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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
"QUANDO CHEGAMOS AO PLANO ESPIRITUAL, A MAIORIA DOS ESPÍRITOS PENSA ALGO MUITO PARECIDO: AH SE EU SOUBESSE!"
– Ah se eu
soubesse…
Se eu
soubesse que a vida real não era na matéria… se eu soubesse que a realidade não
é de sofrimento, mas de paz e liberdade… se eu soubesse que nada que existia na
matéria é permanente, que lá é tudo passageiro, eu não teria brigado no
trânsito, batido nos meus filhos, me apegado a tantas coisas efêmeras…
Ah se eu
soubesse…. teria ajudado muito mais gente, teria me enriquecido com amor e luz,
teria deixado de lado esses problemas pequenininhos, teria feito caridade aos
necessitados, teria deixado o amor fluir, teria me atirado no bem sem nenhuma
preocupação, teria sido mais humilde, teria vivido em paz…
Ah se eu
soubesse… teria passado mais tempo com aqueles que amo, teria me preocupado
menos, teria tido mais paciência, teria me soltado mais, me desprendido mais,
teria vivido mais livre, de forma mais espontânea, mais natural, teria visto o
lado bom de tudo, teria valorizado as coisas simples da vida.
Ah se eu
soubesse… se soubesse que a vida na Terra vai e vem, que tudo se esvai, que
nada é permanente, que não existe algo fixo, imutável. Se eu soubesse que tudo
começa e termina, que os relacionamentos começam e terminam, que a dor lateja e
depois vem o alívio.
Ah se eu
soubesse… se soubesse que os arrogantes sobem, ficam no topo e caem por si
mesmos; caem pelo seu próprio castelo de cartas da ilusão que criaram. Se eu
soubesse que os ricos podem se tornar pobres de espírito, e que os pobres podem
ser muito ricos de espírito. Se soubesse que as diferenças sociais se
extinguem, que na morte todos somos filhos do universo, que a fome é saciada,
que a sede é aliviada, que a violência só traz mais violência, que os
injustiçados são compensados, que os perdidos sempre se encontram, e quem está
demasiadamente seguro de si acaba se perdendo.
Ah se eu
soubesse… que a vida espiritual é a vida real, que as mágoas corroem o
espirito, que a cobiça gera insatisfação, que a lisonja só cria humilhação, que
a preguiça gera estagnação. Se eu soubesse que o medo é sempre maior do que a
mente engendrou eu teria me arriscado mais, teria ousado, teria tido a coragem
de ser o que eu sou, teria retirado essa máscara que encobria minha verdade,
teria desatado o compromisso com o logro, com a burla, teria assumido minha
integridade sem divisões, sem fragmentos.
Ah se eu
soubesse… não teria cortejado o sucesso, não teria me atirado ao poço fundo,
vazio e solitário da avidez, não teria me enganado de que, ao atingir o topo, a
descida é o único caminho. Se eu soubesse que o mundo é uma doce miragem eu
rejeitaria a pueril busca pela sensualidade. Largaria com afinco os prazeres e
vícios da juventude. Se soubesse que tudo muda e nada se encerra, teria posto
de lado as moléstias da nostalgia.
Ah se eu
soubesse, teria menos pressa, olharia mais para a vida, veria mais o nascer do
dia, comeria com calma o pão de cada manhã, teria plantado uma árvore, corrido
no jardim, deitado no chão e rolado na grama. Teria mergulhado e me perdido no
tempo, solto em reflexões sobre os mistérios da vida. Teria me desimpedido de
autocobranças, teria me aceitado como sou e aceitado o milagre da vida como ele
é.
Ah se eu
soubesse… que o mar espiritual é infinito de bençãos, não teria digladiado por
um copo de água ao lado do grandioso oceano da plenitude. Teria deixado todas
as quimeras de lado, e vivido mais a vida, a existência, o cosmos, a liberdade,
o eterno presente e a eterna aurora.
Ah se eu
soubesse… teria renunciado aos hábitos arraigados, as discussões estéreis, a
especulação teórica. Se eu soubesse, teria permanecido mais na natureza,
observando os pássaros, molhando as mãos no rio, sentindo o vento, me aquecendo
ao sol da manhã, sujado as mãos na lama e sentido o frescor da chuva. Se eu
soubesse que sou um ser em desenvolvimento na essência inesgotável e eterna da
vida, teria sido infinitamente mais livre e feliz.
Autor: Hugo
Lapa
domingo, 12 de fevereiro de 2017
“SINAIS DE QUE O ESPÍRITO DE ALGUÉM QUERIDO ESTÁ POR PERTO”.
É difícil perder alguém a quem nos sentíamos bastante chegados. Todos perdemos alguém em algum ponto de nossas vidas, é uma realidade da natureza e, infelizmente temos que encarar isso da melhor maneira possível.
No entanto, apesar de o corpo de alguma pessoa não estar mais entre nós, não significa que a pessoa tenha desaparecido para sempre de nossas vidas! Aqui estão alguns sinais que podem significar que os seus entes queridos que se foram não deixaram o seu lado definitivamente!
1. Você sente o seu cheiro
Quando o espírito de alguém querido está por perto, ele pode se manifestar de diversas maneiras. Uma das mais comuns é o olfato. O cheiro de uma pessoa é, frequentemente, uma das conexões mais fortes com ela. Pode ser o cheiro de tabaco do cigarro ou um perfume, ou até mesmo o aroma de sua comida preferida sendo preparada. Aprecie isso, é uma mensagem sendo enviada diretamente de seu amado falecido.
2. Eles aparecem nos seus sonhos
Essa é uma das maneiras mais comuns que os espíritos usam para interagir conosco. Nossas mentes subconscientes sempre são mais abertas ao mundo espiritual, frequentemente deixando ele entrar. Sonhos envolvendo espíritos são incrivelmente realísticos e nem um pouco como sonhos normais. Preste atenção ao que eles podem significar, pode ser uma mensagem.
