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sexta-feira, 5 de maio de 2017

ÀS TRÊS REVELAÇÕES: MOISES, CRISTO E O ESPIRITISMO. ”

MOISÉS:
                2 – Há duas partes Distintas na lei mosaica: a de Deus, promulgada sobre o Monte Sinal, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida por Moisés. Uma é invariável, a outra é apropriada aos costumes e ao caráter do povo, e se modifica com o tempo.
                A lei de Deus está formulada nos dez mandamentos seguintes:
                I – Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás deuses estrangeiros diante de mim. Não farás para ti imagens de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra, nem de coisa que haja nas águas debaixo da terra. Não adorarás nem lhes darás culto.
                II – Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão.
                III – Lembra-te de santificar o dia de sábado.
                IV – Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.
                V – Não matarás.
                VI – Não cometerás adultério.
                VII – Não furtarás.
                VIII – Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
IX – Não desejarás a mulher do próximo.
                X – Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem outra coisa alguma que lhe pertença.
                Esta lei é de todos os tempos e de todos os países, e tem, por isso mesmo, um caráter divino. Todas as demais são leis estabelecidas por Moisés, obrigado a manter pelo temor um povo naturalmente turbulento e indisciplinado, no qual tinha de combater abusos arraigados e preconceitos adquiridos durante a servidão do Egito. Para dar autoridade às leis, ele teve de lhes atribuir uma origem divina, como o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. A Autoridade do homem devia apoiar-se sobre a autoridade de Deus. Mas só a idéia de um Deus terrível podia impressionar homens ignorantes, em que o senso moral e o sentimento de uma estranha justiça estavam ainda pouco desenvolvidos. É evidente que aquele que havia estabelecido em seus mandamentos: “não matarás” e “não farás mal ao teu próximo”, não poderia contradizer-se, ao fazer do extermínio um dever. As leis mosaicas, propriamente ditas, tinham, portanto, um caráter essencialmente transitório.
CRISTO:
                3 – Jesus não veio destruir a lei, o que quer dizer: a lei de Deus. Ele veio cumpri-la, ou seja: desenvolvê-la, dar-lhe o seu verdadeiro sentido e apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens. Eis porque encontramos nessa lei o princípio dos deveres para com Deus e para com o próximo, que constitui a base de sua doutrina. Quanto às leis de Moisés propriamente ditas, ele, pelo contrário, as modificou profundamente, no fundo e na forma. Combateu constantemente o abuso das práticas exteriores e as falsas interpretações, e não podia fazê-las passar por uma reforma mais radical do que as reduzindo a estas palavras: “Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”, e ao acrescentar: “Esta é toda a lei e os profetas”.
                Por estas palavras: “O céu e a terra não passarão, enquanto não se cumprir até o último jota”, Jesus quis dizer que era necessário que a lei de Deus fosse cumprida, ou seja, que fosse praticada sobre toda a terra, em toda a sua pureza, com todos os seus desenvolvimentos e todas as suas consequências. Pois de que serviria estabelecer essa lei, se ela tivesse de ficar como privilégio de alguns homens ou mesmo de um só povo? Todos os homens, sendo filhos de Deus, são, sem distinções, objetos da mesma solicitude.
                4 – Mas o papel de Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista, sem outra autoridade que a sua palavra. Ele veio cumprir as profecias que haviam anunciado o seu advento. Sua autoridade decorria da natureza excepcional do seu Espírito e da natureza divina da sua missão. Ele veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não está na Terra, mas no Reino dos Céus, ensinar-lhes o caminho que os conduz até lá, os meios de se reconciliarem com Deus, e os advertir sobre a marcha das coisas futuras, para o cumprimento dos destinos humanos. Não obstante, ele não disse tudo, e sobre muitos pontos limitou-se a lançar o germe de verdades que ele mesmo declarou não poderem ser então compreendidas. Falou de tudo, mas em termos mais ou menos claros, de maneira que, para entender o sentido oculto de certas palavras, era preciso que novas ideias e novos conhecimentos viessem dar-nos a chave. Essas ideias não podiam surgir antes de um certo grau de amadurecimento do espírito humano. A ciência devia contribuir poderosamente para o aparecimento e o desenvolvimento dessas ideias. Era preciso, pois, dar tempo à ciência para progredir.
O ESPIRITISMO:
5 – O Espiritismo é a nova ciência que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e suas relações com o mundo material. Ele nos mostra esse mundo, não mais como sobrenatural, mas, pelo contrário, como uma das forças vivas e incessantemente atuantes da natureza, como a fonte de uma infinidade de fenômenos até então incompreendidos, e por essa razão rejeitados para o domínio do fantástico e do maravilhoso. É a essas relações que o Cristo se refere em muitas circunstâncias, e é por isso que muitas coisas que ele disse ficaram ininteligíveis ou foram falsamente interpretadas. O Espiritismo é a chave que nos ajuda a tudo explicar com facilidade.
6 – A lei do Antigo Testamento está personificada em Moisés, a do Novo Testamento, no Cristo. O Espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus. Mas não está personificado em ninguém, porque ele é o produto do ensinamento dado, não por um homem, mas pelos Espíritos, que são as vozes do céu, em todas as partes da Terra e por inumerável multidão de intermediários. Trata-se, de qualquer maneira, de uns seres coletivos, compreendendo o conjunto dos seres do mundo espiritual, cada qual trazendo aos homens o tributo de suas luzes, para fazê-los conhecer esse mundo e a sorte que nele os espera.
                7 – Da mesma maneira que disse o Cristo: “Eu não venho destruir a lei, mas dar-lhe cumprimento”. Também diz o Espiritismo: “Eu não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe cumprimento”. Ele nada ensina contrário ao ensinamento do Cristo, mas o desenvolve, completa e explica, em termos claros para todos, o que foi dito sob forma alegórica. Ele vem cumprir, na época predita, o que o Cristo anunciou, e preparar o cumprimento das coisas futuras. Ele é, portanto, obra do Cristo, que o preside, assim como preside ao que igualmente anunciou: a regeneração que se opera e que prepara o Reino de Deus sobre a Terra.
O Livro dos Espíritos- O Evangelho Segundo o Espiritismo.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

