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sexta-feira, 10 de março de 2017

“ENFERMIDADES DA ALMA”

Sendo o cérebro humano um conjunto de equipamentos muito delicados para os ministérios que lhe dizem respeito, prossegue profundamente ignorado na sua essencialidade embora as notáveis conquistas alcançadas pelos estudiosos especializados.
A começar pelas recuadas doutrinas dos humores, de Galeno, até as demonstrações de Gal com a frenologia, e mesmo através dos avançados conhecimentos dos neurônios e suas funções, assim como das admiráveis identificações das finalidades dos seus hemisférios esquerdo e direito, um largo pélago já foi conquistado.
Apesar disso, uma infinidade de funções ainda permanece por ser mapeada e estabelecidas as suas relações com a vida pensante, comportamental, emocional e orgânica dos seres humanos.
No que diz respeito à saúde, a sua ação é decisória na criatura, em razão de ser o decodificador do pensamento e direcionador dessa onda extraordinária, que é portadora de energia pouco conhecida, mas definidora de rumos na existência corporal.
Acionado pelo Espírito que lhe exerce o controle, e que lentamente se vem assenhoreando de todos os recursos que lhe são inerentes, dele dimanam os complexos mecanismos que predispõem ao equilíbrio do individuo ou às várias disfunções que o perturbam, refletindo-se como enfermidades do mais variado teor.
Isto porque, através do perispírito que lhe transmite as necessidades da evolução, face às impressões que mantém gravadas nas suas tênues tecelagens vibratórias, sob a diretriz do Espírito reflete as ondas mentais equivalentes, que se transformam em pensamentos saudáveis ou enfermiços.
Centro de comando de toda a organização somática, o cérebro processa os fenômenos degenerativos assim como as resistências que enfrentam a vida bacteriológica através do sistema imunológico, assimilando ou eliminando os fatores cármicos que procedem dos atos anteriores do ser nas suas reencarnações passadas.
Em razão disso, abre espaço para os tormentos da consciência de culpa, que se lhe insculpe em forma de auto obsessão, revivendo acontecimentos danosos ou congelantes de vivências anteriores, de que se não pôde o Espírito libertar. Outras vezes, é receptor fácil de ondas-pensamento sonorizadas que o agridem, direcionadas por adversários vigorosos de ambos os planos da vida ou afetos desastrados que transformam a paixão da sensualidade em apelos doentios que terminam por afetar aquele a quem são dirigidos, não possua esse a harmonia interior ou os hábitos saudáveis da oração como dos pensamentos superiores, que o impermeabilizam em relação às contínuas emissões.
Simultaneamente, os estados depressivos que proporcionam pensamentos pessimistas e nefastos, contribuem largamente para o agravamento do transtorno neurótico, como também abrem brechas para a instalação de obsessões danosas, quando não de fenômenos que deterioram a máquina celular, propiciando a instalação de doenças variadas.
Mantendo-se por muito tempo em incubação no organismo, os vírus permanecem inativos até que o seu hospedeiro emita ondas vibratórias que lhes vitalizam a organização, favorecendo lhes a multiplicação devastadora, quase sem limite.
No caso, por exemplo, do HIV – o vírus da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida – que se inoculou no organismo humano através da promiscuidade sexual e hoje constitui ameaça grave à sociedade, em razão de poder ser adquirido mediante transfusões de sangue contaminado, do orgasmo, das picadas em rodas de drogas injetáveis com agulhas infectadas, a mente da vítima exerce um papel preponderante no seu desenvolvimento e destruição. Nesse campo, de forma preponderante, funcionam negativamente os sentimentos de culpa, de cólera, de desamor e de rebeldia que oferecem vitalidade ao vírus diruptivo, que investe contra o sistema de defesas e faculta a instalação das doenças parasitas que ceifam a vida física das vítimas que lhe tombam inermes.