3. Suas coisas somem
Você pode sentir como se tivesse se perdido quando percebe que itens do dia a dia somem dos locais usuais. Pode ser um parente ou amigo falecido brincando com você. Pode parecer bobo, mas não significa que eles perderam o desejo de brincar com você. Ria com eles!
4. Pensamentos incomuns
Você pode experienciar pensamentos que sente não serem seus, quase como se seu monólogo interno seja ocupado por outra pessoa. Pode ser um sinal de que as pessoas falecidas ainda estão com você. Se você se sente com pensamentos externos, preste atenção a eles, especialmente quando eles começarem a conversar com você.
5. Sinais no funeral
Segundo James Van Praagh, um renomado psíquico, os espíritos vão aos seus próprios funerais. Eles andam pela sala tentando confortar os seus amigos mais queridos e dar sinais de que está tudo bem. Frequentemente, por que as pessoas estão tão desconcertadas no luto, esses sinais passam desapercebidos. Quando for a um funeral fique aberto aos sinais que eles oferecem.
Autor: James Van Praagh
James Van Praagh é um medium, escritor e produtor de televisão. Ele já escreveu vários best-sellers e livros que tratam de espiritualidade, por intermédio da comunicação com espíritos, que foram traduzidos em mais de 50 línguas no mundo inteiro.
Autor: James Van Praagh
“DESCRIÇÃO DE UM ACIDENTE AÉREO POR UM ESPÍRITO QUE FALECEU NO ACIDENTE !
"Não
pense que sofro outra espécie de angústia senão essa que me vem de sua ternura
torturada e de nossa família amorosa e inesquecível.
Se me
lembrarem tranquilo, estarei seguro de mim.
Se me
recordarem conformado, a resignação estará comigo.
Não julguem
que vim para cá fora de tempo.
Hoje sei que
o meu tempo terrestre era curto".
Por
coincidência, na semana da ocorrência do desastre aéreo com o time da cidade de
Chapecó, tive a oportunidade de ler um texto psicografado por Chico Xavier em
fevereiro de 1993 que descreve as circunstâncias de um acidente aéreo ocorrido
em junho de 1992. Nessa carta, o Espírito Celso Maeda descreve seu último
instante como encarnado antes do acidente que culminou na queda - por colisão
com o mar - da aeronave Beech F 90-1 King Air, que carregava quatro ocupantes.
Os detalhes
técnicos do acidente, eu consegui encontrar na internet. O avião havia partido
do aeroporto de Itumbiara (GO) com destino a Blumenau (SC), mas sua queda se
deu no mar, na altura da cidade de Navegantes (SC). A causa do acidente foi
reconhecida como as péssimas condições meteorológicas, o que está descrito em
detalhes na carta enviada:
“Subimos
céus acima ou tentamos subir… Não era fácil raciocinar ante o perigo maior que
se aproximava. Tentou-se a elevação da máquina, mas o vento prosseguia
implacável qual se fosse um conjunto de forças maléficas interessadas em
derrubar-nos”.
Não temos
dúvidas quanto ao desespero e apreensão que toma conta de todos os envolvidos
nesses momentos:
“Estávamos à
mercê dos acontecimentos que o furacão nos impunha. O piloto e o companheiro
que o assessorava estavam pálidos, agravando-nos as dúvidas e o desconforto de
que nos sentíamos possuídos. Debalde procurávamos alguma nesga de céu azul.
Achávamo-nos como que trancados por dentro de uma nuvem que parecia guardar o
vento furioso que não encontrava uma saída a fim de expandir-se. Por dentro
éramos a aflição de quem não se eximiu da morte compulsória e por fora de nós
vimos claramente que um enorme banco de areia nos aguardava, asfixiando-nos a
todos”.
E,
finalmente, a descrição do grande despertar:
“A água
marinha encharcada de areia nos penetrava os pulmões e quando me vi totalmente
esmagado nada sabendo de meu irmão e dos companheiros que nos guardavam a
viagem, quando no auge do meu desespero íntimo, vi que uma senhora caminhava
naturalmente sobre as águas e, ao abraçar-me, solicitou-me concentrar na fé em
Deus e me disse: Meu filho, você está conosco. Sou a sua avó Ai, que venho
retira-lo da areia. Seu avô Tsunezaemon retirará seu irmão. Haverá socorro para
vocês todos. O piloto e o copiloto serão resguardados”.
Em acidentes
desse tipo, quando um grupo de pessoas acaba retornando mais cedo à vida real,
é plenamente natural que os que ficam sintam a fragilidade não só da vida
humana, mas de todas as perspectivas e planos que se faz ao se viver.
Se a vida
humana (a presente) pode ser considerada frágil - e de fato é porque existem
leis materiais que determinam de forma rigorosa seus limites - a condição de
paternidade espiritual indica outra coisa bem diferente. Nossa vida material é
frágil porque ela não é a vida verdadeira do Espírito, que não está sujeito a
esses limites severos impostos pela condição de materialidade, mas depende de
laços facilmente rompidos com as influências do ambiente. O instante da morte,
em momento como esse se assemelha a um novo despertar, a partir do qual novos
planos e diretrizes serão feitos pela alma imortal. Os que ficam, se não se
prepararem, guardarão por muito tempo as impressões da saudade, mas a verdade é
que eles apenas partiram alguns instantes antes de nós.
Fonte:
Laboratório Espírita
Ademir
Xavier
“CAUSAS ESPIRITUAIS DAS DOENÇAS”
A seguir
produzimos perguntas e respostas de Emmanuel contidas no livro "Leis do
Amor", psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira, sobre a questão das
causas espirituais das doenças.
1 - O que
estrutura espiritualmente o corpo de carne?
Emmanuel: O
corpo espiritual ou perispírito é o corpo básico, constituído de matéria sutil,
sobre o qual se organiza o corpo de carne.
2 - O erro
de uma encarnação passada pode incluir na encarnação presente, predispondo o
corpo físico às doenças? De que modo?
