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sexta-feira, 14 de abril de 2017
“EXISTEM ANIMAIS NO MUNDO ESPIRITUAL? ”
Há muitas
coisas no Universo que não se explicam, são ainda incompreensíveis para nós,
porém podemos percebê-las.
Acreditando
na reencarnação, que o mundo não se acaba nesta vida, acredito da mesma forma
que os animais também partem daqui para o mundo espiritual, para seu progresso.
Posso não
entender os mecanismos, mas sei que alguns animais reencarnam imediatamente,
voltando ou não para a proximidade daqueles a quem amou. Partem em novas
jornadas na Terra, por vezes convivendo com pessoas evoluídas, às vezes tendo
de sofrer e ensinar lições de resignação e tolerância. Ainda há aqueles que são
menos evoluídos e demonstram alguma distonia quanto ao comportamento e
desequilíbrio suas relações.
Frequentemente,
videntes conseguem visualizar próximo ao médium os mais diversos animais, como
cães, gatos, acompanhando seus trabalhos. E nos terreiros de Umbanda, são
percebidos junto aos caboclos águias, lobos, tigres e panteras, trabalhando na
proteção e no patrulhamento.
Não se trata
de licantropia (espíritos humanos que retrocedem e adquirem forma animal), são
realmente espíritos de animais que de alguma maneira evoluíram e compreendem
sua tarefa de lutar contra as trevas, penetrando os portais de regiões
lúgubres, localizando junto aos espíritos guardiões aqueles que precisam ser
resgatados.
Estão junto
aos tarefeiros nos seus trabalhos, no seu dia a dia, sempre avançando na
frente, sempre protegendo a retaguarda, dando a visão ampliada quando é um
espírito de águia por exemplo, sempre emprestando a força e agilidade quando é
um tigre ou uma pantera, a coragem e a perspicácia quando é um lobo. Acredite
quem quiser, mas em contato com alguns médiuns, tenho certeza que estes relatos
são reais, trabalhando com caboclos daqui, caboclos do hemisfério norte,
espíritos do Oriente.
Comprovações
através da literatura espírita:
L. dos
Espíritos – Pergunta 600 – “A alma do animal depois da morte é classificado
pelos espíritos a quem incumbe essa tarefa e é utilizado quase imediatamente.”
L. dos
Médiuns – Pergunta 283 – “Depois da morte do animal o principio inteligente que
nele havia se acha em estado latente e é logo utilizado, por Espíritos
incumbidos disso, para animar novos seres, em os quais continua a obra de sua
elaboração, assim , no mundo dos espíritos não há errantes Espíritos de
animais, porem unicamente Espíritos humanos.”
Nosso Lar –
André Luiz – ”Aves de plumagens policromas cruzavam os ares e de quando em
quando pousavam agrupadas nas torres muitas alvas…”
“Os cães são
auxiliares preciosos nas regiões escuras do Umbral”
“Animais que
mesmo de longe pareciam iguais aos muares terrestres”
L. dos
Espíritos – Pergunta 602 – “Os animais progridem como o homem, por ato da
própria vontade, ou pela força das coisas? – Pela força das coisas, razão por
que não estão sujeitos à expiação.”
Revista
Espírita março de 1864 – “Há uma lei geral que rege os seres da criação,
animados ou inanimados; é a lei do progresso. Os espíritos estão submetidos a
ela pela força das coisas.”
Marcel
Benedeti – “Os animais principalmente os domésticos, aprendem conosco, que
somos, além de irmãos, seus professores. Durante o tempo em que permanecem
conosco, passam por várias experiências, como encarnados, e quando já for o
suficiente, provavelmente ele reencarnará em outra família e em outra
localidade onde aprenderá coisas que não podemos oferecer. Mas em geral
retornam varias vezes ao mesmo lar.”
Emanuel –
Chico Xavier – “Chico, pare e preste atenção neste cãozinho. É o Dom Pedrito
que está voltando para você!”
A Questão
Espiritual dos animais – Irvênia Prada – “A reencarnação pode favorecer o
reencontro afetivo entre animais e homens para continuarem juntos o aprendizado
de amor
Revista
Espírita – Março de 1860 – “Pode (um animal) aperfeiçoar-se a ponto de se
tornar um Espírito Humano? – Ele pode, mas depois de passar por muitas
existências animais, seja no nosso planeta terrestre, seja em outros.”
