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domingo, 21 de maio de 2017

“O HOMEM MORRE SOMENTE UMA VEZ, MAS SEU ESPÍRITO IMORTAL JAMAIS MORRE”

Hebreus 9: 27 é frequentemente repetido por nossos irmãos evangélicos como se ele fosse contrário à reencarnação. Mas seu autor, ao escrevê-lo, nem pensava em reencarnação. Ele apenas fala de sacrifícios e que, assim como o homem do pó morre uma vez só, Jesus, em seu sacrifício na cruz, morreu também uma vez só. É o que demonstra a leitura, na íntegra, desse texto.
Vamos demonstrar, pois, o significado verdadeiro de Hebreus 9: 27, lembrando que Paulo nos adverte para que não façamos interpretações literais da Bíblia. De fato, ela deve ser lida com uma visão crítica e racional. “O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança não da letra, mas do espírito, porque a letra mata, mas o espírito vivifica.” (2 Coríntios 3: 6). Aliás, Kardec nos dá também instrução semelhante a essa paulina, recomendando-nos que a nossa fé seja raciocinada.
Uma parte do judaísmo, a dos saduceus, não acreditava na imortalidade do espírito, após a morte do corpo. E não criam também em ressurreição, em anjos e espíritos. (Atos 23: 8).
E os judeus que admitiam a vida espiritual não sabiam o que era espírito ou alma, confundindo o corpo com o espírito e  ignorando qual dos dois ressuscitava. Daí que Paulo dedica um texto grande para explicar o que é a ressurreição, e ensina que ela é do espírito ou corpo espiritual e não do corpo físico. (1 Coríntios 15: 44). E se orientou pelo ensino de Jesus, que demonstra também que ela do espírito. “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita”. (João 6: 63). “Porque na ressurreição nem casam nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos nos céus.” (Mateus 22: 30). Realmente, os anjos (mensageiros) não têm corpo.
Como se vê, o que ressurge, surge de novo ou ressuscita é sempre o espírito e não o corpo que veio do pó e volta para o pó.  “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus que o deu.” (Eclesiastes 12: 7; e Gêneses 3: 19). E ao desencarnar, o espírito é julgado no tribunal de Cristo, recebendo a sentença do seu carma do bem e do mal praticados durante a vida. (2 Coríntios 5: 10). Mas não é o fim, pois o espírito continua o seu ciclo de reencarnações, daí que existe também o Juízo Final.
Na visão antropológica semítica da época de Jesus e dos apóstolos, o homem era visto de modo meio materialista, principalmente pelos saduceus, como já dissemos, os quais acreditavam só no chamado “homem exterior” de são Paulo. Mas como Paulo era espiritualista, ele admitia também, é claro, o “homem interior” ou que dá vida ao “homem exterior”, material e mortal. (2 Coríntios 4: 16).
Assim, quando Hebreus 9: 27 fala que o homem morre uma vez só, é óbvio que ele se refere exclusivamente ao “homem exterior” carnal e jamais ao “homem interior” ou espírito do homem, espírito esse que apenas sai do homem que morre e volta para o mundo espiritual donde ele veio para reencarnar, vivificando outro “homem exterior”, que, quando morre, morre mesmo bem morrido e, pois, uma vez só, já que volta definitivamente à natureza de seu pó que ele é em sua essência.
E é sempre o “homem interior” que ressuscita, ressurge, surge de novo ou reencarna noutro “homem exterior” mortal que nasce, quando se repete, então, a ressurreição do espírito “na carne” e não “da carne”!
Fonte: Portal do Espírito




“AS JANELAS DA ALMA SÓ ABREM PELO LADO DE DENTRO. ”

Como agimos perante a nós mesmos? .
Somos seres em transformação. A vida é uma descoberta de potencialidades e uma permanente construção de nós mesmos. Algumas vezes, partindo de decisões melhores, atingimos o bem-estar e uma condição satisfatória para nosso viver. Decisões menos felizes, em geral, acabam trazendo arrependimentos e dores. .
Mas isso não é necessariamente ruim. Olhar para nossos arrependimentos serve para perceber que nos transformamos. Olhar para nossas dores nos mostra que ainda somos frágeis. Aceitá-las, no entanto, ajuda-nos a nos sentirmos fortes e capazes de enfrentá-las. .
Uma das leis divinas que nos regem a existência é a Lei de Liberdade. A vida é uma professora que nos permite agir, usar nossa curiosidade e impulsos, experimentar para, e somente então, mostrar seu ensinamento. Não pratica a coação e as proibições, só conduz ao nosso encontro com as consequências naturais, para avaliarmos e calibrarmos nossas futuras ações conforme os ideais de justiça, amor e caridade, que pautam um viver mais elevado. .
A vida como professora, porém, não é passiva, pois tem mecanismos para nos despertar: a dor e o arrependimento. Ela nos sinaliza, nos aponta direções, pode inspirar pensamentos, palavras e atos. .
O que ela não pode fazer é agir por nós… Porque nossa alma é nosso domínio, é nossa morada, onde ninguém pode chegar sem pedir licença. Então a vida nos chama, bate à janela oferecendo luminosidade e entendimento. Às vezes, com insistência. Às vezes, com muita força. Fazendo “um barulhão”, até, se nosso sono consciencial estiver muito pesado, apontando uma necessidade, uma ideia equivocada, um reflexo indesejável do que pensamos, dissemos ou fizemos, necessitado de premente revisão…
Diante do chamado da vida à responsabilidade, podemos agir como nosso melhor amigo: ouvindo-nos com benevolência, compreendendo, perdoando a nós mesmos, incentivando aos passos necessários para a melhoria. Mas noutras vezes, sem a devida clareza, agimos como nossos próprios julgadores implacáveis, tentando nos eximir da responsabilidade, enquanto nos acusamos, criando batalhas mentais que drenam nossas energias e nos mantêm na escuridão. .
Sim, é isso o que acontece. E a frase de Jung nos indica a melhor escolha: “Não conseguimos mudar coisa alguma sem antes aceitá-la. A condenação não libera, oprime.” .
A janela da alma só se abre pelo lado de dentro. É preciso querer a luz do entendimento, para que ela venha nos ampliar as condições de lidar com o dia-a-dia, aceitando nosso passado para criar nosso porvir. .
Encaremos os fatos: temos uma faixa de atitudes possíveis, entre as que revelam nossa mais alta evolução presente e aquelas que desnudam nossa fragilidade. Quando um amigo em dificuldade nos procura, podemos ouvir com nosso melhor, com a compaixão. Ou com aquela tendência, ainda presente em nós, de julgar e condenar. A questão é: como agiremos perante a nós mesmos? .
Na caminhada, é preciso acreditar que somos seres com ilimitada potencialidade. Aprender a olhar para nós mesmos com humildade e compaixão, admitindo a vulnerabilidade e os passos equivocados, encontrando a coragem para criar dias melhores em nossas vidas.

Fonte: Portal do Espírito

“SUICÍDIO: UMA EPIDEMIA SILENCIOSA”

Se você é daquelas pessoas que está enfrentando difícil fase de sua existência, com escassez de recursos financeiros, enfermidades ou complexos desafios pessoais (na vida familiar ou não) e está se sentindo muito abatido, gostaria de convidá-lo a uma grave reflexão.
Todos temos visto a ocorrência triste e dramática daqueles que se lançam ao suicídio, das mais variadas formas. A ideia infeliz surge, é alimentada pelo agravamento dos problemas do cotidiano e concretiza-se no ato infeliz do autoextermínio.
Diante de possíveis angústias e estados depressivos, não há outro remédio senão a calma, a paciência e a confiança na vida, que sempre nos reserva o melhor ou o que temos necessidade de enfrentar para aprender. Ações precipitadas, suicídios e atos insanos são praticados devido ao desespero que atinge muitas pessoas que não conseguem enxergar os benefícios que as cercam de todos os lados.
Mas é interessante ressaltar que estes estados de alma, de desalento, de angústias, de atribulações de toda ordem, não são casos isolados. Eles integram a vida humana. Milhões de pessoas, em todo mundo, lutam com esses enigmas como alunos que quebram a cabeça tentando resolver exercícios de física ou matemática. Mas até uma criança sabe que o problema que parece insolúvel não se resolverá rasgando o caderno e fugindo da sala de aula.
Sim, a comparação é notável. Destruir o próprio corpo, a própria vida, como aparente solução é uma decisão absurda. Vejamos os problemas como autênticos desafios de aprendizado, nunca como castigos ou questões insuperáveis. Tudo tem uma solução, ainda que difícil ou demorada.
O suicídio é um dos maiores equívocos humanos, para não dizer o maior. A pessoa sente-se pressionada por uma quantidade variável de desafios, que julga serem problemas sem solução, e precipita-se na ilusão da morte. Sim, ilusão, porque ninguém consegue matar-se. E o suicídio agrava as dificuldades porque aí a pessoa sente o corpo inanimado, cuja decomposição experimenta com os horrores próprios, pressionada agora pelo arrependimento, pelo remorso, sem possibilidade de retorno imediato para refazer a própria vida. Em meio a dores morais intensas, com as sensações físicas próprias, sentindo ainda a angústia dos seres queridos que com ele conviviam, o suicida torna-se um indigente do além.
O suicídio é uma epidemia silenciosa. Para pensar mais sobre isso, busque no site www.idelivraria.com.br e clique em download para encontrar a cartilha de apenas 32 páginas, disponível gratuitamente para baixar em seu laptop ou celular, onde há elementos valiosos para prevenção dessa grande ilusão. E também o estímulo grupos de auxílio àqueles que se suicidaram.
Meu amigo, minha amiga, pense no tesouro que é tua vida, de tua família! Jamais te deixes enganar pela ilusão do suicídio. Viva! Viva intensamente! Com alegria! Que não te perturbe nem a dificuldade, nem a enfermidade, nem a carência material. Confie, meu caro, e prossiga!
Fonte: Portal do Espírito.


