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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

“MORTES VIOLENTAS E PLANEJAMENTO REENCARNATÓRIO.”

Inegavelmente, vivemos um período em que a violência se acentua, tomando conta, quase que integralmente, da mídia televisiva e escrita. São notícias diárias de sequestros, roubos, estupros, homicídios e mortes causadas por acidente de carro.
A violência é fruto da nossa imperfeição moral, da predominância dos instintos agressivos (adquiridos pelos Espíritos nas vivências evolutivas no reino animal), que a razão ainda não converteu em expressões de amor.
Neste período de transição planetária, vivenciamos o ápice das provas e expiações, de forma que a violência atinge índices alarmantes, praticada por Espíritos ainda primários, que não desenvolveram os sentimentos nobres, os quais, nesse processo de expurgo evolutivo (separar o joio do trigo, como ensinava Jesus), após a desencarnação, já não terão mais condições vibratórias de reencarnar no planeta Terra. Lembremos, ainda, a assertiva de Jesus: Os mansos herdarão a Terra.
Anote-se que a tônica deste artigo é abordar a incidência do planejamento reencarnatório nos casos de mortes violentas, isto é, a vítima teria que desencarnar dessa maneira? E o agressor, também teria assumido esse papel de algoz antes de reencarnar?
Alguns autores espíritas defendem a ideia de que a morte causada pela violência alheia não fazia parte do contexto reencarnatório, em virtude de que ninguém reencarna para o mal, portanto o agressor não havia planejado matar alguém, de tal sorte que a vítima desencarnaria em função do mau uso do livre arbítrio daquele (agressor).
Em que pese o nosso respeito por aqueles que nutrem esse tipo de ponto de vista, sabemos que as vítimas que desencarnam em razão da violência alheia estão inseridas, basicamente, em três tipos de situações:
1) Prova – a vítima vivencia uma situação de violência que gera a sua desencarnação, o que lhe trará um teste, um desafio para que ela exercite as virtudes no sentido de perdoar sinceramente o agressor (gera aprendizado, evolução – esse tipo de morte foi solicitado pela vítima antes de sua reencarnação). Lembremos que prova pressupõe avaliação, ou seja, colocar em teste as virtudes aprendidas. Caso vença moralmente a situação, podemos dizer que o Espírito alcançou determinada virtude.
2) Expiação – são as situações mais frequentes. A vítima foi a autora de violência em vidas anteriores que lesou alguém e, como não se liberou desse compromisso através do amor, sofre as consequências na atual existência. Expiar é reparar, quitar, harmonizar-se com as leis divinas.
3) Missão – algumas almas nobres morrem de forma violenta, uma vez que seus exemplos de amor e tolerância geram antipatias nas pessoas mais embrutecidas. Menciono como exemplos os casos de Jesus e Gandhi.
Notem que estamos abordando a questão das violências mais graves, que acabam gerando a nossa desencarnação, pois as violências menores que vivenciamos em nosso cotidiano, tais como calúnias, traições, indiferença e outras, normalmente são circunstâncias naturais da vida num mundo atrasado moralmente como o nosso, a estimular nosso aprendizado espiritual (veja questão nº 859 do Livro dos Espíritos). Jesus já nos orientava: “No mundo só tereis aflições”.
Dessa forma, à luz do Espiritismo e da justiça divina (a cada um segundo suas obras), temos a certeza de que a desencarnação violenta fazia parte de seu cronograma reencarnatório.
Aliás, O Livro dos Espíritos, na questão nº 853-a, nos ensina que nós somente morreremos quando chegar a nossa hora, com exceção do suicídio, conforme acima exposto.
Não há acaso, mesmo nas hipóteses de “bala perdida” e erro médico. Não há desencarnação casual, produzida por falha de terceiros ou mau uso do livre arbítrio alheio.
Caso não tenha chegado a hora de morrer, os benfeitores espirituais interferirão para evitar essa afronta às leis divinas, como inúmeros casos que conhecemos (veja o capítulo X - lei de liberdade - da 3º parte do O Livro dos Espírito, no subcapítulo “fatalidade”).
A questão crucial diz respeito aos autores dessas violências graves. Concordo que ninguém reencarna com o compromisso de matar outra pessoa (veja questão nº 861 do Livro dos Espíritos). Quando, por exemplo, o agressor opta por assassinar alguém, ele o faz em virtude de sua inferioridade espiritual, ou quando atropela alguém por estar alcoolizado e/ou em excesso de velocidade, o faz em razão de sua imprudência, de forma que, em ambas as hipóteses, está usando indevidamente sua liberdade de escolha e ação, o que gerará compromissos expiatórios.
Consigne-se, ainda, que num mundo de provas e expiações, como a Terra, há muitos Espíritos na faixa evolutiva do primarismo, que se comprazem na violência e na imprudência, de forma que não faltará matéria-prima ou instrumentos para que se cumpram as leis divinas quando algum Espírito necessite desencarnar de forma violenta.
Assim sendo, quando a vítima reencarna com o compromisso de morrer violentamente, não haverá nesse momento algum Espírito predeterminado a matá-la, que assuma esse compromisso reencarnatório antes de nascer, mas haverá na Terra inúmeros Espíritos atrasados que, ao dar vazão à sua inferioridade (violência e/ou imprudência), ceifarão a vida daquela (vítima). Esses autores da violência funcionarão como instrumentos das leis divinas. Todavia, tal situação não os isentará das consequências morais e espirituais de suas ações, pois, repita-se, os agressores não estavam predeterminados a agirem dessa forma, poderiam ter elegido outro tipo de conduta, e foi Jesus quem nos ensinou que os escândalos eram necessários, mas ai de quem os causar.
Para fixar o ensino, recordemos do recente e trágico caso da escola de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro. O assassino poderia ter deixado de agir daquela forma, pois ele não havia planejado aquilo na espiritualidade (antes de nascer), e se não tivesse adentrado na escola e efetuado os disparos com a arma de fogo, os menores que morreram naquela circunstância sobreviveriam, mas, mais adiante (dias, semanas ou meses – não há dia e hora certa para a desencarnação, mas um período provável), desencarnariam em outra situação violenta.
Poder-se-ia perguntar: Mas como o agressor identifica a pessoa que deve desencarnar? Aprendemos com o Espiritismo que o indivíduo que deve desencarnar de forma violenta, notadamente nos casos de expiação, tem uma vibração espiritual específica, que denuncia e reflete esse débito, de forma que o agressor, inconscientemente, identifica-se com aquele e promove-lhe a desencarnação. É essa particularidade vibracional que, da mesma forma, explica outros tipos de violência (estupro, roubos, sequestros,...), fazendo com que o autor do delito aja em desfavor daquele que deve vivenciar a situação traumática.
É dessa maneira que compreendemos a justiça divina, mas convém enfatizar que a lei divina maior é a lei de amor, portanto, conforme assevera o apóstolo Simão Pedro, o amor cobre uma multidão de erros, de tal sorte que aquele que venha com o compromisso expiatório de desencarnar de forma violenta, poderá amenizar ou diluir integralmente esse débito com as leis divinas através do bem que realize em sua vida, que poderá libertá-lo de uma possível desencarnação violenta. Não nos esqueçamos de que Deus é amor.