“Nossos
benfeitores espirituais nos esclarecem que é preciso que todos consideremos que
os animais diversos, a nós rodearem a existência de seres humanos em evolução
no planeta Terra, são nossos irmãos menores, desenvolvendo em si mesmo o
próprio princípio inteligente.(…) Eles, os animais aspiram ser, num futuro
distante, homens e mulheres inteligentes e livres. Assim sendo, nós podemos nos
considerar como irmãos mais velhos e o mais experimentado dos animais. (…) Tudo
isso se resume em graves responsabilidades para os seres humanos; a angústia, o
medo e o ódio que provocamos nos animais lhe altera o equilíbrio natural de
seus princípios espirituais, determinando ajustamentos em posteriores
existências (…) A responsabilidade maior recairá sempre nos desvios de nós
mesmos, que não soubemos guiar os animais no caminho do Amor e do Progresso,
seguindo a Verdade de Deus” – Chico Xavier – Mandato de Amor.
Na verdade,
tanto estudamos os seres vivos, sabemos de micromoléculas, sabemos de
ultraestruturas, mas não sabemos da essência dos seres vivos, dos animais, de
nós mesmos. E desta maneira, isto leva ao desrespeito à vida, e é necessário se
refletir sobre isto. Que temos de reservar um tempo em nossas atribuladas
agendas para refletir sobre o que somos, o que são estes animais que nos
cercam, que nos alimentam, nos confortam, nos fazem companhia, nos protegem, às
vezes, nos amedrontam, pois não os conhecemos. Entender seu valor, o porque
estão aqui, assim como nós mesmos, entendermos porque aqui estamos e o que
fazemos . Isto dará um sentido maior no relacionamento com o que está ao nosso
redor.
Temos de ter
uma atitude de reverência com o que nos cerca, toda a Natureza, mesmo o que
parece inanimado, está vibrando, a água que corre, as estrelas que brilham, as
flores que abrem, a chuva que cai, os animais que se manifestam cada um com seu
jeito de ser, os seres humanos tão diversos entre si, todos e tudo vibrando ao
nosso redor. Merece nossa atenção, nosso respeito, nosso cuidado, na mesma
medida que queremos isso para nós. E assim teremos sempre um sentido, uma razão
de Ser, uma direção, e uma justificativa para aqui estarmos, e entenderemos
melhor a presença dos animais da Espiritualidade, a missão dos espíritos, e
muito mais coisas que se encontram além do véu das infinitas dimensões
paralelas.
Não vemos as
ondas eletromagnéticas, mas sabemos que ali estão; não vemos o Rx, nem a
energia atômica, mas podem estar presentes. Então por quê teimamos em achar que
só o que percebemos com nossos limitados sentidos são as coisas reais? Vamos
seguir com serenidade, em equilíbrio, sem entrar em fanatismos ou acrobacias
mentais, mas vamos refletir, deixar fluir nossa intuição, o que nos sopram
nossos guias, vamos aumentar nosso padrão de consciência, nossa percepção,
abrindo as portas para a compreensão, que nos trará mais Harmonia e Luz.
(Estudo
Espírita-Cristão Amigos de Chico Xavier)
“PODEMOS EVITAR A MORTE DE ALGUÉM? ”
É comum as
pessoas me procurarem perguntando sobre a morte de entes queridos. Uma das
perguntas mais comuns é se elas poderiam ter feito algo para evitar a morte das
pessoas que amam, pois sentem muito sua falta.
A resposta a
essa pergunta é simples… não. Elas não poderiam evitar, em hipótese alguma. Mas
por que não seria possível evitar a morte de uma pessoa? A morte não pode ser
evitada porque ela já está determinada desde quando a pessoa nasceu. Tão logo o
espírito encarnado cumpra determinadas tarefas e viva certas experiências na
matéria, sua existência material passa a se tornar desnecessária e o espírito
deve ir embora.
