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segunda-feira, 7 de agosto de 2017
domingo, 6 de agosto de 2017
“TATUAGEM E PIERCINGS LESIONA O PERISPÍRITO? VISÃO ESPIRITA. ”
"
Alguém nos questionou se se usar uma tatuagem na pele teria influência sobre o
perispírito. Há dirigentes de casas espíritas advertindo que todas as pessoas
que fizeram ou pensam em gravar tatuagens ou usar piercings, automaticamente
estarão em processo de obsessão. Alguns cristãos baseiam-se nas Antigas
Escrituras, onde encontramos advertência aos israelitas de "que não
deveriam marcar o corpo, fazer cicatrizes com açoites como autoflagelo, por
nenhum motivo.".(1)
Referências
bibliográficas:
(1) Levítico 19.28; Deuteronômio 14.1-2.
(2) Xavier, Francisco Cândido e Vieira , Waldo.
Evolução em dois mundos, ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro, Ed.
FEB, 1959
(3) Xavier, Francisco Cândido. Nosso Lar,
ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1955
Conhecemos
líderes espíritas convictos de que pessoas que tatuam o corpo inteiro ou o
enchem de piercings são espíritos primários que ainda carregam lembranças
intensas de experiências pretéritas, sobretudo dos tempos dos bárbaros, quando
belicosos e cruéis serviam-se dessas marcas na pele para se impor ante os
adversários.
Positivamente
não identificamos pontos de caráter prático no uso de tatuagens, especialmente
se a lesão imposta ao próprio corpo for por mero capricho. Isso sim, refletirá
invariavelmente no perispírito, já que, sendo o corpo físico (templo da alma)
um consentimento divino para nossas provas e expiações, devemos mantê-lo
dignamente protegido e saudável. Entretanto, será que o uso de piercings e
tatuagens sobrepujam qualidades morais? Quem pode penetrar na intimidade do
semelhante e saber o que aí ocorre?
Sob a
percepção histórica, a tatuagem é uma técnica ancestral que se esvai na memória
cultural das civilizações. Antigamente eram aplicadas para marcar o corpo de um
escravo com o símbolo do proprietário. Gravavam-se os corpos das prostitutas
com o emblema de um reino, governo ou estado. Servia também para estigmatizar o
corpo da mulher adúltera. Ainda hoje é tradição o seu uso no corpo de príncipes
de tribos beduínas, africanas e das ilhas do pacífico.
Presentemente,
servem para marcar o corpo de membros de gangues, grupos de atletas esportistas
(surfe, motociclismo), "beatniks" (movimento sociocultural nos anos
50 e princípios dos anos 60 que subscreveram um estilo de vida
antimaterialista, na sequência da 2.ª Guerra Mundial.), hippies, roqueiros e
alastrados principalmente entre jovens comuns dos dias de hoje.
Os que se
tatuam devem procurar identificar seus motivos íntimos. Recordemos que o corpo
é o templo do Espírito e não nos pertence, portanto, é importante preservá-lo
contra agressões que possam mutilar a sua composição natural. Há os que usam
vários brincos, piercings e outros adereços. Haveria a mutilação espiritual por
causa desses apetrechos? Talvez sim, provavelmente não! O certo é que o
perispírito é efetivamente lesado pela defecção moral, desequilíbrio emocional
que leva a suicídios diretos e indiretos; vícios físicos e mentais, rancores,
pessimismos, ambição, vaidade desmesurada, luxúria.
Esfola-se o
corpo espiritual todas as vezes que se prejudica o semelhante através da
maledicência, da agressividade, da violência de todos os níveis, da perfídia.
Destarte, analisado por esse prisma, os adereços afetam menos o corpo
perispirítico. Principalmente porque na atualidade muitos desses adornos que
ferem o corpo físico podem ser revertidos, já na atual encanação, e
naturalmente não repercutirá no tecido perispiritual.
André Luiz
elucida que o perispírito não é reflexo do corpo físico; este é que reflete a
alma. "As lesões do corpo físico só terão, pois, repercussão no corpo
espiritual se houver fixação mental do indivíduo diante do acontecido ou se o
ato praticado estiver em desacordo com as leis que regem a vida.".(2) As
tatuagens e as pequenas mutilações que alguns indivíduos elaboram como forma de
demonstrar amor a exemplo de alguém que grava o nome do pai ou da mãe no corpo
de modo discreto não trariam, logicamente, os mesmos efeitos que ocorreriam com
aqueles que se tatuam de modo resoluto, movimentados por anseios mais
grosseiros.
Curiosamente,
muitas pessoas, retornando ao plano espiritual, podem optar pelo uso dos
adornos aqui discutidos. Segundo o autor do livro Nosso Lar, "os
desencarnados podem, sob o ponto de vista fluídico, moldar mentalmente e de
maneira automática, no mundo dos Espíritos, roupas e objetos de uso e gosto
pessoal. Destarte, é perfeitamente possível, embora lamentemos, que um ser no
além-túmulo permaneça condicionado aos vícios, modismos e tantas outras coisas
frívolas da sociedade terrena.".(3)
No que
concerne às tatuagens especificamente, por ser um tipo de insígnia permanente,
pode, sem dúvida, ocasionar conflitos mentais. A começar na atual encarnação,
quando chega a ocasião em que o tatuado se arrepende, após ter mudado de ideia,
em relação à finalidade da tatuagem. Concebamos que seja o apelido, sobrenome,
o desenho ou algum emblema de alguma pessoa que já não estima, não ama ou
qualquer outra silhueta que já não aceita em seu corpo. Então, o que era um
mero enfeite, culmina cansando a estética e torna-se um problema particular de
complexa solução.
Então, por
que a pessoa se permite tatuar? Nas culturas primitivas se usavam tatuagens com
finalidades mágicas, para evocar a interferência de divindades, para o bem ou o
mal. Hoje é, para muitos indivíduos, uma espécie de ritual de passagem,
envolvendo a integração num grupo. Pode ser também de identificação. Pela
tatuagem a pessoa está dizendo algo de si mesma.
