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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

"PACTOS COM ESPÍRITOS"

Existem diversos tipos de pactos espirituais que uma pessoa pode fazer. Há os pactos do encarnado com outro encarnado, como, por exemplo, o pacto de sangue com finalidades amorosas, que é o mais conhecido. Há também os pactos realizados de encarnados com desencarnados. Esses pactos também podem envolver sangue, rituais, matança de animais, símbolos mágicos, etc. O pacto é um compromisso firmado com um ou mais espíritos que nos ligam a eles karmicamente, e servem, na maioria das vezes, para se obter conquistas mundanas. Vamos entender melhor o que é um pacto, suas consequências e como podemos nos libertar deles.
Quando Jesus passou pelas provações no deserto, em uma das tentações o “diabo” o levou ao alto de um monte. Daquele ponto mostrou-lhe todos os reinos da Terra e depois disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares”. Dizem que essa foi a tentação mais difícil para Jesus. O tentador ofereceu o poder sobre o mundo inteiro, todos os reinos e pessoas. Jesus teria o poder sobre tudo e seria o homem mais rico e mais poderoso da Terra. No entanto, o diabo foi bem claro quando disse: “Dar-te-ei tudo isto se, prostrado, me adorares.” O tentador colocou uma condição: Jesus deveria servir o diabo; servir o mundo material e deixar de lado sua alma, seu espírito, seu interior.
Aqui reside a matéria prima de qualquer pacto firmado com o mal. Se Jesus tivesse aceitado a oferta do diabo, ele teria, nesse momento, constituído um pacto com o diabo, com as trevas, com o poder mundano. O que é o diabo na verdade? O diabo é o poder do mundo, as riquezas materiais, as seduções da vida corpórea, tudo aquilo que é parte do mundo externo e que nos gera satisfação, poder e conforto. Jesus teria esquecido de Deus e teria ficado preso ao mundo e ao poder mundano, caso tivesse aceitado a oferta do senhor do mundo. Mas como o próprio Jesus ensinou posteriormente aos seus discípulos: “De nada adianta uma pessoa ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma”. Assim, Jesus recusou o mundo e todo o seu poder e prazer, tornando-se um espírito mais puro, feliz, em paz e elevado.
Por isso dizemos que o pacto com uma entidade espiritual é sempre realizado quando a pessoa deseja algum beneficio no mundo. Aqueles que desejam ganhar no mundo podem utilizar os espíritos para realizar seu intento. Seja a cura de uma doença, um emprego, trazer a pessoa amada, poder, status, prejudicar uma pessoa, etc. A pessoa pode pedir também aos espíritos ganhos de conhecimento, pois conhecimento é poder. É comum que algumas pessoas invoquem entidades negativas para adquirir certos conhecimentos sobre magia e que lhe confiram mais poder. A sabedoria popular fala em “vender a alma ao diabo”. Vender a alma nada mais é do que firmar um pacto com o mundo material onde vamos estar tão ligados e apegados ao poder mundano e aos desejos materiais que isso trará como consequência a perda de nossa alma. Isso ocorre porque aqueles que ganham o mundo, perdem sua alma, abandonam sua essência e acabam perdendo a si mesmos… Por outro lado, aqueles que perdem o mundo, ganham sua alma e restituem a si mesmos. Assim, fazer um pacto com o diabo é desejar obter o mundo, algo que não pode ser obtido sem que a pessoa venha a perder aquilo que é mais importante e essencial em nossa vida… nossa alma, nosso espírito, ou seja, nós mesmos.
O pacto com espíritos segue essa mesma lógica. A pessoa firma um compromisso espiritual com entidades sombrias a fim de conquistar coisas, pessoas e poder. Geralmente não são feitos pactos com apenas um espírito, mas sim com vários. É comum se firmar pactos de compromisso, de sangue, ou de acesso a comunidades espirituais trevosas, onde existe toda uma hierarquia de poder. Esse grupo de espíritos pode, de fato, ajudar uma pessoa a conseguir algo num dado momento de sua encarnação. A pessoa fica feliz por ter obtido aquilo que desejava e permanece bem por um tempo. Uma mulher pode, por exemplo, pedir que seu marido volte para ela. O marido retornando ela vai ficar feliz , vai acreditar que o pacto deu certo e que ela tomou a melhor decisão. No entanto, com o passar do tempo, ela começará a sentir os duros efeitos do compromisso firmado.