Por: ALESSANDRO VIANA VIEIRA DE PAULA

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

“QUEM É NOSSO MENTOR ESPIRITUAL E QUAL O SEU PAPEL EM NOSSAS VIDAS”



Segundo a Doutrina Espírita, todos os homens que empenham em seguir determinado caminho têm ao seu lado o amparo espiritual daqueles, que, desencarnados, se propõem a ajudar encarnados que têm o mesmo objetivo, crença ou propósito. Médicos, Professores, atores, juízes, religiosos, todos contam com a parceria e orientação, embora muito sutil, do plano espiritual. Quem nunca recorreu a um amigo ou conselheiro para resolver determinadas questões? Para os médiuns não é diferente, pois estão imbuídos do compromisso que assumiram antes da reencarnação de servir de intermediário entre os dois planos da vida. E todos eles, sem exceção, contam com a presença de um guia espiritual.
    O papel de um mentor é muito parecido com o trabalho de um professor. Quando se aproxima de um médium, é pela sintonia de afinidade. E o seu papel, diferente do que muitos espíritos imaginam, não é o de proteger o seu pupilo, mas sim orientar e ensinar. A proteção espiritual fica a cargo dos espíritos protetores do médium, normalmente familiares e amigos de outras existências, e, também, do anjo da guarda. A função do mentor é exclusivamente de orientação espiritual. André Luiz os classifica como grandes almas, pelo papel desempenhando junto aos homens. Estão muito ligados à humanidade e certamente ainda têm a possibilidade de retorno à carne. Não sabem tudo e estão empenhados em aprender e aprimorar seus conhecimentos para melhor amparar os seus protegidos.
    Um único médium pode ter mais de um mentor e um único espírito pode amparar vários médiuns ao mesmo tempo. Chico Xavier é o nosso maior exemplo: teve Emmanuel como guia por varias décadas de sua existência, e contou também como a colaboração de várias outras entidades que, em momentos diversos, o orientaram e guiaram os seus trabalhos. No caso de Chico, estes espíritos sempre trabalharam com a supervisão de Emmanuel, que era o mentor e orientador de toda a sua vida mediúnica, com o qual havia traçado sua missão na terra.
    A importância deles em nossa vida: “se que as vejais, perambulam em vosso meio, atuam em vossos atos, sem que vossos nervos visuais lhes registrem a presença. Edificante é observarmos o sacrifício de tantos seres envolvidos que se consagram a sagrados labores, no planeta das sombras, quais os da regeneração de individualidades obcecadas no mal, atirando-se com destemor a tarefas penosas, cheios de renúncia santificadora”. Analisando as palavras de Emmanuel entendemos que os mentores estão mais próximos de nós do que imaginamos e sua interferência em nosso dia a dia vai além das orientações passadas através da intuição. Eles militam diretamente no plano material e usam este trânsito livre entre os dois planos para auxiliar melhor os seus protegidos. Um mentor sempre guiará seu pupilo nos caminhos certos e se afastará dele naqueles momentos em que o protegido se render as escolhas com as quais o espírito não comunga. Há neste caso, uma divergência de ideias, normalmente ligada aos prazeres inferiores. O mentor costuma se reaproximar do médium quando ele apresenta a vontade de retorna ao caminho certo.
    Allan Kardec perguntou sobre a possibilidade de um espírito abandonar o trabalho junto ao médium que não segue as suas recomendações, obtém a seguinte resposta: “ele se afasta quando vê que seus conselhos são inúteis e a vontade de aceitar a influência dos Espíritos inferiores é mais forte no seu protegido. Mas não o abandona completamente e sempre se faz ouvir; é; porém, o homem quem fecha os ouvidos. O protetor volta logo que seja chamado.”
C.A.Espiritual-ESPIRIT BOOK

“ESPÍRITO DO DR. FRITZ E SUAS IMPRESSIONANTES CIRURGIAS ESPIRITUAIS. ”