"COMPROMISSOS COM A CONSCIÊNCIA”

Você certamente já leu ou ouviu, algum dia, a notícia de roubo, incêndio, naufrágio ou explosão de algum bem móvel ou imóvel que pertencia a alguém, não é mesmo?
No entanto, ninguém jamais ouviu ou leu uma manchete com os dizeres:
Foi roubada a coragem dessa ou daquela pessoa. Foi extraviada grande porção de otimismo. Quem a encontrar favor devolver no endereço citado.
Ou então, Incêndio consumiu toda a fidelidade de Fulano ou Naufragou a honestidade de Beltrano.
Enfim, nunca se ouve falar que as virtudes de alguém tenham sofrido assaltos ou outro dano qualquer.
Todavia, isso acontece diariamente quando as negociatas indignas põe por terra a honestidade e a honradez deste ou daquele cidadão, que sucumbe ante grandes quantias em dinheiro ou favorecimentos de toda ordem.
No entanto, as virtudes que se deixam arrastar por interesses próprios, não são virtudes efetivas, são ensaios de virtudes.
Quem verdadeiramente conquista uma virtude, jamais a perde.
Contou-nos um amigo, jovem advogado que labora num órgão público que, em certa ocasião, estava com uma pilha de processos sobre a mesa, quando seu superior entrou na sala, tomou dois daqueles processos e pôs de lado, dizendo-lhe:
Quero que você arquive estes processos.
O advogado perguntou por que razão deveria arquivá-los e o diretor respondeu simplesmente: Porque os acusados são meus amigos e me pediram esse favor.
O moço, que tinha compromisso sério com a própria consciência, fez com que os processos seguissem seu curso, sem interferir.
Tempos depois, os acusados tiveram que arcar com as custas do processo e indenizar vários cidadãos, aos quais haviam prejudicado de alguma forma.
Quando questionado por seu superior sobre o ocorrido, o advogado argumentou que o fato de os acusados serem seus amigos não era suficiente para isentá-los da responsabilidade de seus atos.
Se o jovem advogado não tivesse firmeza de caráter poderia ter dado ocasião a que fosse registrada em sua ficha espiritual a seguinte anotação:
Este Espírito sofreu, em tal data, um assalto da corrupção e da prepotência e teve seus bens mais preciosos, que são a fidelidade e a honestidade, roubados.
Felizmente isso não aconteceu.
Toda vez que permitimos que nosso patrimônio ético-moral seja comprado ou roubado, ficamos mais pobres espiritualmente.
Quando aplaudimos a corrupção e a ganância dos outros, somos coniventes com essas misérias morais, e empobrecemos.
Pense nisso, e considere que vale a pena preservar esse bem tão valioso que é o seu patrimônio moral.
Redação do Momento Espírita, com base em fato.

Autor: Momento Espírita

“TODOS NÓS TEMOS DOIS LOBOS DENTRO DE NÓS”

Um dia, um velho avô foi procurado por seu neto, que estava com raiva de um amigo que o havia ofendido.
O sábio velhinho acalmou o neto e disse com carinho:
Deixe-me contar-lhe uma história.
Eu mesmo, algumas vezes, senti muito ódio daqueles que me ofenderam tanto, sem arrependimento. Todavia, o ódio corrói a nossa intimidade, mas não fere nosso inimigo.
É o mesmo que tomar veneno desejando que o inimigo morra.
Lutei muitas vezes contra esses sentimentos.
O neto ouvia com atenção as considerações do avô. E ele continuou: É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom. Não magoa ninguém. Vive em harmonia com todos e não se ofende.
Ele só lutará quando for certo fazer isto, e da maneira correta. Mas, o outro lobo, ah!, esse é cheio de raiva. Mesmo as pequenas coisas desagradáveis o levam facilmente a um ataque de ira!
Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo. É tão irracional que nunca consegue mudar coisa alguma!
Algumas vezes é difícil de conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu Espírito.
O garoto olhou intensamente nos olhos de seu avô e perguntou:
E qual deles vence, vovô?
O avô sorriu e respondeu baixinho:
Aquele que eu alimento mais frequentemente.
E você, qual dos dois lobos tem alimentado com mais frequência?
A figura do lobo é significativa, uma vez que representa o grau de animalidade que ainda rege as nossas ações.
Enquanto o ser humano não desenvolver todas as virtudes que o elevarão à categoria de Espírito superior, sempre haverá em sua intimidade um pouco dos irracionais.
E essa luta interna é que irá definindo o nosso amanhã, de acordo com o lado que mais alimentamos.
Por vezes, um simples ato impensado, uma simples ação infeliz, pode nos trazer consequências amargas por longo tempo.
Paulo, o grande Apóstolo do Cristianismo, identificou muito bem essa luta íntima quando disse: O bem que eu quero, esse eu não faço, mas o mal que não quero, esse eu faço.
Indignado por algumas vezes ainda ser dominado pelo homem velho, em prejuízo do homem novo que desejava ser, Paulo desabafou e nos deixou esta grande lição: É preciso perseverar.
É preciso deixar que esse lobo sedento de vingança e obcecado pela ira, que ainda encontra vitalidade em nosso íntimo, não receba alimento e desapareça de vez por todas cedendo lugar ao homem moralmente renovado que desejamos ser.
Agindo dessa maneira poderemos um dia, não muito distante, dizer, como o próprio Apóstolo Paulo disse, depois de vencer a si mesmo: Já não sou eu quem vive, é o Cristo que vive em mim.
Mas, para que cheguemos a esse ponto, temos que travar muitas batalhas internas a fim de fazer com que os ensinamentos e os exemplos de Jesus, o Mestre por excelência, façam sentido para nós a ponto de se constituir em força motriz a impulsionar os nossos pensamentos e atos.
Paulo de Tarso renunciou a muitas coisas para seguir a Jesus.
Ele, que foi um dos primeiros perseguidores dos cristãos em nome da sua crença religiosa, depois que viu o Mestre às portas da cidade de Damasco, tornou-se Seu seguidor fiel até os últimos dias de sua vida.
Mas, para isso, foi preciso silenciar muitas vezes a fera interna que tentava falar mais alto.
Foi preciso renunciar a si mesmo, deixar o orgulho de lado, tomar da sua cruz e seguir os passos luminosos do Mestre de Nazaré.