Que efeitos são esses? É preciso esclarecer que pacto sempre tem como consequência principal o nosso aprisionamento psíquico ao grupo de espíritos no qual foi consolidado o compromisso espiritual. Ficamos conectados a energia deles, ligados a sua egrégora, submetidos a sua energia. Assim, eles podem começar a nos influenciar, nos controlar e nos usar de diversas formas. Muitas pessoas, a princípio, não percebem essa influência e acreditam que estão no controle. No entanto, com o passar do tempo, os efeitos se fazem mais presentes, a influência dessas entidades se torna mais forte, e quem fez o pacto acaba se tornando nada mais do que um vassalo dessas entidades. Ele passa a integrar esse grupo de espíritos e eles o usam de diversas formas. Mesmo que você dê muitas coisas aos espíritos, eles depois sempre vem pedir mais e mais. Eles nunca estão satisfeitos com o que você os ofereceu e pedem que você faça mais coisas. É como o ser humano comum que mesmo ganhando 500 mil reais, deseja ganhar 1 milhão. Mesmo ganhando 5 milhões, deseja depois ganhar 10 milhões. Mesmo tendo 500 milhões, não está satisfeito, e depois quer 1 bilhão. Os espíritos nada mais são do que seres humanos sem corpo físico, e, assim, seguem os mesmos padrões que nós.
Dessa forma, pacto firmado cria um elo entre a pessoa e o grupo de espíritos. Esse elo nada mais é do que uma ligação kármica, e assim pode permitir o livre acesso desses espíritos a nossa energia. Eles entram e saem de nossa mente à vontade. Para o encarnado se torna uma tarefa bastante difícil resistir a essa influência por causa do elo criado a partir do pacto. O encarnado pode tentar se libertar, mas não consegue, pois o pacto é uma força viva dentro dele e os espíritos agora podem não apenas controla-lo, como também constantemente roubam as suas energias. É curioso observar que muitas pessoas que fizeram o pacto acreditam que estão no controle total de suas vidas, quando na verdade eles estão sendo arrastados por forças que são maiores e mais letais do que ele imagina.
É muito comum o pacto gerar uma forte depressão na pessoa. Somente a mera presença dessas entidades nas proximidades da pessoa, rondando sua residência, seus aposentos, já é suficiente para se criar um clima negativo no local. Os pactos não são firmados apenas na vida atual. Há também pactos de vidas passadas e que subsistem até hoje. Várias pessoas que hoje desenvolvem quadros depressivos são indivíduos que, em vidas passadas, consolidaram pactos mágicos de diversos tipos com entidades sombrias. A magia na antiguidade era abundantemente praticada e muitos de nós a realizamos. A pessoa que se valeu dessas práticas em vidas passadas hoje pode se encontrar submissa aos espíritos e não conseguir dar continuidade a sua vida. Uma forte depressão pode se abater sobre ela. Podem surgir também doenças físicas, assim como pânico, ansiedade, estafa, desânimo generalizado, e outros sintomas.
Mas o que pode ser feito para se quebrar um pacto? Isso não é algo simples de ser feito e pode demorar um tempo, até mesmo uma vida inteira. Muitas pessoas entram em desespero ao sentirem os efeitos deletérios que o pacto gerou sobre elas, e assim recorrem a pessoas que supostamente os “desfazem”. Podemos afirmar que a maioria destas pessoas não faz exatamente o que promete e muitas vezes pode até mesmo agravar o problema. Não se desfaz um trabalho com outro trabalho de mesmo nível. Ao contrário, um pacto com as trevas só pode ser desfeito com nossa entrada no reino da luz, do bem e do amor. Não poderia ser de outra forma, pois a escuridão não destrói a escuridão; somente a luz pode dissipar a trevas.
A primeira coisa que a pessoa deve fazer para se livrar do pacto é mentalizar que o compromisso firmado foi encerrado e que não deseja mais servir as trevas, mas que agora inicia sua jornada no bem, no amor, na paz e serve unicamente a Deus. A pessoa pode pedir aos espíritos puros para desfazerem qualquer tipo de ligação espiritual produzida pelo pacto. Depois, a pessoa deve se desfazer de tudo aquilo que foi conseguido por intermédio das entidades. Se a pessoa, por exemplo, pediu aos espíritos um emprego e o conseguiu , ela deve largar esse emprego. Se a pessoa pediu que os espíritos trouxessem a pessoa amada de volta, ela deve contar a pessoa o que fez, pedir perdão a ela, arrepender-se do seu ato e terminar o relacionamento. Se a pessoa pediu a cura de uma doença, obviamente ela não poderá produzir novamente sua doença, mas deverá iniciar algum trabalho, projeto social ou terapia espiritual para ajudar outras pessoas a se libertarem de doenças semelhantes.
Isso nos remete a outra parte do ato de desfazer um pacto. A pessoa deve iniciar trabalhos no bem, de auxílio as outras pessoas, de preferência na área em que ela é mais sensível ou na área em que ela desejou algum ganho mundano. Se a pessoa pediu ao espírito para gerar uma doença em outra pessoa, ela deve pedir perdão a essa pessoa e tentar auxilia-la de alguma forma. Deve fazer de tudo para melhorar a vida do outro e dar-lhe condições dignas de vida. Algumas pessoas podem rechaçar essa ajuda. Se isso ocorrer, respeite o livre arbítrio do outro e não force nada. Comece um trabalho de caridade, de ajuda aos necessitados; faça o bem que você acredita ser bem para o outro. Isso vai te ajudar a gradualmente ir queimando o karma negativo criado pelo pacto. Use a luz para iluminar as trevas e tudo ficará bem.

