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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

"NOSSOS PIORES INIMIGOS"

Toda a nossa realidade se baseia nas coisas que somos capazes de ver e que nos permitem avaliar a verdade. No entanto, nem sempre a verdade Pode ser vista com os olhos físicos e, por isso, muitas vezes somos iludidos pelas aparências da verdade ou por falsas interpretações que nos levam a atitudes descabidas e incompatíveis com nosso nível de civilidade. 
Quando observamos o comportamentos das pessoas em geral, podemos perceber que elas são,muitas vezes, sujeitas a oscilações no comportamento e nas reações. Há pessoas que, sendo normalmente alegres por natureza, em determinado momento se veem tomadas de uma melancolia sem explicação. Outras se deixam levar por ondas de ira, de ódio incontido, para mais adiante arrependerem-se de tudo o que fizeram. Muitas são tomadas por condutas incompatíveis com o conceito que se tem delas a ponto de se permitirem enveredar-se por vícios que os levam ao desajuste emocional mais profundo.
Se é realidade que há motivos exteriores que possam levar alguém a tal estado de desequilíbrios por ausências de auto controle ou de freios que o impeçam , não é menos verdadeiro que todos tem a sua disposição canais de ligação com forças superiores que lhes permitem acessar esses recursos na própria defesa.
Grande parte dessas pessoas estão sofrendo de problemas visíveis mas que tem uma causa invisível que, por isso, não é levada em conta no momento de sua solução.
Acreditam que as depressões por que estão passando tem como causa alguma frustração íntima originada no comportamento de algum ente querido, ou decorrente de alguma perda material ou pessoal. Imaginam que as condutas incompatíveis e inexplicáveis foram causadas por algum agente mórbido, alguma doença invasora de sua alma e que qualquer remédio possa combater.
Desprezam todo e qualquer conselho que se lhes ofereça no sentido de melhorar seus comportamentos internos e seus pensamentos. Acreditam na antiga tolice que Deus gosta apenas dos bons e pune os maus. Não percebem que carregam ainda dentro de si, uma quantidade de maldade suficientemente grande para autorizar que todas as piores punições, em forma de desgraças, lhes visite o horizonte pessoal.
Pensam-se com direito a proteção absoluta porque comparecem aos templos e fazem suas orações. Porque se prostram diariamente diante de imagens, porque vão ao culto assiduamente, em atitudes exteriores que estão longe de significar sua adesão íntima e sincera.
Pensam que são boas pessoas porque fazem coisas, que a vista dos outros, podem ser consideradas como atos generosos. E quando as coisas começam a dar errado em suas vidas, julgam se injustiçados por essa força suprema que eles procuram e dizem então consigo mesmo; Sempre fui uma pessoa boa. Como pode acontecer isso comigo. ?
Na realidade, sofrem porque veem apenas a realidade pelo lado da matéria, desconhecendo, em absoluto, a verdade integral a qual se precisa chegar pela interiorização e pelo pensamento elevado e sincero.
Enquanto o homem viver olhando Deus pelos olhos dos interesses pessoais, não o compreenderá nem compreenderá o que ele quer de cada um de nós.
E este comportamento não muda quando o corpo morre. Longe de destruir a alma, a morte limita-se a devolver o ser inteligente a sua realidade imortal, onde poderá encontrar todas as explicações que não quis procurar por preguiça ou desinteresse enquanto estava na terra.
Desse modo; transformado em ser invisível, a alma dos mortos antes de ser levada ao julgamento conforme nossas crenças ancestrais, procura valer-se de sua invisibilidade para aproximar-se daqueles que estando do nosso lado da vida, estão vulneráveis por só acreditarem nas coisas que enxergam, desprezando o auto conhecimento, a análise de suas sensações, de suas crenças, o teor de suas ideias espontâneas, de suas tendências naturais e seus efeitos mais fortes.
Desse modo, o homem de carne e osso, que pensa ser apenas carne e osso, não se protege das investidas do invisível aqui representada pela presença de espíritos que lhe acompanha o pensamento e o comportamento como se fosse os agentes secretos, com acesso as mais intimas cogitações pessoais.
Esses seres invisíveis, valendo-se das aberturas no pensamento, no sentido abatido, nas intenções negativas que a maioria guarda no seu intimo , atuam no sentido de piorar as condições originais. Estimulam as pessoas a fazer aquilo cuja tendência já lhe é uma inclinação, para retirar dela todas as possibilidades e causar nas suas vítimas toda a sorte de dissabores.
Fazem isso muitas vezes por ódio daquele que ficou na terra, por desejo de atrapalhar-lhe o caminho , por inveja de sua felicidade, ou pelo simples desejo de fazer o mal.
O único meio de nos livrarmos destas tentações é o pensamento elevado, a boa conduta, o sentimento nobre voltado para a prática do bem a modéstia, a oração sincera de dentro do próprio coração.
Também não podemos esquecer que existem seres invisíveis que gostam de nós, que procuram nos ajudar também. Valendo-se de nossos bons pensamentos, nossas boas ações e nossa sincera devoção ,que não dependem dos bens que oferecemos no altar, nem de quantos cultos assistimos, esses seres invisíveis que nos amam se acercam de nós para nos dar bons conselhos e nos sugerir pensamentos de esperança, de amizade, de afeto, de amor ao próximo.
Muitas vezes em nossas perturbações eles se aproximam e procuram nos acalmar, encaminhando-nos para um roteiro menos desafortunado e que nos possibilite uma solução adequada para os nossos conflitos íntimos.
Assim a bondade de Deus mantém a disposição das pessoas que estão na carne esta possibilidade de que tipo de companhia querem se servir para seguirem na jornada da vida para que recebam conforme suas próprias escolhas. Não é Deus , mas nós mesmos que fazemos nossas escolhas boas para o futuro ou que seguimos fazendo as bobagens por causa dos nossos caprichos.

ANDRÉ LUIZ RUIZ. Pelo Espírito LUCIUS.
Da obra: “OS ROCHEDOS SÃO DE AREIA”.

INSTITUTO DE DIFUSÃO ESPIRITA.

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