Redação do Momento Espírita

“QUAIS SÃO OS PESADELOS MAIS COMUNS?

1. Estar nu em público.
Você se encontra em um lugar familiar, como, por exemplo, a universidade, o trabalho… definitivamente rodeado de gente. De repente, percebe que não está vestindo nenhuma roupa e as pessoas começam a olhar. Dada a situação, você começa a se sentir vulnerável e envergonhado. É possível que este medo pertença à necessidade de nos sentirmos bem integrados dentro de um grupo.
2. Alguém está perseguindo-o.
Você tenta correr e se move muito pouco, ou quase não sai do lugar, parece que você está num lugar que tem pouca gravidade. Geralmente, estes pesadelos ocorrem quando algo nos incomoda ou perturba, ou quando temos um certo remorso.
3. Sentir dor ou sofrer algum dano.
Estes danos podem estar sendo sofridos por você mesmo ou por uma pessoa pela qual você sente um carinho especial. Nestes sonhos alguém pode acabar ferido, ou até mesmo morto. Por exemplo, picadas de aranhas ou serpentes são muito recorrentes nestes casos. Indicam a vulnerabilidade da pessoa.
4. Cair.
Você pode cair de um lugar da altura de uma árvore ou de um prédio. Também é comum tropeçarmos ou cairmos num buraco quando começamos a caminhar. É possível que você se encontre nervoso, suportando situações de muito estresse ou que você esteja enfrentando momentos de problemas ou dificuldades.
5. Ficar preso.
Você se encontra num labirinto ou num lugar do qual desconhece a saída. Por mais voltas que dê, começa a se sentir impotente e com medo por não poder sair deste espaço. Costumamos nos levantar mais tarde com a sensação de inquietude ou com suores frios, pelos sentimentos negativos que vivemos durante momentos como estes.
Diversos autores indicam que sonhar que estamos presos significa que nos sentimos assim nesse momento de nossas vidas, em relação a diferentes âmbitos, sejam estes pessoais, profissionais, familiares, etc.
6. Gritar e a voz não sair.
Ocorre em situações de perigo, onde tentamos pedir socorro ou avisar alguém e não podemos emitir nenhum grito ou som. Costuma indicar situações de impotência.

Autor desconhecido

“O QUE FAZ O ESPIRITO ESCOLHER FICAR PRÓXIMO AO PLANO MATERIAL APÓS A MORTE DO CORPO? ”

"As motivações para o espírito ficar próximo ao plano material logo após a morte do corpo são todas negativas, pois o caminho natural do espírito é se afastar, distanciar. Portanto, a escolha da proximidade corresponde a um uso intensivo dos recursos negativos que um espírito cultivou ao longo do tempo. Este uso maciço de negatividades geralmente gera confusão mental, percepção fantasiosa da realidade e um grande número de sentimentos negativos. É um mergulho no “fundo do poço” que cobrará um grande esforço para o espírito se reerguer. (Este raciocínio não vale para os espíritos mais evoluídos.)"
O fluir natural dos acontecimentos que se sucedem à morte do corpo é o desligamento do perispírito e do espírito deste corpo. Esta separação física é seguida de uma separação espacial. Ou seja, o espírito desloca-se para outros lugares.
O encarnar é um momento especial, o desencarnar também o é. Em condições normais, o espírito aceita o auxílio de outros espíritos, o que facilita sua adaptação à realidade de espírito desencarnado. Esta readaptação inclui a retomada de memórias que estavam isoladas e sem ação no período encarnado. Esta retomada de memórias afeta profundamente sua identidade, ou seja, (em condições ideais) o espírito deixa de se identificar com a última encarnação e passa a se identificar com sua única vida, a vida do espírito.
Um espírito pode ter tido centenas de encarnações, com qual delas irá se identificar no plano espiritual? Com nenhuma. Ele irá identificar-se com a vida do espírito, a menos que esteja patologicamente apegado à uma encarnação qualquer. O espírito não é pai, não é irmão, não é homem, nem mulher. Não é rico ou pobre, feio ou bonito. Com o desencarne (morte) e a retomada das memórias muito amplas do espírito, a vida encarnada passa a ser como um barco que aos poucos vai sumindo no horizonte.
Portanto, o fluir de um desencarne é o desapego e a desidentificação. A vida continua em outras condições e com outras necessidades evolutivas imediatas. A vida do espírito torna a experiência encarnada recente uma entre centenas de outras encarnações. (Para o espírito a vida encarnada atual é importante; mas, é importante como as outras centenas.)
Quanto menos evoluído é o espírito mais difícil é ele se desapegar e se desidentificar. Espíritos atormentados, dominados pelas emoções e pelos traumas, costumam se agarrar ao máximo à vida que existia antes do fim do corpo. Chegam a viver uma vida de delírio, mantendo-se próximos fisicamente ou energeticamente e, ao mesmo tempo, delirando uma realidade que não existe.
Um pai que falece pode ter a necessidade compulsiva de proteger seus filhos. Seu esforço será por manter o máximo de proximidade, procurando influenciar suas vidas. O apego pode torná-lo um obsessor de sua família. Irá prejudicar seus familiares e pouco ajudará. Com o tempo terá que aprender a necessidade do desapego e a importância de deixá-los seguir suas próprias vidas.
Espíritos de luz costumam ajudar estes espíritos. Tentam resgatá-los para um bom caminho. Quando aceitam ajuda tudo fica mais fácil. Por outro lado, quando se revoltam, não aceitam e não se adaptam à nova realidade, tudo fica mais difícil.
A morte é, portanto, acompanhada de descobertas e desafios. A nova vida do espírito deve se impor. Esta vida continua em outras condições e em outros locais. Todos nós já fizemos esta transição do desencarne centenas de vezes. Não há porque ter medo. Somente não lembramos, pois estas lembranças estão protegidas e só devem ser acessadas através da ampliação da consciência ou como terapia.
Na realidade, quando o espírito encarnado evolui as memórias de encarnações passadas ficam MENOS protegidas. Milhões de pessoas, que estão evoluindo espiritualmente, estão tomando consciência de várias encarnações e de vários desencarnes. Sabemos mais sobre nós mesmos à medida que a consciência é ampliada.
Devemos nos preparar psicologicamente para aceitar o falecimento, seja nosso, seja de um membro querido. O processo de vida encarnada finalizou e não aceitar o que é real somente aumenta o sofrimento e dificulta a retomada/evolução da vida.
Deve-se cultivar a gratidão à todos os antepassados desencarnados. Ser grato facilita a transmissão de energia entre encarnados e desencarnados. Isto torna mais agradável a vida de todos.

