REVELAÇÃO DA
ÚLTIMA FALA DE JESUS APÓS O “PAI PERDOA-LHES POR QUE NÃO SABEM O QUE FAZEM” –
GRUPOS EXTENSOS DE ENTIDADES ANGÉLICAS CONFORTARAM JESUS NA HORA EXTREMA – O
ANJO SOLITÁRIO QUE OUVIU O ÚLTIMO PEDIDO DE JESUS – JUDAS DESEJAVA TRAIR JESUS
DE FATO AO SE MATAR? – JOANA D’ARC ÚLTIMA REENCARNAÇÃO DE JUDAS.
A
importância da obra mediúnica de Chico Xavier é o seu aspecto revelador. A
respeito da vida de Jesus, as informações param no Novo Testamento, porém, pela
mediunidade abençoada do médium mineiro, temos notícias de fatos vividos pelo
Mestre, além dos registros evangélicos — como é o caso do Anjo Solitário,
narrado pelo espírito Humberto de Campos, no capítulo 34 do livro Estante da
Vida.
AS ENTIDADES
ANGÉLICAS
Narra o
benfeitor espiritual que enquanto o Mestre agonizava na cruz, rasgava-se o céu
em Jerusalém e entidades angélicas, em grupos extensos, desciam sobre o
Calvário doloroso...
Na poeira
escura do chão, a maldade e a ignorância expeliam trevas demasiadamente
compactas para que alguém pudesse divisar as manifestações sublimes. Fios de
claridade indefinível passaram a ligar o madeiro ao firmamento, embora a
tempestade se anunciasse à distância...
O Cristo, de
alma sedenta e opressa, contemplava a celeste paisagem, aureolado pela glória
que lhe bafejava a fronte de herói, e os emissários do paraíso chegavam, em
bandos, a entoarem cânticos de amor e reconhecimento que os tímpanos humanos
jamais poderiam perceber.
Os anjos da
ternura rodearam-lhe o peito ferido, como a lhe insuflarem energias novas. Os
portadores da consolação ungiram-lhe os pés sangrentos com suave bálsamo. Os
embaixadores da harmonia, sobraçando instrumentos delicados, formaram coroa
viva, ao redor de sua atribulada cabeça, desferindo comovedoras melodias a se
espalharem por bênçãos de perdão sobre a turba amotinada.
O ANJO QUE
OUVIU O ÚLTIMO PEDIDO DE JESUS
Trabalhavam
os mensageiros do Céu, em tomo do Sublime Condutor dos homens, aliviando-o e
exaltando-o, como a lhe prepararem o banquete da ressurreição, quando um anjo
aureolado de intraduzível esplendor apareceu, solitário, descendo do império
magnificente da Altura.
Não trazia
seguidores e, abeirando-se do Senhor, beijou-lhe os pés, entre respeitoso e
enternecido. Não se deteve na ociosa contemplação da tarefa, que naturalmente
cabia aos companheiros, mas procurou os olhos de Jesus, dentro de uma ansiedade
que não se observara em nenhum dos outros.
Dir-se-ia
que o novo representante do Pai Compassivo desejava conhecer a vontade do
Mestre, antes de tudo. E, em êxtase, elevou-se do solo em que pousara, aos
braços do madeiro afrontoso. Enlaçou o busto do Inesquecível Supliciado, com
inexcedível carinho, e colou, por um instante, o ouvido atento em seus lábios
que balbuciavam de leve.
Jesus
pronunciou algo que os demais não escutaram distintamente.
O mensageiro
solitário desprendeu-se, então, do lenho duro, revelando olhos serenos e
úmidos, e de imediato, desceu do monte ensolarado para as sombras que começavam
a invadir Jerusalém, procurando Judas, a fim de socorrê-lo e ampará-lo.
Se os homens
não lhe viram a expressão de grandeza e misericórdia, os querubins em serviço
também não lhe notaram a ausência. Mas suspenso no martírio, Jesus
contemplava-o, confiante, acompanhando-lhe a excelsa missão, em silêncio.
Este era o
anjo da Caridade.
Pelo visto,
as derradeiras palavras de Jesus na cruz não foram "Pai perdoa-lhes porque
não sabem o que fazem", mas sim as palavras balbuciadas ao ouvido do Anjo
Solitário para socorrer o amargurado espírito de Judas.
JUDAS QUERIA
TRAIR JESUS DE FATO?
