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sábado, 20 de maio de 2017

INFLUÊNCIA ESPIRITUAL QUE SOFREMOS!

A afinidade consiste na semelhança, identidade ou conformidade de gostos, interesses, sentimentos, propósitos, pontos de vista. Por sua vez, a sintonia se estabelece em virtude da atração e da simpatia que passa a vigorar entre as partes que mantêm afinidade. E pelos mecanismos da lei de afinidade, a sintonia constitui lei inderrogável. Quais as implicações, as consequências disso?
Afinidade é “uma faixa de união” em que nos integramos uns com os outros. Em tudo, vemos integração, afinidade, sintonia... E de uma coisa não tenhamos dúvida: através do pensamento, comungamos uns com os outros, em plena vida universal.
Todas as coisas que existem no Universo vivem em regime de afinidade. Desde o átomo até os arcanjos tudo é atração e sintonia. Nada que te alcança a existência é ocasional ou fruto de uma reação sem nexo.
Teu livre-arbítrio indica com precisão a posição de ocupas no Cosmo, uma vez que cada indivíduo deve a si mesmo a conjuntura favorável ou adversa em que se situa no momento atual.
Vieste da inconsciência – simples e ignorante – e, pela lei da evolução, caminhas para a consciência escolhendo a estrada a ser percorrida.
Encontrarás o que busca. Tens a posse daquilo que deste.
Convives com quem sintonizas. Conhecerás o que aprendeste, mas somente incorporarás na memória o que vivenciaste.
Avanças ou retrocedes de acordo com a tua casa mental.
Felicidade ou infelicidade são subprodutos de teu estado íntimo.
Amigos são escolhas de longo tempo. Teu círculo doméstico é a materialização de teus anseios e de tuas necessidades de aprendizagem.
Pelo teu jeito de ser, conquistarás admiração ou desconsideração.
O que fizeres contigo hoje refletirá no teu amanhã, visto que o teu ontem decidiu o teu hoje.
Com teus pensamentos, atrais, absorves, impulsionas ou rechaças. Com tua vontade, conferes orientação e rumo, apontando para as mais variadas direções. Disse Jesus: “Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto”.
Sintonia é a base da existência de toda alma imortal. Seja na vida física seja na vida astral, a lei de afinidade é princípio divino regendo a ti, a todos os outros e a tudo.
Observa: viver no drama ou na realidade, na aflição ou na serenidade, na sombra ou na luz, é postura que está estritamente relacionada com teu modo de sentir, pensar e agir.
A afinidade consiste na semelhança, identidade ou conformidade de gostos, interesses, sentimentos, propósitos, pontos de vista.
Por sua vez, a sintonia se estabelece em virtude da atração e da simpatia que passa a vigorar entre as partes que mantêm afinidade.
Podemos aprender, com os postulados da Doutrina Espírita e sua literatura, que, pelos dispositivos da lei de afinidade, a sintonia constitui lei inderrogável, ou seja, que não pode ser abolida, anulada, eliminada, extinta. E qual a implicação, a consequência disso? Onde colocarmos os pensamentos e os sentimentos, aí se nos desenvolverá a própria vida, porque vivemos sob a influência das crenças e valores que alimentamos, das emoções que cultivamos, das aspirações e dos propósitos que guiam nosso cotidiano.
Sejamos ou não conscientes dessa responsabilidade, cada um de nós encontra-se, constantemente, atraindo as circunstâncias e as pessoas que, de uma forma ou de outra, entram em consonância com o nosso mundo interior. Assim, cada um de nós conviverá sempre e em toda parte e a todo momento com aqueles com os quais se afina, efetuando inevitáveis trocas energéticas.
E qualquer alteração nesse compartilhar dependerá, necessariamente, da transformação de nossa condição íntima, porque as forças que nos unem uns aos outros são as que, em primeiro lugar, emitimos de nós. Em essência, somos o que pensamos e sentimos – e, por conseguinte, o que fazemos –, conectando, de modo automático, nosso mundo interno ao universo externo, pois estamos com todos e no todo e tudo está em nós.
Parafraseando o “dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és”, concluiremos que, basta conhecermos nossas reais motivações e a índole de nossos amigos, para atestarmos com quem desejamos nos assemelhar. Nesse sentido, o espírito Emmanuel advoga que, se sintonia é acordo mútuo, “todo aquele coração que palpita e trabalha no campo dos ensinamentos de Jesus, a Jesus se assemelhará.”
Mentes comungam com mentes que se lhes assemelham.
Espíritos sintonizam com espíritos que lhes são afins.
Pessoas sincronizam com pessoas em quem se comprazem.
E, na grande romagem, todos somos instrumentos das forças com as quais estamos em sintonia.
Todos somos médiuns, dentro do campo mental que nos é próprio, associando-nos às energias edificantes, se o nosso pensamento flui na direção da vida superior, ou às forças perturbadoras e deprimentes, se ainda nos escravizamos às sombras da vida primitivista ou torturada.
Cada criatura, com os sentimentos que lhe caracterizam a vida íntima, emite raios específicos e vive na onda espiritual com que se identifica.
Na sua carta aos hebreus (12:1), o Apóstolo Paulo comenta sobre uma “nuvem de testemunhas” a nos rodear, advertindo-nos quanto à condição moral dos indivíduos que temos por companheiros. Todavia, serão eles apenas os que se encontram, materialmente, participando de nossa rotina familiar, profissional e social?
Segundo os ensinamentos trazidos por Allan Kardec, organizador e codificador da Doutrina Espírita, a realidade é muito mais ampla.
Pelo nosso modo de ser e de agir, não somente escolhemos os amigos e os ambientes de nossa preferência, como também atraímos os indivíduos que vivem no mundo espiritual – os espíritos –, tanto quanto somos por eles atraídos, mesmo que não acreditemos ou sejamos conscientes dessa presença.
Na questão 484, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, temos: “Os Espíritos se afeiçoam de preferência por certas pessoas?”
Resposta: Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem, ou suscetíveis de se melhorarem; os Espíritos inferiores com os homens viciosos ou que possam vir a sê-los. Daí sua afeição, por causa da semelhança das sensações.
Em outra oportunidade, Kardec também comentou: “Todas as imperfeições morais são outro tanto de portas abertas que dão acesso aos maus Espíritos.”
Cada um de nós constrói, de uma maneira muito particular, sua própria atmosfera moral. As desarmonias e transtornos existenciais são decorrentes das imperfeições morais, e que, pelos processos naturais da afinidade e da sintonia, atraem espíritos igualmente imperfeitos e desequilibrados. E, estes, ao envolverem com seus pensamentos perturbadores e doentios o indivíduo que se permite sofrer-lhes o assédio, influenciam negativamente o campo da vontade e do discernimento do encarnado, podendo empurrá-lo para situações difíceis, complicadoras ou calamitosas.
No entanto, o Espírito Joanna de Ângelis explica o ‘reverso da medalha’:
Como não existem violências contra as Leis universais, nem privilégios para uns indivíduos em detrimento de outros, quem ora e procura situar-se em equilíbrio direciona ondas mentais que alcançam as Regiões felizes da Espiritualidade, despertando amor e interesse dos Guias espirituais, que acorrem pressurosos para auxiliá-lo. Assim, promovem encontros inesperados, inspirando um e outro a tomarem o mesmo caminho, de forma que se defrontarão em determinado lugar, casualmente, embora hajam sido telementalizados na escolha do roteiro.
Noutras vezes, determinada aspiração ou necessidade que se apresente improvável, porque a mente se encontra em sintonia com o mundo transcendente, é inspirado a tomar tal ou qual decisão que terminará por solucionar o desejo.
Repetidamente, pequenas ocorrências dão-se com naturalidade, propiciando encantamento e ventura, que enriquecem de esperança e de gratidão aquele que é eleito.
