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terça-feira, 19 de setembro de 2017

"TÉCNICA PARA ENTRAR EM CONTATO COM SEU MENTOR ESPIRITUAL"

Decidi descrever nesta oportunidade alguns procedimentos que qualquer pessoa pode fazer para entrar em contato com o seu mentor espiritual. Mas antes é preciso compreender o que é o nosso mentor, e qual a natureza de sua intervenção em nossa vida. 
O mentor da pessoa é um espírito protetor que foi designado pela espiritualidade superior para cuidar de nós, guiar nosso caminho, nos orientar e transmitir ideias e sugestões a fim de completarmos, da melhor forma possível, a nossa missão na Terra. Qualquer pessoa pode ver e conversar com o seu mentor, no plano interior, desde que estejamos com uma intenção pura. Devemos recorrer ao nosso mentor sempre que nossos limites humanos chegaram a uma exaustão, e precisamos de uma orientação vinda do Alto. 
É preciso compreender que o mentor jamais, em hipótese alguma, virá nos dizer o que devemos fazer, e tampouco nos retirar de uma provação que consideramos dura e severa. Por exemplo, se uma pessoa está passando por problemas materiais, como entraves financeiros, essa pessoa não deve, em hipótese alguma, buscar um diálogo com seu mentor para que ele a faça ganhar mais dinheiro. A pessoa deve, isso sim, pedir uma compreensão sobre si mesma e uma orientação geral para conseguir enfrentar com coragem, resignação e fé as tribulações materiais de sua existência. 
Pedir coisas materiais aos mentores é algo fútil, vazio e sem sentido. Ao invés de pedir que os mentores resolvam um problema para nós, devemos pedir que eles nos deem forças para atravessar as adversidades da vida. Portanto, ninguém deve recorrer ao mentor ou ao espírito guia para pedir coisas, ou para pedir que algo seja resolvido, mas sim para se obter um entendimento sobre certo tema, quando essa compreensão nos escapa. Não pergunte coisas do tipo: “Devo ficar com tal pessoal?” ou “Fulano me ama de verdade?” ou ainda “Quando vou conseguir vender minha casa?”. Tudo isso são perguntas fúteis e os mentores não devem ser invocados para suprir os caprichos dos seres humanos. 
Não devemos também fazer perguntas muito teóricas e técnicas aos mentores, e tampouco perguntar apenas por curiosidade. Os mentores só devem ser chamados quando há uma necessidade real. 
Também não devemos perguntar nada sobre nosso futuro. Até porque os mentores não vão responder esse tipo de pergunta. 
O mentor vai responder de bom grado a todas as perguntas que ajudem de alguma forma em nosso desenvolvimento espiritual. Não pergunte nada que seja fútil, ou apenas por curiosidade, ou que seja apenas uma forma de testar o mentor a fim de verificar se ele existe mesmo ou não. 
Para entrar em contato com o seu mentor e ter uma clareza maior de que realmente se trata de um espírito mais elevado, é necessário fazer a pergunta: “Sinto energias positivas originárias dessa presença espiritual?” Se você se sentir bem na presença do mentor, e sentir uma energia boa, de paz, amor e tranquilidade, então há toda possibilidade de ser um espírito que trabalha pela luz. 
Tendo em vista todas essas recomendações, vamos descrever a técnica que deve ser realizada para o bom contato com o nosso mentor: 
– Vá para um local onde não seja interrompida por ninguém e que seja silencioso. 
– Faça uma oração, com fé em Deus, pedindo a presença de nosso guia, protetor ou mentor da luz, enviado por Deus, para nos dar algumas orientações sobre a nossa vida atual. Quem quiser pode colocar incenso e acender uma vela. 
– Feche os olhos, sentado ou reclinado numa cadeira confortável, e visualize um lugar com natureza, onde você se sinta bem, tranquilo, livre e sem preocupações. 
– Procure sentir esse local, observe tudo a sua volta, veja a natureza, o campo, as nuvens, sinta uma brisa, sinta seus pés no chão, e deixe-se envolver pela beleza, pela tranquilidade e pela liberdade que existe nesse local. 
– Quando sentir que a sua mentalização atingiu um ponto mais alto de realismo, peça a Deus para falar com seu mentor da luz. 
– Se a visualização der certo, você verá a presença do seu mentor chegando ou já postado a sua frente. Agradeça a sua presença. 
– Primeiro ouça interiormente aquilo que ele deseja te passar. Esteja receptivo as mensagens que ele deseja transmitir. Ouvir e estar receptivo é muito mais importante do que falar e perguntar. Algumas vezes, o mentor pode já responder a sua pergunta antes mesmo de você perguntar, pois ele já conhece as suas necessidades, até mais do que você mesmo. Portanto, apenas esteja aberto a mensagem dele. 
– O seu mentor pode falar pouco, ou mesmo nada, e pode optar em apenas transmitir energias de amor e paz a você. Se for esse o caso, deixe-se infundir por essas vibrações divinas e aproveite esse contato. Há uma transmissão que vai além das palavras e do entendimento humano, que transcende as normas intelectuais do nosso raciocínio. Aproveite essa transmissão sem palavras de pura energia. 
– O mentor mesmo pode indicar o momento em que ele já falou ou fez tudo o que podia fazer. Pode também acontecer de você mesmo sentir que já está na hora de encerrar a experiência. Quando isso ocorrer, vá retornando ao seu corpo físico, a sua mente objetiva e vá movendo todo o corpo. 
Guarde bem as orientações que seu mentor o transmitir. Essa mensagem deve ser fonte de reflexão em sua vida. 
No caso de você não conseguir o contato com o mentor, encerre a experiência temporariamente, e tente novamente num outro dia. Não fique insistindo muito na técnica. Deixe fluir naturalmente, e se for da vontade de Deus, você será atendido.


Autor: Hugo Lapa

“O ESPIRITISMO NADA TEM A VER COM BRUXARIA E MENOS AINDA COM FEITIÇARIA”