(Hugo Lapa)

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

"OS EXILADOS DE CAPELA".No livro Os Exilados de Capela Edgard Armon pressupõe a existência de uma civilização muito desenvolvida, moral e intelectualmente, que habita o quarto planeta em órbita de Capella, estrela da constelação do Cocheiro.

Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres usam em seus estudos, observa-se uma grande estrela na Constelação do Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela.
Há vários milênios, um dos planetas da Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, atingiu o ponto máximo de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos.
Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, dificultando o progresso daqueles povos cheios de piedade e virtudes.
As grandes comunidades espirituais, diretoras do Cosmo, resolveram, então, trazer aqueles Espíritos aqui para a Terra longínqua.
Na Terra, eles aprenderiam a realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coração, impulsionando, simultaneamente, o progresso dos povos primitivos que habitavam este planeta.
Foi assim que Jesus, como governador da Terra, recebeu, à luz do Seu reino de amor e de justiça, aquela multidão de seres sofredores e infelizes.
Jesus mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolvendo-os no halo bendito da Sua misericórdia e da Sua caridade sem limites.
Abancou-lhes as lágrimas salutares, fazendo-lhes sentir os sagrados triunfos do futuro e prometendo-lhes a Sua colaboração cotidiana e a Sua vinda no porvir.
Esses Espíritos, vindos de um mundo em que o progresso já estava bem acentuado, guardavam no coração a sensação do paraíso perdido.
Ao encarnar na Terra, se dividiram em quatro grandes grupamentos dando origem à raça branca, ou adâmica, que até então não existia no orbe terrestre.
Formaram, desse modo, o grupo dos árias, a civilização do Egito, o povo de Israel e as castas da Índia.
Tendo ouvido a palavra do Divino Mestre antes de chegar à Terra, guardavam a lembrança da promessa do Cristo. 
Eis por que as grandezas do Evangelho foram previstas e cantadas alguns milênios antes da vinda do Sublime Galileu, no seio de todos os povos, pelos antigos profetas.
Dentre os Espíritos exilados na Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que mais se destacaram na prática do bem e no culto da verdade.
Importa considerar que eram eles os que possuíam menos débitos perante as leis Divinas.
Em razão de seus elevados patrimônios morais, guardavam no íntimo uma lembrança mais viva das experiências de sua pátria distante.
Uma saudade torturante de seu mundo distante, onde deixaram seus mais caros afetos, foi a base de todas as suas organizações religiosas.
Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.
Isso explica por que muitas raças que trouxeram grande contributo de conhecimentos à Terra, desapareceram há muito tempo.
Informações preciosas sobre a História da Humanidade terrestre foram trazidas pelo Espírito Emmanuel, através da mediunidade de Chico Xavier e constam do livro A caminho da luz.
Nesse livro você encontrará esclarecimentos sobre as grandes civilizações do passado, sobre a trajetória evolutiva do planeta, e muitas outras.
Irá saber porque Jesus afirmou que os mansos herdarão a Terra.
Descobrirá, também, que a Terra não está desgovernada; que no leme dessa gigantesca nave está Jesus, com mãos firmes e olhar sereno.
Os mundos também estão sujeitos à lei de progresso.
A Terra, por exemplo, já foi mundo primitivo, e hoje está na categoria de provas e expiações, que é apenas o segundo degrau da escala evolutiva.
Como o progresso é da lei, um dia a Terra atingirá o ponto máximo do atual ciclo evolutivo e passará para a categoria de mundo de regeneração, e assim por diante. 
Por isso vale a pena investir na melhoria do ser humano, pois só assim conseguiremos transformar a Terra em um mundo de paz e felicidade.

Redação do Momento Espírita, com base no livro A caminho da luz, de
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

Autor: Momento Espírita

BÍBLIA ESTÁ REPLETA DE RELATOS DE MEDIUNIDADE" ! Veja..

O fenômeno é dos mais antigos.
Recuando no tempo, encontramos registros em um dos livros primeiros da Humanidade, a Bíblia.
No versículo segundo, do capítulo primeiro do livro de Gênesis, se lê: As trevas cobriam a face do abismo e o Espírito de Deus movia-Se sobre as águas.
O homem pressentia a presença do Criador. O que quer dizer, o homem registra, desde sempre, o Mundo além da esfera física. O Mundo dos seres espirituais.
Paulo de Tarso, dando-se conta dessa percepção especial do ser humano a denominou dom.
E a respeito se estendeu em sua Epístola aos Coríntios, descrevendo as suas variedades.
Enquanto na Terra, o Homem de Nazaré deu provas múltiplas da inter-relação entre ambos os Mundos, físico e o espiritual.
Falou aos Espíritos atormentados e que se chamavam Legião, na cidade de Gadara; aos que agrediam o jovem que Lhe é trazido para ser curado.
Senhor dos Espíritos - assim O denominaram por descobrirem que os Espíritos Lhe obedeciam.
Seria somente no século XIX, no entanto, que este dom seria amplamente estudado e decodificado, pelo sábio Allan Kardec. E ele lhe deu nome específico: mediunidade.
A capacidade de ser intermediário entre um mundo e outro, entre uma e outra dimensão. Médium, ou intermediário.
Ainda hoje bastante incompreendida, é a mediunidade, contudo, uma faculdade inerente ao ser humano.
Dela quase todos os homens têm resquícios. Alguns mais, outros menos.
Mas, quem já não teve a impressão de ter alguém, incorpóreo, ao seu lado, velando por si, em horas dolorosas?
Quem já não se referiu à interferência de seres angélicos em momentos de grande dificuldade?
Quem não entregou o filho que parte para terras distantes aos cuidados de um ser que chama anjo de guarda, anjo guardião, protetor, orientador?
Quem já não ouviu o sussurrar de vozes imperceptíveis, no interior de si mesmo?
Dificilmente se encontrará alguém que disso tudo não tenha um mínimo registro, senão por si mesmo, por alguém de sua família.
Isso nos diz que o Mundo Espiritual se faz presente de forma constante no Mundo físico.
Pode-se dizer que há uma interpenetração de um e outro.
Movemo-nos na esfera física. Nossos atos e pensamentos repercutem na esfera espiritual.
Ninguém segue só. Como dizia o Apóstolo Paulo: Estamos rodeados por uma nuvem de testemunhas.
Sombras, Espíritos, guias. Não importa como os chamemos, eles são realidade.
E silenciosamente velam por nós. Discretamente nos orientam. Sutilmente nos vão dando notas de que têm sobre nós seus atentos olhares.
Quando estiver a ponto de desanimar por se acreditar só, abandonado, pense que alguém, da Espiritualidade, guarda a sua vida e vela por você.
Você pode não crer. Mas não importa. Mesmo assim, os que o amam estão com você.

