espírito, por si mesmo e com ajuda de supervisores espirituais (emtidades especializadas), que leva a efeito a sublima composição dos três elementos essenciais mencionados. Pedido de André Luíz¨ André Luiz mostra-se interessado sobre os fenômenos da materialização e o Instrutor Alexandre intervém a seu favor;
¨Explicação de Alexandre sobre a Materialização:
Exige todas as possibilidades do aparelho do médium;
Movimenta todos os elementos de colaboração dos companheiros encarnados presentes;
À falta de colaboradores encarnados nas condições espirituais necessárias, há grande risco para organização mediúnica, sendo necessário maior número de colaboradores espirituais. Seus Relatos¨50 minutos antes do início da sessão:
Alexandre e André Luiz se reuniram aos demais colaboradores das diversas funções preparatórias;
É apresentado o superintendente dos trabalhos Irmão Calimério.        
Descrição dos procedimentos ¨Fronteira vibratória: isolamento da residência onde ocorreria o trabalho por uma extensa corrente de trabalhadores espirituais.
Observa que não estavam presentes os sofredores (ocorrência comum nos demais casos);
Havia o máximo cuidado para que princípios mentais de origem inferior não afetassem a saúde física dos colaboradores encarnados nem a pureza do material necessário;
Não conseguiam impedir a entrada de entidades inferiores (obsessores de obsidiados, ambos muito ligados);
Os cuidados eram estendidos aos encarnados. Alteração na atmosfera ¨Ionização: 20 entidades, preparando o local, movimentaram o ar ambiente com gestos rítmicos a fim de ionizar a atmosfera;
¨Condensação do oxigênio: várias entidades colaboradoras, com aparelhos de grande potencial elétrico, realizaram a ozonização da atmosfera (O3) = extermínio de larvas e expressões microscópicas de atividade inferior (bactericida); Recursos ¨Recursos da Natureza: entidades entravam no local portando material luminoso = elementos de plantas e da água estruturados para reduzido número de vibrações e invisíveis a olhos humanos;
¨Outros Recursos: forças superiores e sutis das esferas elevadas; e ectoplasma (energias do médium e de seus companheiros) – este exige esforço da equipe de trabalhadores, em função das formas-pensamento absurdas e emanações viciosas. Participantes ¨Pessoas familiarizadas com a reunião;
¨A médium acompanhada de diversas entidades (destaque para Alencar – entidade de elevada condição, parecia chefiar o grupo de servidores);
¨Verônica, amiga do orientador, fora enfermeira em vida passada. Preparação da Médium ¨Verônica convida Alexandre para dar início aos procedimentos:
Ambos mais três colaboradores colocaram a mão em forma de coroa sobre a fronte da jovem, formando vigoroso fluxo magnético projetado no estômago e fígado. As forças concentraram-se sobre o plexo solar, espalhando-se sobre todo o sistema vegetativo e acelerando o processo químico da digestão; ¡Aplicaram fluxos magnéticos diferenciados para a preparação do sistema nervoso (saída de forças), Alexandre no cérebro e Verônica e os demais sobre o sistema nervoso central (nervos cervicais, dorsais, lombares e sacros).
limpeza eficiente e enérgica = saída de resíduos dos centros vitais ;
socorro do organismo nos processos de nutrição, circulação metabolismo e ações protoplasmáticas = equilíbrio fisiológico.
Quando Verônica inicia a aplicação de passes magnéticos a fim de processar o desdobramento...Surpresa desagradável ¨Sr. P. chega à sessão e causa perturbação:
Provocou choque de vibrações no recinto, pois havia bebido (mesmo estando bem disposto, sem traços de embriaguez);
Alencar ordenou aos colaboradores para insulá-lo (isolá-lo), para evitar maiores influenciações; ­Semelhantemente, a respiração emite venenos quando alguém bebe alcoólicos em abundância;
Os princípios etílicos são emanados pelos poros, nariz, boca, prejudicando os trabalhos;
Emanações do álcool de cana = nocivas aos delicados elementos de formação plástica, assim como às forças exteriorizadas do aparelho mediúnico. Desdobramento ¨A médium é levada a pequeno gabinete improvisado:
Calimério opera seu desdobramento projetando seu sublime potencial de energias;
Verônica e outras amigas amparavam a jovem parcialmente liberta dos veículos físicos;
O ectoplasma passou a exteriorizar-se como se fosse uma neblina espessa e leitosa. A Materialização ¨A assistência encarnada não conseguiu colaborar com os preparativos finais;
¨Alencar solicitou ajuda a Alexandre e André:
Prepararam uma garganta ectoplasmática;
Alexandre, através dela, conclamou a todos solicitando que cantasse, a fim de não mais interferirem no processo que acontecia;
Fez-se música no ambiente e Alencar, profundamente ligado à organização mediúnica, tomou forma, ao lado da médium que era sustentada por Calimério e assistida por numerosos trabalhadores.
Referências: ¨ARMOND, Edgar. Mediunidade. São Paulo: Aliança, 1992.
¨KULCHESKI, Edvaldo . O Ectoplasma. In: Revista Cristã de Espiritismo. Edição especial sobre Materialização. Fonte:http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=28&Itemid=25 (acesso em 23/06/2009).
¨PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade. Rio de Janeiro: FEB, 1987. 12ª Edição.

¨XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da Luz. Pelo espírito de André Luiz. Rio de Janeiro: FEB, 2003. 37ª Edição. Pesquisa realizada por Paula da Silva Soares

“ESTRUTURA DO CORPO ESPIRITUAL E DEFORMIDADES ESPIRITUAIS. ”