Emmanuel - A
grande maioria das doenças tem a sua causa profunda na estrutura semi-material
do corpo espiritual. Havendo o espírito agido erradamente, nesse ou naquele
setor da experiência evolutiva, vinca o corpo espiritual com desequilíbrios ou
distonias, que o predispõem à instalação de determinadas enfermidades, conforme
o órgão atingido.
3 - Quais os
dois aspectos da Justiça?
Emmanuel - A
Justiça na Terra pune simplesmente a crueldade manifesta, cujas conseqüências
transitam nas áreas do interesse público, dilapidando a vida e induzindo à
criminalidade; entretanto, esse é apenas o seu aspecto exterior, porque a
Justiça é sempre manifestação constante da Lei Divina, nos processos da
evolução e nas atividades da consciência.
4 - Qual a
relação existente entre doenças e a Justiça?
Emmanuel -
No curso das enfermidades, é imperioso venhamos a examinar a Justiça,
funcionando com todo o seu poder regenerativo, para sanar os males que
acalentamos.
5 - O que
faz o Espírito, antes de reencarnar-se visando à própria melhoria?
Emmanuel -
Antes da reencarnação, nós mesmos, em plenitude de responsabilidade, analisamos
os pontos vulneráveis da própria alma, advogando em nosso próprio favor a
concessão dos impedimentos físicos que, em tempo certo, nos imunizem, ante a
possibilidade de reincidência nos erros em que estamos incursos.
6 - Que
pedem, para regenerar-se, os intelectuais que conspurcaram os tesouros da alma?
Emmanuel -
Artífices do pensamento, que malversamos os patrimônios do espírito, rogam
empeços cerebrais, que se façam por algum tempo alavancas coercitivas, contra
as nossas tendências ao desequilíbrio intelectual.
7 - Que
medidas de reabilitação rogam os artistas que corromperam a inteligência?
Emmanuel -
Artistas, que intoxicamos a sensibilidade alheia com os abusos da representação
viciosa, imploramos moléstias ou mutilações, que nos incapacitem para a queda
em novas culpas.
8 - Que
emendas solicitam os oradores e pessoas que influenciaram negativamente pela
palavra?
Emmanuel -
Tarefeiros da palavra, que nos prevalecemos dela para caluniar ou para ferir,
solicitamos as deficiências dos aparelhos vocais e auditivos, que nos garantam
a segregação providencial.
9 - Que
providências retificadoras pedem para si próprios aqueles que abraçaram graves
compromissos do sexo?
Emmanuel -
Criaturas dotadas de harmonia orgânica, que arremessamos os valores do sexo ao
terreno das paixões aviltantes, enlouquecendo corações e fomentando tragédias,
suplicamos as doenças e as inibições genésicas que em nos humilhando, servem
por válvulas de contenção dos nossos impulsos inferiores.
10 - Todas
as enfermidades conhecidas foram solicitadas pelo Espírito do próprio enfermo,
antes de renascer?
Emmanuel -
Nem sempre o Espírito requisita deliberadamente determinadas enfermidades de
vez que, em muitas circunstâncias quais aqueles que se verificam no suicídio ou
na delinqüência, caímos, de imediato, na desagregação ou na insanidade das
próprias forças, lesando o corpo espiritual, o que nos constrange a renascer no
berço físico, exibindo defeitos e moléstias congênitas, em aflitivos quadros
expiatórios.
11 - Quais
são os casos mais comuns de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina?
Emmanuel -
Encontramos numerosos casos de doenças compulsórias, impostas pela Lei Divina,
na maioria das criaturas que trazem as provações da idiotia ou da loucura, da
cegueira ou da paralisia irreversíveis, ou ainda, nas crianças-problemas, cujos
corpos, irremediavelmente frustrados, durante todo o curso da reencarnação,
mostram-se na condição de celas regenerativas, para a internação compulsória
daqueles que fizeram jus a semelhantes recursos drásticos da Lei. Justo
acrescentar que todos esses companheiros, em transitórias, mas duras
dificuldades, renascem na companhia daqueles mesmos amigos e familiares de
outro tempo que, um dia, se cumpliciaram com eles na prática das ações
reprováveis em que delinquiram.
12 - A mente
invigilante pode instalar doenças no organismo? E o que pode provocar doenças
de causas espirituais na vida diária?
Emmanuel - A
mente é mais poderosa para instalar doenças e desarmonias do que todas as
bactérias e vírus conhecidos. Necessário, pois, considerar igualmente, que
desequilíbrios e moléstias surgem também da imprudência e do desmazelo, da revolta
e da preguiça. Pessoas que se embriagam a ponto de arruinar a saúde; que
esquecem a higiene até se tornarem presas de parasitas destruidores; que se
encolerizam pelas menores razões, destrambelhando os próprios nervos; os que
passam, todas as horas em redes e leitos, poltronas e janelas, sem coragem de
vencer a ociosidade e o desânimo pela movimentação do trabalho, prejudicando a
função dos órgãos do corpo físico, em razão da própria imobilidade, são
criaturas que geram doenças para si mesmas, nas atitudes de hoje mesmo, sem
qualquer ligação com causas anteriores de existências passadas.
13 - Qual a
advertência de Jesus para que nos previnamos dos males do corpo e da alma?
Emmanuel -
Assinalando as causas distantes e próximas das doenças de agora, destacamos o
motivo por que os ensinamentos da Doutrina Espírita nos fazem considerar, com
mais senso de gravidade, a advertência do Mestre: “Orai e vigiai, para não
cairdes em tentação”.
Fonte- LETRA
ESPIRITA
sábado, 11 de fevereiro de 2017
“EM 2057 A TERRA SERÁ UM MUNDO DE REGENERAÇÃO”
Como se sabe
os mundos são acessíveis aos Espíritos de acordo com o seu grau de evolução.