O ser humano
prefere acreditar que tem poder para intervir em tudo. Ele quer acreditar que é
poderoso e que suas ações podem mudar as coisas do mundo. Ele quer acreditar
que é o senhor do seu destino e, e não apenas isso, mas também que é o senhor
do destino de outras pessoas. Sem a ideia do poder, o ser humano sentir-se-ia
enfraquecido e perdido. No entanto, é preciso compreender que o poder que temos
não é o poder material; não é o poder da carne; não é o poder para interferir
nos acontecimentos do mundo. O único poder que temos é sobre nós mesmos.
Não adianta
tentar mudar algo externamente; não adianta buscar evitar ou provocar certas
circunstâncias; não é possível acreditar que temos o poder de salvar ou deixar
uma pessoa morrer. Quando uma pessoa desencarna, a hora dela chegou e nada pode
ser feito para evitar isso. Não importa o quanto você seja forte; não importa o
quanto você seja sábio; não importa as influências políticas que você tem; não
importa quantos médicos você conhece e tampouco quanto dinheiro você tem.
Quando conseguimos “salvar” a vida de alguém, por exemplo, de um afogamento, só
fomos bem sucedidos no resgate porque ainda não era a hora do seu desencarne.
Caso fosse o momento dela ir embora, nenhum poder humano seria capaz de
salva-la.
Pelo
contrário. Supondo que uma pessoa precisasse morrer e nos fosse dado o poder de
intervir e mante-la na matéria por mais tempo, isso a prejudicaria imensamente.
Vamos imaginar que uma pessoa está indo embora de um país para trabalhar em
outro país. Ela precisa daquele emprego, pois vai incrementar seu currículo,
ela terá um experiência inédita e muito preciosa para sua carreira, além de
ganhar mais e assim poder comprar sua casa própria. Agora imagine que existe
uma pessoa apegada a ela e que não deseja essa distância. O que aconteceria se
essa pessoa queimasse as passagens e a impedisse de ir? Ela estaria destruindo
uma oportunidade valiosa de crescimento profissional de alguém que ama.
O mesmo
ocorre com aqueles que tentam impedir a morte de alguém cuja estadia na matéria
já se findou. Ela estaria prejudicando agudamente aquele espírito de seguir sua
jornada evolutiva, ir a outras regiões cósmicas mais sutis para trabalhar,
aprender, se desenvolver, ter novas experiências, etc. Portanto, nosso egoísmo
em desejar prender alguém que precisa ir pode atrapalhar consideravelmente a
evolução do seu espírito, da mesma forma que os pais podem atravancar o
desenvolvimento do filho quando obstam sua saída de casa para morar sozinho. O
ser humano muitas vezes se comporta como uma criança mimada, que bate o pé e
grita quando suas vontades não são atendidas. Os mestres sempre ensinaram que
devemos seguir a vontade de Deus, como fez Jesus quando disse: “Pai, que seja
feita a Sua vontade e não a minha”.
Muitas
pessoas se culpam por não terem evitado a morte de um parente. Elas acreditam
que, se tivessem levado a pessoa antes a um hospital; se tivessem socorrido
mais rápido; se tivessem prestado mais atenção; se tivessem certos
conhecimentos de primeiros socorros; se não tivessem sido negligentes com a
pessoa; se fossem mais espertas, mais inteligentes, mais dinâmicas em algum
momento, teriam sido capazes de salvar a pessoa. A grande verdade, que poucos
desejam aceitar, é que ninguém salva ninguém; cada pessoa se salva por si só. É
imenso o número de pessoas que perdem suas vidas tentando salvar outras pessoas
e acabam esquecendo de si mesmas. Passam suas vidas tentando resgatar o outro
do abismo em que ele se encontra, e acabam caindo nesse mesmo abismo, não
salvando o outro e ainda perdendo a si mesmas por puro apego.
É preciso
deixar o outro viver a sua vida da forma como ele deseja viver, de acordo com
suas escolhas e seus objetivos. Mesmo que o outro aparentemente fique mal,
perca tudo, fique doente, se destrua… se isso ocorreu, é porque precisava
ocorrer. A autodestruição era necessária para seu avanço espiritual, com base
em suas escolhas. Vamos entender de uma vez por todas que não é algo ruim as
pessoas sofrerem as consequências de suas escolhas. Ao contrário, é algo
extremamente positivo, pois quem padece no futuro de acordo com o que escolheu
no passado vai aprender e se purificar. Seria o mesmo que queimar uma plantação
de jiló que nosso filho semeou alegando que o jiló não lhe trará renda. Se ele
escolheu plantar o jiló, é necessário permitir que ele colha o jiló. Se ele não
colher, não enfrentará as consequências de seus próprias atos e não aprenderá
certas lições. Isso não é algo a se evitar, até porque não pode ser evitado. É
algo que deve ser aceito como parte da nossa evolução.
