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sexta-feira, 11 de agosto de 2017

"INFLUÊNCIA ESPIRITUAL QUE SOFREMOS!"

A afinidade consiste na semelhança, identidade ou conformidade de gostos, interesses, sentimentos, propósitos, pontos de vista. Por sua vez, a sintonia se estabelece em virtude da atração e da simpatia que passa a vigorar entre as partes que mantêm afinidade. E pelos mecanismos da lei de afinidade, a sintonia constitui lei inderrogável. Quais as implicações, as consequências disso?
Afinidade é “uma faixa de união” em que nos integramos uns com os outros. Em tudo, vemos integração, afinidade, sintonia... E de uma coisa não tenhamos dúvida: através do pensamento, comungamos uns com os outros, em plena vida universal.
Todas as coisas que existem no Universo vivem em regime de afinidade. Desde o átomo até os arcanjos tudo é atração e sintonia. Nada que te alcança a existência é ocasional ou fruto de uma reação sem nexo.
Teu livre-arbítrio indica com precisão a posição de ocupas no Cosmo, uma vez que cada indivíduo deve a si mesmo a conjuntura favorável ou adversa em que se situa no momento atual.
Vieste da inconsciência – simples e ignorante – e, pela lei da evolução, caminhas para a consciência escolhendo a estrada a ser percorrida.
Encontrarás o que busca. Tens a posse daquilo que deste.
Convives com quem sintonizas. Conhecerás o que aprendeste, mas somente incorporarás na memória o que vivenciaste.
Avanças ou retrocedes de acordo com a tua casa mental.
Felicidade ou infelicidade são subprodutos de teu estado íntimo.
Amigos são escolhas de longo tempo. Teu círculo doméstico é a materialização de teus anseios e de tuas necessidades de aprendizagem.
Pelo teu jeito de ser, conquistarás admiração ou desconsideração.
O que fizeres contigo hoje refletirá no teu amanhã, visto que o teu ontem decidiu o teu hoje.
Com teus pensamentos, atrais, absorves, impulsionas ou rechaças. Com tua vontade, conferes orientação e rumo, apontando para as mais variadas direções. Disse Jesus: “Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto”.
Sintonia é a base da existência de toda alma imortal. Seja na vida física seja na vida astral, a lei de afinidade é princípio divino regendo a ti, a todos os outros e a tudo.
Observa: viver no drama ou na realidade, na aflição ou na serenidade, na sombra ou na luz, é postura que está estritamente relacionada com teu modo de sentir, pensar e agir.
A afinidade consiste na semelhança, identidade ou conformidade de gostos, interesses, sentimentos, propósitos, pontos de vista.
Por sua vez, a sintonia se estabelece em virtude da atração e da simpatia que passa a vigorar entre as partes que mantêm afinidade.
Podemos aprender, com os postulados da Doutrina Espírita e sua literatura, que, pelos dispositivos da lei de afinidade, a sintonia constitui lei inderrogável, ou seja, que não pode ser abolida, anulada, eliminada, extinta. E qual a implicação, a consequência disso? Onde colocarmos os pensamentos e os sentimentos, aí se nos desenvolverá a própria vida, porque vivemos sob a influência das crenças e valores que alimentamos, das emoções que cultivamos, das aspirações e dos propósitos que guiam nosso cotidiano.
Sejamos ou não conscientes dessa responsabilidade, cada um de nós encontra-se, constantemente, atraindo as circunstâncias e as pessoas que, de uma forma ou de outra, entram em consonância com o nosso mundo interior. Assim, cada um de nós conviverá sempre e em toda parte e a todo momento com aqueles com os quais se afina, efetuando inevitáveis trocas energéticas.
E qualquer alteração nesse compartilhar dependerá, necessariamente, da transformação de nossa condição íntima, porque as forças que nos unem uns aos outros são as que, em primeiro lugar, emitimos de nós. Em essência, somos o que pensamos e sentimos – e, por conseguinte, o que fazemos –, conectando, de modo automático, nosso mundo interno ao universo externo, pois estamos com todos e no todo e tudo está em nós.
Parafraseando o “dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és”, concluiremos que, basta conhecermos nossas reais motivações e a índole de nossos amigos, para atestarmos com quem desejamos nos assemelhar. Nesse sentido, o espírito Emmanuel advoga que, se sintonia é acordo mútuo, “todo aquele coração que palpita e trabalha no campo dos ensinamentos de Jesus, a Jesus se assemelhará.”
Mentes comungam com mentes que se lhes assemelham.
Espíritos sintonizam com espíritos que lhes são afins.
Pessoas sincronizam com pessoas em quem se comprazem.
E, na grande romagem, todos somos instrumentos das forças com as quais estamos em sintonia.
Todos somos médiuns, dentro do campo mental que nos é próprio, associando-nos às energias edificantes, se o nosso pensamento flui na direção da vida superior, ou às forças perturbadoras e deprimentes, se ainda nos escravizamos às sombras da vida primitivista ou torturada.
Cada criatura, com os sentimentos que lhe caracterizam a vida íntima, emite raios específicos e vive na onda espiritual com que se identifica.
Na sua carta aos hebreus (12:1), o Apóstolo Paulo comenta sobre uma “nuvem de testemunhas” a nos rodear, advertindo-nos quanto à condição moral dos indivíduos que temos por companheiros. Todavia, serão eles apenas os que se encontram, materialmente, participando de nossa rotina familiar, profissional e social?
Segundo os ensinamentos trazidos por Allan Kardec, organizador e codificador da Doutrina Espírita, a realidade é muito mais ampla.
Pelo nosso modo de ser e de agir, não somente escolhemos os amigos e os ambientes de nossa preferência, como também atraímos os indivíduos que vivem no mundo espiritual – os espíritos –, tanto quanto somos por eles atraídos, mesmo que não acreditemos ou sejamos conscientes dessa presença.
Na questão 484, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, temos: “Os Espíritos se afeiçoam de preferência por certas pessoas?”
Resposta: Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem, ou suscetíveis de se melhorarem; os Espíritos inferiores com os homens viciosos ou que possam vir a sê-los. Daí sua afeição, por causa da semelhança das sensações.
Em outra oportunidade, Kardec também comentou: “Todas as imperfeições morais são outro tanto de portas abertas que dão acesso aos maus Espíritos.”
Cada um de nós constrói, de uma maneira muito particular, sua própria atmosfera moral. As desarmonias e transtornos existenciais são decorrentes das imperfeições morais, e que, pelos processos naturais da afinidade e da sintonia, atraem espíritos igualmente imperfeitos e desequilibrados. E, estes, ao envolverem com seus pensamentos perturbadores e doentios o indivíduo que se permite sofrer-lhes o assédio, influenciam negativamente o campo da vontade e do discernimento do encarnado, podendo empurrá-lo para situações difíceis, complicadoras ou calamitosas.
No entanto, o Espírito Joanna de Ângelis explica o ‘reverso da medalha’:
Como não existem violências contra as Leis universais, nem privilégios para uns indivíduos em detrimento de outros, quem ora e procura situar-se em equilíbrio direciona ondas mentais que alcançam as Regiões felizes da Espiritualidade, despertando amor e interesse dos Guias espirituais, que acorrem pressurosos para auxiliá-lo. Assim, promovem encontros inesperados, inspirando um e outro a tomarem o mesmo caminho, de forma que se defrontarão em determinado lugar, casualmente, embora hajam sido telementalizados na escolha do roteiro.
Noutras vezes, determinada aspiração ou necessidade que se apresente improvável, porque a mente se encontra em sintonia com o mundo transcendente, é inspirado a tomar tal ou qual decisão que terminará por solucionar o desejo.
Repetidamente, pequenas ocorrências dão-se com naturalidade, propiciando encantamento e ventura, que enriquecem de esperança e de gratidão aquele que é eleito.
