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segunda-feira, 10 de abril de 2017

“TRATAMENTO ESPIRITUAL DAS DOENÇAS FÍSICAS. ”

A história nos narra que a crença na capacidade do homem em interagir no processo de saúde e doença vem de longe. Os magos da Caldéia e os brâmanes da Índia buscavam curar pela aplicação do olhar, estimulando o sono e a letargia. No templo da deusa Isis, às margens do Nilo, a imposição das mãos era usada pelos sacerdotes iniciados, para tentar aliviar o sofrimento de milhares de pessoas. Os gregos, que incluíram no seu modo de vida muita coisa do Egito, usavam a fricção das mãos no tratamento dos doentes. O Pai da medicina moderna, Hipócrates também cita a imposição das mãos.
Quando observamos a tradição judaico-cristã, é interessante notar o contraste. No novo testamento algo em torno de 30 referências à curas feitas por Jesus, seja impondo as mãos, seja soprando, usando barro, deixando sair energia (virtude), etc, mas no antigo testamento, estranhamento somente uma referência de cura por imposição das mãos feita por Naamã, que nem judeu era, conforme nos narra o excelente Pastor Caio Fábio.
Claro está que Kardec, o grande codificador do espiritismo, não inventou nada ao falar de mediunidade, de cura, de energia, de influência espiritual, mas somente organizou, catalogou, usou a razão e extirpou as idiossincrasias existentes nas crenças superficiais. Mas o que é mais importante, a cura pela transferência de energia entre pessoas sempre existiu no mundo.
A questão não é mais acreditar. Esse tempo já passou! A questão é como utilizar esse conhecimento na nossa própria saúde e no auxílio ao próximo. Manter a descrença nesses fatos é uma escolha dolorosa, que limita a forma como buscamos o equilíbrio energético e espiritual.
Estudamos nesse artigo o tratamento espiritual das doenças físicas, mas não restringimos o tratamento ao processo de envolvimento energético comumente feito por médiuns no centro espírita, aqui nos referimos ao conceito amplo, onde qualquer atitude positiva, volitiva de doação de energia positiva, com ou sem a interferência de trabalhadores espirituais ocorra.
É possível curar o corpo físico atuando energeticamente?
Os inúmeros exemplos de todas as crenças religiosas, seja no passado ou atualmente, nos mostram que é possível.
Sobre isso, Kardec discorre com clareza no capítulo XIV da gênese:
“18. - O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de Espírito a Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes.
19. Sendo o perispírito dos encarnados de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, ele os assimila com facilidade, como uma esponja se embebe de um líquido. Esses fluidos exercem sobre o perispírito uma ação tanto mais direta, quanto, por sua expansão e sua irradiação, o perispírito com eles se confunde.”
Com estudo, disciplina e perseverança, é possível treinar nossa capacidade de irradiar energia em prol do outro, momentaneamente mais necessitado.
É aconselhável curar o corpo físico atuando energeticamente?
Em O Livro dos Médiuns, os espíritos esclarecem a Kardec que eles se ocupam de boa vontade com a saúde daqueles que lhe interessam. Ou seja, sempre que houver merecimento, positividade, e um propósito bom na cura, ela ocorrerá.
Chico Xavier, no livro Plantão de Respostas, que descreve as respostas dada pelo excelente médium às perguntas ao vivo, feitas no programa pinga-fogo, nos fala que:
“...muitas vezes uma doença física, ou determinada provação em nossa vida doméstica, nos poupa de acidentes afetivos ou acidentes materiais, ou de fenômenos extremamente desagradáveis em nossa vida...”
O resultado dessa equação só não é mais positiva porque insistimos na cura automática, sem rever valores, conceitos e principalmente atitudes, e exigimos a cura rápida para que voltemos a cometer as mesmas atrocidades de antes.
A origem espiritual das doenças.
De forma geral, podemos dizer que o padrão da nossa energia espiritual determina tendências para saúde ou doença, numa tentativa contínua do espírito verter para a carne as anomalias energéticas que se traduzem em doenças físicas, numa forma direta e rápida de harmonizar aquilo que estragamos em outras vidas. As exceções dizem respeito às doenças que procuramos nessa vida, por exemplo, câncer após anos de cigarro, infarto após crise de estresse, diabetes relacionada ao excesso de peso e hábitos de vida inconsequentes.
A forma como essa energia adulterada do corpo espiritual atinge nosso corpo físico, obedece à hierarquia espiritual que se inicia no espírito, caminha pelo corpo mental, atua no perispírito, influenciando o duplo etérico e o corpo físico.
Entre todos esses corpos, o ponto de ligação se faz por centros de forças eletromagnéticas, também chamados de chacras, que no corpo físico se ligam, cada chacra principal a uma glândula endócrina e ao cérebro, alterando assim a homeostase corpórea.
O papel do terapeuta
Entender a nossa pequenez nesse processo de cura aonde ainda não compreendemos nada, e somos somente agentes da misericórdia divina atuando através do amor que cura.
Não julgar nunca. Lembrar que somos contra atitudes negativas e equivocadas, mas nunca contra as pessoas que as praticam.
Assumir o conceito espírita de saúde-doença, deixando de lado os atavismos que nos fazem enxergar um Deus sádico que brinca com as pessoas e passando a entender que tudo está certo, na hora certa e passamos por aquilo que melhor nos convém frente a imensidão de coisas que ainda precisamos melhorar.
Treinar-nos na capacidade de identificar padrões de comportamento que levam a doenças físicas e espirituais. Somente mudando a essência, a raiz do problema é que conseguiremos nos transformar.
Referências
01 – Pastor Caio Fábio - A imposição de mãos: uma rápida história e reflexão.
02 – Allan Kardec – A gênese.
03 – Allan Kardec – O livro dos médiuns.
04 – Francisco Xavier – Plantão de respostas. Pinga-fogo II.
05 – Allan Kardec – O livro dos espíritos.
06 – André Luiz (Chico Xavier) – Evolução em dois mundos.
07 – Ernesto Bozzano – Pensamento e vontade.
08 – Emmanuel (Chico Xavier) – Roteiro.
09 – Marlene Nobre – A alma da matéria.
10 - André Luiz (Chico Xavier) – Nos domínios da mediunidade.
11 - André Luiz (Chico Xavier) – Missionários da luz.
11 - André Luiz (Chico Xavier) – Entre o céu e a terra.