Redação do Momento Espírita

“É TÃO REAL A COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS QUE VIROU DOGMA. ”

As primeiras gerações cristãs eram judias. Aliás, até os apóstolos e os discípulos de Jesus e Ele próprio eram judeus. Por isso, durante séculos, as 613 leis mosaicas (muitas vezes confundidas com as leis divinas ou naturais) influenciaram muito os teólogos cristãos. E as comunicações com os espíritos na Bíblia, denominados por ela de anjos (espíritos mensageiros) eram tidas, erradamente, como sendo comunicações com o Espírito do próprio Deus. Um exemplo disso é a entrega das Tábuas da Lei ou dos Dez Mandamentos, as quais foram dadas a Moisés por um espírito que era um anjo (espírito mensageiro) e não como muitos pensam pelo Espírito do próprio Deus! (Atos 7: 30).
Moisés, no capítulo 18 de Deuteronômio, proibiu o contato com os espíritos, porque o povo era muito ignorante, não sabendo que, para haver tal contato, era necessária a presença de um médium (naquele tempo, chamado de profeta). E proibiu-o, também, porque havia comércio e charlatanice com ela. Mas em outra parte, permite-o (Números 11: 24 a 39).
São Paulo ensinou que há pessoas que têm esses dons espirituais (proféticos, pneumáticos ou mediúnicos), ou seja, o poder de, entre outros, curar, de profetizar e de falar em línguas estrangeiras desconhecidas por elas (1 Coríntios capítulo 12). Porém, mais tarde, os teólogos passaram a ensinar que esses dons espirituais paulinos, com os quais as pessoas nascem, eram do Espírito Santo, instituído por eles junto com a instituição da Santíssima Trindade, oficialmente, a partir do Primeiro Concílio Ecumênico de Constantinopla em 381. Observe-se que esses dons do Espírito Santo dos teólogos estão escritos somente no cabeçalho do capítulo 12 de 1 Coríntios, o que quer dizer que são dos teólogos e não de são Paulo. E segundo os teólogos, as manifestações seriam todas de espíritos maus, se não fossem do Espírito Santo. Como ficariam, então, os espíritos manifestantes bíblicos chamados de anjos? Se fosse verdade isso, Deus estaria dando apoio aos espíritos maus para se manifestarem e impedindo que os bons se manifestassem! Que Deus seria esse? Muitas coisas têm que ser revistas pelos teólogos, uma vez que nada ficará oculto! (Marcos 4: 22). Não adianta, pois, querer esconder a verdade, já que ela já chegou para muitos e vai chegando, aos poucos, para todos! E atentemos para o fato de que, se Moisés proibiu o contato com os espíritos dos mortos, é porque esse contato existe mesmo, pois ele não era doido de proibir uma coisa que não existe!
O dogma da comunhão dos santos é citado nas missas, mas os católicos, na sua maioria, não sabem o seu significado. Os padres evitam falar nele, pois ele é espírita. Segundo esse dogma, os espíritos, que foram católicos exemplares durante a sua vida terrena, podem nos ajudar, alcançando-nos graças. E quanto aos que não foram bons, eles sofrem, e nós é que podemos ajudá-los com preces e missas.
Esse intercâmbio entre os dois mundos, como vimos, é proibido por Moisés (Deuteronômio capítulo 18). E, assim, a Igreja encontrou forte resistência contra essa doutrina da comunhão dos santos entre os cristãos do alvorecer do cristianismo. E os teólogos tiveram que transformá-la em mais um dos seus dogmas, obrigando a todos os cristãos a aceitarem-na.
É, pois, óbvio que esse dogma da comunhão dos santos é muito agradável aos adeptos da doutrina dos espíritos codificada por Kardec!

José Reis  Chaves- O Tempo.