Sintonizar é estar na mesma frequência mental-emocional de outrem, podendo captar e emitir pensamentos simultaneamente.
Dessa forma, sintonizar com os espíritos é colocar-se predisponente ao contato psíquico com eles de forma consciente ou inconsciente.
Cada indivíduo assimila as forças superiores ou inferiores com as quais se identifica. Por isso mesmo, Jesus recomendou a vigilância e a oração como antídotos contra as sugestões desequilibrantes, oriundas tantos dos encarnados como dos desencarnados.
Para a sintonia com os espíritos superiores, devemos desfocar o pensamento e o sentimento daquilo que esteja nos incomodando ou deixando-nos desassossegados, de modo a captar outras ideias disponíveis à nossa consciência. Daí a importância de aprendermos a disciplinar os pensamentos, exercitando a higiene mental através de reflexões superiores e da oração, pois são estas que nos permitem a mudança/elevação de nosso estado íntimo.
Todavia, cultivar bons pensamentos e sentimentos durante a oração não é simplesmente construir boas idéias no momento em que se queira conectar com os espíritos desencarnados voltados ao bem, mas, também estabelecer um estilo de vida pessoal que favoreça naturalmente o surgimento de ambos. Assim, aquele que é ético e trabalha-se continuamente no exercício de sua amorosidade, obviamente que tem por testemunha os espíritos do amor e da paz, e que o auxiliam em sua trajetória evolutiva, pois, se é verdade que cada um somente pode dar conforme o que tem, torna-se obvio que cada um recebe de acordo com aquilo que dá.
Bons pensamentos contribuem para a sintonia com Bons Espíritos. Bons sentimentos fortalecem a ligação do indivíduo com aqueles espíritos, na medida em que foram construídos com base na bondade e no amor. A amorosidade da pessoa é uma das formas mais seguras de construir sentimentos superiores.
Na faixa mental em que você atua, é natural que receba as mensagens com o mesmo teor vibratório como as envia.
Quem aspira à elevação moral e espiritual, sintoniza com vibrações superiores, que se fazem estímulos vigorosos, produzindo harmonia interior e renovação.
(...) Quem se demora no pessimismo, acalentando insucessos, assimila ondas inferiores, que carreiam miasmas pestilenciais, fixando-os nos paineis da emoção, que geram desequilíbrios e enfermidades.
(...) A felicidade começa no ato de desejá-la.
A desdita se inicia no instante em que você lhe dá guarida.
Utilize bem o tempo, tudo fazendo para que o seu momento seguinte seja-lhe sempre mais promissor e agradável.
O que não alcance agora, insistindo, conseguirá depois.
Eleja, portanto, os ideais de engrandecimento humano e não se detenha nunca.
Urge conscientizarmo-nos de nossa condição de espíritos imortais, e que, como tal, devem realizar-se através da incorporação dos mais elevados princípios e valores da moralidade e da amorosidade.
Quando Allan Kardec, em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, por orientação dos Espíritos Superiores, ressaltou a importância do estudo, não o fez com a propósito de que nos intelectualizássemos em excesso, sobretudo para demonstrar aos demais a superioridade de nossa capacidade e inteligência, mas para que, por meio dos conhecimentos adquiridos, aprendêssemos a selecionar o que verdadeiramente contribuísse para com o nosso enriquecimento íntimo. A reeducação íntima nos tira da ociosidade, traz luz ao espírito, harmoniza a mente, bem como possibilita a aproximação dos espíritos interessados em nossa ventura.
De acordo com o Espírito André Luiz, nossa alma pode ser comparada a espelho vivo com qualidades de absorção e exteriorização. Recolhemos a força da vida em ondas de pensamento e as expressamos através das palavras, dos exemplos, das atitudes.
Procederam acertadamente aqueles que compararam nosso mundo mental a um espelho.
Refletimos as imagens que nos cercam e arremessamos na direção dos outros as imagens que criamos.
E, como não podemos fugir ao imperativo da atração, somente retrataremos a claridade e a beleza, se instalarmos a beleza e a claridade no espelho de nossa vida íntima.
Os reflexos mentais, segundo a sua natureza, favorecem-nos a estagnação ou nos impulsionam a jornada para a frente, porque cada criatura humana vive no céu ou no inferno que edificou para si mesma, nas reentrâncias do coração e da consciência, independentemente do corpo físico, porque, observando a vida em sua essência de eternidade gloriosa, a morte vale apenas como transição entre dois tipos da mesma experiência, no “hoje imperecível”.
- 278. Os Espíritos das diferentes ordens estão misturados? Sim e não; quer dizer, eles se vêem, mas se distinguem uns dos outros. Eles se evitam ou se aproximam segundo a analogia ou a simpatia de seus sentimentos como acontece entre vós. É todo um mundo do qual o vosso é o reflexo obscuro. Os Espíritos da mesma categoria reúnem-se por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias de Espíritos unidos pela simpatia e pelo objetivo a que se propuseram: os bons pelo desejo de fazer o bem, os maus pelo de fazer o mal, pela vergonha de suas faltas e pela necessidade de se encontrarem entre os que se lhes assemelham.
Tal uma grande cidade onde os homens de todas as categorias e de todas as condições se vêem e encontram sem se confundirem; onde as sociedades se formam pela analogia dos gostos; onde o vício e a virtude convivem sem se falarem.
Conforme as informações compiladas por Allan Kardec, no mundo espiritual, os espíritos se organizam de acordo com seus níveis evolutivos e por semelhança de propósitos e interesses. À medida que evoluem e mudam de situação, ainda assim, se agrupam com aqueles que se encontram na mesma faixa de evolução. Na vida material, também os encarnados se buscam pelas afinidades e, em geral, realizam suas tarefas de acordo com suas motivações.
Todos temos um círculo de amizade preferido. São as afinidades resultantes de experiências vividas em comum: atos de amor compartilhados; feridas abertas por alguns, mas cicatrizadas pela amizade e pelo cuidado de outros; problemas em comum e que exigem a união de esforços para serem resolvidos; compromissos de auxílio recíproco... Para uma existência agradável, é fundamental a convivência com pessoas que entendam a vida de forma parecida à nossa, que busquem os mesmos objetivos que os nossos, que professem a mesma religiosidade... Tudo isso é bastante natural e deve ser cultivado.
No entanto, nada disso nos impede de estabelecer uma boa relação com os demais, participando de fatos e ações ao lado deles. Afinal, conviver com as diferenças nos ajuda a crescer, a desenvolver nossas potencialidades de compreensão e de aceitação para com aqueles que não cultivam os mesmos gostos, interesses, sentimentos, propósitos e pontos de vista. Quanta tranquilidade poderíamos usufruir se apenas aprendêssemos a nos livrar da visão de acharmo-nos o melhor, o sempre correto, de ser senão o dono da verdade, ao menos o seu melhor intérprete. Ficaria mais fácil aceitar a nós mesmos e ao outro.
É no lar que os espíritos renascem juntos por afinidades e, sobretudo, por contingências expiatórias, em virtude de a família ser o principal organismo depurador de conflitos do passado. É nela que se reúnem antigos amores e velhos desafetos, ambiente no qual os espíritos têm a oportunidade de exercitar o perdão e o amor sob os mais diversos aspectos.
Segundo os postulados espíritas, pelo fato de os laços de sangue nem sempre reunirem as almas essencialmente afins, o componente da família que conosco se relaciona e com o qual não temos afinidade ou mesmo sentimos certa aversão, é sempre alguém a quem temos de aprender a compreender e aceitar em nosso próprio benefício. E a aceitação não consiste na concordância com suas inadequadas atitudes, mas na disposição de ajudá-lo na superação de suas dificuldades, notadamente, as íntimas.