Inicialmente, para que tenhamos uma visão mais clara do mecanismo da encarnação, faz-se necessário reportarmos ao estudo do corpo espiritual.
Quando as entidades espirituais se nos tornam visíveis, seja pela simples vidência mediúnica, seja pelo fenômeno de materialização ectoplasmática, observamos que elas possuem um corpo semelhante ao nosso corpo físico. No fenômeno da materialização, tão estudado pelo famoso físico inglês Willian Crookes[1] e pelo prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, Charles Richet, os espíritos tornam-se visíveis e palpáveis a todos os presentes à sessão de estudos. São percebidos e tocados em seus corpos espirituais.
Inegável é, sem dúvida, que existem alhures, fraudes conscientes e inconscientes; no entanto a grande frequência dos fenômenos e o elevado nível cultural e ético das pessoas, seriamente envolvidas em determinados casos, atestam a sua realidade.
Embora a essência espiritual não tenha forma, pois é o princípio inteligente, os espíritos de mediana evolução, ou seja, aqueles relacionados ao nosso planeta, possuem um corpo espiritual anatomicamente definido e com uma fisiologia própria da dimensão extrafísica.
Dos planos espirituais temos notícia, por inúmeros médiuns confiáveis, como Francisco Cândido Xavier (Chico) e Divaldo Pereira Franco, da organização de comunidades sociais que os espíritos constituem, comunidades essas às vezes semelhantes às terrestres.
A energia cósmica universal ou fluido cósmico que permeia todo o universo é a matéria-prima que o comando mental dos espíritos utiliza para a construção dos objetos por eles manuseados. As primeiras informações mais detalhadas foram dadas a Kardec em O Livro dos Médiuns[2], no capítulo: “Do Laboratório do Mundo Invisível”.
O corpo dos espíritos, já mencionado pelo apóstolo Paulo e conhecido nas diferentes religiões com os mais diferentes nomes, como perispírito, corpo astral, psicossoma  e outros, é também constituído de um tipo de matéria derivada do fluido cósmico universal. Assim nos informam as entidades espirituais.
O corpo espiritual apresenta-se moldável conforme as emanações mentais do espírito. Cada espírito apresenta seu perispírito com aspecto correspondente ao seu estado psíquico. A maior elevação intelecto-moral vai determinar como consequência uma sutilização do próprio corpo espiritual. Em contrapartida, os espíritos, cujas vibrações mentais são mais inferiores, determinam inconscientemente que seu corpo espiritual se apresente mais denso e obscurecido, não tendo a irradiação luminosa dos primeiros.
Conforme se tem notícia por meio de inúmeros autores espirituais, o perispírito apresenta-se estruturado por aparelhos ou sistemas que se constituem de órgãos; esses órgãos são formados por tecidos que, por sua vez, são constituídos por células.
As células do corpo espiritual, em nível mais profundo, são formadas por moléculas constituídas de átomos. Os átomos do perispírito são formados por elementos químicos nossos conhecidos, além de outros desconhecidos do homem encarnado. Elementos aquém do Hidrogênio e além do Urânio, que na Terra representam os limites da matéria atômica conhecida.
Nas obras de Gustave Geley[3] e Jorge Andréa, encontramos referências a essas afirmações.
Os átomos e moléculas que constituem as células do perispírito possuem uma energia cinética própria que é a força determinante de sua vibração constante. Quanto mais evoluída a entidade espiritual, maior a velocidade com que vibram os átomos do perispírito.
Da mesma forma, conforme o adiantamento moral do espírito, maior o afastamento entre as moléculas que compõem o perispírito, por sua vibração, daí a menor densidade de seu corpo espiritual.
 Uma analogia: a água em estado líquido, quando fervida, transforma-se em vapor pela maior energia cinética de suas moléculas, determinando um afastamento entre elas decorrente da vibração mais intensa que passa a ter. Neste exemplo simples nós mentalizamos o porquê da leveza do corpo espiritual das entidades cujo padrão vibratório é mais elevado.
No livro Mecanismos da Mediunidade[4], de André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, encontramos elementos complementares a respeito dessa informação. Espíritos de alta hierarquia moral possuem vibrações de alta frequência. Isto é, as ondas que emitem ou irradiam são “finas”, ou de pequeno comprimento de onda.
As energias emanadas pelas vibrações das moléculas perispirituais se traduzem também por uma irradiação luminosa com cores típicas. Os espíritos são vistos pelos videntes ou descritos nas obras psicografadas emitindo cores e tons bastante peculiares ao seu grau de adiantamento.
Quanto mais primitivas forem as entidades espirituais, mais escuros os tons das cores e mais opacos se apresentam. À medida que galgam mais degraus na escada do progresso, mais sábios e amorosos, as entidades espirituais passam a emitir uma luminosidade mais clara e cada vez mais brilhante.
  Salientamos, no entanto, que transitoriamente pela postura mental adotada, decorrente de situações momentâneas, as vibrações se aceleram ou se desaceleram, determinando modificações na estrutura do corpo espiritual, e todo o conjunto se altera. São descritos casos de zoantropia ou licantropia[5], em que as formas perispirituais tornam-se profundamente modificadas. 
Exemplos práticos de modificações profundas e graves, no capítulo das patologias do corpo astral, seriam os casos descritos como os de zoantropia ou licantropia. Nessas situações as formas perispirituais se animalizam pela postura de ódio recalcitrante ou outros sentimentos inferiores, sentimentos que se tornam agentes deformantes do corpo espiritual. 
  Denomina-se zoantropia (zôo=animal e anthropos=homem) aos casos em que o corpo espiritual, pela deformação progressiva, passa a se assemelhar a um animal. Licantropia (lican=lobo e anthropos=homem) aos casos em que o corpo espiritual, pela alteração degenerativa da forma, lembra a figura de um lobo, o que nos remete à lenda do lobisomem que, talvez, tenha sua origem no fato de que, pelo fenômeno da vidência mediúnica, tenham sido vistos espíritos com esse tipo de deformidade anatômica no seu corpo astral.
Naturalmente, que essas deformidades são transitórias e relativas ao tempo em que a entidade espiritual ainda se mantém na atitude mental de ódio.
O tratamento reparador dessas deformidades efetua-se por meio de uma energização adequada dos Espíritos, de acordo com o que temos observado nas lides mediúnicas em que participamos.
Ousamos, inclusive, a criar o verbeteperispiritoplastia para nos referir ao processo de recuperação anatômica observado nas entidades tratadas e recuperadas, em seu aspecto morfológico, nos grupos mediúnicos. Tanto energias do plano extrafísico, bem como energias extraídas da natureza, além de ectoplasma dos médiuns, fizeram parte da matéria-prima utilizada por nós, nessa restauração anatômica do perispírito licantropizado das entidades tratadas. Todavia, lembramos que nesse trabalho nós estamos, constantemente, sendo assistidos pelos mentores espirituais que nos amparam.
Ricardo Di Bernardi
FONTE; Medicina e Espiritualidade.

[1] William Crookes – químico e físico inglês.
[2] KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. FEB, 1960, p.413.
[3] Gustave Geley – médico e pesquisador espírita francês.
[4] XAVIER, Francisco Cândido. Mecanismos da Mediunidade. FEB, 1959, p.188.
[5] Tipo de deformidade presente no corpo espiritual em que a forma chega a parecer não-humana.

Postado por Sérgio Vencio às sexta-feira, dezembro 02, 2011

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

"DISSERTAÇÕES DE ALÉM-TÚMULO.""