Autor: Regis Mesquita

“A MORTE: PARA UNS, UM FIM: PARA OUTROS, APENAS UMA PASSAGEM. ”

Ninguém quer morrer. Nem mesmo aquele que está sofrendo de uma doença qualquer e que se acha, por isso preso a um leito de dor. Ninguém aceita a morte. Nem mesmo o espírita e o espiritualista, ou pessoa de qualquer religião. Apenas as pessoas se conformam com ela, pois ela é a maior realidade deste mundo. Todos têm de morrer. É uma das leis naturais mais certas. Realmente a perda de um ente querido, seja parente ou amigo é dolorosa. Mas é o que a morte tem para oferecer: a dor do momento. Há uma grande diferença entre aceitar uma coisa e se conformar com ela. Mas isto não é assunto deste capítulo. Portanto, deixemo-lo de lado. O que vamos falar aqui é da morte em suas duas considerações, de acordo com a opinião ou a crença de cada um ou a maneira que cada um tem de encarar a chamada Parca Invulnerável.
Existe uma ciência que, por incrível e estranho que pareça, estuda a morte. Eu não conheço a fundo essa estranha ciência. Apenas ouço falar dela e já houve até (imaginem!) um congresso internacional dessa ciência! Mas, como o seu assunto é igualmente coisa da qual ninguém quer falar, é claro que dessa ciência realmente pouco se sabe. Ela chama-se Tanatologia, vocábulo que provém do grego, onde Tanatos era o deus da morte na mitologia grega. Mas, vamos à questão deste artigo.
Para muitos, ateus ou não, leigos ou estudiosos, a morte é o fim. Segundo eles, com a morte física e, portanto do corpo, tudo termina Se existe alma ou espírito, com a morte também isso termina. Somente fica (e é claro!) a memória e a lembrança do morto. Mais nada. Assim pensam também os materialistas deste mundo. Pois bem.
Mas, para muitos outros e, principalmente religiosos, espiritualistas e espíritas e muitos estudiosos, a morte não é o fim, mas uma passagem deste mundo físico, visível, tocável para um outro não-físico, invisível e intocável, mas que nos rodeia. Para muitos, esse “estranho” mas real mundo é o espaço infinito, ou o “céu” como outros muitos acreditam. De qualquer maneira, para esses muitos crentes e podemos dizer a maioria, quando morremos apenas nos transportamos deste mundo físico e terreno para esse outro mundo  não físico e portanto, espiritual.. É como uma viagem qualquer, seja esta de negócios, de trabalho ou de passeio. Para todos os crentes da espiritualidade, a morte simplesmente não existe no seu sentido correto da palavra. Patrick Drouot, um escritor espiritualista francês do século passado, escreveu um interessante livro sobre a espiritualidade, sob o título de “Somos todos imortais”. Em francês, “ Sommes toutes immortels”, editado em 1987.
A morte é apenas a transposição não do corpo, pois este sendo matéria se desfaz, mas da alma, do nosso espírito para uma outra dimensão inteiramente espiritual e eterna.
Velhos filósofos bem antes de Cristo e do mundo pagão, já acreditavam que a morte não era o fim, mas o começo de uma outra vida e que existia no homem uma alma eterna e espiritual que deixava o corpo após a morte deste. Entre esses grandes filósofos estavam Sócrates e Aristóteles. A morte é a maior justiça de DEUS. Para Deus, todos são iguais. Não há preferidos, nem escolhidos. Não há reis nem príncipes. Não há imperadores nem presidentes. Não há ricos nem pobres, nem bons e nem maus. Todos passam pela mesma porta. Todos  vão para o mesmo lugar. São reduzidos a cinzas, ou simplesmente apodrecem sob sete palmos de terra. E nada levam!
O número de pessoas que acreditam que a morte é o fim é muito pequeno e, a cada dia mais pessoas saem dessa crença materialista para a crença de que a morte não é o fim. A cada avanço da humanidade, a cada passagem do tempo, a cada etapa de desenvolvimento da nossa inteligência e compreensão e do progresso científico e tecnológico do mundo hoje tão globalizado, quando se desfazem ou morrem as esperanças materialistas diante das dificuldades e das lutas de cada um ser humano, mais se fortalece em cada espírito convertido a fé de que, de fato a morte é sim apenas uma passagem. Só isso.
Fonte: Correio Espírita