Na questão 204, de O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Allan Kardec questiona a Espiritualidade Maior: “Uma vez que temos tido várias existências, a parentela remonta além da nossa existência atual?”
Resposta: Não pode ser de outra forma. A sucessão das existências corporais estabelece entre os Espíritos laços que remontam às existências anteriores. Daí, muitas vezes, decorre as causas da simpatia entre vós e certos Espíritos que vos parecem estranhos.
E, em O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, o codificador anota:
Os Espíritos formam, no espaço, grupos ou famílias unidos pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações; esses Espíritos, felizes por estarem juntos, se procuram; a encarnação não os separa senão momentaneamente, porque, depois da sua reentrada na erraticidade, se reencontram, como amigos ao retorno de uma viagem. Frequentemente mesmo, eles se seguem na encarnação, onde se reúnem numa mesma família, ou num mesmo círculo, trabalhando em conjunto para seu mútuo adiantamento. Se uns estão encarnados e outros não o estejam, nem por isso não estão menos unidos pelo pensamento; os que estão livres velam sobre os que estão cativos; os mais avançados procuram fazer progredir os retardatários. Depois de cada existência, deram um passo no caminho da perfeição; cada vez menos ligados à matéria, sua afeição é mais viva, pelo fato mesmo de ser mais depurada, não perturbada mais pelo egoísmo, nem pelas nuvens das paixões. Eles podem, pois, percorrer um número ilimitado de existências corporais, sem que nenhum prejuízo afete sua mútua afeição.
Entenda-se que se trata aqui da afeição real de alma a alma, a única que sobrevive à destruição do corpo, porque os seres que não se unem neste mundo senão pelos sentidos, não têm nenhum motivo para se procurarem no mundo dos Espíritos. Não há de duráveis senão as afeições espirituais; as afeições carnais se extinguem com a causa que as fez nascer; ora, essa causa não existe mais no mundo dos Espíritos, enquanto que a alma existe sempre. Quanto às pessoas unidas pelo único móvel do interesse, elas não estão realmente em nada unidas uma à outra: a morte as separa sobre a Terra e no céu.
A união e a afeição que existem entre os parentes são indício de simpatia anterior que os aproximou; também diz-se, falando de uma pessoa cujo caráter, gostos e inclinações não têm nenhuma semelhança com os de seus parentes, que ela não é da família.
Dizendo isso, se enuncia maior verdade do que se crê. Deus permite, nas famílias, essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos, com o duplo objetivo de servir de prova para alguns e de meio de adiantamento para outros. Os maus se melhoram pouco a pouco ao contato dos bons e pelos cuidados que dele recebem; seu caráter se abranda, seus costumes se depuram e suas antipatias se apagam; é assim que se estabelece a fusão entre as diferentes categorias de Espíritos, como ocorre na Terra, entre as raças e os povos.
Fazendo um balanço, através de reflexões, és impelido a renovar conceitos, face à necessidade de colocar o Senhor em muitas das posições que Lhe competem e que Lhe tens negado.
Não poucas vezes, receoso e desiludido, interrogas, concluindo falsamente, qual registrando resposta infeliz, decorrente da íntima secura que padeces.
Se ainda não te convenceste da necessidade de sintonizar com Ele, completa os raciocínios, pondo-O presente e notarás diferenças.
Mencionas cansaço e desequilíbrio como carga que se sobrepõe, esmagadora, quase te conduzindo ao fracasso. Todavia: "O fardo é leve!"
Referes que a amizade de amigos transitou da tua para províncias estranhas. Em decorrência sofres o vazio que ficou na alma, graças à deserção deles. No entanto: "Aquele que não tomar a sua cruz e seguir-me, não é digno de mim."
Esclareces que a monotonia das atividades a pouco e pouco mata o ardor do ideal que antes te abrasava. Tens a sensação de que já não é a mesma a chama da fé, que ardia em ti. Apesar disso: "O trabalhador da undécima hora faz jus ao salário daquele da hora primeira."
Informas que desejarias novos sinais dos Céus, a fim de que se robustecessem as convicções que parecem esvaziadas de conteúdo, na torpe sociedade de consumo.
Sem embargo, a lição é simples: "os que não viram e creram."
Minado por enfermidades insistentes que te roubam a vitalidade, inquires: "Onde o auxílio divino, na direção das minhas necessidades?" Não obstante, a resposta está enunciada há quase dois mil anos: "Nem todos foram curados."
A ronda da fome aumenta cada vez mais, ampliando as dimensões dos seus domínios, e a miséria, soberana, governa milhões de destinos. Marejam-se os teus olhos, em justa compunção. No íntimo, indagas: "Por que o Senhor não solve a dificuldade?"
Entrementes, a elucidação já foi dada: "Nem só de pão vive o homem..."
Sim, são horas de balanço interior, momento de colher o resultado da semeadura.
Cada um respira emocionalmente o clima da província psíquica em que situa as aspirações.
O homem alcança o destino que lhe compraz, e o ideal, nele, tem a vitalidade que o suprimento de sacrifício lhe dá, através de quem o sustenta.
És parte da família que constitui o rebanho do Cristo. O Senhor prossegue o mesmo. Faze um exame racional e honesto, a fim de verificares se a mudança, por acaso, não terá sido de tua parte.
O rumo que Ele nos aponta continua indicando liberdade. As amarras foram construídas por cada qual, para a própria escravidão espiritual.
Diante de tais considerações, no báratro dos tormentosos dias, convém consultar Jesus, sem cessar, e, se tiveres ouvidos capazes de escutar-lhe, discernindo, percebê-lo-ás a repetir: "Eu sou o Caminho: Vinde a mim!"
O Espírito consciente, no entanto, embora submetido às leis que lhe presidem o destino, tem consigo a luz da razão que lhe faculta a escolha.
A inteligência humana, encarnada ou desencarnada, pode contribuir, pelo poder da vontade, na educação ou na reeducação de si própria, selecionando os recursos capazes de lhe favorecerem o aperfeiçoamento.
A reflexão mental no homem pode, assim, crescer em amplitude e sublimar-se em beleza para absorver em si a projeção do Pensamento Superior.
Tudo dependerá de nosso propósito e decisão. Enquanto nos comprazemos com a ignorância ou com a indiferença para com os princípios que nos governam, somos cercados sem defensiva por pensamentos de todos os tipos, muitas vezes na forma de monstruosidades e crimes, em quadros vivos que nos assaltam a imaginação ou em vozes inarticuladas que nos assomam à acústica do espírito, conduzindo-nos aos mais escuros ângulos da sugestão.
É por isso que notamos tanta gente ao sabor das circunstâncias, aceitando simultaneamente o bem e o mal, a verdade e a mentira, a esperança e a dúvida, a certeza e a negação, à maneira de folha volante na ventania.
Eduquemo-nos, estudando e meditando, para refletir a Divina Inspiração.
Lembremo-nos de que o impulso automático do braço que levanta a lâmina homicida pode ser perfeitamente igual, em movimento, ao daquele que ergue um livro enobrecedor.
A atitude mental é que faz a diferença. Nosso pensamento tem sede de elevação, a fim de que a nossa existência se eleve.
Construamos em nós o equilíbrio e o discernimento.
Rendamos culto incessante à bondade e à compreensão.
Habitualmente contemplamos no espelho da alma alheia a nossa própria imagem, e, por esse motivo, recolhemos dos outros o reflexo de nós mesmos ou então aquela parte dos outros que se harmoniza com o nosso modo de ser.
Não bastam à nossa felicidade aquisições unilaterais de virtude ou valores incompletos.
Todos temos fome de plenitude. O desejo é o imã da vida.
Desejando, sentimos, e, pelo sentimento, nossa alma assimila o que procura e transmite o que recebe. Aprendamos, pois, a querer o melhor, para refletir o melhor em nossa ascensão para Deus.