Os dicionários registram bruxaria e feitiçaria como sendo palavras sinônimas. Preferimos dizer que elas são afins.
Bruxaria é a prática de rituais para com os chamados deuses, que nada mais são do que espíritos humanos desencarnados (deuses pagãos) e encarnados. “Vós sois deuses.” (Salmo 86: 6; e João 10: 34). Assim, pois, eu e você, que lê esta matéria, não somos espíritos ou deuses muito bons, santos, mas graças a Deus, não somos também diabólicos, como há muitos deles, neste nosso mundo físico e no mundo dos espíritos, os quais se comunicam entre si, pois todos estão vivos, os de cá e os de lá. “Deus não é Deus de mortos, mas de vivos.” (São Mateus 22: 32). Por que, então, não se comunicariam?
Já a feitiçaria é uma espécie de simpatia ou ritual com o objetivo de beneficiar ou prejudicar uma pessoa, e também ainda para beneficiar a própria pessoa que a faz.
E, geralmente, por gracejo e gozação, os bruxos são chamados também de feiticeiros. Mas é igualmente por gracejo e ironia, que os bruxos e feiticeiros, por devoção ou feitiçaria, eles próprios se intitulam de bruxos. Isso acontece porque, no passado, os médiuns e os bruxos morriam nas fogueiras da Inquisição. E, hoje, essas pessoas gostam de fazer essa espécie de desabafo, por serem solidárias aos seus colegas vítimas do passado. É como se elas de hoje dissessem: Sou médium, sou bruxo, e daí?
O Espiritismo não é nada de bruxaria, feitiçaria e magia, embora, falsamente, os pastores evangélicos fundamentalistas tachem frequentemente os espíritas de bruxos, feiticeiros e macumbeiros. E até a Igreja, por ter deixado de atacar o espiritismo, eles têm tachado também de bruxa e feiticeira!
É comum encontrarem-se médiuns entre os bruxos e feiticeiros, pois a mediunidade não é dom só de espíritas, umbandistas e adeptos do Candomblé etc. Aliás, o mundo de hoje está cheio de médiuns de todas as religiões, e até de médiuns ateus, em cumprimento às profecias de Joel e de são Pedro. “Vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e vossos velhos sonharão.” (Joel 2: 28; e Atos 2: 17-18).
Lembrem-se, meus irmãos pastores fundamentalistas, de que os seus rebanhos e os de outras correntes religiosas seguidoras do Nazareno, inclusive a dos espíritas, têm como seu pastor maior o próprio Jesus, que detesta a mentira e a hipocrisia, e deseja um só rebanho e um só pastor de seres humanos unidos como irmãos, porque só assim seremos dignos de chamar Deus de Pai! E lembrem-se também desta frase do Mestre dos mestres: “Nada ficará oculto.” (São Marcos 4: 22).
Saiba você, que não conhece o espiritismo, que, de fato, ele não pratica rituais de veneração e de adoração nem para com o próprio Deus, quanto mais para com os diabos!
É que os adeptos da doutrina codificada por Kardec adoram a Deus somente em espírito e verdade, tal qual Jesus ensinou à samaritana, à beira do poço de Jacó (João 4: 23): “Mas vem a hora, e já chegou, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.”


José Reis Chaves (Belo Horizonte/SP) -Rede amigo espírita

"VOCÊ NÃO ACREDITA EM ESPÍRITO? ASSISTA ESTE VÍDEO, ELE VAI ABALAR SUAS CRENÇAS."

Allan Kardec foi o responsável pela fundação da Doutrina Espírita e ele sempre disse que todos os seres humanos nascem com uma pré-disposição para a mediunidade. Às vezes, você fala que seu sexto sentido pra algumas coisas é forte e segue sua “intuição”: isso é um tipo de mediunidade. 
Apesar de todos terem a oportunidade de desenvolver habilidades assim, algumas pessoas já podiam se comunicar com espíritos quando ainda nem sabiam o que isso significava. Alguns casos que são quase inacreditáveis.
Se você ainda tem dúvidas ou não acredita nesse tipo de assunto, eu te aconselho a assistir esse vídeo, pois ele pode fazer você mudar de ideia.
Conheça agora 5 casos de mediunidade que vão abalar suas crenças.

“CAUSAS ESPIRITUAIS DO ARREPIO - VISÃO ESPÍRITA”

A pele ou tegumento externo cobre todo o corpo, exceto nos orifícios naturais, onde continua nas mucosas. Constitui-se de epiderme, por fora, e do cório, logo abaixo.
Interessa-nos a parte do órgão do tato, que é servido Por numerosíssimas terminações nervosas, em bulbos sob o derma (os corpúsculos de Passini, os de Krause, e os de Ruffini), os que terminam livremente (corpúsculos de Meissner) e as terminações nervosas da epiderme, que ficam na capa mucosa de Malpighi.
Interessam, também, a nosso estudo, os pelos, que são formações epidérmicas, implantados em depressões cilíndricas do derma (“folículos pilosos”). A cada um deles está ligado pequeno músculo, o arrector pili (“eriçador do pelo”) esse músculo passa, da parte superficial do cório para o lado para o qual se inclina obliquamente o pelo, prendendo-se próximo ao folículo, na projeção formada pela raiz do pelo. Se o músculo for contraído pelo nervo a que está ligado, o pelo fica eriçado e o folículo se projeta para fora, causando leve proeminência temporária na superfície da pele, a que o povo chama “pele de galinha” (cútis anserina).
O órgão do tato tem bastante atuação no setor da sensibilidade mediúnica.
Vejamos alguns efeitos:
SENSIBILIDADE ARREPIOS
1) Quando de um médium de suficiente sensibilidade se aproxima um espírito desencarnado (e por vezes mesmo uma criatura encarnada que não tenha sido percebida por seus sentidos) a aura do espírito toca na aura do médium e os nervos cutâneos são atingidos e sensibilizados. Dá-se então pequeno (ou forte) choque nervoso, que faz que se contraiam os arrectores pilorum, eriçando-se os pelos, e a pele fica arrepiada.
2) Quando o médium percebe a aproximação de uma entidade, pode distinguir se se trata de alguém com elevação espiritual e bons sentimentos, se houver contacto com excitação dos bulbos de Krause (sensação de frescor ou frio, como “ar condicionado); ou se o espírito é involuído e de más intenções, pois neste caso são atingidos os bulbos terminais e os corpúsculos de Ruffini (sensação desagradável de calor).
3) Quando há passagem de um espírito, ou quando ele se liga ou desliga, o médium recebe uma descarga nos nervos epidérmico, sobretudo ao longo da coluna vertebral, contraindo-se todos os arredores pilorum, dessa região, geralmente subindo do cóccix ao occipital. A mesma sensação é experimentada quando alguém depara repentinamente, por exemplo, com um cachorro, assustando-se por temê-lo.
4) Mesmo quando não há, propriamente, aproximação de espírito, pode o sensível, ao evocar mentalmente ou por palavras, o nome de uma pessoa ou um fato, sentir o “arrepio” (pele de galinha) mais ou menos intenso, sendo mais frequente nos ante- braços que no corpo inteiro. Trata-se de uma emissão do simpático da própria criatura, sob o impacto da emoção, provocando irradiação pela superfície cutânea.
Carlos Torres Pastorino – Técnicas da Mediunidade.


segunda-feira, 18 de setembro de 2017

“A DEPRESSÃO SERIA FALTA DE FÉ? SERIA FALTA DE DEUS?”

