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terça-feira, 7 de novembro de 2017

“EMMANUEL E LÍVIA – HÁ DOIS MIL ANOS! ”

Como ser feliz se os problemas familiares nos impedem de amar os filhos, o cônjuge e outros membros da família?
Divaldo responde: Não há problema que nos impeça de amar. Exceto se nosso amor é muito frágil. Onde qualquer perturbação esfacela. Se nós vivemos numa família desestruturada, estamos numa prova. Aí é que nosso amor deve manter a sua legitimidade. Aí é que devemos experimentar o amor, exatamente onde ele é necessário. Quando eu li o livro “HÁ 2000 MIL ANOS” meditei no calvário de Lívia Lentulus, a mulher de Emmanuel, que na época chamava-se Públius Lentulus. Ela foi vítima de uma calúnia (traição) onde ele se afastou do leito conjugal por 25 anos.
E ela, cristã, manteve a dignidade. Isso que é o cristianismo: ela nunca reclamou; nunca lhe perguntou “por que” e nunca o hostilizou. Mas ele, (apesar de não estar no livro), permitiu-se licenças com outras companhias (saía com outras mulheres). Mas ela manteve-se fiel até o dia que ela trocou de roupa com Ana, a escrava que estava presa no circo romano, e mandou que se fosse para morrer na arena no lugar da escrava para testemunhar Jesus. Públius estava sentado ao lado do imperador e quando as feras (leões) avançaram pela a arena ela olha para ele e ele a reconhece.
Era tarde. Então, ele gastou alguns séculos para reconquistá-la renascendo após algumas provações. No livro “50 ANOS DEPOIS” ele narra uma; em “AVE-CRISTO” ele narra outra; depois em “RENÚNCIA”; até quando ele reencarna no Brasil como Manuel da Nóbrega. E na Bahia, ao lado de Anchieta ele dá a vida pelos povos silvícolas (os índios) e morre de beribéri para mais tarde assumir esta tarefa grandiosa do missionário do Evangelho. Ninguém desbravou o Evangelho com tanta beleza como Emmanuel pela psicografia do apóstolo Chico Xavier.
Um dia, Emmanuel contou a Chico Xavier que aos domingos ele reservava-se para visitar Lívia que estava num plano muito elevado e também para desintoxicar-se dos fluidos da Terra. Por que Lívia nunca mais reencarnou. Então, valeram os 25 anos. As nossas resistências são muito frágeis. Qualquer coisa nos desequilibra, mas a nossa fé deve ser robusta para nos tornar resistentes à todos os desafios e problemas.
Observação de Rudymara: Vemos muitos cristãos, mas poucas atitudes cristãs. No primeiro deslize do cônjuge ou de alguém de sua convivência “revida” ou “paga com a mesma moeda”. Isto não é uma atitude cristã. O Cristo pediu que perdoássemos sempre e o revide é sinal que ainda não aprendemos a perdoar. O Cristo também ensinou a dar a outra face quando alguém ferir uma delas, ou seja, quando alguém mostrar a face da violência, do orgulho ferido, da vaidade mesquinha, da promiscuidade, do vício, oferece-lhe a face da paz, da confiança no bem, da vitória do amor, do equilíbrio, da dignidade. O Cristo pediu que retribuíssemos o mal que nos fazem com o bem. Porque, um deslize perante as leis divinas pode acarretar séculos de reparação como aconteceu com Emmanuel.

Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

"VIDAS PASSADAS, PROBLEMAS FAMILIARES E PARENTES DIFÍCEIS – A VISÃO ESPÍRITA"

Em toda família há aquela(s) pessoa(s) que não se dão nem um pouco bem. Parece até que nasceram para brigar. Existem aqueles parentes que parecem amar mais a um do que a outro, às vezes sentem uma repulsa que parece vir de berço.
Dessa forma, apresento aos caros leitores este texto do autor André Martinez, que discursa muito bem 0 assunto:

“Os Espíritos nos dão notícia de que nem sempre apresentamos grandes afinidades para com nossos familiares. Muitas vezes a nossa relação com a família é de franca hostilidade, como se fossemos adversários e não irmãos e irmãs ou parentes que deveriam se estimar…
A reencarnação explica isso: em casa nos reunimos – afetos e desafetos – para que com a proximidade quase sempre inevitável e compulsória do parentesco corporal nos relacionemos com a finalidade de no RECONCILIAR das desavenças de outras vidas.
Irmãos e irmãs sob o mesmo teto muitas vezes negligenciam esse dever de se amarar e se apoiarem e entregam-se ao sentimento de rejeição, transformando o lar que deveria ser oficina de pacificação numa arena de disputas odientas…
Não nos iludamos: cada vez que identificamos um desafeto do passado na forma de parente em nossa família é um SINAL DE ALERTA urgente que a vida nos dá para que notemos a necessidade de perdão, compreensão, respeito e tolerância.
Portanto, dever urgente ao alcance de nossas forças é tolerar e pacificar a nossa casa, no entendimento e na tolerância aos parentes difíceis, dos filhos problema, dos esposos tiranos, das esposas ciumentas, dos fardos da consanguinidade.
Perante o parente-desafio, a nossa própria evangelização íntima pode ser o melhor recurso iluminativo, pois que através da mensagem do Evangelho de Jesus encontramos resignação e força bem como a energia para superar nossas imperfeições e nos transformarmos em pessoas mais pacientes que perdoam com facilidade.
Conhecer-se a si mesmo superando as imperfeições nos torna pessoas mais nutritivas para o meio em que Deus nos localizou – o próprio lar – e para os parentes e afetos que nos constitui o GRUPO CARMA de evolução: a nossa família.
Se você quiser, pode melhorar-se emocional e espiritualmente a tal ponto que se transforma em um verdadeiro INSTRUTOR ESPIRITUAL dentro de sua casa ou núcleo familiar, chegando a ensinar pelo exemplo de tolerância e a ajudar com sua mudança interior às criaturas que te rodeiam, alavancando-lhes a evolução.
Nosso dever de parente que identifica a desarmonia e o desacerto no comportamento do companheiro de jornada é o de EXEMPLIFICAR O ACERTO a fim de que nossa ATITUDE fale muito mais alto do que nosso verbo muitas vezes ágil na voz e tardio na ação…
Assim como o parentesco corporal não nos garante afeto e plena identificação com os companheiros da consanguinidade, a esfera dos amigos estranhos ao lar muitas vezes é repleta de amores e amigos do passado, são tão significativas e espontâneas as simpatias que nos ligam a pessoas que acabamos de encontrar nessa vida, que só essa afinidade é uma prova da REENCARNAÇÃO que experimentamos na própria alma.
Se identificamos parentes que são fardos-desafios à nossa maturidade, se identificamos estranhos que são doces irmãos da alma a nos facilitar a jornada com sua presença, não podemos esquecer as mães, figuras singulares nessa teia delicada de almas em aprendizado.”
E para que fique ainda mais claro, deixo alguns importantes trechos do O Evangelho Segundo o Espiritismo, onde você poderá consultar e entender mais sobre o assunto, no que se refere às nossas diversas encarnações e os problemas de família:
Capítulo XIV, Parentesco Corporal e Espiritual, item 8
Os Espíritos que se encarnam numa mesma família, sobretudo como parentes próximos, são os mais freqüentemente Espíritos simpáticos, ligados por relações anteriores, que se traduzem pela afeição durante a vida terrena. Mas pode ainda acontecer que esses Espíritos sejam completamente estranhos uns para os outros, separados por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem também por seu antagonismo na Terra, a fim de lhes servir de prova.
Os verdadeiros laços de família não são, portanto, os da consanguinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos, que unem os Espíritos, antes, durante e após a encarnação. Donde se segue que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue.
Podem, pois, atrair-se, procurar-se, tornarem-se amigos, enquanto dois irmãos consanguíneos podem repelir-se, como vemos todos os dias. Problema moral, que só o Espiritismo podia resolver, pela pluralidade das existências.
Há, portanto, duas espécies de famílias: as famílias por laços espirituais e as famílias por laços corporais. As primeiras, duradouras, fortificam-se pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das diversas migrações da alma. As segundas, frágeis como a própria matéria, extinguem-se com o tempo, e quase sempre se dissolvem moralmente desde a vida atual.
Foi o que Jesus quis fazer compreender, dizendo aos discípulos: “Eis minha mãe e meus irmãos”, ou seja, a minha família pelos laços espirituais, pois “quem quer que faça a vontade de meu Pai, que está nos céus, é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
Agora partiremos para entender como o Evangelho nos ensina a conduzir algumas situações onde há conflito entre pessoas da mesma família:
Quando são os pais que causam problemas — Como agir?
“Certos pais, é verdade, descuidam dos seus deveres, e não são para os filhos o que deviam ser. Mas é a Deus que compete puni-los, e não aos filhos. Não cabe a estes censurá-los, pois que talvez eles mesmos fizeram por merecê-los assim.
Se a caridade estabelece como lei que devemos pagar o mal com o bem, ser indulgentes para as imperfeições alheias, não maldizer do próximo, esquecer e perdoar as ofensas, e amar até mesmo os inimigos, quanto essa obrigação se faz ainda maior em relação aos pais!“ (Capítulo XIV, Piedade filial, Item 3).
Quando são os filhos que causam problemas — Como agir?
“Os filhos, devem, por isso mesmo, tomar como regra de conduta para com os pais todos os preceitos de Jesus referentes ao próximo, e lembrar que todo procedimento condenável em relação aos estranhos, mais condenável se torna para com os pais. Devem lembrar que aquilo que no primeiro caso seria apenas uma falta, pode tornar-se um crime no segundo, porque, neste, à falta de caridade se junta à ingratidão.
O mandamento: “Honra a teu pai e a tua mãe”, é uma conseqüência da lei geral da caridade e do amor ao próximo, porque não se pode amar ao próximo sem amar aos pais; mas o imperativo honra implica um dever a mais para com eles: o da piedade filial.
Mas por que promete como recompensa a vida terrena e não a celeste? A explicação se encontra nestas palavras: “Que Deus vos dará”, suprimidas na forma moderna do decálogo, o que lhe desfigura o sentido. Para compreendermos essas palavras, temos de nos reportar à situação e às idéias dos hebreus, na época em que elas foram pronunciadas.
De forma geral, o que nos cabe é a caridade. A caridade é a chave para vencer os maus tratos vindos de qualquer ente querido. Oremos por aquele ente querido de coração tão endurecido, que ainda não compreendeu a profundidade do amor.