Dr. Fritz, outra vez
Paulo Germano é um dos mais renomados jornalistas de Porto Alegre. Em sua coluna de fim de semana de Zero Hora (11 e 12 de junho), ele relata impressionante caso de presumível cura obtida por seu amigo Fabian Chelkanoff, professor de jornalismo, mediante “cirurgia espiritual” feita pelo médium gaúcho, Mauro Vieira, que estaria “incorporando” o espírito Doutor Fritz.
O fenômeno Dr. Fritz é bastante conhecido no Brasil e no mundo, desde que, lá pela década de 50/60 do século passado, a entidade, que teria sido um médico alemão, passou a operar através do médium Zé Arigó, com métodos nada convencionais. Os relatos, registrados em livros, documentários e reportagens, em diversos países, mostram o médium enfiando tesouras e facas, sem qualquer assepsia, no nariz, na boca ou no estômago de pacientes, não sentindo estes dor alguma e sem que disso resultasse qualquer infecção. Dessa forma, eram retirados tumores e tecidos doentes, registrando-se curas, tidas como “milagrosas”. Depois de Zé Arigó, vários médiuns, utilizando idênticos métodos, afirmaram atuar sob a influência do Dr. Fritz.
A razão
A coluna “A razão e o Doutor Fritz”, que pode ser lida em zhora.co/pg_1106  , relata com minudência a intervenção a que se submeteu o amigo de Paulo Germano, com o mais recente médium que afirma operar sob a intervenção do Dr. Fritz. O paciente havia sofrido três AVCs e uma isquemia cerebral, com sequelas muito graves. Mas estas sumiram, como por encanto, após nada mais dos dois minutos em que Mauro, um servente de obras de Rosário do Sul, manteve enfiada uma tesoura na narina do professor universitário.
Ao se reportar ao episódio, Germano confessa que uma de suas maiores inquietações se refere à existência ou não de Deus e de qualquer “fenômeno sobrenatural”. Mas que, diante de episódios assim, uma coisa ele aprendeu: “a ciência não dá conta de tudo” e “a razão, muito menos”.
O humano e o divino
Escrevi a ZH - http://wp.clicrbs.com.br/doleitor/?topo=13,1,1,,,13 – sugerindo ao colunista que, para tentar administrar suas dúvidas, começasse por tirar Deus dessa história. Não precisamos, para conferir razoabilidade a episódios dessa natureza, recorrer à velha fórmula de que existem: a) uma razão divina, inacessível à compreensão dos homens, onde se situam os “milagres”; e b) uma razão humana, à qual a ciência e a lógica terrenas estão submetidas. Essa dicotomia entre o sagrado e o profano, o sobrenatural e o natural, é uma criação arbitrária das religiões. O princípio filosófico da sobrevivência da consciência – ou do espírito -, defendida por pensadores de todos os tempos, inclusive do nosso, desvinculados da religião, por si só, confere razoabilidade a fenômenos dessa ordem.
Simples: se sobrevivemos, é natural que guardemos valores humanos como amor e ódio, egoísmo e solidariedade, disposição e/ou aptidão, - ou não - para agirmos em favor ou em prejuízo dos que aqui ainda estão. Mediunidade é coisa muito humana.
Inteligência e causa
E Deus? Bem, se guardarmos dele a ideia defendida pelas religiões, de uma entidade pessoal todo poderosa, mas arbitrária, voluntarista, que a uns concede graças e a outros as nega, que a uns castiga e a outros premia, por critérios somente seus, descomprometidos da razão, fica, realmente, difícil aceitá-lo.
Retirando Deus da sobre naturalidade e inserindo-o no âmbito das leis naturais, como propôs Kardec, a coisa começa a mudar.
A filosofia espírita nunca teve a pretensão de explicar Deus, nem lhe cabe provar sua existência. O objeto de estudo do espiritismo é o espírito, sua sobrevivência e sua relação com o mundo material. Mas, o conceito de Deus exarado na questão número 1 de O Livro dos Espíritos – “inteligência suprema e causa primeira de todas as coisas” – além de afastá-lo do antropomorfismo em que o prenderam as religiões, insere-o num universo racional e inteligente, por onde tudo transita, inclusive o espírito humano.

(Coluna publicada nas edições de julho dos jornais OPINIÃO, do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, e ABERTURA, do Instituto Cultural Kardecista de Santos)