As pesquisas científicas mais recentes são categóricas em afirmar que a fé religiosa interfere positivamente na capacidade de recuperação de um doente. Por outro lado, existem pessoas que atribuem à sua fé religiosa seu estado de saúde plena.
Sem dúvida, a fé é um recurso transformador da mente, porém, sem discernimento ela deságua no fanatismo e no preconceito, o que é sempre pernicioso. Os bens espirituais não são materiais ou físicos, por isso, as bênçãos divinas não podem ser medidas pelo sucesso financeiro ou pelo vigor físico de um indivíduo.
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Mateus 6:20
O que pretendemos discutir neste artigo é o outro lado da moeda. Será o doente um indivíduo sem fé, sem Deus? Será que o otimismo, o pensamento positivo, a boa vontade, a fé em Deus são suficientes para que tenhamos saúde?
Todas as doenças têm causas multifatoriais. Existe um componente físico, um emocional e outro espiritual. A conjunção dos três níveis de desequilíbrio é que abre as portas do organismo humano para a instalação de doenças.
Choca-me a forma recorrente e incisiva com que pessoas esclarecidas, atuantes dentro de comunidades religiosas as mais diversas, afirmam que para elas a depressão é falta de Deus. Como se se tratasse de uma questão de escolha. Chegam a cogitar que os medicamentos antidepressivos seriam os responsáveis pela doença. É lastimável que essa visão distorcida seja tão presente em nossa sociedade.
Trata-se de questão relevante, pois o doente com depressão tem ao seu lado, em sua família, pessoas com esse pensamento. O que resulta em um retardo no diagnóstico, prolonga o sofrimento do deprimido e, boicota seu tratamento. Essa visão se transfere ao doente e, ele sente-se ainda pior. Considera-se fraco, incapaz ou indolente.
As pessoas que assim pensam cometem vários erros do ponto de vista médico e, outros tantos do ponto de vista evangélico. Elas assim agem por interpretarem os sintomas dessa doença como puramente emocionais ou como falhas de caráter. Desconhecem os mistérios da mente em sua interação complexa envolvendo o universo biológico, emocional e espiritual.
O religioso precipitado julga o doente ignorando o verdadeiro mecanismo da sua doença, que é expressão de anomalia física e não de anomalia de caráter. Assim como o diabetes traduz a falta de insulina, a depressão reflete déficit de neuro-hormônios no cérebro.
Existe, logicamente, um intricado emaranhamento entre questões emocionais e o curso mais ou menos favorável dessa condição, como em qualquer outra situação de desequilíbrio orgânico.
Portanto nada julgueis antes do tempo, até que venha o Senhor, o qual não só trará à luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o seu louvor. I Coríntios 4:5
É interessante como a humanidade repete, incansavelmente, os mesmos erros de seu passado. Os Hansenianos contemporâneos de Jesus eram tidos como malditos e pecadores, como vítimas do castigo divino.
Sob o prisma da medicina sabemos que humor é uma função da mente regulada por neuro-hormonios. A pessoa com distúrbio do humor não está triste ou alegre. Ela está deprimida ou eufórica. Em medicina não são sinônimos, podemos ter uma pessoa deprimida e alegre e, uma pessoa em euforia e triste. A tristeza é um sentimento em reação a um fato exterior. A depressão não depende de cau sa externa, daí o termo depressão endógena.
Quando ocorre uma diminuição da produção de neuro-hormônios, especialmente da serotonina, ocorre alteração do humor no sentido da depressão. A euforia é mais rara e, associa-se a um distúrbio da mente mais severo conhecido como doença bipolar.
A depressão endógena, portanto, reflete déficit de neurotransmissores e a etiologia desse déficit por sua vez é multifatorial. A influência genética é bastante evidente. Trata-se de condição mais frequente na mulher em função da flutuação hormonal que ela sofre. A progesterona, hormônio da segunda fase do ciclo e, da gravidez, predispõe à depleção de serotonina, por isso a tendência feminina para alterações do humor na fase pré-menstrual.
Trata-se de doença com caráter cíclico e recorrente. Os episódios de depressão costumam ser longos durando entre seis meses e dois anos. Em suas formas graves pode levar a uma profunda apatia, sensação de intenso pesar que pode levar o deprimido até extremos como o do suicídio.
As formas leves muitas vezes são negligenciadas, pois tem manifestação algo diferente. A pessoa fica irritada, ansiosa, intolerante, pode desenvolver pânico ou comportamento obsessivo compulsivo. Mesmo em sua forma leve a depressão compromete bastante a qualidade de vida do seu portador, compromete ainda seus relacionamentos profissionais e pessoais. São pessoas tidas como chatas, arrogantes, perfeccionistas, intransigentes ou cheias de manias.
A Distimia é um distúrbio crônico do humor, uma forma mais leve da depressão endógena que se caracteriza por persistir por períodos maiores que dois anos e por manifestar-se com humor mais irritável do que depressivo.
Os exercícios físicos liberam endorfinas na corrente sanguínea as quais tem ação antidepressiva natural. O chocolate, fonte de triptofano, um precursor da serotonina, também tem ação antidepressiva. Atualmente existem medicamentos seletivos e seguros para o tratamento da depressão. São os antidepressivos, que não devem ser confundidos com sedativos, hipnóticos ou tranquilizantes. Estes últimos causam dependência química, o que não acontece com os medicamentos específicos para depressão.
Infelizmente, drogas ilícitas e lícitas, como o álcool, também têm algum efeito antidepressivo transitório. Isso leva, comumente, ao seu uso abusivo pelos doentes em função de um busca por alívio instantâneo do desconforto que os consomem, especialmente, naquelas pessoas que não se sabem ou não se admitem doentes.
Assim, o risco de desenvolvimento de dependência química entre os deprimidos é aumentado. Não é incomum que o diagnóstico de depressão endógena só seja feito após a instalação de uma dependência química, especialmente entre os adolescentes.
Os antidepressivos ainda que bastante eficientes devem ser associados a exercício físico e ao suporte emocional para que se obtenha um bom controle das crises depressivas. Tal medicação pode ser usada por extensos períodos, de acordo com a forma da doença e a necessidade de cada doente.
O suporte espiritual é também fundamental para o depressivo. Reduz a influência exterior negativa (obsessão) e, aumenta a capacidade de reagir à doença através da busca serena de soluções seguras. Quando afirmamos que a depressão é falta de Deus estamos julgando um doente como um simulador ou como um auto agressor. Estamos julgando o doente como fraco e, sem vontade. E pior, como distante de Deus. Quantos enganos em relação ao Evangelho do Cristo? Ele, o Cristo, nos conclama a não julgarmos, a sermos compassivos e misericordiosos.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; Mateus 5:7
Todas as doenças enfrentadas com o auxílio divino são mais leves e tornam-se instrumento de educação do espírito encarnado. Tendo fé a nossa dor tem um sentido, faz parte de um conjunto de bênçãos do criador em favor de nossa evolução rumo aos paramos celestiais. Com fé lutaremos pela vida e pela disposição, sem revolta e com inteligência.
Tendo fé usaremos todas as armas terapêuticas em nosso benefício e pelo tempo necessário conforme essa necessidade se imponha. Caso não precisemos de medicação, usaremos apenas os exercícios físicos e o apoio emocional como alternativa suficiente, já que múltiplos são os tratamentos eficazes em relação a essa doença.
A premissa que depressão é falta do que fazer, falta de Deus, chilique... É desinformada e cruel. A informação sobre essa condição permitirá que pessoas saudáveis acolham respeitosamente as necessidades dos doentes com os quais convivem.
E, para finalizarmos, levantamos uma evidência óbvia de que a depressão não tem como causa, em hipótese alguma, a falta de Deus: os índices dessa doença são semelhantes entre ateus e teístas.