“O ESPÍRITO SANTO, O ESPÍRITO DE VERDADE, O CONSOLADOR E O MESSIAS”

Para os teólogos, o Espírito Santo só tem se manifestado em Pentecostes, aos apóstolos, aos autores do Novo Testamento e aos participantes de concílios ecumênicos, mas diz são Pedro: “…homens (santos) falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1: 21).
Falo muito que, quando lemos no Novo Testamento em português “o Espírito Santo”, no original em grego, é “um espírito santo”. “Ora, se vós que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo (“um espírito santo”)  àqueles que lho pedirem?” (Lucas 11: 13). Na Bíblia, ele não é a Terceira Pessoa Trinitária, mas o conjunto dos espíritos humanos, e pode ser também o Deus único, o Deus Pai, o Pai dos espíritos (Hebreus 12: 9), o Santo Espírito.
Observemos que no texto de Lucas, Deus Pai é o sujeito da frase (o que pratica a ação de enviar) e que o espírito enviado é o objeto direto que recebe a ação de ser enviado. Portanto, Deus é um, e o espírito santo enviado é outro. Ora, se de acordo com o dogma trinitário, o Espírito Santo é Deus, e segundo a Bíblia (Hebreus 12: 9), Deus é o Pai de todos nós espíritos, como Deus pode enviar o Espírito Santo, ou seja, a Ele próprio? Ele só pode enviar outro espírito e não a si próprio! O espírito enviado não é, pois, o Espírito Santo do Deus bíblico e nem o trinitário dogmático dos teólogos, mas um espírito santo, evoluído, que poderia ser até chamado de anjo na Bíblia. Mas não nos esqueçamos de que anjo bíblico é um espírito humano enviado superevoluído. Daí a forma humana com que se manifesta um anjo bíblico.
“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda um espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele.” (Efésios 1: 17). Aqui, nesta passagem, está se pedindo a Deus que nos seja dado um espírito de sabedoria, que não é o Espírito Santo Trinitário dos teólogos nem o do próprio Deus Pai da Bíblia, mas um espírito santo evoluído, no dizer de são Jerônimo na Vulgata Latina: “um espírito bom” (“spiritum bonum”, acusativo em latim, e objeto direto em português). Ademais, se fosse o Espírito do próprio Deus, não seria necessária a afirmação de que fosse um espírito de sabedoria!
Entre os teólogos dogmáticos cristãos tradicionais, o Espírito Santo, o Consolador e o Espírito de Verdade são a Terceira Pessoa Trinitária.
Se o Consolador nos fará lembrar de tudo que Jesus ensinou, ele não é o Pentecostes, pois não se sabe sequer uma palavra do que foi dito em Pentecostes! Ademais, o Consolador não pode ser um espírito encarnado ou desencarnado. Ele é para os espíritas o próprio espiritismo, o qual contém e complementa realmente tudo que Jesus ensinou e pode estar conosco e poderá permanecer conosco para sempre! (João 14: 16 e 26).
E o Espírito de Verdade, que se manifestou com esse nome a Kardec, é o espírito que controlou e administrou a equipe de espíritos que se manifestaram a ele. E esse Espírito de Verdade é também o próprio Jesus.
É interessante que, no Velho Testamento, o Messias prometido é também o homem Jesus, nunca o próprio Deus, que é o “enviador” divino do Messias humano enviado!

Fonte- Portal do Espírito

“ESPIRITISMO. ALIMENTAÇÃO E VAMPIRISMO. ”