Pobres homens que poucos conheceis os fenômenos mais comuns que fazem vossa vida! Credes ser bem sábios, credes possuir uma vasta erudição, e a esta pergunta de todas as crianças: Que fazemos quando dormimos? O que são os sonhos? Permaneceis interditados. Não tenho a pretensão de vos fazer compreender o que vou vos explicar, porque há coisas às quais vosso Espírito não pode ainda se submeter, não admitindo senão o que compreende.
O sono liberta inteiramente a alma do corpo. Quando se dorme, se está, momentaneamente, no estado em que se acha de um modo fixo depois da morte. Os Espíritos que são logo desligados da matéria em sua morte, tiveram sonos inteligentes; aqueles, quando dormem, juntam-se à sociedade de outros seres superiores a eles: viajam, conversam e se instruem com eles; trabalham mesmo em obras que encontram prontas quando morrem. Isso deve nos ensinar, uma vez mais, a não temermos a morte, porque morreis todos os dias, segundo a palavra de um santo.
É assim para os Espíritos elevados; mas para a massa dos homens que na morte devem permanecer longas horas nessa perturbação, nessa incerteza da qual vos falaram, aqueles vão, seja em mundos inferiores à Terra, onde antigas afeições o chamam, seja procurar prazeres talvez ainda mais baixos que aqueles que têm aqui; vão haurir doutrinas mais vis, mais ignóbeis, mais nocivas do que aquelas que professam em vosso meio. E o que faz a simpatia na Terra não é outra coisa senão esse fato, que se sente ao despertar, de se aproximar pelo coração daqueles com quem viemos de passar oito ou nove horas de felicidade ou de prazer. O que explica essas antipatias invencíveis, é que se sabe, no fundo de seu coração, que aquelas pessoas têm uma outra consciência que a nossa porque são conhecidas sem tê-las jamais visto com os olhos. É ainda o que explica a indiferença, uma vez que não se deseja fazer novos amigos, quando se sabe que existem outros que vos amam e que vos querem. Em uma palavra, o sono influi mais que pensais em vossa vida.
Pelo efeito do sono, os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos, e é o que faz que os Espíritos superiores consintam, sem muita repulsa, se encarnarem entre vós. Deus quis que, durante seu contato com o vício, eles possam ir se retemperarem nas fontes do bem, para eles mesmos não falirem, eles que vêm instruir os outros. O sono é a porta que Deus lhes abre até os amigos do céu; é a recreação depois do trabalho, na espera da grande libertação, a liberação final que deverá devolvê-los ao seu verdadeiro meio.
O sonho é a lembrança daquilo que vosso Espírito viu durante o sono, mas notai que não sonhais sempre, porque não vos lembrais sempre do que vistes, ou de tudo o que vistes. Vossa alma não está em todo desenvolvimento; não é, frequentemente, senão a lembrança de uma perturbação que acompanha vossa partida ou vossa reentrada, à qual se junta a do que fizestes ou do que vos preocupou no estado de vigília; sem isso, como explicaríeis esses sonhos absurdos que têm os mais sábios como os mais simples? Os maus Espíritos se servem também dos sonhos para atormentar as almas fracas e pusilânimes.
De resto, vereis em pouco se desenvolver uma nova espécie de sonho; ela é tão antiga quanto a que conheceis, mas a ignorais. O sonho de Joana, o sonho de Jacó o sonho dos profetas judeus e de alguns adivinhos indianos; aquele sonho é a lembrança da alma inteiramente desligada do corpo, a lembrança dessa segunda vida, da qual vos falei ainda há pouco.
Procurai distinguir bem essas duas espécies de sonho dos quais vos lembrareis, sem isso cairíeis nas contradições e nos erros, que seriam funestos à vossa fé.
Nota. – O Espírito que ditou esta comunicação, instado a dar seu nome, respondeu: “Para quê? Credes, pois, que não haja senão os Espíritos de vossos grandes homens que vêm dizer-vos coisas boas? Contai, pois, por nada todos aqueles que não conheceis ou que não têm nome sobre a vossa Terra? Sabei que muitos não tomam um nome senão para vos contentar.”
Revista Espírita, dezembro de 1858

“ALIMENTAÇÃO CARNÍVORA E ESPIRITISMO” “ATÉ QUANDO EXISTIRÃO MATADOUROS E FRIGORÍFICOS NA TERRA? ”