Dra-Giselle Fachetti Machado- Medicina e Espiritualidade 

“VERTER PARA A CARNE- MAIS IMPORTANTE QUE CURAR O CORPO É CURAR O ESPÍRITO”

A humanidade sempre esteve à procura da cura para os males físicos que atingem os seres humanos, desde que o mundo passou a ser habitado, e de uma forma geral, nunca soubemos lidar com as desordens físicas.
Durante muito tempo, adoecer era sinônimo de ira divina, que se abatia sobre nós na forma de tumores, cancros, desencarnes súbitos, que até então não tinham outra causa senão essa.
O conhecimento médico andava de parelha com o conhecimento do oculto, do sobrenatural, até que no apagar das luzes da idade média, houve a separação litigiosa entre ciência e religião, ciência e ocultismo, o conhecimento das coisas palpáveis e o das coisas invisíveis.
Após essa briga, o conhecimento sobre a matéria assumiu proporções vertiginosas, macro e microscopicamente falando, mas o entendimento do processo desencadeador da doença e a forma de tentar combatê-la, enveredou por um caminho tortuoso, e que parece não estar respondendo aos anseios do homem do terceiro milênio que começa a se voltar para o Divino, para o Sagrado, independente de religião.
O espiritismo, através de suas inúmeras obras e das oportunidades que nos dá de pesquisar e aprofundar no processo saúde-doença, mostra que o foco deve se voltar para o corpo espiritual. Utilizamo-nos de diferentes veículos de manifestação (corpo físico, duplo etérico, corpo astral e mental), para atingir nossos objetivos de evolução, e com o passar das encarnações, vamos acumulando energias deletérias em nosso psiquismo quando somos egoístas, maldosos, maledicentes... porém como a nossa jornada é de evolução contínua, mesmo que as vezes lenta, essa energia necessita ser drenada e uma das formas disso acontecer é através da doença física.
As encarnações com doenças congênitas, crianças que já nascem doentes, são a maior prova disso. A drenagem dessas energias provoca sérios danos no corpo físico, vertendo para a carne o que nos incomoda e levando à cura espiritual, mesmo que ocasione a doença no corpo físico. E aqui reside um problema crucial de nossa sociedade.
Mesmo entre espíritas é comum ver a apreensão, a ansiedade de se curar o corpo físico, quando isso, em um número importante de casos, pode representar justamente a melhor forma de se curar definitivamente o espírito. Por exemplo: Uma mulher com disfunção energética relacionada a sexualidade, pode apresentar tumorações no útero, casos de endometriose... Acompanhamos recentemente um caso assim no nosso centro, onde a orientação dada foi que os miomas uterinos eram justamente a oportunidade que os mentores estavam tendo de limpar o perispírito da paciente, ou seja, a doença era nesse caso uma verdadeira benção.
Quando adoecermos é importante escutar com atenção o que a doença quer nos mostrar, e pensar sempre nas consequências daquela doença no meu corpo espiritual. Vale isso algumas dicas :
1) Eu, deliberadamente ou não, provoquei essa doença nessa vida ?
2) Existe algum padrão de comportamento meu que possa estar acelerando o processo?
3) O que devo mudar na minha conduta para evitar que o problema se repita?
4) O que estou fazendo para que meu corpo astral seja limpo, sem a necessidade de doenças?
5) Quais benefícios evolutivos posso obter da doença?
6) Existe em mim algum grau de revolta por estar doente?
Pense nisso.
É importante levar a sério os conhecimentos que temos sobre a vida espiritual. Não há acaso, nem preferência, nem castigo. Só há oportunidades de evolução, que ocorrem de acordo com a necessidade de cada um de nós.
Que  possamos aproveitar melhor essas chances de crescimento, lembrando sempre que a melhor alternativa para nossa cura interior é o amor, junto com a caridade, mas se a doença chegar, bendita seja essa oportunidade de verter para a carne, energias armazenadas em nossos corpos espirituais que nos oprimem e atrasam nossa marcha evolutiva.
Paz e luz a todos!!!

Postado por Sérgio Vencio- Medicina  e Espiritualidade

domingo, 17 de setembro de 2017

“QUEM SÃO OS ESPÍRITOS SOFREDORES?”

