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sábado, 18 de novembro de 2017

“VIGILÂNCIA E FIDELIDADE DA ÚLTIMA HORA” ESTEJAMOS ATENTO, A GRANDE TRANSIÇÃO JÁ COMEÇOU”

Filhos, filhas, todos da alma!
Metamorfoseando-se, o materialismo penetra em todos os ramos do conhecimento humano e as religiões não escapam da sua habilidade camaleônica, permitindo-se os métodos perturbadores das necessidades corporais do ser humano no seu processo de evolução.
Indispensável a vigilância para não nos deixarmos engambelar pelas sereias sedutoras nos seus cânticos que fascinam, entorpecem e aniquilam a esperança.
Jesus, não poucas vezes, teve que enfrentar a argúcia do materialismo disfarçado, das manifestações farisaicas que se apresentavam vestidas de traje impecável quais sepulcros de branco caiados, ocultando cadáveres em decomposição.
Allan Kardec, não poucas vezes, viu-se sitiado pelas manobras maniqueístas do Mundo Espiritual inferior através de companheiros da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, sendo, no entanto, fiéis aos postulados do Espírito de Verdade.
Na atualidade, de sofreguidão e de tormento, o ser humano procura uma forma de escapar das provações necessárias ao seu processo evolutivo, e não raro são atraídas essas almas para as propostas equivocadas do deus Mamon, e Mamon deísta que fascina, embriaga os invigilantes e os precipitados.
Indispensável a nossa fidelidade aos postulados espíritas conforme exarados na Codificação. O mundo estertora, não pela primeira vez. Periodicamente, conjugam-se fatores cósmicos que se tornam sociológicos e ético-morais, sacudindo as civilizações e empurrando-as para o aniquilamento, para logo surgir um período de esperança e de paz.
Às vésperas da grande transição planetária já iniciada desde há muito, atingimos o clímax que nos pede sacrifício e honradez. Quantos desertam na hora do testemunho! Quantas almas fragilizadas pela sua constituição emocional e espiritual, atraídas pela doçura do Homem das Bem-Aventuranças, mas que não suportam o ferrete do padecimento humano e optam pela desistência mais uma vez!
Somos alguns deles que retornamos, ouvindo o convite de Jesus para a mansuetude, para a misericórdia, para a auto iluminação e tendo baqueado ontem, encontramo-nos necessitados da redenção, tropeçando nas próprias mazelas, correndo o risco da desistência perigosa. Tenhamos cuidado para que os encantos rápidos do mundo não nos distraiam tanto.
Algo temos que fazer e o Mestre Incomparável pede-nos fidelidade da última hora. A noite desce e a treva não se faz total porque as estrelas do amor brilham no cosmo das reencarnações.
Este é momento grave, filhas e filhos do coração, e vós tendes a oportunidade de O servir como dantes não lograstes.
Tornai-vos fortes ante a debilidade das forças. Sede fiéis diante das facilidades do comportamento. Por mais longa seja a existência física, ela se interrompe e o ser volta à realidade, à Casa Paterna, com os valores que acumulou durante a trajetória física.
Bendireis amanhã as dificuldades de hoje, as noites, quiçá indormidas, de preocupações e de zelo, porque o pastor se preocupa especialmente com as ovelhas que tresmalham e deveis estar atentos  para essas ou para aquelas que são lobos travestidos de cordeiros em nosso meio, ameaçando a estabilidade do rebanho.
Jesus recomendou-nos a vigilância para, depois, a oração. Sede prudentes como as serpentes, sábios como as pombas, parafraseando o Evangelho, e estai vigilantes, porque amigos vossos de ontem, que se encontram conduzindo as leiras do Espiritismo com Jesus abrem as portas imensas da Imortalidade para que as atravesseis em triunfo e em glória.
Bendizei, portanto, as dificuldades que também experimentamos quando estávamos na indumentária carnal. Ninguém em caráter de exceção. Quantas vezes choramos convosco, abraçando-vos e dizendo-vos: Bom ânimo, crede e perseverai, recordando-nos de Paulo, sob as ruínas da acrópole antiga em Atenas, renovada, ouvindo as vozes espirituais depois do insucesso da sua pregação aos gregos que ele tanto amava. E ele soube esperar, trabalhar, insistir e amar, fazendo que depois Atenas recebesse o divino pábulo do Evangelho e o legado sublime de Jesus.
Estamos em uma nova Atenas, que teima em não nos aceitar, em substituir Jesus pela tradição dos velhos deuses de Dionísio a Momo, de Baco às expressões mais vis do humano comportamento.
O triunfo, sem dúvida, é de Jesus. Ide e pregai com o exemplo, vivendo o Evangelho a qualquer preço, não conforme as teologias, mas de acordo com a ética moral de que se utilizou Allan Kardec para perpetuar esse modelo e guia da Humanidade que nos conduz!
Ide, amados! Antes, servos e, agora, irmãos do Mestre em triunfo, na Era de Luz que se iniciará em madrugada próxima, logo seja terminada a noite de trevas.
Mantende-vos em paz e amai, ajudando-vos uns aos outros nas suas debilidades e fraquezas, pois que são eles que precisam do vosso auxílio para também atingirem a meta.
O Senhor da Vida irá conosco.
Muita Paz, filhos do coração e filhas da ternura!
São os votos dos espíritos-espíritas, por intermédio do servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra de Menezes
Psicofonia de Divaldo Pereira Franco, no encerramento da Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional, em Brasília, em 12 de novembro de 2017.

www.divaldofranco.com.br/


                                

“SENSAÇÕES DE FRIO RELATADAS POR UM MÉDIUM DURANTE COMUNICAÇÃO COM UM ESPIRITO.”