Sintonizar é estar na mesma frequência mental-emocional de outrem, podendo captar e emitir pensamentos simultaneamente.
Dessa forma, sintonizar com os espíritos é colocar-se predisponente ao contato psíquico com eles de forma consciente ou inconsciente.
Cada indivíduo assimila as forças superiores ou inferiores com as quais se identifica. Por isso mesmo, Jesus recomendou a vigilância e a oração como antídotos contra as sugestões desequilibrantes, oriundas tantos dos encarnados como dos desencarnados.
Para a sintonia com os espíritos superiores, devemos desfocar o pensamento e o sentimento daquilo que esteja nos incomodando ou deixando-nos desassossegados, de modo a captar outras ideias disponíveis à nossa consciência. Daí a importância de aprendermos a disciplinar os pensamentos, exercitando a higiene mental através de reflexões superiores e da oração, pois são estas que nos permitem a mudança/elevação de nosso estado íntimo.
Todavia, cultivar bons pensamentos e sentimentos durante a oração não é simplesmente construir boas idéias no momento em que se queira conectar com os espíritos desencarnados voltados ao bem, mas, também estabelecer um estilo de vida pessoal que favoreça naturalmente o surgimento de ambos. Assim, aquele que é ético e trabalha-se continuamente no exercício de sua amorosidade, obviamente que tem por testemunha os espíritos do amor e da paz, e que o auxiliam em sua trajetória evolutiva, pois, se é verdade que cada um somente pode dar conforme o que tem, torna-se obvio que cada um recebe de acordo com aquilo que dá.
Bons pensamentos contribuem para a sintonia com Bons Espíritos. Bons sentimentos fortalecem a ligação do indivíduo com aqueles espíritos, na medida em que foram construídos com base na bondade e no amor. A amorosidade da pessoa é uma das formas mais seguras de construir sentimentos superiores.
Na faixa mental em que você atua, é natural que receba as mensagens com o mesmo teor vibratório como as envia.
Quem aspira à elevação moral e espiritual, sintoniza com vibrações superiores, que se fazem estímulos vigorosos, produzindo harmonia interior e renovação.
(...) Quem se demora no pessimismo, acalentando insucessos, assimila ondas inferiores, que carreiam miasmas pestilenciais, fixando-os nos paineis da emoção, que geram desequilíbrios e enfermidades.
(...) A felicidade começa no ato de desejá-la.
A desdita se inicia no instante em que você lhe dá guarida.
Utilize bem o tempo, tudo fazendo para que o seu momento seguinte seja-lhe sempre mais promissor e agradável.
O que não alcance agora, insistindo, conseguirá depois.
Eleja, portanto, os ideais de engrandecimento humano e não se detenha nunca.
Urge conscientizarmo-nos de nossa condição de espíritos imortais, e que, como tal, devem realizar-se através da incorporação dos mais elevados princípios e valores da moralidade e da amorosidade.
Quando Allan Kardec, em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, por orientação dos Espíritos Superiores, ressaltou a importância do estudo, não o fez com a propósito de que nos intelectualizássemos em excesso, sobretudo para demonstrar aos demais a superioridade de nossa capacidade e inteligência, mas para que, por meio dos conhecimentos adquiridos, aprendêssemos a selecionar o que verdadeiramente contribuísse para com o nosso enriquecimento íntimo. A reeducação íntima nos tira da ociosidade, traz luz ao espírito, harmoniza a mente, bem como possibilita a aproximação dos espíritos interessados em nossa ventura.
De acordo com o Espírito André Luiz, nossa alma pode ser comparada a espelho vivo com qualidades de absorção e exteriorização. Recolhemos a força da vida em ondas de pensamento e as expressamos através das palavras, dos exemplos, das atitudes.
Procederam acertadamente aqueles que compararam nosso mundo mental a um espelho.
Refletimos as imagens que nos cercam e arremessamos na direção dos outros as imagens que criamos.
E, como não podemos fugir ao imperativo da atração, somente retrataremos a claridade e a beleza, se instalarmos a beleza e a claridade no espelho de nossa vida íntima.
Os reflexos mentais, segundo a sua natureza, favorecem-nos a estagnação ou nos impulsionam a jornada para a frente, porque cada criatura humana vive no céu ou no inferno que edificou para si mesma, nas reentrâncias do coração e da consciência, independentemente do corpo físico, porque, observando a vida em sua essência de eternidade gloriosa, a morte vale apenas como transição entre dois tipos da mesma experiência, no “hoje imperecível”.
- 278. Os Espíritos das diferentes ordens estão misturados? Sim e não; quer dizer, eles se vêem, mas se distinguem uns dos outros. Eles se evitam ou se aproximam segundo a analogia ou a simpatia de seus sentimentos como acontece entre vós. É todo um mundo do qual o vosso é o reflexo obscuro. Os Espíritos da mesma categoria reúnem-se por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias de Espíritos unidos pela simpatia e pelo objetivo a que se propuseram: os bons pelo desejo de fazer o bem, os maus pelo de fazer o mal, pela vergonha de suas faltas e pela necessidade de se encontrarem entre os que se lhes assemelham.
Tal uma grande cidade onde os homens de todas as categorias e de todas as condições se vêem e encontram sem se confundirem; onde as sociedades se formam pela analogia dos gostos; onde o vício e a virtude convivem sem se falarem.
Conforme as informações compiladas por Allan Kardec, no mundo espiritual, os espíritos se organizam de acordo com seus níveis evolutivos e por semelhança de propósitos e interesses. À medida que evoluem e mudam de situação, ainda assim, se agrupam com aqueles que se encontram na mesma faixa de evolução. Na vida material, também os encarnados se buscam pelas afinidades e, em geral, realizam suas tarefas de acordo com suas motivações.
Todos temos um círculo de amizade preferido. São as afinidades resultantes de experiências vividas em comum: atos de amor compartilhados; feridas abertas por alguns, mas cicatrizadas pela amizade e pelo cuidado de outros; problemas em comum e que exigem a união de esforços para serem resolvidos; compromissos de auxílio recíproco... Para uma existência agradável, é fundamental a convivência com pessoas que entendam a vida de forma parecida à nossa, que busquem os mesmos objetivos que os nossos, que professem a mesma religiosidade... Tudo isso é bastante natural e deve ser cultivado.
No entanto, nada disso nos impede de estabelecer uma boa relação com os demais, participando de fatos e ações ao lado deles. Afinal, conviver com as diferenças nos ajuda a crescer, a desenvolver nossas potencialidades de compreensão e de aceitação para com aqueles que não cultivam os mesmos gostos, interesses, sentimentos, propósitos e pontos de vista. Quanta tranquilidade poderíamos usufruir se apenas aprendêssemos a nos livrar da visão de acharmo-nos o melhor, o sempre correto, de ser senão o dono da verdade, ao menos o seu melhor intérprete. Ficaria mais fácil aceitar a nós mesmos e ao outro.
É no lar que os espíritos renascem juntos por afinidades e, sobretudo, por contingências expiatórias, em virtude de a família ser o principal organismo depurador de conflitos do passado. É nela que se reúnem antigos amores e velhos desafetos, ambiente no qual os espíritos têm a oportunidade de exercitar o perdão e o amor sob os mais diversos aspectos.
Segundo os postulados espíritas, pelo fato de os laços de sangue nem sempre reunirem as almas essencialmente afins, o componente da família que conosco se relaciona e com o qual não temos afinidade ou mesmo sentimos certa aversão, é sempre alguém a quem temos de aprender a compreender e aceitar em nosso próprio benefício. E a aceitação não consiste na concordância com suas inadequadas atitudes, mas na disposição de ajudá-lo na superação de suas dificuldades, notadamente, as íntimas.