Nas
estruturas dos códigos espíritas não há espaços para proibições. Não obstante,
a Doutrina dos Espíritos oferece-nos subsídios para ponderação a fim de que
decidamos racionalmente sobre o que, como, quando, onde fazer ou deixar de
fazer (livre-arbítrio). Evidentemente que não é o uso de tatuagens que
retratará a índole e o caráter de alguém. Todavia, não podemos perder de vista
que alguns modelos de tatuagens, com pretextos sinistros, podem ser
classificados (sem anátemas) como censuráveis e inadequados para um cristão de
qualquer linhagem.
Nesse
contexto, é importante compreender a pessoa de forma integral. As
características anunciadas no corpo são resultados de seus estados mentais,
reflexos das experiências culturais, aprendizados e interpretação de mundo.
Como dissemos, o Espiritismo não proíbe nada e fornece-nos as explicações para
os fenômenos psíquicos. Assim sendo, as recomendações doutrinárias não combatem,
porém conscientizam! Não são indiferentes aos dramas existenciais e demonstram
como edificar e marchar no mais acautelado caminho.
Dissemos que
o uso piercings e outros adereços e da própria tatuagem por si só não
caracteriza alguém com ou sem moralidade. Investiguemos, porém, as causas
dessas atitudes. Quais sãos os anseios, os sonhos, as crenças dos que cobrem
seus corpos com tais marcas? Tatuagens, piercings, são estágios transitórios.
Importa alcançar, porém, se tais indivíduos estão mutilados psíquica, emocional
e espiritualmente. O que os conduz muitas vezes a despedaçar a barreira da
ponderação e do juízo? Por que atentam contra si submetendo-se a dores e
sofrimentos incompreensíveis? Para uns o motivo é o modismo. Outros, todavia,
ainda se acham atrelados a costumes de outras existências físicas e trafegam do
mundo inconsciente para o consciente, derivando na transfiguração do corpo
biológico.
Perante
questões controversas, as mensagens kardecianas buscam na intimidade do ser o
seu real problema. Convidam-nos ao autoconhecimento e ao estágio do auto
aprimoramento. Sugere-nos sensatez, autoestima, altivez, comedimento e a busca
incessante de Deus, o Exclusivo Ente, que facultara-nos completar de
contentamento e paz de consciência."
Jorge Hessen
“PODEMOS ESCOLHER NOSSA ENCARNAÇÃO? Nós escolhemos quando nascemos? Escolhemos em que família nascer? Escolhemos o tipo de vida que teremos?”
Existem
algumas regras que são seguidas na maioria dos casos. A primeira e mais
importante: quanto mais evoluído for o espírito, mais liberdade ele tem de
escolha.
Um espírito
mais evoluído, mais maduro e consciente, está melhor preparado para tomar
decisões importantes. Sendo assim, participa mais ativamente da preparação de
sua encarnação. Esta preparação inclui a época do nascimento, algumas
características do corpo que terá, as missões de vida (objetivos a serem
atingidos), e vários outros aspectos de sua encarnação futura.
A encarnação
corresponde a uma restrição da vida do espírito. Ele “sai” de uma faixa vibratória
mais sutil e encarna em uma faixa vibratória mais densa. Além disso, grande
parte do conteúdo do espírito fica dissociado, ou seja, “não age” na vida
encarnada.
O espírito
que anima o corpo de cada um possui milhares de anos, talvez milhões. As encarnações
contam-se às centenas ou milhares. Para conseguir focar em sua missão de vida,
o espírito tem que restringir esta enormidade de conteúdos próprios. Quantas
vezes as pessoas dizem umas para outras: “esquece isto, toca sua vida. Estas
coisas do passado estão te atrasando a vida”. É exatamente isto que acontece
com o espírito encarnado: quando parte do seu conteúdo fica dissociado, “ele
esquece o passado”. Ele foca em uma “nova vida”, com muito menos influência
deste passado. É uma vida protegida, protegida dele mesmo. Esta proteção visa facilitar sua evolução
naquilo que foi planejado antes de nascer.
No livro
Nascer Várias Vezes este processo de encarnação e restrição do espírito é
explicado em vários capítulos e com muitos exemplos. Sugiro que você estude o
livro.
O processo
de encarnação é complexo e muito bem orientado por espíritos mais evoluídos.
Desta forma, são raríssimos os espíritos que encarnam na Terra que têm total
liberdade de escolha dos aspectos de sua encarnação. A massa dos encarnados no
planeta está em níveis evolutivos e vibratórios que necessitam de muita ajuda e
orientação. Sendo assim, quase todos participam da sua programação de
encarnação, porém sem grandes possibilidades de decidir - podem sugerir, mas a
decisão final é resguardada para quem tem mais maturidade e experiência, os
espíritos mais evoluídos. Existem, obviamente, algumas exceções a estas regras.
O fato de
você estar encarnado no Planeta Terra significa que já evoluiu bastante, mas
que ainda mantém grandes necessidades evolutivas. Seus desafios atuais são
oportunidades de aprendizagem; ou seja, aprendizado daquilo que é necessário
para o espírito evoluir. Para cumprir nossas missões de vida temos que
enfrentar os desafios que a vida nos coloca. Nem sempre escolhemos conscientemente
estes desafios, mas podemos torná-los úteis ao aproveitá-los para desenvolver
em nós habilidades e qualidades.
Ao nascer
você já sabia que passaria por algumas dificuldades. Seu propósito é usar estas
dificuldades como desafio para tornar-se mais maduro e melhor preparado. Outras
dificuldades na sua vida surgem sem que você tenha escolhido. São também
desafios úteis para seu progresso. Desta forma, nem tudo em sua vida é
programado. Nem tudo é o "destino". Mas, sempre que você enfrentar as
dificuldades com sabedoria (boa vontade, disciplina, resiliência, etc) terá
maior chance de sucesso.
Autor: Regis
Mesquita
sábado, 5 de agosto de 2017
“A VISÃO ESPIRITA DA PEDOFILIA”
1- Como o
espiritismo vê a questão da pedofilia?
R: Como um
grave desequilíbrio mental e espiritual, necessitando severo tratamento
multidisciplinar, isto é envolvendo diversos profissionais além de tratamento
espiritual complementar.
2- Qual a
razão de existirem pedófilos?
R: A mesma
razão de existirem quaisquer outros desequilíbrios psíquicos. São atitudes
doentias que se estruturaram ao longo de uma ou mais existências, ou seja,
reencarnações. Ninguém foi criado pedófilo.
3- O que se
passa nas suas mentes?