Em nossa reunião mediúnica, há um mês ou dois, estávamos em uma sala muito quente e abafada. O ventilador não conseguia, senão circular ar quente entre os membros, quando terminamos a parte de estudos e iniciamos as comunicações com os espíritos. Em pouco tempo, três comunicações simultâneas deram início.
Uma das comunicações despertou o tema deste texto. A médium começou a sentir frio, e o espírito relatou um acidente em um local muito frio, que provocou sua desencarnação. Como a médium pode sentir frio em um local tão quente? Se o espírito comunicante não está mais encarnado e também não se encontra no local em que desencarnou, por que relata sentir frio?
Nas pessoas encarnadas as sensações são frutos dos órgãos dos sentidos. Os olhos são uma espécie de transdutores de luz, que transformam as ondas luminosas de certa faixa de frequências em impulsos nervosos. Os ouvidos fazem o mesmo com ondas sonoras. Paladar e olfato transformam os sabores e odores; o tato transforma sensações de frio/calor, pressões sobre o corpo e movimentos. O sistema nervoso leva os impulsos ao cérebro. A teoria espírita entende que, no caso dos encarnados, estes impulsos são processados pelo Espírito, através do perispírito.
Os espíritos desencarnados não têm tato, porque se encontram desligados do seu organismo. Como podem sentir frio? Após conversar com diversos espíritos, Kardec concluiu que os relatos de sensações por espíritos são recordações, memórias (questões 256 e 257 de O Livro dos Espíritos), empregadas para descrever o estado em que se encontra. O fundador do espiritismo usa a expressão latina sensorium commune para deixar claro que não há no perispírito o equivalente aos sensores da derme ou da audição e que o Espírito sente como um todo. Em outras palavras, a consciência é uma faculdade espiritual, e não perispiritual. O Espírito desencarnado, contudo, ainda tem o registro das sensações que anteriormente eram recebidas do organismo, podendo trazê-las à consciência como evocamos uma recordação de infância.
Por que então, Espírito comunicante, e, por consequência, a médium, relatavam sentir frio? Por que o Espírito acreditava estar ainda em meio à neve. Ele não era capaz de perceber que se comunicava através de uma médium que estava em uma sala quente, porque se sentia ainda confuso após a desencarnação. O frio que a médium sentia é, portanto, uma percepção profunda da consciência um pouco perturbada do espírito comunicante.
Em situações como esta, dar a notícia da desencarnação é menos importante que dialogar com o comunicante. Ao nos relatar suas vivências, sentimentos e sensações, ele vai aos poucos organizando sua experiência e assenhorando-se dela. Ele pode passar de um estado de confusão, a um estado em que é capaz de se comunicar com outros espíritos em melhor estado, capazes de auxiliá-lo.
Autor: Jáder Sampaio
Fonte: Mensagem Espiritas

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“OS ESPÍRITOS PODEM FICAR VISÍVEIS SEMPRE QUE QUISEREM? ”

Será que os espíritos podem aparecer visualmente para quem quiser, a hora que quiserem? Será que existe algum mecanismo de controle das aparições? A Codificação Espírita nos ensina, respondendo estas perguntas:
Quando analisamos o O Livro dos Médiuns, do codificador Allan Kardec, mais precisamente no capítulo VI, no que se refere às manifestações visuais, de cara, respondemos:
– Não! Eles não podem sempre que querem.
– Não! Mesmo se nós quiséssemos, eles não poderiam.
 Além disso podemos ir bem mais a fundo, onde o codificador nos mostra explicações sobre a negativa:
– Mas por que não?
Para um espírito se tornar visível ele precisa manipular e combinar diferentes fluidos quem contém no meio;
Nem sempre os fluidos que o médium exala são compatíveis com os de um determinado espírito, por isso pode ser que não consiga se tornar visível;
Pode ser que o espírito comunicante não tenha a permissão divina para se tornar visível;
As vezes a pessoa encarnada não tem capacidades (mediunidade forte/ostensiva) o suficiente para receber uma comunicação visual dos espíritos;
Quem não possui esta “mediunidade ostensiva”, aquela que é feita para o trabalho mediúnico, também tem a capacidade de vê-los, mas não no estado de vigília (acordado, alerta), mas sim durante o sono, pois o espírito do encarnado está mais desprendido do corpo, tornando-o mais sensível, onde tal fenomenologia acontece através dos sonhos.
Enfim, muitos são os fatores que podem determinar se o espírito pode ou não se tornar visível.
O Livro dos Médiuns, cap 6, itens 104-106.

Fonte: O estudante Espirita 
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“QUANDO É QUE UM ESPÍRITO PRIMITIVO EVOLUI PARA A FASE HUMANA? ”