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

ATORES ESPÍRITAS RELATAM SUA EXPERIÊNCIA DENTRO DA DOUTRINA

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o espiritismo tem hoje 20 milhões de adeptos - cresceu 40% em cinco anos, principalmente nos Estados mais ricos e escolarizados. Estes novos seguidores valorizam as explicações racionais para a vida após a morte.
Com a mudança de perfil e o sucesso do assunto na mídia, não é de espantar que mais celebridades estejam declarando sua crença em espíritos. É o caso de Juliana Paes, Raica Oliveira, Cléo Pires, Rosi Campos, Marcos Caruso, Carlos Vereza, Paola Oliveira e Samara Felippo. A casa Lar de Frei Luiz, no Rio, é uma das que recebem várias celebridades toda semana. "Carlos Vereza é um dos nossos conselheiros, e sempre vem aqui Elba Ramalho, Joanna, a Alcione, Toni Garrido, Cissa Guimarães", diz a presidente, Helena Mussi Gazolla.
CAROL CASTRO
Fui batizada, fiz a primeira comunhão, mas não frequento a Igreja Católica. Quando eu era pequena, fui muito a um templo budista. Minha mãe morou no Japão dos 4 aos 9 anos e tem uma relação forte com a religiosidade oriental, que ela me transmitiu desde pequena. Minha mãe é astróloga, taróloga e terapeuta corporal. Ela se comunica com espíritos, já psicografou um livro do escritor Camilo Castelo Branco. Sou budista. Acredito em uma força maior e tenho certeza de que todos nós reencarnamos; temos várias vidas após a morte.
Acredito que os espíritos voltam para ajudar ou atrapalhar as pessoas.
Quando eu era criança, eu via muitos espíritos. Aos 3 anos, cheguei a casa falando que tinha visto Jesus. Minha mãe ligou na escola para reclamar que a professora estava influenciando minha formação religiosa, mas ninguém tinha falado nada sobre Jesus para mim. Aos 6 anos, contei para a minha mãe que, em uma vida passada, eu morei em um castelo e tinha uma mãe que fumava. O nome dela era Marcela. Todos daquela minha família morreram de febre. Na mesma época, vi a avó da minha mãe e saí correndo, assustada. Depois contei para ela e descrevi o vestido que o espírito estava usando. E era o vestido favorito dela.
Com o tempo, você perde essa pureza de criança e deixa de ver coisas assim. Fui me desligando, mas ainda hoje valorizo muito a intuição, ela me ajuda a fazer as escolhas certas. Quero ser mãe, e vou respeitar e estimular os meus filhos a não perder esse contato com o espiritual. Bloquear as crianças nessa fase tão bonita da vida só vai atrapalhar o desenvolvimento delas."
MARCOS CARUSO                   
"Tenho uma formação inicialmente católica, mas eu me converti ao espiritismo. Passei a ter uma relação muito forte com a filosofia kardecista a partir dos 27, 28 anos. Pauto minha vida pelo que o Evangelho me ensinou. Durante um longo tempo, li O Evangelho Segundo o Espiritismo, ia às sessões espíritas, mas praticava a religião católica. Hoje sigo à risca a doutrina espírita, que é a favor da reencarnação. Peguei alguns pontos da filosofia kardecista e levei para a minha vida, como a fraternidade, a humanidade, saber pedir perdão, fazer com que o sucesso aumente minha responsabilidade e não a minha vaidade, essas coisas. Sei que evoluí, dos 27 aos 54 anos, pela filosofia espírita. Sou um devoto, acredito nas responsabilidades pelo que fazemos, que voltamos numa vida futura e eu posso voltar melhor ou pior, dependendo de como me comporto aqui. Assim, encaro melhor a minha presença nesta vida.
Não tenho medo da morte, ela é inevitável, temos de aceitá-la.
Eu só me preocupo com o possível sofrimento das pessoas quando elas se aproximam da morte. Nunca fiz regressão porque não me interesso pelo que passou. Tenho uma relação forte com o presente e o futuro."
JORGE LOREDO E ROSI CAMPOS
"Minha bisavó já era espírita, minha mãe se comunicava com entidades. Acredito que existem outras vidas e as pessoas se comunicam com muita força quando estão morrendo", diz o ator Jorge Loredo. Há ainda quem se declare médium. "Fui desenvolvendo a mediunidade de forma natural", afirma a atriz Rosi Campos, que interpreta uma cartomante em O Profeta. "Quando cheguei ao centro espírita, eu não sabia se iria conseguir essa conexão. As pessoas é que mitificam, mas, se você acredita, não tem nada de anormal."
CAIO BLAT
"Sou fã de Allan Kardec e Chico Xavier. Fiquei muito envolvido com o espiritismo porque minha ex-mulher (a cantora lírica Ana Ariel) era médium. Quando nós começamos a namorar, eu fiquei muito impressionado com os livros de Allan Kardec, com as apresentações lógicas e claras sobre a nossa evolução espiritual. Ele explica muito bem esse conceito tão antigo que é a reencarnação. Esta vida é só um pequeno momento que faz parte de um ciclo muito maior. Gosto também das ações sociais dos espíritas. Já fui ao Lar de Frei Luiz, que eu conheci por intermédio do Carlos Vereza. Antes de conhecer o espiritismo, eu já frequentava a Sociedade Taoísta.
A minha prática espiritual valoriza muito a meditação, o silêncio.
Sou seguidor de Lao Tsé, e tento conciliar o exercício espiritual do Oriente, a busca por ser zen, com a explicação racional de Kardec. A questão da comunicação com os espíritos não me atrai, prefiro desenvolver a minha intuição. E estou tentando desenvolver a telepatia. Se eu estou pensando em alguém, ligo para a pessoa na hora. Geralmente ela está mesmo precisando de apoio."
Carol Castro também pensa assim. "As crianças têm uma pureza muito grande e para elas o contato com os espíritos é espontâneo. Eu via muitos quando era criança. "Aos 6 anos, contei para a minha mãe que, em uma vida passada, eu morei em um castelo e tinha uma mãe que fumava. O nome dela era Marcela. Todos daquela minha família morreram de febre." Hoje, a atriz diz que não vê mais entidades, mas que sua mãe conseguiu desenvolver essa capacidade. "Ela se comunica com espíritos e já psicografou um livro do escritor Camilo Castelo Branco."
MAITÊ PROENÇA
"Não tenho religião. Tenho uma ligação com o divino, com aquilo que não se explica, mas que alguns sentem de forma intensa - é meu caso. Ao longo do dia me relaciono com isso muitas vezes e em alguns momentos de maneira mais solene.
Paro e rezo, medito, acendo velas, tenho meu ritual particular.          
Acredito em reencarnação. Acredito que nos transmutamos. Que esta vida é mais um rito de passagem (entre muitos) para algum lugar melhor e mais sublime, para um estado de êxtase permanente, para a integração com um estado de consciência perfeito. Acredito também na comunicação com espíritos. Se essas experiências são relatadas por pessoas é porque de alguma forma elas acontecem. Ninguém inventa nada, está tudo aí."

Fonte: Revista Quem - Edição 322

“PSICOGRAFIA DO MENINO JOÃO HÉLIO TRAZ FORÇAS PARA SEUS PAIS. AMOR ALÉM DA VIDA”

O menino João Hélio morreu de forma trágica em 2007, vítima da brutalidade de bandidos que o arrastaram por 7 km pelas ruas do Rio de Janeiro preso ao cinto de segurança.
Recentemente uma emocionante psicografia enviada pelo menino trouxe força para seus pais superarem o luto.
A MENSAGEM
"Nasci na Gália no ano 22 AC e desencarnei na Líbia no ano 20 da era cristã. Fui oficial da legião dos leões que estava na Líbia, Núbia.
Como governador de Al Katrim, me comprazia atrelar na minha biga, puxada por dois cavalos velozes, crianças, homens, mulheres, novos e velhos, que eram puxados através da estrada seca e pedregosa daquela região da África.
Os corpos se despedaçavam e eu era exaltado pelos meus pares... Morri em combate com tropas egípcias e me deparei em uma região de trevas profundas, talvez uma caverna. Muitos gritos e rostos aterradores me esperavam.
Fui levado a um estado de total animalidade por mil e quinhentos anos, quando servos de Maria me resgataram.
Sendo levado a outro plano, fui aos poucos tendo meu espírito reajustado, minha mente normalizada e meus pensamentos corrigidos. E compreendi os horrores que cometi. Que tristeza Deus!
Por trezentos anos permaneci em preparo para reencarnação e pedia a graça de receber para desencarne o mesmo destino dado por mim aos outros.
No ano do Senhor de 2001, após busca incessante por quem me recebesse como filho, um casal tiranizado por mim aceitou.
Reencarnei.
Agora em comoção generalizada, como irmão Joãozinho, desencarnei e agradeço ao Pai ter me atendido, dando destino igual ao que dei as minhas vítimas.
Estou em paz, estou na luz. Resgatei um pouco do meu passado, outros momentos virão. Confio em Deus!