Na questão 204, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Allan Kardec questiona a Espiritualidade Maior: “Uma vez que temos tido várias existências, a parentela remonta além da nossa existência atual?”
Resposta: Não pode ser de outra forma. A sucessão das existências corporais estabelece entre os Espíritos laços que remontam às existências anteriores. Daí, muitas vezes, decorre as causas da simpatia entre vós e certos Espíritos que vos parecem estranhos.
E, em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, o codificador anota:
Os Espíritos formam, no espaço, grupos ou famílias unidos pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações; esses Espíritos, felizes por estarem juntos, se procuram; a encarnação não os separa senão momentaneamente, porque, depois da sua reentrada na erraticidade, se reencontram, como amigos ao retorno de uma viagem. Frequentemente mesmo, eles se seguem na encarnação, onde se reúnem numa mesma família, ou num mesmo círculo, trabalhando em conjunto para seu mútuo adiantamento. Se uns estão encarnados e outros não o estejam, nem por isso não estão menos unidos pelo pensamento; os que estão livres velam sobre os que estão cativos; os mais avançados procuram fazer progredir os retardatários. Depois de cada existência, deram um passo no caminho da perfeição; cada vez menos ligados à matéria, sua afeição é mais viva, pelo fato mesmo de ser mais depurada, não perturbada mais pelo egoísmo, nem pelas nuvens das paixões. Eles podem, pois, percorrer um número ilimitado de existências corporais, sem que nenhum prejuízo afete sua mútua afeição.
Entenda-se que se trata aqui da afeição real de alma a alma, a única que sobrevive à destruição do corpo, porque os seres que não se unem neste mundo senão pelos sentidos, não têm nenhum motivo para se procurarem no mundo dos Espíritos. Não há de duráveis senão as afeições espirituais; as afeições carnais se extinguem com a causa que as fez nascer; ora, essa causa não existe mais no mundo dos Espíritos, enquanto que a alma existe sempre. Quanto às pessoas unidas pelo único móvel do interesse, elas não estão realmente em nada unidas uma à outra: a morte as separa sobre a Terra e no céu.
A união e a afeição que existem entre os parentes são indício de simpatia anterior que os aproximou; também diz-se, falando de uma pessoa cujo caráter, gostos e inclinações não têm nenhuma semelhança com os de seus parentes, que ela não é da família.
Dizendo isso, se enuncia maior verdade do que se crê. Deus permite, nas famílias, essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos, com o duplo objetivo de servir de prova para alguns e de meio de adiantamento para outros. Os maus se melhoram pouco a pouco ao contato dos bons e pelos cuidados que dele recebem; seu caráter se abranda, seus costumes se depuram e suas antipatias se apagam; é assim que se estabelece a fusão entre as diferentes categorias de Espíritos, como ocorre na Terra, entre as raças e os povos.
Fazendo um balanço, através de reflexões, és impelido a renovar conceitos, face à necessidade de colocar o Senhor em muitas das posições que Lhe competem e que Lhe tens negado.
Não poucas vezes, receoso e desiludido, interrogas, concluindo falsamente, qual registrando resposta infeliz, decorrente da íntima secura que padeces.
Se ainda não te convenceste da necessidade de sintonizar com Ele, completa os raciocínios, pondo-O presente e notarás diferenças.
Mencionas cansaço e desequilíbrio como carga que se sobrepõe, esmagadora, quase te conduzindo ao fracasso. Todavia: "O fardo é leve!"
Referes que a amizade de amigos transitou da tua para províncias estranhas. Em decorrência sofres o vazio que ficou na alma, graças à deserção deles. No entanto: "Aquele que não tomar a sua cruz e seguir-me, não é digno de mim."
Esclareces que a monotonia das atividades a pouco e pouco mata o ardor do ideal que antes te abrasava. Tens a sensação de que já não é a mesma a chama da fé, que ardia em ti. Apesar disso: "O trabalhador da undécima hora faz jus ao salário daquele da hora primeira."
Informas que desejarias novos sinais dos Céus, a fim de que se robustecessem as convicções que parecem esvaziadas de conteúdo, na torpe sociedade de consumo.
Sem embargo, a lição é simples: "os que não viram e creram."
Minado por enfermidades insistentes que te roubam a vitalidade, inquires: "Onde o auxílio divino, na direção das minhas necessidades?" Não obstante, a resposta está enunciada há quase dois mil anos: "Nem todos foram curados."
A ronda da fome aumenta cada vez mais, ampliando as dimensões dos seus domínios, e a miséria, soberana, governa milhões de destinos. Marejam-se os teus olhos, em justa compunção. No íntimo, indagas: "Por que o Senhor não solve a dificuldade?"
Entrementes, a elucidação já foi dada: "Nem só de pão vive o homem..."
Sim, são horas de balanço interior, momento de colher o resultado da semeadura.
Cada um respira emocionalmente o clima da província psíquica em que situa as aspirações.
O homem alcança o destino que lhe compraz, e o ideal, nele, tem a vitalidade que o suprimento de sacrifício lhe dá, através de quem o sustenta.
És parte da família que constitui o rebanho do Cristo. O Senhor prossegue o mesmo. Faze um exame racional e honesto, a fim de verificares se a mudança, por acaso, não terá sido de tua parte.
O rumo que Ele nos aponta continua indicando liberdade. As amarras foram construídas por cada qual, para a própria escravidão espiritual.
Diante de tais considerações, no báratro dos tormentosos dias, convém consultar Jesus, sem cessar, e, se tiveres ouvidos capazes de escutar-lhe, discernindo, percebê-lo-ás a repetir: "Eu sou o Caminho: Vinde a mim!"
O Espírito consciente, no entanto, embora submetido às leis que lhe presidem o destino, tem consigo a luz da razão que lhe faculta a escolha.
A inteligência humana, encarnada ou desencarnada, pode contribuir, pelo poder da vontade, na educação ou na reeducação de si própria, selecionando os recursos capazes de lhe favorecerem o aperfeiçoamento.
A reflexão mental no homem pode, assim, crescer em amplitude e sublimar-se em beleza para absorver em si a projeção do Pensamento Superior.
Tudo dependerá de nosso propósito e decisão. Enquanto nos comprazemos com a ignorância ou com a indiferença para com os princípios que nos governam, somos cercados sem defensiva por pensamentos de todos os tipos, muitas vezes na forma de monstruosidades e crimes, em quadros vivos que nos assaltam a imaginação ou em vozes inarticuladas que nos assomam à acústica do espírito, conduzindo-nos aos mais escuros ângulos da sugestão.
É por isso que notamos tanta gente ao sabor das circunstâncias, aceitando simultaneamente o bem e o mal, a verdade e a mentira, a esperança e a dúvida, a certeza e a negação, à maneira de folha volante na ventania.
Eduquemo-nos, estudando e meditando, para refletir a Divina Inspiração.
Lembremo-nos de que o impulso automático do braço que levanta a lâmina homicida pode ser perfeitamente igual, em movimento, ao daquele que ergue um livro enobrecedor.
A atitude mental é que faz a diferença. Nosso pensamento tem sede de elevação, a fim de que a nossa existência se eleve.
Construamos em nós o equilíbrio e o discernimento.
Rendamos culto incessante à bondade e à compreensão.
Habitualmente contemplamos no espelho da alma alheia a nossa própria imagem, e, por esse motivo, recolhemos dos outros o reflexo de nós mesmos ou então aquela parte dos outros que se harmoniza com o nosso modo de ser.
Não bastam à nossa felicidade aquisições unilaterais de virtude ou valores incompletos.
Todos temos fome de plenitude. O desejo é o imã da vida.
Desejando, sentimos, e, pelo sentimento, nossa alma assimila o que procura e transmite o que recebe. Aprendamos, pois, a querer o melhor, para refletir o melhor em nossa ascensão para Deus.