“CRIANÇA, ESPÍRITO EM EVOLUÇÃO”


Indo além das pesquisas da pedagogia tradicional e da psicologia educacional, a Doutrina Espírita nos revela, principalmente nos livros de André Luiz, o imenso trabalho do Mundo Espiritual na preparação de uma nova encarnação. Iluminando a pedagogia e a psicologia, a Doutrina Espírita nos revela que a criança é o Espírito que retorna, trazendo necessidades individuais e um programa de vida estabelecido durante sua preparação para reencarnar. Essencialmente, podemos afirmar que o Espírito se prepara tendo em vista suas necessidades básicas evolutivas, levando-se em conta:
Sua bagagem evolutiva conquistada nos milênios anteriores, até o momento presente.
O potencial futuro, passível de ser desenvolvido na próxima encarnação, a partir das conquistas atuais.
Da bagagem do passado, destacam-se as qualidades apreciáveis conquistadas pelo Espírito, bem como os defeitos, erros e viciações amealhadas em seu livre-arbítrio.
Todo o seu passado servirá de base para as conquistas futuras.
As conquistas anteriores, as tendências nobres, as qualidades superiores, servirão de ponto de partida para novas conquistas no campo intelectual e afetivo.
Temos, pois, na criança, um Espírito que reencarnou com um programa de vida, elaborado no Mundo Espiritual, que prevê as necessidades básicas evolutivas do reencarnante. É fácil perceber que as necessidades variam imensamente de Espírito para Espírito.
Cada espírito, pois, renasce no meio mais propício ao seu desenvolvimento interior, com um programa de vida traçado no Mundo Espiritual.
Isso não inclui a ação educativa em absolutamente nenhum caso. Por mais revel seja o Espírito, tenha ele renascido no antro mais profundo de inferioridade, abandonado pelos pais, nas piores condições, será ele o que mais necessitará da ação educativa, que fornecerá ao Espírito que reencarnou para evoluir, a energia e a força interior para vencer as provas necessárias ao seu aprimoramento. Por mais fundo tenha entrado nos liames da inferioridade, o Espírito recomeçará daí sua escalada evolutiva. A evolução é determinista. Variam as formas e os meios, mas todos os seres, filhos de Deus, evoluem incessantemente, alguns mais rapidamente, outros muito lentamente, conforme o próprio livre-arbítrio, mas todos caminham para frente e para cima, embora possa parecer aos olhos dos menos avisados que a Humanidade possa regredir.
Um dos grandes exemplos de fé na educação, nos deu Pestalozzi, quando, em Stans, na Suíça, arrebanhava as crianças abandonadas nas piores condições possíveis, albergando-as no orfanato que dirigia. A ação educativa de Pestalozzi, embasada no amor e na fé, reconduzia o Espírito aos canais superiores da evolução. Transformava crianças rebeldes em homens de bem. O educador sabe amar seu discípulo e ver nele o Espírito eterno, filho de Deus que renasceu para evoluir, seja qual seja a sua situação atual.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XI-9, encontramos o seguinte trecho esclarecedor:
" Os efeitos da lei de amor são o aperfeiçoamento moral da raça humana e a felicidade durante a vida terrestre. Os mais rebeldes e os mais viciosos deverão se reformar quando virem os benefícios produzidos por esta prática: Não façais aos outros o que não quereríeis que vos fosse feito, mas fazei-lhe, ao contrário, todo o bem que está em vosso poder fazer-lhes."
" Não creiais na esterilidade e no endurecimento do coração humano; ele cede, a seu malgrado, ao amor verdadeiro; é um imã ao qual não pode resistir, e o contato desse amor vivifica e fecunda os germes dessa virtude que está nos vossos corações em estado latente. A Terra, morada de prova e de exílio, será então purificada por esse fogo sagrado, e verá praticar a caridade, a humildade, a paciência, o devotamento, a abnegação, a resignação, o sacrifício, virtudes todas filhas do amor."
Por Walter Oliveira Alves

Do livro Educação do Espírito. Introdução à Pedagogia Espírita.

"VÍDEO MOSTRA MULHER SENDO EMPURRADA POR "FANTASMA" EXPLICAÇÃO ESPÍRITA". Um momento misterioso acabou sendo registrado por câmeras de segurança no Chile. O vídeo mostra Cecilia Carrasco, de 34 anos, sendo supostamente empurrada por um "fantasma".A cena é mesmo impressionante, mas será que um espírito consegue realizar este tipo de ação contra uma pessoa? Assista a este inusitado vídeo e confira o que André Marouço, estudioso espírita comenta sobre o caso..


domingo, 29 de janeiro de 2017

“QUANDO O CORPO MORRE, DEMORAMOS PARA NOS DESLIGAR? PORQUE? ”