Portanto,
não se culpe por não ter conseguido salvar alguém de sua morte ou mesmo salvar
alguém em vida. O momento da morte não vem por acaso. Era para ocorrer
exatamente daquela forma. Aquele acidente que a pessoa sofreu e que a levou,
precisava acontecer; aquela doença que ceifou sua vida, precisava vir e
purifica-la; aquele caminhão que a atropelou precisava atropela-la para ela se
libertar; aquela queda que o levou a morte era necessária a sua elevação; se
não fosse necessária, acredite, não teria ocorrido, pois nada, absolutamente
nada em todo o cosmos ocorre por acaso. O acaso é mera ilusão de nossa mente
que ainda não compreende a vida.
O acaso não
existe em todo o universo; se algo ocorreu, é porque precisava ocorrer. Ninguém
deve se culpar por não ter conseguido evitar algo. A culpa é o efeito de um
delírio de grandeza e poder. Acreditamos que somos poderosos suficientes para
decidir sobre a vida e a morte de alguém; acreditamos que sabemos melhor do que
Deus quando alguém deve morrer ou quando alguém deve continuar na matéria. Nada
além de uma fantasia humana de onipotência; a mesma fantasia que fez o ser
humano cair na matéria e que o mantém até hoje sofrendo.
(Hugo Lapa)
quinta-feira, 13 de abril de 2017
“VISÃO ESPÍRITA DA PÁSCOA”
Eis-nos, uma
vez mais, às vésperas de mais uma Páscoa. Nosso pensamento e nossa emoção,
ambos cristãos, manifestam nossa sensibilidade psíquica. Deixando de lado o
apelo comercial da data, e o caráter de festividade familiar, a exemplo do
Natal, nossa atenção e consciência espíritas requerem uma explicação plausível
do significado da data e de sua representação perante o contexto
filosófico-científico-moral da Doutrina Espírita.
Deve-se
comemorar a Páscoa? Que tipo de celebração, evento ou homenagem é permitida nas
instituições espíritas? Como o Espiritismo visualiza o acontecimento da paixão,
crucificação, morte e ressurreição de Jesus?
Em linhas
gerais, as instituições espíritas não celebram a Páscoa, nem programam
situações específicas para “marcar” a data, como fazem as demais religiões ou
filosofias “cristãs”. Todavia, o sentimento de religiosidade que é particular
de cada ser-Espírito, é, pela Doutrina Espírita, respeitado, de modo que
qualquer manifestação pessoal ou, mesmo, coletiva, acerca da Páscoa não é
proibida, nem desaconselhada.
O certo é
que a figura de Jesus assume posição privilegiada no contexto espírita,
dizendo-se, inclusive, que a moral de Jesus serve de base para a moral do
Espiritismo. Assim, como as pessoas, via de regra, são lembradas, em nossa
cultura, pelo que fizeram e reverenciadas nas datas principais de sua
existência corpórea (nascimento e morte), é absolutamente comum e verdadeiro
lembrarmo-nos das pessoas que nos são caras ou importantes nestas datas. Não
há, francamente, nenhum mal nisso.
Mas, como o
Espiritismo não tem dogmas, sacramentos, rituais ou liturgias, a forma de
encarar a Páscoa (ou a Natividade) de Jesus, assume uma conotação bastante
peculiar. Antes de mencionarmos a significação espírita da Páscoa, faz-se
necessário buscar, no tempo, na História da Humanidade, as referências ao
acontecimento.
