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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

“OS SERES DE LUZ OU ESPÍRITOS PUROS”

O Espírito progride no estado corpóreo e no estado espiritual. O estado corpóreo é necessário ao Espírito até que ele atinja um certo grau de perfeição: nele se desenvolve pelo trabalho a que está sujeito pelas suas próprias necessidades, e adquire conhecimentos práticos especiais. Uma única existência corpórea sendo insuficiente para fazê-lo adquirir todas as perfeições, retoma um corpo tão frequentemente quanto isso lhe seja necessário, e, a cada vez, nele chega com o progresso que alcançou em suas existências anteriores e na vida espiritual. Quando adquiriu no mundo tudo aquilo que pode nele adquirir, deixa-o para ir para outros mundos mais avançados, intelectual e moralmente, cada vez menos materiais, e assim continuamente até a perfeição, da qual a criatura é suscetível.
Puros Espíritos são aqueles que, chegados ao mais alto grau de perfeição, são julgados dignos de serem admitidos aos pés de Deus. O esplendor infinito que os rodeia, não a dispensa de sua parte de utilidade nas obras de criação: as funções que eles têm a cumprir correspondem à extensão de suas faculdades. Estes Espíritos são os ministros de Deus; eles regem, sob suas ordens, os mundos inumeráveis; dirigem do alto os Espíritos e os humanos; estão ligados entre eles, por um amor sem limites, este ardor se estende sobre todos os seres que procuram chamar e tornar dignos da suprema felicidade. Deus irradia sobre eles e lhe transmite as suas ordens; eles o veem sem serem oprimidos por sua luz.
Sua forma é etérea, não têm mais nada de palpável; eles falam aos Espíritos superiores e lhes comunicam a sua ciência; tornaram-se infalíveis. E nas suas fileiras que são escolhidos os anjos guardiães que descem com bondade seus olhares sobre os mortais, e os recomendam aos Espíritos superiores que os amaram. Estes escolhemos agentes de sua direção nos Espíritos da segunda ordem. Os puros Espíritos são iguais; e não poderia ser de outro modo, uma vez que não são chamados a essa classe senão depois de atingirem o mais alto grau de perfeição. Há igualdade, mas não uniformidade, porque Deus não quis que nenhuma de suas obras fossem idênticas. Os Espíritos puros conservam a sua personalidade, que somente adquiriram a perfeição mais completa, no sentido do seu ponto de partida.
À medida que os Espíritos se purificam e elevam na hierarquia, os caracteres distintivos de suas personalidades se apagam, de certo modo, na uniformidade da perfeição; nem por isso , entretanto, conservam eles menos suas individualidades. É o que se dá com os Espíritos superiores e os Espíritos puros.
Os puros Espíritos são os Messias ou mensageiros de Deus para a transmissão e execução de suas vontades; cumprem as grandes missões, presidem à formação dos mundos e à harmonia geral do Universo, encargo glorioso ao qual não se chega senão pela perfeição. Os de ordem mais elevada são os únicos nos segredos de Deus, se inspiram de seu pensamento do qual são os representantes diretos. [...]
A encarnação é inerente à inferioridade dos Espíritos; ela não é mais necessária àqueles que lhe transpuseram o limite e que progridem no estado espiritual, ou nas existências corpóreas dos mundos superiores que não têm mais nada da materialidade terrestre. Da parte destes é voluntária, em vista de exercer sobre os encarnados uma ação mais direta para o cumprimento da missão da qual estão encarregados junto a eles. Aceitam as vicissitudes e os sofrimentos por devotamento.
Fonte: O livro dos Espíritos

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