R: Cada um
deles tem uma história. Não há como colocar todos em um mesmo rótulo. Mas
poder-se-ia dizer que tem um impulso sexual doente e destituído de ética.
4- Quais os
traumas que eles têm?
R: Diversos,
e variam conforme cada caso. Podem ter sofrido: violência infantil, abandono,
desprezo, presenciado quando em tenra idade, sexo entre os pais, enfim outras
distorções de educação ou de vivência.
5- Como se
explica tal comportamento?
R: A resposta
é tão difícil como explicar qualquer outra grave alteração de comportamento.
São espíritos que pelo seu atraso, imaturidade, ignorância e, sobretudo pelo
livre arbítrio desviaram-se da linha normal de conduta.
6- E as
vitimas, por que isso?
R: Em diversas
oportunidades, quando fizemos palestra sobre reencarnação, fomos questionados
posteriormente sobre a dolorosa e delicada circunstância da pedofila.
Principalmente, ao se propiciar perguntas nos serem dirigidas por escrito
viabilizava-se este questionamento.
Embora o
tema seja potencialmente polêmico e desagradável, não há como ignorá-lo no
contexto de nossa situação planetária. Nossa abordagem será pelo ângulo
transcendental e reencarnacionista considerando que são dois espíritos, no
mínimo, envolvidos na tragédia em questão. Cumpre-nos esclarecer que o livre
arbítrio é o maior patrimônio que nós, espíritos humanos, temos alcançado ao
atingirmos a faixa evolutiva pensante. Livre arbítrio que não legitima
atitudes, mas oportuniza as criaturas decidir e se responsabilizar pelas
consequências de seus atos posteriores.
Outra
premissa que deveremos estabelecer é aquela da maior ou menor repercussão dos
atos perante a Lei Universal, em função do nível de esclarecimento que
possuímos. Importante também salientar que não há atos perversos que tenham
sido planejados pela espiritualidade superior. Seria de uma miopia intelectual
sem limites, a ideia de que alguém deve reencarnar a fim de ser violentado ou
sofrer pedofilia.
A concepção
do Deus punitivo e vingativo já não cabe mais no dicionário dos esclarecidos
sobre a vida espiritual. Deus é a fonte inesgotável de amor.
É a Lei
maior que a tudo preside uma lei de amor que coordena as leis da natureza.
Então, como conceber a violência física? Como enquadrar a onipresença divina em
situações e sofrimentos que observamos? Deus estaria ausente nestas
circunstâncias? Ou estaria presente? Para muitos indivíduos se estivesse
presente já seria motivo para não crer na sua existência ou na sua infinita
bondade e onisciência.
Outra
questão importante: Quem é a “vítima”? Analisemos. Cada um de nós ao reencarnar
trouxe todo o seu passado impresso indelevelmente em si mesmo, são os núcleos
energéticos que trazemos em nosso inconsciente construídos no passado.
Espíritos
que somos e pelas inúmeras viagens que percorremos, representadas pelas
inúmeras vidas, possuímos no nosso “passaporte” inúmeros “carimbos” das
pousadas onde estagiamos em vidas anteriores. Hoje, a somatória dessas
experiências se traduzem em manancial energético que irradia constantemente do
nosso interior para a superfície desta vida.
Assim, é
também a “vítima”. A criança, que hoje se apresenta de forma diferente, traz em
seu passado profunda marcas de atitudes prejudiciais a irmãos seus. Atitudes de
desequilíbrio que são gravadas em si mesma.
Algumas
dessas, hoje crianças, participaram intelectualmente de verdadeiras emboscadas
visando atingir de maneira dolorosa a intimidade sexual de criaturas; outras
foram executoras diretas, pela autoridade que eram investidas, de crimes nesta
área. Enfim, são múltiplas as situações geradoras da desarmonia energética que
agora pulsa constantemente nos arquivos vibratórios da criança, nossa
personagem neste drama.
Pela Lei
Universal da sintonia de vibrações, poderá ocorrer, em um dado momento, uma
surpresa desagradável. O espírito, criança agora, poderá atrair e sintonizar
com a frequência do agressor, ou seja, o pedófilo e ser agredida.
Identificados
dois dos protagonistas (agressor e criança), temos também que considerar o
frequente processo obsessivo que vinha se desenvolvendo. Uma outra entidade
pode estar fixa perifericamente ou até profundamente à trama perispiritual de
um ou dos doisenvolvidos no processo.
Lembramos,
novamente, não foi em hipótese alguma programada a violència ou o estupro, nem
ele em qualquer circunstância teria justificativa. No entanto, o crime
existindo, necessário compreender em uma visão mais ampla o que está acontecendo.
A espiritualidade sempre fará o máximo para evitar o “mal” ou não sendo
possível, apoiar aos que sofrem.
O espírito
submetido à violência da pedofilia sofre intensamente no processo, conforme o
seu grau de maturidade espiritual. Não houve a programação, mas a tendência que
trazia era forte e havia o risco em passar por algo do gênero , que, a
espiritualidade não conseguiu evitar. Perante a Lei divina sabemos que o
espírito reencarnado não deve receber a agressão arbitrária em face da violência
cometida por outro. Violência que gera violência, um ciclo triste que necessita
ser rompido com uma postura de amor, de orientação e de perdão.
A violência
da pedofilia gera, muitas vezes, profundos traumas em todos os envolvidos
exacerbando a dolorosa situação cármica da constelação familiar.
Há, também,
espíritos afins e benfeitores que, visam amparar os envolvidos nesta dor.
Amigos do extra físico cheios de ternura em seu coração, com projetos de
dedicação e amparo, sempre se fazem presentes.
O tempo se
encarregará de cicatrizar os ferimentos da alma.
Fonte:
Entrevista com Dr. Ricardo Di Bernardi
Médico
pediatra, homeopata, palestrante espírita internacional, autor de diversos
livros.
“NO VALE DOS DROGADOS”
Certa noite,
já de madrugada, percebi que estava projetado fora do corpo em um pântano
escuro e tenebroso. Não sei como fui parar lá, mas com certeza fui levado pelos
amparadores espirituais, pois participei de um trabalho de assistência
extrafísica.
O que mais
me surpreendeu não foi o local, mas os espíritos que encontrei lá. Conforme
caminhava, ia passando por vários jovens desencarnados caídos naquele chão
imundo. Escutava gemidos e uma energia de medo e dor vibrava no ambiente. Muitos
espíritos puxavam minhas pernas, outros estavam completamente atordoados,
indiferentes à minha presença.