Fonte: Espirit book

“MISTÉRIOS DA VIDA APÓS A MORTE”

Há algumas falsas concepções que convêm abordar desde já, para as destruir quanto antes. Uma delas, refere-se à suposição de que no momento da morte a separação do homem do seu corpo físico possa causar sofrimento. O testemunho das pessoas que assistem ao passamento, principalmente médicos e enfermeiros, é unânime em afirmar que quase todos os moribundos expiram placidamente, mesmo os acometidos de doenças longas e dolorosas, o que não é contradito pelo chamado “estertor mortal” ou “cirro da morte”, mais ou menos agitado, que sucede segundos antes, pois que se trata do corpo a deixar de respirar (ou seja, o escoar definitivo de PRANA para acontecer de imediato a ação mortal, ceifadora de APANA), apagando-se a vida do corpo que termina o ciclo de animação. De facto, se a morte é fruto da imprestabilidade ou desgaste definitivo do corpo físico aos demais veículos ou princípios, o ser, cujas sensações se expressam pelo seu corpo emocional, só pode sentir-se aliviado ao deixar o corpo tornado inútil.
Esse alívio extraordinário acompanhado de uma sensação indescritível de leveza, todos o sentem, tal como todos, uns mais e outros menos, é bem verdade, já têm desde dias antes da desencarnação uma visão nítida do mundo espiritual e dos seus habitantes, principalmente daqueles mais chegados (por antigos laços de parentesco, por exemplo) ao ente prestes a partir, como eles também já partiram. Com esses, apresentam-se igualmente os Auxiliares Espirituais que irão ajudar no processo da desencarnação. Tais Auxiliares serão de escala evolutiva imediatamente superior à do agonizante, e se este tiver sido pessoa de parca evolução, consequentemente, os seus Assistentes espirituais igualmente não serão de grande evolução, mesmo que superior à sua. Pelo contrário, o estudante de Sabedoria Divina, o Iniciado que desencarna tem sempre a apoiá-lo Seres de tal excelsitude que não raros clarividentes os confundem com o próprio Cristo, se for no Ocidente, ou então com o Buda ou com Krishna, se for no Oriente, tal a sua beleza e glória espiritual.
Outro conceito falso diz respeito à crença de que a morte é a grande igualadora universal. Esta crença fere substancialmente a Lei do Karma ou da “Causa e Efeito”, que é uma Lei Universal, válida não- somente para os indivíduos encarnados mas também para todos os seres e coisas manifestados. A desigualdade aparente no Mundo Físico, como todos a vemos, persiste no Mundo Astral e mesmo no Mental Concreto, principalmente naquele após a morte, e engana-se gravemente quem pensa que em se tirando a vida física dirimem-se os seus sofrimentos; quanto muito, consegue-se modificar a natureza deles.
Outra ideia falsa é pensar que a morte conduz indistintamente a consciência de todos a uma espécie de permanente sono calmo e sem sonhos ou com sonhos agradáveis. Não, o que se semeou em vida física e ficou impresso na memória mental que sobrevive à morte cerebral, é que irá determinar a sua vida extrafísica como um paraíso ou um inferno, rodeado por todas as imagens e pensamentos que criou, atraindo assim a beleza ou a fealdade de consciências afins. Já o disse no passado: “Faz de tua vida um céu para não vires a sofrer na morte as penas do teu inferno”…
A aparência do homem em seu corpo astral, que é o veículo bioplástico das imagens e o mais imediato, logo, o que mais impressiona ou imprime a forma a que se acostumara por ser a que tivera na vida orgânica, quase nada difere do que aparentava o seu corpo físico. A maior diferença, inculcada pela sensação de leveza e liberdade post-mortem, faz-se sentir no aspecto da idade, pois por norma – exceptuando aqueles ferreamente agarrados à vida que findou, ficando assim enfeiados e envelhecidos, quando não mantendo a aparência dos seus últimos dias terrenos – a aparência que toma o corpo astral é a de ser um tanto mais jovem, a qual vai tomando o seu corpo fluídico à medida que se desprende do envoltório carnal.
O momento da morte, por mais rápido que ela ocorra, não é instantâneo, pois que há sempre um estado intermediário entre a vida e a morte, à semelhança daqueles breves instantes em que se passa do estado de vigília ao de sono; é como o apagar de um bico de gás em que, antes da completa extinção, a chama vai decrescendo…
Esse momento de transição mais que importante é crucial para o futuro espiritual do ser em trânsito. Nesses breves instantes, mesmo que a morte seja rápida, o homem vê passar diante da sua consciência, com muitíssima maior nitidez que um filme de cinema, o panorama total da sua vida recém-concluída, até aos mínimos detalhes. Os acontecimentos apresentam-se em ordem inversa, recuando desde esse momento derradeiro até à infância, assistindo ele a esse desenrolar dos factos como um observador imparcial e, nessa contemplação, analisa a série infinita de causas que o fizeram agir, sentir e pensar, desde o nascimento até à morte, e dessa retrospecção deduz a natureza da vida que terá na futura encarnação. Tudo isso se passa nos breves instantes em que a chama da vida física vai se apagando… Tenha-se em mente que o factor Tempo como o conhecemos no Plano em que vivemos, não é idêntico ao dos demais Planos da Natureza: um segundo no Mundo Físico equivale a um minuto ou a uma hora no Astral, tal como um minuto ou uma hora parecem um ano ou um século no Mental. Nisto, quem não terá, em poucos segundos de sono, sonhado o desenrolar de acontecimentos que, nesse estado, lhe pareceram durar várias horas ou muito mais?
As conclusões que o homem tira de tudo o que acabou de ver nesses derradeiros instantes é como se fosse uma visão do seu futuro, porque ela é verdadeiramente imparcial. Nesse estado, o ser penetra no domínio completo das causas que gerou durante a vida: é o mundo dos mortos, o reino de YAMA, o mundo dos efeitos. Antes que se corte definitivamente o laço ou elo vital (o chamado “cordão prateado” ou o que liga os corpos mental e astral ao físico por intermédio do etérico, sendo que o “cordão d´ouro” ou Sutratmã é o que une os três aspectos da Mónada Imortal ou o Homem Verdadeiro) que o liga ao Mundo Físico, pode, por um supremo esforço de vontade, imprimir ao seu pensamento uma energia suficiente para determinar, desde esse momento, as condições em que virá a reencarnar. Eis a importância crucial do último pensamento do moribundo, pois nele reside o seu bom ou mau futuro espiritual. Sempre aconselhei ao ente prestes a entrar em trânsito a visualizar aquilo tenha como sendo o mais belo e grandioso na sua concepção pessoal: o Cristo, o Buda, o Mestre JHS, um Anjo de Glória, um Templo luminoso, uma Paisagem maravilhosa, a Flor-de-Lis, a Rosacruz, etc., isto sempre de acordo com a natureza do implicado, e sempre com a firme certeza de que a seguir Deus virá operar o Milagre da Ressurreição pelo indiscutível apoio imediato dos seus Santos e Sábios Emissários.
Por tudo isso, é de importância capital para o discípulo que visa preparar nesta vida as suas condições futuras (para isso, mister se faz a convicção absoluta na doutrina do Karma, não de maneira cega mas esclarecida), organizar para si um ideal superior de ser, meditar constantemente sobre ele e vivê-lo o melhor que souber e puder, ou seja, capacitando-se a possuir as mais nobres qualidades morais e espirituais de sabedoria, bondade, tolerância, sacrifício, justiça, etc., para que, na hora fugaz da sua morte, possa o seu pensamento evocar esse ideal, modelando assim as condições favoráveis à sua futura encarnação.
Sendo de importância crucial esse momento de retrospecção em seu trânsito para a vida espiritual, necessitando o moribundo de toda a atenção e sossego para concentrar-se nos fenómenos que então se processam em si e em seu torno, torna-se evidente que um ambiente exterior sossegado, ausente de agitações emocionais, redundará em benefício enorme para ele. As vibrações intensas dos choros e lamentações dos entes que o cercam, só podem prejudicá-lo afetando imenso o seu desprendimento corpóreo, principalmente se ainda for jovem cujos laços físicos rompidos são muito mais intensos que num idoso.
É, assim, prova de elevado nível de cultura espiritual quando a família do morto sabe conservar a devida calma diante do evento dessa natureza, pelo que as religiões, os médicos e os enfermeiros deveriam ter uma cultura maior nesta questão da morte do que aparentam ter, para efetivamente intervirem com toda a eficiência tanto junto do que parte como dos seus entes queridos que ficam.
O costume de contratar “mulheres chorosas” ou “carpideiras” para assistir ao último suspiro do moribundo e ao seu enterro, cada uma caprichando mais que a outra no fingimento de manifestações sofríveis por quem nunca conheceram, é dos piores e mais desrespeitosos atos que se podem fazer por atingirem dolorosamente a alma que parte…
Não se deve comparar o momento da morte com o Dia do Juízo, embora o morto passe naqueles instantes por uma provação, que é justamente a de rememorar todos os seus atos. Talvez seja um pequeno juízo, porque o Grande Dia do Juízo Final diz respeito exclusivamente a um certo momento da evolução da alma através da cadeia de mundos. Mas o que não se pode negar é o acerto, mesmo que débil em termos de cultura teosófica, das religiões em dar assistência moral ao moribundo, ajudando-o nesse instante crucial com preces elevadas.
Terminada essa fase de retrospecção, o homem entra num estado semiconsciente que corresponde à sua transição através do corpo etérico que deixa para trás ao mesmo tempo que o cordão da alma recua consigo até ao chakra umbilical do corpo astral, assim terminando a vida física, tornando-se o PRANA, “vida”, a APANA, “não-vida”. Com a saída da alma do corpo físico e deixando para trás o corpo etérico este fica ligado àquele, por ser o seu verdadeiro molde físico, mas já não o interpenetra, simplesmente fica flutuando sobre o cadáver, desagregando-se sincronicamente com o veículo físico. Por isso o cemitério apresenta o desagradável espetáculo dos corpos em decomposição com os seus moldes etéricos flutuando sobre eles como farrapos…
Isso leva à questão higiénica da cremação dos corpos advogada por muitos, principalmente no Oriente. Contudo e atendendo a que o processo de retrospecção e trânsito varia de alma para alma consoante a evolução alcançada, logo, sendo mais ou menos rápida a integração nos corpos superiores, deve-se ter muito cuidado em não queimar ou embalsamar o corpo antes de passarem, no mínimo, três dias depois da morte. Há aqueles que fazem a retrospecção e depois mantêm-se aferrados à vida que terminou, assim permanecendo no corpo etérico, e por repercussão acabarão sentindo os efeitos cirúrgicos de qualquer exame médico post-mortem ou ferimento provocado no corpo físico inerte. De maneira que, não é demais repetir, é aconselhável deixarem-se passar três dias antes de proceder a qualquer cremação, embalsamamento e até enterramento, como também a alguma autópsia, além de que pode acontecer o fenómeno, não raro, de um estado cataléptico, com paragem cardíaca temporária, ser confundido com morte orgânica.
Muitos que passaram pelo fenómeno cataléptico da “morte temporária”, dizem que nesse estado “penetraram num túnel luminoso ao fundo do qual havia gente ou paisagem, ou ambas as coisas”. Isso é fácil de explicar: Trata-se da abertura da visão suprafísica pela dilatação do chakra frontal, sem a ingerência das sensações físicas, dando-lhe assim o primeiro vislumbre do panorama do Plano imediato, o Astral. Quem, acaso, antes de adormecer nunca apercebeu um foco ou uma esfera luminosa na região frontal?…

