“Enleados em
forças de baixo padrão vibratório, não aprendem a beleza da vida superior e,
enquanto mentalidades frágeis e enfermiças se dobram humilhadas, os gênios da
impiedade lhes traçam diretrizes, enfileirando-as em comunidades extensas e
dirigindo-as em bases severas escuras do ódio aviltante e silencioso. Organizam
assim, verdadeiras cidades, em que se refugiam falanges compactas de almas que
fogem, envergonhadas de si mesmas, antes quaisquer manifestações da divina luz”
(André Luiz – Livro Libertação. Psicografia de Chico Xavier. Cap. II – A
palestra do Instrutor).
Fuja
enquanto é tempo e enquanto está em experiências na vida terrena, dos vícios,
desejos e paixões, que se não forem descartados aqui no Planeta, vão
acompanhá-lo no mundo espiritual, onde certamente você vai engrossar a falange
dos espíritos impuros que pululam em faixas vibratórias sombrias e trevosas do
além, não só sofrendo horrores no campo mental, como também proporcionando
sofrimentos aos seus familiares, tanto os que estão do outro lado da vida, como
os que ficam, mas que um dia terão que partir também, encontrando no além da
vida, aqueles que nos são caros, mas que nada fizeram para se sentirem felizes,
causando constrangimento e decepção em todos aqueles por quem temos
afetividade.
Denominam-se
espíritos impuros todos aqueles que partem para o outro lado da vida sem nenhum
sentimento de renovação, sem nenhuma capacidade de reação diante do mal que
praticaram contra os seus semelhantes, porque não chegaram ao remorso e ao
arrependimento, que são pontos iniciais para se descartar o mal interno que nos
incomoda, e por isso partem para o além, exatamente como viveram aqui no
Planeta; viciados e viciosos, autoritários, prepotentes, perversos, cruéis,
maldosos e sensuais; orgulhosos, mentirosos, egoístas e maledicentes;
ciumentos, hipócritas e despeitados, formando verdadeiras falanges de espíritos
inferiores, que não abandonaram a Terra e nem a companhia dos encarnados, principalmente
aqueles que deixam “brechas”, no comportamento, e passam a fazer parcerias com
eles, que de algum modo se locupletam com as viciações humanas, tão ao gosto de
quando eram vivos.
São impuros
também os espíritos que, no além, continuam praticando todo tipo de maldade e
perversidade; são os lascivos, sensuais, mentirosos, egoístas, e até certo
ponto possuem determinada liberdade para a prática do mal; embora ela não seja
absoluta, e só possa alcançar as pessoas com quem tenham afinidades, e é esse
trabalho sujo executado pelos espíritos inferiores ou impuros, que se aglomeram
aos milhares, partilhando com as criaturas terrenas as condições sombrias de
habitabilidade da Crosta Terrena, que em síntese, é uma faixa agregada à
atmosfera espiritual da Terra, onde estão temporariamente os chamados “mortos”,
que na realidade estão vivos, e apenas não envergam mais a indumentária física,
mas continuam com todos predicados do espírito imortal, esse viajor incansável
da eternidade.
Dentre os
espíritos impuros, existem aqueles que são rebeldes por excelência, formando
verdadeiras quadrilhas bem organizadas, com a finalidade de perturbar o homem
terreno, que de alguma forma, e às vezes inconsciente, compartilha, dando
condições de aproximação e imantação, por causa das viciações que muitas
pessoas acalentam, como o vício do álcool, do fumo, das drogas, do jogo e da
sensualidade excessiva; ou então as viciações morais como o ódio, rancor,
ressentimento, raiva, maldade, crueldade, perversidade, ciúme, maledicência,
mentira, despeito, autoritarismo e prepotência. O deboche, a traição, a
indiferença, são também corrosivos mentais de alto teor destrutivo, e do agrado
de entidades espirituais, bravias, coléricas, tristes, melancólicas e
depressivas, e que estão sempre ao lado dos desavisados e incautos da vida
terrena.
Quanto maior
for a inteligência e a sabedoria do espírito, maior será sua força mental, e
consequentemente maior será sua capacidade para entender a vida espiritual, e
quanto maior a ignorância, maior será a possibilidade de se entregar aos
vícios, desejos e paixões, devido à cegueira intelectual e moral, que de alguma
forma tapa os ouvidos e os olhos, fazendo com que o espírito possa agir
simplesmente pelo instinto. O espírito impuro estampa na sua “aura humana” o
sintoma doentio da sua loucura, e de todo mal que representa para ele mesmo,
porque escravizaram suas mentes, a todo tipo de crime, falcatruas, escândalos e
pecados, criando dentro de si mesmo, uma segunda natureza, a natureza do mal,
em que cometer pecados os deixa felizes, principalmente quando encontram
parceiros para dividir a desdita ou infelicidade.
Do outro
lado da vida, dentro das possibilidades de cada um ou grupo, os espíritos
impuros constroem e organizam cidadelas sombrias, guetos, favelas, masmorras e
prisões; como sendo construções fluídicas encetadas por mentes desequilibradas,
e por isso mesmo, não possuem nenhum tipo de beleza, ou características
sublimes, e sim são grosseiras, sem linha de acabamento, tortas e opacas; são
frias e escuras, e administradas com violência e brutalidade. Essas cidadelas e
comunidades tristes, ficam localizadas numa faixa vibratória, que os espíritos
iluminados chamam de “Umbral”, muito próxima a esfera psíquica dos encarnados,
e aí vivem milhares de espíritos, como se fosse um formigueiro imenso,
alimentado por vícios, desejos e paixões, tanto dos desencarnados como dos
encarnados, que mantém contato com esse plano.
Fonte:
Correio Espírita. Por Djalma Santos