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quarta-feira, 15 de março de 2017

“MÉDIUNS OBSEDIADOS”

No número das dificuldades que a prática do Espiritismo apresenta é necessário colocar a da obsessão em primeira linha. Trata-se do domínio que alguns Espíritos podem adquirir sobre certas pessoas. São sempre os Espíritos inferiores que procuram dominar, pois os bons não exercem nenhum constrangimento.
Na obsessão simples o médium sabe perfeitamente que está lidando com um Espírito mistificador, que não se disfarça e nem mesmo dissimula de maneira alguma as suas más intenções e o seu desejo de contrariar.
A fascinação tem consequências muito mais graves. Trata-se de uma ilusão criada diretamente pelo Espírito no pensamento do médium e que paralisa de certa maneira a sua capacidade de julgar as comunicações.
Dissemos que as consequências da fascinação são muito mais graves. Com efeito, graças a essa ilusão que lhe é consequente o Espírito dirige a sua vítima como se faz a um cego, podendo levá-lo a aceitar as doutrinas mais absurdas e as teorias mais falsas como sendo as únicas expressões da verdade.
Compreende-se facilmente toda a diferença entre obsessão simples e a fascinação. Compreende-se também que os Espíritos provocadores de ambas devem ser diferentes quanto ao caráter. Na primeira, o Espírito que se apega ao médium é apenas um importuno pela sua insistência, do qual ele procura livrar-se.
Na segunda, é muito diferente, pois para chegar a tais fins o Espírito deve ser esperto, ardiloso e profundamente hipócrita. Porque ele só pode enganar e se impor usando máscara e uma falsa aparência de virtude.
A subjugação é um envolvimento que produz a paralisação da vontade da vítima, fazendo-a agir malgrado seu. Esta se encontra, numa palavra, sob um verdadeiro jugo.
A subjugação pode ser moral ou corpórea. No primeiro caso, o subjugado é levado a tomar decisões frequentemente absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão considera sensatas: é uma espécie de fascinação. No segundo caso, o Espírito age sobre os órgãos materiais, provocando movimentos involuntários.
Reconhece-se a obsessão pelas seguintes características:
1) Insistência de um Espírito em comunicar-se queria ou não o médium, pela escrita, pela audição, pela tiptologia etc., opondo-se a que outros Espíritos o façam.
2) Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações recebidas.
3) Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem falsidades ou absurdos.
4) Aceitação pelo médium dos elogios que lhe fazem os Espíritos que se comunicam por seu intermédio.
5) Disposição para se afastar das pessoas que podem esclarecê-lo.
6) Levar a mal a crítica das comunicações que recebe.
7) Necessidade incessante e inoportuna de escrever.
8) Qualquer forma de constrangimento físico, dominando-lhe à vontade e forçando-o a agir ou falar sem querer.
9) Ruídos e transtornos em redor do médium, causados por ele ou tendo-o por alvo.
Os motivos da obsessão variam segundo o caráter do Espírito. Às vezes é a prática de uma vingança contra pessoa que o magoou na sua vida ou numa existência anterior. Frequentemente é apenas o desejo de fazer o mal, pois como sofre, deseja fazer os outros sofrerem, sentido uma espécie de prazer em atormentá-los e humilhá-los. 245.
A impaciência das vítimas também influi, porque ele vê atingido o seu objetivo, enquanto a paciência acaba por cansá-lo. Ao se irritar, mostrando-se zangado, a vítima faz precisamente o que ele quer. Esses Espíritos agem às vezes pelo ódio que lhes desperta a inveja do bem, e é por isso que lançam a sua maldade sobre criaturas honestas.
CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE COMBATÊ-LAS
Segundo as Qualidades Morais do Médium Médiuns
Imperfeitos: Médiuns Susceptíveis Médiuns Mercenários Médiuns Ambiciosos Médiuns de Má Fé Médiuns Egoístas Médiuns Ciumentos Médiuns Obsedados Médiuns Fascinados Médiuns Subjugados Médiuns Levianos Médiuns Indiferentes Médiuns Presunçosos Médiuns Orgulhosos
A imperfeição, que se manifesta nos homens ou nos Espíritos, indica o estágio inferior no qual estagia seu portador e é proveniente dos atavismos que o fixa às faixas primárias de onde procede e das quais ainda não conseguiu liberar- se. Se forem portadores de faculdade mediúnica ostensiva, essa estará sob a vigência da lei de afinidade, mediante a qual é mais fácil aqueles que são simpáticos entre si se intercambiarem do que a ocorrência de fenômenos entre opostos.
Médiuns obsidiados: os que não podem se livrar de Espíritos importunos e enganadores, mas não se iludem.
Médiuns fascinados: os que são iludidos por Espíritos enganadores e se iludem sobre a natureza das comunicações que recebem.
Médiuns subjugados: os que sofrem uma dominação moral e, muitas vezes, material da parte de maus Espíritos.
Médiuns levianos: os que não levam a sério sua faculdade e dela só se serve por divertimento, ou para futilidades.
Médiuns indiferentes: os que nenhum proveito moral tiram das instruções que obtêm e em nada modificam o proceder e os hábitos.
Médiuns presunçosos: os que têm a pretensão de se acharem em relação somente com Espíritos superiores. Creem- se infalíveis e consideram inferior e errôneo tudo o que deles não provenha.
Médiuns orgulhosos: os que se envaidecem das comunicações que lhes são dadas; julgam que nada mais têm que aprender no Espiritismo e não tomam para si as lições que recebem frequentemente dos Espíritos. Não se contentam com as faculdades que possuem, querem tê-las todas.
Médiuns suscetíveis: variedade dos médiuns orgulhosos, suscetibilizam-se com as críticas de que sejam objeto suas comunicações; zangam- se com a menor contradição e, se mostram o que obtêm, é para que seja admirado e não para que se lhes dê um parecer. Geralmente, tomam aversão às pessoas que os não aplaudem sem restrições e fogem das reuniões onde não possam impor-se e dominar.
Médiuns mercenários: os que exploram suas faculdades.
Médiuns ambiciosos: os que, embora não mercadejem com as faculdades que possuem, esperam tirar delas quaisquer vantagens.
Médiuns de má-fé: os que, não possuindo faculdades reais, simulam as de que carecem, para se darem importância. Não se podem designar pelo nome de médium as pessoas que, nenhuma faculdade mediúnica possuindo, só produzem certos efeitos por meio de trapaças.
Médiuns egoístas: os que somente no seu interesse pessoal se servem de suas faculdades e guardam para si as comunicações que recebem.
Médiuns invejosos: os que se mostram despeitados com o maior apreço dispensado a outros médiuns, que lhes são superiores.
Não se conscientizando o médium da gravidade de que o exercício mediúnico se reveste, permanece, leviano quão insensato, vinculado às mentes ociosas e vulgares com as quais se sintoniza.
Pode ser, às vezes, instrumento de comunicações sérias, aproveitáveis, no entanto, em razão da condição vibratória que lhe é natural, mais facilmente se deixa influenciar por Espíritos portadores de iguais condições morais.
À medida que o médium se moraliza, utiliza vigilância constante e a oração frequente, esforça-se pela ação caridosa, pela disciplina e estudo constantes, torna-se mais apto ao contato com Espíritos superiores.
A relação com os Espíritos impõe prudência, elevação moral, equilíbrio emocional em todo aquele que se interessa por alcançar resultados satisfatórios.

