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quinta-feira, 19 de abril de 2018
“OTÁVIO: A QUEDA DE UM MISSIONÁRIO”
André Luiz, no livro “Os
Mensageiros”, Capítulo 7, conta a história da vida de Otávio, espírita desde o
berço que fracassou nas tarefas que foram programadas para ele antes da sua
última reencarnação.
Vejamos o relato resumido de André
Luiz:
Vi-me à frente de Otávio, um pálido
senhor que aparentava quarenta anos.
– Também sou principiante aqui –
expliquei – e minha condição é a do médico falido nos deveres que o Senhor lhe
confiou.
Otávio sorriu e respondeu:
– Possivelmente, você André, terá a
seu favor o fato de haver ignorado as verdades eternas no mundo. O mesmo não
ocorre comigo, ai de mim! Não desconhecia o roteiro certo, que o Pai me
designava para as lutas na Terra. Dispunha de considerável cultura evangélica,
coisa que, para a vida eterna, é de maior importância que a cultura
intelectual, simplesmente considerada. Tive amigos generosos do plano superior,
que se faziam visíveis aos meus olhos, como médium recebi mensagens repletas de
amor e sabedoria e, no entanto, caí mesmo assim, obedecendo à imprevidência e à
vaidade.
– Mas, meu amigo – perguntei, assaz
impressionado –, que teria motivado seu martírio moral? Noto-o tão consciente
de si mesmo, tão superiormente informado sobre as leis da vida…
– Relatarei minha queda.
– Depois de contrair dívidas enormes
na esfera carnal, noutra vida, vim bater às portas de “Nosso Lar”, sendo
atendido por irmãos dedicados, que se revelaram incansáveis para comigo.
“Preparei-me, então, durante trinta
anos consecutivos, para voltar à Terra em tarefa mediúnica, desejoso de saldar
minhas contas e elevar-me alguma coisa.
“O Ministério da Comunicação
favoreceu-me com todas as facilidades e, sobretudo, seis entidades amigas
movimentaram os maiores recursos em benefício do meu êxito. “Segundo a
magnanimidade dos meus benfeitores daqui, ser-me-ia concedido certo trabalho de
relevo na Doutrina Espírita.
“Não deveria me casar, não que o
casamento possa colidir com o exercício da mediunidade, mas porque meu caso
particular assim o exigia.
– “Nada obstante, solteiro, deveria
receber, aos vinte anos, os seis amigos que muito trabalharam por mim, em
“Nosso Lar”, os quais chegariam ao meu círculo como órfãos.
– “Tudo combinado, voltei, não só
prometendo fidelidade aos meus instrutores, como também hipotecando a certeza
do meu devotamento às seis entidades amigas, a quem muito devo até agora.”
– “Mas, ai de mim, que esqueci todos
os compromissos!
“Aos treze anos fiquei órfão de mãe
e, aos quinze, começaram para mim os primeiros sinais de mediunidade. Por essa
ocasião, meu pai contraiu segundas núpcias e, apesar da bondade e cooperação
que a madrasta me oferecia, eu me colocava num plano de falsa superioridade, a
respeito dela.
Eu vivia revoltado, entre queixas e
lamentações descabidas.
“Meus parentes conduziram-me a um
grupo espiritista de excelente orientação evangélica, onde minhas faculdades
poderiam ser postas a serviço dos necessitados e sofredores; entretanto,
faltavam-me qualidades de trabalhador e companheiro fiel. Negava a presença dos
amigos espirituais e vivia criticando os atos alheios.
– “Os bondosos amigos do invisível
estimulavam-me ao serviço, mas eu duvidava deles com a minha vaidade doentia.
“E como prosseguissem os pedidos dos
benfeitores espirituais, por mim interpretados como alucinações, procurei um
médico que me aconselhou experiências sexuais. Completara, então, dezenove anos
e entreguei-me desenfreadamente ao abuso do sexo.
-“Tinha pouco mais de vinte anos,
quando meu pai faleceu.
“Com a triste ocorrência, ficavam na
orfandade seis crianças desfavorecidas, porquanto minha madrasta, ao se
consorciar com meu genitor, lhe trouxera para a tutela três pequeninos. Em vão
implorou-me socorro a pobre viúva.
-“Após dois anos de segunda viuvez,
minha desventurada madrasta foi recolhida a um leprosário.
“Afastei-me, então, dos pequenos
órfãos, tomado de horror. Abandonei-os definitivamente, sem refletir que
lançava meus credores generosos, de “Nosso Lar”, a destino incerto.
– “Em seguida, dando largas à
ociosidade, cometi uma ação menos digna e fui obrigado a casar-me. E continuou
a tragédia que inventei para meu próprio tormento.
-“A esposa a que me ligara, tão
somente por apetites inconfessáveis, era criatura muito inferior à minha
condição espiritual e atraiu uma entidade monstruosa, em ligação com ela, para
tomar o papel de meu filho.
– Releguei à rua seis carinhosas
crianças, cuja convivência concorreria decisivamente para minha segurança
moral, mas a companheira e o filho, ao que me pareceu, incumbiram-se da “vingança”.
Atormentaram-me ambos, até ao fim da existência, quando para aqui regressei,
mal tendo completado quarenta anos, roído pela sífilis, pelo álcool e pelos
desgostos, sem nada haver feito para meu futuro eterno…
Sem construir coisa alguma no terreno
do bem…”
Enxugou os olhos tímidos e concluiu:
– Como vê, realizei todos os meus
condenáveis desejos, menos os desejos de Deus. Foi por isso que fali, agravando
antigos débitos…
Esse texto de André Luiz, ajuda-nos a
entender que mesmo quando temos planejamento definido pelos Benfeitores
Espirituais antes da reencarnação, sempre teremos liberdade para agir e fazer
da nossa vida o que quisermos.
Resumo de Fernando Rossit-Fonte
Agenda Espirita
terça-feira, 17 de abril de 2018
“PORQUE UNS FUMAM E TEM CÂNCER E OUTROS NÃO?”