No livro intitulado Aruanda, psicografado pelo médium Robson Pinheiro, o espírito de Ângelo Inácio havia recebido instruções valiosas sobre a vida dos espíritos elementais e suas diversas funções, mas algo ainda parecia-lhe deixar com uma pulga atrás da orelha.
A dúvida se refletia ao devido momento em que o espírito de uma espécie mais primitiva evoluiria para a fase humana e onde estaria a espécie em comum, que daria a forma humana. Estamos falando do Elo Perdido.
Para resolver esta dúvida, o espírito de Wallace respondia prontamente à Ângelo, no seguinte trecho da obra.
Fiquei muito comovido e impressionado com os ensinamentos de Pai João de a respeito dos seres da natureza. Confesso que, a partir de então, passei a enxergar o mundo, a natureza e a vida com mais profundidade. Envolto no manto de carne, quando na Terra, costumamos achar que tudo aquilo que desafia nossos conhecimentos é lenda.
E mais ou menos como se nos pautássemos pela seguinte lógica: “Se não conheço ou não me é acessível neste instante, é porque não existe”. E isso ocorre inclusive com aqueles que já despertaram para as realidades do espírito. Não desconfiamos que as chamadas lendas encobrem verdades muitas vezes desconcertantes.
Em meio à vida física, às experiências cotidianas do ser humano, enxameiam seres vivos, atuantes e conscientes. O universo todo está repleto de vida, e todos os seres colaboram para o equilíbrio do mundo. A surpresa com a revelação dessa realidade apenas exprime nossa profunda ignorância quanto aos “mistérios” da criação.
As questões relativas aos seres elementais levantam, ainda, novo questionamento. Os elementais — sejam gnomos, duendes, salamandras ou quaisquer outros — são seres que advêm de um longo processo evolutivo e que, segundo afirmara Pai João, estagiaram no reino animal em sua fase imediatamente anterior de desenvolvimento.
Portanto, devem ter uma espécie de consciência fragmentária. Onde e em que momento está o elo de ligação desses seres com a humanidade? Quer dizer, em que etapa da cadeia cósmica de evolução esses seres se humanizarão e passarão a ser espíritos, dotados de razão?
Meus pensamentos vagavam por esses intricados caminhos do raciocínio, quando Wallace, aproximando-se de mim, interferiu:
— Como você sabe, Ângelo, até hoje os cientistas da Terra procuram o chamado “elo perdido”. Estão atrás de provas concretas, materiais da união entre o animal e o ser humano e buscam localizar o exato momento em que isso teria ocorrido. Em vão. Os espíritos da natureza, seres que concluíram seu processo evolutivo nos reinos interiores à espécie humana, vivem na fase de transição que denominamos elemental.  Entretanto, o processo de humanização, ou, mais precisamente, o instante sideral em que adquirem a luz da razão e passam a ser espíritos humanos, apenas o Cristo conhece. Jesus, como representante máximo do Pai no âmbito do planeta Terra, é o único que possui a ciência e o poder de conceder a esses seres a luz da razão.  E isso não se passa na Terra, mas em mundos especiais, preparados para esse tipo de transição. O próprio Kardec, que pude estudar ainda quando encarnado, aborda a existência desses mundos nos ditados de O LIVRO DOS ESPÍRITOS.
— É verdade! — observei com admiração. — Recordo-me desse trecho, porém não havia feito a conexão daquele ponto com os elementais.
— Quando soar a hora certa no calendário da eternidade, esses seres serão conduzidos aos mundos de transição, adormecidos e, sob a interferência direta do Cristo, acordarão em sua presença, possuidores da chama eterna da razão. A partir de então, encaminhados aos mundos primitivos, vivenciarão suas primeiras encarnações junto às humanidades desses orbes. Esse é o motivo que ocasiona o fracasso da busca dos cientistas: procuram, na Terra, o elo de ligação, o elo perdido entre o mundo animal e o humano. Não o encontrarão jamais. As evidências não estão no planeta Terra, mas pertencem exclusivamente ao plano cósmico, administrado pelo Cristo.
Consegui esboçar apenas um sorriso desconcertado enquanto Wallace deu a explicação. Não poderia falar nada. O plano da criação é verdadeiramente grandioso, e a compreensão desses aspectos desperta em nós uma reverência profunda ao autor da vida.
Aruanda. Robson Pinheiro, ditado pelo espírito Ângelo Inácio. Casa dos Espíritos Editora, 1ª ed. 2004.
Fonte: O Estudante Espirita

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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

“COMO É O CASAMENTO ESPIRITA? ”