Fonte: Espiritbook

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

“ORE… NÃO ATÉ DEUS TE OUVIR, MAS ATÉ VOCÊ OUVIR DEUS! ”

Essa frase foi lida algum tempo depois que tudo havia acontecido.
Entre as olhadelas na Internet de uma página à outra, foi surpreendente como ela se encaixou perfeitamente aos fatos. A frase trouxe de volta a emoção e a vivência exata daquela noite! O que não era conhecido e muito menos sabido ser possível antes daquela noite…
Foi um dia difícil após o segundo procedimento cirúrgico, a espera era por respostas positivas que infelizmente não se confirmaram na manhã seguinte na UTI e então a terceira cirurgia se fez necessária.
Ela passou as várias horas do procedimento em oração na capela do hospital, um lugar tão familiar e especial para ela…a Oração do Cuidado na parede era parte de sua rotina assim como a esperança que ela lhe dava.
Procedimento finalizado, restava somente aguardar. Ele foi para o quarto da UTI, já era tarde da noite e ela o observava e orava enquanto ele dormia sem saber o que estava acontecendo ali sob os efeitos da anestesia.
Ela sabia que eles não a deixariam permanecer por muito tempo, pois acompanhantes não eram permitidos, se não fosse por isso ela passaria a noite naquela cadeira velando-lhe o sono e orando.
Duas horas da manhã, a enfermeira a expulsou dizendo que ela precisava descansar para o dia seguinte…ela pretendia ter notícias logo cedo e não queria abandoná-lo, então não teve dúvidas….deitou seu corpo exausto no sofá da recepção e ali repousou em momentos de sono, acordada, orando para que tudo estivesse bem no dia seguinte…orava…cochilava….chorava…era um looping….horas intermináveis…
Por outro lado ela sentia a presença de Deus e de alguma maneira descansou…estava pronta para o que seguiria. Sete horas da manhã, hora de tentar adentrar novamente a UTI. Ela entrou, lá estava ele em um sono tranquilo. Os raios do sol adentravam o quarto através das pequenas janelas de vidro, no momento em que ela entrou, fitou os raios de sol e logo algo totalmente inesperado invadiu lhe o peito, preenchendo-o totalmente, uma sensação de plenitude, uma explosão de um sentimento bom e calmante, muito difícil de explicar em palavras algo tão profundo e misterioso, o choro de felicidade foi instantâneo e compulsivo, ela colocou a mão sobre ele e agradeceu, o que havia acabado de acontecer estava acima das coisas conhecidas!
Deus havia falado com ela através da explosão dentro de seu coração, rapidamente ela entendeu que Ele havia dito que tudo ficaria bem! Foi uma das melhores sensações de toda sua vida! Ela sabia que até aquela noite, ela nunca havia antes estado tão perto Dele!
A oração e a fé a aproximaram Dele de uma maneira inimaginável…
Logo depois chegou o enfermeiro, ele seria medicado e ela foi expulsa novamente. Na recepção, ela passou o tempo tentando compreender o que havia experienciado….dez horas da manhã, ela recebeu uma mensagem via WhatsUp da Dra.: Estava tudo bem…de acordo com o esperado dessa vez…Nesse momento ela agradeceu mais uma vez e teve a certeza de que sim, Ele havia falado com ela!
Preste muita atenção aos sinais! Sempre que a dúvida bate à porta…é dessa cena que ela se lembra…Deus havia enviado um sinal não apenas para aquele dia, mas sim para toda a vida!
Nos momentos difíceis, descobrimos o quão forte podemos ser, se sentirmos a fé por inteiro, com todo nosso coração, se aceitarmos ajuda de quem nos ama…descobrimos forças que jamais imaginaríamos ter, nos mantemos em alerta e o cansaço não nos bate à porta e finalmente aprendemos que sozinhos nunca seria possível!
E você, também tem uma história com Deus? Se você está respirando neste momento, se está sentindo a brisa que lhe acaricia o rosto, se fez alguém sorrir, etc.. Seguramente deve ter muitas histórias para contar…


Autora: FABIANA DAINESE MAUCH

“CONSELHOS DE ANDRÉ LUIZ PARA SEU AMIGO NA TERRA”

Através de uma carta André Luiz enviou alguns conselhos valiosos para um amigo que buscava informações sobre sua situação na terra.
CARTA:
Caro companheiro.
Você quer saber algo de sua verdadeira situação na Terra.
Compreendo.
Quando a pessoa entra nessa grande colônia de tratamento e cura, é convenientemente tratada.
A memória deve funcionar na dose justa.
É natural.
A permanência aí poderá ser longa e, por isso mesmo, certas medidas se recomendam em favor dos beneficiários.
Atende às instruções do internato e não se preocupe, em demasia, com os problemas que não lhe digam respeito.
Não se prenda aos seus apetrechos de uso e nem acumule utilidades que deixará inevitavelmente, quando as autoridades observarem você no ponto de retorno.
Se algum colega de vivência estima criar casos, esqueça isso. Não vale a pena incomodar-se. Ninguém ou quase ninguém passa por aí sem dificuldades por superar.
Viva alegre, com a sua consciência tranquila.
Em se achando numa estância de refazimento, é aconselhável manter-se fiel à tarefa que a administração lhe confie.
Procure ser útil, deixando o seu lugar tão melhorado quanto possível, para alguém que aí chegue depois.
Quanto ao mais, considere você e os demais companheiros de convivência e necessidade simplesmente acampados, unidos numa instituição de tratamento oportuno e feliz.
Aí você consegue dormir mais tempo, distrair-se na sua faixa temporária de esquecimento terapêutico, deliciar-se com excelente alimentação, compartilhar de vários jogos e ensaiar muita atividade nobre para o futuro.
Aproveite.
O ensejo é dos melhores.
Descanse e reajuste as próprias forças porque o trabalho para você só será serviço mesmo, quando você deixar o seu uniforme do instituto no vestiário da morte e puder regressar.
André Luiz
(Do livro: “Vida em Vida”, Francisco Cândido Xavier)