Embora não se possa fazer dos diversos mundos uma classificação absoluta,
pode-se, contudo, em virtude do estado em que se acham e da destinação que
trazem, tomando por base os matizes mais destacados, dividi-los, de modo geral,
como segue:
- mundo
primitivo, destinado às primeiras encarnações da alma humana;
- mundos de
expiação e provas, onde domina o mal;
- mundos de
regeneração, nos quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças,
repousando das fadigas da luta;
- mundos
ditosos, onde o bem sobrepuja o mal, e
- mundos
celestes ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente
reina o bem.
A Terra,
segundo essa classificação, pertence à categoria dos mundos de expiação e
provas, preparando-se para ingressar na categoria de mundo regenerador, em
função da Lei do Progresso, conforme esclarece Santo Agostinho em O Evangelho
Segundo o Espiritismo:
"O
progresso é lei da Natureza. A essa lei todos os seres da Criação, animados e
inanimados, estão submetidos pela bondade de Deus, que quer que tudo se
engrandeça e prospere. (...) Ao mesmo tempo em que todos os seres vivos
progridem moralmente, progridem materialmente os mundos em que eles habitam.
Quem pudesse acompanhar um mundo em suas diferentes fases, desde o instante em
que se aglomeraram os primeiros átomos destinados e constituí-lo, vê-lo-ia
percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas de degraus imperceptíveis
para cada geração, e a oferecer aos seus habitantes uma morada cada vez mais
agradável, à medida que eles próprios avançam na senda do progresso. Marcham
assim, paralelamente, o progresso do homem, o dos animais, seus auxiliares, o
dos vegetais e o da habitação, porquanto nada na Natureza permanece
estacionário. Segundo aquela lei, este mundo esteve material e moralmente num
estado inferior ao em que hoje se acha e se alçará sob esse duplo aspecto a um
grau mais elevado".
E Santo
Agostinho conclui afirmando:
"Ele (o
planeta Terra) há chegado a um dos seus períodos de transformação, em que, de
orbe expiatório, mudar-se-á em planeta de regeneração, onde os homens serão
ditosos, porque nele imperará a lei de Deus". (grifo)
OS QUE VÃO
PERMANECER NA TERRA
A seleção
dos espíritos que ficarão na Terra, segundo o Espírito São Luís, ao responder a
questão 1019 de O Livro dos Espíritos formulada por Allan Kardec, se jamais
poderá implantar-se na Terra o reinado do bem, será feita da seguinte maneira:
"O bem
reinará na Terra quando, entre os Espíritos que a vêm habitar, os bons
predominarem, porque, então, farão que aí reinem o amor e a justiça, fonte do
bem e da felicidade. Por meio do progresso moral e praticando as leis de Deus é
que o homem atrairá para a Terra os bons Espíritos e dela afastará os maus.
Estes, porém, não a deixarão, senão quando daí estejam banidos o orgulho e o
egoísmo.
Predita foi
a transformação da Humanidade e vos avizinhais do momento em que se dará,
momento cuja chegada apressam todos os homens que auxiliam o progresso.
Essa
transformação se verificará por meio da encarnação de Espíritos melhores, que
constituirão na Terra uma geração nova. Então, os Espíritos dos maus, que a
morte vai ceifando dia a dia, e todos os que tentem deter a marcha das coisas
serão daí excluídos, pois que viriam a estar deslocados entre os homens de bem,
cuja felicidade perturbariam. Irão para mundos novos, menos adiantados,
desempenhar missões penosas, trabalhando pelo seu próprio adiantamento, ao
mesmo tempo trabalharão pelo de seus irmãos ainda mais atrasados.
Neste
banimento de Espíritos da Terra transformada, não percebeis a sublime alegoria
do Paraíso perdido e, na vinda do homem para a Terra em semelhantes condições,
trazendo em si o gérmen de suas paixões e os vestígios da sua inferioridade
primitiva, não descobris a não menos sublime alegoria do pecado original?
(...)"
ESPÍRITOS
QUE NÃO REENCARNARÃO
Allan
Kardec, abordando a questão da geração nova, em A Gênese, diz para que os homens
sejam felizes na Terra, é preciso que somente a povoem Espíritos bons,
encarnados e desencarnados, que só se dediquem ao bem. Havendo chegado o tempo,
grande emigração se verifica neste momento entre os que a habitam: a dos que
praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já
não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, visto que, se assim
não fosse, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam
obstáculo ao progresso. Irão expiar o endurecimento de seus corações, uns em
mundos inferiores, outros em raças terrestres ainda atrasadas, equivalentes a
mundos inferiores, aos quais levarão os conhecimentos que hajam adquirido,
tendo por missão fazê-las avançar. Serão substituídos por Espíritos melhores,
que farão reinarem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade.
No dizer dos
Espíritos, a Terra não deverá transformar-se por meio de um cataclismo que
aniquile de súbito uma geração. A atual desaparecerá gradualmente e a nova lhe
sucederá do mesmo modo, sem que haja mudança alguma na ordem natural das
coisas.
Tudo, pois,
se processará exteriormente, como de costume, mas com uma única e capital
diferença: uma parte dos Espíritos que encarnavam na Terra, aí não mais
tornarão a encarnar. Em cada criança que nascer, em vez de um Espírito atrasado
e inclinado ao mal, que antes nela encarnaria, virá um Espírito mais adiantado
e propenso ao bem.
Trata-se,
pois, muito menos de uma nova geração corpórea, do que de uma nova geração de
Espíritos. Sem dúvida, é neste sentido que Jesus entendia as coisas, quando
declarava: "Digo-vos, em verdade, que esta geração não passará sem que
estes fatos tenham ocorrido". Assim, os que esperam ver a transformação
operar-se efeitos sobrenaturais e maravilhosos ficarão bastante decepcionados.
A época
atual é de transição; os elementos das duas gerações se confundem. Colocados no
ponto intermediário, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se
assinalando cada uma, no mundo, pelas características que lhes são peculiares.