Não existe casamento espírita.
– Oh!, que frustação!, dirá a noiva romântica.
Você poderá alegar: – Mas eu já presenciei casamento espírita. Um casal de amigos espíritas se casou numa cerimônia diferente. Um diretor do centro espírita fez uma prece lindíssima, por sinal.
Vamos entender bem as coisas. Nenhum centro espírita ou sociedade verdadeiramente espírita (que segue os postulados da Doutrina Espírita) realiza casamentos, pois no Espiritismo não existem sacramentos, rituais, dogmas ou mesmo cerimônias.
No entanto, como o casamento no civil quase sempre é seguido de uma festa onde se encontram familiares e amigos, alguns casais espíritas aproveitam a ocasião para fazer uma prece, por exemplo, a fim de que selar esse importante momento para ambos juntos de pessoas queridas.
Nesse caso, podemos dizer que existe apenas o casamento civil, mas não uma cerimônia espírita.
Porque o verdadeiro casamento é de alma para alma e não depende de formalidade alguma.
Há pessoas muito felizes unidas há décadas que nunca se casaram formalmente nem sequer no civil. Depende da escolha daqueles que se unem.
Fique claro: isso sempre dependerá da vontade dos futuros cônjuges. A Doutrina Espírita não impõe nada, não proíbe nada.
O que poderá ocorrer é mais ou menos o seguinte (mas não vamos dar o nome de casamento espírita, certo?):
No local escolhido para realizar a cerimônia civil, uma prece poderá ser feita por um familiar dos noivos (não é preciso convidar um diretor de centro, um orador espírita, um médium etc.), até porque sabemos que muitos amigos espirituais também estarão presentes.
O casamento poderá ser simples, sem exageros, excessos e desperdícios. Deve haver intensa participação espiritual dos noivos, dos familiares e convidados, assim como há dos amigos desencarnados.
Os noivos espíritas devem saber como se casar perante a sociedade e a espiritualidade, respeitando as convicções dos familiares “não espíritas”, mas procurando fazer prevalecer as suas. Afinal de contas, é você que está se casando.
Mas, antes de terminar, digo o seguinte: faça do seu jeito, o casamento é seu. Seja feliz!
Se você quiser usar roupa de noiva, plumas e paetês, aproveite!
Só não poderá dizer que seu casamento foi espírita, certo?
Vejamos como foi o casamento de Mário e Antonina, que se encontra no livro Entre Terra e o Céu, narrado por André Luiz e psicografado por Chico Xavier:
“Mário e a viúva esperavam efetuar o matrimônio em breves dias. Visitamos o futuro casal, diversas vezes, antes do enlace que todos nós aguardávamos, contentes.
“Amaro e Zulmira, reconhecidos aos gestos de amizade e carinho que recebiam constantemente dos noivos, ofereceram o lar para a cerimônia que, no dia marcado, se realizou com o ato civil, na mais acentuada simplicidade.
“Muitos companheiros de nosso plano acorreram à residência do ferroviário, inclusive as freiras desencarnadas que consagravam ao enfermeiro particular estima. A casa de Zulmira, enfeitada de rosas, regurgitava de gente amiga.
“A felicidade transparecia de todos os semblantes. À noite, na casinha singela de Antonina, reuniram-se quase todos os convidados novamente.
“Os recém-casados queriam orar, em companhia dos laços afetivos, agradecendo ao Senhor a ventura daquele dia inolvidável. O telheiro humilde jazia repleto de entidades afetuosas e iluminadas, inspirando entusiasmo e esperança, júbilo e paz. Quem pudesse ver o pequeno lar, em toda a sua expressão de espiritualidade superior, afirmaria estar contemplando um risonho pombal de alegria e de luz.
“Na salinha estreita e lotada, um velho tio da noiva levantou-se e dispôs-se à oração. Clarêncio abeirou-se dele e afagou-lhe a cabeça que os anos haviam encanecido, e seus engelhados lábios, no abençoado calor da inspiração com que o nosso orientador lhe envolvia a alma, pronunciaram comovente rogativa a Jesus, suplicando-lhe que os auxiliasse a todos na obediência aos seus divinos desígnios.”
Então, o espírita, que estuda e busca entender a doutrina dos espíritos, sabe que a orientação é começarmos a nos desvencilhar da materialidade. O empenho maior não deve ser com a cerimônia, mas sim com os compromissos conjugais do dia-a-dia, o respeito com o cônjuge, a atenção, a amizade, as demonstrações de amor, a responsabilidade de ambos com a educação dos filhos que Deus os confiar.
Quando entendermos que Deus abençoa toda união, com ou sem cerimônia religiosa, nossa preocupação será convidar Jesus para viver em nosso lar.
Fonte: Agenda Espirita. Por:  Fernando Rossit
Nota do autor:
– O Livro dos Espíritos, Allan Kardec; e
– Entre a Terra e o Céu, Chico Xavier/André Luiz.

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“ONDE ESTÃO OS TEUS MORTOS? ”

“O coração não pode errar. A carne é um sonho; ela se dissipa.
Se esse desaparecimento fosse o fim do homem, tiraria à nossa existência toda sanção.
Não nos contentamos com esta fumaça que é a matéria; precisamos de uma certeza.
Quem quer que ame, sabe e sente que nenhum dos pontos de apoio do homem está na Terra.
Amar é viver além da vida. Sem essa fé, nenhum dom perfeito do coração seria possível;
amar, que é o objetivo do homem, seria o seu suplício.
O paraíso seria o inferno. Não! digamos bem alto, a criatura amante exige a criatura imortal.
O coração necessita da alma. (Victor Hugo)
Para que nos lembremos uns dos outros,
Bastam as nossas dores como são,
Uma pequena cruz, um nome e a relva verde e mansa,
Que nos falem de paz e de esperança
Na saudade sem fim do coração.
(Maria Dolores,  1)
A crença da morte como o fim de toda existência é um delírio criado pela condição dos vivos encerrados na carne, com suas limitadíssimas capacidades sensoriais. Não se deve senão culpar a essa limitação material toda dificuldade presente em apreciar verdadeiramente a vida futura. Essa restrição é necessária para que a experiência do Espírito imortal se restrinja temporariamente àquela determinada pelos sentidos do corpo limitado. É um delírio quase que perpétuo na mente dos que ficam, para sempre destinados ao fim porque seus corpos não permitem ver mais além.
Ainda assim, nossos antepassados em todos os tempo intuíram a continuidade da vida além da morte. A prova disso está na presença da religião, desde os tempos mais primitivos, como uma forma de se cultuar os mortos. O culto aos "antepassados e aos mortos" esteve na origem de todas as crenças antigas (2). Mas, desde uma perspectiva antropológica moderna, incapaz de perceber essa realidade e desprezando as evidências do Espiritismo - que está na origem de todas as religiões - a crença na vida maior é uma resposta meramente psicológica do homem à ameaça representada pela morte do rompimento de seus laços terrenos, suas amizades, sua família, sua segurança doméstica e social. A única realidade estaria no niilismo e no materialismo. Como colocou o sociólogo Zygmund Bauman (1925-2017), "as sociedades (modernas) existem para esconder de seus integrantes o fato real da morte como o fim da vida. Pois se as pessoas percebessem que vida não tem sentido, perderiam toda esperança e abandonariam definitivamente a vida que têm (3)". Felizmente, isso não acontece de forma generalizada - embora represente a força principal que motiva os que tentam o suicídio todos os dias - porque a grande maioria das pessoas traz inconscientemente uma noção ainda que precária da vida maior, renovada todos os dias durante o sono.
Adquire relevância incomparável assim todos os esforços de pesquisa passados e presentes para demonstrar a comunicação dos espíritos, a ampliação dos sentidos humanos libertos dos laços materiais e as provas da imortalidade. Elas representam a única saída para a mente racional quando confrontada com a morte e seu fim aparente. Não foi por mera coincidência que a fenomenologia espírita se desenvolveu a partir de 1850, numa época marcada como o apogeu do materialismo. Esse desenvolvimento foi a resposta da providência ao espírito questionador do tempo moderno que zombava da religiões desgastadas pelos excessos de crenças inúteis e contrárias à razão. É como se uma resposta fosse dada aos que acreditavam Deus estar morto, confirmando a precariedade das religiões instituídas - sim porque a alma sobrevive, mas não está condenada eternamente - e ao mesmo tempo reafirmasse a razão última de todos os credos, a existência de um Deus como causa primária de todas as coisas e uma vida real além daquela experimentada pelos sentidos restritos do corpo.
A morte encerra a verdadeira vida em si como um dos seus mais bem guardados mistérios. Os teus mortos estão vivos. Se hoje deles guardamos alguma lembrança, incapazes ainda de entrar em comunicação direta com os nossos mortos, guardamos igualmente a certeza que nos reuniremos inexoravelmente a eles um dia. Por hora apenas a certeza intelectual e intuitiva da sobrevivência, pontuada por inúmeras revelações e evidências constantemente desprezadas pela cultura do momento. Amanhã a certeza final pela prova definitiva dos sentidos do espírito imortal em sua caminhada sem fim.
Referências
1 - M. Dolores, Conversa no Campo Santo, "Dádivas de Amor", psicografia F. C. Xavier.
2 - R. A Segal (Ed.)(2006). The Blackwell companion to the study of Religion. Blackwell Publishing. Nessa referência, pode-se ler (p. 7):
De acordo com Spencer, a religião surgiu da observação que, nos sonhos, o eu deixa o corpo. A personalidade humana tem portanto aspecto dual e, depois da morte, o espírito ou alma continua a aparecer para os descendentes ainda vivos através dos sonhos. Fantasmas de ancestrais remotos ou personalidades famosas eventualmente adquiriram status de deuses.
Tal era a crença entre os primeiros antropologistas. A situação mudou consideravelmente depois, entretanto.
3 - Citado em (2), p.236
Na Era do Espírito