— Esta é a situação daquelas pessoas que não se definiram no mundo pelo bem divino, colocando-se numa posição neutra, o que já representa um mal em si.
Misturam-se com a multidão de seres e confundem-se com os quiumbas, arrastando-se por entre a turba de marginais do astral. Não assumiram uma posição clara e resoluta durante suas vidas; assim, do lado de lá do véu que separa as duas realidades, são arrastadas como num vendaval, sem encontrar forças para se subtraírem às influências daninhas dos espíritos delinquentes.
Seu sofrimento representa a angústia de quem sabe não estar bem, mas julga não possuir recursos próprios para se libertar. A imagem que observamos neste momento nos lembra uma águia, que, podendo singrar os céus, permanece com os pés enlameados, presa a perigoso pântano.
Estes seres desencarnam aos milhares pelo mundo afora, principalmente nos países onde a vida espiritual não é cogitada, nem ao menos pressentida. Os ensinamentos ministrados ao povo em suas religiões, quando é o caso, muitas vezes se atem ao aspecto materialista e imediatista. Permanecem completamente ignorantes de uma vida espiritual ou espiritualizada. Ao cruzarem o rio da vida, suas mentes automaticamente os conduzem a essa situação desoladora, de acordo com a lei das afinidades.
O pântano e as sensações que experimentam são apenas criações mentais, que foram se materializando em torno de si desde quando encarnados; agora, como habitantes dessas zonas purgatórias, ressentem-se intensamente de sua ação daninha.
Essa classe de espíritos compõe a imensa legião dos chamados encostos, que se aproximam dos encarnados para se sentirem aliviados. Advêm desse contingente os chamados sofredores-, muitas vezes percebidos pelos médiuns, que captam suas vibrações doentias e entram também num processo de adoecimento.
Os marginais os utilizem da mesma forma como eles próprios são manipulados por espíritos perversos, sem que o saibam. Por exemplo: imagine a hipótese de um elemento da malta de marginais ou quiumbas ser contratado por algum espírito mais especializado e inteligente, a fim de provocar um processo de enfermidade em alguém. Como procederá? O tal marginal levará cativo em suas vibrações alguns desses sofredores, e, havendo sintonia mental e emocional com o encarnado, ambos os espíritos se acoplam à aura do infeliz.
Nessa circunstância, o sofredor absorve certos fluidos animalizados, sentindo-se aparentemente mais revigorado, enquanto a vítima do processo obsessivo padece das dores e dos incômodos daquele ser, que aos poucos são transferidos para seus corpos etérico e físico.
A mente da criatura desequilibrada, que não se preparou para a vivência ou o conhecimento da espiritualidade, encontra-se nublada, embotada e, por conseguinte, incapaz de realizar observações com maior grau de lucidez.
Esse estado de dormência dos sentidos espirituais faz com que as entidades em sofrimento sejam os objetos prediletos de magos e feiticeiros, quando querem realizar uma transferência energética mórbida para o corpo humano.
Funcionam como depósito de morbo fluido, que ao longo do tempo se acumulou em seu perispírito. A mente adoecida cria continuamente clichês de sofrimento, além da matéria astral contaminada. Tais elementos ficam condensados na delicada tessitura de seus corpos espirituais patogênicos. Exalam uma espécie de matéria mental densa, pegajosa e de alto poder corrosivo. Por tudo isso, magos e feiticeiros frequentemente aproveitam essa turba de espíritos infelizes na consecução de seus planos destruidores.
— O que se pode fazer para libertar algum desses seres reduzidos a ferramentas de processos obsessivos?
— No âmbito umbandista, são conhecidas e utilizadas certas ervas, que, simplificando, são dotadas de altíssimo poder absorvente. Bem utilizados, esses recursos da natureza sugam o fluido mórbido tanto do chamado encosto ou sofredor, quanto do encarnado, que é a vítima.
É claro que somente o expediente fitoterápico, mesmo empregado com propriedade, não será suficiente. É necessário proceder ao esclarecimento do ser subjugado, quando se trata do sofredor, o que se alcança através da conversa com o espírito, incorporado num médium. Essa etapa pode ser cumprida num trabalho de mesa, no centro espírita, ou de terreiro, na tenda de umbanda bem orientada.
A eficácia da limpeza energética com os elementáis é inquestionável. Quando é realizado esse tipo de limpeza nas auras dos seres envolvidos em assimilação energética de fundo mórbido, o desencarnado é imediatamente liberado da carga tóxica e então estará apto para a conversa fraterna, que muitos espíritas chamam de doutrinação.
Como esses espíritos em sofrimento não possuem, quase em sua totalidade, o conhecimento da vida espiritual, precisam de um tempo para meditar, fazer algumas reflexões; a seguir, devem ser conduzidos, em breve espaço de tempo, à reencarnação.
Durante a próxima vida, em novo corpo físico, entrarão em contato natural com o sofrimento e a marginalidade, mas se verão também envoltos em algum conhecimento espiritual elementar. Reclamarão um tipo de alimento espiritual básico, sem complexidade nem sofisticação, para que possam começar a ter noções de algo além do mundo material.
Precisamente por essa razão é que vemos no mundo a atuação cada vez mais intensa das chamadas igrejas pentecostais e neopentecostais, bem como do movimento católico carismático, os quais abordam a questão espiritual de maneira bem distinta daquela que o espiritismo apresenta.
Esses nossos irmãos, com sua fé radical e grande poder de persuasão, têm prestado imenso benefício, pois retiram esses espíritos, já reencarnados, de dependências químicas e antros de perdição, como dizem. Conduzem-nos à vivência de algum princípio moral, que desperte neles conceitos elementares, a fim de elevá-los em relação à vida puramente material.
Mas será válida a forma como trabalham com esse público? Em suas pregações, valem-se de imagens como o inferno, a perdição eterna e o diabo, arrebatando fiéis para suas igrejas através do medo.
— Que outra linguagem tais irmãos entenderiam?
Emergem de uma situação no plano astral na qual conviveram com imenso sofrimento; eram fantoches nas mãos de espíritos marginais. Sobretudo, seu despreparo espiritual é tamanho que não compreenderiam jamais a linguagem detalhada e explícita da doutrina espírita. Reencarnam, então, em meio à marginalidade, conforme dita a própria sintonia de seus espíritos, integrando gangues ou agindo sozinhos, de conformidade com as impressões e lembranças firmemente gravadas na memória espiritual.
Habituaram-se de tal maneira às imagens mentais de sofrimento e dor do plano onde estagiaram que, uma vez na Terra, só estão aptos a dar ouvido aos apelos das pregações fortes e recheadas de elementos familiares a seu universo. O inferno do qual querem escapar, ou o diabo, por quem alimentam tanto pavor, são os obsessores e magos negros que deles se serviam antes da reencarnação atual. Decorrem desse fato o conteúdo de medo e as imagens mentais fortes que muitos ministros pentecostais e carismáticos empregam.
"Tudo tem uma finalidade útil. Muitos dos atuais pregadores que se dedicam a trabalhar nos guetos, nas favelas e nos lugares de peso vibratório são espíritos de guardiões, que já desempenhavam esse papel nas regiões do mundo oculto, antes de reencarnar. Especializaram-se no resgate dessas almas; ao reencarnarem, em seu ministério, contam com a linguagem mais adequada a coibir os abusos que esses espíritos trazem como marca de sua conduta. Somente esse tipo de linguagem e vocabulário poderá ser capaz de conter seus instintos primitivos."

Retirado do livro Legião - Um olhar sobre o reino das sombras de Ângelo Inácio e Robson Pinheiro

“AÇÃO DO HOMEM SOBRE OS ESPÍRITOS INFELIZES”

A nossa indiferença para com as manifestações espíritas não nos privaria
somente do conhecimento do futuro de além-túmulo, pois nos desviaria
também da possibilidade de agir sobre os Espíritos infelizes, de amenizar lhes a sorte, tornando-lhes mais fácil a reparação de suas faltas.
Os Espíritos atrasados, tendo mais afinidade com os homens do que com os Espíritos puros, em virtude de sua constituição fluídica ainda grosseira, são, por isso mesmo, mais acessíveis à nossa influência. Entrando em comunicação com eles, podemos preencher uma generosa missão, instrui-los, moralizá-los e, ao mesmo tempo, melhorarmos, (1) sanearmos o meio fluídico em que todos vivemos.
Os Espíritos sofredores ouvem o nosso apelo e as nossas evocações. Os
nossos pensamentos, simpáticos, envolvendo-os como uma corrente elétrica e atraindo-os a nós, permitem que conversemos com eles por meio dos médiuns.
O mesmo dá-se com as almas que deixam este mundo. As nossas evocações despertam a atenção dos Espíritos e facultam-lhe o desapego corpóreo; as nossas preces ardentes são como um jato luminoso que os esclarece e vivifica.
É-lhes agradável perceber que não estão abandonados a si próprios na
Imensidade, que há ainda na Terra seres que se interessam pela sua sorte e
desejam a sua felicidade. E, quando mesmo esta não possa ser alcançada por preces, contudo elas não deixam de ser salutares, arrancando-os ao
desespero, dando-lhes as forças fluídicas necessárias para lutarem contra as
influências perniciosas e ajudando-os a subirem mais alto.
Não devemos, entretanto, esquecer que as relações com os Espíritos
inferiores exigem uma certa segurança de vistas, de tato e de energia; daí os
bons efeitos que se podem esperar. É preciso uma verdadeira superioridade
moral para dominar tais Espíritos, para reprimir os seus desmandos e dirigi-los ao caminho reto; e essa superioridade não se adquire senão por uma vida isenta de paixões materiais, pois, em tal caso, os fluídos depurados do evocador atuam eficazmente sobre os fluídos dos Espíritos atrasados.
Além disso, é necessário um conhecimento prático do mundo invisível para nos podermos guiar com segurança no meio das contradições e dos erros que pululam nas comunicações dos Espíritos levianos.
Em consequência da sua natureza imperfeita, eles só possuem conhecimentos muito restritos; veem e julgam as coisas diferentemente; muitos conservam as opiniões e os preconceitos da vida terrena.
O critério e a clarividência tornam-se, portanto, indispensáveis a quem se dirigir nesse dédalo.
O estudo dos fenômenos espíritas e as relações com o mundo Invisível
apresentam muitas dificuldades e, mesmo, perigos ao homem Ignorante e
frívolo, que pouco se tenha preocupado com o lado moral da questão.
Aquele que, descuidando-se de estudar a ciência e a filosofia dos Espíritos, penetra bruscamente no domínio do Invisível, entregando-se, sem reserva, às suas manifestações, desde logo se acha em contato com milhares de seres cujos atos e palavras ele não tem meio algum de aferir. Sua ignorância entregá-lo-á desarmado à Influência deles, pois a sua vontade vacilante, Indecisa, não poderá resistir às sugestões de que se fez alvo.
Fraco, apaixonado, sua imperfeição faz com que atraia Espíritos Iguais a si, que o assediam sem o menor escrúpulo de enganar. Nada sabendo sobre as leis morais, insulado no seio de um mundo onde a alucinação e a realidade confundem-se, terá tudo a temer: a mentira, a Ironia, a obsessão.
A princípio, foi considerável a parte que os Espíritos inferiores tomaram nas
manifestações, e isso tinha sua razão de ser. Em um meio material como o
nosso, só as manifestações ruidosas, os fenômenos de ordem física poderiam impressionar os homens e arrancá-los à Indiferença por tudo que não diga respeito aos seus interesses imediatos.
É isso que justifica o predomínio das mesas giratórias, das pancadas, das pedradas, etc.
Esses fenômenos vulgares, produzidos por Espíritos submetidos à Influência da matéria, eram apropriados às exigências da causa e ao estado mental daqueles de quem se queria despertar a atenção.
Não se os deverá atribuir aos Espíritos superiores, pois estes só se manifestaram ulteriormente e por processos menos grosseiros, sobretudo com o auxílio de médiuns escreventes, auditivos e sonambúlicos.
Depois dos fatos materiais, que se dirigiam aos sentidos, os Espíritos têm
falado à inteligência, aos sentimentos e à razão. Esse aperfeiçoamento gradual dos meios de comunicação mostra-nos os grandes recursos de que dispõem os poderes invisíveis, as combinações profundas e variadas que sabem pôr em jogo para estimular o homem no caminho do progresso e no conhecimento dos seus destinos.