Muita gente questiona dados científicos que ressaltam a importância de se manter uma dieta equilibrada e saudável. Dizem alguns:
- Meu avô, morreu com 85 anos de idade, forte como um touro, pitando cigarrinho de palha e comendo carne que era conservada na banha de porco.
Outros usam exemplos de pessoas que passam a vida inteira fumando ou bebendo e não sofrem absolutamente nada.
No consultório médico é comum acompanharmos pacientes com diabetes que se mantém absolutamente descontrolados e não apresentam complicações, enquanto outros que fazem exercícios, seguem a orientação nutricional e cuidam bastante do diabetes, apresentam complicações decorrentes do diabetes. Como explicar essa aparente discrepância?
Do ponto de vista estritamente materialista, a resposta seria uma só. Genética! Mas aqui abordamos o lado espiritual. Então vejamos.
Evidentemente que o nosso corpo físico obedece ao comando dos nossos DNAs, mas a verdade é que o corpo espiritual imprime no nosso código genético as nossas necessidades evolutivas, ou seja, a energia que emana do nosso corpo astral, ou perispírito, aciona ou inibe determinados genes, de acordo com nossa programação encarnatória. É por isso que vemos pessoas que carregam genes para determinadas doenças, nunca manifestarem as mesmas. É também devido a isso que gêmeos idênticos apresentam tantas diferenças de comportamento, assim como de doenças desenvolvidas ao longo da caminhada.
Não nos enganemos, tudo obedece a uma ordem maior, a uma lei de amor que faz com que cada um colha de acordo com a sua necessidade de evoluir, tendo como base seus atos pretéritos. Não há castigo, nem privilegiados. Há necessidades.
Então, porque uns fumam e adoecem e outros não?
1) A lesão no corpo astral - Se a matriz energética, o modelo que organiza nossa estrutura física, chamado perispírito já possuir danos relacionados ao vício, provenientes de vidas passadas, com certeza o ato de se entregar ao vício novamente nessa encarnação produzirá as lesões muito mais rapidamente. Essas lesões no corpo astral, provocam em nós as chamadas tendências a determinadas doenças. De acordo com nossos atos no presente, desencadeamos mecanismos energéticos de cura, ou de vazão para a doença, pois em muitos casos a enfermidade é uma drenagem de energia pesada do corpo astral para o físico, o que Ramatís chama de “verter para a carne.”
2) A intensidade da exposição – Aliada ao fator citado acima, quanto maior o tempo de exposição à substância, mais facilmente desenvolverá a doença.
3) A energia do pensamento – Todo cigarro é nocivo! A pessoa que fuma, mas consegue manter um bom padrão mental de pensamentos, com orações e principalmente ações de ajuda ao próximo, consegue de certa forma amenizar esse efeito. Evidentemente que deixa escapar oportunidade ímpar de melhorar sua energia vital, pois médiuns videntes observam que a energia do duplo etérico de fumantes possui a coloração acinzentada e apresenta aspecto viscoso. Agora se a pessoa fuma e mantém uma casa mental desequilibrada, a sua própria energia contribui para a aceleração do processo de dano do corpo físico, além de se tornar vítima de obsessores mais facilmente.
4) A prevenção – Toda medicina holística deve ser baseada na prevenção. Enquanto corpos de carne, somos sujeitos a hereditariedade, apesar do controle exercido pelo perispírito. Dessa forma é sempre bom evitarmos fatores desencadeantes de doenças comuns na nossa família, como por exemplo ficar obeso e ter hipertensão e diabetes. Se na minha família há vários casos dessas doenças, como não olhar pra isso?
Da mesma forma, a prevenção psíquica, mantendo bons hábitos de vida, com a tentativa lúcida e serena de se reformar. Com isso alijaremos do nosso perispírito energias densas acumuladas no decorrer das vivências passadas, evitando adoecer pela prática do amor, da caridade e pela aquisição de conhecimento.
Antes de contar vantagem em fumar, ou beber e não ter desenvolvido nenhuma doença, é bom pensar que essas energias doentes estão sendo armazenadas no seu corpo astral, comprometendo sua saúde na dimensão verdadeira, real de vida. Pensemos nisso!
Muita paz e luz a todos!
Sérgio Vencio –Fonte: Blog- Medicina e Espiritualidade
“OS TRÊS OBSESSORES EM SUA VIDA”
Um homem chegou a um centro espírita
muito desconfiado de que estava com vários obsessores. Ele contou sua história
para o médium do centro. Revelou sua crença de que os obsessores haviam
convencido sua esposa a terminar com ele.
Revelou que os obsessores estavam
travando sua vida e que ele não conseguia mais seguir em frente pois estava
sentindo muito medo. Revelou também que não queria mudar, pois sua vida estava
confortável do jeito que estava, e que os obsessores estavam fazendo de tudo
para desestabilizá-lo.
4 dicas para se livrar de um espírito
obsessor
O médium resolveu iniciar os
trabalhos. Fechou os olhos e ficou alguns minutos concentrado. Depois abriu os
olhos, olhou para o homem e disse:
– De fato, há três obsessores com
você, mas eles são muito poderosos e não posso tirá-los.
O homem ficou com medo e pensou que
estava arruinado, pois se nem o médium conseguia tirá-los, sua vida seria
arrasada pelos espíritos negativos.
– “Quem são esses obsessores? ” ,
perguntou o homem.
O médium respondeu: – São três os
seus obsessores:
– O primeiro obsessor é o apego. Sim,
o apego que você tem em relação a sua esposa. Ela já terminou com você e mesmo
assim você fica insistindo num casamento que já deu claros sinais de término. O
apego é um grande obsessor, um dos maiores dos seres humanos.
– O segundo obsessor é o medo. Esse é
um obsessor fortíssimo, pois paralisa nossa vida e não nos deixa caminhar. É
outro grande obsessor do ser humano.