Fonte: ESPIRIT BOOK
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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

”O BATISMO NA VISÃO ESPIRITA”

Batismo - do grego bapto e baptismos significa ablução, imersão, banho. É o nome que designa os ritos de iniciação em diferentes religiões e crenças. O ritual do batismo era uma prática muito difundida na Palestina. Provinha dos antigos mistérios da Grécia, do Egito, dos Essênios etc.
João Batista nada mais fazia do que usar esta prática para ajudar as pessoas a se modificarem. Usava a água em adultos, certo de que estes teriam compreensão para o arrependimento. Esse ato folclórico, simples e puro, foi transformado no culto cristão num processo mágico de purificação da alma, destinado a lavar a mancha do pecado original de Adão e Eva impregnada nas almas das crianças recém-nascidas.
Esse rito de imersão praticado por João Batista é um símbolo de purificação e de renovação. Era conhecido nos meios essênios, mas também em outras religiões (que o associam aos ritos de passagem, especialmente aos de nascimento e morte) além do judaísmo e suas seitas.
2. O TEXTO EVANGÉLICO
João Batista dá testemunho de Cristo. Ele diz: "Eu vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo". (Mateus, 3, 11.)
3. O BATISMO DE FOGO E DO ESPÍRITO SANTO
O batismo de fogo, pelo qual Jesus se mostrava ansioso, não era outra coisa senão a luta que os belos e nobres ideais do cristianismo precisou enfrentar, e continua enfrentando, para que os privilégios, a tirania e o fanatismo venham a desaparecer da face da Terra, cedendo lugar a uma ordem social fundada na justiça, na liberdade e na concórdia.
O batismo do Espírito Santo é a assistência, a inspiração dos Espíritos purificados, concedidos pelo Cristo, em nome do Senhor, aos homens, que então as recebem mediunicamente e mesmo se comunicam com aqueles Espíritos nas condições e na proporção dos tipos de mediunidade que lhe são outorgados. 
Os discípulos receberam o batismo do Espírito Santo no dia de Pentecostes, no Cenáculo de Jerusalém, onde, segundo os Atos dos Apóstolos, pela primeira vez, se registrou esse grandioso fato da história do Cristianismo, em que houve derrame do Espírito  na forma de línguas de fogo sobre os Apóstolos.
4. CONSIDERAÇÕES DO ESPÍRITO EMMANUEL
Pergunta 298 do livro O Consolador - Considerando que as religiões invocam o Evangelho de Mateus para justificar a necessidade do batismo em seus característicos cerimoniais, como deverá proceder o espiritista em face desse assunto?
"Os espiritistas sinceros, na sagrada missão de paternidade, devem compreender que ao batismo, aludido no Evangelho, é o da invocação das bênçãos divinas para quantos a eles se reúnem no instituto santificado da família.
Longe de quaisquer cerimônias de natureza religiosa, que possam significar uma continuação dos fetichismos da Igreja Romana, que se aproveitou do símbolo evangélico para a chamada venda dos sacramentos, o espiritista deve entender o batismo como o apelo do seu coração ao Pai de Misericórdia, para que os seus esforços sejam santificados no instituto familiar, compreendendo, além do mais, que esse ato de amor e de compromisso divino deve ser continuado por toda a vida, na renúncia e no sacrifício, em favor da perfeita cristianização dos filhos, no apostolado do trabalho e da dedicação".
Fonte: ESPIRITISMO E RAZÃO-   Por:-RENATO MAYRINK
espiritismoerazao.blogspot.com/

"MEDIUNIDADE", FACULDADE NATURAL, SURGE NA ÉPOCA APROPRIADA, DEFINIDA NO PLANEJAMENTO REENCARNATÓRIO”