A Páscoa,
primeiramente, não é, de maneira inicial, relacionada ao martírio e sacrifício
de Jesus. Veja-se, por exemplo, no Evangelho de Lucas (cap. 22, versículos 15 e
16), a menção, do próprio Cristo, ao evento: “Tenho desejado ansiosamente comer
convosco esta Páscoa, antes da minha paixão. Porque vos declaro que não
tornarei a comer, até que ela se cumpra no Reino de Deus.” Evidente, aí, a
referência de que a Páscoa já era uma “comemoração”, na época de Jesus, uma
festa cultural e, portanto, o que fez a Igreja foi “aproveitar-se” do sentido
da festa, para adaptá-la, dando-lhe um novo significado, associando-o à
“imolação” de Jesus, no pós-julgamento, na execução da sentença de Pilatos.
Historicamente,
a Páscoa é a junção de duas festividades muito antigas, comuns entre os povos
primitivos, e alimentada pelos judeus, à época de Jesus. Fala-se do “pesah”,
uma dança cultural, representando a vida dos povos nômades, numa fase em que a
vinculação à terra (com a noção de propriedade) ainda não era flagrante. Também
estava associada à “festa dos ázimos”, uma homenagem que os agricultores
sedentários faziam às divindades, em razão do início da época da colheita do
trigo, agradecendo aos Céus, pela fartura da produção agrícola, da qual
saciavam a fome de suas famílias, e propiciavam as trocas nos mercados da
época. Ambas eram comemoradas no mês de abril (nisan) e, a partir do evento
bíblico denominado “êxodo” (fuga do povo hebreu do Egito), em torno de 1441
a.C., passaram a ser reverenciadas juntas. É esta a Páscoa que o Cristo desejou
comemorar junto dos seus mais caros, por ocasião da última ceia.
Logo após a
celebração, foram todos para o Getsêmani, onde os discípulos invigilantes
adormeceram, tendo sido o palco do beijo da traição e da prisão do Nazareno.
Mas há
outros elementos “evangélicos” que marcam a Páscoa. Isto porque as vinculações
religiosas apontam para a quinta e a sexta-feira santas, o sábado de aleluia e
o domingo de páscoa. Os primeiros relacionam-se ao “martírio”, ao sofrimento de
Jesus – tão bem retratado neste último filme hollyodiano (A Paixão de Cristo,
segundo Mel Gibson) –, e os últimos, à ressurreição e a ascensão de Jesus.
No que
concerne à ressurreição, podemos dizer que a interpretação tradicional aponta
para a possibilidade da mantença da estrutura corporal do Cristo, no
post-mortem, situação totalmente rechaçada pela ciência, em virtude do
apodrecimento e deterioração do envoltório físico. As Igrejas cristãs insistem
na hipótese do Cristo ter “subido aos Céus” em corpo e alma, e fará o mesmo em
relação a todos os “eleitos” no chamado “juízo final”. Isto é, pessoas que
morreram, pelos séculos afora, cujos corpos já foram decompostos e reaproveitados
pela terra, ressurgirão, perfeitos, reconstituindo as estruturas orgânicas, do
dia do julgamento, onde o Cristo, separará justos e ímpios.
A lógica e o
bom-senso espíritas abominam tal teoria, pela impossibilidade física e pela
injustiça moral. Afinal, com a lei dos renascimentos, estabelece-se um critério
mais justo para aferir a “competência” ou a “qualificação” de todos os
Espíritos. Com “tantas oportunidades quanto sejam necessárias”, no “nascer de
novo”, é possível a todos progredirem.
Mas, como
explicar, então as “aparições” de Jesus, nos quarenta dias póstumos,
mencionadas pelos religiosos na alusão à Páscoa?
A
fenomenologia espírita (mediúnica) aponta para as manifestações psíquicas
descritas como mediunidades. Em algumas ocasiões, como a conversa com Maria de
Magdala, que havia ido até o sepulcro para depositar algumas flores e orar,
perguntando a Jesus – como se fosse o jardineiro – após ver a lápide removida,
“para onde levaram o corpo do Raboni”, podemos estar diante da “materialização”,
isto é, a utilização de fluido ectoplásmico – de seres encarnados – para
possibilitar que o Espírito seja visto (por todos). Igual circunstância se dá,
também, no colóquio de Tomé com os demais discípulos, que já haviam “visto”
Jesus, de que ele só acreditaria, se “colocasse as mãos nas chagas do Cristo”.