Sempre que nos referimos a Alimentação Carnívora por parte das pessoas, sobretudo dos espíritas, ouvimos como resposta que cada um tem o seu tempo e suas necessidades. Acreditamos nisso, mas também acreditamos que assim como os espíritas, os animais igualmente possuem as próprias necessidades, necessidades estas que roubamos deles em benefício próprio.
A Doutrina Espírita situa-se dentro de um magnífico cabedal de conhecimento que é constantemente ignorado pelos próprios estudiosos da Doutrina no que se refere aos animais. Os mais ilustres baluartes do espiritismo repetem de cor e salteado o caminho da mônada até a esfera hominal. Conseguem falar durante horas do Amor de Jesus, de seus atos e da soberana bondade de Deus. A cada momento nos chamam a atenção para vibrarmos pelo Outro, a amarmos sem condições, a nos entregarmos de corpo e alma nas mãos de Jesus e a agir tal como Ele agiu, nesta hora não nos dizem que temos o nosso momento e as nossas necessidades, afinal o Outro por quem temos que vibrar é o Outro humano e não o Outro animal.
Mas o que nos impede de mudar? Se for a falta de conhecimento do que ocorre com os animais, tal problema se dissipará agora com o trecho do Livro “Iniciação a Viagem Astral”. Nele Lancellin mostra não apenas o que ocorre com o animal enquanto matéria, mas o que ocorre momentos após a sua morte. O que ele relata neste capítulo, a carne do animal ao qual ele se refere , é exatamente a mesma carne que vai virar bife e parar no seu prato. Vejamos o que nos coloca o espírito Lancellin neste primeiro trecho:
(…)
Daí a pouco, demos entrada em um matadouro de gado bovino, ambiente turvado de um magnetismo deprimente, mas, antes, o nosso guia espiritual nos reuniu e falou com sabedoria:
— Meus irmãos, nunca são demais as advertências. Hoje não trouxemos mais companheiros encarnados por ser o ambiente muito inferior. É preciso, pois, muito equilíbrio emocional para que possamos ajudar sem ferir, ajudar sem julgamento, ajudar sem desprezar as coisas de Deus. Cada fato se processa no lugar certo, e o que vamos contemplar agora, estudando, existe na Terra pelo que ela é. A escala que o nosso planeta atingiu até agora requer essa violência com as vidas inferiores. Caso um de vós altere as emoções, tornar-se-á visível a determinados Espíritos vampirizadores, o que irá dificultar os nossos trabalhos. Vamos nos lembrar do Mestre, quando advertiu desta maneira: Vigiai e orai.
Primeiro Lancellin descreve o local que lhes serviria como sala de estudo e coloca que é um lugar turvado de um magnetismo deprimente e um ambiente muito inferior. Só por esta primeira descrição deveríamos urgentemente reavaliar nossa alimentação que provém de um ambiente deprimente e inferior, onde não apenas permitimos que ocorram a morte de animais, mas onde obrigamos aquele nosso Outro, a quem deveríamos respeitar e amar, a matar para nós. Qualquer pessoa, não apenas Lancellin, precisaria manter o equilíbrio emocional dentro de um abatedouro, tamanha a crueldade praticada lá dentro. Contra o que se vê num abatedouro, a palavra de nenhum baluarte espirita que permite a alimentação carnívora consegue se sobrepor. Ou seja, é sempre preciso continuarmos a Pensar e não apenas a ouvir e agir conforme aquele que nos fala.
E o Espírito prossegue em sua explicação do lugar ao dizer que as cenas as quais irão assistir ainda existem “na Terra pelo que é ela é” – (vide artigo “Terra, um Planeta de expiação e provas”) e que infelizmente “requer essa violência com as vidas inferiores” . Seria uma justificativa ou uma explicação? Lancellin justifica a maldade dos seres humanos para com os animais alegando que isso ocorre pelo que a Terra ainda é – Planeta de expiação e provas, Planeta inferior com seres inferiores – e a Terra ainda é o que é porque nós somos o espelho onde ela se reflete. Não é o Planeta que é ruim, somos nós, e o primeiro passo é admitirmos isso para conseguirmos operar uma Transformação em nós mesmos. Em seguida ele explica que os seres humanos e não o Planeta, “requer essa violência com a vida dos seres inferiores” , ou seja, por sermos seres inferiores, deficientes moral e eticamente, nos aproveitamos daqueles que estão em uma escalada evolutiva abaixo de nós – por isso o termo inferior – seres que ainda se encontram num estágio pelo qual passamos um dia, que nos supriu com qualidades que hoje usamos contra eles : Inteligência, racionalidade.
Talvez o mais assustador, a quem quer que leia o trecho em questão, seja a referência de Lancellin sobre os Espíritos Vampirizadores que ali se encontram, isso mesmo, vampiros ao redor do boi, este irmão animal que irá morrer, virar bife e parar no prato das pessoas, sejam espíritas ou não.
Vamos ler mais um trecho da fala de Lancellin:
Penetramos em um lugar assustador; estavam em círculo vinte vampiros, cuja descrição preferimos omitir. Com o chefe, formavam um magote de vinte e um. O que estava chefiando vestia-se de vermelho encarnado, com uma espécie de capuz bipartido atrás e tendo nas pontas duas bolas pretas; no alto da cabeça, duas saliências o destacavam dos outros. Os bois estavam em filas obrigatórias, devido às cercas laterais que os prendiam, sem que eles pudessem ao menos se mexer. Ao passarem em determinado ponto, caía em suas nucas uma lâmina mortal. Logo adiante, um homem carrancudo fazia escorrer o sangue do animal já ajoelhado e exteriorizando suas dores.
Eu sentia reações profundas, sem que as deixasse passar para as emoções. Confesso, estava encontrando dificuldades para me manter em equilíbrio. Procurei a Dezenove e não a vi. Fiquei inquieto, e como Miramez sentiu que as minhas perguntas íntimas poderiam perturbar os trabalhos que requeriam muito silêncio, aproximou-se de mim e falou baixinho:
— Lancellin, não viste que ela começou a desmaiar, não suportando a visão do ambiente? Foi levada às pressas para o corpo de carne, pelo Padre Galeno.
Cortei as minhas indagações e passei a prestar atenção no meu dever, o dever de informar pelas minhas anotações, com o cuidado que exigem a moral e a paz dos encarnados, transmitindo somente o que pode ser dito. Parece que Miramez deixou que os vampiros iniciassem sua ação, para que pudéssemos ter uma ideia de como as coisas acontecem nos frigoríficos.
Lancellin continua a narrar a visão perturbadora que todos estão tendo do frigorífico, os bois enfileirados a espera da morte, seguem cercados de vampiros astrais que desejam sugar seus fluidos plasmáticos, e tal visão dificulta o equilíbrio emocional dos presentes, e acredito que dificulte até essa leitura discreta que o espírito faz sobre , como ele mesmo coloca, “de como as coisas acontecem nos frigoríficos”.
O que questionamos agora é:
Estaria Lancellin mentindo sobre o que ocorre aos animais dentro dos frigoríficos?
Estaria ele inventando ações irreais apenas para apavorar os espíritas diante do que estes fazem aos seus irmãos inferiores evolutivamente?
Porque, ao ouvirmos o discurso de muitos palestrantes espíritas de renome, nos parece que Lancellin está apenas a fazer uma piada sobre o que ocorre dentro de um abatedouro, tal o desrespeito à vida dos animais no qual estes doutrinadores se lançam.
Já ouvimos inúmeros desdéns as palavras do Irmão X em sua defesa pelos animais, sabemos que este espírito é querido por todos, respeitado e amado, porém parece que quando se refere aos animais “não sabe o que fala”. Seria isto o que ocorre ? Suas palavras servem apenas na defesa da vida humana e não da vida animal?
Quando Irmão X nos diz:
Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia. Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais. O cemitério na barriga é um tormento, depois da grande transição. O lombo de porco ou o bife de vitela, temperados com sal e pimenta, não nos situam muito longe dos nossos antepassados, os tamoios e os caiapós, que se devoravam uns aos outros. 
Não sabe ele o que diz então? 
Supostamente estaríamos autorizados a alegar que não, Irmãos X, André Luiz, Emmanuel, Lancellin e tantos outros não sabem o que dizem a respeito dos abatedouros e da carne se não soubéssemos nós de onde provém o bife que está em nosso prato. Nós sabemos, apenas não aceitamos que nos digam pois somos seres vampirizadores dos animais quando nos sentamos a mesa de refeição, apenas nos negamos a aceitar nossa inferioridade diante disso. 
Ao prosseguir na narrativa, torna-se ainda mais difícil a leitura do que ocorre a nossos irmãos animais: 