Fonte: Seminário Médiuns obsediados

“ABORTO ESPONTÂNEO NA VISÃO ESPÍRITA”

Além dos abortos espontâneos, motivados em débitos cármicos do casal, que se associam às dívidas e desarmonias do Espírito reencarnante, outros fatores podem ser causa de aborto não provocado por interferência material.
Em alguns  casos o aborto considerado espontâneo é, realizado pelo próprio espírito em processo reencarnatório
Uma das causas que devem ser mencionadas é a relacionada à própria entidade reencarnante. Como nós, seres viventes do planeta Terra, temos muitas vezes o temor à morte, os Espíritos, em muitas circunstâncias, temem abandonar uma situação que se lhes afigura estável, para mergulhar novamente na matéria, aprisionando ou anestesiando suas conquistas do passado. Em outras palavras, medo de nascer.
Espíritos que necessitam renascer com severas limitações físicas, frutos de alterações expressivas em sua constituição perispiritual, atemorizam-se ante uma perspectiva que custam a aceitar Apesar de todo o trabalho dos mentores espirituais esclarecendo que a exteriorização deformante do corpo físico facilita a eliminação das anomalias em nível perispiritual, desde que acompanhada de uma postura mental saudável, os receios e as reações muitas vezes ocorrem.
Outros, embora nada tenham a temer com relação a deformidades físicas, travam intensa luta íntima, um conflito entre a razão que os faz renascer naquele lar e o sentimento de antipatia com relação a alguns dos seus membros.
Como sabemos, a ligação familiar frequentemente é o palco dos reajustes do passado. Vínculos pretéritos de desafetos que necessitam se perdoar, encontram na "anestesia" do pretérito a condição predisponente para a "cirurgia" psíquica que eliminará o "abscesso" do ódio.
Embora ocorram reencarnações compulsórias, necessárias para aqueles cujo primitivismo psíquico não permite a participação na escolha de suas provas ou expiações, na nova romagem física, normalmente o livre-arbítrio é preservado. Todos nós, seres humanos, temos a possibilidade de escolher, acertar ou errar, avançar ou recuar. A liberdade que já conquistamos nas milhares de encarnações faculta-nos o ensejo de decidir. Decidir, porém arcando com o peso das consequências.
Há Espíritos que se posicionam mentalmente de forma reiterada na recusa psíquica a reencarnar. Acentuam esta posição à medida que se sentem retidos na malha fluídico-energética materna. Nos casos onde a dificuldade anterior de relacionamento era justamente com a mãe, a interpenetração energética entre ambos pode exacerbar a predisposição contrária ao renascimento. Acordam velhas emoções que dormiam embaladas pela canção do esquecimento.
Ocorre o processo do aborto tido como espontâneo, porém, na realidade, provocado pela recusa sistemática, enérgica e imatura do Espírito.
No  momento da concepção, o Espírito se une em definitivo ao corpo, por laços ainda frágeis, podendo haver mortes prematuras, tanto pela imperfeição da matéria, quanto, principalmente, por tratar-se de prova, tanto para ele quanto para os pais.
“(…) como os laços que ao corpo o prendem são ainda muito fracos, facilmente se rompem e podem romper-se por vontade do Espírito, se este recua diante da prova que escolheu. Em tal caso, porém, a criança não vinga.” Todavia, não há como outro Espírito passar a ocupar o corpo destinado ao Espírito que desistiu de reencarnar.
Laços fluídicos que prendiam as emanações energéticas do perispírito da entidade reencarnante ao perispírito materno ou, já unidas, ao chacra genésico da futura mãe podem romper-se. Nos casos em que a gestação já se fazia em curso, e o fluido vital do embrião em desenvolvimento se fundia com o corpo espiritual em processo de miniaturização, a súbita e intensa revolta do Espírito pode determinar a ruptura definitiva das ligações, deixando o futuro feto sem o Espírito. Inviabiliza-se a gestação por falta do modelo organizador biológico.
Perde, assim,  o Espírito uma grande oportunidade para superar-se a si mesmo e avançar celeremente rumo à felicidade.
Há também os casos de gestação frustrada quando não há Espírito reencarnante para arquitetar as formas do feto. O Espírito André Luiz; no livro Evolução em dois mundos. Cap. XIII, pag. 195(…) nas questões 136- a) e 136 – b) 356 – a) de “O Livro dos Espíritos”, consta que podem existir corpos sem alma, sendo apenas uma massa de carne sem inteligência;
– Há casos em que jamais houve um espírito, destinado aos corpos, nada devendo se cumprir neles.
Os abortos espontâneos podem ser também resultado do compromisso dos pais, antes de reencarnar, de passarem pela prova da infertilidade, por terem adquiridos débitos com a lei universal na área do renascimento.
Podem também ser experiência para aqueles que, por não
compreenderem a profundidade do valor da vida, renascem com essa limitação como forma de aprendizado. Em alguns casos, o espírito programado para nascer foi cúmplice do processo que envolvia todos os personagens.
Consideração Final:
Tudo é supervisionado por Deus através de seus filhos já evoluídos, como o é Jesus, Governador da Terra. Gravidez com final feliz, ou a terminar em aborto espontâneo, se pautado sob uma estreita perspectiva de uma só vida, mostra-se totalmente diferente ao entendermos haver a sabedoria de Deus em tudo, num planeamento de longo prazo, de muitos milénios, tendo em vista a nossa evolução moral e intelectual. Demonstra-se, de forma clara, o quanto nossos Espíritos protetores trabalham por nós, com tanto tempo de antecedência, e o quanto temos a agradecer a Deus pela sua ajuda incondicional. Cabe à candidata a mãe  procurar agir da melhor maneira, educando os seus pensamentos e as suas ações, evitando dessa forma intoxicar a vida que começa a desenvolver-se no seu interior, buscando, pela prece, e pelo amor, alimentar espiritualmente esse pequeno ser, dando-lhe força para vencer medos e inseguranças.
As mães/gestantes conscientes da sua grande missão, irão procurar a inspiração dos bons Espíritos, de forma a contribuir para o bom êxito do planeamento reencarnatório.  Em todas as situações, temos que Deus está presente. Acaso, não existe!
Fontes:
Fraternidade Espírita Cristã.
Reflexões Espíritas.
Ricardo di Bernardi. Reformador, dez. 1992.


terça-feira, 14 de março de 2017

“INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS EM NOSSAS VIDAS”

