Na visão do Espiritismo, nossa alma
não morre junto ao corpo. Ela é dirigida ao Plano Espiritual, onde aguarda uma
nova oportunidade de voltar à vida física. Mas, enquanto essas almas estão lá,
o que fazem? Confira agora um pouco da rotina que é levada no mundo espiritual.
A rotina no mundo espiritual. O tempo no Plano dos Espíritos é diferente do
tempo como o conhecemos. E a sua rotina também se diferencia da nossa, visto
que eles têm uma noção mais ampla do período do qual dispõem para dar conta de
suas obrigações. Na colônia Nosso Lar, por exemplo, André Luiz relata situações
do cotidiano dos espíritos que lá habitam.
Assim como no mundo físico, eles
acordam após algum período de descanso que, para nós, seria o equivalente ao
sono noturno. Ao despertar, fazem suas preces de agradecimento e reconhecimento
ao criador para, em seguida, fazer a higiene pessoal e, quando ainda
necessitam, fazer também o desjejum, ou seja, a primeira alimentação do dia.
Somente após estas etapas de preparo
é que eles se dirigirão aos seus locais, onde vão desempenhar as suas funções
de trabalho ou estudo.
Não entre em pânico com o que você acabou
de ler. Quanto mais evoluído o espírito for, menos necessitará de repouso,
porém, outros espíritos ainda necessitam dormir à semelhança de quando ainda
estavam encarnados.
Talvez nunca lhe tenham falado, mas
espíritos recém-chegados às colônias espirituais e aqueles que lá habitam por
pouco tempo, bem como espíritos que têm mais dificuldade de se desapegarem dos
hábitos terrenos, ainda mantêm determinados comportamentos típicos de
encarnados, como se alimentarem, usarem o banheiro, fazerem a higiene pessoal –
tudo feito exatamente como quando ainda estavam encarnados.
Isto só é possível graças ao
Perispírito que está impregnado dessas informações.
Como as colônias espirituais foram
criadas com o objetivo de proporcionar a seus moradores a mesma sensação de
habitar uma cidade terrena, tudo por lá é uma cópia perfeita de tudo que se vê
por aqui.
Um detalhe importante: nem todos os
espíritos são capazes de retirar do fluido cósmico universal a energia para
alimentar seu Perispírito. Então, eles contam com a ajuda dos moradores das
colônias que os acolhem para o preparo de alimentos a base de sucos, sopas e
frutas.
A organização de uma colônia respeita
diretrizes muito semelhantes àquelas que já conhecemos por aqui. Assim, ao
desencarnar e ser designado para cumprir determinada função, qualquer espírito
terá uma ideia básica de como a “máquina pública” funciona por lá.
Como ensina André Luiz, no livro
Nosso Lar, toda colônia tem um governador, ou seja, uma espécie de prefeito ou
administrador. Após assumir seu mandato, este espírito administrador reúne sua
equipe de ajudantes, que em Nosso Lar é conhecida como ministros e se
equivaleria, aqui, aos secretários do prefeito.
A partir daí, cada repartição tem um
responsável encarregado de zelar pelo seu bom funcionamento. Todas as escolas,
os hospitais, os departamentos dos ministérios têm seus diretores.
Esses diretores têm seus auxiliares
que, por sua vez, têm colegas de trabalho para o exercício de suas funções.
Como informa André Luiz, assim que o espírito recém-desencarnado ou
recém-chegado à colônia se sente disposto, é convidado a ocupar seu tempo, seja
através do estudo ou prestação de serviços.
Nas colônias, não há empresas e toda
a demanda de produção de trabalho e serviços é comandada pela administração
local desde a produção de alimentos fluídicos, vestes, viagens, remédios, etc.
Para os espíritos comprometidos com o
bem, não há ócio e nem tempo a perder. Se você pensa que vai passar a
eternidade à toa quando desencarnar, se engana, porque trabalho por lá é o que
não falta.
Os desencarnados têm obrigações,
assim como qualquer encarnado. A única diferença para quem está por lá é que
eles trabalham para seu aprimoramento moral, espiritual ou simplesmente pelo
bem-estar, que o trabalho ou amparo ao próximo proporciona.
Enquanto aqui as pessoas trabalham
para acumular bens, no plano espiritual cada espírito dispõe apenas do
necessário para o funcionamento normal. Na colônia Nosso Lar, por exemplo,
existe até pagamento para aqueles que estão inseridos no trabalho local.
É o Bônus Hora, uma espécie de moeda
corrente na colônia, que visa incentivar uma troca merecida entre quem trabalha
e quem desfruta do conforto da colônia. Segundo o espírito André Luiz, a adesão
é grande. Um exemplo muito interessante é a questão do vestuário. Em algumas
colônias existe um departamento para cuidar da produção de peças de roupas para
aqueles espíritos que não conseguem plasmar as próprias vestes.