Andei um
pouco por aquela multidão de infelizes. Todos pareciam ainda estar sob o efeito
das drogas, completamente sugados em sua vitalidade, sem forças para se
levantar.
Em
determinado momento, senti a necessidade de me sentar no chão, mesmo sem saber
ao certo o motivo. Logo que fiz isso, uma jovem aparentando uns 19 anos, loira,
aproximou-se de mim muito amedrontada. Não sabia onde estava nem o que estava
acontecendo. Sentou-se ao meu lado e me abraçou, na ânsia de se proteger
daquilo tudo.
Não sei
quanto tempo ela ficou abraçada em mim. Na verdade, a percepção do tempo varia
de acordo com o plano em que nos manifestamos. Só sei que fui me sentindo cada
vez mais fraco, até perder a consciência e despertar no corpo físico.
O que
aconteceu é fácil de entender. Fui levado pelos amparadores à uma região
umbralina onde muitos espíritos que desencarnaram devido ao uso de drogas
estavam reunidos, de acordo com a lei de afinidade. Muitos espíritos ainda
ficam sob o efeito de drogas devido à ligação energética que têm com seus
corpos e com a energia de determinada droga. Suas mentes estão cristalizadas no
vício, fazendo com que fiquem por tempo indeterminado naquelas regiões. Mas
alguns, devido ao próprio carma ou a uma vontade sincera, se encontram em
condições de sair desses lugares e buscar apoio nos hospitais extrafísicos. Era
o caso daquela jovem. É bem provável que ela tivesse desencarnado por overdose recentemente
e por isso, seu corpo astral estava muito denso. Como se encontrava fraca,
somente alguém encarnado, temporariamente afastado do corpo poderia doar
energia vital mais densa, para que ela pudesse ser tratada posteriormente pelos
amparadores, que devido ao plano de manifestação, irradiam energias mais sutis.
É claro que
nem todos os espiritos que desencarnam sob o vício das drogas se dirigem a este
vale. Cada caso é um caso. Tudo é uma questão de afinidade.
Relato de
uma projeção astral- Por Victor Rebelo
Revista
Cristã de Espiritismo, edição 32
“CHEGA DE CARREGAR CULPAS! ISSO ACABA COM À SUA ALMA.”
Inúmeras
crenças religiosas têm sido imensamente nocivas ao desenvolvimento das pessoas,
pois usam frequentemente a culpa como forma de atemorizar. Com isso, obtêm a
submissão dos indivíduos, conduzindo-os a seu bel-prazer.
Utilizam-se
de comportamentos manipuladores baseados em crenças punitivas. Um dos conceitos
mais apregoados é o de que a Divina Providência age através do castigo e da
vingança e de que Deus, quando se decepciona conosco, impede-nos de desfrutar e
participar das benesses do Reino dos Céus.
A doutrina
do fogo eterno (...) não produzirá bom resultado (...) Se ensinardes coisas que
mais tarde a razão venha a repelir causareis uma impressão que não será
duradoura, nem salutar".
As religiões
foram criadas para retirar as pessoas da convenção e transportá-las à
espiritualização, mas, na atualidade, algumas religiões se transformaram nas
próprias convenções sociais.
Abordaremos
agora algumas mensagens que produzem culpa e consequentemente infelicidade no
íntimo das pessoas:
"Vocês
desobedeceram às leis divinas, mas, se sofrerem bastante, talvez serão
perdoados".
"Vocês
não entrarão na Casa de Deus, a menos que se sacrifiquem muito pelos
necessitados".
"se
vocês amassem ao Pai, não ousariam ter a atitude que tiveram".
A culpa é
frequentemente difundida por religiosos ortodoxos de forma consciente e até
mesmo inconsciente, como meio de, produzindo temor nos fiéis, estabelecer
dependência religiosa e determinar comportamentos e posturas de vida que
acreditam ser corretas e convenientes às suas "nobres causas
missionárias".
Esquecem-se,
porém, de que cada ser tem uma idade astral, que lhe permite ver e compreender
a existência de forma específica e única. Também não se lembram de que, por
maior que seja a soma das culpas de um indivíduo, ele não poderá transformar
seu comportamento passado nem mesmo suas atitudes do presente. Portanto, a
única forma possível de levá-lo a uma transformação interior é a mudança de
entendimento e de atitude.
Somente
através de uma real conscientização é que se estabelece o processo de
amadurecimento das criaturas. Em outras palavras, tal conscientização se dá
pelo somatório de sua experiências vivenciadas através do tempo, nunca pela
imposição ou pelo receio.
"Sacrifique-se
pelos necessitados", poderá ser uma recomendação equivocada, quando
endereçada a uma pessoa psicologicamente fragilizada, pois, se ela não consegue
nem mesmo ajudar a si mesma, obviamente se sentirá culpada por não conseguir
ajudar o próximo.
Ela até
poderá estar provida de boa vontade e tentar fazer algumas coisas, mas não
conseguirá efetuar uma real ajuda, visto que é tão necessitada que dentro de si
não há senão escuridão e desequilíbrio. Então, como poderá cooperar
convenientemente com os outros?
Só poderemos
prestar auxílio a alguém que estiver se afogando se soubermos nadar. como
ajudá-lo, se estivermos também afogando?
Na
realidade, pessoas imaturas se consideram profundamente culpáveis porque
valorizam em excesso o que os outros dizem e pensam. Por lhes faltar
independência interior, nem sempre reúnem condições de julgar seu próprio
comportamento, pensamentos e emoções, responsabilizando-se pelas consequências que
tais atos causam sobre elas.
Não creem
que Deus lhes fala diretamente; ao contrário, necessitam de homens que se
autodenominam "iluminados", para conduzi-las, conforme julguem
correto e justo São infelizes. Quando não se culpam, atribuem culpa aos outros.
Não percebem que são elas mesmas que determinam o seu destino!
A culpa não
encontrará abrigo em nossa alma, se tivéssemos uma ampla fé no amor de Deus por
nós e se acreditássemos que Ele habita em nosso interior e sabe que somos tão
bons e adequados quanto permite nosso grau de conhecimento e de entendimento
sobre nossa vida interior e também exterior.