Desde os primeiros tempos, o homem sente que a vida não termina com a morte e que os que se foram não estão tão distantes assim.
Inúmeros estudos antropológicos nos mostram que, mesmo nas civilizações mais primitivas, o homem já cultuava os seus antepassados e tinha seus feiticeiros, pajés e xamãs, numa demonstração clara que eles já sabiam da existência dos espíritos e da influência dos mesmos em nossas vidas.
Com o espiritismo, essa influência passa a ser um fato observado e experimentado com rigores de ciência.
Allan Kardec, ao pesquisar fenômenos antes atribuídos ao maravilhoso e ao sobrenatural, deparou-se com os espíritos, as almas dos que aqui viveram e que ainda continuam vivos em outros planos, mas mesmo assim, podem se comunicar conosco através de pessoas dotadas de uma faculdade denominada mediunidade.
Através dos chamados médiuns, Allan Kardec pôde observar os fenômenos produzidos pelos espíritos e também travar diálogos sobre vários assuntos com eles.
Kardec pergunta se os espíritos influenciam nossos pensamentos e nossas ações, e eles respondem: “Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem”.
Allan Kardec prossegue no seu diálogo com a espiritualidade e vai desvendando os mecanismos e leis envolvidos no processo de influência dos espíritos.
Ele constata a existência da “Lei de sintonia e afinidade”, que é o que determina toda interação entre os planos físicos e espirituais. A Doutrina Espírita é progressiva e progride pelos ensinamentos dos próprios espíritos através dos tempos.
“Seria errado pensar que é necessário ser médium para atrair os seres do mundo invisível. Eles povoam o espaço, estão constantemente ao nosso redor, nos acompanham, nos veem e observam, intrometem-se nas nossas reuniões, procuram-nos ou evitam-nos, conforme os atrairmos ou repelirmos” (LM item 232).
Assim, todos nós, de uma maneira ou de outra, estamos sujeitos à influência dos Espíritos desencarnados.
Muitos Espíritos, por ainda não estarem plenamente conscientes de sua situação no mundo espiritual, inclusive, alguns ainda julgando estarem vivos, acabam influenciando os encarnados mesmo sem terem algum interesse específico em prejudicá-los; ao se aproximarem dos que se encontram presos à matéria sentem um certo alívio, como se dividissem com eles suas dores e sofrimentos.
Acreditamos que alguns lugares especiais favorecem esse tipo de sintonia, como aqueles nos quais ocorrem mortes ou nos que há ou lidam com pessoas mortas, tais como: hospitais, funerárias, velórios, cemitérios, etc
Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em consequência da inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê abraços neste mundo. A obsessão que é um dos efeitos de semelhante  ação,  como  as  enfermidades  e  todas  as  atribulações  da  vida,  deve,  pois,  ser considerada como provação ou expiação e aceita com esse caráter.
Chama-se obsessão à ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. [...]. (KARDEC, A Gênese, p. 347).
(Houaiss: pulular: existir, ser ou concorrer em grande número; abundar, sobejar, fervilhar, formigar)
“A obsessão é uma espécie de enfermidade de ordem psíquica e emocional, que consiste num constrangimento das atividades de um Espírito pela ação de um outro”.
“A influência maléfica de um Espírito obsessor pode afetar a vida mental de uma pessoa, alterando suas emoções e raciocínios, chegando até mesmo a atingir seu corpo físico”.
“A influência espiritual só é qualificada como obsessão quando se observa uma perturbação constante. Se a influência verificada é apenas esporádica, ela não se caracterizará como uma obsessão. Somente os Espíritos maus e imperfeitos provocam obsessões, interferindo na vontade do indivíduo, fazendo com que ele tenha ações contrárias ao seu desejo natural”.
“Porém, ninguém simplesmente pega energias nocivas ou atrai espíritos infelizes de modo casual ou fortuito. A vida não é injusta. Temos o que merecemos. Não somos vítimas impotentes vivendo um destino impiedoso”.
A lei de “sintonia é o estado em que se encontram duas pessoas que se acham numa mesma igualdade de emoção, ponto de vista, crença ou pensamento”. Toda interferência espiritual acontece respeitando a afinidade entre os agentes envolvidos no processo.
Por exemplo, quando pensamos no bem atraímos quem é do bem, quando pensamos no mal atraímos quem é do mal. Por isso, nos ensina o espírito Manoel Philomeno de Miranda: “Pelo pensamento, cada um de nós elege a companhia espiritual que melhor nos apraz”.
Nada é por acaso, e todo efeito tem causa. Se estamos sendo foco de algum tipo de obsessão ou perturbação espiritual é por que de alguma forma a provocamos.
Escreveu Allan Kardec: ”É assim que Deus deixa à nossa consciência a escolha da rota que devemos seguir e a liberdade de ceder a uma ou a outra das influências contrárias que se exercem sobre nós.
O aspecto mais importante a sabermos sobre a influência espiritual é que não somos escravos dela e que podemos nos desvencilhar da mesma, bastando para isso, apenas nossa própria vontade e determinação. Vejamos novamente o que nos ensina o diálogo do codificador com os  espíritos:
“Pode o homem se afastar da influência dos Espíritos que o incitam ao mal? Sim, porque eles só se ligam aos que os solicitam por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos.
“Pode uma pessoa, por si mesma, afastar os maus espíritos e se libertar do domínio? Sempre se pode sacudir um jugo, quando se tem uma vontade firme”.
Então, conforme podemos ver, a influência dos espíritos em nossas vidas existe e pode nos levar a vários caminhos, porém, nós é que escolhemos que caminho e até onde vai esta influência.
Pensemos bem antes de nos colocarmos como vítima na vida, pois somos responsáveis pela felicidade ou infelicidade que estamos vivendo e o livre-arbítrio é o grande atributo do espírito.
Conforme o uso que fazemos dele, impulsionamos ou não a nossa caminhada rumo a evolução. Influência é o ato ou efeito de influir. Ação que uma pessoa ou coisa exerce sobre outra.
Com relação aos encarnados, tanto quanto aos desencarnados, quem vai determinar se vai ou não se deixar influenciar é a própria pessoa.
Pensar bem e no bem deixa de ser uma norma moral ou religiosa, para ser uma atitude profilática ou terapêutica, dependendo do caso, no que se refere a viver em paz do ponto de vista emocional e espiritual.
Revista Caminho Espiritual












“COMO É A VIDA NO MUNDO ESPIRITUAL?"

Através do livro Nosso Lar, tem-se uma pálida ideia de como vivem os espíritos desencarnados na outra dimensão, segundo as narrativas do Espírito André Luiz pelo médium Chico Xavier, descrevendo a vida deles em “Nosso Lar”, cidade localizada no mundo espiritual. André Luiz, em sua última existência na Terra, foi médico. Em “Nosso Lar”, André Luiz conta que, após a sua desencarnação, permaneceu durante oito anos em estado de perturbação numa região do plano espiritual, que ele denominou de “Umbral” por reunir temporariamente os espíritos desencarnados desequilibrados pelos delitos cometidos na Terra. Ele, no caso, foi levado para essa região devido a erros praticados na sua juventude. Após ser socorrido por uma equipe de Benfeitores Espirituais, residentes em “Nosso Lar”, André Luiz foi levado para tratamento em um hospital dessa cidade, na condição de enfermo espiritual. Já refeito do seu desequilíbrio, André Luiz descobriu um mundo palpitante, pleno de vida e atividades, constatando que os Espíritos desencarnados procedentes da Terra, assim como ele, passam por um estágio de recuperação e educação espiritual em diversos departamentos especializados dessa cidade. Constatou também que lá existem setores visando o planejamento de novas reencarnações na Terra para esses espíritos; tais setores tratam da escolha da família, da configuração do seu novo corpo, do mapa das provas pelas quais o espírito deverá passar, etc.
No plano espiritual, nas suas diferentes faixas vibratórias, existem muitas colônias espirituais, onde espíritos afins e no mesmo nível evolutivo se agrupam e formam verdadeiras sociedades extrafísicas organizadas.
Existe uma semelhança da Terra, muitas casas, templos, jardins, bosques, montanhas, rios cristalinos, vegetais e animais, etc. Logicamente não se trata da mesma matéria do plano físico. É uma matéria espiritual, mais sutil.
Podemos chamar de matéria astral ou matéria extrafísica
O plano espiritual, podemos dizer, é uma cópia, muito mais perfeita, do plano físico, ou melhor, o plano físico é como um esboço do plano espiritual, sendo este último uma espécie de “Terra aperfeiçoada”.
Por mais que se evolua, através dos tempos, o plano físico, o planeta, sua matéria e tudo mais, nunca chegará a ser igual à matéria do plano espiritual, pois esta é formada por substância ou matéria astral que é ideoplástica, que é manipulada e modelada pelo pensamento e pelo sentimento, pela razão e pelo amor. Essa similaridade, em alguns pontos, com o plano físico é necessária para o espírito se acostumar e se adaptar a essa nova vida que se inicia.
Os espíritos desencarnados, assim como os humanos, também têm suas ocupações, que são as mais variadas possíveis. Eles tem trabalho que aplicam em seu benefício e também de outros seres, físicos ou espirituais, que é útil para seu próprio crescimento espiritual, embora isso não seja regra absoluta, pois lá também há espíritos ociosos, assim como eram na Terra, mas sujeitos a melhorar. Tem atividades, lazer e muitos deles, de evolução mediana, também dormem em suas moradias.
Quanto mais evoluída a entidade, menos necessidade tem ela do sono.
O espírito tem direito apenas a uma casa astral onde vai viver e repousar, enquanto estiver no plano espiritual. Quando esses espíritos dormem, há um sono semelhante ao nosso, funcionando apenas como um repouso reparador, mas também em algumas ocasiões, durante o sono eles se desprendem com lucidez, conscientemente, usando o corpo mental e se dirigem para lugares os mais variados possíveis e diversas dimensões espirituais.
Nestas cidades espirituais há toda uma administração organizada, seres que cuidam de todos os setores da vida nessas comunidades espirituais, mantendo a vida em perfeita concordância com os princípios crísticos, para garantirem a evolução de todos.
O espírito mais evoluído destas colônias tem funções mais elevadas, e assim, tem condições de dirigir e orientar, sempre para o bem comum, a vida de todos. Em algumas colônias, existe geralmente um Governador Espiritual, chefe maior da colônia, vários Ministros, etc. Deixamos claro que tudo depende do nível evolutivo da colônia e de como se organizam. Há cidades espirituais que se organizam de forma completamente diferente.
Em uma cidade espiritual de transição, em uma colônia espiritual, chamada Nosso Lar, existem vários ministérios, por exemplo:
Ministério do Auxílio;
Ministério da Elevação;
Ministério da União Divina;
Ministério da Regeneração;
Ministério da Comunicação;
Ministério do Esclarecimento.
Porém, nem todas as colônias seguem esse padrão administrativo, há cidades espirituais planos mais elevados, muito superiores.
A cidade Nosso Lar está situada na terceira “esfera-espiritual” sobre o astral do Rio de Janeiro. Acima dessa há inúmeras, podemos citar por exemplo, uma mais elevada chamada Metrópole Astral do Grande Coração, e uma acima desta que é conhecida como Cidade Espiritual Brasil e acima desta outras responsáveis por toda administração do nosso Planeta.
Portanto, a partir dessas explicações, deixamos claro que são as Colônias Espirituais situadas nos diversos planos da Multidimensionalidade, a partir do Astral Mediano ao Astral Superior, que cuidam de todos os seres do plano físico e também dos mais diversos aspectos que compõem a vida humana, desde os mais simples aos mais complexos. Também supervisionam, dirigem e orientam, da melhor forma possível, todos os governos de todos os países do nosso mundo. No entanto, sua atuação é limitada pela Lei Cósmica, pela Lei Divina, que tudo sustenta e dirige para a felicidade suprema todos os seres.