Morte física e desencarne não ocorrem simultaneamente. O indivíduo morre quando o coração deixa de funcionar. O Espírito desencarna quando se completa o desligamento, o que demanda algumas horas ou alguns dias.
Basicamente o Espírito permanece ligado ao corpo enquanto são muito fortes nele as impressões da existência física.
Indivíduos materialistas, que fazem da jornada humana um fim em si, que não cogitam de objetivos superiores, que cultivam vícios e paixões, ficam retidos por mais tempo, até que a impregnação fluídica animalizada de que se revestem seja reduzida a níveis compatíveis com o desligamento.
Certamente os benfeitores espirituais podem fazê-lo de imediato, tão logo se dê o colapso do corpo. No entanto, não é aconselhável, porquanto o desencarnante teria dificuldades maiores para ajustar-se às realidades espirituais. O que aparentemente sugere um castigo para o indivíduo que não viveu existência condizente com os princípios da moral e da virtude, é apenas manifestação de misericórdia. Não obstante o constrangimento e as sensações desagradáveis que venha a enfrentar, na contemplação de seus despojes carnais em decomposição, tal circunstância é menos traumatizante do que o desligamento extemporâneo.
Há, a respeito da morte, concepções totalmente distanciadas da realidade. Quando alguém morre fulminado por um enfarte violento, costuma-se dizer:
"Que morte maravilhosa! Não sofreu nada!"
No entanto, é uma morte indesejável.
Falecendo em plena vitalidade, salvo se altamente espiritualizado, ele terá problemas de desligamento e adaptação, pois serão muito fortes nele as impressões e interesses relacionados com a existência física.
Se a causa da morte é o câncer, após prolongados sofrimentos, em dores atrozes, com o paciente definhando lentamente, decompondo-se em vida, fala-se:
"Que morte horrível! Quanto sofrimento!"
Paradoxalmente, é uma boa morte.
Doença prolongada é tratamento de beleza para o Espírito. As dores físicas atuam como inestimável recurso terapêutico, ajudando-o a superar as ilusões do Mundo, além de depurá-lo como válvulas de escoamento das impurezas morais. Destaque-se que o progressivo agravamento de sua condição torna o doente mais receptivo aos apelos da religião, aos benefícios da prece, às meditações sobre o destino humano. Por isso, quando a morte chega, ele está preparado e até a espera, sem apegos, sem temores.
Algo semelhante ocorre com as pessoas que desencarnam em idade avançada, cumpridos os prazos concedidos pela Providência Divina, e que mantiveram um comportamento disciplinado e virtuoso. Nelas a vida física extingue-se mansamente, como uma vela que bruxuleia e apaga, inteiramente gasta, proporcionando-lhes um retomo tranquilo, sem maiores percalços.

Livro: Quem tem medo da Morte – Richard Simonetti

“VIDA DEPOIS DA VIDA” ORIENTAÇÃO AOS PARENTES E AMIGOS QUIÊ FICAM”

Lágrimas de saudade não prejudica quem parte. O que prejudica, dificulta o desligamento, perturba o espírito que parte é a revolta, a blasfêmia contra Deus.
• Evitar roupas escuras, ambientes taciturnos, pois estes comportamentos somente geram medo e maior dor aos envolvidos. Não é a cor da roupa que revela sofrimento, respeito ou ajuda e sim, oração sincera.
• Velas e flores são exteriorizações de sentimentos, não fazem mal, mas não ajudam o desencarnado. O que ajuda são orações, o amor sincero, bons pensamentos, fé e certeza da continuidade da vida.
• Como cada Ser tem um período de adaptação e um nível de evolução e compreensão do novo estado, convém esperar um tempo após o desencarne, para doar e se desfazer dos pertences pessoais daquele que partiu. Em casos explícitos de pessoas desprendidas da matéria, espiritualizadas, este tempo não é necessário, sendo muitas vezes, a vontade expressa daquele que se foi.
• TODOS OS ESPÍRITOS SÃO AUXILIADOS. NENHUM FILHO DE DEUS FICA DESAMPARADO. Mesmo os que tiveram uma vida encarnada desregrada, desde que sinceramente busquem auxílio.
VISITA AO TÚMULO:
A visita apenas expressa que lembramos do amado ausente. MAS não é o lugar, objetos, flores e velas que realmente importam. O que importa é a intenção, a lembrança sincera, o amor e a oração. Túmulos suntuosos não importam e não fazem diferença para quem parte.
ORAÇÃO SINCERA AQUIETA A ALMA E ELEVA O PADRÃO VIBRATÓRIO. CRIA UM ESTADO INTIMO DE SERENIDADE FACILITANDO O DESPRENDIMENTO E A ENTRADA TRANQUILA NO MUNDO ESPIRITUAL.
A VIDA CONTINUA SEMPRE!
NOSSOS AMADOS NÃO ESTÃO MORTOS. APENAS AUSENTES TEMPORARIAMENTE.
O VERDADEIRO AMOR INDEPENDE DA PRESENÇA. POR ISTO É ETERNO E UNE TODAS AS PESSOAS QUE O PARTILHAM.
APRENDAMOS A VIVER. PARA APRENDER A MORRER. TEMOS UM CORPO FÍSICO PARA NOSSA CAMINHADA DE APRENDIZADO NA TERRA. MAS SOMOS MAIS QUE UM COMPACTO DE CARNE. SOMOS ESPÍRITOS ETERNOS, QUE VIVEM PARA SEMPRE!
“NA CASA DE MEU PAI TEM MUITAS MORADAS” "Jesus Cristo."

Autor desconhecido

sábado, 28 de janeiro de 2017

"CRIANÇA LEMBRA QUE MORREU EM INCÊNDIO NA VIDA PASSADA."Menino de 5 anos intriga a família ao contar que se lembrava que já havia sido uma mulher e que havia morrido em incêndio em uma vida passada."