E isto, em verdade, pelos relatos bíblicos, acontece. Noutras situações,
estamos diante de uma outra manifestação psíquica conhecida, a mediunidade de
vidência, quando, pelo uso de faculdades mediúnicas, alguém pode ver os
Espíritos.
A Páscoa, em
verdade, pela interpretação das religiões e seitas tradicionais, acha-se
envolta num preocupante e negativo contexto de culpa. Afinal, acredita-se que
Jesus teria padecido em razão dos “nossos” pecados, numa alusão descabida de
que todo o sofrimento de Jesus teria sido realizado para “nos salvar”, dos
nossos próprios erros, ou dos erros cometidos por nossos ancestrais, em
especial, os “bíblicos” Adão e Eva, no Paraíso. A presença do “cordeiro
imolado”, que cumpre as profecias do Antigo Testamento, quanto à perseguição e
violência contra o “filho de Deus”, está flagrantemente aposta em todas as
igrejas, nos crucifixos e nos quadros que relatam – em cores vivas – as fases
da via sacra.
Esta
tradição judaico-cristã da “culpa” é a grande diferença entre a Páscoa
tradicional e a Páscoa espírita, se é que esta última existe. Em verdade, nós
espíritas devemos reconhecer a data da Páscoa como a grande – e última lição –
de Jesus, que vence as iniquidades, que retorna triunfante, que prossegue sua
cátedra pedagógica, para asseverar que “permaneceria eternamente conosco”, na
direção bussolar de nossos passos, doravante.
Nestes dias
de festas materiais e/ou lembranças do sofrimento do Rabi, possamos nós encarar
a Páscoa como o momento de transformação, a vera evocação de liberdade, pois,
uma vez despojado do envoltório corporal, pôde Jesus retornar ao Plano
Espiritual para, de lá, continuar “coordenando” o processo depurativo de nosso
orbe. Longe da remissão da celebração de uma festa pastoral ou agrícola, ou da
libertação de um povo oprimido, ou da ressurreição de Jesus, possa ela ser
encarada por nós, espíritas, como a vitória real da vida sobre a morte, pela
certeza da imortalidade e da reencarnação, porque a vida, em essência, só pode
ser conceituada como o amor, calcado nos grandes exemplos da própria existência
de Jesus, de amor ao próximo e de valorização da própria vida.
Nesta
Páscoa, assim, quando estiveres junto aos teus mais caros, lembra-te de
reverenciar os belos exemplos de Jesus, que o imortalizam e que nos guiam para,
um dia, também estarmos na condição experimentada por ele, qual seja a de
“sermos deuses”, “fazendo brilhar a nossa luz”.
Comemore,
então, meu amigo, uma “outra” Páscoa. A sua Páscoa, a da sua transformação,
rumo a uma vida plena.
Fonte> A
Era do Espírito- Marcelo
Henrique Pereira (*)
(*) Marcelo
Henrique, Doutorando em Direito e Assessor Administrativo
da
Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo - ABRADE.
quarta-feira, 12 de abril de 2017
“ENJOOS E DESEJOS NA VISÃO ESPÍRITA”
Com o
desenvolvimento da gravidez, à medida que o embrião vai se estruturando,
conforme o molde energético dado pelas matrizes perispirituais da entidade
reencarnante, vão se intensificando as trocas fluídicas ou energéticas, entre o
perispírito da mãe e o espírito reencarnante.
Já se
observa, a certa altura, uma intensa sintonia vibratória com grande intercâmbio
de campos energéticos. Sucede que estas vibrações permutadas podem ser doentes
(espiritualmente falando ) ou sadias. As vivências das encarnações anteriores,
indelevelmente registradas nos arquivos energéticos do espírito, são núcleos de
emanação de ondas que exercem influência sobre a gestante. As experiências de
sofrimentos ainda não resolvidas psicologicamente, os ressentimentos mantidos,
são concentrações de força a irradiar sobre a estrutura psicofísica materna. As
experiências comuns entre mãe e filho, vividas em estâncias pretéritas, se
reencontram agora com anestesia apenas parcial.
Não resta
dúvida, que é a grande oportunidade da reaproximação e solução dos débitos
passados. Também é importante se reafirme, toda a assistência espiritual
presente no transcurso da gravidez, amparando a dupla.