As duas gerações
que se sucedem têm ideias e pontos de vista opostos. Pela natureza das
disposições morais e, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, torna-se
fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo. Cabendo-lhe fundar a
era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão
geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e a crenças
espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de
adiantamento anterior. Não se comporá de Espíritos eminentemente superiores,
mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as
ideias progressistas e estejam aptos a secundar o movimento de regeneração.
Ao
contrário, o que distingue os Espíritos atrasados é, em primeiro lugar, a
revolta contra Deus, por se recusarem a reconhecer um poder superior aos
poderes humanos; a propensão instintiva para as paixões degradantes, para os
sentimentos antifraternos de egoísmo, de orgulho, de inveja, de ciúme; enfim, o
apego a tudo o que é material: a sensualidade, a cupidez, a avareza.
A PROMESSA
DE JESUS
Queremos
concluir essas linhas sobre todos esses acontecimentos que já estão ocorrendo,
em consonância com as palavras proféticas pronunciadas pelo Cristo no célebre
Sermão do Monte:
-
"BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO BRANDOS E PACÍFICOS PORQUE ELES HABITARÃO A
TERRA".
Jesus ao
dizer isso, não está exigindo perfeição dos que vão continuar no planeta depois
da sua ascensão de categoria, mas sim a condição de "manso e
pacífico", em outras palavras, pacificado interiormente.
Publicado no
Jornal Correio Espírita edição 67 janeiros 2011
"A JUSTIÇA DIVINA ATRAVÉS DA REENCARNAÇÃO "
Vários são
os porquês que ainda nos incomodam no dia-a-dia, principalmente os relativos à
vida. Muitos dos que creem em Deus não conseguem entender o motivo de tantas
desarmonias na sociedade. Por que existem tantas pessoas que sofrem, que
parecem ser perseguidas pelo azar, enquanto para outras a vida se mostra mais
fácil? Por que existem crianças que nascem doentes, enquanto outras vêm ao
mundo sadias? Por que muitas vezes o indivíduo mal-intencionado tem mais
oportunidades na vida do que aquele que parece ser honesto? Algumas respostas
surgem aqui e acolá: "Tudo é obra do destino de cada um"; "Saúde
e doença são explicadas pela genética"; "É a vontade de Deus, por
isso fulano sofre". São opiniões, apenas opiniões. Para aqueles que creem
na justiça e bondade de Deus, elas são incompletas, vagas e sem fundamentos. Se
acreditamos na existência de Deus, justo e superior a tudo e a todos, temos que
entender porquê acontecem essas diferenças, sem que Ele esteja cometendo
injustiças. Somente afirmar que Deus é Pai e sabe o que faz, não satisfaz o
raciocínio do século XX. Deus não cria mistérios para seus filhos. Pelo
contrário, deu a eles a inteligência para discernir o certo do errado, tirando
as próprias conclusões. Se acreditarmos no "destino", este não pode
ser obra do acaso. Alguém estaria pré-estabelecendo a vida. Fazendo uns bons e
outros maus, Deus estaria sendo autoritário, coisa inconcebível ao Criador do
Universo. Quanto ao fator genético, sabemos cientificamente que ele influi na
organização funcional e anatômica do homem. Mas, não deixa de ser uma Lei da
Natureza e, como tal, também criada por Deus. O homem não cria nada. Só
descobre as maravilhas do mundo que o cerca. Analisando essas colocações,
concluímos que Deus está por detrás de tudo o que acontece na vida. Ele rege a
atuação da justiça através de uma Lei superior, chamada Lei de Causa e Efeito
ou Ação e Reação. Ela é colocada em prática através das reencarnações. Na visão
espírita, a reencarnação é a oportunidade que Deus concede aos seus filhos para
que possam reparar seus erros, próprios da imperfeição humana. Há religiões
sérias que acreditam que depois da morte a pessoa boa irá para o Céu, e a má
para o Inferno, sofrendo penas ou gozos eternos. Há outras, também
respeitáveis, que creem que após a morte, a alma permanecerá no túmulo,
esperando o chamado Juízo Final, quando então será julgada pelos bons ou maus
atos praticados. Mas, num mundo como a Terra, onde o bem e o mal se confundem,
devido à miserabilidade cultural, como afirmar que uma pessoa é totalmente má?
Ou então, quem de nós ousaria, defronte ao espelho, dizer: não tenho pecados,
nunca os cometi? Jesus Cristo, nos Evangelhos, questionou-nos sobre isso na
passagem da mulher adúltera; e, segundo a história, ninguém teve a coragem de
se dizer sem erros. Portanto, é impossível que com uma média de 70 anos de
vida, consigamos atingir um estado tal de nos dizermos dignos do Céu. Com
relação aos condenados ao Inferno, façamos uma comparação: se você é pai e seu
filho cometer um erro, você lhe chamará a atenção. Se ele persistir no erro,
poderá puni-lo. Não com o intuito de que ele sofra por sofrer, mas para que,
através da punição, aprenda o modo correto de viver. Como pai, você nunca o
condenaria para sempre, por ele ter cometido uma falha própria de sua
inexperiência. Por que, então, Deus daria só uma chance de iluminação aos seus
filhos? Lembremos Jesus: “Se vós, pois, sendo maus, sabei dar boas coisas aos
vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhos
pedirem?” (Mateus cap.7: vers.11). Através da reencarnação o Espírito vive
muitas vidas, passando por provas e por oportunidades de corrigir os erros
cometidos no passado. Na Sua justiça, Deus não nos condena a sofrermos
eternamente por causa dos erros. Dá-nos a oportunidade de repará-los por nós
mesmos. Assim, entenderemos, com conhecimento de causa, que a prática do bem
nos traz felicidade; enquanto a do mal, com certeza nos levará, cedo ou tarde,
ao sofrimento. Deus nos dá a liberdade de agir como quisermos. O destino estará
sendo traçado por tudo o que nós fizermos. Viveremos bem ou mal, sadios ou
doentes, felizes ou tristes, de acordo com nossas atitudes. A plantação é
livre; porém, a colheita obrigatória. Tudo em perfeita harmonia com a Justiça
Divina. Por que não nos lembramos de outras vidas? Dizem os Espíritos que a
lembrança do passado, durante nossa existência atual, poderia exaltar nosso
orgulho, trazer-nos humilhações ou mesmo impedir nossas atitudes. Deus apenas
nos dá ligeiras recordações das vidas anteriores, como: inclinações para tal
atividade, gostos apropriados, aptidões inatas e mesmo alguns lampejos de
memória do pretérito. Às vezes, ao encontrarmos alguém pela primeira vez, temos
a impressão de conhecê-lo há muito tempo, gerando uma simpatia ou antipatia
instantânea. A Doutrina Espírita afirma que o Espírito nunca regride moral e
intelectualmente. Ou estaciona ou evolui. Portanto, basta vermos nossas
atitudes atuais para termos ideia do que fomos e tomarmos consciência do que
precisamos ser. Ao desencarnarmos (a morte do corpo material) e chegarmos no
mundo espiritual - chamado por Jesus de verdadeira vida -, nosso Espírito irá
rever algumas de suas vidas passadas e compreenderá o porquê das dificuldades
da última existência. Absorverá toda a experiência para chegar ao progresso
almejado. Reencarnação, portanto, é sinônimo de justiça e bondade de Deus.