– O terceiro obsessor que está em
você é a acomodação. Sim, a acomodação vem da preguiça ou de uma fuga dos
problemas, e a acomodação nos faz estagnar, parar e até mesmo morrer por
dentro. Uma pessoa acomodada costuma abdicar de suas forças para lutar e fica
presa dentro do próprio conformismo que criou.
Esses são os seus três obsessores.
Eles não são espíritos e não havia nenhum desencarnado com você.
Esses e outros obsessores vivem no
coração do ser humano, e somente ele pode dissolvê-los para sempre. Se vier
algum espírito sombrio, ele só poderá agir em você ativando alguns desses
obsessores internos. Por isso que eu disse que nada posso fazer para
remove-los, pois somente você é capaz de gerar essa transformação em ti mesmo.
Quais são seus maiores obsessores?
Não importa quais sejam. Você pode vencê-los através da libertação e do
despertar espiritual.
Hugo Lapa-Fonte: Kardec Rio Preto
segunda-feira, 16 de abril de 2018
COMO O ESPIRITISMO ENCARA OS TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS?
O assunto não foi, evidentemente,
tratado por Kardec, mas o Dr. Jorge Andréa, no seu livro Psicologia Espírita,
págs. 42 e 43, examinando o tema, assevera que não há nenhuma dúvida de que,
nas condições atuais da vida em que nos encontramos, os transplantes devem ser
utilizados.
“A conquista da ciência é força
cósmica positiva que não deve ser relegada a posição secundária por pieguismos
religiosos. Por isso, chegará o dia em que poderemos avaliar até que ponto as
influências espirituais se encontram nesses mecanismos, a fim de que as
intervenções sejam coroadas de êxito e pleno entendimento”.
Perguntaram a Chico Xavier se os
Espíritos consideram os transplantes de órgãos prática contrária às leis
naturais.
Chico respondeu: “Não. Eles dizem que
assim como nós aproveitamos uma peça de roupa que não tem utilidade para
determinado amigo, e esse amigo, considerando a nossa penúria material, nos
cede essa peça de roupa, é muito natural, aos nos desvencilharmos do corpo
físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles,
que possam utilizá-los com segurança e proveito”.
Todos podemos doar nossos órgãos ou
há casos em que isso não se recomenda?
É claro que todos podemos.
A extração de um órgão não produz
reflexos traumatizantes no perispírito do doador.
O que lesa o perispírito, que é nosso
corpo espiritual, são as atitudes incorretas perpetradas pelo indivíduo, e não
o que é feito a ele ou ao seu corpo por outras pessoas.
Além disso, o doador desencarnado é,
muitas vezes, beneficiado pelas preces e pelas vibrações de gratidão e carinho
por parte do receptor e de sua família.
A integridade, pois, do perispírito
está intimamente relacionada com a vida que levamos e não com o tipo de morte
que sofremos ou com a destinação de nossos despojos.
Há casos, no entanto, que a doação ou
a extração de órgãos não se recomenda.
No dia 6 de fevereiro de 1996,
atendemos um Espírito em sofrimento, que recebera o coração de um jovem morto
num acidente, o qual, sem haver compreendido que desencarnara, o atormentava no
plano espiritual, reclamando o coração de volta.
Curiosamente, o Espírito que recebera
o órgão sabia estar desencarnado e lembrava até haver doado as córneas a outra
pessoa.
Indagaram a Chico Xavier: “Chico,
você acha que o espírita deve doar as suas córneas? Não haveria nesse caso
repercussões para o lado do perispírito, uma vez que elas devem ser retiradas
momentos após a desencarnação do indivíduo?”.
Respondeu o bondoso médium mineiro
(“Folha Espírita”, nov/82, apud “Chico, de Francisco”, pág. 84):
“Sempre que a pessoa cultive
desinteresse absoluto em tudo aquilo que ela cede para alguém, sem perguntar ao
beneficiado o que fez da dádiva recebida, sem desejar qualquer remuneração, nem
mesmo aquela que a pessoa humana habitualmente espera com o nome de
compreensão, sem aguardar gratidão alguma, isto é, se a pessoa chegou a um
ponto de evolução em que a noção de posse não mais a preocupa, esta criatura
está em condições de dar, porque não vai afetar o perispírito em coisa alguma.
No caso contrário, se a pessoa se
sente prejudicada por isso ou por aquilo no curso da vida, ou tenha receio de
perder utilidades que julga pertencer-lhe, esta criatura traz a mente vinculada
ao apego a determinadas vantagens da existência e com certeza, após a morte do
corpo, se inclinará para reclamações descabidas, gerando perturbação em seu
próprio campo íntimo. Se a pessoa tiver qualquer apego à posse, inclusive dos
objetos, das propriedades, dos afetos, ela não deve dar, porque ela se
perturbará”.
Anos depois dessa resposta,
registrou-se o caso Wladimir, o jovem suicida que foi aliviado em seus
sofrimentos post-mortem graças às preces decorrentes da doação de córneas por
ele feita, mostrando que, mesmo em mortes traumáticas como essa, a caridade da
doação, quando praticada pelo próprio desencarnante, é largamente compensada
pelas leis de Deus.
(O caso Wladimir é narrado no livro
“Quem tem medo da morte?”, de Richard Simonetti.)
Do site “O Consolador” - Estudos
Espíritas
Fonte: ESPIRIT BOOK
VISITAS ESPIRITUAIS ENTRE PESSOAS VIVAS.

Os princípios analisados sob o título
“o sono e os sonhos” se aplicam ao presente estudo, com a diferença de que,
neste, o intercâmbio se dá entre os chamados “vivos”, isto é, entre encarnados.
Existe outra variedade do fenômeno,
menos frequente, em que o Espírito encarnado, durante o próprio sono, visita
outro encarnado acordado, podendo o visitante ser ou não visto pelo visitado.
No caso de o visitante tornar-se visível ao visitado, o fenômeno é designado
como “bilocação” ou “bi corporeidade”,[ii]espécie do gênero “ubiquidade”, que é
a faculdade de estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo, na acepção do
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
Sendo o Espírito uma unidade
indivisível, a ele é impossível estar em dois ou mais lugares simultaneamente,
contudo, esta indivisibilidade não o impede de irradiar seus pensamentos para
diversos lados e poder assim manifestar-se em muitos pontos, sem se haver
fracionado, como acontece com a luz, que esparrama seus raios à sua volta.