Dilson Nogueira, Escritor, filósofo espiritualista e estudioso de assuntos sociais....

quarta-feira, 3 de maio de 2017

“QUANDO AS ALMAS VIBRAM NA MESMA SINTONIA ELAS SE ATRAEM E SE RECONHECEM”

Os encontros mais importantes, já foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam... (Paulo Coelho)

Dizem que vivemos várias vidas… Se formos analisar a vida do espírito, podemos dizer que vivemos uma só, ora em um corpo físico e ora fora dele, na construção do Eu que se modifica e engrandece nas várias existências, em diversos corpos e diversas “personalidades”, embora essas nunca percam sua essência.
Uma vez conquistado ou aprendido um atributo do espírito, como a paciência, resiliência, capacidade de perdoar, etc., esses não se perdem. Carregamos sempre conosco esses bens espirituais, nossos verdadeiros tesouros.
Não somos os mesmos de outras existências físicas, assim como não somos os mesmos de 10 anos, 5 anos, 1 ano, 1 mês atrás. Pois estamos em constante mudança, crescimento e renovação íntima. Mas os laços que criamos com aqueles que nos relacionamos não desatam, apenas se esticam ou se afrouxam. E sendo a vida contínua, as histórias provavelmente não terminam com a morte do corpo físico, e sim quando atingido seu objetivo.
E se formos considerar uma vida sendo uma história construída com pessoas específicas, podemos considerar que em uma existência física vivemos várias vidas, pois vivemos várias histórias com pessoas distintas.
Hoje em dia tudo virou “carma”, seja bom ou ruim. No caso do ruim sentimos, por exemplo, aquela impressão do “meu santo não bate com o dele”, e enquanto não nos acertarmos com o outro podemos sim viver a mesma história com a mesma pessoa por várias existências físicas. (Pode ser então que eu tenha que suportar o mesmo marido ou mulher por várias outras vidas além dessa?)
Temos que ter em mente que não estamos aqui para suportarmos uns aos outros, e sim para aprendermos a amar. Enquanto estivermos suportando ficamos presos, quando aprendemos a amar, nos libertamos.
Com relação ao carma bom, é aquela sensação boa de reencontro, simpatia, alegria. O que faz com que queiramos nos relacionar com uns ao invés de outros. Sendo a história do espírito uma escrita constante, ela não cessa com as mudanças físicas, e sim retoma do ponto anterior, após uma pequena ou longa pausa.
Daí vem o especial, a saudade sem razão, as fortes emoções, etc. Pois quando as almas vibram na mesma sintonia elas se atraem e se reconhecem, independente dos corpos que habitam.
Autor desconhecido

“OS ESTIGMAS DE CRISTO EM CHICO XAVIER”

 - O momento em que Chico começou a apresentar as Chagas de Cristo
“Chico era extremamente reservado. Não falava de si, evitando qualquer situação que pudesse colocá-lo em destaque. Chico estava se locomovendo com maior dificuldade que nos demais dias. Os seus pés estavam muito inchados e não cabiam dentro dos sapatos.
Recebendo em nossa casa, eu e Márcia, a visita do casal amigo Lineu e Elenir Meirelles, de Niterói, comentamos com eles a nossa preocupação. No dia anterior, ambos haviam estado com Chico mais reservadamente e, então, nos relataram o que puderam constatar. Descalçando os sapatos, que estava utilizando como se fossem chinelos, e tirando as meias, o médium permitiu que Lineu e Elenir lhe testemunhassem o fenômeno dos estigmas nos pés: sobre o peito de cada um, uma chaga se havia aberto!
- Esses dias todos, - explicou-lhes Chico - eu tenho pensado muito em Jesus e, de tanto pensar nele, no episódio de seu sacrifício na cruz, essas duas feridas apareceram em meus pés... Peço a vocês não dizerem nada a ninguém. Poucos seriam capazes de entender. Eu não sou nada...
E desatou a chorar, enxugando as lágrimas que lhe escorriam do rosto com as golas do surrado paletó que vestia. Por seu imenso amor a Jesus, à semelhança de outro Francisco, o de Assis, Chico também fora estigmatizado! E apenas permitiu que pouquíssimos ficassem sabendo.
Temos conosco cópia de um depoimento escrito e assinado por Josyan Courté, datado de 9/8/2009, da cidade de Itatiba (SP). Pudemos testemunhar o carinho e o respeito com que Chico sempre o tratou.
"Na madrugada de uma terça-feira (...) dia 09/08/1966 - escreveu de próprio punho -, Francisco Cândido Xavier recebeu a transposição dos sinais dos espinhos da coroa do Cristo em sua própria cabeça. O fenômeno podemos nomear como incorporação de sinais e marcas do Cristo (estigmas).
(…) Quando nos aproximamos da casa do médium, já era manhã muito clara, radiante de sol. (…) Reparamos que o Chico usava um gorro na cabeça, muito justo, que cobria desde a testa até a nuca. Naquela manhã não sabíamos ainda o que ele pretendia ocultar. Os nossos irmãos de fé, João e Lázaro, eram dois velhinhos que habitavam humilde choupana e que dependiam dos donativos do Chico para sobreviver. Quem daria trabalho àqueles braços velhos e cansados? Foi para o ancião João que perguntei se ele sabia desde quando o Chico mantinha coberta a cabeça. Ele respondeu-nos no linguajar simples e sincero: 'Onte não tava, não...'
(…) Os estigmas surgiram pela primeira vez naquela data distante para desaparecer em seguida. Retornariam mais tarde, de forma definitiva, obrigando o médium a ocultá-los em sigilo absoluto. Muito mais tarde, décadas após, os sinais surgiriam também nos pés.”
Este depoimento foi publicado no livro “Chico Xavier: o brasileiro mais importante da história” de Josyan Courté (GEEM, abril de 2017). Josyan no cap. “Os livros astros” complementa “(…) Com Chico ocorreu que a coroa de espinhos lhe marcou a cabeça por inteiro. (…) Esse fenômeno [estigmatização], que tem implicações com a mediunidade de incorporação, obrigou-o a usar boinas, gorros e, depois, perucas. Chico procurou de todas as formas ocultar os sinais, somente observados na velhice, quando não mais podia locomover-se livremente, e foram enfim, observados pelas caridosas irmãs que banhavam o corpo do médium já muito debilitado pela idade avançada (…) Após a estigmatização, Chico passou a exsudar penetrante aroma de rosas até o fim de seus dias.”
Do livro “Chico Xavier, o médium do pés descalços” de Carlos Baccelli (Vinha de Luz Editora).
Depoimento de Adelino da Silveira relatando diálogo com Chico:
- Mandei chamar você aqui porque lhe quero mostrar uma coisa. Ontem à noite quando fui deitar-me, estava pensando muito no sofrimento de Jesus quando lhe fincaram os cravos nos pés (…) De madrugada, senti uma dor muito profunda nos pés (…) Quando amanheceu, olhei para os meus pés e levei um susto (…)
Quando lhe retirei os sapatos e as meias, quem levou um susto fui eu. Havia no dorso de cada pé uma mancha roxa, como se houvessem enfiado ali dois cravos ou pregos enormes. Então ele me disse:
- Olhe para as minhas mãos (…)
Havia em suas mãos as mesmas marcas dos pés, embora em tamanhos menores, sendo que as das palmas das mãos eram maiores que as do dorso. Entre a emoção e as lágrimas, daquela hora inesquecível, pude apenas dizer: Chico, você é o único espírito que conheço que tem as marcas do Cristo.”