Façamos nossa parte, procurando sermos melhores hoje do que fomos no dia de
ontem. Com certeza, a vida nos sorrirá com mais frequência, abrindo-nos novos
horizontes, sem as dores e frustrações atuais. O por quê da dificuldade de
muitas religiões e, consequentemente, seus seguidores não acreditarem ou
lidarem com a Reencarnação deve-se à ação do Imperador Justiniano no ano 553
d.C. de conclamar o Concílio de Constantinopla, convidando apenas os bispos
não-reencarnacionistas, e decretando que Reencarnação não existe, influenciado
por sua esposa Teodora, ex-cortesã, filha de um guardador de ursos do
anfiteatro de Bizâncio, que, para libertar-se de seu passado, mandou matar
antigas colegas e para não sofrer as consequências dessa ordem cruel em uma
outra vida como preconiza a lei do Karma, empenhou-se em suprimir a magnífica
Doutrina da Reencarnação. Esse Concílio não passou de um encontro que
excomungou e maldisse a doutrina da preexistência da alma, com protestos do
Papa Virgílio, sequestrado e mantido prisioneiro de Justiniano por 8 anos por
ter-se recusado a participar desse Concílio. Dos 165 bispos presentes, 159 eram
não-reencarnacionistas, e tal fato garantiu a Justiniano os votos de que
precisava para decretar que Reencarnação não existe. E assim a Igreja Católica
tornou-se uma igreja não-reencarnacionista e, mais tarde, as suas dissidências
levaram consigo esse dogma lá estabelecido. Com o predomínio, no Ocidente,
dessas igrejas não-reencarnacionistas, criou-se no Consciente Coletivo
ocidental a ideia de que Reencarnação não existe. Isso representou um dos
maiores atrasos da história da humanidade que, até hoje, reflete-se, pois temos
ciências, como a Psicologia e a Psiquiatria, que limitam-se apenas à vida
atual, ignorando todo um material de estudo e análise, do nosso passado,
escondido em nosso Inconsciente. E é aí que estamos indo, seguindo a orientação
do Dr. Freud. Entrando no Inconsciente das pessoas encontra-se a Reencarnação.
Isso é religião? Não, isso é pesquisa científica, isso é a emergência de uma
nova Psicologia e uma nova Psiquiatria. Você pode acreditar ou não na lei da
reencarnação, mas, se esta vida fosse o começo e o fim da existência humana,
seria impossível conciliar as desigualdades da vida com a justiça divina. Por
que um homem nasce em família rica, enquanto outra criança chega a um lar
paupérrimo, apenas para morrer de fome? Por que uma pessoa tem saúde suficiente
para viver cem anos, enquanto outra está sempre doente? Por que os esquimós
nascem no gélido norte e outros povos em países temperados, onde a luta pela
sobrevivência é mais fácil? Por que alguns bebês nascem cegos ou mortos? Por
quê? Por quê? Por quê? Se você fosse Deus, faria coisas tão injustas? De que
adiante ler e viver de acordo com as escrituras, se a vida é predestinada por
um Deus caprichoso que, deliberadamente, cria seres com corpos ou cérebros
imperfeitos? Segundo a lei de causa e efeito, a toda ação corresponde uma
reação proporcional. Portanto, tudo o que está acontecendo conosco agora deve
ser resultado de algo que fizemos anteriormente. Se nada existe nesta vida que
justifique as circunstâncias atuais, a conclusão inevitável é a de que a causa
foi posta em movimento em alguma época anterior, ou seja, em alguma existência
humana passado. Seus estados de ânimo e características mais fortes não
começaram com este nascimento; estabeleceram-se em sua consciência muito antes
disso. Assim, podemos compreender porque algumas pessoas mostram, desde a
primeira infância, certas fraquezas ou talentos específicos. Podemos
compreender também como a vida perfeita de Jesus na Terra foi resultado de
diversas encarnações prévias, nas quais ele foi desenvolvendo o autodomínio.
Sua vida milagrosa como o Cristo foi consequência de muitas vidas anteriores de
aprendizagem espiritual. Ele se tornou um avatar, uma encarnação divina porque,
em vidas passadas, como ser humano comum, combateu as tentações da carne e
venceu. Seu exemplo oferece esperança definitiva ao resto da humanidade. Do
contrário, que oportunidade teríamos? Se Deus tivesse enviado anjos para
ensinar-nos, eu diria: "Senhor, por que não me criaste anjo? Como posso
imitar seres que foram criados perfeitos e que não tiveram experiência com as
provações e tentações que Tu me deste?". Como ideal, precisamos de um ser
essencialmente igual a nós. Jesus teve que enfrentar tentações. "Afasta-te
Satã", disse ele. E venceu. Se jamais tivesse conhecido a tentação, sua
ordem teria sido uma encenação, e como isso poderia nos inspirar? Embora já
tivesse vencido a carne em outras vidas, teve que sentir essa fraqueza
novamente na encarnação como Jesus para mostrar à humanidade, por meio de sua
vitória, a altura espiritual que havia alcançado e, como seu exemplo, dar
coragem a todos os homens."