“O MUNDO ESPIRITUAL-O HOMEM APÓS A MORTE”

A - Esferas Espirituais
As esferas espirituais são as diversas subdivisões vibratórias do Mundo dos Espíritos. Estão para a vida extrafísica assim como os continentes e os países estão para o mundo físico.
Os antigos já aceitavam a ideia da existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. Essa ideia, que foi a de todas as teogonias, faziam do céu os diversos degraus da bem-aventurança; o último deles era abrigo da suprema felicidade.
Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão estar no sétimo céu - para exprimir perfeita felicidade. Os muçulmanos admitem nove céus, em cada um dos quais se aumenta a felicidade dos crentes. A teologia cristã reconhece três céus; é conforme esta crença que se diz que Paulo foi alçado ao terceiro céu.
A obra Kardequiana, pelo fato de ser muito mais de síntese do que de análise, ocupou-se pouco com o exame do Mundo dos Espíritos. Estudando as diversas obras do Codificador, notamos que os Espíritos foram muito econômicos em informações à respeito de seu mundo.
Foi a partir de 1943, com o livro [Nosso Lar], de autoria mediúnica do Espírito André Luiz, pelas mãos de Chico Xavier, que nós passamos a compreender, com maior profundidade, as regiões extrafísicas.
Sabemos hoje, que o mundo dos Espíritos é subdividido em várias faixas vibratórias concêntricas, tendo a Terra como centro geométrico. A atmosfera espiritual das diversas esferas será tanto mais pura e eterizada quanto mais afastadas da crosta elas estiverem. Os Espíritos de maior luminosidade habitarão, naturalmente, as esferas mais afastadas, embora tenham livre trânsito entre elas e com frequência visitem as esferas inferiores em tarefas regenerativas e esclarecedoras. Em cada esfera, o solo tem consistência material, e acima se vê o céu e o sol. Diversas cidadelas espirituais, postos de socorro, ou instituições hospitalares estão distribuídas nas diversas esferas, abrigando Espíritos em condições evolutivas semelhantes.
André Luiz dá o nome de Umbral às três primeiras esferas, contadas a partir da crosta, e segundo este autor, a região umbralina é habitada por Espíritos que ainda necessitam reencarnarem no planeta Terra, comprometido que estão com vida neste orbe.
Sobre o umbral, André Luiz [Nosso Lar] dá o seguinte depoimento:
"É a zona obscura de quantos no mundo não se resolveram atravessar as portas dos deveres sagrados, demorando-se no vale da indecisão ou no pântano dos erros numerosos. Funciona como região de esgotamento de resíduos mentais. Pelo pensamento os homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com as tendências de cada um. Cada Espírito permanece lá o tempo que se faça necessário."
Informa também André Luiz que os Espíritos que estão nas esferas superiores podem transitar pelas esferas que lhes estão abaixo, mas os Espíritos que estão nas esferas inferiores não podem, sozinhos, passar para as superiores.
B - As Colônias Espirituais
Os livros de André Luiz dão-nos informações detalhadas a respeito da vida nas três primeiras esferas espirituais. Segundo ele, estas faixas vibratórias são formadas de inúmeras cidadelas espirituais, umas maiores, outras menores, onde se reúnem Espíritos em condições evolutivas semelhantes.
As condições de sociabilidade das esferas mais purificadas nos sãos totalmente desconhecidos, no entanto, as vidas nas regiões mais próximas da crosta desenvolvem-se de maneira semelhante:
Habitação: há semelhança com a que existe na Terra. No plano extrafísica vamos identificar casas, hospitais, escolas, templos, etc.
Ernesto Bozzano [A Crise da Morte] afirma que a paisagem astral se compõe de duas séries de objetivações do pensamento. A primeira é permanente e imutável, por ser objetivação do pensamento e da vontade de entidades espirituais muito elevadas, prepostas os governo das esferas espirituais. A outra é, ao contrário, transitória e muito mutável; seria a objetivação do pensamento de cada entidade desencarnada, criadora do seu próprio meio imediato.
Examinando o pensamento deste autor, podemos aceitar que as construções das colônias espirituais enquadram-se na primeira série, enquanto a paisagem das regiões umbralinas pertencem a segunda;
Vestuário: a apresentação externa dos Espíritos depende de sua força mental e de seu desejo, pois eles são capazes de modificarem a sua aparência por um processo denominado ideoplastia.
Nem todos os Espíritos, no entanto, têm condição evolutiva suficiente para plasmarem suas vestes perispirituais, donde a necessidade de roupas confeccionadas por especialistas na área. André Luiz [Nosso Lar] mostra departamentos reservados a esta tarefa;
Alimentação: nem todos os Espíritos são capazes de retirar do Fluido Cósmico Universal a energia reparadora para as suas células, daí a necessidade dos Espíritos materializados, alimentarem-se de recursos energéticos mais consistentes. Por esse motivo, observam-se no mundo espiritual alimentos a base de sucos , sopas e frutas;
Sono e Repouso: quanto mais evoluído o Espírito, menos necessita de repouso, para reparar as suas energias. Espíritos inferiores dormem à semelhança do homem encarnado;
Transporte: os Espíritos superiores se locomovem através de um processo denominado volitação, onde transforma a sua energia latente em energia cinética, deslocando-se no espaço em altas velocidades. No entanto, Espíritos existem, que ainda não desenvolveram esta faculdade, daí a necessidade de veículos para transporte nas faixas espirituais mais próximas da Terra;
Linguagem: a linguagem oficial entre os Espíritos é a do pensamento. No entanto, muitas almas ainda involuídas, não conseguem se comunicar através do pensamento, donde a necessidade de palavra articulada.
Assim sendo, vamos observar colônias onde se fala o português, o inglês, etc.;
Vida Social: a vida social nas colônias espirituais é intensa e tem como objetivo a preparação dos Espíritos para o seu retorno a Terra em nova roupagem física. Estudam, trabalham, repousam e se divertem. Há relatos de casamento, festas e jogos, segundo hábitos e costumes da colônia. O Maria João de Deus [Cartas de Uma Morta] afirma:
"Os saxões, os latinos, os árabes, os orientais, os africanos, formam aqui grandes falanges à parte, e em locais diferentes uns dos outros. Nos núcleos de suas atividades conservam os costumes que os caracterizavam e é profundamente interessante verificar como essas colônias diferem umas das outras."
Manoel Philomeno de Miranda [Loucura e Obsessão] lembra-nos:
"Católicos, protestantes e outros religiosos após a morte, não se tornam espíritas ou conhecedores da realidade ultra tumular; ao revés, dão curso aos seus credos, reunindo-se em grupos e igrejas afins."
Cabe-nos lembrar que nem todas as cidadelas espirituais têm uma orientação sadia, voltada para o bem e para o equilíbrio das criaturas. André Luiz [Libertação] diz:
"Incapacitados de prosseguir, além do túmulo, a caminho do Céu que não souberam conquistar, os filhos do desespero organizam-se em vastas colônias de ódio e miséria moral, disputando entre si a dominação da Terra."
Mas lembra também o benfeitor que, a Misericórdia Divina não os desampara pois, são observados e assistidos por entidades luminosas;
Animais e Plantas: o solo do mundo espiritual, à semelhança do solo do planeta é coberto por uma infinidade de plantas, flores e hortaliças que são cultivadas, com muito esmero, por mãos bondosas.
Os animais, como regra geral, reencarnam quase imediatamente após a morte, no entanto, em certas ocasiões, eles podem vir a ser preparados por entidades especializadas para serem utilizados em tarefas específicas.
Muitas vezes, no entanto, as descrições da paisagem espiritual, quando falam de "formas animalescas", estão se referindo a Espíritos humanos em processo de deterioração de seus corpos espirituais (licantropia ou zoantropia), como também de "formas ideoplásticas", fruto do pensamento e da vontade de entidades viciosas do astral inferior.
C - O Homem após a Morte
Lembra-nos Kardec que "após a morte, cada um vai para o lugar que lhe interessa", pois cada individualidade vai deslocar-se, após o desencarne, para a região espiritual que está em concordância com o seu modo de ser e viver. E complementa [ESE]:
"Enquanto uns, não podem afastar-se do meio em que viveram, outros se elevam e percorrem o espaço. Enquanto certos Espíritos culpados erram nas trevas, os felizes gozam de uma luz resplandecente."
De forma didática, podemos sistematizar as opções do homem após a morte física em três situações:
Continuar Vivendo na Crosta: são Espíritos excessivamente apegados a vida física e que não conseguem assumir a sua condição de desencarnados, continuando a viver nos locais onde se habituaram, às vezes sem ao menos darem-se conta de que já não mais pertencem ao mundo material.
Alguns fatores que podem condicionar a este apego a vida material:
- ignorância, confusão e medo;
- apegos excessivos a pessoas e lugares;
- inclinações pelas drogas, álcool, fumo, comida e sexo;
- vinculação a negócios não concluídos;
- desejo de vingança;
Deslocarem-se para certas regiões do Umbral: muitos Espíritos culpados ou viciosos, após o desencarne, são levados por uma força magnética automática ou por entidades do mal, para uma das regiões umbralinas e lá permanecerão até que o arrependimento e a vontade de reparar o passado modifiquem a sua psicosfera pessoal;
Recolhimento a uma Colônia Espiritual onde deverão integrar-se à Vida Extrafísica
Fonte .A Casa do Espiritismo
D - Bibliografia
Coleção Nosso Lar (16 obras) - André Luiz/Chico Xavier
Cartas de Uma Morta - Maria João de Deus/Chico Xavier
Voltei - Irmão Jacob/Chico Xavier
A Vida Além da Morte - Otília Gonçalves/Divaldo Franco
Cidade no Além - Heigorina Cunha