Do Livro - Depois da Morte de Léon Denis

sábado, 16 de setembro de 2017

“ O QUE É REENCARNAÇÃO COMPULSÓRIA”

Para nós entendermos o que é a reencarnação compulsória, nós precisamos entender antes como normalmente se dá a reencarnação.
A reencarnação acontece por afinidade e atração. Espíritos afins, espíritos que têm afinidade uns com os outros, tendem a se atrair. Isso é tão evidente que nós vemos o resultado disso todos os dias: Num estádio de futebol milhares de pessoas se reúnem para olhar futebol, porque gostam de futebol, eles têm em comum o gosto pelo futebol; num bar, se reúnem os espíritos (pessoas são espíritos) que gostam de beber, eles têm essa afinidade uns com os outros – gostam de beber, então se reúnem num bar e bebem; numa faculdade se reúnem pessoas que gostam de um determinado tema, de uma determinada área do conhecimento; e assim por diante. Eu dei exemplos de coisas físicas, de coisas que acontecem aqui no plano físico, mas a afinidade é espiritual, ela apenas se manifesta no Plano físico.
Assim os espíritos se reúnem numa mesma família: por afinidade. Assim os espíritos são atraídos para os seus futuros pais. Então este é o processo natural: espíritos têm afinidade entre si, sentem-se atraídos uns pelos outros e essa atração pode resultar na reencarnação.
Mas nós temos que entender o que é afinidade – ter afinidade com alguém é ter pontos em comum com este alguém, mas estes pontos em comum podem ser positivos ou negativos.
Os nossos desafetos são nossos espíritos afins. Eles só são nossos desafetos porque nós temos afinidade com eles – espíritos afins, então, são os afetos e os desafetos, são os espíritos com que nós desenvolvemos relações de amor e ódio. O contrário do amor não é o ódio, o contrário do amor é a indiferença. Amor e ódio entre pessoas (entre espíritos) é afinidade entre esses espíritos. O ódio é o amor doente, é um desajuste na nossa capacidade de amar.
Outro modo de reencarnar é através de um planejamento. Espíritos mais elevados, mais experientes, coordenam, dentro de certos limites, a evolução de grandes grupos de espíritos, e podem intervir em favor dos seus tutelados. Na literatura espírita nós temos um exemplo de planejamento reencarnatório no capítulo 13 do livro Missionários da Luz, que trata da reencarnação de Segismundo. Nós vemos que quando se aproximava o momento da reencarnação de Segismundo o instrutor Alexandre tinha em mãos os mapas cromossômicos do espírito, onde estavam previstas todas as características do novo corpo físico do espírito reencarnante.
Segismundo ia reencarnar como filho do homem a quem ele havia matado, na reencarnação anterior, e da mulher por quem os dois disputaram. Na existência anterior os dois disputavam a mesma mulher, e Segismundo matou o seu rival para ficar com a mulher. Agora Segismundo ia reencarnar como filho dos dois para que eles, em conjunto, numa formatação familiar, se rearmonizassem, se reajustassem consigo mesmos e uns com os outros.
No caso de Segismundo houve um planejamento nesse sentido – por merecimento dele; ele cometeu um erro grave, se arrependeu, se regenerou, se tornou um excelente trabalhador da espiritualidade.
Nesse caso, então, ele tinha merecimento e estava inteiramente de acordo com aquilo que esperavam dele. Mas há casos em que o espírito não tem interesse nem condições de seguir um planejamento. É muito comum que os espíritos que cometeram muitos erros fiquem num estado de semi-consciência, num estado de fixação mental, revivendo algumas cenas mais fortes da sua última reencarnação, ou mesmo repetindo indefinidamente os mesmos acontecimentos – disputas com outros espíritos, crimes – presos numa esfera de remorso, dor, revolta e ignorância.
Nesses casos espíritos mais elevados, aqueles que coordenam a evolução dos seus tutelados, podem interferir na vida desses espíritos perturbados, organizando uma reencarnação de reparação, uma reencarnação em que o espírito tenha, em primeiro lugar, a oportunidade de se livrar daquele estado de fixação mental. Então o espírito recebe um novo corpo, pai e mãe, ou quaisquer outras pessoas para lhe orientarem, de acordo com as suas capacidades – o espírito volta ao plano material para tentar se reajustar.
Pegando novamente um exemplo da obra de André Luiz, nós vemos em Nosso Lar, que é o primeiro livro da série A vida no mundo espiritual, que a mãe de André Luiz já era um espírito mais evoluído, mais adiantado. O pai de André Luiz, ao contrário, estava em regiões inferiores do umbral. O pai dele tinha tido algumas amantes quando encarnado e estava agora envolvido com duas dessas amantes num estado mental doentio.
A mãe de André Luiz se preparava para reencarnar e planejava casar novamente com o seu marido e assumir essas duas amantes do marido como suas filhas. Eles não teriam escolha – iriam reencarnar compulsoriamente, por influência da mãe de André Luiz.
Nesse caso nós vemos um espírito adiantado com interesse direto nesse planejamento, nesse reajuste. Mas há inúmeros casos, incontáveis casos de espíritos que reencarnam compulsoriamente sem contar com a ajuda interessada de alguém. Espíritos que se dedicam à obsessão, por exemplo. Esses espíritos, quando são afastados das suas vítimas, são às vezes encaminhados compulsoriamente para a reencarnação.
Com o avanço dos tratamentos espirituais, com o avanço da intervenção dos espíritos encarnados e desencarnados no plano astral, o que nós vemos hoje é exatamente um fenômeno de reencarnação em massa desses espíritos desajustados, desses pequenos e grandes malfeitores do astral.
Grande parte dos delinquentes jovens – que são muitos – são espíritos que reencarnaram compulsoriamente. Receberam uma nova chance – porque a reencarnação é sempre uma nova chance – e não estão sabendo aproveitar.
Alguns desses espíritos estão recebendo a sua última chance na Terra. Se não se ajustarem, continuarão o seu processo evolutivo em outro planeta, mais adequado às suas possibilidades.
Estamos em pleno processo de transição planetária.