Por.: Dr. Sérgio Vencio

Fonte.: REVISTA CRISTÃ DE ESPIRITISMO

“SONHOS PREMONITÓRIOS SEGUNDO O ESPIRITISMO”

Existem importantes observações na literatura espírita sobre os sonhos premonitórios. É fundamental conhecê-las para que se possa construir uma base sólida e clara sobre o assunto. Tanto nas obras da codificação como em outras complementares, ressalta-se o discernimento que devemos ter em suas diferentes manifestações. Vejamos algumas dessas citações com o objetivo de compreender melhor os seus significados, sem nos prender em más interpretações.
Codificação espírita
A pergunta 404 de O Livro dos Espíritos diz: “Que se deve pensar das significações atribuídas aos sonhos? Os sonhos não são verdadeiros como o entendem os ledores de buena-dicha, pois fora absurdo crer-se que sonhar com tal coisa anuncia tal outra. São verdadeiros no sentido de que apresentam imagens que para o Espírito têm realidade, porém que, frequentemente, nenhuma relação guardam com o que se passa na vida corporal. São também, como atrás dissemos, um pressentimento do futuro, permitido por Deus, ou a visão do que no momento ocorre em outro lugar a que a alma se transporta”.
Prossegue ainda na pergunta 405: “Acontece com frequência verem-se em sonho coisas que parecem pressentimento, que, afinal, não se confirma. A que se deve atribuir isto? Pode suceder que tais pressentimentos venham a confirmar-se apenas para o Espírito. Quer dizer que este viu aquilo que desejava, foi ao seu encontro. É preciso não esquecer que, durante o sono, a alma está mais ou menos sob influência da matéria e que, por conseguinte, nunca se liberta completamente de suas ideias terrenas, donde resulta que as preocupações do estado de vigília podem dar ao que se vê a aparência do que se deseja, ou do que se teme. A isto é que, em verdade, cabe chamar-se efeito da imaginação. Sempre que uma ideia nos preocupa fortemente, tudo o que vemos se nos mostra ligado a essa ideia”.
A Gênese, também se refere ao tema. Relata que José, pai de Jesus, foi advertido por um anjo em sonhos para que fugisse para o Egito com o menino. O capítulo XV da obra faz uma reflexão sobre as advertências que podem ser feitas por intermédio dos sonhos e que fazem parte dos livros sagrados de todas as religiões. Salienta ainda que o fenômeno nada tem de anormal, já que durante o sono o espírito se desliga dos laços da matéria para entrar momentaneamente na vida espiritual, porém adverte que nem sempre se pode deduzir que os sonhos são avisos ou tenham significado específico.
Além das obras de Allan Kardec, há citações sobre o tema em outros livros de cunho espírita. O livro Recordações da Mediunidade – da médium Yvonne A. Pereira, orientado pelo espírito de Bezerra de Menezes, diz: “Existem vários processos pelos quais o homem poderá ser informado de um ou outro acontecimento futuro importante da sua vida. Comumente, se ele fez jus a essa advertência, ou lembrete, pois isso implica certo mérito, ou ainda certo desenvolvimento psíquico, de quem o recebe, é um amigo do Além, um parente, o seu espírito familiar ou o próprio guardião maior que lhe comunicam o fato a realizar-se, preparando-o para o evento, que geralmente é grave, doloroso, fazendo-se sempre em linguagem encenada, ou figurada, como de uso no Invisível, e daí o que chamais “avisos pelo sonho”, ou seja, sonhos premonitórios...
O estudo da lei de causa e efeito é matemática, infalível, concreta, para a observação das entidades espirituais de ordem elevada, e, assim sendo, ele se comunicará com o seu pupilo terreno através da intuição, do pressentimento, da premonição, do sonho etc. O estudo da matemática de causa e efeito é mesmo indispensável, como que obrigatório, às entidades prepostas à carreira transcendente de guardiães, ou guias espirituais. Estudo profundo, científico, que se ampliará até prever o futuro remoto da própria Humanidade e dos acontecimentos a se realizarem no globo terráqueo, como hecatombes físicas ou morais, guerras, fatos célebres etc., daí então advindo a possibilidade das profecias quando o sensitivo, altamente dotado de poderes supranormais, comportar o peso da transmissão fiel aos seus contemporâneos.”.
Devemos encarar com naturalidade
O livro Conduta Espírita, ditado por André Luiz ressalta algumas observações a respeito da postura que se deve assumir diante dos sonhos e suas revelações: “Encarar com naturalidade os sonhos que possam surgir durante o descanso físico, sem preocupar-se aflitivamente com quaisquer fatos ou ideias que se reportem a eles. Há mais sonhos na vigília que no sono natural.
Extrair sempre os objetivos edificantes desse ou daquele painel entrevisto em sonho. Em tudo há sempre uma lição. Repudiar as interpretações supersticiosas que pretendam correlacionar os sonhos com jogos de azar e acontecimentos mundanos, gastando preciosos recursos e oportunidades da existência em preocupação viciosa e fútil. Objetivos elevados, tempo aproveitado. Acautelar-se quanto às comunicações intre vivos, no sonho vulgar, pois, conquanto o fenômeno seja real, a sua autenticidade é bastante rara. O espírito encarnado é tanto mais livre no corpo denso, quanto mais escravo se mostre aos deveres que a vida lhe preceitua.
Não se prender demasiadamente aos sonhos de que recorde ou às narrativas oníricas de que se faça ouvinte, para não descer ao terreno baldio da extravagância. A lógica e o bom senso devem presidir a todo raciocínio.
Preparar um sono tranquilo pela consciência pacificada nas boas obras, acendendo a luz da oração, antes de entregar-se ao repouso normal. A inércia do corpo não é calma para o Espírito aprisionado à tensão. Admitir os diversos tipos de sonhos, sabendo, porém, que a grande maioria deles se originam de reflexos psicológicos ou de transformações relativas ao próprio campo orgânico. O Espírito encarnado e o corpo que o serve respiram em regime de reciprocidade no reino das vibrações”.
O importante colaborador da doutrina espírita, Léon Denis, na obra No Invisível, faz relevantes comentários sobre os sonhos premonitórios no capítulo XIII que reproduzimos alguns trechos para melhor entendimento: “Os sonhos em suas variadas formas, têm uma causa única: a emancipação da alma. Esta se desprende do corpo carnal durante o sono e se transporta a um plano mais ou menos elevado do Universo, onde percebe, com o auxílio de seus sentidos próprios, os seres e as coisas desse plano.
Algumas vezes, quando suficientemente purificada, a alma, conduzida por espíritos angélicos, chega em seus transportes alcançar as esferas divinas, o mundo em que se geram as causas. Aí paira, sobranceira ao tempo, e vê desdobrarem-se o passado e o futuro. Se acaso comunica ao invólucro humano um reflexo das sensações  colhidas, poderão estas constituir o que se denomina sonhos proféticos.
Nos casos importantes, quando o cérebro vibra com demasiada lentidão para que possa registrar as impressões intensas ou sutis percebidas pelo Espírito, e este quer conservar, ao despertar, a lembrança das instruções que recebeu, cria então, pela ação da vontade, quadros, cenas figurativas das imagens fluídicas, adaptadas à capacidade vibratória do cérebro material, sobre o qual, por um efeito sugestivo, as projeta energicamente. E, conforme a necessidade, se é inábil para isso, recorrerá ao auxílio dos Espíritos mais adiantados, e assim revestirá o sonho uma forma alegórica”.


Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição especial 08.

“OS MUNDOS INTERMEDIÁRIOS OU TRANSITÓRIOS. ”

Viu-se, por uma das respostas narradas no artigo precedente, que haveria, ao que parece, mundos destinados aos Espíritos errantes. A ideia desses mundos não estava no pensamento de nenhum dos assistentes, e ninguém não a imaginara sem a revelação espontânea de Mozart, nova prova de que as comunicações espíritas podem ser independentes de toda opinião preconcebida. Com o objetivo de aprofundar essa questão, submetemo-la a um outro Espírito, fora da Sociedade e por intermédio de um outro médium, que disso não tinha nenhum conhecimento.
1. (A Santo Agostinho.) Existem, como nos foi dito, mundos que servem aos Espíritos errantes de estação e de ponto de repouso? - R. Há-os, mas não graduados; quer dizer que ocupam posições intermediárias entre os outros mundos, segundo a natureza dos Espíritos que podem aí chegar, e que neles gozam de um bem-estar maior ou menor.
2. Os Espíritos que habitam esses mundos podem deixá-los à vontade? - R. Sim; os Espíritos que se acham nesses mundos podem se desligar deles para irem onde devem ir. Figurai-vos aves de arribação abatendo-se sobre uma ilha à espera de recuperar forças para alcançar o seu destino.
3. Os Espíritos progridem durante suas estações nos mundos intermediários? - R. Certamente; aqueles que assim se reúnem, fazem-no com o objetivo de se instruírem e de poderem, mais facilmente, obter a permissão de alcançarem lugares melhores, e atingir a posição que os eleitos obtêm.
4. Esses mundos são perpetuamente, e por sua natureza especial, destinados aos Espíritos errantes? - R. Não; sua posição não é senão transitória.
5. São eles, ao mesmo tempo, habitados por seres corpóreos? - R. Não.
6. Têm uma constituição análoga à dos outros planetas? - R. Sim, mas a superfície é estéril.
7. Por que essa esterilidade? - R. Aqueles que os habitam de nada necessitam.
8. Essa esterilidade é permanente e prende-se à sua natureza especial? - R. Não, eles são estéreis por transição.
9. Esses mundos devem, então, estar desprovidos de belezas naturais? - R. A Natureza se traduz pelas belezas da imensidão que não são menos admiráveis daquilo que chamais as belezas naturais.
10. Há desses mundos no nosso sistema planetário? - R. Não.
11. Uma vez que seu estado é transitório, nossa Terra será um dia desse número? - R. Ela o foi.
12. Em qual época? - R. Durante a sua formação.
Nota. - Essa comunicação confirma, uma vez mais, essa grande verdade que nada é inútil na Natureza; cada coisa tem seu objetivo, sua destinação; nada está no vazio, tudo está habitado, a vida está por toda parte. Assim, durante a longa série de séculos que escoaram antes da aparição do homem na Terra, durante esses lentos períodos de transição atestados pelas camadas geológicas, antes mesmo da formação dos primeiros seres orgânicos; sobre essa massa informe, nesse árido caos onde os elementos estavam confundidos, não havia ausência de vida; seres que não tinham nem nossas necessidades, nem nossas sensações físicas aí encontravam refúgio. Deus quis que, mesmo nesse estado imperfeito, ela servisse para alguma coisa. Quem, pois, ousaria dizer que entre esses milhares de mundos que circulam na imensidão, um só, um dos menores, perdido na multidão, tivesse o privilégio exclusivo de ser povoado. Qual seria, pois, a utilidade dos outros? Deus não os teria feito senão para recrear nossos olhos? Suposição absurda, incompatível com a sabedoria que brilha em todas as suas obras. Ninguém contestará que há, nessa idéia de mundos ainda impróprios para a vida material, e todavia povoados por seres vivos apropriados a esse meio, alguma coisa de grande e sublime onde se encontra, talvez, a solução de mais de um problema.

Revista Espírita, maio de 1859

domingo, 9 de abril de 2017

"COMO DEVEMOS NOS COMPORTAR EM UM VELÓRIO"

Como se trata de um evento muito delicado para o desencarnante, gostaríamos de relacionar alguns comportamentos para todos aqueles que se dirigirem a um velório:
- Orar com sinceridade em favor do desencarnante e de sua família, compreendendo que mais cedo ou mais tarde chegará a nossa hora e que, então, constataremos o gigantesco valor da prece a nós dirigida em situações como a desencarnação;
- Esforçar-se para não lembrar episódios infelizes envolvendo o desencarnante, compreendendo que todo pensamento tem elevada repercussão espiritual;
- Estar sempre disponível para o chamado “atendimento fraterno” com os irmãos presentes, mas não esquecer que o velório não é uma situação adequada a debates de natureza filosófico-religiosa;
- Respeitar a religião de todos os presentes e os cultos correspondentes a essas crenças, buscando contribuir efetivamente para a psicosfera de solidariedade do ambiente mesmo que em silêncio;
- Não perder o foco do objetivo maior da presença no velório, que é o auxílio espiritual ao desencarnante e aos familiares, assim como aos Espíritos desencarnados que estejam no local necessitando de auxílio através da oração para contribuir no desligamento do desencarnante;
- Se convidado a enunciar prece ou algumas palavras de homenagem ao desencarnante, tomar o cuidado de manter sempre a brevidade, a objetividade e o otimismo, evitando quaisquer imagens negativas que possam ser sugeridas por nossas palavras em relação aos irmãos presentes, sejam eles encarnados ou desencarnados;
- Aproveitar a ocasião para refletir sobre a impermanência de todas as situações materiais da vida física, fortalecendo o nosso desejo de amar e servir durante o tempo que ainda nos resta no corpo físico.


Autor desconhecido

"SEMANA SANTA NA VISÃO ESPÍRITA"