Hammed - as
dores da alma
sexta-feira, 4 de agosto de 2017
"CORDÃO DE PRATA- A ANIMAÇÃO SOBRE O DESENCARNE QUE VEM EMOCIONANDO O MUNDO"
"Quando
amamos alguém temos que aprender a deixa-lo ir..."
Saiba mais
sobre o cordão de prata:
Como o
próprio nome sugere, trata-se de uma espécie de "cordão" que liga o
perispírito ao corpo físico. É imprescindível à vida carnal, pois assegura a
perfeita realização das funções biológicas vitais durante o período do sono
natural, quando então o espírito se desprende do corpo físico para interagir no
mundo espiritual, embora sempre seu corpo e seu perispírito estejam sempre
ligados através do chamado cordão de prata.
O cordão de
prata é pré-requisito essencial para a vida orgânica, posto que no momento da
morte física ele se rompe. Em alguns meios "espiritualistas" com
pouco estudo, há uma discussão sobre os "perigos de rompimento" de
tal cordão espontaneamente, durante o conhecido fenômeno das projeções para
fora do corpo, como se algo no Universo pudesse acontecer
"espontaneamente", ou seja, sem o consentimento e o conhecimento de
Deus. Esse temor não tem lógica, nem sentido algum, a não ser que seja "a
hora exata" de o indivíduo desencarnar.
O cordão de
prata não é feito de material suscetível a atritos ou a acontecimentos que
possam vir a "rompê-lo" - esse tipo de pensamento não apenas
contraria diametralmente a lógica, mas sobretudo vai inteiramente contra os
ensinamentos estabelecidos pela codificação Kardequiana.
FONTES:
MISSIONÁRIOS DA LUZ, de André Luiz, por Chico Xavier
“MORTES VIOLENTAS E PLANEJAMENTO REENCARNATÓRIO.”
Inegavelmente,
vivemos um período em que a violência se acentua, tomando conta, quase que
integralmente, da mídia televisiva e escrita. São notícias diárias de
sequestros, roubos, estupros, homicídios e mortes causadas por acidente de
carro.
A violência
é fruto da nossa imperfeição moral, da predominância dos instintos agressivos
(adquiridos pelos Espíritos nas vivências evolutivas no reino animal), que a
razão ainda não converteu em expressões de amor.
Neste
período de transição planetária, vivenciamos o ápice das provas e expiações, de
forma que a violência atinge índices alarmantes, praticada por Espíritos ainda
primários, que não desenvolveram os sentimentos nobres, os quais, nesse
processo de expurgo evolutivo (separar o joio do trigo, como ensinava Jesus),
após a desencarnação, já não terão mais condições vibratórias de reencarnar no
planeta Terra. Lembremos, ainda, a assertiva de Jesus: Os mansos herdarão a
Terra.
Anote-se que
a tônica deste artigo é abordar a incidência do planejamento reencarnatório nos
casos de mortes violentas, isto é, a vítima teria que desencarnar dessa
maneira? E o agressor, também teria assumido esse papel de algoz antes de
reencarnar?
Alguns
autores espíritas defendem a ideia de que a morte causada pela violência alheia
não fazia parte do contexto reencarnatório, em virtude de que ninguém reencarna
para o mal, portanto o agressor não havia planejado matar alguém, de tal sorte
que a vítima desencarnaria em função do mau uso do livre arbítrio daquele
(agressor).
Em que pese
o nosso respeito por aqueles que nutrem esse tipo de ponto de vista, sabemos
que as vítimas que desencarnam em razão da violência alheia estão inseridas,
basicamente, em três tipos de situações:
1) Prova – a
vítima vivencia uma situação de violência que gera a sua desencarnação, o que
lhe trará um teste, um desafio para que ela exercite as virtudes no sentido de
perdoar sinceramente o agressor (gera aprendizado, evolução – esse tipo de
morte foi solicitado pela vítima antes de sua reencarnação). Lembremos que
prova pressupõe avaliação, ou seja, colocar em teste as virtudes aprendidas.
Caso vença moralmente a situação, podemos dizer que o Espírito alcançou
determinada virtude.
2) Expiação
– são as situações mais frequentes. A vítima foi a autora de violência em vidas
anteriores que lesou alguém e, como não se liberou desse compromisso através do
amor, sofre as consequências na atual existência. Expiar é reparar, quitar,
harmonizar-se com as leis divinas.
3) Missão –
algumas almas nobres morrem de forma violenta, uma vez que seus exemplos de
amor e tolerância geram antipatias nas pessoas mais embrutecidas. Menciono como
exemplos os casos de Jesus e Gandhi.
Notem que
estamos abordando a questão das violências mais graves, que acabam gerando a
nossa desencarnação, pois as violências menores que vivenciamos em nosso
cotidiano, tais como calúnias, traições, indiferença e outras, normalmente são
circunstâncias naturais da vida num mundo atrasado moralmente como o nosso, a
estimular nosso aprendizado espiritual (veja questão nº 859 do Livro dos
Espíritos). Jesus já nos orientava: “No mundo só tereis aflições”.
Dessa forma,
à luz do Espiritismo e da justiça divina (a cada um segundo suas obras), temos
a certeza de que a desencarnação violenta fazia parte de seu cronograma
reencarnatório.
Aliás, O
Livro dos Espíritos, na questão nº 853-a, nos ensina que nós somente morreremos
quando chegar a nossa hora, com exceção do suicídio, conforme acima exposto.
Não há
acaso, mesmo nas hipóteses de “bala perdida” e erro médico. Não há
desencarnação casual, produzida por falha de terceiros ou mau uso do livre
arbítrio alheio.
Caso não
tenha chegado a hora de morrer, os benfeitores espirituais interferirão para
evitar essa afronta às leis divinas, como inúmeros casos que conhecemos (veja o
capítulo X - lei de liberdade - da 3º parte do O Livro dos Espírito, no
subcapítulo “fatalidade”).
A questão
crucial diz respeito aos autores dessas violências graves. Concordo que ninguém
reencarna com o compromisso de matar outra pessoa (veja questão nº 861 do Livro
dos Espíritos). Quando, por exemplo, o agressor opta por assassinar alguém, ele
o faz em virtude de sua inferioridade espiritual, ou quando atropela alguém por
estar alcoolizado e/ou em excesso de velocidade, o faz em razão de sua
imprudência, de forma que, em ambas as hipóteses, está usando indevidamente sua
liberdade de escolha e ação, o que gerará compromissos expiatórios.