“NASCER EM PAÍSES EM GUERRA É CARMA? ”
Por incrível
que pareça, pensamos que viver em um país em guerra seria um carma da
coletividade; que aquelas pessoas estão ali para pagarem por seus erros de
outrora, mas não é só isso.
Primeiro,
temos que lembrar que quem começa uma guerra o faz por sua simples escolha.
Seja o presidente de uma nação, seja o povo que o incita, tudo começou por uma
escolha. E continua, pela execução de novas escolhas.
Essas
escolhas estão intimamente relacionadas a nossa forma de enxergar a vida, aos
nossos conceitos e preconceitos, às nossas crenças. Assim, da mesma forma que
Deus não programou, no pretérito, as guerras mundiais e as guerras santas,
estas e as que existem ainda hoje são um reflexo da nossa humanidade ignorante
que não aceita as diferenças, que não tolera ser contrariada.
Então,
quando a guerra é proclamada, a partir dessa escolha humana, a Providência
Divina agirá para que os reflexos dessa escolha insensata sejam úteis para os
que nela viverem as suas experiências. Daí, começa uma mistura de carmas e
escolhas.
Muitos
poderão pedir para vir neste território em conflito para poderem superar as
mazelas que acreditam ser portadores; muitos poderão vir para enfrentar a si
mesmos e superar os seus traumas; muitos que não necessitam experienciar por
muito tempo a dor da guerra, se verão com coragem para sair daquele território
que já foi o seu lar e buscar conforto no território alheio; muitos se
colocarão como voluntários divinos na tarefa de conscientização e conforto aos
que lá já se encontram.
Mas,
precisamos entender que a guerra em si não modifica ninguém. Ela é somente um
fato que pode impulsionar uma possível mudança, positiva ou negativa, segundo a
vontade daquele ser humano que nela vivencia ou vivenciou as suas dores.
Temos visto
as duas faces da guerra, as duas formas que o povo, a ela submetido, reage:
uma, em que a busca e a conscientização da paz se torna meta de vida e, outra,
onde a vingança é a aplicação da justiça contra os seus algozes. Qualquer uma
dessas metas pode ser absorvida pelo povo em conflito ou mesmo por toda a
humanidade que, num mundo globalizado, acompanha os terríveis reflexos da
guerra alheia.
Porque ainda
existem essas guerras se já passamos por tantos conflitos que deveriam ter
ensinado algo à humanidade? Porque somos pessoas que tem aprendizados únicos e
particulares, e estes nos levam a caminhos únicos e particulares escolhidos por
nós a cada experiência. Lembrando que, hoje, no patamar evolutivo que temos,
poucos são aqueles que são obrigados a reencarnar compulsoriamente, então,
quando ao reencarnarmos, por exemplo, nos colocamos para vivenciarmos um
momento de conflito, temos em nós a vontade de superarmos as nossas tendências
violentas através de uma vivência na violência. Mas, quando estamos na dor,
somente a nós caberá a escolha e a responsabilidade do caminho a percorrer.
Entendamos
que por mais que o nosso planeta esteja no processo de regeneração, ainda
estamos na fase da seleção daqueles que nele ficarão. Então, muitos de nós
estão buscando superar nossos carmas com escolhas melhores a cada dia. Mas, o
que é melhor?! Somente a nós caberá definir.
Adriana
Machado
“AJUDA-TE E O CÉU TE AJUDARÁ”
Narra-se que
um sábio caminhava com os discípulos por uma estrada tortuosa, quando
encontraram um homem piedoso que, ajoelhado, rogava a Deus que o auxiliasse a
tirar seu carro do atoleiro.
Todos
olharam o devoto, sensibilizaram-se e prosseguiram.
Alguns
quilômetros à frente, havia um outro homem que tinha, igualmente, o carro
atolado num lodaçal. Esse, porém, esbravejava reclamando, mas tentava com todo
empenho liberar o veículo.
Comovido, o
sábio propôs aos discípulos ajudá-lo.
Reuniram
todas as forças e conseguiram retirar o transporte do atoleiro. Após os
agradecimentos, o viajante se foi feliz.
Os
aprendizes surpresos, indagaram ao mestre: Senhor, o primeiro homem orava, era
piedoso e não o ajudamos. Este, que era rebelde e até praguejava, recebeu nosso
apoio. Por quê?
Sem
perturbar-se, o nobre professor respondeu: Aquele que orava, aguardava que Deus
viesse fazer a tarefa que a ele competia. O outro, embora desesperado por
ignorância, empenhava-se, merecendo auxílio.
Muitos de
nós costumamos agir como o primeiro viajante. Diante das dificuldades, que nos
parecem insolúveis, acomodamo-nos, esperando que Deus faça a parte que nos cabe
para a solução do problema.
Nós podemos
e devemos empregar esforços para melhorar a situação em que nos encontramos.
Há pessoas
que desejam ver os obstáculos retirados do caminho por mãos invisíveis,
esquecidas de que esses obstáculos, em sua maioria, foram ali colocados por nós
mesmos, cabendo-nos agora, a responsabilidade de retirá-los.
Alguns se
deixam cair no amolentamento, alegando que a situação está difícil e que não
adianta lutar.
Outros não
dispõem de perseverança, abandonando a luta após ligeiros esforços.
Com
propriedade afirma a sabedoria popular que pedra que rola não cria limo,
sugerindo alteração de rota, movimento, dinamismo, realização.