TITUS AELIUS 

Mensagem psicografada de João Hélio no Centro Espírita Léon Denis-RJ, que êle frequentava com os pais.
"Lembremos sempre, que nada é por acaso"         

Rui Fernandes Morgado-Santo André-SP

"AMOR DE ALMAS NA ESPIRITUALIDADE"

Falando sobre o casamento, o codificador da doutrina espírita Allan Kardec foi um dos poucos filósofos de seu tempo a discorrer sobre o amor e suas implicações. Afirmou, à época, que “nem a lei civil, nem os compromissos que ela faz contrair podem suprir a lei do amor se esta lei não preside a união; disso resulta que, frequentemente, o que se une à força, se separa por si mesmo; infelicidade que se evitaria se, nas condições do casamento, não se fizesse abstração da única lei que o sanciona aos olhos de Deus: a lei de amor”. 
Isso não determina um romance feliz ou não, mas um amor de almas. São laços fortes do passado. Pessoas que se reencontram após vidas sucessivas de paixão, ódio ou amor.
O destino pode aproximar duas pessoas, mas as escolhas, os comportamentos são determinados pelo livre arbítrio. 
Na luz do Espiritismo, há uma explicação para uma ligação tão forte: as vidas sucessivas. 
Certamente, este rapaz já tinha vivido uma história de amor com Maria. Mas não somos meros joguetes do destino, obras do acaso. Aceitamos ou não os caminhos que nos são postos a seguir. Certo, apenas é que é difícil fugir a um compromisso que selamos na Espiritualidade antes de reencarnarmos. 
Mesmo que você não acredite na reencarnação, o seu passado cármico está escrito no seu inconsciente. Durante o sono, seu espírito fica livre da matéria por algumas horas e relembra tudo. Você, conscientemente ou inconscientemente sabe porque sofre, porque atraiu ou não determinada pessoa. Só o amor deve unir. Mesmo que haja algo muito forte, você conta com o livre arbítrio. 
Escolha sempre o amor. Confundimos as paixões desenfreadas, o interesse material, as ilusões com o verdadeiro amor. O verdadeiro amor é o único que resgata, purifica e traz felicidade.

Fonte: Espirit book

terça-feira, 1 de agosto de 2017

“COMO TER TRANQUILIDADE NO DIA DO RETORNO À PÁTRIA ESPIRITUAL. ”

Somos Espíritos animando, temporariamente, corpos de matéria densa. Nosso corpo físico é instrumento importante para, vivendo na Terra, praticarmos o Bem a quem quer que seja e aprendermos importantes lições para nossa evolução moral e intelectual. Contudo, não somos nosso corpo, como nosso corpo físico não é a roupa que vestimos. Todos nós, um dia, teremos de deixar esse equipamento de matéria densa, por ocasião da morte do corpo físico.
Quanto mais cientes, no raciocínio e no sentimento, de que não somos nosso corpo, mas sim Espíritos imortais; e, principalmente, quanto mais tivermos praticado o Bem ao próximo — também aprendendo, por esse bom hábito, que as pessoas importam mais que as coisas —, mais breve e tranquilo será nosso período de adaptação à vida em ambiente de matéria quintessenciada.
E essa prática do Bem independe do credo que se professe, desde que essa crença tenha por princípio a caridade, ou seja, o amor ao próximo na prática, sem impor condições e sem esperar nada em troca.
Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, denominou esse período de adaptação, entre a saída da encarnação e o retorno à vida no mundo espiritual, de perturbação. O tema está abordado nas questões 163 a 165 de “O Livro dos Espíritos”. Kardec indaga os Espíritos da Falange do Consolador sobre se o conhecimento do Espiritismo auxilia nesta etapa de adaptação, obtendo as seguintes orientações:
O conhecimento do Espiritismo exerce alguma influência sobre a duração, mais ou menos longa, da perturbação?
“Influência muito grande, por isso que o Espírito já antecipadamente compreendia a sua situação. Mas, a prática do bem e a consciência pura são o que maior influência exercem.” [1]
Considerando que o período de perturbação espiritual guarda estreita relação com o grau de adiantamento do Espírito (“O Livro dos Espíritos”, questão 164), pode-se evidenciar que a prática do Bem, ou seja, da caridade, é ainda mais importante que o saber apenas intelectual.
Observemos a situação dos Espíritos Benévolos (quinta classe, item 108 de “O Livro dos Espíritos”, na Escala Espírita, proposta pelo Codificador, entre os itens 100 e 113 de “O Livro dos Espíritos”). Esses Espíritos, classificados como de segunda ordem, ou seja, Espíritos Bons, apresentam como característica o maior desenvolvimento moral do que o intelectual.
Como exemplo, podemos citar o desligamento da personagem Adelaide, narrado por André Luiz no livro “Obreiros da Vida Eterna” [2], que demonstra o quanto a prática da caridade pode auxiliar neste momento:
“Felizmente, porém, nossa querida Adelaide não dará trabalho. O ministério mediúnico, o serviço incessante em benefício dos enfermos, o amparo materno aos órfãos nesta casa de paz, aliados aos profundos desgostos e duras pedradas que constituem abençoado ônus das missões do bem, prepararam-lhe a alma para esta hora… (…)
– Aliás, cumpre-nos destacar as condições excepcionais em que partirá nossa amiga. Em tais circunstâncias, apenas lastimo aqueles que se agarram em demasia aos caprichos carnais. Para esses, sim, a situação não é agradável, porquanto o semeador de espinhos não pode aguardar colheita de flores. Os que se consagram à preparação do futuro com a vida eterna, através de manifestações de espiritualidade superior, instintivamente aprendem todos os dias a morrer para a existência inferior.”
A Doutrina Espírita propõe desmistificar a morte do corpo físico, demonstrando que já passamos por essa experiência muitas vezes; e, periodicamente, por misericórdia de Deus, recebemos oportunidades de retornar à Terra para apreender lições e auxiliar o próximo, até completarmos nosso aprendizado neste planeta e seguirmos nossa caminhada evolutiva em mundos mais avançados.
Contudo, o Espiritismo não professa que só quem for espírita “será salvo”, ou seja, evoluirá.
Na Revista Espírita de outubro de 1866, no item denominado “Os Tempos São Chegados” (comentado na postagem “Amar o Próximo”, neste blog); bem como em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Capítulo XV (“Fora da Caridade não Há Salvação”), demonstra-se o entendimento da Doutrina Espírita a esse respeito. Kardec ressalta o caráter progressivo do Espiritismo (abordado na postagem “Hermenêutica, Exegese e Espiritismo”, neste blog), como o é a Ciência terrena. É preciso sejamos humildes e conscientes de não possuir o entendimento completo da verdade, da qual somente Deus é pleno possuidor. Devemos sempre buscar aprender e compreender melhor a vida e o Universo. Reproduzimos trecho do capítulo citado de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”:
“A máxima — Fora da caridade não há salvação consagra o princípio da igualdade perante Deus e da liberdade de consciência. Tendo-a por norma, todos os homens são irmãos e, qualquer que seja a maneira por que adorem o Criador, eles se estendem as mãos e oram uns pelos outros. (…)
O Espiritismo, de acordo com o Evangelho, admitindo a salvação para todos, independente de qualquer crença, contanto que a lei de Deus seja observada, não diz: Fora do Espiritismo não há salvação; e, como não pretende ensinar ainda toda a verdade, também não diz: Fora da verdade não há salvação, pois que esta máxima separaria em lugar de unir e perpetuaria os antagonismos.” [3]
O Codificador, questionando objetivamente os Espíritos Superiores acerca deste tema, foi assim esclarecido:
Será necessário que professemos o Espiritismo e creiamos nas manifestações espíritas, para termos assegurada a nossa sorte na vida futura?
“Se assim fosse, seguir-se-ia que estariam deserdados todos os que não creem, ou que não tiveram ensejo de esclarecer-se, o que seria absurdo. Só o bem assegura a sorte futura. Ora, o bem é sempre o bem, qualquer que seja o caminho que a ele conduza.” [4]
Concluímos com o comentário de Kardec sobre a questão acima mencionada, ressaltando a liberdade de consciência e foco no Bem, professados pela Doutrina Espírita.
“A crença no Espiritismo ajuda o homem a se melhorar, firmando-lhe as ideias sobre certos pontos do futuro. Apressa o adiantamento dos indivíduos e das massas, porque faculta nos inteiremos do que seremos um dia. É um ponto de apoio, uma luz que nos guia. O Espiritismo ensina o homem a suportar as provas com paciência e resignação; afasta-o dos atos que possam retardar lhe a felicidade, mas ninguém diz que, sem ele, não possa ela ser conseguida.”