Quando o magarefe enterrou a lâmina no pescoço do animal, cortando-lhe as veias, o vampiro-chefe avançou em primeiro lugar e sorveu, de mais ou menos uma distância de trinta centímetros, o fluido do plasma sanguíneo com uma habilidade espetacular. O plasma etérico se dividia, pela vontade dele, em dois jatos de energia que entravam pelas narinas e por sua boca, posicionada em forma de bico. Era grande a satisfação. Depois que sugou de uns três animais, ante a inquietação dos outros, ele deu um sinal para o primeiro. Esse veio e fez o mesmo, sugando as energias vitais do animal. Quando chegou a vez do quinto Espírito, senti que para mim era um sacrifício imputado aos meus sentimentos. Era demais! Então, pude observar que vampiro e magarefe eram uma coisa só. Miramez segredou-me, mesmo estando eu com a emoção um pouco alterada:
— Vê, Lancelin! A mediunidade se processa em toda a parte. Este irmão está servindo de instrumento para os Espíritos da sua mesma faixa se alimentarem com as energias do animal. E o pior é que essa classe de Espíritos recebe magnetismo inferior do animal, fortalecendo seus instintos mais baixos, e transmitem para o mesmo animal, ou seja, para a sua carne e ossos, outro tipo de fluidos pesados na mesma frequência, com os quais os homens, depois, vão inundar seus organismos. É por isso que os comedores de carne dos animais mostram, de vez em quando, no cotidiano, algo que lembra esses Espíritos. Os espíritas se livram deste magnetismo inferior com os recursos dos passes, da água fluidificada e, por vezes, de prolongadas leituras espirituais; os evangélicos e também alguns católicos se libertam dele nos ambientes das igrejas, mas sempre fica alguma coisa para se transformar em doenças perigosas.
A medicina tem quase a idade do planeta, se buscarmos sua origem, e quanto mais descobre remédios, mais surgem doenças, por lhe faltar um senso profundo, um entendimento mais correto sobre as causas. Ela trata, infelizmente, somente dos efeitos.
Todas as causas são morais, na extensão desta palavra. O mundo todo se preocupa só em instruir a humanidade, esquecendo que o melhor é Educar, mostrar-lhe o valor do bem. A salvação da humanidade encarnada e desencarnada está na descoberta do Amor, mas o amor universal.
Lancellin faz referências importantes ao que ocorre com os animais neste lugar aterrador e com o corpo que irá virar bife, o magnetismo recebido pelos vampiros que lhes realça o instinto animalizado e a transferência do magnetismo pesado e inferior deles, vampiros, para o corpo sem vida do animal, lembrando que este corpo irá ser vendido nos açougues e com a qual “os homens, depois, vão inundar seus organismos.”
“Essa classe de Espíritos recebe magnetismo inferior do animal, fortalecendo seus instintos mais baixos, e transmitem para o mesmo animal, ou seja, para a sua carne e ossos, outro tipo de fluidos pesados na mesma frequência, com os quais os homens, depois, vão inundar seus organismos.”
Estes que vão se inundar deste baixo magnetismo, estes que tiraram a vida do animal, nosso irmão, estes somos todos Nós que nos alimentamos de suas carnes, que desdenhamos dos Espíritos que defendem a vida animal como se a vida de cada um deles de nada nos valesse. Somos nós que ignoramos suas dores ao dizer que temos o Nosso Momento, que temos a Nossa Necessidade, e que egoisticamente praticamos o massacre de bilhões de animais todos os anos. Por isso Lancelin nos diz que todas as causas de nossas doenças são morais, por isso nos fala sobre a importância do Educar e não do apenas Instruir nas noções do Bem; e para demonstrar a importância dessa educação , trazemos outra citação do Irmão X :
”A rigor, a Religião deve orientar as realizações do espírito, assim como a Ciência dirige todos os assuntos pertinentes à vida material. Entretanto, a Religião até certo ponto, permanece jungida ao superficialismo do sacerdócio, sem tocar a profundeza da alma.”
“Ao superficialismo do sacerdócio, sem tocar a profundeza da alma” ,uma superficialidade ética e moral, uma superficialidade que não nos permite atingir o Amor Universal, que nãos nos permite ver os animais como irmãos e que não nos permite fazer da Terra um lugar melhor, onde não seja necessária, como coloca Lancellin, a morte de seres inocentes.
De André Luiz
“Os seres inferiores e necessitados do Planeta não nos encaram como superiores generosos e inteligentes, mas como verdugos cruéis. Confiam na tempestade furiosa que perturba as forças da Natureza, mas fogem, desesperados, à aproximação do homem de qualquer condição, excetuando-se os animais domésticos que, por confiar em nossas palavras e atitudes, aceitam o cutelo no matadouro, quase sempre com lágrimas de aflição, incapazes de discernir com o raciocínio embrionário onde começa a nossa perversidade e onde termina a nossa compreensão. Se não protegemos nem educamos aqueles que o Pai nos confiou, como germens frágeis de racionalidade nos pesados vasos do instinto; se abusamos largamente de sua incapacidade de defesa e conservação, como exigir o amparo dos superiores benevolentes e sábios, cujas instruções mais simples são para nós difíceis de suportar, pela nossa lastimável condição de infratores da lei de auxílios mútuos ?”
De Emmanuel
1“A ingestão das vísceras dos animais é um erro de enormes consequências, do qual derivaram numerosos vícios da nutrição humana. É de lastimar semelhante situação, mesmo porque, se o estado de materialidade da criatura exige a cooperação de determinadas vitaminas, esses valores nutritivos podem ser encontrados nos produtos de origem vegetal, sem a necessidade absoluta dos matadouros e frigoríficos. ”
De Irmão X
Preliminarmente, admito deva referir-me aos nossos antigos maus hábitos. A cristalização deles, aqui, é uma praga tiranizante. Comece a renovação de seus costumes pelo prato de cada dia. Diminua gradativamente a volúpia de comer a carne dos animais. O cemitério na barriga é um tormento, depois da grande transição. O lombo de porco ou o bife de vitela, temperados com sal e pimenta, não nos situam muito longe dos nossos antepassados, os tamoios e os caiapós, que se devoravam uns aos outros.
Mas não permitimos que elas toquem a profundeza de nossa alma,e nos distanciamos dia a dia do amor acreditando que o bem só é bem se for de ser humano para ser humano, ideia falaciosa que projetamos uns nas mentes do outros apenas para que continuemos a ser o que somos, seres inferiores e egoístas.
A dúvida é: Até quando?
Nós somos culpados pela morte dos animais, de bilhões de animais. Nós tratamos como coisas, objetos, não como filhos de Deus e tentamos a todos momento justificar nossos atos violentos contra eles.
Os Incas e Astecas também achavam necessário sacrificar pessoas … no entendimento deles, a manutenção da vida (deles) igualmente “requer essa violência(sacrifício humano) com seres inferiores sacrifícios humanos, mas por que no limiar do Século 21 precisamos aceitar que o estágio de evolução no qual nos encontramos ainda requeira essa violência e justamente contra aqueles que nomeamos de “inferiores”?
Porque somos inferiores tanto quanto julgamos nosso Outro, seja ele animal ou hominal, essa nossa desculpa para a prática e a cristalização no mal.
Por isso temos que tomar muito cuidado com tudo que lemos e ouvimos, pois a cristalização de pensamento não permite a mudança de uma mentalidade de maus hábitos para bons hábitos. podemos notar que , para a continuidade da existência dos frigoríficos, muitos amigos citam Emmanuel e os problemas econômicos que o seu desaparecimento poderia causar. Alguém acredita que os frigoríficos desapareceriam do dia para a noite deixando desempregados milhares de pessoas que se sustentam com a morte dos animais? E as fábricas de armamentos que igualmente matam crianças, jovens, velhos, não devemos ser contra elas também ou devemos pensar nas milhares de pessoas que igualmente se sustentam com o genocídio? Assim o é com o trafico de drogas, com as grandes corporações de fumo e álcool, criando dezenas de doenças e desavenças entre as famílias. Mas, infelizmente só pensamos deste modo, como Emmanuel narra, quando se trata de animais, e o mais complicado nisso tudo é que, tais palavras, vindas de um Espírito de Luz são extremamente significativas para muitos espíritas, cristalizando neles a necessidade da morte dos animais.
Só não nos apercebemos que esse mesmo pensamento de justificação no mal pode , igualmente, justificar uma guerra contra os mais fracos, mesmo que sejam humanos, ou que alguém de um outro Planeta, que seja mais intelectualizado que nós, nos use como servos e nos abata como abatemos os animais.
Não é mais possível deixar que outros pensem por nós. não é mais possível ler as frases que citamos acima e ficarmos ignorantes ao que ocorre com os animais, somos tão vampiros deles quanto os vampiros que se encontravam nos abatedouros, os animais possuem tanto medo de nós quanto deles, é necessário que repensemos se desejamos a Terra como está, requerendo a violência , ou se desejamos torná-la um lar para todos nós, seres hominais, animais, e vegetais.
Fonte: Portal do Espírito.