Separado definitivamente do corpo denso, como disse, em geral o duplo etérico fica flutuando como uma nuvem violeta sobre o cadáver, constituindo aquilo que geralmente se chama de espectro. Então a consciência penetra num estado de sono, que perdura até se desprender completamente do mesmo duplo etérico, que vai de minutos a horas até dias e mesmo semanas, dependendo esse prazo da evolução consciencial alcançada pelo falecido. Para todos os efeitos, deve-se respeitar os três dias já assinalados… pois que desses em diante as condições para a execução das exéquias fúnebres entram em fase de degradação em qualquer sentido, e se acaso a alma permanecer ligada ao corpo morto através do duplo etérico em desagregação, então é sinal claro da sua parca evolução e farto karma, e tal será o seu castigo

"MENSAGEM PSICOGRAFADA PELO MUSICO CHORÃO: "VOLTEI AOS QUINTOS DOS INFERNOS ENLOUQUECIDO PELAS DROGAS" VISÃO ESPÍRITA".


“CARIDADE”

Guarda, na mente, que a caridade em teus atos
deve ser a luz que vence a sombra.
Enquanto não compreendas que a caridade é sempre a bênção maior para quem
a realiza, ligando o benfeitor ao necessitado, estarás na fase primária da
virtude por excelência.
Poderás repartir moedas, a mãos-cheias; todavia, se não mantiveres o
sentimento da amizade em relação ao carente, não terás logrado alcançar a
essência da caridade.
Repartirás tecidos e agasalhos com os desnudos; no entanto, se lhes não
ofertares compreensão e afabilidade, permanecerás na filantropia.
Atenderás aos enfermos com medicação valiosa; entretanto, se não
adicionares ao gesto a gentileza fraternal, estarás apenas desincumbindo-se
de um mister de pequena monta.
Ofertarás o pão aos esfaimados; contudo, se os não ergueres com palavras
de bondade, não alcançaste o sentido real da caridade.
Distribuirás haveres e coisas com os desafortunados do caminho; não
obstante, sem o calor do teu envolvimento emocional em relação a eles, não
atingiste o fulcro da virtude superior.
A caridade é algo maior do que o simples ato de dar.
Certamente, a doação de qualquer natureza sempre beneficia aquele que lhe
sofre a falta. Todavia, para que a caridade seja alcançada, é necessário que
o amor se faça presente, qual combustível que permite o brilho da fé, na
ação beneficente.
A caridade material preenche os espaços abertos pela miséria
socioeconômica, visíveis em toda parte.
Além deles, há todo um universo de necessidades em outros indivíduos que
renteiam contigo e esperam pela luz libertadora do teu gesto.
A indulgência, em relação aos ingratos e agressivos;
a compaixão, diante dos presunçosos e perversos;
a tolerância, em favor dos ofensores;
a humildade, quando desafiado ao duelo da insensatez;
a piedade, dirigida ao opressor e déspota;
a oração intercessória, pelo adversário;
a paciência enobrecida, face às provocações e à irritabilidade dos
outros;
a educação, que rompe as algemas da estupidez e da maldade que se
agasalham nas furnas da ignorância gerando a delinquência e a loucura…
A caridade moral é desafio para toda hora, no lar, na rua, no trabalho.
Exercendo-a, recorda também da caridade em relação a ti mesmo.
Jesus, convivendo com os homens, lecionou exemplificando todas as
modalidades da caridade, permanecendo até hoje como o protótipo mais
perfeito que se conhece, tornando-a a luz do gesto, que vence a sombra do
mal, através da ação do amor.
Caridade, pois, eis a meta.