Não basta
pedir ajuda a Deus, é preciso buscar, conforme o ensino de Jesus: Buscai e
achareis, batei e abrir-se-vos-á.
Devemos,
portanto, fazer a nossa parte que Deus nos ajudará no que não estiver ao nosso
alcance resolver.
Seria ideal
que, sem reclamar e pensando corretamente, fizéssemos esforços para retirar do
atoleiro o carro da nossa existência, a fim de seguirmos adiante felizes, com
coragem e disposição. Confiantes de que Deus sustentará as nossas forças para
que possamos triunfar.
Pensemos
nisso!
Redação do
Momento Espírita.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
“COMO AS DORES DOS QUE FICARAM AFETAM OS ESPÍRITOS”?
Como ficamos quando os nossos entes amados se vão e como os afetamos mesmo que indiretamente?
A primeira parte da pergunta é muito fácil de ser respondida: nós ficamos muito tristes. Isso é um fato. Muitos são os sintomas que podem ser vivenciados profundamente por cada um de nós: a saudade bate, arrependimentos se fazem presentes, a culpa por atitudes impensadas martela o nosso coração...
Na maioria das vezes, sentimos um vazio em nossas vidas que, a cada dia, nos faz lembrar que alguém deixou de estar conosco. Então, nós sofremos: sofremos pouco, sofremos muito, sofremos bastante... depende de cada um de nós.
Pensamos o quanto fomos vitimados por aquela situação dolorida que nos arrancou de nosso meio a presença de alguém que nos era muito querido, quase essencial.
Mas, em nosso egocentrismo pensamos que somente nós sentimos saudade. Esquecemos que não existe morte e que, do outro lado da vida, aqueles que são alvo de nossa saudade também a sentem e com intensidade.
Esquecemos que, se eles estão vivos, também estarão sentindo a mesma ausência, a mesma saudade, a mesma dor por terem tido a necessidade de se ausentar de uma vida que, em muitos casos, nem queriam perder.
O interessante, todavia, é que as nossas emoções não se fixam somente em nós, estejamos nós no plano material ou espiritual. O amor nos liga ao ser amado aonde quer que ele se encontre.
Vamos pensar: se estamos o tempo todo em constante ligação energética com quem amamos, imaginem se estivermos (desencarnados) fixados em alguém (encarnado) que está portando sentimento de tristeza, de saudade, de arrependimento e de culpa que foram construídos pela nossa ausência (no desencarne)? Imaginem que pudéssemos sentir tudo isso com muita intensidade! Se não é fácil lidar somente com as nossas dores, imagine nos depararmos com a dor que “provocamos” em alguém que amamos. Pois é o que acontece! Quando estamos no plano extrafísico, as emanações energéticas exacerbadas de nossos entes encarnados chegam a nós com intensidade e são quase audíveis.
Por isso, se amamos a quem se foi, temos que tomar cuidado com os sentimentos que alimentamos. Porque sentir é uma coisa, alimentar esse sentimento é outro bem diferente.
Para todo espírito que desencarna e que se encontra em um equilíbrio razoável (segundo a sua própria evolução), existe uma proteção natural que o isolará dos sentimentos normais de saudade dos entes que ficaram, dando-lhe a oportunidade de uma adaptação à sua nova etapa de vida.
O problema é quando não acontece assim. O espírito pode chegar portando algum nível de desequilíbrio que somado ao fato dos seus entes amados estarem sofrendo devastadoramente, fazem com que ele não consiga lidar bem com o seu retorno às esferas espirituais.
Ele pode sentir que precisa ajudar aos seus e, por uma escolha muito equivocada, desejar estar com eles nas esferas carnais. Imediatamente, ele se desloca para junto dos seus amados, fazendo com que todos entrem num processo prejudicial de influenciação.
Se não ficou claro, eu explico: todo espírito é livre para fazer o que quiser e, no plano espiritual, estará onde ele mais se identifica. Se ele deseja estar com os seus entes queridos, ele poderá se deslocar para junto deles. Mas, o problema é que ele não sabe o que fazer, porque ainda não se adaptou ao plano etéreo.
Então, em decorrência de uma postura de sofrimento exagerada adotada pelos próprios entes encarnados, inicia-se um processo obsessivo destes junto ao desencarnado, escravizando-o e alimentando uma ligação dolorosa de sofrimento mútuo.
Vê-se, portanto, que esse processo de influenciação pode partir dos encarnados. E isso em razão da ignorância daqueles que amam, mas que não conseguem amar livremente. Não conseguem libertar o alvo de seu amor, por acreditar que eles (encarnados) somente serão felizes ao lado daquele que se foi. Não conseguem entender que amar é libertar, é aceitar os desígnios de Deus, quando chega o momento em que os seres que se amam precisam se distanciar por algum tempo. Não acreditam que a ponte de amor que os une é forte para jamais se romper.
Por isso, precisamos ficar atentos aos nossos sentimentos desequilibrantes, seja para dar alento ao coração daquele amado que se distanciou, seja para que possamos aprender o melhor desse momento doloroso e trazermos paz ao nosso próprio coração.
Por incrível que pareça, a saudade é um sentimento importante em todos os seres, mas que quando em exagero, nos traz sofrimentos incalculáveis.
Se não sentíssemos saudade, não daríamos a devida importância àquela pessoa em nossa vida. Mas, para o nosso próprio bem, cabe a nós compreendermos que essa saudade deve caber em nosso coração. Se for maior do que ele, nos sufocará, bem como sufocará o ente amado que a sentirá com todas as dores construídas por nós e que a ela (saudade) forem somadas.
Portanto, acreditemos que somos capazes de viver a vida com a lembrança saudosa dos nossos entes queridos. Assim, estaremos construindo um futuro de felicidade para nós e para eles, dando-nos a condição de quando chegar a nossa vez de viajar para o outro lado, estejamos aptos para sermos recebidos com louvor por estes seres tão amados.
- Adriana Machado
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