Morel Felipe Wilkon

“VAMPIRISMO, COMO OS ESPÍRITOS OBSESSORES SUGAM A ENERGIA VITAL DE ENCARNADOS, DESENCADEANDO O APARECIMENTO DE ALGUMAS ENFERMIDADES. ”

A simbiose prejudicial é conhecida como parasitose mental. Esse processo é tão antigo como o próprio homem. Após a morte, os espíritos continuam a disputar afeição e riquezas com os que permanecem na carne ou arruam empreitadas de vingança e violência contra eles. Na parasitose mental temos o vampirismo. Por esse processo, os desencarnados sugam a vitalidade dos encarnados, podendo determinar nos hospedeiros doenças das mais variadas e até mesmo a morte prematura. Para o mundo espiritual, “vampiro é toda entidade ociosa que se vale indebitamente das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens”.
O médico desencarnado Dias da Cruz lembra que “toda forma de vampirismo está vinculada à mente deficitária, ociosa ou inerte que se rende às sugestões inferiores que a exploram sem defensiva”. E explica a técnica utilizada pelos espíritos vampirizadores, situando-a nos processos de hipnose. Por ação do hipnotizador, o fluido magnético derrama-se no campo mental do paciente voluntário, que lhe obedece o comando. Uma vez neutralizada a vontade do sujeito, as células nervosas estarão subjugadas à invasão dessa força. Os desencarnados de condição inferior, consciente ou inconscientemente, utilizam esse processo na cultura do vampirismo.
SUGANDO AS ENERGIAS
Justapõem-se à aura das criaturas que lhes oferecem passividade, sugando-lhes as energias, tomam conta de suas zonas motoras e sensoriais, inclusive os centros cerebrais (linguagem e sensibilidade, memória e percepção), dominando-as à maneira do artista que controla as teclas de um piano. Criam, assim, doenças fantasmas de todos os tipos, mas causam também degeneração dos tecidos orgânicos, estabelecendo a instalação de doenças reais que persistem até a morte. Entre essas doenças, Dias da Cruz afirma que “podemos encontrar desde a neurastenia até a loucura complexa e do distúrbio gástrico à raríssima afemia estudada por Broca”.
Relaciona ainda outras moléstias: “pelo ímã do pensamento doentio e descontrolado, o homem provoca sobre si a contaminação fluídica de entidades em desequilíbrio, capazes de conduzi-lo à escabiose e à ulceração, à dipsomania e à loucura, à cirrose e aos tumores benignos ou malignos de variada procedência, tanto quanto aos vícios que corroem a vida moral. Através do próprio pensamento desgovernado, pode fabricar para si mesmo as mais graves eclosões de alienação mental, como são as psicoses de angústia e ódio, vaidade e orgulho, usura e delinquência, desânimo e egocentrismo, impondo ao veículo orgânico processos patogênicos indefiníveis, que lhe favorecem a derrocada ou a morte”.
Em Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz se refere a um caso interessante de um homem desencarnado e uma mulher encarnada que vivem em regime de escravidão mútua, nutrindo-se da emanação um do outro. Ela busca ajuda na sessão do trabalho desobsessivo realizado por um centro espírita e, com o concurso de entidades abnegadas, consegue o afastamento momentâneo do espírito obsessor. Bastou, porém, que o espírito fosse retirado para que ela o fosse procurar, reclamando sua presença. Há muitos casos em que o encarnado julga querer o reajustamento, porém, no íntimo, alimenta-se dos fluidos doentios do companheiro desencarnado e se apega a ele instintivamente.
Em Obreiros da Vida Eterna, André Luiz descreve cenas de vampirismo em uma enfermaria de hospital. “Entidades inferiores, retidas pelos próprios enfermos, em grande viciação da mente, postavam-se em leitos diversos, inflingindo-lhes padecimentos atrozes, sugando-lhes vampirescamente preciosas forças, bem como atormentando-os e perseguindo-os”, afirma. E confessa que os quadros lhe traziam grande mal-estar.
VAMPIRISMO COM REPERCUSSÕES ORGÂNICAS
Na possessão, temos um grau mais avançado de atuação do espírito obsessor, constrangendo de forma quase absoluta a ação do obsediado. Kardec a compreendeu como “uma substituição, posto que parcial, de um espírito errante a um encarnado”. Como se trata de um grau mais avançado de vampirismo, as patologias orgânicas estão sempre presentes.
Dentro desse item de vampirismo com repercussões orgânicas, destacamos os casos de epilepsia e obsessão, como por exemplo no livro Nos Domínios da Mediunidade, caso Pedro. Analisando essa casuística, constatamos que a possessão tem características e mecanismos diversos. No caso Pedro-Camilo, instalou-se ao longo de 20 anos sob a atuação de um único obsessor. Durante esse período, o quimismo espiritual ou a fisiologia do perispírito se desequilibrou e, consequentemente, desencadeou distúrbios orgânicos, entre os quais a ameaça de amolecimento cerebral.
No caso Margarida, estabeleceu-se mais efetivamente em dez dias, com organização técnica competente e atuação de uma falange composta de, aproximadamente, 60 obsessores, entre os quais dois hipnotizadores e dezenas de parasitas ovoides, decretando a falência orgânica quase total em virtude do controle do sistema endócrino, da pressão sanguínea e de funções importantes da economia orgânica.
INFECÇÕES FLUÍDICAS
Da mesma maneira como existem infecções orgânicas, acontecem também as fluídicas, resultantes do desequilíbrio mental.
O instrutor Aniceto, em conversa com André Luiz, argumenta que “se temos a nuvem de bactérias produzidas pelo corpo doente, temos a nuvem de larvas mentais produzidas pela mente enferma, em identidade de circunstâncias. Desse modo, na esfera das criaturas desprevenidas de recursos espirituais, tanto adoecem corpos como almas”.
Os homens não têm preparo quase nenhum para a vida espiritual. Em geral, não têm á mínima idéia de que “a cólera, a intemperança, os desvarios do sexo e as viciações de vários matizes formam criações inferiores que afetam profundamente a vida íntima”.
E cada uma dessas viciações da personalidade produz as larvas mentais que lhe são consequentes, contaminando o meio ambiente onde quer que o responsável pela sua produção circule ou estagie. Elas não têm forma esférica, nem são do tipo bastonete, como as bactérias biológicas, mas formam colônias densas e terríveis. E tal qual acontece no plano físico, o contágio também pode se verificar na esfera psíquica.
Na condição de parasitismo mental, as larvas servem de alimento habitual, porque são portadoras de vigoroso magnetismo animal.
Para nutrir-se desse alimento, bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância ainda encarnados como erva daninha aos galhos das árvores e sugar-lhes a substância vital.
SUBSTÂNCIAS PARA DOMINAR O PENSAMENTO
Dentro do estudo a que nos propomos, temos de considerar também a produção dos espíritos inferiores desencarnados. As ´substâncias” destrutivas produzidas dentro do quimismo que lhes é próprio atingem os pontos vulneráveis de suas vítimas. Esses produtos, conhecidos como simpatinas e aglutininas mentais, têm a propriedade de modificar a essência do pensamento dos encarnados, que vertem contínuos dos fulcros energéticos dó tálamo, no diencéfalo. Esse ajuste entre desencarnados e encarnados é feito automaticamente, em absoluto primitivismo nas linhas da natureza. Os obsessores tomam conta dos neurônios do hipotálamo, “acentuando a dominação sobre o feixe amielínico que o liga ao córtex frontal, controlando as estações sensíveis do centro coronário que aí se fixam para o governo das excitações e produzindo nas suas vítimas, quando contrariados em seus desígnios, inibições de funções viscerais diversas, mediante influência mecânica sobre o simpático e o parassimpático”.
Temos aí um intrincado processo de vampirismo, que leva as vítimas ao medo, à guerra nervosa, alterando-lhes a mente e o corpo. É possível compreender, assim, os casos de possessos relatados nos Evangelhos, que se curaram de doenças físicas quando os espíritos inferiores que os subjugavam foram retirados pela ação curadora de nosso mestre Jesus ou dos apóstolos.
Por enquanto, os médicos estão às voltas com a extensa variedade de microorganismos patogênicos que devem combater diuturnamente. Mas, no futuro, “a medicina da alma absorverá a medicina do corpo. Poderemos, na atualidade da Terra, fornecer tratamento ao organismo de carne. Semelhante tarefa dignifica a missão do consolo, da instrução e do alivio, mas no que concerne à cura real, somos forçados a reconhecer que esta pertence exclusivamente ao homem-espírito”.
Marlene Rossi Severino Nobre