Contudo, nem todos os Espíritos irradiam com a mesma potência. A capacidade de
irradiação está diretamente ligada ao desenvolvimento de cada um.
Uma pessoa, encontrando-se
adormecida, ou num estado de êxtase leve ou profundo, pode, em Espírito, semi
desligado do corpo, aparecer, falar e mesmo tornar-se tangível a outras
pessoas. E, de fato, poder-se-á comprovar que estava em dois lugares ao mesmo
tempo. Só que em um lugar estava o corpo físico, noutro o Espírito revestido
pelo seu perispírito, momentaneamente visível e tangível.
A bi corporeidade, embora seja um
acontecimento importante, tem sido ignorada por muitos, como se fosse, sempre,
produto da imaginação, impressão que é reforçada pelo fato de que, na maioria
das vezes, pouca ou nenhuma lembrança guardamos do que se passa durante o
desdobramento, como elucida Gabriel Delanne.[iii]Isso demonstra o quanto
desconhecemos a própria natureza espiritual e os nossos potenciais.
Segundo o Espírito André Luiz, em
obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, ainda temos muitas
dificuldades de compreender os mecanismos das alterações da cor, densidade,
forma, locomoção e ubiquidade do corpo espiritual (perispírito), por não
dispormos, na Terra, de mais avançadas noções acerca da mecânica do
pensamento.[iv]
Kardec explica como se dá a bi
corporeidade, concluindo que, por mais extraordinário seja, tal evento, como
todos os outros, se enquadra na ordem dos fenômenos naturais, pois decorre das
propriedades do perispírito.[v]
Indicamos para consulta o terceiro
volume da Revista Espírita – Jornal de Estudos Psicológicos, março de 1860,
editada pela FEB, no qual desponta uma experiência realizada por Kardec,
promovida com um encarnado (Dr. Vignal), membro da Sociedade Parisiense de
Estudos Psíquicos, que foi invocado durante o sono, de cujo exemplar colhemos
interessantes observações comparativas entre as sensações de um “vivo” e de “um
morto”, sobre as suas faculdades de ver, ouvir e perceber as coisas, entre
outras informações importantes.[vi]
Excetuando-se a bi corporeidade,
assim como a visita entre encarnados e desencarnados, o encontro de pessoas
encarnadas durante o sono é também um fato bem corriqueiro, do qual nem sempre
nos damos conta, como vimos, devido à amnésia após o despertamento do sono.
Gustave Geley (1865-1924), cientista
renomado, ex-diretor do Instituto Metapsíquico de Paris, médico em Nanci, com
base em suas incansáveis pesquisas, assim conceituou morte e vida, fenômenos
intrinsecamente ligados ao tema ora em estudo:
“A desencarnação é um processo de
síntese, síntese orgânica e síntese psíquica.
A encarnação é um processo de
análise. É a subdivisão da consciência em faculdades diversas, e do sentido
único em sentidos múltiplos, para facilitar seu exercício e conduzir seu
desenvolvimento.”[vii](Realcei).
As circunstâncias que levam os
Espíritos a se buscarem durante o sono é algo semelhante ao que se dá na Terra,
quando temos vontade de visitar nossos familiares, parentes e amigos, com a
diferença de que, nos encontros espirituais, estamos despojados da máscara do
corpo de carne e, de certa forma, despojados dos papéis provisoriamente
executados na vida de relação social.
No estado do sono, o Espírito fica
preso ao corpo por uma espécie de fio condutor ou filamento,[viii]designado por
Kardec como “rastro luminoso”[ix]ou “laço fluídico”,[x]por meio do qual passam
as impressões e as vontades da alma até o cérebro do encarnado. O mesmo
processo se dá nas outras formas de desdobramento, conscientes ou não, como no
caso, por exemplo, dos fenômenos mediúnicos, em que o médium empresta seu
organismo físico para as entidades se comunicarem por meio da fala (psicofonia)
ou pela escrita (psicografia). Portanto, os Espíritos que não apresentam esse
laço ou cordão fluídico estão desencarnados.
Há vários relatos na literatura
espírita sobre a visita entre pessoas vivas, durante o sono ou desdobramento,
como, por exemplo, nos episódios narrados por Kardec em O Livro dos Médiuns,[xi]em
especial caso dos “Santos” Afonso e Antônio de Pádua.
Estes dois últimos foram retirados,
como diz Kardec, não das lendas populares, mas da história eclesiástica:
“Santo Afonso de Liguori foi
canonizado antes do tempo prescrito, por se haver mostrado simultaneamente em
dois sítios diversos, o que passou por milagre.
Santo Antônio de Pádua estava
pregando na Itália, quando seu pai, em Lisboa, ia ser supliciado, sob a
acusação de haver cometido um assassínio. No momento da execução, Santo Antônio
aparece e demonstra a inocência do acusado. Comprovou-se que, naquele instante,
Santo Antônio pregava na Itália, na cidade de Pádua.”[xii](Realcei).
No homem, a vida se apresenta como se
fosse uma moeda de duas faces: a do corpo e a da alma, duas fases de uma só
existência. Na primeira, o Espírito está constrangido pelo esquecimento em
virtude dos laços carnais, sendo que a influência da matéria é tão grande que,
muitas vezes, nem se dá conta de que é um Espírito imortal. Na segunda,
vendo-se livre dos laços físicos, as faculdades do Espírito ampliam-se e,
conforme o caso, ele pode ajuizar um pouco melhor da sua situação de ser
imortal, circunstância que influi grandemente nas suas decisões, durante a
vigília.