A cada dia que passa, recebemos mais notícias a respeito de movimentos em defesa dos animais. Muitos, inclusive, contrários ao antigo hábito da humanidade de fazer uso deles na alimentação, como o Vegetarianismo, e também às demais formas de sua utilização por nós, como o Veganismo.
O Vegetarianismo é uma prática alimentar que faz uso, exclusivamente, de alimentos de origem vegetal, sem incluir os de origem animal. Algumas definições mais abrangentes dessa prática consideram vegetariano, também, aqueles que consomem produtos de origem animal, porém que não envolvam diretamente a morte de nenhum ser, como o ovo e o leite, por exemplo.
O Veganismo é uma ideologia cuja base é a convicção de que os animais, como os humanos, têm direitos fundamentais e que, devido a isso, nenhum deles deve ser vítima de exploração por parte da humanidade. Baseado nesse modo de pensar, o vegano evita produtos e atividades em que os animais são explorados e/ou mortos. Sendo assim, ele adota, como regime alimentar, o Vegetarianismo estrito (sem nada que venha de animais, nem mesmo leite e ovos), não usa roupas de origem animal, se abstém de produtos que foram testados em animais – no limite de suas possibilidades – e também boicota circos com animais, rodeios, zoológicos etc.
O crescimento desses movimentos sociais nos leva às seguintes questões: o que nos ensina o Espiritismo a respeito de como devemos nos relacionar com os animais? É correto nos alimentarmos deles?
Para respondermos a essas perguntas, vamos começar pelas primeiras orientações dos Espíritos sobre esse tema, seguindo uma ordem cronológica, que – veremos – será importante para compreendê-las adequadamente:
Em 1857, O Livro dos Espíritos dizia, na questão 723, que "a carne nutre a carne, do contrário o homem perece" e, na 734, que "o homem tem direito de destruição sobre os animais, porém limitado e regulado pela necessidade de prover à sua alimentação e segurança".
Na questão 888 do mesmo livro, recebemos a seguinte recomendação: "sede dóceis e benevolentes para com todos (...), assim como em relação aos seres mais ínfimos da Criação, e tereis obedecido à Lei de Deus". Na 963, nos é comunicado: "Deus se ocupa de todos os seres que criou, por menores que sejam; nada é demasiado pequeno para a sua bondade".
Percebemos, assim, já pelos ensinamentos do Livro dos Espíritos (1857), que devemos ser afáveis e bondosos com os animais, e fazer uso deles como alimento apenas quando realmente necessário.
Mas, desde a publicação deste livro, a Ciência da Nutrição evoluiu muito e, como Allan Kardec havia esclarecido que "o Espiritismo é uma revelação progressiva, que assimila as descobertas da Ciência" (A Gênese, cap. I, item 55), o conteúdo das mensagens espirituais foi se desenvolvendo, de acordo com a capacidade da humanidade de recebê-lo, acompanhem:
AS OPINIÕES DOS BENFEITORES ESPIRITUAIS
O benfeitor Emmanuel, mentor espiritual de Chico Xavier, nos diz em 1938: "Os animais têm a sua linguagem, os seus afetos, a sua inteligência rudimentar, com atributos inumeráveis. São eles os irmãos mais próximos do homem, merecendo, por isso, a sua proteção e amparo." (...) "Recebei como obrigação sagrada o dever de amparar os animais. (...) Estendei até eles a vossa concepção de solidariedade e o vosso coração compreenderá, mais profundamente, os grandes segredos da evolução, entendendo os maravilhosos e doces mistérios da vida." (Livro Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, cap. XVII: "Sobre os animais").
Emmanuel, ainda, quando questionado se é um erro nos alimentarmos com a carne dos animais, responde, em 1941: "É um erro de enormes consequências. (...) É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta de matadouros e frigoríficos." (Livro O Consolador, psicografia de Chico Xavier, resposta à pergunta 129).
Aniceto, instrutor de André Luiz, orienta-nos contra a matança de animais, em 1944: "Cooperemos no despertar dos homens, nossos irmãos, relativamente ao nosso débito para com a Natureza maternal. (...) Ajudemo-los a compreender, para que se organize uma era nova. Auxiliemo-los a amar a terra, antes de explorá-la no sentido inferior; a valer-se da cooperação dos animais, sem os recursos do extermínio! Nessa época, o matadouro será convertido em local de cooperação..." (Livro Os Mensageiros, psicografia de Chico Xavier, cap. 42: "Evangelho no Ambiente Rural").
Outro instrutor de André Luiz que nos adverte quanto ao equívoco de nos alimentarmos de animais é Alexandre. Ele, em 1945, chama a atenção para nossa capacidade de encontrar nutrientes para nossos corpos sem recorrer às "indústrias da morte". Vejamos: "A pretexto de buscar recursos proteicos, exterminávamos frangos e carneiros, leitões e cabritos incontáveis. (...) Encarecíamos, com toda a responsabilidade da Ciência, a necessidade de proteínas e gorduras diversas, mas esquecíamos de que a nossa inteligência, tão fértil na descoberta de comodidade e conforto, teria recursos de encontrar novos elementos e meios de incentivar os suprimentos proteicos ao organismo, sem recorrer às indústrias da morte." (...) "Tempos virão, para a humanidade terrestre, em que o estábulo, como o lar, será também sagrado."
Continuando com suas sábias palavras, Alexandre nos mostra a incoerência de rogarmos proteção aos superiores benevolentes e, ao mesmo tempo, permanecermos infringindo a lei divina de auxílios mútuos: "Se não protegemos, nem educamos, aqueles que o Pai nos confiou, como gérmens frágeis de racionalidade nos pesados vasos do instinto; se abusamos largamente de sua incapacidade de defesa e conservação, como exigir o amparo de superiores benevolentes e sábios, cujas instruções mais simples são para nós difíceis de suportar, pela nossa lastimável condição de infratores da lei de auxílios mútuos?" (...) "Devemos prosseguir no trabalho educativo, acordando os companheiros encarnados, mais experientes e esclarecidos." (...) "Sem amor para com nossos inferiores, não podemos aguardar a proteção dos superiores." (Livro Missionários da Luz, psicografia de Chico Xavier, cap. 4: "Vampirismo").
ALERTA DO ESPÍRITO HUMBERTO DE CAMPOS
Podemos encontrar ainda, entre as obras psicografadas por Chico Xavier, este alerta, em 1958, do Espírito Humberto de Campos (o Irmão X): "Os homens que se julgam distantes da harmonia orgânica sem o sacrifício de animais, são defrontados por gênios invisíveis que se acreditam incapazes de viver sem o concurso deles. (...) Quem devora os animais, incorporando-lhes as propriedades ao patrimônio orgânico, deve ser apetitosa presa dos seres que se animalizam. Os semelhantes procuram os semelhantes. Esta é a Lei." (Livro Contos e Apólogos, psicografia de Chico Xavier, cap. 15: "O Enigma da Obsessão").
Neste trecho de outra obra, Humberto de Campos também nos estimula à renovação dos hábitos alimentares, em 1967: "Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia. Diminua, gradativamente, a volúpia de comer a carne dos animais. O cemitério na barriga é um tormento depois da grande transição. O lombo de porco ou o bife de vitela, temperados com sal e pimenta, não nos situam muito longe dos nossos antepassados, os tamoios e os caiapós, que se devoravam uns aos outros." (Livro Cartas e Crônicas, psicografia de Chico Xavier, cap. 4: "Treino para a Morte").
Hoje, a Ciência já constatou que os nutrientes contidos nas carnes, e mesmo no leite ou em ovos, podem ser substituídos pelos de origem vegetal. Esta é a declaração, sobre o tema, da principal organização científica mundial especializada em Nutrição – a Academy of Nutrition and Dietetics: "Dietas vegetarianas apropriadamente planejadas – incluindo dietas vegetarianas estritas ou veganas – são saudáveis, nutricionalmente adequadas e podem prover benefícios à saúde, na prevenção e tratamento de certas doenças. São apropriadas para indivíduos durante todos os estágios da vida, incluindo gravidez, lactação, infância e adolescência, e para atletas”.
CONCLUSÃO
Diante destas tão claras manifestações de nobres espíritos, por meio da confiável mediunidade de Chico Xavier, e da evolução da Ciência da Nutrição, cabe o questionamento: por que nós, espíritas, não iniciamos essa nova era a que se referem os mentores? Não é hora de modificarmos nossos hábitos diários para que deixemos de causar sofrimentos desnecessários aos nossos irmãos animais?
As informações sobre como substituir os alimentos vindos de animais pelos de origem vegetal já estão disponíveis para todos, seja em livros, revistas especializadas, internet ou com nutricionistas e nutrólogos atualizados. Compete a cada um de nós assumirmos a responsabilidade que temos perante nossos irmãos de outras espécies, nos informarmos e modificarmos essas práticas que já não condizem com os conhecimentos adquiridos. Só assim os matadouros e frigoríficos poderão se tornar "página virada" na história da humanidade.
Correio Espírita.