Revista Cultura Espírita

“A TERRA E O TERCEIRO MILÊNIO”

Nós, os espíritas, aceitamos a ideia de que a Terra deixará de ser um mundo de expiações e provas para tornar-se mundo regenerador.
Nesses mundos , seus habitantes procuram viver sob a influência maior das necessidades e valores espirituais. Vivem ainda sujeitos às leis naturais, têm as mesmas sensações e desejos que nós, mas estão libertos dos vícios e das paixões desequilibradas que ainda escravizam os homens na Terra.
Têm ainda de passar por provas, às quais compreendem e buscam vencê-las com confiança em Deus, em si , com serenidade. Esforçam-se por viver de acordo com as leis naturais, participando então de uma sociedade mais justa, mais solidária e mais feliz.
Reconhecem sua realidade espiritual, assumem a responsabilidade, consciente e feliz, da sua evolução.
Seus objetivos maiores são satisfazer suas necessidades espirituais, visto que as socioeconômicas estão sendo resolvidas, satisfatoriamente, sem privilégios particulares, pessoais ou de grupos, pois o bem de todos é a aspiração de cada um, ou pelo menos, da grande maioria.
Os deveres e os direitos dos homens são respeitados e todos têm as mesmas oportunidades de crescimento, de acordo com sua vontade, seus interesses.
São mundos felizes para nós que vivemos na Terra!
Estamos no ano um do terceiro milênio.
A Terra nos parece muito distante de tornar-se um mundo regenerador, embora já tenha evoluído muito, porque a progressão material e espiritual estão sempre presentes, seja através do esforço, da boa vontade no bem ou através da dor, do sofrimento, consequências das más ações dos homens.
Esperando que, neste milênio, a Terra transformar-se-á em um mundo melhor, onde os homens viverão o equilíbrio na satisfação das suas necessidades materiais e espirituais, perguntamos: - As condições e situações da Terra atual favorecem essas transformações? Fazem-nos vislumbrar essa possibilidade?
Se aceitamos o progresso como uma das forças da natureza, presente em tudo que existe, material e espiritual, temos de aceitar que a Terra e seus habitantes não continuarão como hoje.
Houve muita mudança desde sua formação e o aparecimento dos primeiros seres vivos. No corpo físico de hoje, difícil pensar no ser unicelular que lhe deu origem. Na alma de hoje, difícil pensar no princípio espiritual do qual se desenvolveu.
O homem de hoje e a Terra de hoje são muito diferentes da Terra e do homem primitivo.
Por que então, a humanidade terrena, constituída de encarnados e desencarnados, não pode transformar-se mais e tornar a Terra um mundo melhor?
Aceitamos que essa mudança será realizada. Esperamos que seja neste milênio, sem data prevista, nem repentinamente. Aliás, pensamos que já vivemos na fase de transição, que se completará quando grande parte da humanidade estiver empenhada, realmente, em resolver os problemas socioeconômicos e morais em favor de todos os seus habitantes, derrubando as barreiras do fanatismo, do nacionalismo exacerbado, do racismo, do poder que quer dominar o outro, aproveitando-se das dificuldades do mais frágil.
Acreditamos que, neste milênio, a luta maior da humanidade será o desenvolvimento do respeito aos direitos individuais e das nações, em direção ao amor ao próximo, que leva , somente, a fazer aos outros o que se quer para si.
Aqueles que não conseguirem acompanhar esse progresso moral, permanecendo no mal pelo prazer do mal, serão banidos para mundos inferiores, onde viverão entre homens primitivos, reiniciando seu desenvolvimento moral.
Esta fase de transição para um mundo melhor, pode durar séculos porque depende do desenvolvimento espiritual da humanidade
Muitas coisas boas e más acontecem, mas o destaque maior, através da mídia, é para as coisa ruins.
Existe a parte boa dessa divulgação do mal, porque necessário é que este seja conhecido, difundido para que os homens se horrorizem e busquem combatê-lo, desenvolvendo o bem.
Como, por causa da nossa imperfeição, aprendemos e nos desenvolvemos mais em situações adversas e difíceis, temos hoje, as condições propícias ao desenvolvimento moral e ao encontro das melhores soluções para os grandes problemas que afligem os homens e as nações.
Se hoje a Terra ainda não está pronta para a grande mudança, oferece a todos uma boa época de transição, pelo chamado à responsabilidade de cada um na tarefa de regeneração da humanidade.
Lembremo-nos de que um milênio tem dez séculos. Aproveitemos esse tempo para melhorarmo-nos, porque a autoeducação é lenta e também para colaborarmos nessa gigantesca tarefa, onde estivermos , aqui ou no além.
Pensamos que nessa luta, na qual todos estamos envolvidos, continuará havendo dores e sofrimentos, porque o homem, em geral, ainda não sabe usar a instrução, a informação, a saúde, o bem-estar, a ciência, a tecnologia, a arte no bem, em benefício de todos.
Confiamos porém, em Deus , nas Suas leis justas e misericordiosas, na capacidade do homem em transformar –se e de mudar o mundo, nas atividades de auxílio dos Espíritos Superiores, que trabalham sob a direção de Jesus, que nos ensinou a fazer sempre e em qualquer situação a vontade de Deus e que continua na direção do planeta Terra. Lembremo-nos de sua afirmação: " Nenhuma ovelha que o Pai me confiou se perderá."
Façamos pois, a nossa parte, no cumprimento dos deveres, sem exigências em relação aos outros no lar, no trabalho, no lazer, com determinação e participação na resolução dos problemas que afetam a humanidade, porque somos todos responsáveis na elevação da Terra a uma categoria maior, onde viveremos na sociedade justa e feliz que todos almejamos e queremos.
Fonte: Porta do Espírito-Leda de Almeida Rezende Ebner
Bibliografia:
KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. III: Há muitas moradas na casa de meu Pai