Todo ano, a cena se repete. Chega a época dos feriados católicos da chamada "Semana Santa" e surgem as questões:
Como o Espiritismo encara a Páscoa;
Sexta-feira Santa"?;
Qual o procedimento do espírita no chamado "Sábado de aleluia" e "Domingo de Páscoa"?;
Como fica a questão do "Senhor Morto"?
Sabe que chego a surpreender-me com as perguntas. Não quando surgem de novatos na Doutrina, mas quando surgem de velhos espíritas, condicionados ao hábito católico, que aliás, respeitamos muito.
 É importante destacar isso: o respeito que devemos às práticas católicas nesta época, desde à chamada época, por nossos irmãos denominada de quaresma, até às lembranças históricas, na maioria das cidades revividas, do sacrifício e ressurgimento de Jesus. Só que embora o respeito devido, nada temos com isso no sentido das práticas relacionadas com a data.
São práticas religiosas merecedoras de apreço e respeito, mas distantes da prática espírita. É claro que há todo o contexto histórico da questão, os hábitos milenares enraizados na mente popular, o condicionamento com datas e lembranças e a obrigação católica de adesão a tais práticas.
Para a Doutrina Espírita, não há a chamada "Semana Santa", nem tão pouco o "Sábado de aleluia" ou o "Domingo de Páscoa" (embora nossas crianças não consigam ficar sem o chocolate, pela forte influência da mídia no consumismo aproveitador da data) ou o "Senhor Morto". Trata-se de feriado e prática católica e portanto, não existem razões para adesão de qualquer tipo ou argumento a tais práticas.
 É absolutamente incoerente com a prática espírita o desejar de "Feliz Páscoa!", a comemoração de Páscoa em Centros Espíritas ou mesmo alteração da programação espírita nos Centros, em virtude de tais feriados católicos. E vejo a preocupação de expositores ou articulistas em abordar a questão, por força da data... Não há porque fazer-se programas de rádio específicos sobre o assunto, palestras sobre o tema ou publicar artigos em jornais só porque estamos na referida data. É óbvio que ao longo do ano, vez por outra, abordaremos a questão para esclarecimento ou estudo, mas sem prender-se à pressão e força da data.
Há uma influência católica muito intensa sobre a mente popular, com hábitos enraizados, a ponto de termos somente feriados católicos no Brasil, advindos de uma época de dominação católica sobre o país, realidade bem diferente da que se vive hoje. E os espíritas, afinados com outra proposta, a do Cristo Vivo, não têm porque apegar-se ou preocupar-se com tais questões.
Respeitemos nossos irmãos católicos, mas deixemo-los agir como queiram, sem o stress de esgotar explicações. Nossa Doutrina é livre e deve ser praticada livremente, sem qualquer tipo de vinculação com outras práticas. Com isso, ninguém está a desrespeitar o sacrifício do Mestre em prol da Humanidade. Preferimos sim ficar com seus exemplos, inclusive o da imortalidade, do que ficar a reviver a tragédia a que foi levado pela precipitação humana.
Inclusive temos o dever de transmitir às novas gerações a violência da malhação do Judas, prática destoante do perdão recomendado pelo Mestre, verdadeiro absurdo mantido por mera tradição, também incoerente com a prática espírita.
A mesma situação ocorre quando na chamada quaresma de nossos irmãos católicos, espíritas ficam preocupados em comer ou não comer carne, ou preocupados se isto pode ou não. Ora, ou somos espíritas ou não somos! Compara-se isso a indagar se no Carnaval os Centros devem ou não abrir as portas, em virtude do pesado clima que se forma???!!!... A Doutrina Espírita nada tem a ver com isso. São práticas de outras religiões, que repetimos, respeitamos muito, mas não adotamos, sendo absolutamente incoerente com o espírita e prática dos Centros Espíritas, qualquer influência que modifique sua programação ou proposta de vida.
Esta abordagem está direcionada aos espíritas. Se algum irmão católico nos ler, esperamos nos compreenda o objetivo de argumentação da questão, internamente, para os próprios espíritas. Nada a opor ou qualquer atitude de crítica a práticas que julgamos extremamente importantes no entendimento católico e para as quais direcionamos nosso maior respeito e apreço.
Vemos com ternura a dedicação e a profunda fé católica que se mostram com toda sua força durante os feriados da chamada Semana Santa e é claro, nas demais atividades brasileiras que o Catolicismo desenvolve.
O objetivo da abordagem é direcionado aos espíritas que ainda guardam dúvidas sobre as três questões apresentadas no início do artigo. O Espiritismo encara a chamada Sexta-feira Santa como uma Sexta-feira normal, como todas as outras, embora reconhecendo a importância dela para os católicos. Também indica que não há procedimento algum para os dias desses feriados. E não há porque preocupar-se com o Senhor Morto, pois que Jesus vive e trabalha em prol da Humanidade.
E aqui, transcrevemos trecho do capítulo VIII de O Evangelho Segundo o Espiritismo, no subtítulo VERDADEIRA PUREZA, MÃOS NÃO LAVADAS (página 117 - 107ª edição IDE): "O objetivo da religião é conduzir o homem a Deus; ora, o homem não chega a Deus senão quando está perfeito; portanto, toda religião que não torna o homem melhor, não atinge seu objetivo; (...) A crença na eficácia dos sinais exteriores é nula se não impede que se cometam homicídios, adultérios, espoliações, calúnias e de fazer mal ao próximo em que quer que seja. Ela faz supersticiosos, hipócritas e fanáticos, mas não faz homens de bem. Não basta, pois, ter as aparências da pureza, é preciso antes de tudo ter a pureza de coração".
Não pensem os leitores que extraímos o trecho pensando nas práticas católicas em questão. Não! Pensamos em nós mesmos, os espíritas, que tantas vezes nos perdemos em ilusões, acreditando cegamente na assistência dos espíritos benfeitores, mas agindo com hipocrisia, fanatismo e pasmem, superstição .... quando não conhecemos devidamente os objetivos da Doutrina Espírita, que são, em última análise, a melhora moral do homem.

Orson Peter Carrara

(Publicado no Boletim GEAE Número 390 de 02 de maio de 2000)

"A ÚLTIMA SEMANA DE JESUS NA TERRA"