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

"O VÔO DA LIBERDDE"


 Rasgando as vestes carnais que o prendia ao corpo físico, o Espírito, como um pássaro que foge da gaiola, voa então o vôo da liberdade rumo ao infinito.
Porém, como um pássaro, prisioneiro por tanto tempo, tem dificuldade em recomeçar uma nova vida, assim também, o Espírito não preparado, recém liberto das amarras que o prendiam a matéria, demoram em  entender e aceitar a sua nova condição.
Perdidos num labirinto de semelhanças entre o mundo físico e o mundo Espiritual, ficam totalmente desorientados.
Pelas ruas das grandes cidades, pelos corredores de hospitais, até mesmo em templos religiosos, Espíritos,  confusos, vagueiam à procura de informações, fazendo perguntas sem respostas.
Não crêem estarem  mortos, e realmente não estão. Pois a morte não existe.
- Se morri, porque tenho o mesmo corpo físico, perguntam?
 - Onde está o céu...o inferno de que tanto me falavam?
-Onde está Deus...afinal sempre fui religioso...sempre freqüentei a igreja...quantas missas assisti.!
   -Se não morri, onde estou? Será um sonho? Um pesadelo? -Se não morri, exijo que  meus direitos sejam respeitados, afinal, eu sou  uma pessoa importante, tenho bons relacionamentos...
São horas, dias, meses...muitos passam anos neste tormento.
E quando entendem o que aconteceu  muitos não aceitam sua nova condição.
-Sou Jovem, tinha uma vida inteira pela frente. Não podia ter acontecido isso comigo.
-E eu! Trabalhei tanto para construir meu patrimônio, agora que poderia colher os frutos do meu trabalho...outros, usufruirão do dinheiro que economizei.    
Não entendem que não somos donos de nada. A nossa vida, não nos pertence. Tudo que temos nos foi emprestado e pode ser tirado a qualquer momento. Por isso, temos que fazer bom uso dos bens que nos foi confiado por que um dia teremos que prestar contas a quem confiou em nós.
Disse Jesus: “ Orai e Vigiai porque não sabeis o dia nem a hora”.
Percebemos que nem todos que adentram ao mundo espiritual estão preparados para ganhar a liberdade.
Ninguém muda de caráter, ninguém muda de personalidade após a noite do túmulo.
Se não nos desvencilharmos das amarras do egoísmo, do ódio, da ganância, do orgulho das paixões desenfreadas ainda no corpo físico, dificilmente teremos paz no mundo espiritual.
Só aquele que entendeu o recado do Mestre, que viemos a este mundo para servir e não para sermos servidos.   Só aquele que amou a todos sem distinção de raça, cor, religião, situação sócio econômica, que viu em cada irmão que cruzou o seu caminho, a imagem e semelhança do Cristo; este sim, está preparado para o vôo da liberdade. Este sim, está preparado para voar ao encontro de Deus.
Sabino Rodrigues   



"A SOCIEDADE HUMANA"

A sociedade humana pode ser comparada a imensa floresta de criações mentais, onde cada espírito, em processo de evolução e acrisolamento, encontra os reflexos de si mesmo.
Aí dentro os princípios de ação e reação funciona exatos.
As pátrias, grandes matrizes do progresso, constituem notáveis fulcros da civilização ou expressivos redutos de trabalho, em que vastos grupos de almas se demoram no serviço de autoeducação, mediante o serviço à comunidade, emigrando, muita vez, de um país para outro, conforme se lhes faça precisa essa ou aquela aquisição nas linhas da experiência.
O lar coletivo, definindo afinidades radicais e interesses do clã, é o conjunto das emoções e dos pensamentos daqueles que o povoam.
Entre as fronteiras vibratórias que o definem, por intermédio dos breves aprendizados “berço-túmulo”, que denominamos existências terrestres, transfere-se a alma de posição, conforme os reflexos que haja lançado de si mesma e conforme aqueles que haja assimilado do ambiente em que estagiou.
Atingida a época da aferição dos próprios valores, quando a morte física determina a extinção da força vital corpórea, emprestada ao espírito para a sua excursão de desenvolvimento e serviço, reajuste ou elevação, na esfera da carne, colhemos os resultados de nossa conduta e, bastas vezes, é preciso recomeçar o trabalho para regenerar atitudes e purificar sentimentos, na reconstrução de nossos destinos.
Dessa forma, os corações que hoje oprimem o próximo, a se prevalecerem da galeria social em que se acastelam, na ilusória supremacia do ouro, voltam amanhã ao terreno torturado da carência e do infortúnio, recolhendo, em impactos diretos, os raios de sofrimento que semearam no solo das necessidades alheias,.
E se as vítimas e os verdugos não souberem exercer largamente o perdão recíproco, encontramos no mundo social verdadeiro círculo vicioso em que se entrechocam, constantemente, as ondas da vingança e do ódio, da dissensão e do crime, assegurando clima favorável aos processos da delinqüência.
Sociedades que ontem escravizaram o braço humano são hoje obrigadas a afagar, por filhos do próprio seio, aqueles que elas furtaram à terra em que se lhes situava o degrau evolutivo.
Hordas invasoras que talam os campos de povos humildes e inermes, neles renascem como rebentos do chão conquistado, garantindo o refazimento das instituições que feriram ou depredaram.
Agrupamentos separatistas, que humilham irmãos de cor, voltam na pigmentação que detestam, arrecadando a compensação das próprias obras.
Citadinos aristocratas, insensíveis aos problemas da classe obscura, depois de respirarem o conforto de avenidas suntuosos costumam renascer em bairros atormentados e anônimos, bebendo no cálice do pauperismo os reflexos da crueldade risonha com que assistiram, noutro tempo, à dor e à dificuldade dos filhos do sofrimento.
Em todas as épocas, a sociedade humana é o filtro gigantesco do espírito, em que as almas, nos fios da experiência, na abastança ou na miséria, na direção ou na subalternidade, colhem os frutos da plantação que lhes é própria, retardando o passo na planície vulgar ou acelerando-o para os cimos da vida, em obediência da evolução.


Pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Pensamento e Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier

'"A INDIGESTA PSICOSFERA DO CARNAVAL"