Consigne-se,
ainda, que num mundo de provas e expiações, como a Terra, há muitos Espíritos
na faixa evolutiva do primarismo, que se comprazem na violência e na
imprudência, de forma que não faltará matéria-prima ou instrumentos para que se
cumpram as leis divinas quando algum Espírito necessite desencarnar de forma
violenta.
Assim sendo,
quando a vítima reencarna com o compromisso de morrer violentamente, não haverá
nesse momento algum Espírito predeterminado a matá-la, que assuma esse
compromisso reencarnatório antes de nascer, mas haverá na Terra inúmeros
Espíritos atrasados que, ao dar vazão à sua inferioridade (violência e/ou
imprudência), ceifarão a vida daquela (vítima). Esses autores da violência
funcionarão como instrumentos das leis divinas. Todavia, tal situação não os
isentará das consequências morais e espirituais de suas ações, pois, repita-se,
os agressores não estavam predeterminados a agirem dessa forma, poderiam ter
elegido outro tipo de conduta, e foi Jesus quem nos ensinou que os escândalos
eram necessários, mas ai de quem os causar.
Para fixar o
ensino, recordemos do recente e trágico caso da escola de Realengo, na cidade
do Rio de Janeiro. O assassino poderia ter deixado de agir daquela forma, pois
ele não havia planejado aquilo na espiritualidade (antes de nascer), e se não
tivesse adentrado na escola e efetuado os disparos com a arma de fogo, os
menores que morreram naquela circunstância sobreviveriam, mas, mais adiante
(dias, semanas ou meses – não há dia e hora certa para a desencarnação, mas um
período provável), desencarnariam em outra situação violenta.
Poder-se-ia
perguntar: Mas como o agressor identifica a pessoa que deve desencarnar?
Aprendemos com o Espiritismo que o indivíduo que deve desencarnar de forma
violenta, notadamente nos casos de expiação, tem uma vibração espiritual
específica, que denuncia e reflete esse débito, de forma que o agressor,
inconscientemente, identifica-se com aquele e promove-lhe a desencarnação. É
essa particularidade vibracional que, da mesma forma, explica outros tipos de
violência (estupro, roubos, sequestros,...), fazendo com que o autor do delito
aja em desfavor daquele que deve vivenciar a situação traumática.
É dessa
maneira que compreendemos a justiça divina, mas convém enfatizar que a lei
divina maior é a lei de amor, portanto, conforme assevera o apóstolo Simão
Pedro, o amor cobre uma multidão de erros, de tal sorte que aquele que venha
com o compromisso expiatório de desencarnar de forma violenta, poderá amenizar
ou diluir integralmente esse débito com as leis divinas através do bem que
realize em sua vida, que poderá libertá-lo de uma possível desencarnação
violenta. Não nos esqueçamos de que Deus é amor.
Por:
ALESSANDRO VIANA VIEIRA DE PAULA
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
“QUEM É NOSSO MENTOR ESPIRITUAL E QUAL O SEU PAPEL EM NOSSAS VIDAS”
Segundo a
Doutrina Espírita, todos os homens que empenham em seguir determinado caminho
têm ao seu lado o amparo espiritual daqueles, que, desencarnados, se propõem a
ajudar encarnados que têm o mesmo objetivo, crença ou propósito. Médicos,
Professores, atores, juízes, religiosos, todos contam com a parceria e
orientação, embora muito sutil, do plano espiritual. Quem nunca recorreu a um
amigo ou conselheiro para resolver determinadas questões? Para os médiuns não é
diferente, pois estão imbuídos do compromisso que assumiram antes da
reencarnação de servir de intermediário entre os dois planos da vida. E todos
eles, sem exceção, contam com a presença de um guia espiritual.
O papel de um mentor é muito parecido com o
trabalho de um professor. Quando se aproxima de um médium, é pela sintonia de
afinidade. E o seu papel, diferente do que muitos espíritos imaginam, não é o
de proteger o seu pupilo, mas sim orientar e ensinar. A proteção espiritual
fica a cargo dos espíritos protetores do médium, normalmente familiares e
amigos de outras existências, e, também, do anjo da guarda. A função do mentor
é exclusivamente de orientação espiritual. André Luiz os classifica como
grandes almas, pelo papel desempenhando junto aos homens. Estão muito ligados à
humanidade e certamente ainda têm a possibilidade de retorno à carne. Não sabem
tudo e estão empenhados em aprender e aprimorar seus conhecimentos para melhor
amparar os seus protegidos.
Um único médium pode ter mais de um mentor
e um único espírito pode amparar vários médiuns ao mesmo tempo. Chico Xavier é
o nosso maior exemplo: teve Emmanuel como guia por varias décadas de sua
existência, e contou também como a colaboração de várias outras entidades que,
em momentos diversos, o orientaram e guiaram os seus trabalhos. No caso de
Chico, estes espíritos sempre trabalharam com a supervisão de Emmanuel, que era
o mentor e orientador de toda a sua vida mediúnica, com o qual havia traçado
sua missão na terra.
A importância deles em nossa vida: “se que
as vejais, perambulam em vosso meio, atuam em vossos atos, sem que vossos
nervos visuais lhes registrem a presença. Edificante é observarmos o sacrifício
de tantos seres envolvidos que se consagram a sagrados labores, no planeta das
sombras, quais os da regeneração de individualidades obcecadas no mal,
atirando-se com destemor a tarefas penosas, cheios de renúncia santificadora”.
Analisando as palavras de Emmanuel entendemos que os mentores estão mais
próximos de nós do que imaginamos e sua interferência em nosso dia a dia vai
além das orientações passadas através da intuição. Eles militam diretamente no
plano material e usam este trânsito livre entre os dois planos para auxiliar
melhor os seus protegidos. Um mentor sempre guiará seu pupilo nos caminhos
certos e se afastará dele naqueles momentos em que o protegido se render as
escolhas com as quais o espírito não comunga. Há neste caso, uma divergência de
ideias, normalmente ligada aos prazeres inferiores. O mentor costuma se
reaproximar do médium quando ele apresenta a vontade de retorna ao caminho
certo.