Antonio Carlos Piesigilli

“COMO FICAM OS ESPÍRITOS QUE DESENCARNAM POR PROBLEMAS DE ALCOOLISMO”

Tirando uma pequena parte que deve ter morrido por doenças causadas pelo álcool há vários anos, mas que já haviam se recuperado do vício, a grande maioria morre em estado de absoluta dependência, ansiando por satisfazer o seu vício.
A maneira que estes espíritos encontram para satisfazer o seu vício é através do contato íntimo com os encarnados que fazem uso do álcool.
Não é possível generalizar e afirmar que todas as pessoas que bebem álcool atraem espíritos atrasados e viciados. Jesus bebia vinho. Há muitas pessoas equilibradas e moralmente elevadas que fazem uso moderado do álcool. Mas a maioria não tem essa elevação moral, e, ao fazerem uso do álcool, se tornam mais vulneráveis às companhias espirituais negativas. Estes espíritos que se sentem atraídos pelo álcool – ou por outras drogas – não são necessariamente mal-intencionados. Apenas querem satisfazer o seu vício.
Assim como há pessoas viciadas (muitas que fazem uso frequente do álcool e não exageram não percebem que são dependentes) também há espíritos que se tornaram dependentes enquanto estavam encarnados. Desencarnaram sem maiores esclarecimentos sobre a necessidade de elevação moral e desprendimento das coisas terrenas e continuam com as mesmas necessidades de sensações que tinham quando estavam encarnados.
A companhia deles, mesmo que não seja mal-intencionada, é perniciosa por influenciarem os encarnados a beberem cada vez mais (é preciso satisfazer os desejos) e com o tempo forma-se uma simbiose psíquica, os pensamentos e desejos de encarnado e desencarnado se confundem. Esta é a razão pela qual os que fazem uso do álcool durante muito tempo geralmente tornam-se decadentes moralmente.
A falta de domínio sobre os próprios pensamentos e sentimentos permite a influência dos espíritos desencarnados que encontram, no subconsciente do encarnado, fraquezas morais que facilmente vêm à tona. Antigas falhas de caráter, desta e de outras existências, que o encarnado vinha conseguindo superar, são revitalizadas e terão que ser vencidas novamente, mais tarde, com esforço redobrado.

MOREL FELIPE WILKON – SITE: ESPIRITOIMORTAL

segunda-feira, 31 de julho de 2017

“FIM DO MUNDO OU JUÍZO FINAL”