No livro “Nas trilhas da Garça – Chico Xavier nas Minas Gerais”


terça-feira, 2 de maio de 2017

“O ATENTADO DE 11 DE SETEMBRO NA VISÃO ESPÍRITA”

Por Ricardo Di Bernarde

1ª Questão: O ato terrorista de 11 de setembro de 2001 abalou não somente os Estados Unidos, ele abalou o mundo de uma maneira geral. Nesse acontecimento a Espiritualidade já estava ciente do que estava por vir?
RDB-  A espiritualidade tem consciência do que está no coração e na mente dos encarnados. Acompanha minuciosamente, as tendências de todos nós. Nossos ódios, nossos amores, nossos planos. Percebe quais as atitudes que estamos arquitetando em nossos espíritos.
No entanto, os espíritos não interferem em nosso livre-arbítrio. No último momento, os terroristas poderiam mudar suas decisões, dependeria apenas deles.
2ª Questão: O fato citado pode ter sido amenizado pela espiritualidade?
RDB - Os fatos sempre são amenizados pela espiritualidade. Amenizados no sentido de que todos, inclusive os terroristas, tem seus protetores espirituais. É imprescindível, no entanto, que os assistidos abram sua mente e seu coração em sintonias energéticas capazes de assimilar as boas intuições.
3ª Questão: Por que os Espíritos não nos alertaram do evento de 11 de setembro? O mesmo para outros eventos do gênero- Eles podem ou devem interferir em nossos atos?
RDB- Se houvesse interferência total de espíritos, como de Jesus, Maria, ou mesmo de Deus, alterando o curso dos acontecimentos, não existiria estupros, ou crimes hediondos, pois Deus não permitiria. Não existe esta ação ou interferência direta. Há sol, mas quem se coloca à sombra não recebe o sol. Quem está mergulhando no lodo não percebe a luz do sol. É necessário colocar a cabeça para fora da lama para vê-lo. O sol existe e está disponível. A proteção espiritual também, desde que se sintonize com ela.
4ª Questão: Alguns dizem que este acontecimento, por mais abominável que seja, em longo prazo, vai trazer benefícios para a humanidade, pois fará com que o homem repense seu papel perante a vida, embora isto aconteça pelo caminho mais árduo. Existe, realmente, o “mal necessário”?
 RDB- “O mal é necessário que venha, mas ai daquele por intermédio do qual ele vem”. Palavras de um sábio. Mal necessário significa que: como estamos chafurdando no lodo a sujeira é inevitável, mas não deixa de se sujeira e... Continua valendo a orientação de banhar-se com nas águas do bom-senso. .
5ª Questão: Como são acolhidas essas pessoas que morreram de forma brutal? Há uma atenção especial da espiritualidade?
RDB- Sem dúvida. Situações excepcionais geram atendimentos excepcionais. Há multiplicação e deslocamentos das equipes de socorro no mundo espiritual.
6ª Questão: Sabemos que cada um tem suas “dívidas” e sabemos também que as provas e expiações são diferentes para cada um de nós. Mas, diz-se que essas pessoas que morreram no atentado teriam de certa forma, o mesmo nível evolutivo. Está correto?
RDB- Não. Apenas tinham determinados pontos em comum. Da mesma forma, as características e consequências do desencarne delas também são individualmente diferentes.
7ª Questão: Em quase todo acidente percebemos que a espiritualidade de certa forma “retira” algumas pessoas dessa situação de risco: uns desistem de viajar na última hora, temos pessoas que se atrasam, pneus furam... Por que isso ocorre?
RDB- Trata-se de pessoas que não tinham nenhuma sintonia com o evento. O automatismo da sintonia energética (Lei de Deus) as afasta.
8ª Questão: Há uma onda de ódio e sentimento de vingança no mundo devido a este atentado, como também a outros do mesmo padrão. Quais as consequências, para a humanidade, destas vibrações negativas?
RDB- Dependerá da evolução deste sentimento. Poderá se diluir, poderá se acentuar. Poderá se regionalizar ou se estender. Conforme a evolução  do mesmo poderão  haver  consequências correspondentes.
9ª Questão: Além do ódio, vemos também o medo de uma nova guerra ou de grandes catástrofes que toma conta do mundo inteiro. André Luiz em Nosso Lar relata uma situação semelhante quando da eclosão da Segunda Guerra Mundial. Como o medo pode   agravar este cenário?
RDB- Pode alimentar o inconsciente coletivo fornecendo energias ou fluidos para os obsessores.
10ª Questão: Para melhorar o nível das vibrações... Então... Por outro lado também há uma onda de solidariedade poucas vezes vista no globo, qual o efeito disto?
São energias positivas que os mentores utilizarão para minorar sofrimentos de outros.
11ª Questão: Há cenas chocantes de pessoas que, ao perceber uma morte iminente em uma tragédia, se suicidam. Como é considerado este suicídio pela espiritualidade?
RDB- É suicídio, embora com atenuantes. Cada caso tem uma repercussão específica. Depende do sentimento de cada um, depende do grau de informação e de muitos outros fatores. Não é possível colocar todos num mesmo grau de responsabilidade.
12ª Questão: Sabemos que o espírito sempre evolui e que não há atraso na evolução. Como encarar a atitude destes terroristas?
RDB- Sempre evolui “em termos”. Você não está melhor hoje, sexta-feira, pois seu humor pode estar pior que ontem, quinta-feira. Ontem, você fez caridade, auxiliou pessoas, trabalhou muito etc. Hoje, se você está irritado e foi deselegante com sua irmã, não atuou com caridade, etc. Isto é involução? Não! Não se pode medir a evolução por fragmentos de uma encarnação, mas no todo. Nos fragmentos de uma vida pode existir uma aparente involução. Deve-se observar em um contexto mais amplo.
13ª Questão: Como podemos contribuir para mudar a situação do planeta?
RDB- Amando, trabalhando, pensando na Paz. Sentindo a Paz.