Fonte: Espirit book

“PORQUE DEUS PERMITE O MAL? ÀS TRAGÉDIAS? PORQUE DEUS PERMITE A DOR?

Por que Deus permite o mal? Essa questão inquieta o homem desde que ele desenvolveu o pensamento filosófico. Obviamente, ninguém tem uma resposta exata para isso. Mas podemos chegar próximo do entendimento da questão se revermos alguns velhos conceitos equivocados.
Escrevi sobre essa temática algum tempo atrás neste artigo: Por que Deus permite a dor e a maldade?
Um dia desses um amigo que acompanha o meu canal me perguntou:
– Por que Deus permitiu a 2º Guerra Mundial? Como Deus permitiu que tantas atrocidades fossem cometidas, que tantos crimes fossem perpetrados, que tantos milhões e milhões de pessoas se matassem umas às outras em nome sabe-se lá o que?
A questão é antiga. Equivale a perguntar por que Deus permite o mal; por que existe mal.
É claro que existe o mal. Negar o mal é uma insensatez. Filosoficamente nós dizemos que o mal é a ausência do bem, assim como a treva é a ausência da luz. Mas o fato é que o mal existe, assim como a treva existe.
E nós culpamos Deus por isso. Afinal, se existe Deus, e se foi Deus quem criou tudo, então foi Deus que criou o mal e a treva, ou, pelo menos, Deus permite a existência do mal e da treva.
Os espíritas dizem, então, que Deus deu ao homem o livre arbítrio e que o homem é que provoca o mal, por sua própria conta e risco. E, se o homem planta o mal, evidentemente ele vai colher o mal.
É uma meia-verdade. Nós vemos que na natureza já há dor, há animais que sofrem, há animais que perseguem e animais que são perseguidos; e se eu fosse um animal eu não gostaria de ser perseguido e devorado por uma fera. Se isso acontece com um homem, se um homem se aventura, por exemplo, na savana africana e é caçado pelos leões, nós podemos teorizar e dizer que ele está expiando um mal cometido no passado. Mas e o animal? O animal que é perseguido e devorado por outro, será que ele está expiando uma falta cometida numa outra existência? Mas o animal não tem livre arbítrio, ele não é responsável pelos seus atos – como é que se explica a dor, então?
Nós falávamos do mal, agora falamos da dor, e você talvez nem tenha notado. É que nós consideramos a dor como um mal. Sempre. Associamos uma coisa à outra. A dor é o mal e o mal é dor.
Não podemos negar a dor. Negar a dor é uma temeridade. A dor existe, isso é fato. Nenhum de nós está livre dela. Por que Deus fez a dor? Não sabemos. Quando eu tento explicar que o mal é um estágio necessário para o nosso desenvolvimento, alguém me pergunta: mas por que Deus não nos fez perfeitos?
Aí termina a conversa.
Termina a conversa, porque aí entramos no campo da infantilidade, aquele tipo de birra infantil: – “Mas por que é assim? Ah, mas não devia ser assim!”
Como não devia ser assim?! Nós não estamos tratando da Constituição de um país, nós não estamos tratando do sistema de produção de uma empresa. Nós estamos tratando de Leis universais, que abrangem tudo o que conhecemos, que inquietaram os homens desde que o homem desenvolveu o pensamento filosófico.
Não devia ser assim! É assim e pronto! Como é que nós vamos lamentar algo que é inevitável? Algo para o qual não há saída, não há alternativa, não há plano B?
Aí os espíritos infantes se revoltam contra Deus, acham que Deus está errado, porque não está bom. E se eles acham que não está bom, alguém está errado, nem que seja Deus!
Deus é a Lei. A Lei existe desde toda a eternidade, então não compete a nós, seres rastejantes, avaliarmos se a Lei está correta ou não. Somos nós que percebemos o mal e a dor, então somos nós que temos que procurar, dentro dos mecanismos da Lei, o meio de nos livrar o mais rápido possível do mal e da dor. Negar o mal e a dor não adianta. Eles existem e vão continuar existindo enquanto nós estivermos nesse estado evolutivo rasteiro. Por que eles existem mas são temporários – e se são temporários, em última análise, eles não são reais, assim como este mundo sólido não é real. É claro que neste momento ele é real, eu bato nesta mesa e ela é sólida.
Mas se nós nos lembrarmos que de que nós somos imortais – nós não teremos fim: veja que coisa fantástica, nós não termos fim! Nós, como individualidades que somos, não teremos fim. Analisando assim, esses milênios ou esses milhões de anos de mal e de dor, nós não sabemos há quanto tempo nós somos capazes de perceber o mal e a dor. Mas esse tempo de mal e de dor é passageiro – é, na verdade, uma fração de segundo na eternidade. Ou seja, no fundo, ele não é real. Só o que é real é o que permanece, e só o que permanece é a nossa essência divina.
Esse inconformismo com o mal e com a dor talvez seja fruto de um Cristianismo mal compreendido. Nossa cultura judaico-cristã construiu, com o tempo, um Deus 100% bom. Para isso inventaram o diabo. O mal e a dor existem; se eles existem, tem que haver uma causa – inventaram o diabo, então, para levar a culpa pela existência do mal e da dor.
O diabo não existe. O diabo, como ser, não existe. Mas mesmo que existisse – vamos supor que ele existe – se ele existe, ele foi criado por Deus. Se Deus permite a existência do diabo, Deus é, no mínimo, conivente com o mal e com a dor. Uma teologia de quinta categoria diz que Deus permite a existência do diabo para nos testar.
Numa boa, se Deus fosse um ser como pensam que ele é, um ser que permite a existência de um outro ser, como pintam o diabo, só para nos testar, Deus seria um velho muito sem vergonha!
Mas essa é a visão infantil popularizada pelo Cristianismo. As antigas religiões não veem Deus como totalmente bom. O budismo, por exemplo, nem fala em Deus, é uma religião que prescinde da ideia de Deus – mas prega a supressão de todos os desejos – para nós superarmos esse mundo de ilusão precisamos superar os desejos: os desejos são materiais, e é exatamente através dos desejos materiais que o diabo tenta Jesus no deserto.
O Baghavad Gita, que é o livro sagrado mais difundido do hinduísmo, aqui no ocidente, narra o diálogo do guerreiro Arjuna com Krishna. No capítulo 11 Arjuna insiste com Krishna para conhecer todas as suas formas, e então Arjuna fica apavorado ao reconhecer em Krishna formas terríveis. Porque se o mal existe, ele também está dentro de Deus.
O que nós conhecemos no ocidente é a Bíblia, e o que a Bíblia nos mostra, até o cativeiro persa, ou seja, os 60% iniciais da Bíblia, é um Deus bom, mas também terrível. O Deus do Antigo Testamento, principalmente no Pentateuco, era um Deus terrível – ele era bom para quem ele gostava, mas ele também mandava matar impiedosamente os que se atravessavam no caminho dos seus protegidos ou os que ousassem desobedecê-lo.
A partir do cativeiro persa, quando os israelitas tiveram contato com o zoroastrismo, a partir daí foi adotada a ideia de um ser responsável por todo o mal, um ser antagonista a Deus, que é o Diabo. A partir daí Deus deixa de ser o responsável pelo mal.
Neste sentido o ensinamento de Jesus é de um valor inestimável. Sabendo que Deus é a Lei, e que a Lei se apresenta tanto como aquilo que nós entendemos como bem quanto como aquilo que nós entendemos como mal, Jesus nos ensina a focar na luz. Jesus diz que Deus é luz, Jesus diz que ele é a luz do mundo e Jesus diz que nós somos a luz do mundo.
O aperfeiçoamento do entendimento da Lei feito por Jesus é muito maior do que parece à primeira vista. Jesus nos mostra a nossa responsabilidade, mostra que existe o bem e o mal, e nos ensina a focar no bem – focar na luz. Não mais medo, mas amor. Não mais proibições, mas ação benéfica. Não há um mal a ser combatido, há um bem a ser construído. E essa construção é construção nossa.
É claro que existe o mal. Existe a dor, isso faz parte do mundo em nosso estágio evolutivo. Nós fomos capazes de fazer uma coisa terrível, como foi a 2º guerra mundial, e fazemos coisas horríveis todos os dias. Mas também fazemos coisas boas, estamos cada vez mais ocupados em nos elevarmos, em progredirmos espiritualmente, em transformarmos a nós mesmos para que o mundo em que vivemos seja transformado. Só assim esse estágio evolutivo em que existe o mal e a dor será superado.  

Morel Felipe Wilkon

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

“DINHEIRO NÃO CORROMPE NINGUÉM. SÓ PIORA QUEM É RUIM E MELHORA QUEM É BOM!”

Ahh… como é fácil jogar a culpa no dinheiro, né? “Maldito vil metal!”, repetem aqui e ali. Segundo essa lógica infantiloide, superficial e fantasiosa, a vida só vai entrar nos eixos quando todo o dinheiro desaparecer do mundo.
A corrupção na política? “Só existe por conta das grandes cifras dando sopa!”
O casal que se divorcia e começa a brigar de verdade na hora de dividir os bens? “É porque são ricos. Fossem pobres, separavam e pronto!”
Os velhos amigos que rompem uma parceria comercial? “É porque começou a entrar dinheiro. Maldito dinheiro!”
Quanta balela! Será mesmo assim? Será verdade que o dinheiro nos transforma sempre para o mal? É certo que todos somos corruptos essenciais e só nos falta uma oportunidade para enriquecer de forma ilícita? Será mesmo que uma herança é capaz de separar irmãos? Terá a primeira mala de dólares em nossa frente o poder de nos tornar meros monstros egoístas?
Ou será que tudo já estava ali, predisposto, esperando sua chance de acontecer e o dinheiro era só o motivo que faltava?
Sei não. Mas eu tenho para mim que ninguém vira um canalha porque ganhou uma bolada. Não é verdade que o fulano se perdeu na vida porque ficou rico, que sicrana se tornou pessoa má depois de casar com um milionário e que beltrano maltrata os empregados porque é cheio da grana. Fulano, sicrana e beltrano serão ruins com ou sem uma fortuna no banco. O que passa é que com dinheiro fica mais fácil ser e mostrar o que a gente de fato é: patife ou benfeitor. Como também, dependendo do caso, com dinheiro fica mais fácil esconder, mascarar, dissimular e essas coisas que uma hora sempre aparecem.
Dinheiro e gente imbecil fazem uma combinação perigosa. Se o sujeito é sórdido, descarado, perverso, ter recursos financeiros só o torna mais calhorda ainda. Porque dinheiro é um negócio muito simples: piora quem já é ruim e melhora quem é bom.
Cheio da grana, quem é mau fica péssimo e quem é bom fica ótimo!
Dinheiro no bolso sem vergonha na cara é a pior pobreza que existe. Quem tem saldo bancário mas não conhece outros valores não vale nada. É tão simples!
Por outro lado, riqueza nas mãos de gente boa é o melhor negócio do mundo. Ajuda a concretizar grandes ideias, realiza projetos, multiplica recursos, divide com quem precisa! Dinheiro e gente decente é uma mistura poderosa. Uma das únicas capazes de transformar esse mundo tão tomado de seres mesquinhos concentrando renda.
Não, o dinheiro não corrompe ninguém. Quem se deixa estragar por ele já estava perdido. E quem tem bom coração só melhora quando enriquece.
Autor: ANDRÉ J. GOMES

Fonte: O Segredo.