Loucura e Obsessão - Manoel Philomeno de Miranda/Divaldo Franco

domingo, 5 de novembro de 2017

“O QUE É O PURGATÓRIO NA VISÃO ESPÍRITA? ”

Que se deve entender por purgatório?
Resposta: Dores físicas e morais: o tempo da expiação. Quase sempre, na Terra é que fazeis o vosso purgatório e que Deus vos obriga a expiar as vossas faltas. (Questão 1013)
O purgatório não está na Bíblia, foi criado pelo catolicismo para resolver um problema teológico: a salvação.
O purgatório para eles seria uma região no Além onde estagiam as almas que, embora arrependidas e “na graça de Deus”, ou seja, por se submeterem a sacramentos religiosos (batismo, crisma, etc.), não são suficientemente puras para elevarem-se ao Céu, nem tão ruins para merecerem o inferno. Morrem abençoadas, mas não perdoadas.
Em torno dessa idéia central criou-se toda uma mitologia, com crendices que circulou durante a Idade Média, servindo de instrumento para exploração da ingenuidade popular.
Como o catolicismo pregava que aquele que fosse para o inferno de lá não sairia mais (penas eternas), o purgatório seria a região onde os, nem tão bons e nem tão ruins, teriam a chance de serem julgados para ver se iriam para o céu ou para o inferno. E o critério para este julgamento estava nas mãos dos parentes aqui na Terra. Assim foi criado a Doutrina das Indulgências que permitia às famílias abastadas (ricas) promover a transferência de seus mortos do purgatório para o céu, mediante a doação de largas somas de dinheiro às organizações religiosas. Quem adquirisse “relíquias” (supostamente parte do corpo de um santo – osso, dente, cabelos, unhas – ou qualquer objeto que tenha usado ou que tocou seu cadáver), compradas a peso de ouro, o efeito seria mais seguro.
As “relíquias” prestavam-se a vergonhosas fraudes. Como poderiam os fiéis saber se eram autênticos pedaços da cruz onde foi sacrificado Jesus, os cabelos de Pedro, as sandálias de Paulo ou as pedras que imolaram Estevão?
No folclore religioso existe até mesmo a idéia de que é interessante pedir ajuda às almas do purgatório para resolver nossas dificuldades, pois estas estariam sempre dispostas a nos ajudar, a fim de acumularem méritos suficientes para se livrarem de suas penas.
As “penas eternas” é uma aberração teológica incompatível com a justiça e a misericórdia de Deus. Se o arrependimento no momento da morte livra o indivíduo do inferno, levando-o ao purgatório, por que Deus não perdoaria os impenitentes que encontram-se no inferno? Afinal, a experiência demonstra que, ante sofrimentos prolongados, mesmo os indivíduos mais rebeldes acabam modificando suas disposições.

ENTÃO, O QUE É PURGATÓRIO PARA OS ESPÍRITAS?
Então, nós espíritas, entendemos por purgatório, as dores físicas e morais: o tempo da expiação. Tempo onde carregamos as cruzes confeccionadas por nós ao transgredirmos as leis divinas. Quase sempre, é na Terra que fazemos o nosso purgatório, ou seja, que expiamos (resgatamos) as nossas faltas. Purgatório significa purgação, purificação. O purgante é o remédio que limpa o organismo. E as dores e aflições é o purgante que limpa a alma das transgressões à Lei Divina. Podemos dizer que, o caminho mais rápido e seguro entre o purgatório e o Céu, é “O PRÓXIMO”. Na medida em que estivermos dispostos a respeitar, ajudar, compreender e amparar aqueles que nos rodeiam, seja o familiar, o colega de serviço, o amigo, o indigente, o doente, estaremos habilitando-nos à felicidade, contribuindo para que ela se estenda sobre o Mundo. Portanto, não nos elevaremos se não tivermos dispostos a auxiliar os companheiros que conosco estagiam no purgatório terrestre.

Fonte: - Richard Simonetti


“CUIDADO!!! EXISTEM PESSOAS QUE ADORAM SUGAR SUAS ENERGIAS! ”