As trocas
fluídico-energéticas entre ambos, frequentemente produzem enjôos à mãe. A
intensidade destes enjôos muitas vezes está relacionada (também) a diferenças
de nível evolutivo entre o espírito reencarnante e a gestante. Em determinadas
situações no entanto, não se trata de diferença de nível espiritual, pois
normalmente aos espíritos superiores não é difícil superar e compreender as
limitações dos menos evoluídos.
Frequentemente,
são os reconhecimentos inconscientes das experiências comuns vividas. São as
sensações decorrentes do espelhar mútuo , da situação espiritual vivenciada no
passado e ainda não resolvida. Cuidemos , no entanto, para não cometer
injustiça ou erros de julgamento.Os enjôos tem também causas meramente
orgânicas ligadas a fatoresanatômicos e fisiológicos do processo gestacional.
Atribuir aos enjôos apenas significado de ordem espiritual, seria empobrecer a
ciência espírita e comprometer sua imagem perante as pessoas de bom senso.
OS ESTRANHOS
DESEJOS DA GESTANTE: As aparentes extravagâncias da mulher grávida podem
ter,também, causas ligadas às influências do espírito reencarnante. Não estamos
aqui, portanto, excluindo de maneira alguma o componente fisiológico. As
profundas alterações hormonais sob o comando da hipófise são sem dúvida
co-fatores que interferem no psiquismo da gestante determinando tendências na
esfera alimentar. Tendo sido feita esta ressalva , cumpre-nos estudar a outra
face da moeda.
Estando a
estrutura do corpo espiritual da entidade reencarnante unida ao chakra genésico
materno, passa a sofrer a influência de fortes correntes eletromagnéticas que
lhe impõem a redução volumétrica necessária. O corpo astral (perispírito ) que
possuía digamos 175cm deverá se adaptar a um organismo fetal bem menor. Ocorre
então a redução dos espaços intermoleculares da matéria perispiritual. Tal fato
ocorre pela diminuição da vibração das moléculas do corpo espiritual. A energia
cinética se reduz, as moléculas se aproximam reduzindo os espaços
intermoleculares.
Além desta
redução, toda molécula excedente, que não serve ao trabalho fundamental de
refundição da forma é devolvida ao plano "espiritual " e reintegrada
ao fluido cósmico universal.No organismo materno, mais especificamente no
chakra genésico, há uma função que lembra o trabalho de um exaustor de cozinha.
Neste aparelho doméstico se processa a absorção da gordura excedente,
eliminando-a do ambiente.
Conforme
encontramos no livro" Entre a Terra e o Céu ", cap. XXX, André Luiz
que se expressa da seguinte forma." O organismo materno materno, absorvendo
as emanações da entidade reencarnante, funciona como um exaustor de fluidos em
desintegração, fluidos estes que nem sempre são aprazíveis ou suportáveis pela
sensibilidade feminina".Há espíritos que por se acharem zoantropizados ou
licantropizados (isto é, tão deformados que se parecem com animais,lobos etc )
, portanto com morfologia tão alterada e acrescida de fluidos prejudiciais que
sofrerão intenso processo de reabsorção fluídica por parte do chakra genésico
materno.
O fato
citado gera intensas e frequentes sensações psíquicas na gestante. Estas
sensações não tem tradução lógica em valores conhecidos aos sentidos físicos.
Como são sensações , o cérebro decodifica em algo material e expressa como:
Desejo de comer, cheirar ou fazer alguma coisa diferente. Portanto, embora seja
inverdade que desejos insatisfeitos possam determinar defeitos físicos no bebê,
mera crendice, os desejos existem e quando não são tão absurdos como comer
sabonete com cebola, não custa nada(às vezes) satisfazer a pobre da gestante....
Mas não exageremos.... –
Fonte:
Medicina e Espiritualidade.
Dr. Ricardo
Di Bernardi- Médico, escritor e conferencista .
Presidente
do Instituto de Cultura Espírita de Florianópolis - Médico Homeopata
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𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.
Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...
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Muita gente procura o centro espírita em busca de uma conversa direta com os guias espirituais. Talvez acreditem que, se tiverem oportun...
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Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...