Ricardo Di Bernardi é médico pediatra, homeopata, palestrante espírita internacional, autor de diversos livros.

“PODE SE EVOCAR O ESPÍRITO DE UM ANIMAL? ”

O LIVRO DOS MÉDIUNS, CAP. XXV, ITEM 283, PERG. 36
36. Podemos evocar o espírito de um animal?
R – Depois da morte do animal, o princípio inteligente que havia nele, fica em estado latente; este princípio é imediatamente utilizado por certos espíritos encarregados deste cuidado para animar de novo seres nos quais continua a obra de sua elaboração. Assim, no mundo dos Espíritos, não há espíritos de animais errantes, mas somente Espíritos humanos. Isto responde à sua pergunta.
36ª. Como é então que algumas pessoas, tendo evocado animais, obtiveram resposta?
R – Evoquem um rochedo e ele lhes responderá. Há sempre uma multidão de Espíritos prontos a tomar a palavra para tudo.
Observação de Kardec:
É por essa mesma razão que se evocarmos um mito ou um personagem alegórico ele responderá. Isso quer dizer que responderão por ele. O Espírito que se apresentar em seu lugar tomará o seu aspecto e as suas maneiras. Alguém teve um dia à ideia de evocar Tartufo e ele logo se manifestou. E ainda mais, falou de Orgon,de Elmira, de Damis e Valéria, dando suas notícias. Quanto a si mesmo, imitou Tartufo com tanta arte como se ele fosse um personagem real. Disse mais tarde ser um artista que havia desempenhado o papel. Os Espíritos levianos se aproveitam sempre da inexperiência dos interrogantes, mas evitam manifestar-se aos que sabem que podem descobrir as suas imposturas e não dariam crédito às suas estórias. É o mesmo que acontece entre os homens.
       Um senhor tinha em seu jardim um ninho de pintassilgos, pelos quais se interessava muito. Certo dia o ninho desapareceu. Seguro de que ninguém de sua casa cometera o delito, e sendo médium, teve a ideia de evocar a mãe dos passarinhos. Ela se comunicou e lhe disse em excelente francês: “Não acuses a ninguém e tranquiliza-te quanto à sorte dos meus filhinhos. Foi o gato que saltou e derrubou o ninho. Poderás encontrá-lo sob a relva, juntamente com os filhotes que não foram comidos”. Indo verificar, encontrou tudo certo. Devemos concluir que foi a ave quem respondeu? Claro que não, mas simplesmente que um Espírito conhecia a história. Isso mostra quanto devemos desconfiar das aparências: evoca um rochedo e ele te responderá. (Ver o capítulo sobre Mediunidade nos animais, nº 234).   
Como é possível observar, a resposta do Espírito é muito clara e afirmativa quando diz não haver espíritos de animais na erraticidade. Isso realmente muda tudo. Lemos em muitos livros espíritas, mesmo de autores consagrados, sobre a existência de animais na espiritualidade. André Luiz já publicou em suas obras sobre a presença de animais nas colônias espirituais, como pássaros, peixes, cães e outros animais…
Não quero dizer com isso que André Luiz e mesmo Chico Xavier estão errados, mas a intenção deste estudo é compreender como devemos interpretar essa lição.
Afirmo, porém, que no momento fico com Kardec, até que alguém consiga trazer uma informação que confirme, por A mais B, baseado somente nas obras de Allan Kardec e ninguém mais, que existem animais na espiritualidade; uma informação que seja tão clara quanto essa que o espírito trouxe à Kardec sobre a não existência desses seres na erraticidade.
Para complementar a informação, vamos recorrer ao Livro dos Espíritos, nas questões de n° “597 a 600:”.
OS ANIMAIS E O HOMEM:
597. Pois se os animais têm uma inteligência que lhes dá certa liberdade de ação, há neles um princípio independente da matéria?
R – Sim, e que sobrevive ao corpo.
Aqui, como é claro notar, o espírito afirma a Kardec que o Espírito do Animal sobrevive ao corpo. Prosseguindo:
597ª. Esse princípio é uma alma semelhante ao homem?
R – É também uma alma, se o quiserdes; isto depende do sentido que se toma essa palavra (ver em o Livro dos Espíritos – Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita – Alma, Princípio Vital e Fluido Vital); mas é inferior à do homem. Há, entre a alma dos homens e dos animais, tanta distância, quanto entre a alma dos homens e Deus.
598. A alma dos animais conserva após a morte, sua individualidade e a consciência de si mesma?
R – Sua individualidade, sim, mas não a consciência de si mesma. A vida inteligente permanece em estado latente.