REFERÊNCIAS

Iniciação – Viagem Astral. João Nunes Maia, pelo Espírito Lancellin. Editora Espírita Fonte Viva Cartas e Crônicas. Irmão X – Psicografia de Chico Xavier. O Consolador – Emmanuel – Psicografia de Chico Xavier. Fonte; portal do Espírito



"SOMOS ALGOZES OU VÍTIMAS?"


Ser humano é muito mais do que simplesmente termos o físico, pois nele não somos, apenas estamos. 
E, nós, espíritos, temos a tendência de errar na vigília e escorregar na hipocrisia. Querem ver? Pois pensem e analisem, não precisarão de muito esforço, tenho certeza. 
Pregamos a ecologia e defendemos a Mata Atlântica com toda propriedade, mas coitada da árvore plantada em frente à nossa casa, sequinha, esquecemos de regar-lhe, nem que seja uma vez na semana. E, se a chuva demora, morre ao abandono. 
A samambaia da garagem, nem olhamos para ela. Não avaliamos que o pouco verde que nos cerca trabalha ao nosso favor, mesmo em silêncio e sem cobrança. 
Gritamos com força: – Precisamos diminuir o lixo do planeta! Mas, os outros que o façam, porque assim que saí um modelo novo de celular, com mais recursos, mesmo que nunca usaremos e, embora o que temos funcione ainda muito bem, jogamos fora o nosso sem pensar duas vezes e saímos correndo para comprar a novidade, criando mais lixo, e pior, lixo tóxico. 
Fazemos passeatas para se construir estádios, e faltam hospitais, escolas de boa qualidade, e ninguém faz passeata para exigir isso, pois já pagamos adiantados, podendo ou não, através dos altos impostos cobrados. 
A corrupção e impunidade correm soltas, mas nos deixamos manipular  em “vigiar” outras coisas que não fazem diferença nenhuma em nossas vidas. 
Doamos tempo ajudando nos hospitais e casas de ajuda, o que é louvável, mas não temos paciência com o filho peralta, com o parente em cima de uma cama, ou com  os queixumes de uma pessoa que passa por uma fase difícil e precisa de um amigo. 
Doamos dinheiro, muitas vezes em cheques polpudos às campanhas e sequer pagamos um salário justo aos funcionários, ou horas extras, dando-lhes a chance de progredirem, investirem em si mesmos, em melhor qualidade de vida, e juramos não ser escravocratas! 
Gente! Caridade começa em casa, onde parece que esquecemos de fazer e estende-se a tudo que nos cerca. É uma das causas da crise social que nos cerca, onde somos algozes e vítimas.

 Por Amarilis de Oliveira -Portal do Espírito


"SEJA LUZ"


Mensagens de Chico Xavier


sábado, 20 de maio de 2017

INFLUÊNCIA ESPIRITUAL QUE SOFREMOS!