Divaldo Franco. Da obra: Vigilância. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. 

sexta-feira, 19 de maio de 2017

“VIDAS SUCESSIVAS”

“Não te maravilhes de te haver dito: Necessário vos é nascer de
novo.”
Jesus. (JOÃO, 3:7.)
A palavra de Jesus a Nicodemos foi suficientemente clara.
Desviá-la para interpretações descabidas pode ser compreensível no
sacerdócio organizado, atento às injunções da luta humana, mas nunca nos
espíritos amantes da verdade legítima.
A reencarnação é lei universal.
Sem ela, a existência terrena representaria turbilhão de desordem e
injustiça; à luz de seus esclarecimentos, entendemos todos os fenômenos
dolorosos do caminho.
O homem ainda não percebeu toda a extensão da misericórdia divina, nos
processos de resgate e reajustamento.
Entre os homens, o criminoso é enviado a penas cruéis, seja pela
condenação à morte ou aos sofrimentos prolongados.
A Providência, todavia, corrige, amando… Não encaminha os réus a
prisões infectas e úmidas. Determina somente que os comparsas de dramas
nefastos troquem a vestimenta carnal e voltem ao palco da atividade humana,
de modo a se redimirem, uns à frente dos outros.
Para a Sabedoria Magnânima nem sempre o que errou é um celerado, como nem sempre a vítima é pura e sincera. Deus não vê apenas a maldade que surge à superfície do escândalo; conhece o mecanismo sombrio de todas as
circunstâncias que provocaram um crime.
O algoz integral como a vítima integral são desconhecidos do homem; o
Pai, contudo, identifica as necessidades de seus filhos e reúne-os,
periodicamente, pelos laços de sangue ou na rede dos compromissos
edificantes, a fim de que aprendam a lei do amor, entre as dificuldades e as
dores do destino, com a bênção de temporário esquecimento.

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Caminho, Verdade e Vida. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 

"O ADVOGADO DA CRUZ"

No mundo antigo, o apelo à Justiça significava a punição com a morte.
As dívidas pequeninas representavam cativeiro absoluto. Os vencidos eram atirados nos vales imundos. Arrastavam-se os delinquentes nos cárceres sem esperança. 
As dádivas agradáveis aos deuses partiam das mãos ricas e poderosas.
Os tiranos cobriam-se de flores, enquanto os miseráveis se trajavam de espinhos.
Mas, um dia, chegou ao mundo o Sublime Advogado dos oprimidos. Não havia,
na Terra, lugar para Ele. Resignou-se a alcançar a porta dos homens, através
de uma estrebaria singela.
Em breve, porém, restaurava o templo da fé viva, na igreja universal dos
corações amantes do bem. Deu vista aos cegos. Curou leprosos e paralíticos.
Dignificou o trabalho edificante, exaltou o esforço dos humildes, quebrou as
algemas da ignorância, instituiu a fraternidade e o perdão.
Processaram-no, todavia, os homens perversos, à conta de herético, feiticeiro
e ladrão.
Depois do insulto, da ironia, da pedrada, conduziram-no ao madeiro destinado
aos criminosos comuns.
Ele, que ensinara a Justiça, não se justificou; que salvara a muitos, não
se salvou da crucificação; que sabia a verdade, calou-se para não ferir os próprios verdugos.
Desde esse dia, contudo, o Sublime Advogado transformou-se no Advogado da
Cruz e, desde o supremo sacrifício, sua voz tornou-se mais alta para os corações humanos. ele, que falava na Palestina, começou a ser ouvido no mundo inteiro; que apenas conversava como o povo de Israel, passou a entender-se com as várias nações do Globo; que somente se dirigia aos homens de pequeno país, passou a orientar os missionários retos de todos os serviços edificantes da Humanidade.
Que importam, pois, nos domínios da Fé, as perseguições da maldade e os ataques da ignorância? A advogado da Cruz continua operando em silêncio e falará, em todos os acontecimentos da Terra, aos que possuam “ouvidos de ouvir”.

Francisco Cândido Xavier. Da obra: Antologia Mediúnica do Natal. Ditado pelo Espírito Emmanuel.

"MISTÉRIOS OCULTOS"


O que leva o incrédulo a não aceitar as verdades espirituais?
O que o faz manter-se impermeável a certas doutrinas espiritualistas?
De onde vem a dificuldade para aceitar a doutrina espírita, por exemplo, já que os princípios universais que esta declara existem desde sempre; não foram conjecturados para formar mais uma filosofia, dentre tantas, mas consolidar ideias e práticas aceitas milenarmente em muitos lugares e por várias civilizações.
Uma pessoa do meu convívio, que não chega a ser ateia, mas reluta sistematicamente em concordar com os argumentos espíritas, me disse que entende Deus como uma grande incógnita, um profundo mistério, acima das nossas pobres cogitações humanas, por isso não cuida Dele.
Com esse viés de incredulidade, ela se recusa a aceitar explicações que não sejam obtidas pela metodologia da ciência acadêmica que, como não é difícil compreender, é inadequada para aferir resultados de causa espiritual.
Em casos como este é inútil se pensar no argumento de Tomé: “É preciso ver para crer”, pois “ver”, para a maioria dos incrédulos, não muda suas concepções. Também não é possível se dizer o que Deus deve fazer para superar a sua incredulidade, pois Deus não se submete a quaisquer exigências ou imposições. Apenas “ouve com bondade os que o procuram humildemente, e não os que se julgam mais do que Ele”.
A compreensão das questões transcendentais que envolvem o problema de Deus, do ser e das leis divinas, parece não depender só da inteligência, pois muitas pessoas preparadas intelectualmente costumam rejeitar as respostas obtidas com a ajuda do conhecimento espiritual.
Allan Kardec afirma que essa compreensão é bastante facilitada e mais completa com o desenvolvimento do senso moral no indivíduo, o que lhe permite entender, sem esforço, a preponderância do elemento espiritual e suas leis específicas sobre o elemento material, que lhe é subalterno e coadjuvante.
Sobre a questão de muitas pessoas terem dificuldade em aceitar as verdades espirituais, assimiladas tão naturalmente por tantas outras, há no livro “O Evangelho segundo o Espiritismo” um comentário de Kardec esclarecendo um texto do evangelista Mateus (XI: 25): Mistérios ocultos aos sábios e prudentes.
Nele, o codificador afirma que Deus jamais oculta a luz da verdade a nenhuma criatura, ao contrário, a espalha prodigamente por toda a face da Terra. Explica que a inteligência no mundo, quase sempre, está associada ao orgulho e à vaidade que, normalmente, levam o homem a supor-se autossuficiente, satisfeito em buscar os segredos da Terra, que para ele bastam, pondo assim, uma venda nos próprios olhos.
Enquanto os vícios morais impedem o orgulhoso de “ver”, o simples e humilde pode, com as virtudes conquistadas, desvendar os segredos do Céu. Portanto, são dois sentimentos antagônicos — orgulho e humildade — que situam os seres em níveis diferentes de compreensão, e que os colocam mais ou menos próximos do ideal de verdade, proposto por Jesus de Nazaré e ratificado pelo Espiritismo.
Os que já detêm a sabedoria do Céu continuarão se aprimorando, com a amplitude de vistas que esse conhecimento lhes faculta. Os que se contentam com as razões do mundo precisarão amadurecer para compreender, e preparar o coração para sentir.
Deus, que não quer abrir os seus olhos à força, os aguardará, enquanto lutam contra o próprio orgulho, até que passem a reconhecer Nele a mão que os governa.