Allan Kardec perguntou sobre a
possibilidade de um espírito abandonar o trabalho junto ao médium que não segue
as suas recomendações, obtém a seguinte resposta: “ele se afasta quando vê que
seus conselhos são inúteis e a vontade de aceitar a influência dos Espíritos
inferiores é mais forte no seu protegido. Mas não o abandona completamente e
sempre se faz ouvir; é; porém, o homem quem fecha os ouvidos. O protetor volta
logo que seja chamado.”
C.A.Espiritual-ESPIRIT
BOOK
“ESPÍRITO DO DR. FRITZ E SUAS IMPRESSIONANTES CIRURGIAS ESPIRITUAIS. ”
Dr. Fritz, outra vez
Paulo Germano é um dos mais renomados jornalistas de Porto
Alegre. Em sua coluna de fim de semana de Zero Hora (11 e 12 de junho), ele
relata impressionante caso de presumível cura obtida por seu amigo Fabian
Chelkanoff, professor de jornalismo, mediante “cirurgia espiritual” feita pelo
médium gaúcho, Mauro Vieira, que estaria “incorporando” o espírito Doutor
Fritz.
O fenômeno Dr. Fritz é bastante conhecido no Brasil e no
mundo, desde que, lá pela década de 50/60 do século passado, a entidade, que
teria sido um médico alemão, passou a operar através do médium Zé Arigó, com
métodos nada convencionais. Os relatos, registrados em livros, documentários e
reportagens, em diversos países, mostram o médium enfiando tesouras e facas,
sem qualquer assepsia, no nariz, na boca ou no estômago de pacientes, não
sentindo estes dor alguma e sem que disso resultasse qualquer infecção. Dessa
forma, eram retirados tumores e tecidos doentes, registrando-se curas, tidas
como “milagrosas”. Depois de Zé Arigó, vários médiuns, utilizando idênticos
métodos, afirmaram atuar sob a influência do Dr. Fritz.
A razão
A coluna “A razão e o Doutor Fritz”, que pode ser lida em
zhora.co/pg_1106 , relata com minudência
a intervenção a que se submeteu o amigo de Paulo Germano, com o mais recente
médium que afirma operar sob a intervenção do Dr. Fritz. O paciente havia
sofrido três AVCs e uma isquemia cerebral, com sequelas muito graves. Mas estas
sumiram, como por encanto, após nada mais dos dois minutos em que Mauro, um
servente de obras de Rosário do Sul, manteve enfiada uma tesoura na narina do
professor universitário.
Ao se reportar ao episódio, Germano confessa que uma de suas
maiores inquietações se refere à existência ou não de Deus e de qualquer
“fenômeno sobrenatural”. Mas que, diante de episódios assim, uma coisa ele
aprendeu: “a ciência não dá conta de tudo” e “a razão, muito menos”.
O humano e o divino
Escrevi a ZH -
http://wp.clicrbs.com.br/doleitor/?topo=13,1,1,,,13 – sugerindo ao colunista
que, para tentar administrar suas dúvidas, começasse por tirar Deus dessa
história. Não precisamos, para conferir razoabilidade a episódios dessa
natureza, recorrer à velha fórmula de que existem: a) uma razão divina,
inacessível à compreensão dos homens, onde se situam os “milagres”; e b) uma
razão humana, à qual a ciência e a lógica terrenas estão submetidas. Essa
dicotomia entre o sagrado e o profano, o sobrenatural e o natural, é uma
criação arbitrária das religiões. O princípio filosófico da sobrevivência da
consciência – ou do espírito -, defendida por pensadores de todos os tempos,
inclusive do nosso, desvinculados da religião, por si só, confere razoabilidade
a fenômenos dessa ordem.
Simples: se sobrevivemos, é natural que guardemos valores
humanos como amor e ódio, egoísmo e solidariedade, disposição e/ou aptidão, -
ou não - para agirmos em favor ou em prejuízo dos que aqui ainda estão.
Mediunidade é coisa muito humana.
Inteligência e causa
E Deus? Bem, se guardarmos dele a ideia defendida pelas
religiões, de uma entidade pessoal todo poderosa, mas arbitrária, voluntarista,
que a uns concede graças e a outros as nega, que a uns castiga e a outros
premia, por critérios somente seus, descomprometidos da razão, fica, realmente,
difícil aceitá-lo.
Retirando Deus da sobre naturalidade e inserindo-o no âmbito
das leis naturais, como propôs Kardec, a coisa começa a mudar.
A filosofia espírita nunca teve a pretensão de explicar Deus,
nem lhe cabe provar sua existência. O objeto de estudo do espiritismo é o
espírito, sua sobrevivência e sua relação com o mundo material. Mas, o conceito
de Deus exarado na questão número 1 de O Livro dos Espíritos – “inteligência
suprema e causa primeira de todas as coisas” – além de afastá-lo do
antropomorfismo em que o prenderam as religiões, insere-o num universo racional
e inteligente, por onde tudo transita, inclusive o espírito humano.
(Coluna publicada nas edições de julho dos jornais OPINIÃO,
do Centro Cultural Espírita de Porto Alegre, e ABERTURA, do Instituto Cultural
Kardecista de Santos)
quarta-feira, 2 de agosto de 2017
ATORES ESPÍRITAS RELATAM SUA EXPERIÊNCIA DENTRO DA DOUTRINA
De acordo
com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o espiritismo tem
hoje 20 milhões de adeptos - cresceu 40% em cinco anos, principalmente nos
Estados mais ricos e escolarizados. Estes novos seguidores valorizam as
explicações racionais para a vida após a morte.
Com a
mudança de perfil e o sucesso do assunto na mídia, não é de espantar que mais
celebridades estejam declarando sua crença em espíritos. É o caso de Juliana
Paes, Raica Oliveira, Cléo Pires, Rosi Campos, Marcos Caruso, Carlos Vereza,
Paola Oliveira e Samara Felippo. A casa Lar de Frei Luiz, no Rio, é uma das que
recebem várias celebridades toda semana. "Carlos Vereza é um dos nossos
conselheiros, e sempre vem aqui Elba Ramalho, Joanna, a Alcione, Toni Garrido,
Cissa Guimarães", diz a presidente, Helena Mussi Gazolla.