Associação Médico-Espírita do Brasil.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

“O CÃO SENSITIVO”

O senhor J. F. Young comunica o incidente que segue e que lhe é pessoal: “New Road, Lanelly, 13 de novembro de 1904. Possuo um cão fox-terrier de cinco anos e que eu mesmo vi crescer. Sempre gostei muito dos animais, principalmente dos cães. Este de quem falo retribui enormemente meu afeto, tanto que não posso ir a lugar nenhum, nem sequer deixar meu quarto, sem que ele me siga constantemente. É um tremendo caçador de ratos; como a despensa é às vezes frequentada por esses roedores, coloquei ali uma caminha, bastante confortável, para Fido. No mesmo cômodo havia uma fornalha, onde foi incorporado um forno para assar pães, assim como uma caldeira para a roupa, munida de um tubo que desemboca na chaminé. À noite, nunca deixei de acompanhar o cachorro até sua cama antes de me deitar.
Eu já tinha me trocado e ia dormir, quando, de repente, fui invadido pela inexplicável sensação de um perigo iminente. não podia pensar em outra coisa que não fosse fogo, e a impressão foi tão forte que acabei por me entregar a ela. Eu me vesti novamente, desci e me pus a vasculhar cada cômodo do apartamento, a fim de me assegurar de que tudo estava bem e em ordem. Ao chegar à cozinha, não vi Fido; supondo que ele poderia ter saído dali para ir ao andar superior, eu o chamei em vão. Fui imediatamente à casa de minha cunhada para saber se ela tinha alguma novidade; porém, ela não sabia de nada.
Comecei a me preocupar. Voltei imediatamente para a despensa e chamei inúmeras vezes o cão, embora inutilmente como sempre. Não conseguia imaginar o que podia ter acontecido. De repente, dei-me conta de que, se tinha algo que faria o cão responder, era com certeza a frase “Vamos passear, Fido!”, convite que o fazia vibrar de felicidade. Eu então a pronunciei e uma queixa contida, como que atenuada pela distância, chegou dessa vez até meus ouvidos. Eu recomecei e ouvi distintamente a queixa de um cão em apuros. Tive tempo para me certificar de que o barulho vinha de dentro do tubo que ligava a caldeira à chaminé. Não sabia como fazer para retirar o cão dali; os minutos eram preciosos e sua vida estava em perigo. Peguei uma enxada e comecei a romper a muralha naquele ponto. Finalmente consegui, com bastante dificuldade, tirar Fido dali, meio sufocado, aturdido pelos esforços de vômito, com a língua e o corpo completamente pretos de fuligem. Se tivesse demorado alguns minutos a mais, meu querido cão estaria morto; e como utilizávamos raramente a caldeira, provavelmente não teria conhecido o desfecho de sua história.
Minha cunhada foi atraída pelo barulho; juntos, descobrimos um ninho de ratos dentro da fornalha, ao lado do tubo. Fido, logicamente, tinha perseguido um rato dentro do tubo, de tal maneira que não pôde se virar e sair de lá de dentro. Tudo isto se passou há alguns meses e foi, então, publicado na imprensa local. Mas jamais teria pensado em comunicar o fato a esta Sociedade se não tivesse se produzido, ente estes fatos, o caso do senhor Henry Rider Haggard.” – J. F. Young
A senhorita E. Bennett, cunhada do signatário, confirmou o relato de seu parente.
Para outras informações sobre este episódio, remeto o leitor ao Journal of the S. P. R., vol. XI, pág. 323.
Este caso de telepatia por “impressão” difere sensivelmente daqueles que o precedem e onde o traço característico essencial de impulso telepático consistia na percepção exata de um chamado emanado de um animal em apuros e da localização intuitiva do local onde o animal se encontrava. Aqui, ao contrário, a impressão que acomete o receptor lhe sugere a idéia de um perigo iminente relacionado ao fogo. Entretanto, a impressão é forte o bastante para levá-lo a se vestir com toda pressa e ir inspecionar a casa; de modo que, ao chegar à cozinha e perceber a ausência do cão, ele o chama, procura por ele e o salva. Segue daí que, neste caso, a mensagem telepática se realiza de maneira imperfeita, adquirindo uma forma simbólica – o que não diminui em nada seu valor intrínseco, posto que esta circunstância não constitui de forma alguma uma dificuldade teórica.
Sabe-se que as manifestações telepáticas, na sua passagem do subconsciente para o consciente, seguem “a via de menor resistência”, condicionada pelas idiossincrasias específicas do receptor. Elas consistem principalmente no “tipo sensorial” do percipiente(visual, auditivo, motor, etc.) e, em seguida, nas condições dos meios em que ele vive (hábitos, repetição dos mesmos incidentes na vida cotidiana).
Resulta disso que, quando o impulso telepático não consegue se realizar na forma mais direta, ele se transforma numa modalidade de percepção indireta ou simbólica que traduz com maior ou menor fidelidade o pensamento do agente telepatizante, mas permanecendo como sempre relacionado com o pensamento do agente em questão. Assim sendo, deveríamos dizer que, no caso que examinamos, o chamado ansioso do cão em apuros tinha certamente conseguido impressionar o subconsciente do percipiente, mas, para atingir seu consciente, ele deve ter perdido grande parte de sua nitidez, transformando-se numa vaga impressão de perigo iminente relacionado com o fogo, o que correspondia, mais uma vez à realidade, posto que o animal se encontrava efetivamente preso e em risco de morte por asfixia no tubo da fornalha.

Fonte: Journal of the S. P. R. (vol. XI, pág. 323).

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...