Há pessoas que nos roubam as energias. São as pessoas que se alimentam das desgraças alheias, que consomem tragédias na televisão, que adoram doenças a ponto de atraí-las.
Você tem dado a atenção devida às suas energias? Você reconhece que é responsável pelo seu nível de energia? A sua energia é a sua marca registrada. O que uma pessoa sente ao se aproximar de você é o tipo de energia que o caracteriza.
Não deixe que lhe roubem as energias!
Há muitos motivos para que você sofra perda de energia: Má alimentação, sexo desregrado, vícios. Mas nada se compara ao pensamento; até porque a sua relação com os itens citados depende essencialmente do seu pensamento. É o seu pensamento que determina o seu nível energético.
Muitas coisas ocorrem num dia. Não temos tanto controle sobre nossos pensamentos a ponto de mantê-los elevados o tempo inteiro.
No decorrer do dia, somos influenciados por notícias, por lembranças, por conversas, por contatos humanos. Aliás, o contato com outras pessoas provoca a inevitável troca de energias.
Você já sabe disso, mas as coisas importantes merecem ser lembradas. Quantas vezes você sente-se exausto após uma conversa com determinada pessoa? Quantas vezes você fica repentinamente deprimido, triste ou irritado após o contato com alguém? Muitas pessoas roubam energia. Claro que esse processo não é consciente, pelo menos não da forma como nós entendemos.
São as pessoas que se alimentam das desgraças alheias, que consomem tragédias na televisão, que adoram doenças a ponto de atraí-las. Essas pessoas não conseguem conviver com nada positivo, nada bom. Para elas, todo mundo é ladrão, mal-intencionado, malicioso. Não percebem coisas agradáveis, não notam nada de salutar.
Você pode conviver com pessoas assim, às vezes muito próximas de você. Colegas, vizinhos, parentes. Numa conversa, numa aproximação, ela rouba sua energia e você fica exaurido, sem forças, sem ânimo. Que fazer? É preciso que se diga que, a não ser que seja alguém que realmente precise de você, não há obrigação nenhuma de sua parte de se aproximar de alguém assim. Há convívios que definitivamente devem sem evitados. Você não está sendo egoísta, só está se defendendo.
O único controle real que você pode efetivar em sua defesa energética é sobre o seu pensamento. Se você exercer controle sobre si mesmo, ninguém poderá atingi-lo. O pensamento elevado forma uma barreira energética intransponível, seja para encarnados ou para desencarnados.
Se analisarmos a reforma íntima abstraindo o aspecto moral, ela nada mais é que a busca pela harmonização energética. A cada reencarnação o espírito imortal procura despojar-se de energias negativas contraídas em encarnações anteriores e, ao mesmo tempo, harmonizar-se consigo mesmo, com a manifestação de Deus latente dentro de si.
A maioria dos casos de obsessão acontece como vampirização de energias, muitas vezes sem a intenção deliberada de prejudicar. O que todos anseiam, em qualquer plano que seja, é a harmonia.
Nós, que temos poder sobre nós mesmos, devemos nos esforçar ao máximo para manter nossa energia equilibrada através do controle do pensamento. Temos que criar o hábito de nos voltarmos para dentro de nós mesmos, dedicando um tempo específico para isso. Seja pela oração, pela meditação, pela movimentação de energias, ou o simples fechar de olhos para se olhar por dentro.

Autor desconhecido

sábado, 4 de novembro de 2017

“A REENCARNAÇÃO DOS SUICIDAS! EM QUE CONDIÇÕES RETORNAM À VIDA? ”

Nair Bello – Chico, um filho excepcional é um carma, uma prova para os pais?
Chico Xavier – Nair, a criança excepcional sempre me impressionou pelo sofrimento de que
ela é portadora , não somente em se tratando dela mesma, mas, também, dos pais e isso
tem sido o tema de várias conversações minhas com nosso Emmanuel, que é o guia espiritual de nossas tarefas, e ele, então, diz que, regra geral, a criança excepcional é o suicida reencarnado, reencarnado depois de um suicídio recente, porque a pessoa quando pensa que se aniquila, está apenas estragando ou perdendo a roupa que a Providência Divina permite de que ela se sirva durante a existência, que é o corpo físico.
A verdade é que ela em si é um corpo espiritual; então, os remanescentes do suicídio
acompanham a criatura que praticou a autodestruição para a vida do Mais Além.
Lá ela se demora algum tempo amparada por amigos que toda criatura tem, afeições por toda parte, mas volta à Terra com os remanescentes que ela levou daqui mesmo, após o suicídio.
Se uma pessoa espatifou o crânio e se o projétil atingiu o centro da fala, ela volta com a mudez. Se atingiu apenas o centro da visão, ela volta cega, mas se atingiu determinadas regiões mais complexas do cérebro, ela vem em plena idiotia e aí os centros fisiológicos não funcionam.
A Endocrinologia teria de fazer um capítulo especial para estudar uma criança surda, muda,
cega, paralítica, porque aí a criatura feriu a vida no santuário da vida que é a parte mais
delicada do cérebro.
Se ela suicidou-se, mergulhando-se em águas profundas, ela vem com a disposição para o
enfisema, um enfisema infantil ou da mocidade, ou dos primeiros dias da vida.
Se ela, por exemplo, se enforcou, ela vem com a paraplegia, depois de uma simples queda que toda criança cai do colo da ama, do colo da mãezinha; então, quando o processo é de
enforcamento, a vértebra que foi deslocada, no enforcamento, vem mais fraca e, numa simples queda, a criança é acometida pela paraplegia.
E nós vamos por aí.
Outras crianças que vêm completamente perturbadas; a esquizofrenia, por exemplo, diz-se que é o suicídio, depois do homicídio. O complexo de culpa adquire dimensões tamanhas que o quimismo do cérebro se modifica e vem a esquizofrenia como uma doença verificável, porque através dos líquidos expelidos pelo corpo é possível detectar os princípios da esquizofrenia. Mas a esquizofrenia é o homicida que se fez suicida, porque o complexo de culpa é tão grande, o remorso é tão terrível que aquilo se reflete na própria vida física da criatura durante algum tempo.
Fonte: Entrevista de Chico Xavier ao Programa de Hebe Camargo, com a participação de Nair Bello. TV Bandeirantes, 20 de dezembro de 1985.
Livro – Jesus em Nós. Pelo espírito Emmanuel / psicografia de Chico Xavier – editora Geem.


“CARLOS E LUISA, A DOR DA PERDA DE UM FILHO! ”

Carlos e Luisa sentiam-se extremamente desalentados e sofredores. Seu filho único, Otávio, garoto de seis anos de idade, falecera repentinamente vitimado por uma doença incurável. Inconformados, Carlos e Luisa buscavam explicação para sua dor. Porque fora acontecer logo com eles? Otávio era um menino bom, obediente, carinhoso, um verdadeiro anjo caído do céu. Por que Deus o retirara dos seus braços, os pais que o amavam tanto? Assim, revoltados, procuravam consolo em todos os lugares e de todas as formas, sem encontrar lenitivo ou resposta para seus sofrimentos.
Certo dia, eles entraram numa Casa Espírita, apesar de não acreditarem em nada. Ouviram o comentário do Evangelho e depois tomaram passe. De alguma maneira, sentiram-se mais aliviados. Terminada a reunião, o dirigente foi conversar com eles. Assim, contaram-lhe sobre a morte do garoto. Luisa, profundamente revoltada, terminou seu relato dizendo: - Desde então, e lá se vão seis meses, não tivemos mais paz ou alegria de viver. Sereno, o responsável pela reunião fitou-os penalizado, e perguntou:
- Não acreditam na imortalidade da alma? Surpreso, o casal trocou um olhar, enquanto Luisa exclamava: - Nunca pensamos nisso! Com sorriso terno, o espírita ponderou: - Pois é bom que comecem a pensar nessa possibilidade.
O Espírito é imortal e sobrevive à morte do corpo físico. Seu querido filho Otávio está mais vivo do que nunca! Com o coração batendo rápido e os olhos a brilharem de esperança, Luisa indagou: - O senhor tem certeza disso? - Absoluta.
Certamente precisa da ajuda de vocês. Suas lágrimas não devem estar fazendo bem a ele. Provavelmente estará sofrendo muito. - O que fazer, então, para ajudá-lo? - perguntou a mãe, preocupada. - Orem por ele.
Procurem lembrar-se das coisas alegres, dos momentos felizes que tiveram e, quem sabe, um dia poderão se reencontrar? O bondoso velhinho deu-lhes algumas explicações necessárias sobre a Doutrina Espírita e, antes que se retirassem, entregou-lhes alguns livros cuja leitura poderia fornecer-lhes noções mais claras e precisas. Carlos e Luisa deixaram o Centro Espírita com nova esperança.
A partir daquele dia, Luisa passou a fazer preces pelo filhinho desencarnado, pedindo sempre a Jesus que, se possível, lhe permitisse vê-lo novamente.
Certo dia adormeceu em prantos. Fazia exatamente um ano que seu filho retornara ao mundo espiritual. Luisa viu-se num lindo jardim, todo florido, e onde muitas crianças brincavam despreocupadas. Sentou-se num banco para observá-las quando viu alguém caminhando ao seu encontro: era Otávio.
Cheia de alegria abraçou-o, feliz. Ele estava do mesmo jeito; não mudara nada. Após as primeiras efusões, Otá- vio falou-lhe com carinho: - Mamãe, estou muito bem. Não chore mais porque eu também fico triste. Suas preces têm me ajudado muito. - Ah! Meu filho, que felicidade! Pena que estou sonhando! - Não, mamãe, estamos nos encontrando de verdade.
Colhendo uma rosa do jardim, ele ofereceu-a à mãezinha, despedindo-se: - Para você, mamãe, com todo o meu amor. Dê um beijo no papai. - Não vá, meu filho! - suplicou, aflita. - Preciso ir agora. Não se preocupe, mamãe. Eu voltarei para os seus braços.
Ajude outras crianças necessitadas. Até breve! Despertando, Luisa não conteve as lágrimas de emoção. Estivera com Otávio. Pena que fora apenas um sonho. Qual não foi seu espanto, porém, quando, olhando para a mesinha de cabeceira, viu uma bela rosa.
A mesma que seu filho lhe dera, ainda com gotas de orvalho nas pétalas, como se tivesse sido colhida a pouco. Tomando a flor entre os dedos, enternecida, levou-a aos lábios, enquanto o pensamento elevava-se numa prece de agradecimento ao Criador pela dádiva que lhe concedera.
Entendera a mensagem. Agora já não poderia duvidar da imortalidade da alma e seu coração encheu-se de conforto e de paz.
Algum tempo depois, nas tarefas a que se vinculou no auxílio a famílias carentes de uma favela da cidade, recebeu uma criança que a mãe falecido ao dar a luz e cujo pai não era conhecido.
Cheia de compaixão, Luisa toma nos braços o recém-nascido e, ao aconchegá-lo ao peito, uma onda de amor a envolve. Resolve levá-lo para casa e adotá-lo como filho do coração. Sem saber recebe, com esse gesto generoso, seu querido filho Otávio que, graças à misericórdia divina, retorna aos seus braços amorosos.