– Por Cláudio Bueno da Silva- Harmonia Espiritual

“NASCEMOS NA FAMILIA CERTA PARA CUMPRIR NOSSA MISSÃO DE VIDA. TODA REENCARNAÇÃO É PLANEJADA. ”

A escolha dos pais com os quais o espírito vai encarnar (como filho) acontece justamente porque eles podem oferecer ao espírito a possibilidade de “ativar” determinados complexos de encarnações passadas. Isto significa que a criança terá naquela família as dificuldades e facilidades necessárias para ela cumprir aquilo que foi planejado antes de nascer (missão de vida).
- O retorno do espírito para o corpo é planejado. A família em que ele nascerá será aquela capaz de propiciar o positivo e o negativo que ele precisa para evoluir.
- A escolha da família na qual um espírito vai reencarnar é determinada pelas qualidades e defeitos que fazem parte do núcleo familiar. Toda família possui características que estimulam positivamente ou negativamente a criança, que está em processo de formação. 
Explico-me: uma mãe amorosa, mas medrosa, engravidou. Suas vibrações foram de profundo amor, aceitação e alegria. Junto veio o receio e a insegurança. O espírito que nascerá será estimulado por todos os sentimentos, pensamentos, vibrações e sensações da mãe. Tanto as vibrações de amor quanto as vibrações de insegurança (por exemplo) vão influenciar na formação do feto.
Suponhamos que esta mãe tenha medo de perder o emprego. Este conjunto de pensamentos, sentimentos, vibrações e sensações chega até o feto. O feto não tem condições de lidar com estes estímulos. Ele usa o “banco de dados” do espírito. O espírito é a referência, a memória e a percepção do feto.  Ou seja, é o espírito quem dá sentido aos estímulos que chegam da mãe. Chamamos estes estímulos de dinamizadores, pois eles dinamizam e estimulam a memória espiritual, fazendo com que parte dela seja impregnada na mente do bebê antes dele nascer, durante o parto e mesmo depois do nascimento.
Suponhamos agora que em uma encarnação passada este espírito tenha passado fome por causa de desemprego. As vibrações da mãe dinamizam esta memória do espírito e o resultado poderá ser a ansiedade no feto. A ansiedade no feto gerará uma criança ansiosa (que terá que enfrentar o desafio da ansiedade em sua vida).
Desta forma, o bebê que nasce é uma continuidade do espírito que nele está encarnado. Ele nasce com informações de outras encarnações e do plano espiritual. O bebê não é uma página em branco, ele possui uma riqueza extraordinária de informações e recursos (é assim que se forma a personalidade do bebê).
A formação da mente é acompanhada pela entrada de conteúdo do espírito, que molda o novo corpo que está se formando.
Somos uma continuidade. Somos um corpo novo conduzido por um espírito antigo, que já teve muitas encarnações, possui muitos recursos, habilidades, conhecimentos, condicionamentos, traumas, etc.
Toda criança é um espírito repleto de vida e de história. É muito importante saber trabalhar com esta história e aproveitar os recursos que foram arduamente desenvolvidos em dezenas (ou centenas) de encarnações.
Lembre-se: o feto está ligado a um espírito que possui capacidade de percepção e memória. Os acontecimentos desta fase da vida são armazenados e influenciam a formação da mente do bebe. Desta forma, as primeiras memórias que o bebê terá serão um misto de memórias intrauterinas com memórias de encarnações passadas.
  Uma sociedade evoluída espiritualmente possui ótimos recursos de acolhimento e ajuda mútua
  A família é o campo de provas para a evolução do espírito
  Saiba o que o bom exemplo pode fazer pelo seu espírito e pela sua família
  Se os sentimentos negativos te dominam é porque existe algo frágil em você
A mãe insegura (do exemplo anterior) deve se sentir culpada? Não, nunca. A escolha dela (e do pai) para receber aquele espírito deve-se ao conjunto de suas qualidades e dificuldades. O espírito nasce em um novo corpo para lutar, superar dificuldades e evoluir. Ele está reencarnando porque possui muito à aprender e amadurecer. As dificuldades que são dinamizadas na formação do feto JÁ estão presentes no espírito e devem ser por ele resolvidas.
Traduzindo: a família dinamiza somente aquilo que o espírito que está reencarnando carrega no "coração". É igual na vida cotidiana: o que esperar de um ingrato? Ingratidão. E de uma pessoa desonesta? Desonestidade. Se alguém der um prato de comida para um ingrato, o que será dinamizado? Ingratidão. Talvez o ingrato pense e sinta raiva: "ela me deu arroz com feijão, deveria ter me dado macarrão". Se esta pessoa for grata, ela não terá ingratidão por receber um prato de comida. Só é dinamizado o que está no "coração" desta pessoa. O que não existir, não pode ser estimulado.
Da mesma forma, se a mãe emitir vibrações de insegurança e o espírito for seguro, ela não irá dinamizar nada. Tudo de bom ou ruim que for dinamizado no espírito é porque já está presente neste espírito. Se no seu "coração" (espírito não tem coração, imagem simbólica) houver paz, o espírito sentirá paz mesmo que os pais não sintam esta paz. O que existir pode ser estimulado, o que não existir não será estimulado. O que for dinamizado (estimulado) será o que o filho terá de bom ou ruim para enfrentar.
Os filhos são uma benção para a família porque com sua personalidade única contribuem para que os pais também aprendam com eles. Todos aprendem, porque todos possuem muito à aprender e evoluir.
Autor: Regis Mesquita

https://twitter.com/saberespirita

“UM JEITO DE ESCAPAR DO INFERNO”

Mohandas Karamchand Gandhi foi um homem fabuloso e inesquecível.
Seu conhecimento sobre as leis de Deus é digno de nosso mais profundo respeito e admiração.
Uma das mais belas passagens de sua vida é relatada com competência pelo cineasta britânico Richard Attenborough.
O filme mostra a sangrenta guerra civil que se seguiu à divisão da Índia em Paquistão muçulmano e Índia hindu.
As mortes só trouxeram retaliações e mais vítimas, até que Gandhi, líder espiritual respeitado por hindus e muçulmanos, iniciou um jejum e jurou que não comeria até que a matança terminasse, mesmo que isso significasse sua morte por inanição.
Esse foi apenas um dos muitos jejuns de Gandhi defendendo a não-violência.
Um hindu enlouquecido visitou o Mahatma e, ao chegar aos pés da cama onde estava, atirou-lhe um pedaço de pão enquanto gritava:
Eu já vou para o inferno e não quero a culpa da sua morte também em minha alma! Coma, por favor!
Gandhi, sereno como sempre, replicou:
Por que você vai para o inferno?
O hindu tremia ao responder:
Eu tinha um filho pequeno, mais ou menos deste tamanho, que foi assassinado pelos muçulmanos. Então, eu peguei a primeira criança muçulmana que consegui encontrar e a matei, arrebentando-lhe a cabeça contra uma parede.
Gandhi fechou os olhos e chorou por dentro.
Depois se recompôs, pois sabia da importância de seu papel perante aquele povo e, com esperança na voz, disse:
Eu conheço um jeito de escapar do inferno.
Muitos meninos agora estão sem os pais por causa da matança. Encontre um menino muçulmano, com mais ou menos este tamanho - repetindo o gesto feito pelo visitante há pouco – e o crie como se fosse seu. Adote-o.
O homem desorientado estava admirado com a proposta, e tentava assimilá-la da melhor forma. Uma brisa de esperança chegou-lhe ao rosto.
Porém, Gandhi não havia terminado sua fala:
Atente apenas para um detalhe: você não deve esquecer que deverá criá-lo como um muçulmano.
O hindu não estava preparado para aquela proposta. Era muito diferente de tudo que sentia, de tudo que pensava. Era uma proposta revolucionária.
Era a revolução da lei do amor, ensinada por Gandhi, de forma magistral.
O homem caiu aos pés do mestre. A loucura abandonou seus olhos, que choravam copiosamente.
Gandhi colocou as mãos na cabeça do hindu, abençoando-o do fundo de seu coração, desejando que ele pudesse aceitar seu novo caminho, o caminho para sair do inferno.
Quando o hindu saiu, ele tinha um pouco de paz no coração, e uma proposta da lei do amor em suas mãos: proposta de perdão e de auto perdão.
Nada como o amor, em toda sua resplandecência, para nos libertar desse estado d’alma de inferno.
Sim, já somos capazes de entender que o inferno não é um local delimitado no espaço, mas um estado d’alma temporário.
Para alguns, desorientados e reincidentes nos mesmos erros, esse estado de espírito parece uma eternidade, mas essa dita eternidade dura apenas o tempo do aprendizado, o tempo do despertar para o amor.
O amor cobre uma multidão de pecados, conforme tão bem afirmou o Apóstolo Pedro.
A lei de causa e efeito abraça-se à lei da amorosidade e ambas, interligadas sempre, carregam-nos para a tão desejada felicidade.