“PORQUE ALGUNS ESPÍRITOS DEPOIS DE DESENCARNADOS FICAM VAGANDO? AS CHAMADAS ALMAS PENADAS! ”

ESTADO DE PERTUBAÇÃO
Um espírito não esclarecido, chega do outro lado praticamente sem consciência do que está acontecendo, não acredita já estar morto, continua a agir como se ainda estivesse vivo, assiste todo o funeral e acha que esta sonhando, fica ao redor do caixão com seu corpo ou entre os familiares. Depois do enterro, volta para casa e tenta se comunicar, como ninguém responde às suas perguntas fica desorientado, não aceita auxílio de outros espíritos que vieram para ajudar; como sempre lhe disseram que “os bons”, vão direto para o céu, e como uma pessoa nunca se julga má, ele fica esperando que os anjos venham buscá-lo. Como os anjos não aparecem, alguns ficam anos ou séculos na sua casa, no local da morte ou junto com os seus bens, tesouros ou pertences.
PRESOS A MATÉRIA
Pessoas que viveram aqui só voltados aos prazeres materiais, sem se preocupar com o seu futuro espiritual, geralmente demoram-se na crosta terrestre, buscando ainda os mesmos tipos de prazer que costumavam cultivar quando encarnados, acomodam-se junto aos encarnados que apreciam os mesmos vícios, induzindo as pessoas a prática, para usufruir dos fluídos. Ex: bebidas, cigarros, etc. Aprendem a se alimentar da energia dos vivos, se “encosta” como dizem, numa pessoa que lhe ofereça condições, e muitas vezes, mesmo sem saber que está prejudicando, suga a sua energia. Deixando-a, cada dia mais debilitada, começam a surgir às doenças.(...)
FALTA DE PREPARO PARA A MORTE
Tudo isso acontece porque as religiões não preparam as pessoas para essa passagem. Somente ensinam que o pecador, batizado, convertido ou morrendo sob confissão, extrema unção, encomendação do corpo ou tendo um funeral com os rituais religiosos, vai direto para o céu. As pessoas nasceram e são livres para fazerem o que quiserem inclusive o mal, aí entram as religiões cuja missão é conduzir o homem à prática do bem e da justiça e consequentemente prepará-lo para voltar melhor do que quando veio. Por não admitir o renascimento a maioria das igrejas não tem outra saída, a não ser ensinar que o morto deve aguardar de braços cruzados dentro do caixão até o momento em que as trombetas vão soar e todos ressuscitarão, para o julgamento coletivo do juízo final. Como nada prende um espírito, ele sai por aí para fazer o que quiser. Esse é o motivo que incontáveis irmãos se encontram nessa situação há muito tempo. É obrigação dos vivos auxiliarem com suas orações e atos aqueles que já se foram principalmente convencê-los do arrependimento. Daí a necessidade de se doutrinar e evangelizar esses espíritos para que no menor tempo possível lhes seja dado conhecer a Verdade que os libertará das falsas doutrinas e das falsas promessas.


Fonte: Blog Espiritismo amor e ciência

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

"SERÁ ÚTIL SABER QUEM FOMOS E O QUE FIZEMOS EM OUTRAS VIDAS."


Um dos tópicos que mais chamam o interesse do público quando se fala em reencarnação é a possibilidade de saber quem foi quem em existência pregressa, ou, ainda, identificar algumas experiências vividas no passado com os nossos entes da atualidade.
Natural a curiosidade da esposa que quer saber quem foi e o que representou em sua vida pregressa seu atual marido, ou mesmo a mãe que tem muitas afinidades com os filhos e quer saber de onde vem todo esse bem querer.
Aqueles que trazem consigo gostos requintados, não raro, desejam saber se usaram coroas ou foram nobres. Os que muito sofrem intentam desvendar as razões pelas quais a dor bate-lhes tão cruel à porta.
Esta curiosidade faz parte da condição de seres em progresso, o complicado é quando se torna uma fixação.
Conheço muita gente que daria esta vida para saber o que foi na outra e, por isso, procuram médiuns que infelizmente abrem o baú das revelações, como se tivessem uma lista completa do que fomos e o que fizemos em pregressas estadias por este mundo.
Esses médiuns revelam situações e casos, parcerias, romances vividos, assassinatos e intrigas.
Já vi muita gente desequilibrar-se e entrar em parafuso por conta dessas revelações.
Certa feita um médium disse ao esposo de uma amiga que o filho dela havia sido seu assassino em anterior existência.
O marido acreditou e a relação com o enteado estremeceu.
Quase colocou fim ao seu casamento por conta disto.
Após alguns entreveros o esposo desta amiga resolveu deixar pra lá a “suposta” violência do enteado.
Este caso teve final feliz, contudo, o desfecho poderia ter sido outro. 
O tema é tão palpitante que há muitos confrades estudando para saber as reencarnações de Chico Xavier, Allan Kardec e tantos outros.
Não sei se existe algum proveito real em sabermos se Chico foi Kardec ou não, como, também, não sei se há utilidade em identificarmos se fomos padres, coroinhas ou um operário.
Nosso foco não deve ser no passado, mas no presente.
Quê importa quem fomos?
O fundamental é como estamos.
E, como estamos?
Como anda nosso progresso?
Antes de buscar o passado vale viver o presente.
Farol seguro é o Espiritismo, e este diz que o esquecimento temporário do que fomos e o que fizemos em existências passadas é fundamental para que possamos agir sem as culpas do passado a inibir iniciativas no presente, ou criar entraves de relacionamento.
Kardec, aliás, ensina que ao estudarmos nosso próprio comportamento, tendências e aptidões, temos a intuição do que fizemos anteriormente.
Definitivamente não teríamos condições psicológicas de conviver com alguém que sabemos ter sido nosso algoz.
Esta, porém, é apenas uma das razões pelas quais nosso passado fica sob um véu, e penso ser bem forte para justificar tal regra imposta pela espiritualidade.
As revelações de outras existências, segundo os Espíritos, vêm apenas em situações especialíssimas.
Portanto, útil guardarmos serenidade ante ao passado.
Foco no presente, foco no hoje, no agora.
Nada nos importa mais do que saber como estamos.
E, repito a pergunta acima:
Como estamos?

 Wellington Balbo – Salvador BA 
Wellington Balbo (Salvador – SP) é membro da Rede Amigo Espírita

Wellington Balbo é professor universitário, escritor e palestrante espírita, Bacharel em Administração de Empresas e licenciado em Matemática. É autor do livro "Lições da História Humana", síntese biográfica de vultos da História, à luz do pensamento espírita.

“REENCARNAÇÃO DE UM FAMOSO POLITICO BRASILEIRO COMO MORADOR DE RUA”

O médium J. Raul Teixeira conta que certo dia ia a uma conferência numa cidade importante do Brasil, e ao dirigir-se para almoçar num restaurante, com os seus anfitriões, enquanto esperavam que o semáforo abrisse para atravessarem larga avenida, ele via uma mulher andrajosa ali ao lado, no caixote do lixo a procurar comida e a separar o lixo mais limpo do mais sujo. Tal cena causou-lhe tamanha impressão, que perdeu a vontade de almoçar, embora a necessidade de o fazer. 
Enquanto tentava se recompor mentalmente, já no restaurante, pensando naquele ser que nada tinha, e ele ali num restaurante com os seus amigos, apareceu-lhe, através do fenômeno da vidência espiritual, um espírito amigo que o acompanha na sua tarefa doutrinária, que o acalmou, referindo que mesmo que fosse dar comida àquela senhora ela recusaria. E o Espírito, em breves pinceladas contou a história daquela mulher, que nesta vida era a reencarnação de um famoso político brasileiro, ainda hoje muito conceituado, e que por ter prejudicado tanto o povo, tinha reencarnado numa condição miserável, devido ao mecanismo do complexo de culpa que fez, após a morte do corpo de carne, no mundo espiritual (onde não conseguimos esconder nada, nem de nós, nem dos outros), voltando numa condição miserável para aprender a valorizar aquilo que ele tanto desprezara na vida anterior: 
AS DIFICULDADES FINANCEIRAS DO PRÓXIMO. Curiosamente, o nome desse famoso político estava afixado nesse local, dando nome à avenida, e essa mulher, por um mecanismo de fixação inconsciente, não largava aquele local onde outrora lhe prestaram grandes homenagens. Não era um castigo divino, mas sim uma decorrência da Lei de Causa e Efeito, onde cada um colhe de acordo com os seus atos, pensamentos e sentimentos. 
"A SEMEADURA É LIVRE MAS A COLHEITA OBRIGATÓRIA" 
FRASE DE CHICO XAVIER: 
"Devemos orar pelos políticos, pelos administradores da vida pública. A tentação do poder é muito grande. Eu não gostaria de estar no lugar de nenhum deles. A omissão de quem pode e não auxilia o povo é comparável a um crime que se pratica contra a comunidade inteira. Tenho visto muitos espíritos dos que foram homens públicos na Terra em lastimável situação na Vida Espiritual . . ."