Como a primazia é da alma, por
preexistir e sobreviver a tudo, o Espírito, durante a encarnação, se sente um
“prisioneiro” ou “exilado” no organismo físico, razão pela qual aproveita todas
as brechas ou os momentos de desprendimento, para se retemperar no mundo
espiritual, onde se encontra com os seus semelhantes, para os quais é atraído
por afinidades e por interesses acalentados em seu íntimo, de acordo com o seu
estágio evolutivo.
Aquele que se deu conta desta
realidade, antes de se entregar ao repouso noturno, procure fazer uma prece, de
modo a ter um repouso tranquilo, oportunidade em que poderá, nesses instantes
de liberdade, haurir forças e consolo para continuar lutando pelo próprio
progresso, “e, ao despertar, sentir-se-á mais forte contra o mal, mais corajoso
diante da adversidade”.[xiii]
Artigo publicado na Revista
Reformador
Fonte: * ESPIRIT BOOK
domingo, 15 de abril de 2018
UM POUCO DO QUE DESCOBRIMOS QUANDO NOS TORNAMOS ESPRITAS
Quando eu era criança, minha família
era católica, minha mãe nos levava na missa de domingo e fiz a comunhão, como
era a tradição da família. Para mim a religião era isso, rezar um Pai Nosso e uma
Ave Maria quando estava aflita e pronto. Caridade e ação no bem era coisa para
padre e freira, ou similares de outras religiões; as pessoas normais só iam à
missa. Essa foi a minha fase de católica não praticante.
Na fase adulta, aos poucos, fui me interessando
por reflexões mais profundas sobre a vida. Os assuntos exotéricos começaram a
me chamar a atenção e li alguns livros sobre o assunto. Depois fui fazer yoga e
estudávamos com a professora, na fase mais aprofundada, livros de autores
hindus, suas leis morais e Os Upanishads, que era a parte final dos Vedas.
Aquilo tudo fazia muito sentido para mim, mas não me completava.
Notei a existência do Espiritismo
porque um casal de tios meus paternos eram espíritas. Depois, num belo dia, eu
procurava um livro que me interessasse na livraria, quando olhei para uma cesta
cheia de livros em oferta. Bem à vista, li “O Livro dos Médiuns, de Allan
Kardec”. Pensei: “Vai que sou médium e estou sendo convidada por espíritos a
ler!”. Levei e quando abri, achei muito complicado. Guardei na prateleira de
livros e lá ficou por um bom tempo parado.
A partir daí, o Espiritismo começou a
entrar devagarinho em minha vida e comecei a ler os livros espíritas, a
frequentar uma casa espírita e rapidamente entrei no Estudo da Doutrina e lia
feito uma sedenta que encontra água no deserto. Finalmente tinha encontrado
algo que fazia sentido, que me completava.
Existem muitas sendas para se chegar
a Deus, mas a minha era essa.
No Espiritismo aprendemos que não
somos “eu” mais, somos “nós”, portanto, a partir de agora não uso mais “eu”
neste ensaio.
Aprendemos que a caridade é que nos
salva, pois quando ajudamos os outros espontaneamente, já é uma evidência que
evoluímos espiritualmente e, pela lei da ação e reação, o bem volta para nós,
logo, ao fazermos os outros felizes, ficamos mais felizes. Todas as células do
corpo sorriem e uma pálida luzinha se acende em nós. Não é mais só dever dos
padres e das freiras ajudarem os outros. Nós somos os instrumentos de Jesus
para que todos se sintam felizes. Somos médiuns dos Espíritos parecidos
conosco, ou pouco mais ou menos evoluídos. Vamos viver várias vidas até que os
nossos sentimentos sejam humanos de verdade, então não precisaremos viver num
corpo denso de carne.
Aprendemos que um verdadeiro Espírita
é o que atua, age no bem e tenta não falar mal dos outros, não julgá-los, não
criticá-los, ser menos orgulhoso, menos vaidoso e menos egoísta. Mas todos nós
sabemos o quanto é difícil. Jesus disse: “Sedes perfeitos”, mas sabemos que não
é fácil. Custa muito caro o trabalho de “conhecer-se a si mesmo” e descobrir as
sombras que não queremos enxergar, vida após vida.
Assumimos um compromisso com a casa
espírita onde trabalhamos o que para os outros é fanatismo, é coisa de padre,
pastor, freira etc. Aliás, lá aprendemos na prática que os maiores necessitados
somos nós mesmos. Lá é onde compreendemos que a nossa cura está em nossas mãos,
mas que podemos ser instrumentos de ajuda na cura das pessoas que vão pedir
ajuda e dos espíritos desencarnados trazidos pelos bons espíritos da casa. Lá é
o nosso ensaio de como ser com a família e com todas as pessoas. Tentamos ser
igual com todos sempre, mas são tentativas, ainda erramos, muito. Aceitamos
qualquer pessoa nas casas espíritas, independente do credo, cor ou sexo.
Aprendemos que precisamos ser muito
resolutos e disciplinados para treinar o nosso teimoso cérebro, que se
acostumou a fazer tudo automaticamente de acordo com o ego, não com o bom
senso. Descobrimos que somos totalmente responsáveis por absolutamente tudo que
nos acontece. Isso nos dói, por isso muitos fogem.
O ideal do Espírita é ser bom,
melhorar-se, conhecer-se, assim aprimorando a mediunidade para sintonizar-se
com espíritos bons.
E sobre a humildade? Emmanuel, o
Espírito mentor de Chico Xavier, nos orientou: “Seja humilde para evitar o
orgulho, mas voe alto para alcançar a sabedoria”. Isso implica o uso da razão.
Precisamos saber mais, crescer intelecto e moralmente, mas não precisamos sair
por aí nos jactando, pois somos espíritos endividados e com muito a crescer e
não somos melhor que ninguém, se temos o que temos foi pura misericórdia
divina, recebemos muito mais do que merecemos.
Jesus nos ensina que se conhece a
árvore pelos frutos que dá. Graças a Deus, o Espiritismo tem dado bons frutos.