Redação do Momento Espírita.

"A LEI DE CAUSA E EFEITO E SUAS ESCOLHAS."

De acordo com a Lei de causa e efeito, tudo o que você plantou no passado você está colhendo agora. As suas escolhas de agora determinam o que vai colher no futuro.
Seja sincero: Você acredita que tudo vai dar certo pra você? Você confia em Deus, na Vida, em você mesmo? Você acha de verdade que a tendência é tudo dar certo sempre? Espero que sim.
Você conhece a Lei de causa e efeito. Você sabe que tudo o que você plantou no passado, você está colhendo agora; e o que você plantar agora vai colher no futuro. Isso é inquestionável. A Lei de causa e efeito é lei de Deus, é parte da justiça de Deus. Aliás, o que conhecemos de Deus são suas Leis. Justas e imutáveis.
Por conhecer a Lei de causa e efeito, algumas pessoas pensam que seu destino está praticamente traçado. Não é nada disso! Acreditar que o destino esteja escrito é determinismo. Isso não existe.
O que você plantou você tem que colher. Mas o modo como você fará a colheita é você quem determina. Os resultados da Lei de causa e efeito podem ser vistos como uma conta corrente. Você tem alguns débitos, mas também tem créditos. Você está um pouco endividado, mas pode ganhar o suficiente pra quitar suas dívidas e ficar com o saldo positivo.
Então você está vendo que não existe azar. Não existe fatalidade, não existe destino traçado. Você faz o seu destino a todo instante, está fazendo neste momento. Vou repetir a pergunta lá de cima: Você acredita que tudo vai dar certo pra você? E por que alguma coisa não daria certo pra você? Desde que seja algo honesto e bom, o normal é que dê certo.
Mas, me permita dizer isso, o seu pior inimigo é você mesmo. Na verdade, no fim das contas, o seu único inimigo é você mesmo. É claro que se você é uma pessoa amorosa e confiante, você não tem inimigos, nem você mesmo. Mas o que eu quero dizer com isso é que somos nós que nos boicotamos. Somos nós que jogamos contra. Somos nós que enchemos nossa mente com pensamentos negativos e inseguros.
É só isso o que pode atrapalhar tudo o que fazemos. O pensamento é criador. O que você pensa com força acontece. As primeiras máquinas fotográficas, lá em meados do século dezenove, precisavam ficar focadas alguns instantes para captar a imagem. Tudo tinha que ficar imóvel, senão saía borrado.
A sua mente é assim. O pensamento que fica imóvel em sua mente é o que predomina. O pensamento que predomina em sua mente, o pensamento que forma um padrão, é o que determina o que será atraído para você. Se você sente raiva, rancor, revolta, durante alguns minutos, as pessoas à sua volta inevitavelmente serão influenciadas por essas vibrações e talvez até queiram brigar com você. Se você sente amor, alegria, confiança e otimismo, as pessoas à sua volta certamente serão influenciadas por essas vibrações e irão sorrir, talvez tentar se aproximar e conversar com você.
É você quem determina o que acontece em sua vida. Você acha que seria possível que você nascesse destinado a sofrer, destinado a ver tudo na sua vida dar errado? Isso é ridículo! Essa crença na desgraça era tolerável tempos atrás, quando não tínhamos tanto acesso à informação e ao conhecimento. Os deturpadores do cristianismo nos deixaram acreditar em azar, em fatalidade. Isso servia aos seus interesses, dessa forma dominaram a maior parte da população por séculos e séculos.
Mas hoje é um primarismo imperdoável acreditar que as coisas estão fadadas ao fracasso. Você nasceu pra realizar, você nasceu pra criar, você nasceu pra ser feliz e inteligente! A vontade de Deus é que sejamos todos felizes. O destino do espírito imortal é a felicidade. Todos caminham para isso. O tempo que essa caminhada vai demorar depende de cada um de nós. Você decide por você. Você escolhe o que você quer sentir, pensar, falar e fazer na sua vida.

Autor desconhecido

quinta-feira, 18 de maio de 2017

“VENCENDO O MEDO DA MORTE” Porque temos tanto medo da morte se morremos um pouco a cada dia."

Embora todos saibam que a finitude do ciclo da vida material seja inevitável e um acontecimento certo para todos, o temor da morte é um sentimento que acompanha o ser humano.
Mas o conhecimento a respeito do que existe além da matéria, pode nos oferecer  sem dúvida, maior compreensão e serenidade diante desse momento de passagem pelo qual teremos que vivenciar cedo ou tarde.
Vejamos o que diz Allan Kardec no livro O Céu e o Inferno– Cap. II – item 4: Temor da Morte.
4. Para se livrar do medo da morte, é preciso conseguir encará-la como é realmente, isto é, pelo pensamento, penetrar no mundo espiritual e assim compreendê-lo o mais exatamente possível. Isso dará ao Espírito encarnado certo desenvolvimento e certa aptidão para se separar da matéria.
Para aqueles que não estão suficientemente adiantados, a vida material tem mais importância que a espiritual. O homem que se apega às aparências só vê a vida do corpo, enquanto a vida real está na alma. Por esse ponto de vista, se o corpo morre, tudo está perdido e ele se desespera.
Se, em vez de se concentrar na aparência, ele se colocar diante da real fonte de vida, a alma, que a tudo sobrevive, se preocupará menos com corpo, fonte de tantas misérias e dor. Mas, para essa postura, é preciso uma força que o Espírito só adquire com o amadurecimento.
O medo da morte vem, então, da falta de conhecimento sobre a vida futura, mas é um sinal da necessidade de viver e do receio de que a destruição do corpo seja o fim de tudo. Esse medo é provocado pelo secreto desejo da sobrevivência da alma, ainda que velado pela incerteza.
O medo diminui, à medida que a certeza se forma, e desaparece, quando a certeza se completa.
Eis o lado providencial da questão: não deslumbrar o homem, cuja  razão não esteja suficientemente preparada para uma perspectiva muito positiva e muito sedutora no futuro, a ponto de fazê-lo negligenciar o  presente, necessário a seu progresso material e intelectual.
Fonte-Portal do Espírito


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...