(Jornal Verdade e Luz Nº 192 Janeiro de 2002)

“AS DOENÇAS E A ESPIRITUALIDADE”

A doença não é uma causa, mas sim uma consequência que é proveniente das
energias negativas que circulam nos nossos dois organismos – no corpo espiritual e no corpo físico.
O espírito André Luiz explica que “assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que intoxicam os seus tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que o degradam e que se refletem nas células materiais”.
Há três gêneros de doenças: físicas, espirituais e por atração ou simbiose.
As doenças físicas são distúrbios provocados, entre outros, por algum acidente, por um excesso de esforço ou por um exagero alimentar, o que faz com que um ou mais órgãos não funcionem como deve ser, criando uma indisposição orgânica.
As doenças espirituais são provenientes das nossas vibrações e ficam a dever-se à acumulação no nosso perispírito de energias nocivas que vão gerar uma autointoxicação fluídica. Quando estas energias descem para o organismo físico, criam um campo energético favorável à instalação de doenças que afetam todos os órgãos vitais, como o coração, o fígado, os pulmões, o estômago, etc., trazendo com elas uma fieira de sofrimentos.
As energias nocivas causadas pelas doenças espirituais, podem ter origem nas reencarnações anteriores e enquanto não forem drenadas, mantêm-se no  perispírito doente.
Em cada reencarnação – ao nascermos ou já na vida intrauterina – podemos trazer conosco os efeitos das energias nocivas que estão gravadas no nosso perispírito e estes mesmos efeitos irão agravar-se se acumularmos mais energia negativa na atual reencarnação. Enquanto estas energias continuarem a estar no perispírito, a cura total não se dará.
Quanto às doenças por atração ou simbiose, são aquelas que chegam até nós devido à sintonização que fazemos com fluidos negativos.
O que é que uma pessoa colérica, que está sempre a vibrar maldades e pestilências, pode atrair, senão a mesma coisa? Esta atração gera uma simbiose energética, a qual, pela via fluídica, provoca no encarnado a sensação de que está a sofrer de uma doença que, na verdade, a quem está a afetar é ao organismo do espírito que está ligado energeticamente a esse encarnado, dando-lhe a sensação de que é ele que está doente, pois sente todos os sintomas que o espírito sente.
 É o que se passa quando uma pessoa vai ao médico e este nada lhe encontra…
André Luiz afirma que “se a mente encarnada ainda não conseguiu disciplinar e
dominar as suas emoções e, pelo contrário, alimenta paixões (ódio, inveja e/ou ideias de vingança), ficará sintonizada com os irmãos do plano espiritual inferior que vão emitir fluidos malsãos para impregnar o perispírito do encarnado e intoxicá-lo com estas emissões mentais, podendo levá-lo à doença.”
Nos seus tratados didáticos, a Medicina explica que desde o nascimento físico
existem no organismo humano micróbios, bacilos, vírus e bactérias, que são capazes de produzirem várias doenças humanas. Graças à quantidade ínfima de cada tipo de vida microscópica existente, não causam incômodos, doenças ou afecções mórbidas, pois são impedidos de terem uma proliferação além da “quota mínima” que o corpo humano pode suportar sem que adoeça.
No entanto, quando estes germens, motivados pela presença de energias nocivas no corpo físico, ultrapassam o limite de segurança biológica fixado pela sabedoria da Natureza, começam a proliferar e a destruir os tecidos do seu próprio “hospedeiro”.
Saindo em ondas sucessivas das estruturas energéticas do perispírito em direção ao corpo físico, estas irradiações nocivas criam áreas específicas, onde se instalam e desenvolvem as vidas microscópicas encarregues de produzirem os fenômenos que serão compatíveis com o quadro das necessidades morais do indivíduo. Estas vidas microscópicas alimentam-se das energias nocivas que chegam ao corpo físico, conseguindo multiplicar-se muito rapidamente e, por consequência, causando as doenças.
A recuperação do espírito doente só se consegue, mediante a eliminação da carga tóxica de que está impregnado o seu perispírito.
Assim e como consequência deste determinismo, o corpo físico que vestimos nesta encarnação ou outro qualquer que tenhamos numa reencarnação futura, terá inevitavelmente que ser o dreno ou a válvula de escape para eliminar os fluidos nocivos que nos intoxicam e que nos impedem de caminhar firmemente pela estrada da evolução.
Durante a purificação do perispírito, as toxinas psíquicas encaminham-se para os tecidos, órgãos e zonas do corpo físico, provocando as disfunções orgânicas a que damos o nome de doenças.
Quando o espírito não consegue eliminar todo o conteúdo venenoso do seu
perispírito durante uma existência física, vai acordar no Além sobrecarregado de energia primária, densa e hostil. Neste caso e devido à Lei dos “Pesos Específicos”, pode ir ter às zonas pantanosas do Umbral, onde vai ser submetido à terapia de purga obrigatória no lodo absorvente. Assim, a pouco e pouco, vai-se livrando das excrescências, nódoas, venenos e “crostas fluídicas”, que nasceram no tecido do seu perispírito por causa dos atos indisciplinados que cometeu na matéria.
Não prega o conformismo, é de todo em todo lícito procurar-se a medicina terrestre que pode aliviar muito e até curar, onde tal for permitido por Deus. Se a misericórdia divina pôs os remédios ao nosso alcance é porque podemos e devemos utilizá-los para combater as energias nocivas que emigraram do
perispírito para o nosso corpo físico, mas não devemos esquecer-nos que os remédios alopáticos [os tradicionais] combatem apenas os efeitos da doença. Umas vezes, as doenças exigem tratamentos prolongados; outras, é preciso ir-se até à mesa de operações, mas seja qual for o processo, tudo faz parte da Lei de “Causa e Efeito”, que nos tenta despertar para a reforma moral através deste meio doloroso.
As medidas profiláticas relativas às doenças, têm que começar pela conduta mental, exteriorizando-se depois na atuação moral – conceito muito bem refletido na antiga máxima romana “mens. sana in corpore sano” [mente sã em corpo são].
Os máximos responsáveis pela convocatória de energias primárias e nocivas que adoecem o homem são os estados de indisciplina, que dão origem às reações do perispírito contra o corpo físico. Sentimentos tais como o orgulho, a avareza, o ciúme, a vaidade, a inveja, o egoísmo, a calúnia, o ódio, a vingança, a luxúria, a cólera, a maledicência, a intolerância, a hipocrisia, a amargura, a tristeza, o amor-próprio ofendido e o fanatismo religioso, assim como as consequências nefastas das paixões ilícitas ou dos vícios perniciosos, são geradores de energias nocivas.
Em resumo, a causa das doenças está na leviandade com que o homem encara a sua relação com a vida.
Portanto, as soluções superficiais são enganosas. É preciso lutar-se contra todas as aflições, mas que ninguém conte com “milagres”…
Por outras palavras, para se conseguir a cura integral de uma doença, é preciso que pensamento e atuação estejam sempre dentro daquilo que são os ensinamentos cristãos.
Fonte: Conversando com os Espíritos.




segunda-feira, 13 de março de 2017

“A TEORIA DAS ALMAS GÊMEAS. ”