Natural, aparece espontaneamente, mediante constrição segura, na qual os desencarnados de tal ou qual estágio evolutivo convocam à necessária observância de suas leis, conduzindo o instrumento mediúnico a precioso labor por cujos serviços adquire vasto patrimônio de equilíbrio e iluminação, resgatando, simultaneamente, os compromissos negativos a que se encontre enleado desde vidas anteriores.
Outras vezes surge como impositivo provacional mediante o qual é possível mais ampla libertação do próprio médium, que, em dilatando o exercício da nobilitação a que se dedica, granjeia consideração e títulos de benemerência que lhe conferem paz.
Sem dúvida, poderoso instrumento pode converter-se em lamentável fator de perturbação, tendo em vista o nível espiritual e moral daquele que se encontra investido de tal recurso.
A eclosão mediúnica pode, então, ocorrer sob duas formas:
Espontânea – não gerando maiores desconfortos, quer físicos quer emocionais, ao médium iniciante;
Provacional – o médium apresenta descompassos emocionais que atingem a sua organização física. Podem ocorrer perturbações espirituais.
Essa última é a forma mais comum do surgimento da mediunidade no estado evolutivo em que ainda nos encontramos.
O surgimento da faculdade mediúnica não depende de lugar, idade, condição social ou sexo. Pode surgir na infância, adolescência ou juventude, na idade madura ou na velhice.
Pode revelar-se no Centro Espírita, em casa, em templos de quaisquer denominações religiosas, no materialista. Os sinais ou sintomas que anunciam a mediunidade variam ao infinito.
Reações emocionais insólitas, sensação de enfermidade, só aparente, calafrios e mal-estar, irritações estranhas.
Quando ao aparecimento da mediunidade, surgem distúrbios vários, sejam na área orgânica, através de desequilíbrios e doenças, ou mediante inquietações emocionais e psiquiátricas, por ansiedade da sua (do médium) constituição fisiopsicológica.
Não é a mediunidade que gera o distúrbio no organismo, mas a ação fluídica dos Espíritos que favorece a distonia ou não, de acordo com a qualidade de que esta se reveste.
Por outro lado, quando a ação espiritual é salutar, uma aura de paz e de bem-estar envolve o medianeiro, auxiliando-o na preservação das forças que o nutrem e sustentam durante a existência física.
Ao analisar as condições de surgimento da mediunidade no ser humano, podemos afirmar que ela aparece e se desenvolve de forma cíclica, ou seja, processa-se por etapas sucessivas, em forma de espiral.
As crianças a possuem, por assim dizer, à flor da pele, mas resguardadas pela influência benéfica e controladora dos Espíritos protetores, que as religiões chamam de anjos da guarda, nessa fase infantil as manifestações mediúnica são mais de caráter anímicos; a criança projeta a sua alma nas coisas e nos serem que a rodeiam, recebe as intuições orientadoras dos seus protetores, às vezes vê e denuncia a presença de Espíritos e não raro transmite avisos e recados dos Espíritos aos familiares, de maneira positiva e direta ou de maneira simbólica e indireta. Independente da persistência do fenômeno mediúnico, a criança deve ser encaminhada à Evangelização Espírita, para ser auxiliada mais efetivamente.
Com o crescimento, a criança vai-se desligando cada vez mais do mundo espiritual, passando a se envolver com as ocorrências do plano físico e, em consequência, as manifestações mediúnicas vão-se escasseando. Fecha-se o primeiro ciclo mediúnico. Considera-se então que a criança não tem mediunidade, a fase anterior é levada à conta da imaginação e da fabulação infantis.
É geralmente na adolescência, a partir dos doze ou treze anos, que se inicia o segundo ciclo. No primeiro ciclo só se deve intervir no processo mediúnico com preces e passes, para abrandar as excitações naturais da criança, quase sempre carregadas de reminiscências estranhas do passado carnal ou espiritual. Na adolescência o seu corpo já amadureceu o suficiente para que as manifestações mediúnicas se tornem mais intensas e positivas. É tempo de encaminhá-la com informações mais precisas sobre o problema mediúnico. O passe, a prece, as reuniões de estudo doutrinário são meios de auxiliar o processo (da eclosão da mediunidade), sem forçá-la, dando-lhe orientação necessária.
O terceiro ciclo ocorre geralmente na passagem da adolescência para a juventude, entre os dezoito e vinte e cinco anos. É tempo, nessa fase, dos estudos sérios do Espiritismo e da Mediunidade, bem como da prática mediúnica livre, nos centros e grupos espíritas.
Há ainda o quarto ciclo, correspondente a mediunidade que só aparecem após a maturidade, na velhice ou na sua aproximação. Trata-se de manifestações que se tornam possíveis devido às condições da idade: enfraquecimento físico, permitindo mais fácil expansão das energias perispiríticas; maior introversão da mente, com a diminuição de atividades da vida prática, estado de apatia neuropsíquica, provocado pelas mudanças orgânicas do envelhecimento. Esse tipo de mediunidade tardia tem pouca duração, constituindo uma espécie de preparação mediúnica para a morte. Restringe-se a fenômenos de vidência, comunicação oral, intuição, percepção extra-sensorial e psicografia.
É muito comum, nos momentos próximos à desencarnação, a ampliação das faculdades mediúnicas, sobretudo pela percepção de entidades espirituais. Podem ser momentos de grande beleza e alegria, se o Espírito cultivou o bem, ao longo da encarnação. Pode, no entanto, representar sofrimento para a criatura que não soube conquistar valores positivos, durante a experiência terrestre.
O momento da eclosão da faculdade mediúnica no Espírito encarnado é de fundamental importância, uma vez que essa faculdade poderá proporcionar benefícios ao próprio encarnado e ao próximo, se bem orientada e amparada fraternalmente.
Deve-se considerar, no entanto, que nem sempre a pessoa é convenientemente assistida logo que desabrocham suas faculdades mediúnicas; seja por ignorância a respeito do assunto, o que é mais comum, seja por desinteresse ou desatenção dos familiares ou dos amigos. O certo é que, no inicio do seu desenvolvimento, os médiuns enfrentam muitos conflitos.
Às vezes, não têm o menor esclarecimento da doutrina e nunca sequer transpuseram as portas de um Centro Espírita. Depois de tentarem solucionar os seus problemas pelos métodos convencionais (médicos, psicólogos) eis que recorrem, em última instância, ao Espiritismo.
Quando acontece assim, esses irmãos chegam completamente desnorteados à Casa Espírita, ainda sob o guante dos preconceitos religiosos que alimentaram por muito tempo.
Devidamente orientados para um tratamento espiritual através de passes e reuniões de estudos evangélicos, revelam-se incrédulos, exigindo que o Espiritismo lhes resolva as dificuldades de um instante para outro! Perguntam por um Centro que seja mais forte... Dizem não acreditar na influência dos Espíritos... Afirmam que não querem ser médiuns...
É natural que seja assim, porque se encontram em desequilíbrio psicológico. O dirigente espírita, ou aquele a quem couber a tarefa, necessita ter paciência e conquistar-lhe a confiança. Em outras ocasiões, os médiuns iniciantes por revelarem-se fascinados pelo entusiasmo excessivo, diante do impacto das revelações espirituais que os visitam de jato, solicitam o entendimento e o apoio dos irmãos experimentados, para que não se percam, através de engodos brilhantes.
As Casa Espíritas oferecem campo para estudo e educação da mediunidade a todos aqueles que desejam servir na seara do Cristo nessa área. Auxiliar o médium na tarefa de desenvolver a sua faculdade mediúnica em benefício do próximo e de si mesmo não é tarefa fácil. Exige do dirigente espírita não apenas devotamento a esse gênero de atividade, mas lucidez mental para auxiliar, com bondade e paciência, principalmente a criatura que apresenta mediunidade que eclodiu em bases provacionais.
Devem compreender os dirigentes espíritas, sobretudo, que, no início da mediunidade, os médiuns topam com o escolho de terem de haver-se com Espíritos inferiores e devem dar-se por felizes quando são apenas Espíritos levianos. Toda atenção precisam pôr em que tais Espíritos não assumam predomínio, porquanto, em acontecendo isso, nem sempre lhes será fácil desembaraçar-se deles. É ponto esse de tal modo capital, sobretudo em começo, que, não sendo tomadas às precauções necessárias, podem perder-se os frutos das mais belas faculdades.
É fundamental que os orientadores espíritas, empenhados no trabalho de estudo e educação mediúnica, tenham consciência do que representa essa prática para saber auxiliar acertadamente. O orientador espírita necessita conhecer com segurança a Doutrina Espírita e as sutilezas da prática mediúnica; deve ser alguém que busca vivenciar os ensinos evangélicos, para poder transmitir ao médium iniciante respostas esclarecedoras às dúvidas e conforto moral às suas alterações emocionais ou efetivas.
A criatura, cuja faculdade mediúnica eclodiu, e que se dispõe a iniciar o seu exercício, deve ter consciência da importância e da significação dessa faculdade. Por isso mesmo, os amigos desencarnados, sempre que responsáveis e conscientes dos próprios deveres diante das Leis Divinas, estarão entre os homens exortando-os à bondade e ao serviço, ao estudo e ao discernimento, porquanto a força mediúnica, em verdade, não ajuda e nem edifica quando esteja distante da caridade e ausente da educação.
Ana Maria Teodoro Massuci