É só fazer uma busca no google e ver as obras de caridade do espiritismo pelo
Brasil e pelo mundo. Existem outras organizações no planeta que fazem muita
caridade, pois são vários os caminhos a Deus. Qualquer um pode ser bom e
conquistar o Reino do Céu que Jesus falava, é só se esforçar e agir, pois temos
Deus na nossa consciência. Isso, aprendemos no Espiritismo também. E muito mais
que está na Codificação de Kardec e em muitas outras obras psicografadas por
grandes espíritas.
Aprenderemos também que o Espiritismo
avança lado a lado com a ciência, explicando sobre forças imateriais sensíveis
pelos sentidos humanos, não pelos olhos que vêm a matéria. E mostra que vamos
evoluindo até ser um espírito de Luz; qualquer um pode, é só querer curar-se.
As pessoas normais a que me referi no
primeiro parágrafo são as sem religião, materialistas, com a consciência
adormecida, centrados em si mesmos, mas agora, o planeta está numa
transformação e todos os “normais” estão sendo convidados por Jesus a serem
anormais, ou seja, aceitarem Deus e acordar para a vida verdadeira. Ele nos
fala no Seu Evangelho que o Espiritismo é a terceira tentativa para alertar os
que dormem. Estamos na undécima hora, mas tem vaga ainda para merecer herdar a
terra, mas precisamos ser mansos de coração, bem com Jesus mostrou e mostra,
porque Ele nunca nos deixou e quem nunca foi não precisa voltar.
A descoberta disso tudo é uma
salvação. Agradeçamos a Jesus, a Espiritualidade Maior, a Deus, que nos enviou
Kardec e todos os outros que o sucederam e solidificaram o Espiritismo que tem
salvado muitas vidas encarnadas e desencarnadas no Planeta Terra. Agradeçamos
por sempre estarem conosco. Que bom ser anormal!
Maria Lúcia Garbini Gonçalves
“O MONSTRO ADORMECIDO DENTRO DE NÓS. ”
É comum ouvirmos comentários em geral
dizendo: “se eu voltar numa outra vida quero ser de outro sexo”, “na próxima
encarnação não quero casar, ou não quero ter filhos”. Outros dizem que é melhor
ser cachorro de rico, do que filho de pobre. Em fim, são tantas as assertivas,
e por incrível que pareça muitas das pessoas que falam em vida futura, não
acreditam no retorno do espírito à carne.
Também é comum comentarem o que
teriam sido em vida passada, quando fazem uma relação dos momentos que vivem
atualmente, mas a maioria não acredita já ter vivido anteriormente.
Como pertencemos a variante das
pessoas que não duvidamos de que já vivemos várias vidas e vamos viver tantas
outras ainda, portanto acreditamos na reencarnação, já que o corpo se decompõe,
mas o espírito sobrevive, e temos provas disso por ocasião das atividades
mediúnicas, onde recebemos vários depoimentos e mensagens dos que se foram,
tratamos com seriedade essa questão e procuramos viver consciente da Lei de
Retorno.
Como pela Misericórdia Divina
esquecemo-nos das vidas passadas, pois assim é possível voltarmos a conviver
com desafetos do pretérito e solucionar as contendas, devemos ter cuidado para
não deixar eclodir costumes, manias, hábitos que tivemos em outras existências,
principalmente vícios dos mais diversos.
O apóstolo Paulo nos disse que “tudo
nos é lícito, mas nem tudo nos convém”, e é exatamente o que devemos observar
quando nos é oferecido algo pernicioso a nossa saúde e que poderá aflorar algo
que se encontra adormecido em nós.
Quantas pessoas que a certa altura da
vida resolve provar alguma bebida, droga, energéticos, estimulantes,
aromatizantes e a partir dai não mais conseguem abster-se? Certamente estas
pessoas acabam acordando um mostro que estava adormecido e que muitas vezes foi
difícil de ser tratado no passado, e agora ao ser provocado, reaparece com
força total.
Convenhamos! Certas atitudes não
devemos levar em consideração ao nos serem apresentada nesta vida! Infelizmente
já vi pais que ao ingerirem cerveja, molham a boca do filho que traz ao colo,
querendo demonstrar que o inocente é “macho”. Uma irresponsabilidade cuja
atitude poderá ter sérias consequências, principalmente pelo adulto não
conhecer algumas questões da vida e não dar uma interpretação correta das Leis Divina.
Trazemos gravado o histórico do que
fomos na vida anterior e poderemos ter a tendência de voltarmos a incorrer nos
mesmos erros se não estivermos vigilantes. Façamos o que o Mestre Jesus nos
disse: “vigiai e orai”, e evitemos consequências tristes.
Nilton Cardoso
Fonte: Portal do Espirito
sábado, 14 de abril de 2018
“A VIDA NO PLANO ESPIRITUAL PARA OS ESPÍRITOS QUE TEM MERECIMENTO”
Na visão do Espiritismo, nossa alma
não morre junto ao corpo. Ela é dirigida ao Plano Espiritual, onde aguarda uma
nova oportunidade de voltar à vida física. Mas, enquanto essas almas estão lá,
o que fazem? Confira agora um pouco da rotina que é levada no mundo espiritual.
A rotina no mundo espiritual. O tempo no Plano dos Espíritos é diferente do
tempo como o conhecemos. E a sua rotina também se diferencia da nossa, visto
que eles têm uma noção mais ampla do período do qual dispõem para dar conta de
suas obrigações. Na colônia Nosso Lar, por exemplo, André Luiz relata situações
do cotidiano dos espíritos que lá habitam.
Assim como no mundo físico, eles
acordam após algum período de descanso que, para nós, seria o equivalente ao
sono noturno. Ao despertar, fazem suas preces de agradecimento e reconhecimento
ao criador para, em seguida, fazer a higiene pessoal e, quando ainda
necessitam, fazer também o desjejum, ou seja, a primeira alimentação do dia.
Somente após estas etapas de preparo
é que eles se dirigirão aos seus locais, onde vão desempenhar as suas funções
de trabalho ou estudo.