A última semana que Jesus passou encarnado foi cheia de eventos, assim Jesus transmitiu seus últimos ensinamentos, mais com gestos do que com palavras, provando o seu grande brilho moral. Todos sabemos dos últimos eventos que aconteceu, mas vamos relembrar alguns pontos:
Jesus ensinou as pessoas coisas que elas desconheciam, dentre essas coisas o amor.
Para a maioria, e para mim também até pouco tempo, a última semana de Jesus aqui na Terra começou pelo Domingo de Ramos; no entanto, poucos sabem que este acontecimento se realizou entre os meses de Setembro e Outubro, pois é neste período que acontece o Tabernáculo, comemoração também chamada de Festa da Colheita para os Judeus; esta época do ano era o período da colheita, por isso tantos ramos. Nos tempos bíblicos, no primeiro dia da festa, o povo cortava os ramos das árvores mais bonitas, como os ramos das palmeiras mais cheias, dos salgueiros; e iam agitá-los na direção dos quatros cantos da Terra, cantando Hosana.
A explicação acima não tira o brilho deste momento, mas sim acrescenta e torna o fato mais de acordo com a realidade. Como a cultura se inicia pelo Domingo de Ramos, coloco esta linda passagem de início, pelo fato que foi aí que acontece a linda e arrebatadora atitude de Jesus, uma das mais significativas:
Ao entrar em Jerusalém Jesus provou que para conquistar e receber carinho do povo não é preciso ter poder, riqueza e ser rei, Ele entrou na cidade da maneira mais simples e mais incrível possível em um jumento, mostrando toda a sua humildade, e mostrando as pessoas que o reino Dele não é o reino material que governa a terra até hoje, em que é preciso ter as melhores coisas para ser respeitado e ter poder, mas um reino de simplicidade, que para demonstrar que se tem certo poder não é necessário cavalos  de guerra, nem roupas de lordes, nem um batalhão de soldados armados ao seu redor, e forçando o povo a contemplar um tal rei. Simplesmente ele precisou apenas de um jumento e entrar na cidade de Jerusalém para que as pessoas de livre e espontânea vontade contemplassem Ele, O recebesse de braços abertos, com saudações cheias de amor, acontecimento que nenhum rei conseguiu sem usar de violência.
A expulsão dos vendilhões do Templo prova toda a incredulidade que existe em ganhar dinheiro com o nome de Deus. Nos relatos existentes sobre Jesus nunca O vimos com raiva e indignação, este acontecimento tem muito para se meditar, vimos Jesus pela primeira vez ter raiva, colocando para fora os negociantes, e segundo relatos quebrando as barracas e as mercadorias, esta atitude incomum do nosso grande Mestre mostra o absurdo que é usar o nome de Deus para o materialismo. Daí de graça o que vos foi dado de graça, esta frase explica todo o acontecimento da expulsão do Templo.
“Daí, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. Ou seja, daí a César o que é material, pois nada do que é matéria é do reino de Deus. Deus não possuí nada referente ao materialismo, nada de dinheiro, nada de Templo. A Deus o que é de Deus é o amor, a caridade, a paz, o respeito mútuo e pensamentos elevados sempre, que permite conexão com o Divino.
Na ultima ceia Jesus sabendo exatamente o que iria acontecer dentro de poucas horas, não deixou se abater, não sofreu por antecedência, viveu o momento presente em confraternização com os amigos presentes. Esta é a grande lição da ultima ceia: viver o momento presente não se importando com as coisas ruins que estão por vim, não sofrer por antecedência, o que tiver de vim vai vim e não se pode mudar o fato, apenas viver as coisas boas que são ofertadas no momento.
O ato de lavar os pés, coisa que era feita apenas pelos escravos, assustou os discípulos. O mestre lavando os pés dos seus discípulos, é uma atitude de tirar o fôlego, é algo inenarrável que falta palavras para explicar, apenas mais uma atitude de humildade e amor. Há atitudes de Jesus que nos cala, apenas fica a razão dos seus ensinamentos na mente.
No jardim de Getsêmani Jesus viveu o ápice dos sentimentos humanos, com tamanha agonia em seu coração e sua alma profundamente triste. Ele estava tão tenso que chegou a sair sangue dos poros da Sua pele, isso acontece quando a pessoa passa por stress extremamente grande.
A negação de Pedro mostra a preocupação de Jesus com os amigos, que não incrimina, que sabe o tempo de evolução de cada ser humano, que aceita as pessoas como elas são, não apontando o dedo para mostrar os erros, não aceitando mais do que a pessoa pode dar no momento. Assim com um olhar a Pedro, Jesus transmitiu a ele toda a sua doçura e compreensão, dizendo que esperava a negação dele, mas que o perdoava, que o mais importante era o sentimento que os ligavam, de amizade e amor. Com um olhar Jesus falou tudo a Pedro, simplesmente um magnífico olhar em meio ao caos de um julgamento falso. Seus olhos falaram: Continuo a te amar, meu amigo.
É por essas atitudes dentre outras que Jesus é o maior Revolucionário que a humanidade conheceu, um gesto, um olhar bastou para arrebatar o coração de milhares sem esperança, que esperavam um Messias para libertá-los de todo o sofrimento causado por Roma, mas jamais precisou usar de violência e de falsidade, para conquistá-los. Verdade, verdade e verdade, acima de tudo, esse é Jesus, nosso magnífico mestre amado. Jesus inaugurou o amor e a caridade no nosso orbe Agradecemos a Deus por ter dado permissão para a vinda de Jesus ao nosso amado orbe.
Jesus o maior revolucionário de todos os tempos. O Revolucionário do Amor.
Fonte: Blog: Jardim do Amor


QUEM FOI O ESPÍRITO DE DOM PEDRO II?