“CARTA PSICOGRAFADA AJUDA MÃE A LOCALIZAR FILHO MORTO. ”

Galdino Alves Bezerra Neto, filho da técnica em enfermagem aposentada Maria Lopes Farias, 75, de Fortaleza, estava desaparecido havia mais de cinco anos. Na época do sumiço, avisara à mãe que iria para uma vaquejada em Canindé (115 km da capital cearense), e nunca mais voltou. Tinha 47 anos na época.
Seus restos mortais, porém, foram enfim localizados em uma lagoa na região metropolitana de Fortaleza, e o exame de DNA confirmou sua identidade. Tudo graças a uma carta psicografada.
Segundo a mãe, Gaudino tinha o costume de passar longos períodos longe de casa, sem dar notícias. Após entrar no quarto mês sem contato, porém, a aposentada se desesperou. "Eu mandei imprimir mais de 200 fotos grandes dele, com endereço e telefone", diz. E assim foi por cerca de dois anos, até ela se convencer da morte do filho.
Nesse meio tempo, ela passou a frequentar um centro espírita. Na segunda visita, o médium Nilton Sousa psicografou uma carta do sogro da aposentada. Foi o avô do rapaz, narra a mãe, que deu a indicação de um local que o médium afirmava desconhecer: Lagoa do Juvenal.
Ocorre que a tal lagoa existe. Fica a 35 km de Maranguape, na região metropolitana de Fortaleza. No começo de 2013, de fato policiais já haviam localizado os restos mortais de um homem acidentalmente, depois de um incêndio em uma mata ao lado revelar parte de uma ossada humana.
Segundo o inspetor Wellington Pereira, que atua na Delegacia Metropolitana de Maranguape, na ocasião tentou-se identificar os restos mortais, mas, em virtude do estado de decomposição, o trabalho não avançou e o caso foi arquivado. A ossada foi enterrada no cemitério municipal como pessoa não identificada.
REVIRAVOLTA
No começo de 2014, após as sessões espíritas, Maria foi à delegacia questionando sobre a ossada, que poderia ser do filho dela. Na época ela não mencionou a carta psicografada à polícia. No decorrer daquele ano, ocorreu a exumação dos restos mortais e, em outubro, o resultado do exame de DNA confirmou tratar-se de Gaudino.
O caso veio a público somente no começo deste mês, quando ela comentou com a polícia sobre a carta psicografada.
O policial ficou surpreso ao saber da carta. "É um caso que realmente chama atenção". O próprio médium diz que ficou nervoso com conteúdo do documento psicografado. "Eu fiquei preocupado. Como médium, eu posso errar", diz. O resultado do exame de DNA foi o que acalmou Nilton, diz.
A Polícia Civil, agora com a identificação da ossada, reabriu o caso. Pelo estado avançado de decomposição, porém, policiais ainda não identificaram a possível causa da morte.
O inspetor Wellington Pereira, que em 2013 participou da localização da ossada e acompanha o caso, diz não ver participação nem do médium nem da aposentada na morte. A reportagem não conseguiu falar com o delegado responsável pelo caso.
Procurada, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará não se manifestou sobre a possível ajuda pela carta psicografada e afirmou não ser possível apontar suspeitos até o momento. 
Em nota, a Polícia Civil do Ceará confirmou que a vítima teve parte de sua ossada encontrada em 2013 e identificada por meio de exame de DNA. "O laudo cadavérico afirma que não foi possível identificar a causa da morte, levando em consideração o tempo que havia transcorrido do óbito até a data do exame".
A nota confirma que a mãe esteve na delegacia para pedir exame de DNA na ossada encontrada na Lagoa do Juvenal. "Com a conclusão do teste e o resultado positivo, a Polícia Civil passou a ter novos elementos que contribuíram para o aprofundamento das investigações.".
'ESTOU EM PAZ'
Depois de cinco anos de aflição, a sensação de Maria é de alívio. "Aconteceu o que aconteceu, tudo bem. Mas eu sei que meu filho está bem melhor do que eu. Estou em paz".
Agora, a aposentada planeja recuperar os restos mortais de seu filho e cremá-los. "A gente vai fazer uma caravana e soltar as cinzas em Canindé. Ele não gostava de aventura? Então, eu vou deixá-lo solto".

Fonte: Folha de São Paulo

“A VINGANÇA NA VISÃO ESPÍRITA”