Não entre em pânico com o que você acabou
de ler. Quanto mais evoluído o espírito for, menos necessitará de repouso,
porém, outros espíritos ainda necessitam dormir à semelhança de quando ainda
estavam encarnados.
Talvez nunca lhe tenham falado, mas
espíritos recém-chegados às colônias espirituais e aqueles que lá habitam por
pouco tempo, bem como espíritos que têm mais dificuldade de se desapegarem dos
hábitos terrenos, ainda mantêm determinados comportamentos típicos de
encarnados, como se alimentarem, usarem o banheiro, fazerem a higiene pessoal –
tudo feito exatamente como quando ainda estavam encarnados.
Isto só é possível graças ao
Perispírito que está impregnado dessas informações.
Como as colônias espirituais foram
criadas com o objetivo de proporcionar a seus moradores a mesma sensação de
habitar uma cidade terrena, tudo por lá é uma cópia perfeita de tudo que se vê
por aqui.
Um detalhe importante: nem todos os
espíritos são capazes de retirar do fluido cósmico universal a energia para
alimentar seu Perispírito. Então, eles contam com a ajuda dos moradores das
colônias que os acolhem para o preparo de alimentos a base de sucos, sopas e
frutas.
A organização de uma colônia respeita
diretrizes muito semelhantes àquelas que já conhecemos por aqui. Assim, ao
desencarnar e ser designado para cumprir determinada função, qualquer espírito
terá uma ideia básica de como a “máquina pública” funciona por lá.
Como ensina André Luiz, no livro
Nosso Lar, toda colônia tem um governador, ou seja, uma espécie de prefeito ou
administrador. Após assumir seu mandato, este espírito administrador reúne sua
equipe de ajudantes, que em Nosso Lar é conhecida como ministros e se
equivaleria, aqui, aos secretários do prefeito.
A partir daí, cada repartição tem um
responsável encarregado de zelar pelo seu bom funcionamento. Todas as escolas,
os hospitais, os departamentos dos ministérios têm seus diretores.
Esses diretores têm seus auxiliares
que, por sua vez, têm colegas de trabalho para o exercício de suas funções.
Como informa André Luiz, assim que o espírito recém-desencarnado ou
recém-chegado à colônia se sente disposto, é convidado a ocupar seu tempo, seja
através do estudo ou prestação de serviços.
Nas colônias, não há empresas e toda
a demanda de produção de trabalho e serviços é comandada pela administração
local desde a produção de alimentos fluídicos, vestes, viagens, remédios, etc.
Para os espíritos comprometidos com o
bem, não há ócio e nem tempo a perder. Se você pensa que vai passar a
eternidade à toa quando desencarnar, se engana, porque trabalho por lá é o que
não falta.
Os desencarnados têm obrigações,
assim como qualquer encarnado. A única diferença para quem está por lá é que
eles trabalham para seu aprimoramento moral, espiritual ou simplesmente pelo
bem-estar, que o trabalho ou amparo ao próximo proporciona.
Enquanto aqui as pessoas trabalham
para acumular bens, no plano espiritual cada espírito dispõe apenas do
necessário para o funcionamento normal. Na colônia Nosso Lar, por exemplo,
existe até pagamento para aqueles que estão inseridos no trabalho local.
É o Bônus Hora, uma espécie de moeda
corrente na colônia, que visa incentivar uma troca merecida entre quem trabalha
e quem desfruta do conforto da colônia. Segundo o espírito André Luiz, a adesão
é grande. Um exemplo muito interessante é a questão do vestuário. Em algumas
colônias existe um departamento para cuidar da produção de peças de roupas para
aqueles espíritos que não conseguem plasmar as próprias vestes.
Trabalho, trabalho, trabalho…
Falando dessa forma, parece que os
espíritos só pensam em trabalhar e nada mais. Na verdade, não é bem assim. É
recomendado que cada cidadão dedique seu tempo ao trabalho, ao estudo e ao
lazer de forma que possa aproveitar bem a estadia no plano espiritual e
programar suas reencarnações futuras.
O espírito nunca retroage e, como
conhecimento nunca é em demasia, nada custa a ele aprender cada vez mais.
Às vezes, o próprio trabalho é uma
escola e prepara o espírito para funções que ele poderá ter quando reencarnar.
Por exemplo, um espírito que trabalha como auxiliar dos médicos do plano
espiritual pode, ao reencarnar, escolher seguir carreira na medicina. Acontece
também de forma contrária, como um espírito que trabalhou na área médica
desempenhar funções parecidas no plano espiritual, desde que esteja capacitado.
As colônias se localizam muito
próximas à crosta terrestre e, segundo ensinam os mentores espirituais, muitas
coisas que fazemos aqui, inclusive muitos dos objetos que usamos, são
adaptações do que já existe por lá.
A nossa rotina também é muito
parecida. Por exemplo, o lazer é sempre gozado em atividades que engrandeçam o
espírito, como peças de teatro, concertos musicais, leituras, passeios pela
colônia e em visitas a colônias vizinhas, etc.
Leva-se uma vida muito boa, sem
estresse, sem perturbações e é quando o espírito tem tempo de sobra para
trabalhar, estudar e curtir a vida na forma mais bela e prazerosa que existe.
Passeios maravilhosos, concertos
musicais, palestras edificantes, encontros com amigos já desencarnados, visitas
ao plano físico… Enfim, a vida lá é bastante movimentada e interessante.
OBS- Comentário
nosso...
Quando alguém desencarna costumamos
ouvir: - Descansou. Puro engano. Veja o que disse Chico Xavier: "Se
esperamos por descanso depois da morte, estamos mal informados. A morte é a
vida que se desdobra, plena de trabalho em todos os sentidos… Descansar mesmo o
Espírito só descansa quando está no Ventre Materno!…"Outro engano é acreditar
que Deus criou o mundo em 6 dias e no 7º descansou. Jesus acabou com esta
alegoria quando disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu também.” (João 5:17).