CAROL CASTRO
Fui
batizada, fiz a primeira comunhão, mas não frequento a Igreja Católica. Quando
eu era pequena, fui muito a um templo budista. Minha mãe morou no Japão dos 4
aos 9 anos e tem uma relação forte com a religiosidade oriental, que ela me
transmitiu desde pequena. Minha mãe é astróloga, taróloga e terapeuta corporal.
Ela se comunica com espíritos, já psicografou um livro do escritor Camilo
Castelo Branco. Sou budista. Acredito em uma força maior e tenho certeza de que
todos nós reencarnamos; temos várias vidas após a morte.
Acredito que
os espíritos voltam para ajudar ou atrapalhar as pessoas.
Quando eu
era criança, eu via muitos espíritos. Aos 3 anos, cheguei a casa falando que
tinha visto Jesus. Minha mãe ligou na escola para reclamar que a professora
estava influenciando minha formação religiosa, mas ninguém tinha falado nada
sobre Jesus para mim. Aos 6 anos, contei para a minha mãe que, em uma vida
passada, eu morei em um castelo e tinha uma mãe que fumava. O nome dela era
Marcela. Todos daquela minha família morreram de febre. Na mesma época, vi a
avó da minha mãe e saí correndo, assustada. Depois contei para ela e descrevi o
vestido que o espírito estava usando. E era o vestido favorito dela.
Com o tempo,
você perde essa pureza de criança e deixa de ver coisas assim. Fui me
desligando, mas ainda hoje valorizo muito a intuição, ela me ajuda a fazer as
escolhas certas. Quero ser mãe, e vou respeitar e estimular os meus filhos a
não perder esse contato com o espiritual. Bloquear as crianças nessa fase tão
bonita da vida só vai atrapalhar o desenvolvimento delas."
MARCOS CARUSO
"Tenho
uma formação inicialmente católica, mas eu me converti ao espiritismo. Passei a
ter uma relação muito forte com a filosofia kardecista a partir dos 27, 28
anos. Pauto minha vida pelo que o Evangelho me ensinou. Durante um longo tempo,
li O Evangelho Segundo o Espiritismo, ia às sessões espíritas, mas praticava a
religião católica. Hoje sigo à risca a doutrina espírita, que é a favor da
reencarnação. Peguei alguns pontos da filosofia kardecista e levei para a minha
vida, como a fraternidade, a humanidade, saber pedir perdão, fazer com que o
sucesso aumente minha responsabilidade e não a minha vaidade, essas coisas. Sei
que evoluí, dos 27 aos 54 anos, pela filosofia espírita. Sou um devoto,
acredito nas responsabilidades pelo que fazemos, que voltamos numa vida futura
e eu posso voltar melhor ou pior, dependendo de como me comporto aqui. Assim,
encaro melhor a minha presença nesta vida.
Não tenho
medo da morte, ela é inevitável, temos de aceitá-la.
Eu só me
preocupo com o possível sofrimento das pessoas quando elas se aproximam da
morte. Nunca fiz regressão porque não me interesso pelo que passou. Tenho uma
relação forte com o presente e o futuro."
JORGE LOREDO
E ROSI CAMPOS
"Minha
bisavó já era espírita, minha mãe se comunicava com entidades. Acredito que
existem outras vidas e as pessoas se comunicam com muita força quando estão
morrendo", diz o ator Jorge Loredo. Há ainda quem se declare médium.
"Fui desenvolvendo a mediunidade de forma natural", afirma a atriz
Rosi Campos, que interpreta uma cartomante em O Profeta. "Quando cheguei
ao centro espírita, eu não sabia se iria conseguir essa conexão. As pessoas é
que mitificam, mas, se você acredita, não tem nada de anormal."
CAIO BLAT
"Sou fã
de Allan Kardec e Chico Xavier. Fiquei muito envolvido com o espiritismo porque
minha ex-mulher (a cantora lírica Ana Ariel) era médium. Quando nós começamos a
namorar, eu fiquei muito impressionado com os livros de Allan Kardec, com as
apresentações lógicas e claras sobre a nossa evolução espiritual. Ele explica
muito bem esse conceito tão antigo que é a reencarnação. Esta vida é só um
pequeno momento que faz parte de um ciclo muito maior. Gosto também das ações
sociais dos espíritas. Já fui ao Lar de Frei Luiz, que eu conheci por
intermédio do Carlos Vereza. Antes de conhecer o espiritismo, eu já frequentava
a Sociedade Taoísta.
A minha
prática espiritual valoriza muito a meditação, o silêncio.
Sou seguidor
de Lao Tsé, e tento conciliar o exercício espiritual do Oriente, a busca por
ser zen, com a explicação racional de Kardec. A questão da comunicação com os
espíritos não me atrai, prefiro desenvolver a minha intuição. E estou tentando
desenvolver a telepatia. Se eu estou pensando em alguém, ligo para a pessoa na
hora. Geralmente ela está mesmo precisando de apoio."
Carol Castro
também pensa assim. "As crianças têm uma pureza muito grande e para elas o
contato com os espíritos é espontâneo. Eu via muitos quando era criança.
"Aos 6 anos, contei para a minha mãe que, em uma vida passada, eu morei em
um castelo e tinha uma mãe que fumava. O nome dela era Marcela. Todos daquela
minha família morreram de febre." Hoje, a atriz diz que não vê mais
entidades, mas que sua mãe conseguiu desenvolver essa capacidade. "Ela se
comunica com espíritos e já psicografou um livro do escritor Camilo Castelo
Branco."
MAITÊ
PROENÇA
"Não
tenho religião. Tenho uma ligação com o divino, com aquilo que não se explica,
mas que alguns sentem de forma intensa - é meu caso. Ao longo do dia me
relaciono com isso muitas vezes e em alguns momentos de maneira mais solene.
Paro e rezo, medito, acendo velas, tenho meu ritual
particular.
Acredito em
reencarnação. Acredito que nos transmutamos. Que esta vida é mais um rito de
passagem (entre muitos) para algum lugar melhor e mais sublime, para um estado
de êxtase permanente, para a integração com um estado de consciência perfeito.
Acredito também na comunicação com espíritos. Se essas experiências são
relatadas por pessoas é porque de alguma forma elas acontecem. Ninguém inventa
nada, está tudo aí."
Fonte:
Revista Quem - Edição 322
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𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.
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Muita gente procura o centro espírita em busca de uma conversa direta com os guias espirituais. Talvez acreditem que, se tiverem oportun...
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