A prova de
que Judas Iscariotes não queria simplesmente trair Jesus e levá-lo a morte está
no fato de que ele, ao receber do Sinédrio as trinta moedas de prata como
pagamento para entregar Jesus, não esperava receber o fel da amarga desilusão,
ao ver o Cristo duramente torturado. Ao perceber a traição dos fariseus, pois
não era isso que desejava para o seu Mestre, ele de imediato foi devolver as
moedas recebidas para desfazer o acordo infeliz. Nesta oportunidade, porém,
recebeu em troca a expressão de deboche dos príncipes dos sacerdotes: “Isso é
contigo”. Nada mais restava fazer para salvar o Mestre dos Mestres.
Infelizmente o plano sinistro estava consumado!
Foi então
que Judas, depois de assistir as cenas do Calvário, levado por tremendo
remorso, pois sua intenção não era eliminar Jesus, cometeu o suicídio. No
entanto, o Mestre, após a sua morte e tocado de compaixão, foi ao encontro do
espírito enlouquecido de Judas, permanecendo três dias ao seu lado até que ele
adormecesse, segundo a revelação da poetisa desencarnada Maria Dolores, no
livro Coração e Vida, psicografado por Chico Xavier. Só depois desse gesto de
amor e de perdão é que Jesus apareceu materializado a Maria Madalena, segundo o
Evangelho de João (Cap. 20: 11 a 18).
A HISTÓRIA E
A REVELAÇÃO MEDIÚNICA
Através da
mediunidade educada e disciplinada conforme os princípios do Espiritismo,
podemos receber dos Espíritos revelações importantes que esclarecem os fatos
históricos registrados muitas vezes de forma incompleta, como é o caso de
muitas passagens do Novo Testamento, e que levam a interpretações equivocadas,
o que é corrigido pela revelação de ordem mediúnica.
Como vemos,
considerar Judas Iscariotes um traidor é um erro, até porque se ele de fato
tivesse traído conscientemente a Jesus, por que em seguida teria ele entrado em
remorso e arrependimento a ponto de tentar desfazer o acordo com os doutores da
lei e, em seguida, cometer o suicídio? Como revelam os Espíritos Humberto de
Campos (Irmão X) e Maria Dolores, na verdade Judas foi enganado pelos doutores
da lei, mas como o amor cobre a multidão dos pecados, ele recebeu a
misericórdia de Jesus, pois aquele que se arrepende está a um passo de iniciar
a reparação, que a lei divina propicia através de futuras e abençoadas
encarnações.
JOANA D’ARC
ÚLTIMA REENCARNAÇÃO DE JUDAS
Judas
Iscariotes, na entrevista concedida ao Espírito Humberto de Campos, revelou que
sua última reencarnação na Terra foi a da conhecida heroína francesa Joana
D'arc, queimada nas fogueiras Inquisitoriais do século XV. Essa mensagem
reveladora foi publicada no livro Crônicas de além-túmulo, obra psicografada
pelo médium Chico Xavier.
No livro
Chico de Francisco, Adelino da Silveira apresenta diversos fatos ocorridos com
o médium Chico Xavier e respostas a diversos questionamentos dados por ele
pessoalmente. A respeito de Joana D’arc, foi perguntado a Chico por que ela fez
a guerra e foi considerada santa?
Chico então
respondeu assessorado pelo seu guia espiritual Emmanuel, que naquela época, os
Espíritos encarregados da evolução do Planeta estavam selecionando os gens que
viriam a servir na formação do corpo da plêiade de entidades nobres que
reencarnariam para ampliar o desenvolvimento geral da Terra, através do chamado
Iluminismo Francês. Era preciso cuidado para que os corpos pudessem suportar
a dinâmica das inteligências que surgiriam. Se a França fosse invadida,
perder-se-ia o trabalho de muitos séculos. Então Joana D'Arc foi convocada para
que impedisse a invasão, a fim de que se preservassem as sementes genitais para
a formação de instrumentalidade destinada aos gênios da cultura e do progresso
que renasceriam na França, especialmente em se tratando da França do século
XIX, que preparou, no mundo, a organização da era tecnológica que estamos
vivendo no século XX.
Concluímos
por esses esclarecimentos que, se por ventura a França fosse invadida pelos
ingleses e os casais franceses já selecionados para a reencarnação dos futuros
gênios do iluminismo fossem dizimados nesse confronto bélico, e até a
preparação de novos casais, ocorreria, no mínimo, o atraso de um século na
formação de novos casais para a reencarnação dos referidos “gênios”. Ora, esse
atraso redundaria no retardamento do nível cultural da França, nível esse que
seria necessário para o surgimento da Doutrina Espírita. Por consequência, a
sua codificação, que se deu em 1857, se deslocaria para 1957.
Fonte:
Correio Espirita. Por: Gerson Simões Monteiro