Nos períodos de folia os carnavalescos surgem de todos os lados na  busca do nutrimento de suas devassidões. Para tais são longas as estações de dias e noites para as preparações do delírio demente dos três dias de miragens. Os incautos esfolam as finanças familiares para experimentar o encanto efêmero de curtir dias de completa paranoia. Adolescentes e marmanjos se abandonam nas arapucas pegajosas das drogas lícitas e ilícitas. Não compreendem que bandos de malfeitores do além (obsessores) igualmente colonizam as avenidas das escolas de samba num lúgubre show de bizarrices. Celerados das escuridões espirituais se acoplam aos bobalhões fantasiados pelos condutores invisíveis do pensamento, em face dos entulhos concupiscentes que trazem no mundo íntimo.
Sobrevém uma permuta vibratória em todos e em tudo.
Os espíritos das brumas umbralinas se conectam aos escravos de momo descuidados, desvirtuando-os a devassidões deprimentes e jeitos grotescos de deploráveis implicações morais. Tramas tétricas são armadas no além-tumba e levadas a efeito nessas oportunidades em que momo impera dominador sobre as pessoas que se consentem despenhar na festa medonha.
Enquanto olhos embaciados dos foliões abrangem o fulgor dos refletores e das fantasias brilhantes (inspirações ridículas impostas pelos malfeitores habitantes das províncias lamacentas do além-túmulo), nas avenidas onde percorrem carros alegóricos (que, pasmem! Já até transportou a efígie do Chico Xavier sob aplausos de omissos líderes espíritas), a visão dos espíritos observa o recinto espiritual envolto em carregadas e sombrias nuvens cunhadas pelas oscilações de baixo teor mental.
Os três dias de folia, assim, poderão se transformar em três séculos de penosas reparações. É bom pensarmos um pouco nisso: o que o carnaval traz ao nosso Espírito? Alegria? Divertimento? Cultura? É de se perguntar: será que vale a pena pagar preço tão elevado por uns dias de desvario grupal?
Quando se pretende alcançar essa alegria, através do prazer desregrado e dos excessos de toda ordem, o resultado é a insatisfação íntima, o vazio interior provocado pelo desequilíbrio moral e espiritual. Portanto, não fossem os exageros, o Carnaval, como festa de integração sócio racial, poderia se tornar um acontecimento compreensível, até porque não admitir isso é incorrer em erro de intolerância. Porém, para os espíritas merece reflexão a advertência de André Luiz: “Afastar-se de festas lamentáveis, como aquelas que assinalam a passagem do carnaval, inclusive as que se destaquem pelos excessos de gula, desregramento ou manifestações exteriores espetaculares. A verdadeira alegria não foge da temperança. ” (1)
A efervescência momesca é episódio que satura, em si, a carga da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre nós, os encarnados, distinguidos pelas paixões do prazer violento. Costuma ser chamado de folia, que vem do francês folle, que significa loucura ou extravagância.
Nos dias conturbados de hoje, sabe-se que “(…) de cada dez casais que caem juntos na folia, sete terminam a noite brigados (cenas de ciúme etc); que, desses mesmos dez casais, posteriormente, seis se transformam em adultério, cabendo uma média de três para os homens e três para as mulheres (por exemplo); que, de cada dez pessoas (homens e mulheres) no carnaval, pelo menos sete se submetem espontaneamente a coisas que normalmente abominam no seu dia a dia, como álcool, entorpecente etc. Dizem, ainda, que tudo isso decorre do êxtase atingido na Grande Festa, quando o símbolo da liberdade, da igualdade, mas, também, da orgia e depravação, somadas ao abuso do álcool, levam as pessoas a se comportarem fora do seu normal (…)” (2)
O Espírito Emmanuel adverte: “Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. (…) Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidades e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem.”(3)
Como proferi supra, nesse panorama, os obsessores “influenciam os incautos que se deixam arrastar pelas paixões de Momo, impelindo-os a excessos lamentáveis, comuns por essa época do ano, e através dos quais eles próprios, os Espíritos, se locupletam de todos os gozos e desmandos materiais, valendo-se, para tanto, das vibrações viciadas e contaminadas de impurezas dos mesmos adeptos de Momo, aos quais se agarram.” (4)
Portanto, além da companhia de encarnados, vincula-se a nós uma inumerável legião de seres invisíveis, recebendo deles boas e más influências a depender da faixa de sintonia em que nos encontremos. As tendências ao transtorno comportamental de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las, são qual imã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do descaso à dignidade humana, que, em suma, não existiriam se vivêssemos no firme propósito de educar as paixões instintivas que nos animalizam.
Será racional fechar as portas dos centros espíritas nos dias de Carnaval, ou mudar o procedimento das reuniões? Existem alguns centros que fecham suas portas nos feriados do carnaval por vários motivos não razoáveis. Repensemos: uma pessoa com necessidades imediatas de atendimento fraterno, ou dos recursos espirituais urgentes em caso de obsessão, seria fraterno fazê-la esperar para ser atendida após as “cinzas”, uma vez ocorrendo essa infelicidade em dia de feriado momesco?
Os foliões crônicos declaram que o carnaval é um extravasador de tensões, “liberando as energias”… Entretanto, no carnaval não são serenadas as taxas de agressividade e as neuroses. O que se observa é um somatório da bestialidade urbana e de desventura doméstica. Aparecem após os funestos três dias as gravidezes indesejadas e a consequente proliferação de assassinatos de intrusos bebês nos ventres, incidem acidentes automobilísticos, ampliação da criminalidade, estupros, suicídios, aumento do consumo de várias substâncias estupefacientes e de alcoólicos, assim como o aparecimento de novos viciados, dispersão das moléstias sexualmente transmissíveis (inclusive a AIDS) e as chagas morais, assinalando, densamente, certas almas desavisadas e imprevidentes.
O carnaval edifica o nosso Espírito? Muitos espíritas, ingenuamente, julgam que a participação nas festas de Carnaval, tão do agrado dos brasileiros, nenhum mal acarreta à nossa integridade fisiopsicoespiritual. No entanto, por detrás da aparente alegria e transitória felicidade, revela-se o verdadeiro atraso espiritual em que ainda vivemos pela explosão de animalidade que ainda impera em nosso ser. É importante lembrá-los de que há muitas outras formas de diversão, recreação ou entretenimento disponíveis ao homem contemporâneo, alguns verdadeiros meios de alegria salutar e aprimoramento (individual e coletivo), para nossa escolha.
Não vemos, por fim, outro caminho que não seja o da “abstinência sincera dos folguedos”, do controle das sensações e dos instintos, da canalização das energias, empregando o tempo de feriado do carnaval para a descoberta de si mesmo; o entrosamento com os familiares, o aprendizado através de livros e filmes instrutivos ou pela frequência a reuniões espíritas, eventos educacionais, culturais ou mesmo o descanso, já que o ritmo frenético do dia a dia exige, cada vez mais, preparo e estrutura físico-psicológica para os embates pela sobrevivência.
Somente poderemos garantir a vitória do Espírito sobre a matéria se fortalecermos a nossa fé, renovando-nos mentalmente, praticando o bem nos moldes dos códigos evangélicos, propostos por Jesus Cristo.
Jorge Hessen
Referências bibliográficas:
(1)       Vieira, Waldo. Conduta Espírita, ditado pelo Espirito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001, cap.37 “Perante As Fórmulas Sociais”
(2)       São José Carlos Augusto. Carnaval: Grande Festa…De enganos! , Artigo publicado na Revista Reformador/FEB-Fev. 1983
(3)       Xavier , Francisco Cândido. Sobre o Carnaval, mensagem ditada pelo Espírito Emmanuel, fonte: Revista Reformador, Publicação da FEB fevereiro/1987
(4)       Pereira, Ivone. Devassando o Invisível, Rio de Janeiro: cap. V, edição da FEB, 1998

“PLANEJAMENTO FAMILIAR E CONTROLE DE NATALIDADE NA VISÃO ESPÍRITA.”