Caso contado por J. Raul Teixeira

terça-feira, 8 de agosto de 2017

“QUEM É EXU? ANJO? DEMÔNIO? EXU SÓ FAZ O MAL OU EXISTE O EXU DO BEM? ”

Antes de mais nada temos que ter mente que a noção originária de Exu vem da África de milênios atrás. Eles não tinham a noção judaico-cristã que nós temos de Bem e Mal. Isso de separar categoricamente o que é do Bem e o que é do Mal – como se Bem e Mal fossem compartimentos isolados – existe para nós, Ocidentais, que sofremos a influência judaico-cristã.
Exu originalmente é um Orixá, uma força – podemos dizer uma força da Natureza. O orixá Exu representa o movimento. A palavra Exu em iorubá quer dizer “esfera”. Na verdade, Exu representa o movimento em espiral em que acontece a nossa evolução. A evolução espiritual acontece numa espiral. Nós repetimos experiências muitas vezes, por isso temos a impressão de que andamos em círculos. Mas esses círculos são ascendentes e cada vez mais amplos.
A vida é movimento. Nós temos esse entendimento no Evangelho quando Jesus diz, em João 5:17: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também”, ou seja, Deus nunca deixou de trabalhar, Deus está sempre trabalhando, a criação é infinita – a vida é movimento.
E esse movimento, para os iorubás, se manifestava, principalmente, na necessidade, em primeiro lugar, de perpetuação da espécie; e, em segundo lugar, no aumento da população. Em termos individuais, a continuação do ser através dos seus descendentes e o aumento do prestígio, do poder e da influência através de uma grande prole. Isso tem paralelo na Bíblia, quando Deus ordena a Adão e Eva: “crescei e multiplicai-vos” e na importância que tinha para os israelitas uma prole fecunda.
Por conta desse entendimento de Exu como a energia do movimento da vida ligado ao sexo é que, muito mais tarde, Exu vai ser associado, na nossa cultura ocidental, à sensualidade, ao desejo, à luxúria. Mas esse não era o entendimento original. O maior desejo, tanto para o iorubá quanto para o antigo israelita, era ter muitas mulheres e que cada uma das mulheres lhe desse muitos filhos. Eu estou citando os iorubás e os antigos israelitas por ser uma comparação ao alcance de todos – mas os povos antigos, de um modo geral, tinham as mesmas preocupações.
A energia sexual associada a Exu é que estava por trás desse desejo de muitas mulheres e muitos filhos. Jacó, mais tarde chamado Israel, teve quatro mulheres e doze filhos.
A mulher também, por sua vez, desejava ter muitos filhos. Raquel, a mulher amada de Jacó, era estéril e infeliz – mais tarde deu dois filhos a Jacó, José e Benjamin. As mulheres iorubás cultuavam Exu representado por um monte de terra em formato fálico (em formato do membro masculino), pois o falo estava, por razões óbvias, associado à fertilidade, à força, ao vigor.
Em Gênesis 24:2-9, Abraão pede ao seu servo mais velho que faça um juramento, e para isso pede que o servo ponha a mão debaixo da sua coxa. Mais tarde, em Gênesis 47:29, Jacó pede ao seu filho amado José que faça a mesma coisa. Colocar a mão debaixo da coxa é um eufemismo para se referir às partes íntimas, muito provavelmente quem jurava segurava os testículos do homem a quem ele estava prestando juramento.
Hoje isso parece uma coisa muito estranha – mas também seria estranho hoje um homem querer ter muitas mulheres para ter muitos filhos. Os tempos são outros, o entendimento das coisas é outro. A verdade é que, embora de um modo que às vezes nos parece infantil, os povos antigos tinham um entendimento do sagrado muito mais profundo do que nós. E o sexo como força reprodutiva era algo absolutamente sagrado.
Quando os africanos vieram ao Brasil como escravos, suas manifestações religiosas foram reprimidas e houve um lento processo de sincretismo. Para poderem continuar com a sua religião, tiveram que adaptar. Os orixás foram associados a santos católicos, e as características dos orixás foram assimilando conceitos judaico-cristãos.
Como a religião africana não tinha os conceito de Bem e Mal como o catolicismo, pelo menos um orixá tinha que representar o diabo – e esse papel sobrou para Exu. Na verdade os orixás, como forças que são, são neutros – não bons ou maus como nós os entendemos. Eles podem ter funções positivas ou negativas, como qualquer força. A mesma força que produz a iluminação artificial que lhe permite ler esse artigo pode lhe matar (ou pelo menos machucar) numa descarga elétrica.
Espiritismo e Umbanda
A Umbanda é religião brasileira, nascida dentro de um centro espírita. A Umbanda, então, tem muita influência do Espiritismo. As entidades que se apresentam como Exus na Umbanda são espíritos, não são o orixá Exu. O orixá se apresenta no Candomblé, que eu não conheço, e no batuque, que é como chamam aqui no Sul a religião de nação africana.
Mas na Umbanda as entidades que se manifestam são espíritos. E aí nós vemos muita confusão. Existem hoje duas tendências opostas: uma que vê o Exu como um espírito voltado para o Mal, um espírito que atua com magia negra, que faz serviços pagos. Outra que defende que os Exus são espíritos de luz, seres muito iluminados que trabalham como verdadeiros missionários.
No primeiro caso, é comum nós vermos, nesses programas de televisão de igrejas, os pastores entrevistando pessoas possuídas por espíritos. É claro que às vezes há muita encenação. Mas nós vemos que esses espíritos muitas vezes se apresentam como Exus. São espíritos ignorantes que tomam um nome qualquer. Se o assunto lhe interessa, recomendo que você leia o artigo (ou assita ao vídeo) Quem são os espíritos que incorporam nas igrejas evangélicas? Também no centro espírita (dependendo do centro espírita) às vezes algum obsessor se apresenta como Exu-não-sei-das-quantas; ou esses espíritos são identificados assim por algum médium. Na verdade esses espíritos, na religião africana, são chamados de kiumbas, não têm nada a ver com Exus.
Os Exus, como espíritos, formam falanges. Grandes grupos de espíritos que atuam como uma ordem de trabalho. É assim com os pretos-velhos ou com os caboclos, na Umbanda. São ordens de trabalho. De forma semelhante nós vemos, em Nosso Lar, os samaritanos. As falanges da Umbanda são compostas por espíritos que abrem mão da sua identidade pessoal, temporariamente, para atuar em nome de uma causa – e essa causa é a caridade.
Os espíritos que atuam nas falanges de Exu são os responsáveis por um trabalho para o qual outros espíritos não estão preparados. Isso não faz deles seres melhores ou piores do que nós. São apenas características diferentes. Podemos tomar como exemplo um agente penitenciário. Ele vai trabalhar no meio de pessoas da pior espécie, num ambiente muito pesado. É um trabalho digno e necessário – mas pode ser visto como um serviço sujo; e os agentes penitenciários que eu conheço não são exatamente exemplos de delicadeza. Mas isso são apenas características.
O fato de o orixá Exu representar o movimento da vida influencia em muitos aspectos que nós consideramos geralmente como negativos. Se Exu é movimento da vida, os espíritos associados a Exu são os responsáveis pelo cemitério, que representa o movimento entre o plano material e o plano astral; são os responsáveis pelas encruzilhadas, que é onde se cruzam os diferentes caminhos; e, de um modo geral, todas as entradas e saídas.
Orixás são forças – e as forças têm o lado positivo e o lado negativo. Espíritos são espíritos; não importa o nome, as vestes, o modo de falar. A esse propósito Allan Kardec faz uma advertência em O Livro dos Médiuns: “Não se deve julgar da qualidade do Espírito pela forma material, nem pela correção do estilo. É preciso sondar-lhe o íntimo, analisar-lhe as palavras, pesá-las friamente, maduramente e sem prevenção”.

Morel Felipe Wilkon

“EXISTE A HORA CERTA PARA MORRER”?

