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quarta-feira, 15 de março de 2017

“ABORTO ESPONTÂNEO NA VISÃO ESPÍRITA”

Além dos abortos espontâneos, motivados em débitos cármicos do casal, que se associam às dívidas e desarmonias do Espírito reencarnante, outros fatores podem ser causa de aborto não provocado por interferência material.
Em alguns  casos o aborto considerado espontâneo é, realizado pelo próprio espírito em processo reencarnatório
Uma das causas que devem ser mencionadas é a relacionada à própria entidade reencarnante. Como nós, seres viventes do planeta Terra, temos muitas vezes o temor à morte, os Espíritos, em muitas circunstâncias, temem abandonar uma situação que se lhes afigura estável, para mergulhar novamente na matéria, aprisionando ou anestesiando suas conquistas do passado. Em outras palavras, medo de nascer.
Espíritos que necessitam renascer com severas limitações físicas, frutos de alterações expressivas em sua constituição perispiritual, atemorizam-se ante uma perspectiva que custam a aceitar Apesar de todo o trabalho dos mentores espirituais esclarecendo que a exteriorização deformante do corpo físico facilita a eliminação das anomalias em nível perispiritual, desde que acompanhada de uma postura mental saudável, os receios e as reações muitas vezes ocorrem.
Outros, embora nada tenham a temer com relação a deformidades físicas, travam intensa luta íntima, um conflito entre a razão que os faz renascer naquele lar e o sentimento de antipatia com relação a alguns dos seus membros.
Como sabemos, a ligação familiar frequentemente é o palco dos reajustes do passado. Vínculos pretéritos de desafetos que necessitam se perdoar, encontram na "anestesia" do pretérito a condição predisponente para a "cirurgia" psíquica que eliminará o "abscesso" do ódio.
Embora ocorram reencarnações compulsórias, necessárias para aqueles cujo primitivismo psíquico não permite a participação na escolha de suas provas ou expiações, na nova romagem física, normalmente o livre-arbítrio é preservado. Todos nós, seres humanos, temos a possibilidade de escolher, acertar ou errar, avançar ou recuar. A liberdade que já conquistamos nas milhares de encarnações faculta-nos o ensejo de decidir. Decidir, porém arcando com o peso das consequências.
Há Espíritos que se posicionam mentalmente de forma reiterada na recusa psíquica a reencarnar. Acentuam esta posição à medida que se sentem retidos na malha fluídico-energética materna. Nos casos onde a dificuldade anterior de relacionamento era justamente com a mãe, a interpenetração energética entre ambos pode exacerbar a predisposição contrária ao renascimento. Acordam velhas emoções que dormiam embaladas pela canção do esquecimento.
Ocorre o processo do aborto tido como espontâneo, porém, na realidade, provocado pela recusa sistemática, enérgica e imatura do Espírito.
No  momento da concepção, o Espírito se une em definitivo ao corpo, por laços ainda frágeis, podendo haver mortes prematuras, tanto pela imperfeição da matéria, quanto, principalmente, por tratar-se de prova, tanto para ele quanto para os pais.
“(…) como os laços que ao corpo o prendem são ainda muito fracos, facilmente se rompem e podem romper-se por vontade do Espírito, se este recua diante da prova que escolheu. Em tal caso, porém, a criança não vinga.” Todavia, não há como outro Espírito passar a ocupar o corpo destinado ao Espírito que desistiu de reencarnar.
Laços fluídicos que prendiam as emanações energéticas do perispírito da entidade reencarnante ao perispírito materno ou, já unidas, ao chacra genésico da futura mãe podem romper-se. Nos casos em que a gestação já se fazia em curso, e o fluido vital do embrião em desenvolvimento se fundia com o corpo espiritual em processo de miniaturização, a súbita e intensa revolta do Espírito pode determinar a ruptura definitiva das ligações, deixando o futuro feto sem o Espírito. Inviabiliza-se a gestação por falta do modelo organizador biológico.
Perde, assim,  o Espírito uma grande oportunidade para superar-se a si mesmo e avançar celeremente rumo à felicidade.
Há também os casos de gestação frustrada quando não há Espírito reencarnante para arquitetar as formas do feto. O Espírito André Luiz; no livro Evolução em dois mundos. Cap. XIII, pag. 195(…) nas questões 136- a) e 136 – b) 356 – a) de “O Livro dos Espíritos”, consta que podem existir corpos sem alma, sendo apenas uma massa de carne sem inteligência;
– Há casos em que jamais houve um espírito, destinado aos corpos, nada devendo se cumprir neles.
Os abortos espontâneos podem ser também resultado do compromisso dos pais, antes de reencarnar, de passarem pela prova da infertilidade, por terem adquiridos débitos com a lei universal na área do renascimento.
Podem também ser experiência para aqueles que, por não
compreenderem a profundidade do valor da vida, renascem com essa limitação como forma de aprendizado. Em alguns casos, o espírito programado para nascer foi cúmplice do processo que envolvia todos os personagens.
Consideração Final:
Tudo é supervisionado por Deus através de seus filhos já evoluídos, como o é Jesus, Governador da Terra. Gravidez com final feliz, ou a terminar em aborto espontâneo, se pautado sob uma estreita perspectiva de uma só vida, mostra-se totalmente diferente ao entendermos haver a sabedoria de Deus em tudo, num planeamento de longo prazo, de muitos milénios, tendo em vista a nossa evolução moral e intelectual. Demonstra-se, de forma clara, o quanto nossos Espíritos protetores trabalham por nós, com tanto tempo de antecedência, e o quanto temos a agradecer a Deus pela sua ajuda incondicional. Cabe à candidata a mãe  procurar agir da melhor maneira, educando os seus pensamentos e as suas ações, evitando dessa forma intoxicar a vida que começa a desenvolver-se no seu interior, buscando, pela prece, e pelo amor, alimentar espiritualmente esse pequeno ser, dando-lhe força para vencer medos e inseguranças.
As mães/gestantes conscientes da sua grande missão, irão procurar a inspiração dos bons Espíritos, de forma a contribuir para o bom êxito do planeamento reencarnatório.  Em todas as situações, temos que Deus está presente. Acaso, não existe!
Fontes:
Fraternidade Espírita Cristã.
Reflexões Espíritas.
Ricardo di Bernardi. Reformador, dez. 1992.


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