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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

“A LEI DE AMOR”

 O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto
que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos
são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em
sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado
e corrompido, só tem sensações; quando instruído e
depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento
é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo,
mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente
foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas.
A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. 
Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os
seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo.
Quando Jesus pronunciou a divina palavra – amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.
O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. 
Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado
e transfigurado. 
O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.
Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. 
A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria.
Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a
glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. 
O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. É então que, compreendendo
a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias.

Lázaro. (Paris, 1862.)

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