Não sou dos espíritas que consideram O Livro dos Espíritos como Verdade única e absoluta. Nossas verdades são relativas ao nosso grau de entendimento. Mas, nesta questão 853 a resposta é tão enfática que, mesmo analisada em conjunto ou por comparação a outras questões do mesmo e de outros livros da codificação, não deixa muita margem a dúvidas:
853. Algumas pessoas só escapam de um perigo mortal para cair em outro. Parece que não podiam escapar da morte. Não há nisso fatalidade?
“Fatal, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte o é. Chegado esse momento, de uma forma ou doutra, a ele não podeis furtar-vos.”
a) — Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, se a hora da morte ainda não chegou, não morreremos?
“Não; não perecerás e tens disso milhares de exemplos. Quando, porém, soe a hora da tua partida, nada poderá impedir que partas. Deus sabe de antemão de que gênero será a morte do homem e muitas vezes seu Espírito também o sabe, por lhe ter sido isso revelado, quando escolheu tal ou qual existência.”
Esse posicionamento é reforçado na questão 738, ao afirmar que “venha por um flagelo a morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida.”
Ao reencarnarmos, temos, devido a fatores genéticos e energéticos, uma expectativa de vida. Podemos alterar esta expectativa para mais ou para menos, conforme os cuidados com o corpo físico e com as energias e emoções. André Luiz, um exemplo clássico, foi considerado, até certo ponto, suicida, pois encurtou a sua passagem pela matéria pelo descuido. Os principais eventos de nossa existência estão, de certo modo, previstos pelas características de nossas vidas:
258. Quando na erraticidade, antes de começar nova existência corporal, tem o Espírito consciência e previsão do que lhe sucederá no curso da vida terrena?
“Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar e nisso consiste o seu livre-arbítrio.”
Quanto a acidentes, tragédias, homicídios, não posso acreditar em acaso puro e simples. Tudo e todos estão interligados. Temos que considerar que a soma de tudo o que pensamos, falamos e fizemos até hoje, em todas as nossas reencarnações e nos intervalos entre elas, forma o que nós somos hoje. Cada um de nós tem um campo energético único de atração ou repulsão que atrai ou repele pensamentos, imagens, palavras, intenções e ações. A lei de atração e repulsão, que Allan Kardec, utilizando-se de um vocabulário científico de meados do século XIX, chamava de Lei de assimilação e repulsão dos fluidos, age invariavelmente. Nós exteriorizamos, invariável e continuamente o reflexo de nós mesmos, nos contatos de pensamento a pensamento, sem necessidade de palavras para as atrações ou repulsões essenciais.
É claro que temos que considerar os atentados contra o livre-arbítrio, como o aborto, mas, mesmo aí, a hipótese de ele se concretizar já existia antes da concepção. Reencarnamos com um conjunto de possibilidades a desenvolver. As condições em que reencarnamos – tempo, lugar, meio, pessoas – somadas às nossas características, já deixa quase estabelecido o que pode ou não pode acontecer.
Onde há livre-arbítrio não há certeza. Ninguém nasce pra ser assassino ou assassinado, mas a tendência que o espírito tem de tirar a vida alheia, somada ao meio e às influências que há de sofrer, faz dele um assassino em potencial; do mesmo modo que há grande probabilidade de alguém com histórico semelhante ao do assassino, mas em estágio de arrependimento e regeneração, ser assassinado. Em seu subconsciente há a culpa, e o sentimento de culpa atrai para si irresistivelmente o alvo da culpa que nutre. Isso sem contar a influência direta dos espíritos, que, conforme nos indicam as questões 459 e 461,   é muito maior do que costumamos imaginar. “Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem”. Influenciamos e somos influenciados continuamente, e muitos dos pensamentos e ideias que passam por nossas cabeças são sugeridos pelos espíritos, “dando a impressão de que alguém nos fala”.
Tratei, no meu site, há pouco mais de um ano, da tragédia de Santa Maria, em que muitos jovens morreram em decorrência de um acidente.
Para mim é evidente, dadas as características que envolveram o fato, que se trata de um resgate coletivo. Nem precisamos imaginar que haja um planejamento para que isso aconteça. Sabemos que os semelhantes se atraem e que isso se dá, antes de mais nada, pelo pensamento. As condições que uniam estes espíritos os reuniram automaticamente, assim como dentre milhões de espermatozoides, um é atraído para o óvulo. O que determina a seleção do espermatozoide é a natureza do espírito, um determinado espermatozoide, o mais adequado, sintoniza com ele.
Entre os jovens vitimados provavelmente havia espíritos que não pertenciam ao mesmo “carma”, que foram vitimados pela fatalidade de outros; mas, ainda assim, algo em seu passado, algum traço de sua natureza os impeliu para este episódio.
Não posso acreditar em acaso. Não creio que tudo que se relacione à morte esteja escrito, pois há o livre-arbítrio, mas há forças muito maiores que a nossa pequena consciência. A maior parte de nossos pensamentos, palavras e ações são comandadas pelo nosso subconsciente. Agimos com consciência plena uma mínima parte de nossas vidas. Tente concentrar-se numa palavra qualquer deste texto por um minuto. Um minuto apenas…
Você não consegue, porque não tem o domínio dos seus pensamentos. É o seu subconsciente que faz quase tudo por você. O controle sobre as nossas vidas pela nossa consciência é muito menor do que queremos aceitar. Não somos apenas o que aparentamos ser; temos outros níveis de consciência sobre os quais o nosso controle é muito menor ou nulo. Uma evidência disso são os sonhos em que, mesmo com algum grau de lucidez, agimos de forma bem diferente do que agiríamos em estado de vigília.

Morel Felipe Wilkon

“CUIDADO! EXISTEM PESSOAS QUE ADORAM SUGAR NOSSAS ENERGIAS.”

Há pessoas que nos roubam as energias. São as pessoas que se alimentam das desgraças alheias, que consomem tragédias na televisão, que adoram doenças a ponto de atraí-las. 
Você tem dado a atenção devida às suas energias? Você reconhece que é responsável pelo seu nível de energia? A sua energia é a sua marca registrada. O que uma pessoa sente ao se aproximar de você é o tipo de energia que o caracteriza.
Não deixe que lhe roubem as energias!
Há muitos motivos para que você sofra perda de energia: Má alimentação, sexo desregrado, vícios. Mas nada se compara ao pensamento; até porque a sua relação com os itens citados depende essencialmente do seu pensamento. É o seu pensamento que determina o seu nível energético. 
Muitas coisas ocorrem num dia. Não temos tanto controle sobre nossos pensamentos a ponto de mantê-los elevados o tempo inteiro. No decorrer do dia, somos influenciados por notícias, por lembranças, por conversas, por contatos humanos. Aliás, o contato com outras pessoas provoca a inevitável troca de energias. 
Você já sabe disso, mas as coisas importantes merecem ser lembradas. Quantas vezes você sente-se exausto após uma conversa com determinada pessoa? Quantas vezes você fica repentinamente deprimido, triste ou irritado após o contato com alguém? Muitas pessoas roubam energia. Claro que esse processo não é consciente, pelo menos não da forma como nós entendemos. 
São as pessoas que se alimentam das desgraças alheias, que consomem tragédias na televisão, que adoram doenças a ponto de atraí-las.  Essas pessoas não conseguem conviver com nada positivo, nada bom. Para elas, todo mundo é ladrão, mal-intencionado, malicioso. Não percebem coisas agradáveis, não notam nada de salutar. 
Você pode conviver com pessoas assim, às vezes muito próximas de você. Colegas, vizinhos, parentes. Numa conversa, numa aproximação, ela rouba sua energia e você fica exaurido, sem forças, sem ânimo. Que fazer? É preciso que se diga que, a não ser que seja alguém que realmente precise de você, não há obrigação nenhuma de sua parte de se aproximar de alguém assim. Há convívios que definitivamente devem sem evitados. Você não está sendo egoísta, só está se defendendo.
 O único controle real que você pode efetivar em sua defesa energética é sobre o seu pensamento. Se você exercer controle sobre si mesmo, ninguém poderá atingi-lo. O pensamento elevado forma uma barreira energética intransponível, seja para encarnados ou para desencarnados. 
Se analisarmos a reforma íntima abstraindo o aspecto moral, ela nada mais é que a busca pela harmonização energética. A cada reencarnação o espírito imortal procura despojar-se de energias negativas contraídas em encarnações anteriores e, ao mesmo tempo, harmonizar-se consigo mesmo, com a manifestação de Deus latente dentro de si. 
A maioria dos casos de obsessão acontece como vampirização de energias, muitas vezes sem a intenção deliberada de prejudicar. O que todos anseiam, em qualquer plano que seja, é a harmonia. Nós, que temos poder sobre nós mesmos, devemos nos esforçar ao máximo para manter nossa energia equilibrada através do controle do pensamento. Temos que criar o hábito de nos voltarmos para dentro de nós mesmos, dedicando um tempo específico para isso. Seja pela oração, pela meditação, pela movimentação de energias, ou o simples fechar de olhos para se olhar por dentro. 
Você faz uma série de coisas todos os dias. Não há um só dia em que você deixe de ir ao banheiro, por exemplo. Como não reservar alguns minutos para lembrar de sua natureza de espírito imortal?   

Morel Felipe Wilkon


segunda-feira, 7 de agosto de 2017

“UM HOMEM MUITO RICO RECEBE UMA NOTICIA TERRÍVEL, MAS ACABA DESCOBRINDO UMA GRANDE LIÇÃO DE VIDA. ”!