No sagrado mistério da vida, cada coração possui no Infinito a alma gêmea da sua, companheira divina para a viagem à gloriosa imortalidade.
Criadas umas para as outras, as almas gêmeas se buscam, sempre que separadas. A união perene é-lhes a aspiração suprema e indefinível. Milhares de seres, se transviados no crime ou na inconsciência, experimentaram a separação das almas que os sustentam, como a provação mais ríspida e dolorosa, e, no drama das existências mais obscuras, vemos sempre a atração eterna das almas que se amam mais intimamente, envolvendo umas para as outras num turbilhão de ansiedades angustiosas; atração que é superior a todas as expressões convencionais da vida terrestre. Quando se encontram no acervo real para os seus corações – a da ventura de sua união pela qual não trocariam todos os impérios do mundo, e a única amargura que lhes empana a alegria é a perspectiva de uma nova separação pela morte, perspectiva essa que a luz da Nova Revelação veio dissipar, descerrando para todos os espíritos, amantes do bem e da verdade, os horizontes eternos da vida.
A atração das almas gêmeas é traço característico de todos os planos de luta na Terra?
O Universo é o plano infinito que o pensamento divino povoou de ilimitadas e intraduzíveis belezas. Para todos nós, o primeiro instante da criação do ser está mergulhado num suave mistério, assim como também a atração profunda e inexplicável que arrasta uma alma para outra, no instituto dos trabalhos, das experiências e das provas, no caminho infinito do Tempo.
A ligação das almas gêmeas repousa, para o nosso conhecimento relativo, nos desígnios divinos, insondáveis na sua sagrada origem, constituindo a fonte vital do interesse das criaturas para as edificações da vida. Separadas ou unidas nas experiências do mundo, as almas irmãs caminham, ansiosas, pela união e pela harmonia supremas, até que se integrem, no plano espiritual, onde se reúnem para sempre na mais sublime expressão de amor divino, finalidades profundas de todas as cogitações do ser, no Dédalo do destino.
A união das almas gêmeas pode constituir restrição ao amor universal?
O amor das almas gêmeas não pode efetuar semelhante restrição, porquanto, atingida a culminância evolutiva, todas as expressões afetivas se irmanam na conquista do amor divino. O amor das almas gêmeas, em suma, é aquele que o Espírito, um dia, sentirá pela Humanidade inteira.
Perante a teoria das almas gêmeas, como esclarecer a situação dos viúvos que procuram, novas uniões matrimoniais, alegando a felicidade encontrada no lar primitivo?
Não devemos esquecer que a Terra ainda é uma escola de lutas regeneradoras ou expiatórias, onde o homem pode consorciar-se várias vezes, sem que a sua união matrimonial se efetue com a alma gêmea da sua, muitas vezes distante da esfera material.
A criatura transviada, até que se espiritualize para a compreensão desses laços sublimes, está submetida, no mapa de suas provações, a tais experiências, por vezes pesadas e dolorosas. A situação de inquietude e subversão de valores na alma humana justifica essa provação terrestre, caracterizada pela distância dos Espíritos amados, que se encontram num plano de compreensão superior, os quais, longe de desdenharem as boas experiências dos companheiros de seus afetos, buscam facultar-lhes com a máxima dedicação, de modo a facilitar o seu avanço direto às mais elevadas conquistas espirituais.
Os Espíritos evoluídos, pelo fato de deixarem algum amado na Terra, ficam ligados ao planeta pelos laços da saudade?
Os espíritos superiores não ficam propriamente ligados ao orbe terreno, mas não perdem o interesse afetivo pelos seres amados que deixaram no mundo, pelos quais trabalham com ardor, impulsionando-os na estrada das lutas redentoras, em busca das culminâncias da perfeição.
A saudade, nessas almas santificadas e puras, é muito mais sublime e mais forte, por nascer de uma sensibilidade superior, salientando-se que, convertida num interesse divino, opera as grandes abnegações do Céu, que seguem os passos vacilantes do Espírito encarnado, através de sua peregrinação expiatória ou redentora na face da Terra.
Somente pela prece a alma encarnada pode auxiliar um Espírito bem-amado que a antecedeu na jornada do túmulo?
A oração coopera eficazmente em favor do que partiu, muitas vezes com o espírito emaranhado na rede das ilusões da existência material. Todavia, o coração amigo que ficou aí no mundo, pela vibração silenciosa e pelo desejo perseverante de ser útil ao companheiro que o precedeu na sepultura, para os movimentos da vida, nos momentos de repouso do corpo, em que a alma evoluída pode gozar de relativa liberdade, pode encontrar o Espírito sofredor ou errante do amigo desencarnado, despertar-lhe à vontade no cumprimento do dever, bem como orienta-lo sobre a sua realidade nova, sem que a sua memória corporal registre o acontecimento na vigília comum. Daí nasce à afirmativa de que somente o amor pode atravessar o abismo da morte.


Emmanuel (“O Consolador” – 322 a 330 - Chico Xavier)

“AÇÃO DOS HOMENS SOBRE OS ESPÍRITOS INFELIZES. ”

A nossa indiferença para com as manifestações espíritas não nos privaria somente do conhecimento do futuro de além-túmulo, pois nos desviaria também da possibilidade de agir sobre os Espíritos infelizes, de amenizar lhes a sorte, tornando-lhes mais fácil a reparação de suas faltas.
Os Espíritos atrasados, tendo mais afinidade com os homens do que com os Espíritos elevados, em virtude de sua constituição fluídica ainda grosseira, são, por isso mesmo, mais acessíveis à nossa influência. Entrando em comunicação com eles, podemos preencher uma generosa missão, instruí-los, moralizá-los e, ao mesmo tempo, melhorarmos, sanearmos o meio fluídico em que todos vivemos.
Os Espíritos sofredores ouvem o nosso apelo e as nossas evocações. Os nossos pensamentos, simpáticos, envolvendo-os como uma corrente elétrica e atraindo-os a nós, permitem que conversemos com eles por meio dos médiuns. O mesmo se dá com as almas que deixam este mundo. As nossas evocações despertam a atenção dos Espíritos e facultam-lhe o desapego corpóreo; as nossas preces ardentes são como um jato luminoso que os esclarece e vivifica.
É-lhes agradável perceber que não estão abandonados a si próprios na imensidade, que há ainda na Terra seres que se interessam pela sua sorte e desejam a sua felicidade. E, quando mesmo esta não possa ser alcançada por preces, contudo elas não deixam de ser salutares, arrancando-os ao desespero, dando-lhes as forças fluídicas necessárias para lutarem contra as influências perniciosas e ajudando-os a subirem mais alto.
Não devemos, entretanto, esquecer que as relações com os Espíritos inferiores exigem uma certa segurança de vistas, de tato e de energia; daí os bons efeitos que se podem esperar. É preciso uma verdadeira superioridade moral para dominar tais Espíritos, para reprimir os seus desmandos e dirigi-los ao caminho reto; e essa superioridade não se adquire senão por uma vida isenta de paixões materiais, pois, em tal caso, os fluidos depurados do evocador atuam eficazmente sobre os fluidos dos Espíritos atrasados. Além disso, é necessário um conhecimento prático do mundo invisível para nos podermos guiar com segurança no meio das contradições e dos erros que pululam nas comunicações dos Espíritos levianos. Em consequência da sua natureza imperfeita, eles só possuem conhecimentos muito restritos; veem e julgam as coisas diferentemente; muitos conservam as opiniões e os preconceitos da vida terrena. O critério e a clarividência tornam-se, portanto, indispensáveis a quem se dirigir nesse dédalo.
O estudo dos fenômenos espíritas e as relações com o mundo invisível apresentam muitas dificuldades e, mesmo, perigos ao homem ignorante e frívolo, que pouco se tenha preocupado com o lado moral da questão. Aquele que, descuidando-se de estudar a ciência e a filosofia dos Espíritos, penetra bruscamente no domínio do invisível, entregando-se, sem reserva, às suas manifestações, desde logo se acha em contato com milhares de seres cujos atos e palavras ele não tem meio algum de aferir. Sua ignorância entregá-lo-á desarmado à influência deles, pois a sua vontade vacilante, indecisa, não poderá resistir às sugestões de que se fez alvo. Fraco, apaixonado, sua imperfeição faz com que atraia Espíritos iguais a si, que o assediam sem o menor escrúpulo de enganar. Nada sabendo sobre as leis morais, insulado no seio de um mundo onde a alucinação e a realidade confundem-se, terá tudo a temer: a mentira, a ironia, a obsessão.
A princípio, foi considerável a parte que os Espíritos inferiores tomaram nas manifestações e isso tinha sua razão de ser. Em um meio material como o nosso, só as manifestações ruidosas, os fenômenos de ordem física poderiam impressionar os homens e arrancá-los à indiferença por tudo que não diga respeito aos seus interesses imediatos. É isso que justifica o predomínio das mesas giratórias, das pancadas, das pedradas, etc. Esses fenômenos vulgares, produzidos por Espíritos submetidos à influência da matéria, eram apropriados às exigências da causa e ao estado mental daqueles de quem se queria despertar a atenção. Não se os deverá atribuir aos Espíritos superiores, pois estes só se manifestaram ulteriormente e por processos menos grosseiros, sobretudo com o auxílio de médiuns escreventes, auditivos e sonambúlicos.
Depois dos fatos materiais, que se dirigiam aos sentidos, os Espíritos têm falado à inteligência, aos sentimentos e à razão. Esse aperfeiçoamento gradual dos meios de comunicação mostra-nos os grandes recursos de que dispõem os poderes invisíveis, as combinações profundas e variadas que sabem pôr em jogo para estimular o homem no caminho do progresso e no conhecimento dos seus destinos...
Léon Denis