Em mais uma de suas esclarecedoras lições, trazidas ao nosso conhecimento a través da psicografia de Divaldo Pereira Franco, a benfeitora Joanna de Angelis nos instrui sobre a ação maléfica da vingança sobre nosso vaso físico, com repercussão no espírito imortal que somos.
Começa dizendo que quando algo perturbador acontece, gerando sofrimento ao indivíduo, a sua imaturidade psicológica se sente ameaçada, por algo muito forte, que mesmo raciocinando conscientemente, não consegue se desvincular das manifestações desconhecidas que traz, armazenadas em seu inconsciente, a lhe exigir reparação, desforra, e até mesmo a aniquilação do seu opositor.
Inicia-se então neste instante, uma acirrada disputa entre o seu lado racional, procurando resistir a esse tipo de atitude, por identificar essa falha do caráter, e o seu lado irracional, revestido de toda sua bagagem sombria de manifestações inesperadas, e inconsequentes, desconhecida da personalidade do indivíduo que lhe aflora, armando verdadeiras ciladas, atirando o ser nos despenhadeiros da vingança de consequências funestas.
Esses impulsos doentios, emergem de áreas desconhecidas do ego, que não conseguem identificação com o Ser espiritual e induze-o, a um trabalho de desenvolvimento perseverante da odiosidade, instaurando-lhe no imo, a revolta e o desconforto ante o opositor que se lhe apresenta como um perigo constante para sua segurança, merecendo por isso ser destruído.
O fenômeno ocorre, tanto individualmente com as pessoas como com as Nações, dando nesse caso ensejo ao desencadeamento das guerras nefastas e hediondas, que prejudicam gerações deixando sequelas lastimáveis em suas vítimas. No indivíduo, esse comportamento provoca o perverso mecanismo conflitivo, que o leva ao desespero, e mesmo quando o outro já não mais lhe representa perigo algum, mesmo depois de se render ou ser aniquilado, os efeitos desastrosos da vingança não desaparecem frustrando a quem aparentemente estaria vitorioso.
Ação danosa da vingança:
Invariavelmente neurótico, o enfermo indivíduo que assim age, vitimado quase sempre pela repressão sexual infantil ou, dominado pela sede do poder e da ambição, vive a competir com os demais, os quais passa a invejar por se encontrarem em melhores situações psicológicas que a dele, podendo em certos casos até aceitá-los enquanto os manipulam, tirando dessa forma proveito da situação, até que se ergam, quando então mostram suas garras nas lutas com os recursos da tirania e da insensatez. A vingança é transtorno neurótico soez, que liberta do inconsciente as forças desordenadas que jazem aí adormecidas, irrompendo com ferocidade e ligeireza sob o estímulo do aniquilamento do inimigo.
Curioso é notar, que o inimigo não é aquele que se torna combatido, mas o inconsciente transfere dos refolhos d’alma a inferioridade do seu Ser, que é inimigo do progresso, do bem, da ordem, para atirar noutrem, em fenômeno de projeção e que guarda internamente, detestando-o.
Ao armar-se de calúnia e de outros mecanismos de perseguição, contra aquele a quem odeia, está realizando uma luta inconsciente contra si mesmo, pois que está apenas projetando o lado escuro e sombrio da sua personalidade que se lhe mantém preso à ignorância.
Fixa-se no adversário com implacável disposição de conseguir a sua extinção, do que para ele dependerá sua liberdade a partir desse momento em diante. Assim transtornado aplica-se com empenho em emitir ondas deletérias contra o outro, estabelecendo uma comunicação psíquica, se encontra receptividade em quem lhe padece a perseguição, que termina por minar as forças daquele que considera seu opositor.
Além da inferioridade moral que tipifica o vingador, o seu primarismo emocional elabora razões ponderadas que são arquitetadas pala mente em desalinho, para justificar o prosseguimento da façanha, nascidas no inconsciente pessoal profundo, que remanescem de outras existências no Eu profundo do Ser, quando se desarmonizou com o opositor que ora enfrenta e desafia para o duelo covarde.
Em outras oportunidades, em que sua inferioridade se projeta, e não se sente devidamente capaz de competir contra valores significativos que não possui, cultiva internamente a antipatia que se avoluma a cada dia, transformando-se em fúria incontrolável que somente se aplaca quando está lutando contra aquele que o atormenta mesmo que este não saiba, que nada tenha contra ele, pois que até ignora a situação infeliz de seu oculto adversário.
Se por acaso, tiver a oportunidade de se harmonizar com o inimigo, não o perdoa interiormente, embora, seja na verdade, o maior merecedor de perdão ruminando o que considera sua derrota, até encontrar novos argumentos para dar prosseguimento à sanha doentia de vingança, impelido pela sua libido atormentada.
Aqueles que se apoiam em mecanismos vingativos sempre foram vitimas de repressão infantil e juvenil, sentiram-se desprezados pelo grupo social e transferem agora suas frustrações para quaisquer outros, desde que isto lhes transformem em pessoas portadoras de poder e ambiciosos dirigentes de qualquer coisa, em que a personalidade doentia passa a ser homenageada, fruindo de destaque, embora a conduta esquizoide, maneirosa, falsamente humilde, ou pretensiosamente dominadora.
Consequências prejudiciais da vingança:
Os indivíduos que assim procedem, levados pelo sentimento desequilibrado e doentio da vingança, estarão sempre sujeitos a esgares ou convulsões epilépticas, ou mesmo a simples ausências, tornando-se personalidades psicopatas perigosos, traiçoeiras, que sabem simular muito bem os sentimentos íntimos e urdem planos macabros sob o açodar da psique ambivalente, doentia, e com predomínio da faceta mórbida.
No Capítulo XII do Evangelho Segundo o Espiritismo, Instruções dos Espíritos, item 9 A Vingança, o Espírito Júlio Olivier, nos esclarece: “Ah! o covarde que se vinga, é assim cem vezes mais culpado do que o que enfrenta seu inimigo o insulta em plena face”.
E continua; “Fora, pois com esses costumes selvagens! Fora com esses processos de outros tempos! Todo espírita que ainda hoje pretendesse ter o direito de vingar-se seria indigno de figurar por mais tempo na falange que tem como divisa: Sem caridade não há salvação! Mas, não, não posso deter-me a pensar que um membro da grande família espírita ouse jamais, de futuro, ceder ao impulso da vingança, senão para perdoar”.

José Francisco Costa Rebouças-Portal  do Espírito 

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...