1 – É lícito o planejamento familiar, o casal estabelecer quantos filhos deseja?
Quem cuidará deles? quem os sustentará, alimentará, protegerá, medicará, orientará, educará? Então, se os pais assumem tão sérios compromissos, obviamente têm o direito de decidir quantos serão os seus filhos.
2 – Isso não contraria a vontade de Deus? não devemos deixar que o Criador decida?
Ao nos outorgar a inteligência, Deus concedeu-nos, paralelamente, o livre arbítrio, a liberdade de decidir quanto à nossa vida. Isso inclui a prole. É assim que crescemos para a responsabilidade. Família planejada é família melhor cuidada. Deixar que venham filhos à vontade, sem depois cuidar deles, como acontece com frequência, envolvendo casais menos esclarecidos, está longe de representar o cumprimento da vontade de Deus.
3 – Aprendemos com a doutrina espírita que muitas vezes a família é planejada na espiritualidade. o casal que limita a natalidade não corre o risco de estar negligenciando seus deveres?
Colocaríamos melhor a questão dizendo que “algumas vezes” esse planejamento é feito, porquanto poucos Espíritos revelam, ao reencarnar, suficiente maturidade para assumir tal compromisso. Se há o planejamento, o casal tende a observá-lo. Reencarna com essa idéia. Ambos, intuitivamente, desejam determinado número de filhos, e acabam por consumar o que foi planejado.
4 – Não pode ocorrer uma defecção? Que o casal resolva limitar a natalidade, aquém do que foi planejado?
Sim, porquanto nossa visão no mundo espiritual é mais ampla e esclarecida. Do “outro lado” identificamos melhor nossas necessidades. Aqui, de percepções bloqueadas pela armadura física, temos uma visão limitada e, inspirados pelo egoísmo, podemos refugar nossos compromissos.
5 – Se o casal planejou receber determinados Espíritos como filhos, e não o faz, o que acontece com eles?
Depende de sua condição evolutiva. Espíritos mais evoluídos vão cuidar da vida. Desafetos, que viriam para harmonizar-se com os pais, podem persegui-los. Amigos carentes, em estado de desequilíbrio, que deveriam reajustar-se no processo reencarnatório, podem vincular-se ao lar, agindo como almas penadas a perturbá-los.
6 – Nos países subdesenvolvidos a prole é numerosa, chega a envolver uma dúzia de filhos. Os pobres são mais fiéis ao planejamento espiritual?
Não se trata de fidelidade ao planejamento, mas de incapacidade de planejar, pela própria condição cultural. Os nascimentos em lares assim obedecem à Natureza. Espíritos vinculados ao psiquismo do casal são atraídos à reencarnação, pelo campo vibratório que se forma no relacionamento sexual.
7 – Não há interferência da espiritualidade?
Um evento tão importante como a reencarnação de jamais ocorre sem a presença de mentores espirituais, que oferecem seu apoio e ajuda. Eventualmente, podem até favorecer que determinado espírito seja conduzido àquele lar, num planejamento sumário.
8 – Nota-se que, na medida em que a população evolui cultural e economicamente, há uma tendência para a limitação da natalidade. Isso não representa um “fechar de portas” aos Espíritos que precisam reencarnar?
Há alguns excessos nesse particular. casais com maior poder aquisitivo podem não querer compromissos dessa natureza, a fim de “gozar a vida”. A virtude está no meio. Nem despreocupação com a quantidade de filhos, nem limitação excessiva. Nem porta escancarada, nem porta trancada antes da hora. Os filhos dão muito trabalho e preocupações, mas oferecem, também, significado e objetivo à existência, colaborando decisivamente para a mudança de pessoa na conjugação do verbo de nossas ações. da primeira do singular – eu, sob orientação do egoísmo, para a primeira do plural – nós, iniciando-nos nos domínios abençoados da fraternidade.

Richard Simonetti

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

“SUICÍDIO E CASTIGO”

Deus não castiga o suicida, pois é o próprio suicida quem se castiga. A noção do castigo divino é profundamente modificada pelo ensino espírita. Considerando-se que o Universo é uma estrutura de leis, uma dinâmica de ações e reações em cadeia, não podemos pensar em punições de tipo mitológico após a morte. Mergulhado nessa rede de causas e efeitos, mas dotado do livre arbítrio que a razão lhe confere, o homem é semelhante ao nadador que enfrenta o fatalismo das correntes de água, dispondo de meios para dominá-las.
Ninguém é levado na corrente da vida pela força exclusiva das circunstâncias. A consciência humana é soberana e dispõe da razão e da vontade para controlar-se e dirigir-se. Além disso, o homem está sempre amparado pelas forças espirituais que governam o fluxo das coisas. Daí a recomendação de Jesus: “Orai e vigiai”. A oração é o pensamento elevado aos planos superiores – a ligação do escafandrista da carne com os seus companheiros da superfície – e a vigilância é o controle das circunstâncias que ele deve exercer no mergulho material da existência.
O suicida é o nadador apavorado que se atira contra o rochedo ou se abandona à voragem das águas, renunciando ao seu dever de vencerias pela força dos seus braços e o poder da sua coragem, sob a proteção espiritual de que todos dispomos.
A vida material é um exercício para o desenvolvimento dos poderes do espírito. Quem abandona o exercício por vontade própria está renunciando ao seu desenvolvimento e sofre as consequências naturais dessa opção negativa. Nova oportunidade lhe será concedida, mas já então ao peso do fracasso anterior.
Cornélio Pires, o poeta caipira de Tietê, responde à pergunta do amigo através de exemplos concretos que falam mais do que os argumentos. Cada uma de nossas ações provoca uma real, o da vida. A arte de viver consiste no controle das nossas ações (mentais, emocionais ou físicas) de maneira que nós mesmos nos castigamos ou nos premiamos. Mas mesmo no auto castigo não somos abandonados por Deus que vela por nós em nossa consciência.
(Irmão Saulo)           

Textos retirados do livro “Astronautas do Além”, de Francisco Cândido Xavier e J. Herculano Pires - Espíritos diversos.

“AQUELES QUE PARTIRAM PARA O MUNDO ESPIRITUAL SENTEM AS MESMAS DORES DAQUELES QUE FICARAM NO PLANO FÍSICO? ”