Um homem muito rico procurou um mestre e lhe pediu que o ensinasse a viver a vida da melhor forma possível. Ele queria aproveitar o máximo a vida e ser feliz. O mestre respondeu:
– Infelizmente isso não será possível, pois tive uma visão de que o senhor irá morrer amanhã à noite.
O homem ficou assustadíssimo com essa notícia. Saiu de lá rapidamente, e foi ver a sua família. Encontrou sua esposa e filhos, e lhes disse:
– Meus amores, um sábio me disse, pela sua vidência, que tenho apenas um dia de vida. Queria dizer que amo muito vocês, e que vamos passar este dia todos juntos, em total harmonia, para que na eternidade fique registrado o quanto eu sempre os amei. Mas antes, preciso falar com algumas pessoas amanha durante o dia.
Assim que amanheceu, o homem saiu da casa e foi encontrar-se com seu vizinho que, há algum tempo, havia tido um briga bem séria. Pediu perdão ao vizinho por tudo, disse que se arrependia do mal que havia lhe causado e saiu de lá.
Depois disso, o homem foi encontrar sua mãe, que sendo muito velhinha, havia colocado numa casa distante e estava tendo de se virar sozinha. Assim que viu a mãe, disse:
– Mãe, perdoe-me por ter me afastado de você. Eu estava muito autocentrado e só conseguia ver meu próprio umbigo. Estou morrendo e quero que fique conosco agora no meu último dia de vida.
O homem foi então perdoando as ofensas das pessoas, ajudando aqueles que antes havia prejudicado, e cada coisa que fazia procurava estar totalmente presente, pois sabia que seria a última vez.
O dia passou bem rápido, mas foi o dia mais libertador de sua vida. Voltou para casa, reencontrou toda a sua família, e viu a noite cair. Jantaram juntos, ficaram todos abraçados, e o homem esperava o fatídico momento de sua morte.
O tempo passou, passou, e ele não morreu. Veio o dia seguinte, e o homem ainda estava sentindo-se muito bem, sem nenhum sinal de que estava próximo à morte. Ao contrário de tempos passados, o homem sentia-se maravilhosamente tranquilo e feliz, muito melhor do que qualquer época em toda a sua vida.
Resolveu então retornar e falar novamente com o sábio. Assim que o encontrou, questionou:
– Mestre, anteontem o senhor me disse que eu morreria ontem, mas veja que hoje continuo saudável e nada me ocorreu. Pelo jeito sua previsão falhou, pois me sinto feliz e bem leve.
O mestre respondeu:
– Não falhou, pois não houve nenhuma visão do futuro. Você me perguntou como era possível viver a vida da melhor forma possível. O que você fez neste último dia, acreditando que iria morrer, senão viver intensamente cada momento? Você ficou mais próximo de sua família, perdoou ofensas, arrependeu-se de brigas, aproximou-se de pessoas que ama, e disse a sua família o quanto você a amava, além de ter ficado bem próximo a eles. Portanto, este é o ensinamento que deixo a você. Viva cada dia como se fosse o último. Trate as pessoas sem cultivar mágoas, pois um dia tudo isso passa. Sinta-se liberto dessa vida sabendo que um dia você não mais estará presente. Declare seu amor aberta e calorosamente, como se fosse a última vez. Liberte-se das preocupações, das tensões e das culpas, como se elas fossem passar e dissolver-se com o fim de tudo. O que dá sentindo a vida, é o sentido que é dado quando sentimos que tudo está próximo de encerrar. Quando tomamos consciência de nossa mortalidade e da pe­quenez da existência humana, nos libertamos de qualquer prisão, e vivemos de forma leve e feliz.

Autor: Hugo Lapa

“APARIÇÕES NO MOMENTO DA MORTE. MUITAS PESSOAS ANTES DE MORRER ALEGAM VER JUNTO DE SI, SERES CONHECIDOS. AMIGOS E FAMILIARES. ”

Momentos antes de morrer, muitas pessoas alegam ver junto de si seres conhecidos, familiares e amigos, também já falecidos. Vamos hoje referir um caso no qual as aparições de pessoas falecidas são percebidas unicamente pelos familiares do  moribundo.
Encontrámos um caso bem interessante, no livro «Fenómenos Psíquicos no Momento da Morte», de Ernesto Bozzano, editora FEB, 3ª ed., 1982, Brasil, caso este retirado do «Journal of the Society for Psychical Research» (1908, pp. 308-311):
«O Dr. Burges envia ao Dr. Hodgson o episódio seguinte, que se passou em presença do Dr. Renz, especialista em moléstias nervosas. M. G., protagonista do episódio, escreve:
“… Antes de descrever os acontecimentos e no interesse daqueles que lerem estas páginas, tenho a declarar que não faço uso de bebidas alcoólicas, nem de cocaína, nem de morfina; que sou e fui sempre moderado em tudo, que não possuo um temperamento nervoso; que minha mentalidade nada tem de imaginativa e que sempre fui considerado como homem ponderado, calmo e resoluto. Acrescento  que, não somente nunca acreditei no que se chama – Espiritismo – com os fenómenos relativos de materializações mediúnicas e do corpo astral visível, como fui sempre hostil a essas teorias.
Um caso espantoso em que assistiu ao trabalho espiritual na morte da esposa.
A minha mulher morreu às 11h45, da noite de Sexta-feira, 23 de Maio de 1902; e só às 4 horas da tarde desse mesmo dia foi que me persuadi que estava perdida toda a esperança. Reunidos em torno do leito, na expectativa da hora fatal, estávamos muitos amigos, o médico e duas enfermeiras… Assim se passaram  duas horas, sem que se observasse nenhuma alteração…às 6h45 (estou certo da hora porque havia um relógio colocado diante de mim, sobre um móvel) aconteceu-me voltar o olhar para a porta de entrada e percebi sobre o sólio, suspenso no ar, três pequenas nuvens muito distintas, dispostas horizontalmente, parecendo cada uma do comprimento de cerca de 4 pés, com 6 a 8 polegadas de volume… O meu primeiro pensamento foi que os amigos (e peço-lhes perdão por esse injustificado juízo) se tinham posto a fumar, além da porta, de  maneira que o fumo dos seus charutos penetrasse no quarto. Levantei-me de um salto para ir reprová-los e notei que nas proximidades da porta, no corredor e no quarto, não havia ninguém. Espantado, voltei-me para olhar as nuvenzinhas que, lentamente, mas positivamente, se aproximavam da cama, até que a envolveram por completo.
Olhando através dessa nebulosa, percebi que ao lado da moribunda se conservava uma figura de mulher, de mais de 3 pés de altura, transparente, mas ao mesmo tempo resplandecente de uma luz de reflexos dourados; o seu aspecto era tão glorioso, que não há palavras capazes de descrevê-lo. Ela vestia um costume grego de mangas grandes, largas, abertas; tinha uma coroa à cabeça. Essa forma mantinha-se imóvel como uma estátua no esplendor de sua beleza; estendia as mãos sobre a cabeça da minha mulher, na atitude de quem recebe um hóspede alegremente, mas com serenidade.
Duas formas vestidas de branco, detinham-se de joelhos, ao lado da cama, velando ternamente a minha mulher, enquanto que outras formas, mais ou menos distintas, flutuavam em torno. Acima da minha mulher estava suspensa, em posição horizontal, uma forma branca e nua, ligada ao corpo da moribunda por um cordão que se lhe prendia acima do olho esquerdo, como se fosse o “corpo astral”. Em certos momentos, a forma suspensa ficava completamente imóvel; depois, contraía-se e diminuía até reduzir-se a proporções minúsculas, não superiores a 18 polegadas de comprimento, mas conservando sempre a sua forma exacta de mulher; a cabeça era perfeita, perfeitos o corpo, os braços, as pernas.
Quando o corpo astral se contraía e diminuía, entrava em luta violenta, com agitação e movimento dos membros, com o fim evidente de se desprender e libertar do corpo físico. E a luta persistia até que ele parecia cansar; sobrevinha, então, um período de calma; depois o corpo astral começava a aumentar, mas para diminuir de novo e recomeçar a luta.
Os familiares e amigos falecidos, vêm, no momento do desenlace, ajudar-nos a entrar no outro mundo.
Durante as cinco últimas horas de vida da minha mulher, assisti, sem interrupção, a essa visão pasmosa…Não havia maneira de fazê-la apagar dos meus olhos; se me distraía conversando com os amigos, se fechava as pálpebras, se me achava de outro lado, quando voltava a olhar o leito mortuário, revia inteiramente a mesma visão. No correr das cinco horas experimentei estranha sensação de opressão na cabeça e nos membros; sentia as minhas pálpebras pesadas como quando se está tomado pelo sono, e as sensações experimentadas, unidas ao facto da persistência da visão, faziam-me temer pelo meu equilíbrio mental, e então dizia ao médico muitas vezes: – «Doutor, eu enlouqueço».  Enfim, chegou a hora fatal; depois de um último espasmo, a agonizante deixou de respirar e vi, ao mesmo tempo, a forma astral redobrar de esforços para libertar-se. Aparentemente, a minha mulher parecia morta, mas começava a respirar alguns minutos depois, e assim aconteceu por duas ou três vezes. Depois, tudo acabou. Com o último suspiro e o último espasmo, o cordão que a ligava ao corpo astral quebrou-se e eu vi esse corpo apagar-se. As outras formas espirituais, também, assim como a nebulosidade de que fora invadido o quarto, desapareceram subitamente; e, o que é estranho, a própria opressão que eu sentia sumiu-se como por encanto e permaneci de novo como fui sempre, calmo, ponderado, resoluto; dessa forma fiquei em condições de distribuir ordens e dirigir os tristes preparativos exigidos pelas circunstâncias…”
Afirma o Dr. Renz: “Desde que a doente se extinguiu, M. G., que durante cinco horas havia ficado à sua cabeceira, sem dali sair, levantou-se e deu ordens que as circunstâncias requeriam, com expressão tão calma, de homem de negócios, que os assistentes ficaram surpresos. Se ele tivesse sido submetido, durante cinco horas, a um acesso de alucinação, o espírito não se lhe teria tornado claro e normal de um momento para o outro. Dezessete dias já se passaram depois da visão e da morte da sua mulher; M. G. continua a mostrar-se perfeitamente são e normal de corpo e de espírito. (Assinado: Dr. C. Renz)”.»
José Lucas- Portal do Espírito.


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

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