Fonte: Espiritbook por: Ana Maria Teodoro Massuci

“APARIÇÕES QUE PODEM SER VISTAS E TOCADAS! FENÔMENO DE FÁTIMA! ”

352. O que significa agênere?
Trata-se do fenômeno em que um Espírito é visto em aparição pública por transeuntes comuns. Além de poder ser visto, é possível ser tocado por qualquer pessoa presente no local. Diz-se, então, que é uma modalidade de aparição tangível. Não se trata de algo sobrenatural, mas perfeitamente explicável pelo estudo da fenomenologia mediúnica. Kardec define como: o estado de certos espíritos que podem se apresentar e revestir, momentaneamente, com as formas de uma pessoa viva, ao ponto de causar completa ilusão de estarmos interagindo com uma pessoa encarnada como qualquer um de nós. O termo agênere vem do grego, significando "que não foi gerado".
353. Esta aparição poderia ser permanente? Este Espírito poderia manter-se durante toda uma vida terrena como um agênere?
Não. Trata-se de um fenômeno temporário. Sua permanência cessa ao esvair-se o ectoplasma que captou dos médiuns.
354. Agênere não seria o mesmo que materialização de um Espírito?
Designa-se materialização ao fenômeno que ocorre em ambiente controlado, numa sessão mediúnica apropriada, com coordenação definida na dimensão física, além de ser acompanhada por uma equipe de espíritos na dimensão astral. O agênere, ao contrário, não segue esta sistemática organizacional, é um fenômeno que pode ocorrer até em praça pública.
355. Como se processa o fenômeno do agênere?
Há sempre um ou mais médiuns que estão doando ectoplasma, em geral, sem tomar consciência do fato. Este ectoplasma é captado pelo Espírito que reveste seu corpo espiritual, tornando-o visível a qualquer pessoa.
356. Poderia nos citar um fato reconhecidamente público com registro histórico de um agênere?
Sim. É perfeitamente possível citar-se muitos casos. Escolheremos um exemplo clássico, reconhecido inclusive pela Igreja Católica: Santo Antônio de Pádua estava pregando na Itália quando seu pai, em Lisboa, ia ser executado sob a acusação de haver cometido assassinato. No momento da execução, Santo Antônio aparece e demonstra a inocência do acusado. Comprovou-se que, naquele instante, Santo Antônio pregava na Itália, na cidade de Padova (Pádua). O Espírito de um vivo assim como de um "morto", ou seja, que está no mundo espiritual, pode se mostrar com todas as aparências da realidade. Pode adquirir momentânea tangibilidade. Este fenômeno, conhecido como nome de bicorporeidade, foi o que deu origem às histórias de homens duplos, isto é, de indivíduos cuja presença simultânea em dois lugares diferentes, se chegou a comprovar. Há quem denomine de agencie apenas quando o fenômeno ocorre com um Espírito desencarnado e bicorporeidade quando se trata de uma pessoa "viva".
357. Entidades espirituais que se tornam visíveis são Espíritos superiores?
Nem sempre. Não há uma relação direta entre o grau de evolução e a possibilidade de se tornar visível. Tal fato tem ocorrido tanto com Espíritos de grande luminosidade quanto com Espíritos de menor grau de evolução. Os fatores estão mais relacionados ao potencial de doação de ectoplasma dos médiuns, a determinação e força de vontade do Espírito, além de características de densidade do corpo espiritual do desencarnado.
358. A finalidade de uma aparição é sempre construtiva e benéfica, ou seja, traz uma intenção positiva?
Isto dependerá, sempre, da natureza do Espírito. Quando se trata de um ser de luz, em geral, tem a intenção de demonstrar que a morte não existe. Se se tratar de uma Entidade espiritual em desequilíbrio sua aparição traz propósitos desequilibrados, mas só influenciará aqueles que estejam sintonizados na mesma faixa de energia.
359. Como compreender a permissão de Deus, no sentido de que ocorra uma aparição trazendo malefícios?
Há alguns importantes ângulos nessa questão: aparentes malefícios redundam em crescimento, experiência e amadurecimento da consciência. Em muitos casos, entidades malévolas portadoras de má intenção acabam determinando o despertar do interesse para a vida espiritual dos que presenciaram a aparição. Com relação à permissão divina, lembramos que aquele Deus antropomórfico, que atuaria emocionalmente, "permitindo" ou "não permitindo", é uma concepção reducionista e equivocada da Lei Maior do Universo. Para adentrarmos na linguagem da pergunta, diríamos que essa "permissão" está dentro de cada um. Cada um de nós expressa um padrão energético que sintoniza com determinadas influências. Deus, também, está dentro de Nós.
360. As aparições não deveriam ser mais frequentes demonstrando a realidade do mundo espiritual?
Segundo "O Livro dos Médiuns", Kardec pondera que não aconteceria assim. Quando uma pessoa julga estar só, ela age com mais naturalidade e livremente, ao passo que a presença constante e perceptível dos Espíritos dificultaria qualquer iniciativa autêntica. Além disso, perturbaria a muitos, embaraçando seus atos. Outro fator a considerar é que muitos que viram continuam a não acreditar, e outros que nunca viram admitem a existência do mundo espiritual.
361. Em mundos mais adiantados que a Terra, os espíritos são visto mais frequentemente do que em nosso planeta?
Sim, em astros habitados por Entidades espirituais mais evoluídas, seu perispírito é mais sutil, portanto, mais próximo da densidade do mundo astral o que facilita a percepção dos Espíritos em seu corpo astral.
362. Será válido nos assustarmos ao vermos um Espírito?
Ninguém se torna mais perigoso simplesmente por ser um espírito, pelo contrário, quando encarnado sua ação seria mais expressiva, direta e contundente.
363. Pode-se conversar com um Espírito que nos apareça?
Ao invés de tomarmos uma posição pueril de temeridade, é recomendável, conforme nos coloca Kardec em "O Livro dos Médiuns" no Capítulo - Das Manifestações Visuais - estabelecermos uma conversação com o Espírito.
364. Se for recomendável dialogarmos com uma "aparição", qual seria a maneira correta de travarmos uma conversação?
Perguntando ao Espírito quem ele é, o que deseja e em que podemos ajudá-lo, ao se constatar ser um Espírito bondoso, esclarecido e equilibrado, poderá suceder que traga a intenção de dar boas orientações. Ao se constatar que faz pedidos inadequados, trata de questões materiais e superficiais ou mesmo sem um sentido profundo, todos nós deveremos ser capazes de orientá-lo a se aproximar de seres de luz que o conduzirão para postos de socorro na dimensão astral.
365. Se entabularmos uma conversação com uma "aparição" como ela poderá nos responder?
Há Espíritos que nos responderão pela voz articulada, outros pela linguagem do pensamento. Dependerá da quantidade de ectoplasma disponível, da sensibilidade da pessoa que presencia a "aparição" e do nível evolutivo da Entidade.
366. Como explicar que pessoas veem espíritos com asas?
Asas, os Espíritos não as têm, pois se deslocam ou voam sem asas. Podem aparecer com esta forma pelo efeito impressionável que apresentam. Há, neste aspecto, tanto o efeito psicológico ligado às crenças que trazemos de vidas passadas como da nossa infância. Além disso, a intensa vibração que pode existir em torno de seu corpo espiritual pode nos dar a sensação ou ilusão de asas em movimento.
367. Espíritos podem tomar a forma de outros para nos enganar?
Sim, porém, tal fato é mais comum na visão astral, ou seja, nas aparições visuais. Quando se trata do fenômeno agênere, em que a aparição pode ser tocada além de ser vista, o normal é que surja a real forma do corpo astral, revestida de ectoplasma.
368. Há aparições que são visíveis apenas para algumas pessoas ou até exclusivamente para alguém. Os demais, mesmo presentes ao local e momento da aparição, não veem absolutamente nada. Neste caso, não seria um agênere?
De fato, não seria um agênere. Seria uma percepção pela vidência mediúnica. Não houve a participação de ectoplasma pelo menos em quantidade suficiente para se tornar tangível a aparição.
369. Aparições durante o sono são mais comuns? Por quê?
Sim, são mais comuns. Isto sucede porque durante o sono, frequentemente, estamos desdobrados ou desprendidos do corpo biológico, portanto, projetados em corpo astral. Estaríamos, então, situados na mesma dimensão das entidades que vivem no mundo astral.
370. Aparições são mais frequentemente percebidas quando se está doente. Não seria um fenômeno de ordem apenas psicológica ou ilusória?
Embora ilusões existam, e devem sempre ser consideradas, sabemos que, ao adoecermos, é comum entrarmos em contato com a espiritualidade por preces, pedidos de auxílio e outras formas de relacionamento com o mundo espiritual. Se estivermos solicitando, nada mais natural que possamos obter a presença de espíritos. Some-se ao fato de que a pessoa enferma tem desdobramento astral mais facilmente do que quando em plena atividade física e mental.