 Livro: Depois da Morte

“A VIDA ETERNA DO ESPÍRITO”

Um homem estava vivendo um sério problema de saúde em sua vida. Resolveu então procurar um sábio para orienta-lo sobre o que fazer.
O sábio ouviu o problema do homem e disse:
– Antes de te dar uma orientação a respeito, vou pedir que você faça uma meditação importante. Pare por um momento e comece a lembrar todos os problemas que você enfrentou, desde sua infância, até os dias de hoje.
O homem começou a recordar-se dos primórdios de sua existência. Começou rememorando seus primeiros anos de vida, sendo uma criança agitada e briguenta. Lembrou-se das brigas com os coleguinhas na escola, da dificuldade no seu rendimento escolar e da situação precária que viveu com a pobreza de seus pais. No início da adolescência, lembrou de duas namoradas que teve, uma que terminou após alguns meses – o que causou intenso sofrimento – e outra que o traiu com seu amigo, algo que lembra hoje com muita tristeza. Depois começou a relembrar as dificuldades de seu primeiro emprego como aprendiz de carpinteiro; lembrou-se também da fase em que passou fome, da morte de sua mãe, e logo depois de um acidente que também levou seu pai. Conseguiu construir sua própria casa, mas perdeu um dos dedos da mão na construção. Continuou trabalhando de pedreiro, ganhou um dinheiro, construiu mais duas casas, e com a renda do aluguel, hoje mantinha-se numa situação financeira relativamente estável. E nos dias de hoje, descobriu que estava com um tumor, e recorreu ao sábio.
O sábio retomou a palavra:
– De tudo isso que você experimentou, cada uma dessas coisas foi passando e hoje a maioria delas não existe mais. Estou certo de que você se recorda com algum bom humor de alguns probleminhas que em sua infância e adolescência que lhe pareciam aterradores, certo?
O homem lembrou-se das brigas com seus colegas de escolas, das suas namoradas e das dificuldades com seu primeiro emprego. De fato, tudo isso era algo irrelevante, mas que na época, por estar tão envolvido com tudo aquilo, parecia um problema imenso.
– É verdade mestre. Tudo parecia tão grande, mas agora a maioria dos meus problemas já passou.
O sábio respondeu:
– Da mesma forma que na infância as brigas com seus coleguinhas era um grande problema, pois você tinha uma visão limitada da vida, hoje você acredita que essa doença é um grande problema, pois não consegue ter uma visão maior, ilimitada, universal da existência. Entenda este grande princípio da vida: tudo passa… Não importa quanto tempo demore; não importa a dimensão do problema numa época, ou do sofrimento, tudo isso é transitório, é passageiro, e um dia, sempre, mas sempre acaba. Tudo que teve um início, um dia terá um fim. Sendo assim, não se preocupe com sua doença, isso passa; tudo vem e vai; tudo começa e termina. Essa enfermidade é algo ínfimo e transitório em relação a vida eterna do espírito. Essa sim, não teve um começo, e por isso, jamais terá um fim.


Autor: Hugo Lapa

domingo, 12 de março de 2017

“COMO SERÁ QUE NASCEM OS ESPÍRITOS.”?

1 – Como nascem os Espíritos?
Questões dessa natureza são inabordáveis para a frágil inteligência humana. Não obstante, sabemos que o Espírito não é criado num átimo, instantaneamente, no momento da concepção, como sugere a teologia ortodoxa.
2 – O ser humano nasce a partir de uma gestação no ventre materno, que se estende por nove meses. E o Espírito?
Diríamos que há uma “gestação” no ventre da Natureza, com prolongado estágio entre os seres inferiores, envolvendo milhares de anos, sob orientação de técnicos da espiritualidade e os estímulos do instinto.
3 – Isso significa que animais e vegetais têm Espírito?
Possuem um princípio espiritual. Ao perpassar de longas eras ele desenvolve-se em complexidade, até atingir o estágio que lhe permita exercitar a razão. Paralelamente, conquista o livre arbítrio e passa a desdobrar suas experiências evolutivas não mais sob o domínio dos instintos, mas a partir de suas próprias iniciativas.
4 – Um rato, um cachorro, um inseto, uma ave, um peixe ou qualquer vegetal, todos possuem um princípio espiritual em evolução? E todos serão um dia Espíritos?
Exatamente. Não há vida sem a contraparte espiritual. O princípio espiritual, que a todos anima, será Espírito, o ser pensante, um dia. Há uma unidade de vistas na obra da Criação. Deus não admite privilégios. Estamos todos a caminho de gloriosa destinação.
5 – Isso explica por que há indivíduos que guardam um jeito animalizado, agressivos como um leão, covardes como uma hiena, venenosos como uma cobra… Estagiaram por lá há pouco?
Comportamentos dessa natureza revelam nossa natureza ainda mais próxima da animalidade, distante da angelitude. Todavia, não revelam uma influência próxima, porquanto a transição do princípio espiritual, a alma dos seres inferiores, para o ser pensante, não ocorre na Terra, mas em outros planos do Infinito, demandando largo tempo.
6 – Há uma escala a ser observada pelo princípio espiritual em evolução, envolvendo espécies e raças, no reino vegetal e animal? Arbusto, árvore, inseto, peixe, ave, mamíferos…
A lógica nos diz que existe esse escalonamento, mas não sabemos como se opera e não deve envolver todas as espécies e todas as raças, mesmo porque, no dinamismo da evolução, surgem e desaparecem espécies ao longo de milhões de anos que sustentam os processos evolutivos.
7 – Se o princípio espiritual passa por vários estágios nos reinos inferiores, isso significa que ele está submetido à reencarnação?
Sim, faz parte do processo. O princípio espiritual desdobra experiências reencarnatórias, sempre conduzido pelo instinto, desenvolvendo-se em complexidade, conquistando estágios superiores, até atingir condições para transformar-se num Espírito.
8 – Se o princípio espiritual que anima um cachorro é imortal e irá para a espiritualidade quando morrer seu corpo, isso significa que poderemos reencontrar animais de estimação, quando partirmos para o Além?
É possível mas improvável, já que, normalmente, a “alma” dos animais permanece pouco tempo na espiritualidade, logo sendo reconduzida à vida física.
Richard Simonetti

Livro Espiritismo, Tudo o que Você Precisa Saber

“GESTAÇÃO E ESPÍRITO- TODA GRAVIDEZ É PLANEJADA NA ESPIRITUALIDADE? ”