Há um alarme e um alarde geral!
No plano físico do planeta: furacões, tufões, enchentes, maremotos, erupções, terremotos, desastres e cataclismos em geral.
 No plano humano: guerras, revoluções, drogas, doenças promíscuas, sexo aviltado, agressões, assassinatos brutais individuais e coletivos, comércio de pessoas e de órgãos, corrupção de valores morais e intelectuais.
                                      Será o prenúncio do fim do mundo?!
Será que o Terceiro Milênio vai suportar, ou é nele mesmo que se cumprirá o final dos tempos, o Juízo final tão decantado?!
Em primeiro, é imperioso que se realce que por “terceiro milênio” nós entendemos apenas a contagem de uma época calendária. Com efeito, a contagem do tempo moderna é feita a partir do nascimento de Jesus, como verdadeiro marco de novos tempos. Entretanto, o calendário judaico, neste ano de 2014, está no ano 5.774, portanto, iniciando com o nascimento de Adão e, assim, com mais de 3.760 anos que o nosso calendário; diversamente, o calendário muçulmano está no ano 1.435, iniciando a contagem do tempo a partir da fuga do profeta Maomé (Hégira) de Meca para Medina, que ocorreu no ano 622 da nossa era cristã. Isso sem se falar nos calendários chinês e egípcio… cuja simples memória registra o primeiro algo como 4712 (sendo que ele data de 2637 a.C.!), e o segundo – que é o primeiro calendário (conhecido) da história da humanidade – tendo surgido por volta de 4.200 a.C., logo, com mais de 6.200 anos!
Diante disso, é incontornável a pergunta atônita: de quê Terceiro Milênio tão conturbado estamos falando? O “mundo” nosso não tem 4,5 bilhões de anos? E os seres hominais não têm milênios de existência? Há alguma razão logicamente aceita para que “este” terceiro milênio calendário seja marcado para pôr fim a tudo por aqui?
Entretanto, os mais estudiosos dos textos bíblicos e dos textos evangélicos nos lembrarão: consta que estando os discípulos diretos de Jesus mostrando a ele a estrutura do templo de Jerusalém, disse inesperadamente que dele “não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada” (Mt. 24:2). Deduz-se do desenvolvimento do diálogo que foi tão incisiva e grave a previsão do Mestre, que os discípulos, assustados, o interrogaram (24:3) sobre “quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?”
E Ele respondeu, como se do fim dos tempos estivesse falando mesmo (24:6-7-8): “E ouvireis de guerras e de rumores de guerras, olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas, todas estas coisas são o princípio das dores.” E acrescentou (24:29): “E, logo depois, da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas”; (24:34 e 36) “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam” (…) “Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente meu Pai”.
Teria Jesus errado ou faltado com a verdade? Teria sido meramente místico? Ou teria simplesmente repetido inúmeras outras iguais previsões feitas pelos profetas judeus, em especial Daniel?
Como espíritas, vamos buscar a solução para o impasse em Kardec e nos Espíritos. E lá no Livro dos Espíritos (observações de Kardec ao pé da questão 131) encontramos o início do desvendamento do mistério. Eis as suas observações textuais: “Não temos visto a Ciência contraditar a forma do texto bíblico, no tocante à Criação e ao movimento da Terra? Não se dará o mesmo com algumas figuras de que se serviu o Cristo, que tinha de falar ce acordo com os tempos e os lugares? Não é possível que ele haja dito conscientemente uma falsidade. Assim, pois, se nas suas palavras há coisas que parecem chocar a razão, é que não as compreendemos bem, ou as interpretamos mal.” 
Pura lógica! Se escurecer o Sol e a Lua é cientificamente improvável; se caírem as estrelas do céu é cientificamente impossível; e se “geração” não foi e não será uma época restrita a um grupo de indivíduos (pois que, no caso, ela já teria passado…), mas razoavelmente uma “era”, um período geológico ou coisa parecida imensamente maior; se tudo se concatena assim, então ou não podemos compreender do quê exatamente Jesus estava falando, ou interpretamos mal sua fala, quando admitimos que ele estivesse falando do “fim de tudo”, do fim do mundo real.
A conclusão racional de tal colocação de Kardec foi lançada mais detalhadamente no livro A Gênese, cap. XVII (Predições do Evangelho), em especial nos itens denominados “Sinais Precursores” (47 a 58) e “Juízo Final” (62 a 67).
1“É evidentemente alegórico este quadro do fim dos tempos, como a maioria dos que Jesus compunha”. Sem dúvida alguma, as mentes a quem o Mestre se dirigia àquela época eram rudes e ainda incapazes de compreender raciocínios diretos (“falo-lhes por parábolas, porque…”), assim impressionando-as fortemente com figuras também fortes, em especial aquelas já utilizadas pelos seus predecessores. E estes usaram de todos os recursos para impressionar o povo, com discursos e relatos escatológicos (= que falam do fim do mundo), tais como: Daniel, Zacarias, Isaías, Moisés e outros posteriores como João no Apocalipse, muito especialmente Daniel.
Kardec suplementa que para “tocar fortemente aquelas imaginações pouco sutis, eram necessárias pinturas vigorosas, de cores bem acentuadas. Ele se dirigia principalmente ao povo, aos homens menos esclarecidos, incapazes de compreender as abstrações metafísicas e de apanhar a delicadeza das formas. A fim de atingir o coração, fazia-se lhe mister falar aos olhos, com o auxílio de sinais materiais, e aos ouvidos, por meio da força da linguagem” (…) “por meio de fatos extraordinários, sobrenaturais; quanto mais impossíveis fossem esses fatos, tanto mais facilmente aceita era a probabilidade deles.”
Mas, é óbvio, como antes dissemos, que Jesus não falaria deliberadamente uma mentira, daí deduzirmos que sob essas figuras alegóricas estavam ocultas grandes verdades: a luta entre o Bem e o Mal resta clara na predição das calamidades que viriam a assolar e dizimar a humanidade; em segundo, a previsão da difusão do Evangelho por toda a Terra (“depois dos dias de aflição, virão os de alegria”), em sua plenitude.
Mas, quando sucederão tais coisas? Todos nós formulamos a mesma pergunta que foi feita pelos discípulos que ouviam Jesus naquele momento. Não adianta ficar esmiuçando hipóteses (em especial essa de que o Terceiro Milênio é que trará as desgraças e o fim dos tempos), formulando raciocínios mirabolantes, que só fazem incutir o medo, como se faz com as crianças desobedientes. Jesus respondeu e o disse com todas as letras: Ninguém tem conhecimento, nem mesmo ele: “daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente meu Pai”, ou seja, o Criador!
E Kardec, com proficiência, aclara: “Mas, quando chegar o momento, os homens serão advertidos por meios de sinais precursores. Esses indícios, porém, não estarão nem no Sol, nem nas estrelas; mostrar-se-ão no estado social e nos fenômenos mais de ordem moral do que físicos e que, em parte, se podem deduzir das suas alusões.” Não haverá destruição inopinada do mundo como querem os místicos. Pois, não será crível, dentro dos conhecimentos hoje detidos pela razão, nem se pode supor que Deus possa vir a destruir o mundo “precisamente quando ele entre no caminho do progresso moral, pela prática dos ensinos evangélicos. Nada, aliás, nas palavras do Cristo, indica uma destruição universal que, em tais condições, não se justificaria.”
O mais lógico é concluirmos com ele, Kardec, de que, se algum fim do mundo houver, esse será o fim do mundo velho, do mundo governado pelos preconceitos, pelo orgulho, pelo egoísmo, pelo fanatismo, pela incredulidade, pela cupidez, por todas as paixões rasteiras, escudando-nos no próprio Jesus: “Quando o Evangelho for pregado por toda a Terra, então é que virá o fim.”
Para os Espíritos que aqui habitam, aqui permanecerão se estiverem evoluídos no Bem, ou então serão excluídos (movimentos migratórios necessários) para mundos compatíveis, a fim de evitar perturbações, vez que o globo por certo irá ascender na hierarquia dos mundos.
“A doutrina de um juízo final, único e universal, pondo fim para sempre à Humanidade, repugna à razão, por implicar a inatividade de Deus, durante a eternidade que precedeu à criação da Terra e durante a eternidade que se seguirá à sua destruição hipotética.” Quanto ao Juízo Final, se ocorrer, será para aqueles que passarem “pelo processo da emigração dos Espíritos renitentes e recalcitrantes em não progredir.” As aspas são para Kardec.
Conclusão lógica que com ele concordamos: os Espíritos passam por análogas fieiras a cada renovação dos mundos por eles habitados, até que atinjam certo grau de perfeição. Com a terra não é diferente; basta que se consulte a resposta dos Espíritos, no Livro dos Espíritos, questão 783 (“…quando, porém, um povo não progride tão depressa quando devera, Deus o sujeita, de tempos a tempos, a um abalo físico ou moral que o transforma”). Logo, “não há, portanto, juízo final propriamente dito, mas juízos gerais em todas as épocas de renovação parcial ou total da população dos mundos.”
É a lei natural do Progresso!