371. Aparições são mais descritas à noite. Há algum motivo para que ocorram em maior número neste período do dia?
Sempre é prudente salientar que o senso popular reveste as histórias com diversos ingredientes para torná-la mais atraente ou interessante. Aparições à luz do sol atraem menos ao ouvinte que deseja apenas se emocionar com contos, lendas ou esto rias. Segundo pesquisadores sérios, as aparições visuais ocorrem, também, com bastante frequência, durante o dia. Com relação aos agêneres, embora ocorram também durante o dia, há maior facilidade de o fenômeno ocorrer durante a noite por necessidade de ectoplasma que é muito sensível à luz.
372. Por que, em alguns povos, são mais frequentes os relatos de aparições, em contrapartida, em determinadas culturas há inexpressivo relato desse fenômeno?
Na maioria das culturas, a idéia de visões de "almas do outro mundo" equivale a algo proibido, demonstração de ignorância ou até mesmo desequilíbrio emocional. Esta concepção acabou por determinar duas possibilidades de posturas mentais: ou se bloqueia toda percepção atribuindo-as às ilusões de toda ordem ou por temo à exposição ao ridículo, evita-se comentar. Já em certas culturas, não havendo as restrições sociais ou religiosas, os relatos tornam-se mais numerosos, embora muitas vezes revestidos de interpretações equivocadas.
373. Qualquer relato de aparição pode ser real?
Há que se excluírem superstições, fixação psicológica em lendas, ingenuidade, ficção, imaginação fértil ou, simplesmente, invencionices.
374. Os Espíritos que nos aparecem em sonhos quem costumam ser?
De um modo em geral, aqueles que buscamos pelos nossos pensamentos ou pelas nossas atitudes.
375. As aparições durante os sonhos vêm ao nosso encontro?
Nós as atraímos, tanto conscientemente pelo desejo de rever alguém como inconscientemente pelo padrão de energia que irradiamos o qual, por sintonia, atrai espíritos com a mesma frequência de vibração.
376. Quando se veem espíritos, vê-se com os olhos físicos?
Aparentemente sim, mas é importante se compreender que há muitas formas de percepção e muitas maneiras de manifestação da aparição. Um agênere pode ser visto pelos olhos físicos e sua percepção se faz normalmente pelas células da retina física. Na vidência mediúnica, pode-se captar pelo chakra frontal que transmite à Pineal e daí ao sistema nervoso. Em alguns casos, a imagem é percebida pela parede lateral da retina física que possui maior número de células chamadas bastonetes, adaptadas para visão na obscuridade e, por isso, podem captar imagens etéricas e astrais. Há, ainda, outros tipos de percepções visuais que são captadas com os olhos fechados e processadas diretamente no corpo espiritual.
377. Como se explica que algumas pessoas percebem imagens ou Espíritos como que passando ao seu lado e ao se virarem para observar melhor as imagens desaparecem?
O que ocorreu, no exemplo citado, foi o seguinte: a visão lateral facilitou a captação de imagens etéricas e astrais porque o fluxo de luz ao trazer a imagem entrou no globo ocular em direção às células bastonetes da retina; quando a pessoa fez o movimento, girando a cabeça, a imagem deixou de se formar na parede lateral da retina e o fluxo de luz buscou, no fundo do globo ocular, uma região chamada mácula lútea, em cujo centro há a fóvea onde não existem células bastonetes, mas as células "cones".
As células "cones" não captam pouca luz, ou penumbra, nem imagens do astral. Quando ocorrer percebermos um Espírito (na realidade, é o corpo astral do Espírito) com o lado dos olhos, não devemos nos voltar de frente para ele, pois se o fizermos, a "visão" desaparecerá, porque, focalizando-o na fóvea, o colocaremos no feixe de cones que não captarão, pois precisam de mais luz e não são adequados para visão etérica e astral.
378. Quando vemos um Espírito, na realidade, estamos vendo o corpo espiritual ou perispírito do mesmo. Não seria possível enxergar só o Espírito propriamente dito?
No nível evolutivo nosso, somos capazes apenas de visualizar o corpo espiritual, que é por meio do qual a essência espiritual se expressa.
379. Se um Espírito deseja se mostrar, há alguma situação que qualquer pessoa, mesmo não sendo vidente, possa vê-lo?
A maneira mais frequente e fácil seria durante o sono, em sonhos.
380. Pode-se desenvolver a vidência mediúnica?
De um modo geral, recomendamos não estimular a imaginação excessiva. Vidência mediúnica não é algo que se possa adquirir de um momento para outro. Recomendamos os cursos de mediunidade com finalidade de estudo e, sempre, aguardar o desenvolvimento natural. Antes de desenvolver, é necessário educar e orientar as percepções.
381. Qual a forma mais comum de uma aparição?
Sem dúvida, a forma mais comumente observada é aquela que a entidade espiritual possuía quando transitava aqui no chamado "mundo dos vivos", ou seja, a forma com que se apresentava na última encarnação.
382. Qual a causa mais comum que motiva um espírito a aparecer às pessoas?
Simpatia pelos encarnados que deixou no mundo físico. Em outras palavras, saudades...
383. Existem centenas de relatos da aparição de Maria, mãe de Jesus, como Nossa Senhora. Seriam reais todas essas aparições? Poderia comentar este fato?
Em cada localidade ou circunstância específica, há uma explicação diferente. No entanto, poderíamos sintetizar dizendo que, como para os líderes e fiéis católicos não está bem compreendida a manifestação mediúnica dos Espíritos, qualquer visão, aparição ou mesmo manifestação de entidades femininas luminosas, desde que reconhecidas pela Igreja, costumam ser interpretadas como a presença de Maria ou, na linguagem católica, como Nossa Senhora. Dependendo do local, hora e outras circunstâncias passou-se a denominar Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora dos Remédios e assim por diante.
384. Em termos de aparição, como entender o fenômeno de Nossa Senhora Aparecida?
Em quase todas as denominações de "Nossa Senhora", ocorreram reais aparições de Espíritos luminosos. No caso de Nossa Senhora Aparecida, não se percebe claramente este fato. Houve um fragmento de uma estatueta feminina de cor negra, encontrada no leito de um rio recolhido por uma rede, em dia, até aquele momento, infeliz de pesca. Após o recolhimento do pedaço de estatueta, houve uma pesca volumosa seguida de recolhimento em rede de nova parte da estatueta. Em função do sucesso na pesca, considerou-se que a estatueta deveria ser uma imagem de Maria, mãe de Jesus, que teria desejado "aparecer" com aquelas características. Para assombro de muitos, surgiu a denominação "Nossa senhora Aparecida" que passou a ser considerada a padroeira do Brasil.
385. Como se explicam os considerados milagres de Aparecida?
Todo movimento mental, provindo de almas de pessoas sinceras, mobilizando energias em grande volume, determinam sintonia com outras energias de mesma frequência. Ao se criar a egrcgora mental, seres de luz podem ser sintonizados e os mesmos buscam auxiliar aos que solicitam. Portanto, não é um Espírito específico, mas uma grande falange de Espíritos amorosos que se mobilizam para atender, conforme merecimentos e possiblidades, aos fluxos mentais enviados pelos fiéis.386. É possível uma pessoa viva assumir a aparência de um Espírito desencarnado? Melhor explicando, quando olharmos para a face de uma pessoa nós a vermos diferente do que ela é e enxergarmos, no seu rosto, um Espírito?
Sim, é possível. Trata-se do fenômeno da transfiguração, uma variedade de manifestação visual ou aparição. Não se trata de contrações musculares com mudança de expressão facial, mas um aspecto que lembra outra personalidade. Para que tal afirmação não pareça fantasiosa e inverossímil, sugerimos estudar no Livro dos Médiuns o Capítulo VII -"Da Bicorporeidade e da Transfiguração".
387. Poderia, de forma sucinta, nos explicar como ocorre uma transfiguração?
Um Espírito pode dar ao seu perispírito muitas aparências, pois a sua disposição molecular é de grande mobilidade sob a ação mental. Também o perispírito de uma pessoa "viva" irradia-se ao redor do corpo físico com um campo de fluido vital que constitui o Duplo Etérico ou Corpo Etérico. Este se apresenta como uma espécie de vapor. Este Corpo Etérico sob a influência de um espírito desencarnado, que se aproximou, pode moldar, pelo magnetismo de sua presença, essa estrutura "vaporosa" do Duplo Etérico que toma aparência do corpo espiritual da entidade que está se comunicando ou interagindo com o encarnado.
388. As visões de Espíritos só ocorrem em estados psíquicos específicos tais como desdobramento astral, meditação e outros?
De um modo geral, as pessoas que veem se encontram em um estado que lhes faculta a percepção do mundo astral; no entanto, é possível, para algumas pessoas, em estado normal de vigília e plena atividade laboral do dia a dia, perceberem os Espíritos.