Nenhum de nós nasceu do acaso. Ninguém vem a este mundo sem um objetivo. Todos os que nele nascem, queridos ou não por seus pais, são por causas concretas....
"O princípio da reencarnação é uma consequência necessária da lei do progresso" A Gênese-Allan Kardec
"Deus impõe aos Espíritos a encarnação com o objetivo de fazê-los chegar à perfeição." Livro dos Espíritos-Allan Kardec
"Ó espíritas! Compreendei hoje o grande papel da Humanidade; compreendei que quando produzis um corpo, a alma que nele se encarna vem do espaço para progredir; sabei vossos deveres e colocai todo o vosso amor em aproximar essa alma de Deus:" (O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. XIV.9)
MECANISMO DA REENCARNAÇÃO
FASE PREPARATÓRIA: O reencarnante planejado - O processo de planejamento consiste em definir e organizar como será sua estada na terra: a convivência junto a outros, o corpo que lhe servir[á de instrumento e seu ambiente.
Escolha dos futuros pais e familiares
Estabelecimento do programa
Prévia escolha - determinação do sexo (depende da prova ou expiação que se deve passar)
Definição do tipo de reencarnação (compulsória ou livre escolha, provacional, expiatória, sacrificial ou missionária)
Execução do plano (inclui os futuros pais, gestantes e demais familiares)
OS ENSINAMENTOS DOS ESPÍRITOS:
A ligação do Espírito ao novo corpo (Livro dos Espíritos )
344 -Em que momento a alma se une ao corpo?
A união começa na concepção, mas não se completa senão no momento do nascimento. Desde o momento da concepção, o Espírito designado para habitar tal corpo, a ele se liga por um laço fluídico que vai se apertando, cada vez mais, até a criança nasça.
351 – No intervalo que vai da concepção ao nascimento, o espírito desfruta de todas as suas faculdades?
Mais ou menos, conforme a época, porque ainda não está encarnado, mas apenas ligado. A partir do instante da concepção, o Espírito começa a ser tomado de perturbação, que o adverte de que chegou o momento de começar nova existência; essa perturbação vai crescendo até o nascimento. Nesse intervalo, seu estado é mais ou menos o de um Espírito encarnado durante o sono do corpo. À media que a hora do nascimento se aproxima, suas idéias se apagam, assim como a lembrança do passado, de que não tem mais consciência, como homem, logo que entra na vida. Mas essa lembrança lhe volta pouco a pouco à memória, no seu estado de Espírito.
O ESPÍRITO REENCARNANTE:
O espírito reencarnante como que se albergará nas malhas das energias perispirituais maternas, sofrendo a sua influência e também influenciando, em parte, a matriz. Conforme essa influência, teremos reflexos benignos quando a mãe grávida sente-se alegre, feliz e carregando uma intraduzível harmonia; também certos sintomas negativos e desarmonizados que muitas mães apresentam estarão ligados às influencias do reencarnante, quando sempre pouco evoluído a esparzir as vibrações negativas de sua própria faixa.
Muitas dessas influencias estão ligadas ao espírito reencarnante, mas, muitas outras estarão ligadas à própria organização corpórea, às mudanças metabólicas e outras reações comuns do período gravídico.
Existem certos casos ligados ao espírito reencarnante que transfundem na mãe que o albergou imensa felicidade. Muitas mães que se encontram nesta faixa, entram em verdadeiros êxtases quando o filho começou a ser gerado em seu interior. As irradiações desses espíritos são tão benéficas que elas ficam paradas, com o olhar perdido no infinito e dizendo: o que está acontecendo comigo? Quando o esposo pergunta – lhe o que está acontecendo, nada sabem dizer; é como se dissessem: não mexa com os meus sonhos. Se o esposo insiste para que diga algo, logo replicam: não posso nem dizer o que há. Existem sensações que são indizíveis... Qualquer que seja a qualidade do espírito reencarnante, haverá sempre com a mãe correlações de causas, onde ambos lucrarão sempre, no sentido evolutivo, quer os mecanismos se exteriorizem nas faixas do amor ou do ódio, com as suas imensas variações.
Acoplado à mãe que o recebeu, o espírito reencarnante estará influenciando, com as suas vibrações, o processo da fecundação e, com isso, a escolha do espermatozoide que penetrará o óvulo.
Quando o Espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, o liga ao gérmen que o atrai por uma força irresistível, desde o momento da concepção. Á medida que o gérmen se desenvolve, o laço se encurta. Sob a influência do princípio vito-material do gérmen, o perispírito , que possui certas  propriedades da matéria , se une, molécula a molécula, ao corpo em formação, donde o poder dizer-se que o Espírito, por intermédio de seu perispírito, se enraíza, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra.
Primeiro Mês
Desde que este o Espírito é apanhado no laço fluídico que o prende ao gérmen, entra em estado de perturbação, que aumenta, à medida que o laço se aperta, perdendo o Espírito, nos últimos momentos, toda a consciência de si próprio, de sorte que jamais presencia o seu nascimento.
Segundo Mês
Ainda com consciência o Espírito procura um contato com seus futuros pais, tenta participar de sonhos durante a noite, tenta um contato, tem vontade de se revelar e pedir a seus pais que o aceitem, sente ansiedade, sua espiritualidade esta ligada a da mãe, quando a mãe está nervosa ou cansada, o feto mesmo com dois meses já tem uma pré visualização do caráter e dos sentimentos de sua futura mãe.
Terceiro Mês
"O Espírito tem consciência de sua ligação a um feto, ou seja a um corpo em formação. Tem condições de captar, por algum processo ainda obscuro, os sentimentos de sua futura mãe, de seu pai e demais pessoas, com relação a ele, o Espírito renasce".
Quarto Mês
Com o desenvolvimento da gravidez, à medida que o embrião vai se estruturando, conforme o molde energético dado pelas matrizes perispirituais da entidade reencarnante, vão se intensificando as trocas fluídicas ou energéticas, entre o perispírito da mãe e o espírito reencarnante.
Quinto Mês
Durante a gestação, é importante envolvermos o feto com carinho, conversando com ele e demonstrando amor. Ele precisa ser amado e respeitado para crescer com o psiquismo saudável.
Sexto Mês
A educação da segurança, da tranquilidade e da confiança que os pais, desde já, poderão passar ao seu filho. Elementos fundamentais para o Espírito que renascerá num mundo de tantas dificuldades.
Sétimo Mês
O Espírito realiza a reencarnação conscientemente, inclusive traçando o seu próprio plano geral para a existência material que está se iniciando.
Oitavo Mês
O estado mental dos pais exerce grande influência no processo reencarnatório.
Nono Mês
Ao receber nossos filhos lembremos que a tarefa de educador nos foi confiada.
Cabe aos pais criarem condições favoráveis para que este Espírito renasça para a vida física numa psicosfera saudável, de amor e harmonia, onde os bons Espíritos estejam presentes.
O ambiente familiar no qual o Espírito que reencarna será recepcionado, exercerá influência que pode se tornar decisiva para o êxito ou não da missão.
O Consolador Entrevista com Divaldo Franco– Para haver gravidez, independentemente do desejo dos pais e do reencarnante, existe necessidade de autorização das autoridades espirituais?
Certamente que sim, porquanto no mapa da reencarnação dos futuros pais já se encontram delineados os filhos que devem, que podem ou que queiram ter. Graças a isso, ocorrem as facilidades na concepção ou os grandes impedimentos que vêm sendo vencidos pela ciência, através dos tempos, facultando a ocorrência, sempre sob supervisão espiritual.
O papel da mãe é fundamental no processo reencarnatório?
Sim. Segundo palavras de Clarêncio, o seio maternal é, nesse sentido, um vaso anímico de elevado poder magnético ou um molde vivo destinado à fundição e refundição das formas, ao sopro criador da Bondade Divina. "Esse vaso – diz Clarêncio – atrai a alma sequiosa de renascimento e que lhe é afim, reproduzindo lhe o corpo denso, no tempo e no espaço, como a terra engole a semente para doar-lhe nova germinação, consoante os princípios que encerra." (Entre a Terra e o Céu, cap. XXVIII, págs. 176 e 177.)

Fonte: http://blogespiritaluzevida.blogspot.com.br

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...