No plano espiritual também há
trabalho. Por exemplo: André Luiz, no livro Nosso Lar, conta que se candidatou
ao trabalho. Lá todos os moradores precisam se envolver em algum trabalho útil
em prol do próximo, e o mínimo exigido são de 8 horas de trabalho diário,
podendo ser excedido em 4 horas diárias. Esse número só pode ser alterado em
casos excepcionais que exijam dedicação total dos trabalhadores. Tobias
informou André Luiz que na preparação de sucos, tecidos e artefatos em geral,
Nosso Lar dá trabalho há mais de 100 mil criaturas, que se regeneram e se
iluminam ao mesmo tempo. A colônia possui programas de trabalho numeroso para
que todos possam se integrar a ele, independente da profissão que tiveram na
Terra. Assim como há a lei do trabalho no Nosso Lar, há também a lei do
descanso para que não sejam sobrecarregados mais uns que outros. Há também
remuneração. A cada hora de serviço, o trabalhador ganha o chamado BÔNUS HORA,
que não é exatamente uma moeda, mas uma ficha de serviço individual com valor
aquisitivo. Quem acumula o BÔNUS HORA pode adquirir uma casa ou roupas. Poderá
trocar por oportunidades nos lugares consagrados ao entretenimento. Poderá
freqüentar escolas nos Ministérios. Os habitantes da colônia recebem provisões
de pão e roupa, no que se refere ao necessário; mas os que se esforçam para
obter o BÔNUS HORA conseguem certas prerrogativas na comunidade social. O
ocioso vestirá, sem dúvida; mas o operário dedicado vestirá o que melhor lhe
pareça. A maioria consegue 72 bônus horas por semana, contando as 4 horas
extras diárias. Mas nos serviços de grande sacrifício, a remuneração pode ser
duplicada, e as vezes, triplicada. O verdadeiro ganho da criatura é de natureza
espiritual e o bônus hora modifica-se em valor substancial, segundo a natureza
dos serviços. As aquisições fundamentais constituem-se de experiência,
educação, enriquecimento de bênçãos divinas, extensão de possibilidades. Os
fatores assiduidade e dedicação representam quase tudo. A propriedade em Nosso
Lar é relativa. Cada família espiritual pode conquistar um lar com 30 mil bônus
hora. É limitada a somente um lar. A Ministra Veneranda recebeu a medalha do
Mérito do Serviço, por ser a primeira entidade da colônia que havia conseguido,
até aquele momento, um milhão de horas de trabalho útil, sem reclamar e sem
esmorecer. Lembremos que, Nosso Lar está localizada sobre a cidade do Rio de Janeiro
e é uma das milhares cidades espirituais. Não sabemos para qual delas iremos.
Fonte:
Grupo Socorrista Obreiros do Senhor
Jerônimo Mendonça Ribeiro
https://www.facebook.com/GRUPOSOCORRISTA?fref=ts&hc_location=ufi
sexta-feira, 13 de abril de 2018
“PAI IRRESPONSÁVEL PEDE SOCORRO EM MENSAGEM PSICOGRAFADA. ”
Senhor, não sei se sou digno de estar
aqui para mais um pedido. Eu sei bem o que fiz e o que causei a muitos,
principalmente à minha família. Mas necessito muito do seu perdão Senhor, meu
Deus, meu Pai que tudo sabe e que tudo vê!
Pequei contra a vida, não só contra a
minha, mas de muitos companheiros. Enganei, fui cruel e não tive dificuldade em
fazer, na verdade, sentia certo prazer. Eu gostava de ser o chefe, mandar,
humilhar e fazer crueldades com aqueles fracos e medrosos que viviam pedindo
clemência e piedade.
Hoje estou aqui me sentindo um fraco
e pedindo a Sua misericórdia.
Fui um chefe do tráfico em uma
favela, digo, comunidade. Trafiquei, mandei matar, viciei vários garotos,
crianças e até idosos, todos que eu via como possíveis consumidores e, com a
simpatia de um lobo, pegava as minhas vitimas.
Fiz fortuna e criei uma grande
facção, construí um lar, e tive filhos que foram também minhas vitimas.
Infelizmente, não existia em mim sentimento paterno, tudo que eu via era
dinheiro, glória e poder. Fiz com que meus filhos assumissem bocas de fumo e
fui influenciando todos os três até conseguir infiltrá-los no crime e no
tráfico.
Os negócios cresciam de uma forma
terrível, comecei a expandir para o tráfico de armas pesadas, munições, carros
e motos. E logo já estávamos infiltrados no mercado de roubo de carros,
caminhões com cargas valiosas, enfim, tudo ficando muito perigoso.
Um dia, no auge do meu delírio de
chefe e me sentindo poderoso, fui até uma instalação governada por meu filho,
José Henrique, e, como é meu costume chefiar e mandar, percebi algo estranho no
olhar de meu filho que eu considero o mais esperto e cruel. Não tinha perdão
era temido por todos em sua área e vi que ali, naquele olhar, existia perigo e
comecei a ficar preocupado. Vivia me questionando: “será que o meu próprio
filho vai me trair? Eu acho que ele quer o meu lugar! Não pode ser, eu ensinei
a ele tudo, dei poder, dinheiro, não pode ser!”
Enfim o que eu temia aconteceu, fui
traído pelo meu filho e fuzilado diante de todos, de todos aqueles que eu
julgara meus “comparsas e fieis”.
Com o passar do tempo aqui na
espiritualidade, fui responsabilizado por tudo que fiz e, com misericórdia de
Deus, fui resgatado e hoje, evangelizado e ciente de todo o mal que causei,
quero pedir ao Pai que me deixe ser o anjo e resgatar o meu filho José no
umbral e trazê-lo para a luz, pois me sinto responsável por ele estar naquele
lamaçal onde há ranger de dentes, lamentos e escuridão.
Por favor, Senhor, me dê essa graça
de poder resgatar o filho que eu não soube amar.
Deixo, aqui, o meu pedido. Que o
Senhor tenha piedade de José Henrique e misericórdia de mim, um pai
irresponsável.
Cristiano Leandro.
Psicografia recebida em 2018.
Médium: M. Nicodemos.
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