FONTE: Acasadoespiritismo / Ricardo di Bernardi

"REENCARNEI SURDO PARA APRENDER A ESCUTAR"

Nas vésperas da reencarnação, sou estimulado a falar de minha falência espiritual.
Instrutores e guardiães recomendam-me destacar a importância do ouvido.
Pedreiro modesto, órfão de mãe desde a meninice, casei por amor, embora contra os planos de meus irmãos, que escolheram noiva diferente para mim. Meu pai ficou ao meu lado apoiando na escolha. Durante seis anos a hostilidade familiar contra minha mulher não diminuiu. Alice, a companheira inexperiente, proporcionou-me 2 filhos queridos, quando se engravidou pela terceira vez. Nessa época, o veneno já me corroía a confiança. Diziam que um amigo nosso de infância seria o responsável pelos supostos deslizes da minha esposa. Os interessados em nossa desunião provocavam falsos testemunhos, bilhetes anônimos e difamações acabaram por arruinar-me.
Discutimos.
Acusei-a, defendeu-se.
Chorou, zombei . . .
E, para fiscalizar-lhe a conduta, transferi-me para a casa de meu pai, ameaçando tomar-lhe as crianças, através do desquite. Para isso, porém, queria provas, tinha fome de confirmações do inexistente.
Meu pai surgia conciliador dizendo:
- Meu filho, paternidade é compromisso perante Deus. Você não tem direito de proceder assim. Onde está a caridade para com a esposa ingênua? Mesmo que ela errasse, constituiria isso motivo para uma sentença de abandono implacável? Há comportamentos ditados por desequilíbrios espirituais que não conhecemos na origem. Pense nas tragédias da obsessão que campeiam no mundo. E os pequeninos? Terão eles a culpa de nossas perturbações? Recorramos a prece, meu filho! A prece nos clareará o caminho.
Eu ficava em silencio, ao ouvir suas advertências, mas, no íntimo, articulava minhas respostas íntimas: "orarei pela boca do revolver", "pobre pai", "bobo de velho com 66 anos", "cabeça tonta", "caduco", "fanático".
E, noite a noite, vigiava, de longe, os movimentos de Alice.
Duas semanas decorreram normais, quando vi o vulto de um homem que saía de nossa casa. Achei que fosse o rival. Guardei segredo e prossegui na tocaia. Mais 4 dias e o mesmo homem chegou de carro, despediu-se do motorista e entrou. Puxei o relógio. 11h:15m, noite quente.
Prevenido, acerquei-me da moradia, que se localizava em subúrbio. Os dois pareciam íntimos à distância, notei que se acomodavam num banco de pedra do pátio lateral. Conversavam sugerindo carinho mútuo. Desvairado, consultei o portão de entrada, verificando-o semi-aberto. Acesso fácil. Com a sagacidade de um felino, avancei, descarregando a arma nos dois. Ouvi gritos, mas ocultei-me na vizinhança, para fugir em seguida, senti-me vingado. Tentando refrigerar a cabeça, procurei descansar algumas horas em praias deserta. Joguei o revólver no esgoto e voltei a casa para saber, amedrontado, que eu não apenas assassinei minha esposa, mas também meu abnegado pai que a socorria. Não acreditei. Corri ao necrotério e, ao reconhecê-los, tornei ao lar, atormentado pelo remorso, e enforquei-me. Exilado por minha própria crueldade, em vales tenebrosos, nunca mais vi os que amo.
Vocês entendem o que sofro? Quantos anos passaram sobre os meus crimes? Não sei. Os que choram sem o controle do tempo não sabem contar as horas. Misericórdia, meu Deus! Dai-me a reencarnação, os obstáculos da Terra, a luta, a provação e o esquecimento, mas ainda que eu padeça humilhação e SURDEZ, durante séculos, permiti Senhor, QUE EU APRENDA A ESCUTAR! . . .
Pelo Espírito: João; do livro Luz no Lar; psicografia de Chico Xavier.
OBSERVAÇÃO: Nem toda surdez é resultado desta mesma história. Cada caso é um caso.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...