Existem pouquíssimos relatos acerca da vida do soldado romano que perfurou Jesus. O seu nome era Longinus. Ele tinha um problema ocular no qual dificultava sua visão, e para que ninguém soubesse do seu problema de visão, e nem coloca-lo para fora do exercito romano, ele procurava lutar sem medo e com destreza tinha força e velocidade em sua lança. E com o passar do tempo, perto de se aposentar, foi enviado para Jerusalém para designar seu último serviço como comandante de guarda. Seu nome Longinus é derivado do grego que significa “uma lança”, é referido como tendo sido o soldado romano que perfurou Jesus com uma lança (Jo 19,34), ou como o centurião que, na crucificação, reconheceu Jesus como “o filho de Deus” (Mt 27,54; Mc 15,39; Lc 23,47)
Durante o percurso do calvário Longinus escutou alguns homens do Sinédrio comentar que os joelhos de Jesus deveriam serem quebrados, pois, as profecias diziam que o messias não teria nenhum osso quebrado (Salmo34:20 – Êxodo12:46), e também pelo fato  de que ao pôr do sol iria iniciar-se o Shabat, para que os corpos dos condenados não profanassem o dia santo, assim os seus joelhos deveriam serem quebrados para apressar a morte e para que a profecia não fosse cumprida. Longinus escutando tal conversa ficou indignado com tal perversidade articulada contra um homem humilde, já com o corpo abatido, e sem ter realizado nenhuma reclamação ou revolta estando em tal situação.
Então, no momento de quebrarem os joelhos dos crucificados, Longinus vai até Jesus, e assim para comprovar-lhe o óbito sem a necessidade dos seus joelhos serem quebrados como queria o Sinédrio, perfurou-lhe o corpo com uma lança. O líquido saído do corpo de Jesus bateu nos olhos do Longinus, curando-o instantaneamente da sua grave doença ocular, e também o curando na alma, pois atribui-se a ele as palavras de um soldado presente na hora da morte de Jesus: “Verdadeiramente este homem era o filho de Deus.” Depois desse fato Longinus converteu-se e abandonou o exercito romano.
Após abandonar o exercito romano por causa de sua conversão, Longinus fugiu para Cesárea e, depois, Capadócia, na atual Turquia. Mas, foi descoberto pelo Governador da Capadócia e denunciado a Pôncio Pilatos. No processo, foi acusado de desertor e condenado a pena de morte. Se ele renunciasse à sua fé em Jesus Cristo seria perdoado. Mas, ele se manteve firme e não renegou Jesus. Por isso, foi torturado, teve seus dentes arrancados e sua língua cortada. Depois, foi decapitado.
Longinus foi canonizado santo pela Igreja Católica no ano de 999, pelo Papa Silvestre II. tendo recebido o nome de São Longuinho.
Depois desta vida, Longinus reencarnou várias vezes, a última sendo como o imperador Dom Pedro II.
LONGINUS REENCARNA COMO D. PEDRO II
Definitivamente proclamada a independência do Brasil, o guia espiritual do Brasil, Ismael, leva a Jesus o relato de todas as conquistas verificadas, solicitando o amparo do seu coração compassivo e misericordioso para a organização política e social do Brasil.
Corriam os primeiros messes de 1824, encontrando-se a emancipação do pais mais ou menos consolidada perante a metrópole portuguesa. Os estadistas topavam com dificuldades para a organização estatal da terra do Cruzeiro. A constituição, depois de calorosos debates e dos famosos incidentes dos Andradas, incidentes que haviam terminado com a dissolução da Assembleia  Constituinte e com o exílio desses notáveis brasileiros, só fora aclamada e jurada, justamente naquela época , a 25 de março de 1824. Nesse dia, findava a mais difícil de todas as etapas da independência e o coração inquieto do primeiro imperador podia gabar-se de haver refletido, muitas vezes, naqueles dias turbulentos, os ditames dos emissários invisíveis, que revestiram as suas energias de novas claridades, para o formal desempenho da sua tarefa nos primeiros anos de liberdade da pátria.
Recebendo as confidencias de Ismael, que apelava para a sua misericórdia infinita, considerou o Senhor a necessidade de polarizar as atividades do Brasil num centro de exemplos e de virtudes, para modelo geral de todos. Assim, Jesus chamou Longinus à sua presença, e falou com bondade:
- Longinus, entre as nações do orbe terrestre, organizei o Brasil como coração do mundo. Minha assistência misericordiosa tem velado constantemente pelos seus destinos e, inspirado a Ismael e seus companheiros do Infinito, consegui evitar que a pilhagem das nações ricas e poderosas fragmentasse o seu vasto território, cuja configuração geográfica representa o órgão do sentimento no planeta, como um coração que deverá pulsar pela paz indestrutível e pela solidariedade coletiva e cuja evolução terá de dispensar, logicamente, a presença continua dos meus emissários para a solução dos seus problemas de ordem geral. Bem sabes que os povos tem a sua maioridade, como os indivíduos, e se bem não os percam de vista os gênios tutelares do mundo espiritual, faz-se mister se lhes outorgue toda a liberdade de ação, a fim de aferirmos o aproveitamento das lições que lhes foram prodigalizadas. Sente-se o teu coração com a necessária fortaleza para cumprir uma grande missão na Pátria do Evangelho?”
 - Senhor – respondeu Longinus, num misto de expectativa angustiosa e de refletida esperança – bem conheceis o meu elevado propósito de aprender as vossas lições divinas e de servir à causa das vossas verdades sublimes, na face triste da Terra. Muitas existências de dor tenho voluntariamente experimentado, para gravar no íntimo do meu espírito a compreensão do vosso amor infinito, que não pude entender ao pé da cruz dos vossos martírios no Calvário, em razão dos espinhos da vaidade e da impenitência, que sufocam, naquele tempo, a minha alma. Assim, é com indizível alegria, Senhor, que receberei vossa incumbência para trabalhar na terra generosa, onde se encontra a árvore magnânima da vossa inesgotável misericórdia. Seja qual for o gênero de serviço que me forem confiados, acolherei as vossas determinações como um sagrado ministério.
- Pois bem – redarguiu Jesus com grande piedade – essa missão, se for bem cumprida por ti, constituirá a tua última romagem pelo planeta escuro da dor e do esquecimento. A tua tarefa será daquelas que requerem o máximo de renúncias e devotamentos. Serás imperador do Brasil, até que ele atinja a sua perfeita maioridade, como nação. Concentrarás o poder e a autoridade para beneficiar a todos os seus filhos. Não é preciso encarecer aos teus olhos a delicadeza e sublimidade desse mandato, porque os reis terrestres, quando bem compenetrados das suas elevadas obrigações diante das leis divinas, sentem nas suas efêmeras um peso maior que o das algemas dos forçados. A autoridade, como a riqueza, é um patrimônio terrível para os espíritos dos seus grandes deveres. Dos teus esforços se exigirá de meio século de lutas e dedicações permanentes. Inspirarei as tuas atividades; mas, considera sempre a responsabilidade que permanecerá nas tuas mãos. Ampara os fracos e os desvalidos, corrige as leis despóticas e inaugura um novo período de progresso moral para o povo das terras do Cruzeiro. Institui, por toda parte do continente, o regime do respeito e da paz, e lembra-te da prudência e da fraternidade que deverá manter o país nas suas relações com as nacionalidades vizinhas.  Nas lutas internacionais, guarda a tua espada na bainha e espera o pronunciamento da minha justiça, que surgirá sempre, no momento oportuno. Fisicamente consideradas, todas as nações constituem o patrimônio comum da humanidade e, se algum dia for o Brasil menosprezado, saberei providenciar para que sejam devidamente restabelecidos os princípios da justiça e da fraternidade universal. Procura aliviar os padecimentos daqueles que sofrem nos martírios do cativeiro, cuja abolição se verificará nos últimos tempos do teu reinado. Tuas lides terminarão ao fim deste século, e não deves esperar a gratidão dos teus contemporâneos; ao fim delas, serás alijado da tua posição por aqueles mesmos a quem proporcionares os elementos de cultura e liberdade. As mãos aduladoras, que buscarem a proteção das tuas, voltarão aos teus palácios transitórios, para assinar o decreto da tua expulsão do solo abençoado, onde semearás o respeito e a honra, o amor e o dever, com lágrimas redentoras dos teus sacrifícios. Contudo, amparar-te-ei o coração nos angustiosos transes do teu último resgate, no planeta das sombras. Nos dias da amargura final, minha luz descerá sobre os teus cabelos brancos, santificando a tua morte. Conserva as tuas esperanças na minha misericórdia, porque se observares as minhas recomendações, não cairá uma gota de sangue no instante amargo em que experimentares o teu coração igualmente trespassado pelo gládio da ingratidão. A posteridade, porém, saberá descobrir as marcas dos teus passos na Terra, para se firmar no roteiro da paz e da missão evangélica do Brasil.
Longinus recebeu com humildade a designação de Jesus, implorando o socorro de suas inspirações divinas para a grande tarefa do trono.
Ele nasceria no ramo enfermo da família dos Braganças; mas, todas as enfermidades tem na alma as suas raízes profundas.
Foi assim que Longinus preparou a sua volta à Terra, depois de outras existências tecidas de abnegações edificantes em favor da humanidade, e, no dia 2 de dezembro de 1825, no Rio de janeiro, nascia de Dona Leopoldina, esposa de D. Pedro, aquele que seria no Brasil o grande imperador e que, na expressão dos seus próprios adversários, seria “o maior de todos os republicanos de sua pátria.”
No fim da sua vida, D. Pedro II, que já houvera perdido a esposa, que estava abandonado, esquecido, num modesto quarto de hotel, longe da pátria e dos amigos protegidos pelo boníssimo monarca. Mas tudo isso não conseguia “turva-lhe a majestática serenidade de ânimo” e apenas levou-o a mandar buscar do Brasil um caixotinho de terra, talvez da mesma terra da sua vivenda em Petrópolis; só a uns dois ou três amigos íntimos revelou o motivo daquela encomenda, que era: repousar a cabeça depois de morto! Sendo este o conteúdo do seu belíssimo e perfeito soneto: Terra do Brasil.
Depois, alquebrado pela moléstia e pela velhice, expulso da pátria como um réprobo, privado de tudo quanto amava, no modestíssimo Hotel Bedford, à rua de l’Arcade, 17, em paris, faleceu o ex-imperador do Brasil a 5 de dezembro de 1891. Suas derradeiras palavras foram estas: “Nunca me esqueci do Brasil. Morro pensando nele. Deus o proteja.”
Fonte: Livro – Brasil, Coração do Mundo – Pátria do Evangelho. Pelo espírito Humberto de Campos. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
             Livro – Chico Xavier D. Pedro II e o Brasil. De Walter José Faé

             Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Longino

"ESTADO DE COMA, SEGUNDO O ESPIRITISMO"

O estado de Coma, cujo corpos ficam meses e até mesmo anos em estado vegetativo, pode ser um resgate de alguma falta para o indivíduo e sua família. O paciente estando preso ao corpo, sem poder voltar para vida material, ou seguir em definitivo para a vida espiritual; e a família com a responsabilidade de dar assistência ao doente, e sendo de extrema importância que essa assistência seja de boa vontade, com dedicação, amor, sem questionar o passado, para poder construir um futuro de bênçãos e sem débitos referente a tal resgate de ambas as partes.
Mas, aonde e como fica a situação do espírito durante o coma?
O estado de coma, é uma situação parecida com a do sono, em O Livro dos Espíritos, os Espíritos Superiores nos informa que durante o sono a alma se liberta parcialmente do corpo, dispondo de uma relativa liberdade, pode estar distante do seu corpo carnal, mas estando sempre ligado a seu corpo pelo cordão (ou laços)  fluídico ou energético, enquanto seu corpo físico tiver vida orgânica.
O Espiritismo nos esclarece que depende do grau evolutivo de cada um, para saber aonde o espírito fica durante o Coma. Se a pessoa for muito apegada ao mundo material, ao seu corpo, aos seus bens, e que não se conforma com a situação que está vivenciando, o espírito fica junto do corpo ou aprisionado a ele, não se afastando até que permita que Benfeitores Espirituais o ajudem. Se for um espírito com mais entendimento e/ou mais elevado, enquanto é tratado, ele pode se deslocar pelas dimensões espirituais, visitando lugares e espíritos afins, muitos aproveitam tal liberdade para aprender. Mas, em qualquer das situações, o Plano Espiritual sempre estende seus esforços na tentativa de auxílio; e para que tenha maiores condições ao trabalho dos benfeitores espirituais, tanto para o enfermo como para os familiares e médicos, é necessário e de extrema importância o uso da prece, manter o equilíbrio, palavras sinceras e fraternas, transmissão de paz, manter conversas edificantes...
Se a família, amigos e médicos conversam com o paciente em estado de Coma, muitos terão a capacidade de ouvir e ver, sem poder ter a capacidade de dar a resposta. No entanto, quando a Espiritualidade Superior permite, estes espíritos em estado de coma pode comunicar-se com médiuns e relatar tudo o que está sentindo e vivenciando ou ainda comunicar-se via pensamento ou intuição com aqueles que estão ao seu redor e tem esta sensibilidade mediúnica, e transmitir assim seus recados.
Em muitas circunstancias, pessoas saídas do Coma narram as paisagens e os contatos com seres que os precederam na passagem para a vida espiritual. É comum que após essas experiências elas passem a ver a vida de uma maneira diferente, reavaliando seus valores íntimos, para trabalhar no melhoramento de alguma tendência inferior.
Deus não permite que passamos por situações que não sejam e que não tragam algum bem para nossa vida, de algum “mal” se pode extrair o bem, absolutamente tudo tem um porque de acontecer, e nada é um acaso, e o que se pode tirar de fatos como  este do Coma é a reflexão da vida, e fazer uma autoanalise para ver que rumo a vida está sendo levada, e se não é para um caminho satisfatório ao bem, ter a humildade de reconhecer e começar a melhorar. Deus ver esperança e futuro aonde vermos o fim, e possibilita enxergamos a verdadeira realidade da vida, a vida espiritual.
"Não espere por uma crise para descobrir o que é importante
em sua vida."       (Platão)

Fonte: Blog Jardim Espírita

“DOMINGOS DE RAMOS NA VISÃO ESPIRITA”

Jesus e seus discípulos seguiram para Jerusalém. No caminho, Jesus pede para que seus discípulos Lhe arranjassem um animal de carga. E assim o fizeram. Jesus montou nele e prosseguiu a viagem. A estrada estava cheia de pessoas que também iam para Jerusalém para comemorar a páscoa judaica. Eles abriram alas para Jesus passar. Acenaram com ramos de árvores e forraram o chão com suas roupas. E ao segui-Lo iam gritando parte de um salmo, 118: 25-26:
-Hosana! Bendito o rei que vem em nome do Senhor!
O simbolismo do jumento pode ser uma referência à tradição oriental de que este é um animal da paz, ao contrário do cavalo, que seria um animal de guerra. Segundo esta tradição, um rei chegava montado num cavalo quando queria a guerra e num jumento quando procurava a paz. Portanto, a entrada de Jesus em Jerusalém simbolizaria sua entrada como um "príncipe da paz" e não um rei guerreiro.
Em muitos lugares no Oriente Próximo antigo, era costumeiro cobrir de alguma forma o caminho à frente de alguém que merecesse grandes honras. A Bíblia hebraica (II Reis 9:13) relatam que Jeú, filho de Josafá, recebeu este tratamento. Este era símbolo de triunfo e vitória na tradição judaica e aparecem em outros lugares da Bíblia (Levítico 23:40 e Apocalipse 7:9, por ex.). Por causa disto, a cena do povo recebendo Jesus com as palmas e cobrindo seu caminho com elas e com suas vestes se torna simbólica e importante.
O último domingo de Jesus na Terra ficou conhecida como "domingo de ramos."
OBSERVAÇÃO DE RUDYMARA: 
O último domingo de Jesus na Terra ficou conhecida como "domingo de ramos." Neste dia ele entrou exaltado e saudado com respeito e alegria. Mas, quatro dias depois, os mesmos que o saudaram o condenaram a morte.
Ainda hoje fazemos isso a Ele. Nós o saudamos, dizemos que o amamos, compartilhamos seus ensinamentos pelas redes sociais, mas em seguida, muitos de nós, o traímos quando nossas atitudes e palavras contrariam seus pedidos. Com isso, condenamos à morte seus ensinamentos. Mas, ele acredita em nós, porque nos compreende, sabe que ainda damos mais valor ás coisas materiais do que as espirituais, e assim, continua aguardando há mais de dois mil anos que o sigamos.
Pensemos nisso!

Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

sábado, 8 de abril de 2017

"A RESSURREIÇÃO NÃO É DO CORPO MAS DO ESPÍRITO."

Os teólogos da linha oficial da Igreja do cristianismo primitivo, por não terem ainda um conhecimento mais profundo sobre Deus e a Bíblia, criaram doutrinas polêmicas. E ai de quem não as aceitasse, pois era punido até com a pena de morte! Assim, era porque a Igreja, naquela época, era unida com o poder civil, e quem rejeitasse uma sua doutrina era considerado inimigo não apenas dela, mas também do imperador ou do rei. E disso resultou que essas doutrinas polêmicas (dogmas) firmaram-se chegando até nós.
E porque as pessoas têm dificuldades para aceitar algumas dessas doutrinas, os líderes religiosos evitam tocar nelas, e para os que insistem em querer explicações sobre elas, eles simplesmente dizem que se trata de mistérios de Deus e que, pois, não podemos compreendê-las. Mas essa resposta não cola mais! E, consequentemente o cristianismo vem perdendo muitos de seus adeptos para outras religiões ou para os que não têm religião, e o pior, para o ateísmo como vem acontecendo, principalmente no chamado Primeiro Mundo. Por isso, ousamos dizer que está passando da hora de a Igreja Católica Apostólica Romana, por ser a maior igreja cristã, pensar em convocar um novo concílio ecumênico para uma reformulação de suas doutrinas, atualizando-as para o Terceiro Milênio. E as outras igrejas, por certo, acabarão por segui-la.
Falamos isso com o intuito de colaborar com Igreja, pois alguém tem que ter a coragem de dizer alguma coisa! Aliás, o próprio relatório final do Concílio Ecumênico Vaticano II diz, figuradamente, que a Igreja iria tirar a poeira de seus bancos para que muitos de seus fiéis não tivessem mais medo de se sujarem neles! Alguma coisa até já foi feita, mas faltou às autoridades eclesiásticas católicas mais coragem para fazerem reformas mais profundas das doutrinas que emperram o cristianismo. Sim, pois chegou a hora de as religiões terem suas doutrinas alicerçadas em princípios não mitológicos, infantis e contraditórios, mas em princípios evangélicos racionais e respaldados pela ciência. Aliás, foi o grande são Tomás de Aquino quem disse que a fé não pode violentar a razão!
E nos interessa muito aquilo que diz a Bíblia e não tanto os teólogos que nunca foram e nunca serão infalíveis, precisando, pois, a teologia ser atualizada de quando em vez, já que a evolução das ideias sobre Deus não cessa jamais, o que quer dizer que ela, a teologia, deve ser dinâmica e não estática.
Uma doutrina paulina e petrina que fala sobre a ressurreição deixa claro que ela é do espírito e não do corpo. Mas muitos cristãos ainda ensinam que ela é do corpo ou da carne. Uma tradução nova do credo niceno-constantinopolitano fala “creio na ressurreição dos mortos”, o que já está sendo um grande avanço dado na direção da verdade bíblica, pois não diz que é o espírito que ressuscita, mas não afirma também que é o corpo como antes. E deixemos Paulo e Pedro falarem sobre o assunto: “Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual” (1 Coríntios 15: 44); “... Cristo morto, sim, na carne, mas vivificado (ressuscitado) em espírito” (1 Pedro 3: 18).
E terminamos com o ensino lapidar do excelso Mestre (Mateus 22: 30 e 32): Os ressuscitados não se casam, pois são como os anjos, isto é, espíritos sem corpos; e Deus não é Deus de mortos (corpos), mas de vivos (espíritos)!

José Reis Chaves- O Tempo

SONHAR COM ENTES QUERIDOS DESENCARNADOS TEM UMA EXPLICAÇÃO ESPIRITUAL?

Podemos estar com nossos entes queridos em sonho e, ao acordar, não lembrarmos de nada?
O desprendimento da alma pelo sono constitui uma situação muito oportuna para entrarmos em relação com nossos entes queridos. Afirmam-nos os Espíritos da Codificação que “é tão habitual o fato de irdes encontrar-vos, durante o sono, com amigos e parentes, com os que conheceis e que vos podem ser úteis, que quase todas as noites fazeis essas visitas” (questão 414 de 'O Livro dos Espíritos'). Por outro lado, o sonho “é a lembrança do que o Espírito viu durante o sono”. No entanto, nem sempre recordamos nossas experiências após despertar. Dizem os Benfeitores Espirituais que isso se dá porque ainda não temas “a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades” (questão 402 de 'O Livro dos Espíritos').
Creditam ainda este esquecimento às características da matéria grosseira e pesada que compõe nosso corpo físico. “O corpo dificilmente conserva as impressões que o Espírito recebeu, porque a este não chegaram por intermédio dos órgãos corporais” (questão 403 de 'O Livro dos Espíritos'). É muito justa esta observação da Espiritualidade, pois em nossa condição de Espíritos encarnados, constituem-se memórias conscientes apenas aquelas reminiscências que irritam os centros nervosos correspondentes, localizados no Sistema Nervoso Central.
Em função disso, muitos questionam a utilidade destes encontros, alegando que as ideias e conselhos compartilhados durante o sono não possam ser aproveitados na vida de vigília. Neste ponto, esclarecem os Espíritos da Codificação que “pouco importa que comumente o Espírito as esqueça, quando unido ao corpo. Na ocasião oportuna, voltar-lhe-ão como inspiração de momento” (questão 410a de 'O Livro dos Espíritos'). Até porque a grande maioria destes diálogos diz respeito a temas que interessam mais à vida espiritual do que à corpórea.
Portanto, percebemos que a possibilidade de encontro com entes queridos durante o sono é real e frequente. Aliás, o sono é “a porta que Deus lhes abriu para que possam ir ter com seus amigos do céu” (questão 402 de 'O Livro dos Espíritos'). Mas, para que isso aconteça, mais do que o simples fato de querer, quando desperto, é preciso evitar que as paixões nos escravizem e nos conduzam, durante o sono, a campos menos felizes da experiência espiritual.
“Aquele que se acha compenetrado desta verdade eleve o seu pensamento, no momento em que sente aproximar-se o sono; solicite o conselho dos Bons Espíritos e daqueles cuja memória lhe seja cara, a fim de que venham assisti-lo, no breve intervalo que lhe é concedido. Se assim fizer, ao acordar se sentirá fortalecido contra o mal, com mais coragem para enfrentar as adversidades” (item 38 do Capítulo XXVIII de 'O Evangelho Segundo o Espiritismo').
Retirado do site OSGEFIC




𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...