A afinidade consiste na semelhança, identidade ou conformidade de gostos, interesses, sentimentos, propósitos, pontos de vista. Por sua vez, a sintonia se estabelece em virtude da atração e da simpatia que passa a vigorar entre as partes que mantêm afinidade. E pelos mecanismos da lei de afinidade, a sintonia constitui lei inderrogável. Quais as implicações, as consequências disso?
Afinidade é “uma faixa de união” em que nos integramos uns com os outros. Em tudo, vemos integração, afinidade, sintonia... E de uma coisa não tenhamos dúvida: através do pensamento, comungamos uns com os outros, em plena vida universal.
Todas as coisas que existem no Universo vivem em regime de afinidade. Desde o átomo até os arcanjos tudo é atração e sintonia. Nada que te alcança a existência é ocasional ou fruto de uma reação sem nexo.
Teu livre-arbítrio indica com precisão a posição de ocupas no Cosmo, uma vez que cada indivíduo deve a si mesmo a conjuntura favorável ou adversa em que se situa no momento atual.
Vieste da inconsciência – simples e ignorante – e, pela lei da evolução, caminhas para a consciência escolhendo a estrada a ser percorrida.
Encontrarás o que busca. Tens a posse daquilo que deste.
Convives com quem sintonizas. Conhecerás o que aprendeste, mas somente incorporarás na memória o que vivenciaste.
Avanças ou retrocedes de acordo com a tua casa mental.
Felicidade ou infelicidade são subprodutos de teu estado íntimo.
Amigos são escolhas de longo tempo. Teu círculo doméstico é a materialização de teus anseios e de tuas necessidades de aprendizagem.
Pelo teu jeito de ser, conquistarás admiração ou desconsideração.
O que fizeres contigo hoje refletirá no teu amanhã, visto que o teu ontem decidiu o teu hoje.
Com teus pensamentos, atrais, absorves, impulsionas ou rechaças. Com tua vontade, conferes orientação e rumo, apontando para as mais variadas direções. Disse Jesus: “Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto”.
Sintonia é a base da existência de toda alma imortal. Seja na vida física seja na vida astral, a lei de afinidade é princípio divino regendo a ti, a todos os outros e a tudo.
Observa: viver no drama ou na realidade, na aflição ou na serenidade, na sombra ou na luz, é postura que está estritamente relacionada com teu modo de sentir, pensar e agir.
A afinidade consiste na semelhança, identidade ou conformidade de gostos, interesses, sentimentos, propósitos, pontos de vista.
Por sua vez, a sintonia se estabelece em virtude da atração e da simpatia que passa a vigorar entre as partes que mantêm afinidade.
Podemos aprender, com os postulados da Doutrina Espírita e sua literatura, que, pelos dispositivos da lei de afinidade, a sintonia constitui lei inderrogável, ou seja, que não pode ser abolida, anulada, eliminada, extinta. E qual a implicação, a consequência disso? Onde colocarmos os pensamentos e os sentimentos, aí se nos desenvolverá a própria vida, porque vivemos sob a influência das crenças e valores que alimentamos, das emoções que cultivamos, das aspirações e dos propósitos que guiam nosso cotidiano.
Sejamos ou não conscientes dessa responsabilidade, cada um de nós encontra-se, constantemente, atraindo as circunstâncias e as pessoas que, de uma forma ou de outra, entram em consonância com o nosso mundo interior. Assim, cada um de nós conviverá sempre e em toda parte e a todo momento com aqueles com os quais se afina, efetuando inevitáveis trocas energéticas.
E qualquer alteração nesse compartilhar dependerá, necessariamente, da transformação de nossa condição íntima, porque as forças que nos unem uns aos outros são as que, em primeiro lugar, emitimos de nós. Em essência, somos o que pensamos e sentimos – e, por conseguinte, o que fazemos –, conectando, de modo automático, nosso mundo interno ao universo externo, pois estamos com todos e no todo e tudo está em nós.
Parafraseando o “dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és”, concluiremos que, basta conhecermos nossas reais motivações e a índole de nossos amigos, para atestarmos com quem desejamos nos assemelhar. Nesse sentido, o espírito Emmanuel advoga que, se sintonia é acordo mútuo, “todo aquele coração que palpita e trabalha no campo dos ensinamentos de Jesus, a Jesus se assemelhará.”
Mentes comungam com mentes que se lhes assemelham.
Espíritos sintonizam com espíritos que lhes são afins.
Pessoas sincronizam com pessoas em quem se comprazem.
E, na grande romagem, todos somos instrumentos das forças com as quais estamos em sintonia.
Todos somos médiuns, dentro do campo mental que nos é próprio, associando-nos às energias edificantes, se o nosso pensamento flui na direção da vida superior, ou às forças perturbadoras e deprimentes, se ainda nos escravizamos às sombras da vida primitivista ou torturada.
Cada criatura, com os sentimentos que lhe caracterizam a vida íntima, emite raios específicos e vive na onda espiritual com que se identifica.
Na sua carta aos hebreus (12:1), o Apóstolo Paulo comenta sobre uma “nuvem de testemunhas” a nos rodear, advertindo-nos quanto à condição moral dos indivíduos que temos por companheiros. Todavia, serão eles apenas os que se encontram, materialmente, participando de nossa rotina familiar, profissional e social?
Segundo os ensinamentos trazidos por Allan Kardec, organizador e codificador da Doutrina Espírita, a realidade é muito mais ampla.
Pelo nosso modo de ser e de agir, não somente escolhemos os amigos e os ambientes de nossa preferência, como também atraímos os indivíduos que vivem no mundo espiritual – os espíritos –, tanto quanto somos por eles atraídos, mesmo que não acreditemos ou sejamos conscientes dessa presença.
Na questão 484, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, temos: “Os Espíritos se afeiçoam de preferência por certas pessoas?”
Resposta: Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem, ou suscetíveis de se melhorarem; os Espíritos inferiores com os homens viciosos ou que possam vir a sê-los. Daí sua afeição, por causa da semelhança das sensações.
Em outra oportunidade, Kardec também comentou: “Todas as imperfeições morais são outro tanto de portas abertas que dão acesso aos maus Espíritos.”
Cada um de nós constrói, de uma maneira muito particular, sua própria atmosfera moral. As desarmonias e transtornos existenciais são decorrentes das imperfeições morais, e que, pelos processos naturais da afinidade e da sintonia, atraem espíritos igualmente imperfeitos e desequilibrados. E, estes, ao envolverem com seus pensamentos perturbadores e doentios o indivíduo que se permite sofrer-lhes o assédio, influenciam negativamente o campo da vontade e do discernimento do encarnado, podendo empurrá-lo para situações difíceis, complicadoras ou calamitosas.
No entanto, o Espírito Joanna de Ângelis explica o ‘reverso da medalha’:
Como não existem violências contra as Leis universais, nem privilégios para uns indivíduos em detrimento de outros, quem ora e procura situar-se em equilíbrio direciona ondas mentais que alcançam as Regiões felizes da Espiritualidade, despertando amor e interesse dos Guias espirituais, que acorrem pressurosos para auxiliá-lo. Assim, promovem encontros inesperados, inspirando um e outro a tomarem o mesmo caminho, de forma que se defrontarão em determinado lugar, casualmente, embora hajam sido telementalizados na escolha do roteiro.
Noutras vezes, determinada aspiração ou necessidade que se apresente improvável, porque a mente se encontra em sintonia com o mundo transcendente, é inspirado a tomar tal ou qual decisão que terminará por solucionar o desejo.
Repetidamente, pequenas ocorrências dão-se com naturalidade, propiciando encantamento e ventura, que enriquecem de esperança e de gratidão aquele que é eleito.
Sintonizar é estar na mesma frequência mental-emocional de outrem, podendo captar e emitir pensamentos simultaneamente.
Dessa forma, sintonizar com os espíritos é colocar-se predisponente ao contato psíquico com eles de forma consciente ou inconsciente.
Cada indivíduo assimila as forças superiores ou inferiores com as quais se identifica. Por isso mesmo, Jesus recomendou a vigilância e a oração como antídotos contra as sugestões desequilibrantes, oriundas tantos dos encarnados como dos desencarnados.
Para a sintonia com os espíritos superiores, devemos desfocar o pensamento e o sentimento daquilo que esteja nos incomodando ou deixando-nos desassossegados, de modo a captar outras ideias disponíveis à nossa consciência. Daí a importância de aprendermos a disciplinar os pensamentos, exercitando a higiene mental através de reflexões superiores e da oração, pois são estas que nos permitem a mudança/elevação de nosso estado íntimo.
Todavia, cultivar bons pensamentos e sentimentos durante a oração não é simplesmente construir boas idéias no momento em que se queira conectar com os espíritos desencarnados voltados ao bem, mas, também estabelecer um estilo de vida pessoal que favoreça naturalmente o surgimento de ambos. Assim, aquele que é ético e trabalha-se continuamente no exercício de sua amorosidade, obviamente que tem por testemunha os espíritos do amor e da paz, e que o auxiliam em sua trajetória evolutiva, pois, se é verdade que cada um somente pode dar conforme o que tem, torna-se obvio que cada um recebe de acordo com aquilo que dá.
Bons pensamentos contribuem para a sintonia com Bons Espíritos. Bons sentimentos fortalecem a ligação do indivíduo com aqueles espíritos, na medida em que foram construídos com base na bondade e no amor. A amorosidade da pessoa é uma das formas mais seguras de construir sentimentos superiores.
Na faixa mental em que você atua, é natural que receba as mensagens com o mesmo teor vibratório como as envia.
Quem aspira à elevação moral e espiritual, sintoniza com vibrações superiores, que se fazem estímulos vigorosos, produzindo harmonia interior e renovação.
(...) Quem se demora no pessimismo, acalentando insucessos, assimila ondas inferiores, que carreiam miasmas pestilenciais, fixando-os nos paineis da emoção, que geram desequilíbrios e enfermidades.
(...) A felicidade começa no ato de desejá-la.
A desdita se inicia no instante em que você lhe dá guarida.
Utilize bem o tempo, tudo fazendo para que o seu momento seguinte seja-lhe sempre mais promissor e agradável.
O que não alcance agora, insistindo, conseguirá depois.
Eleja, portanto, os ideais de engrandecimento humano e não se detenha nunca.
Urge conscientizarmo-nos de nossa condição de espíritos imortais, e que, como tal, devem realizar-se através da incorporação dos mais elevados princípios e valores da moralidade e da amorosidade.
Quando Allan Kardec, em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, por orientação dos Espíritos Superiores, ressaltou a importância do estudo, não o fez com a propósito de que nos intelectualizássemos em excesso, sobretudo para demonstrar aos demais a superioridade de nossa capacidade e inteligência, mas para que, por meio dos conhecimentos adquiridos, aprendêssemos a selecionar o que verdadeiramente contribuísse para com o nosso enriquecimento íntimo. A reeducação íntima nos tira da ociosidade, traz luz ao espírito, harmoniza a mente, bem como possibilita a aproximação dos espíritos interessados em nossa ventura.
De acordo com o Espírito André Luiz, nossa alma pode ser comparada a espelho vivo com qualidades de absorção e exteriorização. Recolhemos a força da vida em ondas de pensamento e as expressamos através das palavras, dos exemplos, das atitudes.
Procederam acertadamente aqueles que compararam nosso mundo mental a um espelho.
Refletimos as imagens que nos cercam e arremessamos na direção dos outros as imagens que criamos.