Provavelmente já muitas vezes nos perguntamos: Será que ele/ela sabe que morreu?
 Será que também sentem saudade como nós sentimos?
Como será que "eles" sentem?
Você que está a ler isto, já deve ter feito estas perguntas ou semelhantes inúmeras vezes mas sempre sem resposta.
Ou então encontra uma resposta que acalme a dor que está a sentir naquele momento devido à partida do seu ente querido. A resposta que  normalmente encontramos é: " Ele/ela estava a sofrer muito e agora está a descansar em paz ou só agora é que está em paz."
ESTA RESPOSTA ESTÁ ERRADA!
"Eles" não morrem e muito menos estão a descansar. O que nós enterramos ou cremamos é somente o corpo do nosso ente querido, porque nessa altura a alma separa-se do corpo e segue o seu caminho para outra vida. Portanto, a morte não existe. O corpo é apenas o envoltório da alma, do qual ela se liberta quando o corpo morre. É como por exemplo, uma cobra quando troca de pele. A cobra se liberta da sua "velha " pele.
Mas voltando à pergunta inicial: Como as dores dos que ficaram afetam os espíritos?
Nós cometemos sempre o erro de pensar que existe morte e que só nós é que sentimos saudade e tristeza. Nós nos esquecemos que eles continuam vivos e que também estão a sentir a mesma saudade, a mesma tristeza e a mesma dor que nós sentimos com a sua partida, porque muitos partem sem ter vontade de partir. O sentimento que nos une a esse ente querido mantém-se inalterável independentemente de onde ele/ela estiver.
Por exemplo, se estamos o tempo todo em constante conexão energética com quem amamos, imagine se estivermos desencarnados, concentrados em alguém encarnado que está a transmitir emoções de tristeza, saudade, arrependimento, culpa devido à nossa ausência no desencarne?
Se não é fácil para nós lidarmos com as nossas próprias dores, imagine o que será depararmos com a dor que provocamos a alguém que amamos.
Portanto, quando estamos no plano extra físico as emanações energéticas exageradas dos nossos entes queridos encarnados chegam até nós com uma determinada intensidade, tornando-se quase audíveis.
Por isso, temos que ter cuidado com os sentimentos que alimentamos, pois alimentar é uma coisa e sentir é outra.
Para qualquer espírito que desencarna e que segundo a sua própria evolução, está razoavelmente equilibrado existe uma proteção natural que o isola dos sentimentos normais de saudade dos entes queridos que ficaram, tendo assim a oportunidade de se adaptar à sua nova etapa de vida.
No entanto pode acontecer também o contrário. O espírito pode estar em desequilíbrio na sua própria evolução  devido ao fato de ver os seus entes queridos em sofrimento com a sua partida, o que pode fazer com que "ele" não consiga lidar bem com o seu regresso à vida espiritual. "Ele" pode se sentir culpado e querer ficar na sua vida carnal para que os seus entes queridos não sofram por sua causa.
De fato, os espíritos podem sempre voltar para junto de nós quando querem, mas numa primeira fase após o seu descarne não é aconselhável que "eles" voltem para junto de nós, porque essa vontade de voltar  deve-se ao fato deles ainda não se terem adaptado ao outro plano, ou seja, ainda não encontraram a luz que os guia até ao outro plano porque por vezes, também levam consigo preocupações e problemas desta vida.
Por isso, a partir de agora temos de ficar atentos ás nossas manifestações de sentimentos exagerados, seja para bem do nosso ente querido que partiu ou para nosso próprio bem ou até mesmo para bem dos entes que ainda ficam conosco.
Se não sentíssemos saudade não estaríamos a dar a devida importância àquela pessoa que passou pela nossa vida. Para o bem de todos os que ficam e os que partem, cabe somente a nós avaliar se a saudade cabe mesmo toda no nosso coração ou se haverá saudade em demasia.
Portanto vamos acreditar que os nossos entes queridos estão a viver a vida deles noutra dimensão/plano e  para que sejamos todos felizes temos de continuar a viver a nossa vida até ao dia em que vamos ter com eles, para que nesse dia estejamos aptos a sermos recebidos com o louvor que merecemos e por quem nos é querido.
Sejamos felizes por "eles" e por nós próprios!
FONTE: The Hidden..-VERA.

“ESCOLHA PROFISSIONAL NA VISÃO ESPÍRITA”

1 – A vocação profissional é fruto da escolha do Espírito antes de reencarnar?
Pode ser. Há Espíritos que planejam cuidadosamente as atividades que pretendem desenvolver. Desde a infância revelam preferência por determinada profissão, envolvendo a opção feita. O menino que estima brincar de médico, bem como a menina que aprecia imitar a professora, oferecem pistas reveladoras dos compromissos que assumiram.
2 – Há escolas no plano espiritual?
Há escolas em todos os planos da Criação. A educação é o maior de todos os recursos evolutivos. Em cidades como Nosso Lar, segundo André Luiz, no livro homônimo, psicografia de Francisco Cândido Xavier, enfatiza-se o preparo dos Espíritos para a reencarnação, envolvendo, dentre outros aspectos, a atividade profissional.
3 – Existe uma adequação física para a profissão escolhida?
Isso é fundamental. O professor deve ter fluência, facilidade de expressão; o neurocirurgião, habilidade manual, sistema nervoso bem ajustado; ouvido afinado o músico; mãos fortes o trabalhador braçal; pernas ágeis o jogador de futebol. Tudo isso pode ser preparado na estrutura perispiritual e na combinação dos elementos hereditários, a partir da interferência de técnicos da espiritualidade, quando ocorre a fecundação do óvulo, dando início ao processo reencarnatório.
4 – A facilidade para determinada atividade sempre indica uma profissão escolhida na espiritualidade?
É indicativo de que a pessoa tem experiência no ramo. Encontramos excelentes profissionais em determinada área, que revelam vocação para atividades alheias à sua profissão: um médico muito hábil em lidar com marcenaria ou engenheiro que é excelente músico. Significa que já estiveram vinculados a essas atividades. Hoje, a própria dinâmica da evolução impõe que diversifiquem suas experiências, adquirindo novas aptidões.
5 – Por que a maior parte dos jovens encontra grande dificuldade para escolher uma profissão?
É que não chegaram a defini-la previamente, na Espiritualidade. Deverão vincular-se a determinada atividade que guarde compatibilidade com suas tendências, desejos e experiências anteriores.
6 – Quem reencarna com planejamento prévio não é um protegido?
Semelhante tendência é característica das sociedades humanas. Na espiritualidade prevalece sempre o merecimento. Se alguém tem a oportunidade de um melhor preparo para a reencarnação, deva-se aos seus méritos e à natureza da tarefa que pretende desempenhar. Considere-se, também, que sua responsabilidade será maior, já que, como ensina Jesus, mais será pedido àquele que mais recebeu.
7 – Os Espíritos que reencarnam com uma profissão definida não levam vantagem, não obterão maiores facilidades?
Digamos que é o corredor que sai na frente, mas a jornada é longa. O que pesa mesmo é a dedicação, o esforço, a vontade de vencer. Como diz Amado Nervo, nem sempre o que mais corre a meta alcança, nem mais longe o mais forte o disco lança, mas o que, certo em si, vai firme e em frente, com a decisão firmada em sua mente.
8 – Como enfrentar essa fase de incertezas, em que o jovem deve optar por uma profissão que ainda não definiu?
Infelizmente essa opção tem que ser feita na faixa dos dezesseis aos dezoito anos, período de muitas incertezas para o Espírito reencarnado. Podem ajudá-lo os testes vocacionais, o contato com as atividades profissionais (sei de um jovem que descobriu sua vocação trabalhando como voluntário em grupo de assistência a hospitais; outro optou pelo magistério, a partir de uma experiência com evangelização infantil), o debate com professores e, sobretudo, a confiança em Deus e a oração. Quem ora contrito, consciente da presença divina, sempre colherá a orientação precisa do que deve fazer, que caminhos deve trilhar em relação a todas as atividades humanas. Isso inclui a profissão.


RICHARD SIMONETTI

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...