Novamente vemos que os Espíritos afirmam que a vida inteligente do animal, após a morte, fica em estado latente. É o que vimos acima, na afirmação de O Livro dos Médiuns: Depois da morte do animal, o princípio inteligente que havia nele, fica em estado latente. Ora, se o estado de vida é latente, não há atividade; se não há atividade, não há espíritos errantes de animais perambulando no mundo espiritual.
599. A alma dos Animais pode escolher a espécie em que prefira encarnar?
R – Não; ela não tem o livre-arbítrio.
600. A alma do animal, sobrevivendo ao corpo, fica num estado errante, como a do homem, após a morte?
R – Fica numa espécie de erraticidade, pois não esta unida a um corpo, mas não é um espírito errante. O espírito errante é um ser que pensa e age por sua livre vontade; o dos animais não tem a mesma faculdade. É a consciência de si mesmo que constitui o atributo principal do espírito. O Espírito do animal é classificado, após a morte, pelos espíritos incumbidos disso, e utilizado quase imediatamente: não dispõe de tempo para se pôr em relação com outras criaturas.
Na resposta acima, as coisas ficam ainda mais claras. Inicialmente, o espírito diz a Kardec que o animal fica numa espécie de erraticidade. Eu compreendo com isso que eles naturalmente vão para algum lugar, e esse lugar seria essa espécie de erraticidade. Mas, seja onde for que fiquem eles não estão em ação, ou seja, não se movimentam, não se relacionam, pois como já vimos acima, o princípio inteligente que havia nele, fica em estado latente. E na conclusão da resposta, afirma mais uma vez com a veemência de sempre que não dispõe de tempo para se pôr em relação com outras criaturas. Como podemos notar, Allan Kardec obtém sempre a mesma informação dos espíritos, afirmando não existir espíritos errantes de animais. Eles, ao morrer, mantém a vida, como tudo na natureza, mas essa vida, esse princípio inteligente ou não, dependendo da espécie, fica em estado latente, e é utilizado imediatamente ou quase imediatamente pelos espíritos incumbidos disso, para dar prosseguimento em seu progresso. Não dispõe de tempo para se por em relação com outras criaturas!
Mais uma vez, meus amigos, novas e claras afirmações de que não há espíritos de animais na erraticidade. De que esses seres, esses irmãos menores do desenvolvimento, não se relacionam após sua morte do corpo físico, por entrarem em estado latente.
Notem algumas afirmações de Kardec, neste trecho na Revista Espírita:
“Se as coisas se passassem como dizeis, resultaria que no mundo espiritual haveria espíritos de animais” O termo “se as coisas se passassem”, prova uma afirmação contrária, ou seja, afirma que não se passa dessa forma, mas se outra.
“Assim, não haveria razão para que não existirem o das ostras”.
Notem a intensidade dessa frase! Ela nos faz pensar da seguinte forma: Se existisse animais como cães, gatos, cavalos etc. no mundo espiritual, também deveria haver pernilongos, ostras, mariscos, moscas, pois todos são formas de vida do reino animal que mantém seu principio após a morte.
E também a afirmação do espírito, ao dizer:“A alma dos animais – tendes perfeitamente razão – não se reconhece após a morte do corpo”
Todos esses tópicos são extraídos das obras de Allan Kardec, e como já disse acima, no momento fico exclusivamente com Kardec, a respeito desse estudo e admito a tese da não existência de animais no mundo espiritual.
Porém, sobre as obras que dizem haver espíritos de animais, eu darei a minha opinião, que foi a melhor conclusão a que cheguei a esse respeito até o momento: essas formas de animais que são relatados nos livros, seriam na verdade uma projeção feita pelos espíritos incumbidos pela beleza do ambiente espiritual. Assim, plasmariam animais para enriquecer a natureza ao redor, assim como plasmam as flores e árvores (Pois que também não existem almas das árvores e flores na espiritualidade).
Seriam projeções com todos os detalhes da realidade.
Caso alguém encontre, em Allan Kardec – não aceito nenhuma outra obra – algum ponto que seja tão claro e afirmativo, provando por A mais B que existem animais no mundo espiritual, solicito a gentileza de me enviar, para que possamos dar continuidade nesse estudo tão interessante.
Afirmo que não estou fechado a afirmações ou negações. Meu interesse único é aprender. E com esse estudo, creio que podemos aprender juntos.

André Ariovaldo-Espírito Verdade

"COMO FOI O RESGATE DE ANDRÉ LUIS NO UMBRAL!"


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...