E, como não podemos fugir ao imperativo da atração, somente retrataremos a claridade e a beleza, se instalarmos a beleza e a claridade no espelho de nossa vida íntima.
Os reflexos mentais, segundo a sua natureza, favorecem-nos a estagnação ou nos impulsionam a jornada para a frente, porque cada criatura humana vive no céu ou no inferno que edificou para si mesma, nas reentrâncias do coração e da consciência, independentemente do corpo físico, porque, observando a vida em sua essência de eternidade gloriosa, a morte vale apenas como transição entre dois tipos da mesma experiência, no “hoje imperecível”.
- 278. Os Espíritos das diferentes ordens estão misturados? Sim e não; quer dizer, eles se vêem, mas se distinguem uns dos outros. Eles se evitam ou se aproximam segundo a analogia ou a simpatia de seus sentimentos como acontece entre vós. É todo um mundo do qual o vosso é o reflexo obscuro. Os Espíritos da mesma categoria reúnem-se por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias de Espíritos unidos pela simpatia e pelo objetivo a que se propuseram: os bons pelo desejo de fazer o bem, os maus pelo de fazer o mal, pela vergonha de suas faltas e pela necessidade de se encontrarem entre os que se lhes assemelham.
Tal uma grande cidade onde os homens de todas as categorias e de todas as condições se vêem e encontram sem se confundirem; onde as sociedades se formam pela analogia dos gostos; onde o vício e a virtude convivem sem se falarem.
Conforme as informações compiladas por Allan Kardec, no mundo espiritual, os espíritos se organizam de acordo com seus níveis evolutivos e por semelhança de propósitos e interesses. À medida que evoluem e mudam de situação, ainda assim, se agrupam com aqueles que se encontram na mesma faixa de evolução. Na vida material, também os encarnados se buscam pelas afinidades e, em geral, realizam suas tarefas de acordo com suas motivações.
Todos temos um círculo de amizade preferido. São as afinidades resultantes de experiências vividas em comum: atos de amor compartilhados; feridas abertas por alguns, mas cicatrizadas pela amizade e pelo cuidado de outros; problemas em comum e que exigem a união de esforços para serem resolvidos; compromissos de auxílio recíproco... Para uma existência agradável, é fundamental a convivência com pessoas que entendam a vida de forma parecida à nossa, que busquem os mesmos objetivos que os nossos, que professem a mesma religiosidade... Tudo isso é bastante natural e deve ser cultivado.
No entanto, nada disso nos impede de estabelecer uma boa relação com os demais, participando de fatos e ações ao lado deles. Afinal, conviver com as diferenças nos ajuda a crescer, a desenvolver nossas potencialidades de compreensão e de aceitação para com aqueles que não cultivam os mesmos gostos, interesses, sentimentos, propósitos e pontos de vista. Quanta tranquilidade poderíamos usufruir se apenas aprendêssemos a nos livrar da visão de acharmo-nos o melhor, o sempre correto, de ser senão o dono da verdade, ao menos o seu melhor intérprete. Ficaria mais fácil aceitar a nós mesmos e ao outro.
É no lar que os espíritos renascem juntos por afinidades e, sobretudo, por contingências expiatórias, em virtude de a família ser o principal organismo depurador de conflitos do passado. É nela que se reúnem antigos amores e velhos desafetos, ambiente no qual os espíritos têm a oportunidade de exercitar o perdão e o amor sob os mais diversos aspectos.
Segundo os postulados espíritas, pelo fato de os laços de sangue nem sempre reunirem as almas essencialmente afins, o componente da família que conosco se relaciona e com o qual não temos afinidade ou mesmo sentimos certa aversão, é sempre alguém a quem temos de aprender a compreender e aceitar em nosso próprio benefício. E a aceitação não consiste na concordância com suas inadequadas atitudes, mas na disposição de ajudá-lo na superação de suas dificuldades, notadamente, as íntimas.
Na questão 204, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Allan Kardec questiona a Espiritualidade Maior: “Uma vez que temos tido várias existências, a parentela remonta além da nossa existência atual?”
Resposta: Não pode ser de outra forma. A sucessão das existências corporais estabelece entre os Espíritos laços que remontam às existências anteriores. Daí, muitas vezes, decorre as causas da simpatia entre vós e certos Espíritos que vos parecem estranhos.
E, em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, o codificador anota:
Os Espíritos formam, no espaço, grupos ou famílias unidos pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações; esses Espíritos, felizes por estarem juntos, se procuram; a encarnação não os separa senão momentaneamente, porque, depois da sua reentrada na erraticidade, se reencontram, como amigos ao retorno de uma viagem. Frequentemente mesmo, eles se seguem na encarnação, onde se reúnem numa mesma família, ou num mesmo círculo, trabalhando em conjunto para seu mútuo adiantamento. Se uns estão encarnados e outros não o estejam, nem por isso não estão menos unidos pelo pensamento; os que estão livres velam sobre os que estão cativos; os mais avançados procuram fazer progredir os retardatários. Depois de cada existência, deram um passo no caminho da perfeição; cada vez menos ligados à matéria, sua afeição é mais viva, pelo fato mesmo de ser mais depurada, não perturbada mais pelo egoísmo, nem pelas nuvens das paixões. Eles podem, pois, percorrer um número ilimitado de existências corporais, sem que nenhum prejuízo afete sua mútua afeição.
Entenda-se que se trata aqui da afeição real de alma a alma, a única que sobrevive à destruição do corpo, porque os seres que não se unem neste mundo senão pelos sentidos, não têm nenhum motivo para se procurarem no mundo dos Espíritos. Não há de duráveis senão as afeições espirituais; as afeições carnais se extinguem com a causa que as fez nascer; ora, essa causa não existe mais no mundo dos Espíritos, enquanto que a alma existe sempre. Quanto às pessoas unidas pelo único móvel do interesse, elas não estão realmente em nada unidas uma à outra: a morte as separa sobre a Terra e no céu.
A união e a afeição que existem entre os parentes são indício de simpatia anterior que os aproximou; também diz-se, falando de uma pessoa cujo caráter, gostos e inclinações não têm nenhuma semelhança com os de seus parentes, que ela não é da família.
Dizendo isso, se enuncia maior verdade do que se crê. Deus permite, nas famílias, essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos, com o duplo objetivo de servir de prova para alguns e de meio de adiantamento para outros. Os maus se melhoram pouco a pouco ao contato dos bons e pelos cuidados que dele recebem; seu caráter se abranda, seus costumes se depuram e suas antipatias se apagam; é assim que se estabelece a fusão entre as diferentes categorias de Espíritos, como ocorre na Terra, entre as raças e os povos.
Fazendo um balanço, através de reflexões, és impelido a renovar conceitos, face à necessidade de colocar o Senhor em muitas das posições que Lhe competem e que Lhe tens negado.
Não poucas vezes, receoso e desiludido, interrogas, concluindo falsamente, qual registrando resposta infeliz, decorrente da íntima secura que padeces.
Se ainda não te convenceste da necessidade de sintonizar com Ele, completa os raciocínios, pondo-O presente e notarás diferenças.
Mencionas cansaço e desequilíbrio como carga que se sobrepõe, esmagadora, quase te conduzindo ao fracasso. Todavia: "O fardo é leve!"
Referes que a amizade de amigos transitou da tua para províncias estranhas. Em decorrência sofres o vazio que ficou na alma, graças à deserção deles. No entanto: "Aquele que não tomar a sua cruz e seguir-me, não é digno de mim."
Esclareces que a monotonia das atividades a pouco e pouco mata o ardor do ideal que antes te abrasava. Tens a sensação de que já não é a mesma a chama da fé, que ardia em ti. Apesar disso: "O trabalhador da undécima hora faz jus ao salário daquele da hora primeira."
Informas que desejarias novos sinais dos Céus, a fim de que se robustecessem as convicções que parecem esvaziadas de conteúdo, na torpe sociedade de consumo.
Sem embargo, a lição é simples: "os que não viram e creram."
Minado por enfermidades insistentes que te roubam a vitalidade, inquires: "Onde o auxílio divino, na direção das minhas necessidades?" Não obstante, a resposta está enunciada há quase dois mil anos: "Nem todos foram curados."
A ronda da fome aumenta cada vez mais, ampliando as dimensões dos seus domínios, e a miséria, soberana, governa milhões de destinos. Marejam-se os teus olhos, em justa compunção. No íntimo, indagas: "Por que o Senhor não solve a dificuldade?"
Entrementes, a elucidação já foi dada: "Nem só de pão vive o homem..."
Sim, são horas de balanço interior, momento de colher o resultado da semeadura.
Cada um respira emocionalmente o clima da província psíquica em que situa as aspirações.
O homem alcança o destino que lhe compraz, e o ideal, nele, tem a vitalidade que o suprimento de sacrifício lhe dá, através de quem o sustenta.
És parte da família que constitui o rebanho do Cristo. O Senhor prossegue o mesmo. Faze um exame racional e honesto, a fim de verificares se a mudança, por acaso, não terá sido de tua parte.
O rumo que Ele nos aponta continua indicando liberdade. As amarras foram construídas por cada qual, para a própria escravidão espiritual.
Diante de tais considerações, no báratro dos tormentosos dias, convém consultar Jesus, sem cessar, e, se tiveres ouvidos capazes de escutar-lhe, discernindo, percebê-lo-ás a repetir: "Eu sou o Caminho: Vinde a mim!"
O Espírito consciente, no entanto, embora submetido às leis que lhe presidem o destino, tem consigo a luz da razão que lhe faculta a escolha.
A inteligência humana, encarnada ou desencarnada, pode contribuir, pelo poder da vontade, na educação ou na reeducação de si própria, selecionando os recursos capazes de lhe favorecerem o aperfeiçoamento.
A reflexão mental no homem pode, assim, crescer em amplitude e sublimar-se em beleza para absorver em si a projeção do Pensamento Superior.
Tudo dependerá de nosso propósito e decisão. Enquanto nos comprazemos com a ignorância ou com a indiferença para com os princípios que nos governam, somos cercados sem defensiva por pensamentos de todos os tipos, muitas vezes na forma de monstruosidades e crimes, em quadros vivos que nos assaltam a imaginação ou em vozes inarticuladas que nos assomam à acústica do espírito, conduzindo-nos aos mais escuros ângulos da sugestão.
É por isso que notamos tanta gente ao sabor das circunstâncias, aceitando simultaneamente o bem e o mal, a verdade e a mentira, a esperança e a dúvida, a certeza e a negação, à maneira de folha volante na ventania.
Eduquemo-nos, estudando e meditando, para refletir a Divina Inspiração.
Lembremo-nos de que o impulso automático do braço que levanta a lâmina homicida pode ser perfeitamente igual, em movimento, ao daquele que ergue um livro enobrecedor.
A atitude mental é que faz a diferença. Nosso pensamento tem sede de elevação, a fim de que a nossa existência se eleve.
Construamos em nós o equilíbrio e o discernimento.
Rendamos culto incessante à bondade e à compreensão.
Habitualmente contemplamos no espelho da alma alheia a nossa própria imagem, e, por esse motivo, recolhemos dos outros o reflexo de nós mesmos ou então aquela parte dos outros que se harmoniza com o nosso modo de ser.
Não bastam à nossa felicidade aquisições unilaterais de virtude ou valores incompletos.
Todos temos fome de plenitude. O desejo é o imã da vida.
Desejando, sentimos, e, pelo sentimento, nossa alma assimila o que procura e transmite o que recebe. Aprendamos, pois, a querer o melhor, para refletir o melhor em nossa ascensão para Deus.