Fonte. ESPIRIT BOOK
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“PODEMOS ACESSAR INFORMAÇÕES DE OUTRAS ENCARNAÇÕES? ”

É possível acessarmos experiências de outras encarnações?
A reação psicológica chamada déjà vu demonstra que sim. O termo é uma expressão da língua francesa que significa “já visto”. Freud explica o déjà vu como produto de fantasias inconscientes, quando algo inconsciente emerge à consciência, provocando uma sensação de “estranheza”.
Cerca de 60% das pessoas dizem que já tiveram esta sensação e as ocorrências são mais frequentes entre pessoas de 15 a 25 anos de idade. Saiba mais sobre.
Aparentemente sem explicação e extremamente repentino, o déjà vu pode ocorrer quando conhecemos pessoas novas e visitamos locais ou cidades que nunca estivemos antes.
As expressões são, na grande maioria dos casos, as mesmas: “Estou com a impressão que te conheço de algum lugar…”, “Acho que já estive aqui antes…”, “Este lugar não me é estranho…”
Neste momento surge uma espécie de “acesso espiritual” que admite o contato às energias adormecidas pelo esquecimento das vivências anteriores.
Como a Doutrina Espírita explica o déjà vu?
Conhecendo os princípios da Doutrina codificada por Allan Kardec entendemos que reencarnamos diversas vezes, passando por muitas experiências que, em algumas vezes, podem ser acessadas. Desta forma, ocorre o déjà vu.
Sabe aquela pessoa que você acabou de conhecer e parece que já conhece há anos? Sim, você pode já conhecê-la (até mesmo há séculos)! Sabe aquele lugar que você pensou já ter passado, sem nunca ter estado antes? Você pode já ter visitado em outra existência!
No capítulo VIII de O Livro dos Espíritos Kardec pergunta a espiritualidade se duas pessoas que se conhecem podem se visitar durante o sono. A resposta mostra uma das relações com o déjà vu:
“Sim, e muitas outras que creem não se conhecerem, se reúnem e conversam. Podes ter, sem disso suspeitar, amigos em outro país. O fato de ir ver, durante o sono, os amigos, os parentes, os conhecidos, as pessoas que vos podem ser úteis, é tão frequente que o fazeis quase todas as noites”.
Se nós fazemos isso durante a noite, imagina quantos reencontros temos durante o nosso dia a dia, que muitas vezes nem percebemos?
Vamos ficar atentos com estas sensações oferecidas por Deus para não perdermos grandes oportunidades de nos conhecermos melhor e de nos reconciliarmos com nosso próximo.