Francisco Aranda Gabilan

“EXPERIÊNCIA DE QUASE MORTE. PESSOAS QUE ESTIVERAM DO LADO DE LÁ E VOLTARAM PARA CONTAR À SUA HISTORIA. ”´

1-A médica suíça Elisabeth Kübler Ross (08 de julho de 1926 – 24 de agosto de 2004), passou décadas ao lado de pacientes em estado terminal. Sua experiência a fez escrever o livro “Sobre a morte e o processo de morrer”, em que apresenta o modelo de Kübler Ross a informar familiares e amigos de doentes terminais na melhor maneira de conviver com a situação.
A pesquisadora estudou mais de 20.000 casos de EQM – Experiência de quase morte – e verificou que todos tinham um ponto em comum: aqueles indivíduos que foram e depararam-se com o outro lado da vida não queriam voltar para o lado de cá.  Relataram sobre o sentimento de liberdade e plenitude que experimentaram ao não estarem carregando o pesado corpo de carne.
Tiveram sensações das mais agradáveis, como se estivessem num sonho bom, mas que, infelizmente, segundo narrativas, foram obrigados a acordar e utilizar novamente a máquina física que, bem o sabemos com o conhecimento espírita, oblitera a manifestação do espírito em sua força total.
Foi-se o tempo em que triunfava o argumento de que “ninguém ainda voltou para contar como é o lado de lá”. Muitos foram, todos gostaram e quiseram ficar.
As pesquisas da Dra. Ross evidenciam um outro ponto importante: somos amparados pelos Espíritos que nos precederam na grande viagem da vida. A bem da verdade é que, seja aqui ou no Além Deus está conosco, amparando sempre.
Pena em algumas ocasiões duvidarmos de sua bondade e cairmos no fosso dos incrédulos.
Dia desses, um amigo comentou que ao comparecer ao consultório médico para renovação de sua CNH, iniciou um bate papo com a médica que o atendeu.
Estava ela amargurada com a morte do marido. Segundo ela, homem alto, forte, bonito e que se cuidava muito. Colesterol em dia, glicose idem, pressão 12/08, de menino, não obstante os seus 55 anos.
Foi-se embora sem dizer “adeus”. Numa dessas noites dormiu com a visita da lua, porém não se levantou com o alvorecer.
Partiu fulminado por inexplicável ataque cardíaco.
Com tristeza, indagou:
– Por quê com ele se há tanta gente malvada no mundo?
– Há pessoas que vem para uma vida breve, existência curta mesmo, entretanto a morte não existe, pois o que morre é o corpo – tentou consolar o amigo…
– Chega, moço! Chega!
Calou-se meu amigo; percebeu que naquele momento suas palavras seriam inócuas, porquanto não estava a doutora com ouvidos de ouvir.
Ele apenas pediu que ela o procurasse quando quisesse conversar sobre a imortalidade da alma.
Despediu-se da doutora e partiu, não sem antes lançar lhe um olhar de compaixão…
Ela passa pela segunda etapa do luto: a raiva.
São cinco as fases do luto:  negação, raiva, negociação, interiorização e aceitação. Sugiro que estudem o modelo de Kübler Ross para melhor compreensão do tema.
Não adianta discursos religiosos ou conselhos nesta segunda etapa do luto. É preciso cada um vivenciar o luto e ter seu tempo.
Pena que para os que desconhecem a imortalidade da alma o processo de luto seja extremamente doloroso…
Não precisaria ser assim, mas, enfim, num mundo ainda demasiado materialista poucos entendem a necessidade do “morrer”…
Ainda bem que Espíritos como a Dra. Ross nos visitam aqui na Terra e deixam um legado que faz aquecer corações e esclarecer mentes.
Muitos não ouvem, mas os que ouvem terão analgésicos para suas dores…
Pensemos nisto.

Fonte: Portal do Espírito

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...