Trabalho, trabalho, trabalho…
Falando dessa forma, parece que os
espíritos só pensam em trabalhar e nada mais. Na verdade, não é bem assim. É
recomendado que cada cidadão dedique seu tempo ao trabalho, ao estudo e ao
lazer de forma que possa aproveitar bem a estadia no plano espiritual e
programar suas reencarnações futuras.
O espírito nunca retroage e, como
conhecimento nunca é em demasia, nada custa a ele aprender cada vez mais.
Às vezes, o próprio trabalho é uma
escola e prepara o espírito para funções que ele poderá ter quando reencarnar.
Por exemplo, um espírito que trabalha como auxiliar dos médicos do plano
espiritual pode, ao reencarnar, escolher seguir carreira na medicina. Acontece
também de forma contrária, como um espírito que trabalhou na área médica
desempenhar funções parecidas no plano espiritual, desde que esteja capacitado.
As colônias se localizam muito
próximas à crosta terrestre e, segundo ensinam os mentores espirituais, muitas
coisas que fazemos aqui, inclusive muitos dos objetos que usamos, são
adaptações do que já existe por lá.
A nossa rotina também é muito
parecida. Por exemplo, o lazer é sempre gozado em atividades que engrandeçam o
espírito, como peças de teatro, concertos musicais, leituras, passeios pela
colônia e em visitas a colônias vizinhas, etc.
Leva-se uma vida muito boa, sem
estresse, sem perturbações e é quando o espírito tem tempo de sobra para
trabalhar, estudar e curtir a vida na forma mais bela e prazerosa que existe.
Passeios maravilhosos, concertos
musicais, palestras edificantes, encontros com amigos já desencarnados, visitas
ao plano físico… Enfim, a vida lá é bastante movimentada e interessante.
OBS- Comentário
nosso...
Quando alguém desencarna costumamos
ouvir: - Descansou. Puro engano. Veja o que disse Chico Xavier: "Se
esperamos por descanso depois da morte, estamos mal informados. A morte é a
vida que se desdobra, plena de trabalho em todos os sentidos… Descansar mesmo o
Espírito só descansa quando está no Ventre Materno!…"Outro engano é acreditar
que Deus criou o mundo em 6 dias e no 7º descansou. Jesus acabou com esta
alegoria quando disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu também.” (João 5:17).
No plano espiritual também há
trabalho. Por exemplo: André Luiz, no livro Nosso Lar, conta que se candidatou
ao trabalho. Lá todos os moradores precisam se envolver em algum trabalho útil
em prol do próximo, e o mínimo exigido são de 8 horas de trabalho diário,
podendo ser excedido em 4 horas diárias. Esse número só pode ser alterado em
casos excepcionais que exijam dedicação total dos trabalhadores. Tobias
informou André Luiz que na preparação de sucos, tecidos e artefatos em geral,
Nosso Lar dá trabalho há mais de 100 mil criaturas, que se regeneram e se
iluminam ao mesmo tempo. A colônia possui programas de trabalho numeroso para
que todos possam se integrar a ele, independente da profissão que tiveram na
Terra. Assim como há a lei do trabalho no Nosso Lar, há também a lei do
descanso para que não sejam sobrecarregados mais uns que outros. Há também
remuneração. A cada hora de serviço, o trabalhador ganha o chamado BÔNUS HORA,
que não é exatamente uma moeda, mas uma ficha de serviço individual com valor
aquisitivo. Quem acumula o BÔNUS HORA pode adquirir uma casa ou roupas. Poderá
trocar por oportunidades nos lugares consagrados ao entretenimento. Poderá
freqüentar escolas nos Ministérios. Os habitantes da colônia recebem provisões
de pão e roupa, no que se refere ao necessário; mas os que se esforçam para
obter o BÔNUS HORA conseguem certas prerrogativas na comunidade social. O
ocioso vestirá, sem dúvida; mas o operário dedicado vestirá o que melhor lhe
pareça. A maioria consegue 72 bônus horas por semana, contando as 4 horas
extras diárias. Mas nos serviços de grande sacrifício, a remuneração pode ser
duplicada, e as vezes, triplicada. O verdadeiro ganho da criatura é de natureza
espiritual e o bônus hora modifica-se em valor substancial, segundo a natureza
dos serviços. As aquisições fundamentais constituem-se de experiência,
educação, enriquecimento de bênçãos divinas, extensão de possibilidades. Os
fatores assiduidade e dedicação representam quase tudo. A propriedade em Nosso
Lar é relativa. Cada família espiritual pode conquistar um lar com 30 mil bônus
hora. É limitada a somente um lar. A Ministra Veneranda recebeu a medalha do
Mérito do Serviço, por ser a primeira entidade da colônia que havia conseguido,
até aquele momento, um milhão de horas de trabalho útil, sem reclamar e sem
esmorecer. Lembremos que, Nosso Lar está localizada sobre a cidade do Rio de Janeiro
e é uma das milhares cidades espirituais. Não sabemos para qual delas iremos.
Fonte:
Grupo Socorrista Obreiros do Senhor
Jerônimo Mendonça Ribeiro
https://www.facebook.com/GRUPOSOCORRISTA?fref=ts&hc_location=ufi
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