Radio Boa Nova- Fonte. ESPIRIT BOOK

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“HISTÓRIA DE UM ESPIRITO QUE DECIDIU PERMANECER NA CASA ONDE SEMPRE VIVEU. ”

Esta história serve para exemplificar aqueles espíritos, até mesmo entes queridos, que possuem certo apego a vida terrena e não partem para um plano mais elevado. São espíritos que habitam nos lares onde muitas vezes nasceram ou nos quais viveram momentos muito bons ou muito ruins.
Encontrei este conto num livro da Zíbia Gasparetto, que dá instruções muito elucidativas para aquelas pessoas que ainda não possuem grande conhecimento da dinâmica do plano espiritual, explicando no final como tais fenômenos podem ocorrer.
Giovane Mastrososa, casado com Rosa, tinha quatro filhos e residia em Luca, na Itália. Ele era marinheiro, ela tomava conta da família. Cansado da miséria em que viviam, tendo ouvido falar muito sobre o Brasil, Giovane resolveu emigrar com a família. Vieram para o Brasil.
Rosa pensava em voltar para a Itália quando a situação do país melhorasse, mas isso nunca aconteceu. Foram para Minas Gerais, compraram um pedaço de terra e construíram sua vida. Aos poucos, começaram a amar este país, desistiram de voltar. Os filhos foram crescendo, casando e morando todos ao lado dos pais.
Giovane desencarnou, mas a nona Rosa, como era carinhosamente chamada por todos, continuou comandando a família. Mudaram-se todos para São Paulo. Nona Rosa, já com 86 anos, lúcida, usando um avental, passava horas sentada ao lado do fogão, pitando o cigarrinho de palha que ela mesma fazia, tendo ao lado uma latinha, forrada com um pedaço de jornal, a qual, religiosamente de hora em hora, ela cuspia dentro.
Morreu muito idosa, depois de todos os seus filhos já haverem desencarnado, só ficando seus netos e bisnetos.
Seu neto Bruno era um dos herdeiros e alugou a casa da família por vinte anos entrando em acordo com os demais.
Um dia ele resolveu demolir a casa que já estava muito velha para construir uma nova.
Começou a demolição, e numa tarde, Rosana, filha de Bruno, foi visitá-lo nas ruínas, levando sua filhinha de dois anos, que se chamava Bruna.
Entraram nas ruínas e Rosana procurou desviar dos entulhos e chegar até onde seu pai estava quando viu a pequena Bruna acenar com a mão e dizer:
— Oi, nona!
Rosana pensou não ter ouvido bem e continuou procurando chegar até o pai. Conversaram algum tempo e quando ela chamou a filha para ir embora viu que a menina olhou para o lugar onde a nona costumava sentar-se, ao lado do fogão, e acenou alegre dizendo:
— Tchau, nona!
Rosana ficou arrepiada. Foi para casa e comentou com sua mãe e as duas resolveram perguntar para Bruna:
— Para quem você acenou lá na casa do vovô?
— Para a nona Rosa. Ela estava fumando e cuspindo em uma latinha!
Explicação da Zíbia Gasparetto para tal fenomenologia:
As crianças têm muita facilidade de perceber a presença de seres do mundo astral. Nos primeiros sete anos de vida ainda estão muito ligadas ao mundo espiritual. Contudo, conforme vão crescendo, essa percepção vai desaparecendo.
É comum as narrativas infantis de seres que elas veem, de amiguinhos que ninguém mais vê e com os quais elas brincam com naturalidade. Os adultos dizem que tudo não passa de fantasia, mas diante do caso de Bruna, quem se atreveria a dizer isso?
Bruna nasceu depois de a nona ter desencarnado. O fato de a menina reconhecer a nona Rosa pode ter sido por causa de alguma foto que ela tinha visto. São comuns as pessoas da família conservar fotos antigas nas paredes e mostrarem às crianças dizendo quem foi.
Bruna pode ter reconhecido a nona assim. Esse ponto não foi esclarecido por quem relatou o caso. Mas se ninguém lhe mostrou nenhuma foto, ela pode ter conhecido a nona Rosa no astral, antes de reencarnar. Bruna também poderia ter conhecido a nona em outra encarnação.
O mais importante é que uma criança de apenas dois anos, nunca teria como inventar uma história dessas.
Quanto à nona, após a morte do corpo físico, pode ter continuado a viver ali, junto das pessoas da família, no lugar a que se habituara por tantos anos, fazendo o que fazia antes.
Quando a pessoa morre é assistida por amigos espirituais que a convidam a deixar este mundo. Contudo, quando ela se recusa, eles deixam que as coisas sigam um curso natural.
Nona Rosa ficou apegada ao passado durante anos, alheia à realidade. Mas a vida providenciou a mudança, inspirando seu neto Bruno a que demolisse a casa e construísse outra no lugar.
Com a construção da nova casa, nona Rosa com certeza percebeu que o passado não mais existia. Que tudo estava diferente e que era hora de seguir outro rumo.
Fonte: 
Eles Continuam Entre Nós. Zíbia Gasparetto. 1ª edição, 2008.



𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...