O mesmo ocorre com vários tipos de neoplasias malignas, em razão da existência de uma consciência embrionária na célula, que é ativada pela consciência espiritual do ser. Quando o individuo se torna portador de câncer e a sua conduta mental se altera para pior, em razão dos pensamentos perturbadores e tóxicos, é compreensível que as resistências do psiquismo celular sofram decorada, facilitando a ampliação do campo degenerativo e, por consequência, a instalação de metástases irreversíveis.
Essas ocorrências têm lugar em todos os processos degenerativos do organismo – sejam por contaminação, por traumatismos, por problemas genéticos – e no pensamento se encontram os fatores que podem propiciar a recuperação, pelo menos parcial – quando se tratar de efeito contundente de ações dolosas do passado – ou mesmo recuperação total – mediante a instalação da saúde.
Jesus sempre recomendava àqueles a quem curava que se cuidassem, evitando pecar, atentar contra o equilíbrio das leis, a fim de que não lhes acontecesse algo pior. Isso porque, a conduta malsã induz o pensamento ao vicio do cultivo de ideias perturbadoras que passam a gravitar em torno de quem as emite, contribuindo-lhe para o desequilíbrio físico, psíquico e emocional.
As doenças, sejam quais forem, são estados anômalos do Espírito, que os exterioriza no corpo como ocorrência depuradora que se lhe faz necessária, a fim de equilibrar-se ante a Vida Estuante da qual procede e em que se encontra.
Certamente, talvez sem reconhecer essa realidade do ser preexistente ao berço e sobrevivente ao túmulo, a Organização Mundial da Saúde, define que o bem-estar físico, mental e social é um estado saudável.
Nem sempre a ausência de enfermidade pode significar saúde, porquanto, instalada no Espírito em débito, lentamente viaja na direção do corpo em que se revelará, e ao ser identificada pelas sensações de dor que provoca, assim como em razão de outros distúrbios que produz, o individuo já era enfermo sem o saber. Enquanto, todavia, mantenha o bem-estar físico, mental e o trânsito social harmônico, poderá considerar-se pessoa com saúde, e mesmo que determinados comportamentos enfermiços se lhe apresentem, mediante o bom direcionamento da mente poderá prosseguir feliz, sem permitir-se derrapar no desânimo ou nos estados mórbidos que representam enfermidades da alma.
A saúde é, desse modo, o estado natural da vida.
Que se saiba, Jesus jamais enfermou, apresentando-se sempre idealista e equilibrado, mesmo quando açodado por provocações insensatas ou fustigado para os debates inúteis, muito do agrado das personalidades doentias de ontem como de hoje.
Nunca se escusou ao trabalho, ao socorro a todos quantos O buscavam, demonstrando a sua perfeita estabilidade emocional e harmonia física, na condição de Espírito Superior cuja trajetória fez-se toda assinalada pelo amor e pela ação dignificadora.
Nos refolhos do ser espiritual pois, se encontram as matrizes das enfermidades, e aí, portanto, deverão ser tratadas, sem o que podem cessar os efeitos momentaneamente, postergando, porém, o prosseguimento desses sucessos perniciosos e destrutivos.
Nunca será demãos expor que o pensamento é o agente catalisador das ocorrências que envolvem o ser humano. Se, por acaso, as ações não encontram o agente mental desencadeador na atualidade, é porque permanece no ontem sombrio do viajor espiritual.
Assim sendo, é indispensável que se renovem os pensamentos sempre e sem cessar para melhor, criando-se hábitos saudáveis e dinamizando-se as atividades enriquecedoras de bênçãos, a fim de que o estado de bem-estar permaneça como o divisor dos diferentes estágios da atividade humana.
Naturalmente, muitos episódios de carência na área da saúde se apresentam em todas as vidas, mas isso não constitui motivo de preocupação, antes faz parte do desenvolvimento das funções orgânicas vitais, das auto reparações das peças internas da máquina física, sem qualquer prejuízo para a harmonia geral do corpo e da mente.

Autor.:Divaldo Pereira Franco-Joanna de Angelis (Espírito)

Do Livro: Dias Gloriosos

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