Fonte: Espirit book

“MISTÉRIOS DA VIDA APÓS A MORTE”

Há algumas falsas concepções que convêm abordar desde já, para as destruir quanto antes. Uma delas, refere-se à suposição de que no momento da morte a separação do homem do seu corpo físico possa causar sofrimento. O testemunho das pessoas que assistem ao passamento, principalmente médicos e enfermeiros, é unânime em afirmar que quase todos os moribundos expiram placidamente, mesmo os acometidos de doenças longas e dolorosas, o que não é contradito pelo chamado “estertor mortal” ou “cirro da morte”, mais ou menos agitado, que sucede segundos antes, pois que se trata do corpo a deixar de respirar (ou seja, o escoar definitivo de PRANA para acontecer de imediato a ação mortal, ceifadora de APANA), apagando-se a vida do corpo que termina o ciclo de animação. De facto, se a morte é fruto da imprestabilidade ou desgaste definitivo do corpo físico aos demais veículos ou princípios, o ser, cujas sensações se expressam pelo seu corpo emocional, só pode sentir-se aliviado ao deixar o corpo tornado inútil.
Esse alívio extraordinário acompanhado de uma sensação indescritível de leveza, todos o sentem, tal como todos, uns mais e outros menos, é bem verdade, já têm desde dias antes da desencarnação uma visão nítida do mundo espiritual e dos seus habitantes, principalmente daqueles mais chegados (por antigos laços de parentesco, por exemplo) ao ente prestes a partir, como eles também já partiram. Com esses, apresentam-se igualmente os Auxiliares Espirituais que irão ajudar no processo da desencarnação. Tais Auxiliares serão de escala evolutiva imediatamente superior à do agonizante, e se este tiver sido pessoa de parca evolução, consequentemente, os seus Assistentes espirituais igualmente não serão de grande evolução, mesmo que superior à sua. Pelo contrário, o estudante de Sabedoria Divina, o Iniciado que desencarna tem sempre a apoiá-lo Seres de tal excelsitude que não raros clarividentes os confundem com o próprio Cristo, se for no Ocidente, ou então com o Buda ou com Krishna, se for no Oriente, tal a sua beleza e glória espiritual.
Outro conceito falso diz respeito à crença de que a morte é a grande igualadora universal. Esta crença fere substancialmente a Lei do Karma ou da “Causa e Efeito”, que é uma Lei Universal, válida não- somente para os indivíduos encarnados mas também para todos os seres e coisas manifestados. A desigualdade aparente no Mundo Físico, como todos a vemos, persiste no Mundo Astral e mesmo no Mental Concreto, principalmente naquele após a morte, e engana-se gravemente quem pensa que em se tirando a vida física dirimem-se os seus sofrimentos; quanto muito, consegue-se modificar a natureza deles.
Outra ideia falsa é pensar que a morte conduz indistintamente a consciência de todos a uma espécie de permanente sono calmo e sem sonhos ou com sonhos agradáveis. Não, o que se semeou em vida física e ficou impresso na memória mental que sobrevive à morte cerebral, é que irá determinar a sua vida extrafísica como um paraíso ou um inferno, rodeado por todas as imagens e pensamentos que criou, atraindo assim a beleza ou a fealdade de consciências afins. Já o disse no passado: “Faz de tua vida um céu para não vires a sofrer na morte as penas do teu inferno”…
A aparência do homem em seu corpo astral, que é o veículo bioplástico das imagens e o mais imediato, logo, o que mais impressiona ou imprime a forma a que se acostumara por ser a que tivera na vida orgânica, quase nada difere do que aparentava o seu corpo físico. A maior diferença, inculcada pela sensação de leveza e liberdade post-mortem, faz-se sentir no aspecto da idade, pois por norma – exceptuando aqueles ferreamente agarrados à vida que findou, ficando assim enfeiados e envelhecidos, quando não mantendo a aparência dos seus últimos dias terrenos – a aparência que toma o corpo astral é a de ser um tanto mais jovem, a qual vai tomando o seu corpo fluídico à medida que se desprende do envoltório carnal.
O momento da morte, por mais rápido que ela ocorra, não é instantâneo, pois que há sempre um estado intermediário entre a vida e a morte, à semelhança daqueles breves instantes em que se passa do estado de vigília ao de sono; é como o apagar de um bico de gás em que, antes da completa extinção, a chama vai decrescendo…
Esse momento de transição mais que importante é crucial para o futuro espiritual do ser em trânsito. Nesses breves instantes, mesmo que a morte seja rápida, o homem vê passar diante da sua consciência, com muitíssima maior nitidez que um filme de cinema, o panorama total da sua vida recém-concluída, até aos mínimos detalhes. Os acontecimentos apresentam-se em ordem inversa, recuando desde esse momento derradeiro até à infância, assistindo ele a esse desenrolar dos factos como um observador imparcial e, nessa contemplação, analisa a série infinita de causas que o fizeram agir, sentir e pensar, desde o nascimento até à morte, e dessa retrospecção deduz a natureza da vida que terá na futura encarnação. Tudo isso se passa nos breves instantes em que a chama da vida física vai se apagando… Tenha-se em mente que o factor Tempo como o conhecemos no Plano em que vivemos, não é idêntico ao dos demais Planos da Natureza: um segundo no Mundo Físico equivale a um minuto ou a uma hora no Astral, tal como um minuto ou uma hora parecem um ano ou um século no Mental. Nisto, quem não terá, em poucos segundos de sono, sonhado o desenrolar de acontecimentos que, nesse estado, lhe pareceram durar várias horas ou muito mais?
As conclusões que o homem tira de tudo o que acabou de ver nesses derradeiros instantes é como se fosse uma visão do seu futuro, porque ela é verdadeiramente imparcial. Nesse estado, o ser penetra no domínio completo das causas que gerou durante a vida: é o mundo dos mortos, o reino de YAMA, o mundo dos efeitos. Antes que se corte definitivamente o laço ou elo vital (o chamado “cordão prateado” ou o que liga os corpos mental e astral ao físico por intermédio do etérico, sendo que o “cordão d´ouro” ou Sutratmã é o que une os três aspectos da Mónada Imortal ou o Homem Verdadeiro) que o liga ao Mundo Físico, pode, por um supremo esforço de vontade, imprimir ao seu pensamento uma energia suficiente para determinar, desde esse momento, as condições em que virá a reencarnar. Eis a importância crucial do último pensamento do moribundo, pois nele reside o seu bom ou mau futuro espiritual. Sempre aconselhei ao ente prestes a entrar em trânsito a visualizar aquilo tenha como sendo o mais belo e grandioso na sua concepção pessoal: o Cristo, o Buda, o Mestre JHS, um Anjo de Glória, um Templo luminoso, uma Paisagem maravilhosa, a Flor-de-Lis, a Rosacruz, etc., isto sempre de acordo com a natureza do implicado, e sempre com a firme certeza de que a seguir Deus virá operar o Milagre da Ressurreição pelo indiscutível apoio imediato dos seus Santos e Sábios Emissários.
Por tudo isso, é de importância capital para o discípulo que visa preparar nesta vida as suas condições futuras (para isso, mister se faz a convicção absoluta na doutrina do Karma, não de maneira cega mas esclarecida), organizar para si um ideal superior de ser, meditar constantemente sobre ele e vivê-lo o melhor que souber e puder, ou seja, capacitando-se a possuir as mais nobres qualidades morais e espirituais de sabedoria, bondade, tolerância, sacrifício, justiça, etc., para que, na hora fugaz da sua morte, possa o seu pensamento evocar esse ideal, modelando assim as condições favoráveis à sua futura encarnação.
Sendo de importância crucial esse momento de retrospecção em seu trânsito para a vida espiritual, necessitando o moribundo de toda a atenção e sossego para concentrar-se nos fenómenos que então se processam em si e em seu torno, torna-se evidente que um ambiente exterior sossegado, ausente de agitações emocionais, redundará em benefício enorme para ele. As vibrações intensas dos choros e lamentações dos entes que o cercam, só podem prejudicá-lo afetando imenso o seu desprendimento corpóreo, principalmente se ainda for jovem cujos laços físicos rompidos são muito mais intensos que num idoso.
É, assim, prova de elevado nível de cultura espiritual quando a família do morto sabe conservar a devida calma diante do evento dessa natureza, pelo que as religiões, os médicos e os enfermeiros deveriam ter uma cultura maior nesta questão da morte do que aparentam ter, para efetivamente intervirem com toda a eficiência tanto junto do que parte como dos seus entes queridos que ficam.
O costume de contratar “mulheres chorosas” ou “carpideiras” para assistir ao último suspiro do moribundo e ao seu enterro, cada uma caprichando mais que a outra no fingimento de manifestações sofríveis por quem nunca conheceram, é dos piores e mais desrespeitosos atos que se podem fazer por atingirem dolorosamente a alma que parte…
Não se deve comparar o momento da morte com o Dia do Juízo, embora o morto passe naqueles instantes por uma provação, que é justamente a de rememorar todos os seus atos. Talvez seja um pequeno juízo, porque o Grande Dia do Juízo Final diz respeito exclusivamente a um certo momento da evolução da alma através da cadeia de mundos. Mas o que não se pode negar é o acerto, mesmo que débil em termos de cultura teosófica, das religiões em dar assistência moral ao moribundo, ajudando-o nesse instante crucial com preces elevadas.
Terminada essa fase de retrospecção, o homem entra num estado semiconsciente que corresponde à sua transição através do corpo etérico que deixa para trás ao mesmo tempo que o cordão da alma recua consigo até ao chakra umbilical do corpo astral, assim terminando a vida física, tornando-se o PRANA, “vida”, a APANA, “não-vida”. Com a saída da alma do corpo físico e deixando para trás o corpo etérico este fica ligado àquele, por ser o seu verdadeiro molde físico, mas já não o interpenetra, simplesmente fica flutuando sobre o cadáver, desagregando-se sincronicamente com o veículo físico. Por isso o cemitério apresenta o desagradável espetáculo dos corpos em decomposição com os seus moldes etéricos flutuando sobre eles como farrapos…
Isso leva à questão higiénica da cremação dos corpos advogada por muitos, principalmente no Oriente. Contudo e atendendo a que o processo de retrospecção e trânsito varia de alma para alma consoante a evolução alcançada, logo, sendo mais ou menos rápida a integração nos corpos superiores, deve-se ter muito cuidado em não queimar ou embalsamar o corpo antes de passarem, no mínimo, três dias depois da morte. Há aqueles que fazem a retrospecção e depois mantêm-se aferrados à vida que terminou, assim permanecendo no corpo etérico, e por repercussão acabarão sentindo os efeitos cirúrgicos de qualquer exame médico post-mortem ou ferimento provocado no corpo físico inerte. De maneira que, não é demais repetir, é aconselhável deixarem-se passar três dias antes de proceder a qualquer cremação, embalsamamento e até enterramento, como também a alguma autópsia, além de que pode acontecer o fenómeno, não raro, de um estado cataléptico, com paragem cardíaca temporária, ser confundido com morte orgânica.
Muitos que passaram pelo fenómeno cataléptico da “morte temporária”, dizem que nesse estado “penetraram num túnel luminoso ao fundo do qual havia gente ou paisagem, ou ambas as coisas”. Isso é fácil de explicar: Trata-se da abertura da visão suprafísica pela dilatação do chakra frontal, sem a ingerência das sensações físicas, dando-lhe assim o primeiro vislumbre do panorama do Plano imediato, o Astral. Quem, acaso, antes de adormecer nunca apercebeu um foco ou uma esfera luminosa na região frontal?…

Separado definitivamente do corpo denso, como disse, em geral o duplo etérico fica flutuando como uma nuvem violeta sobre o cadáver, constituindo aquilo que geralmente se chama de espectro. Então a consciência penetra num estado de sono, que perdura até se desprender completamente do mesmo duplo etérico, que vai de minutos a horas até dias e mesmo semanas, dependendo esse prazo da evolução consciencial alcançada pelo falecido. Para todos os efeitos, deve-se respeitar os três dias já assinalados… pois que desses em diante as condições para a execução das exéquias fúnebres entram em fase de degradação em qualquer sentido, e se acaso a alma permanecer ligada ao corpo morto através do duplo etérico em desagregação, então é sinal claro da sua parca evolução e farto karma, e tal será o seu castigo

"MENSAGEM PSICOGRAFADA PELO MUSICO CHORÃO: "VOLTEI AOS QUINTOS DOS INFERNOS ENLOUQUECIDO PELAS DROGAS" VISÃO ESPÍRITA".


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...