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sábado, 19 de agosto de 2017

“LEI DE CAUSA E EFEITO E OS COMPROMISSOS CÁRMICOS. ”

Todos nós temos os nossos compromissos cármicos. E nascemos com todas as condições necessárias e ajustadas para atendermos aos princípios da Lei de causa e efeito.
Você se considera uma pessoa forte? Nos períodos de turbulência da vida, você consegue dar conta do recado?
Quando tiramos os olhos de cima do nosso próprio umbigo, podemos perceber que há pessoas com muito mais atribuições que outras, e podemos ver que as que mais fazem não são as que mais se queixam. Acho que foi Paulo, numa epístola aos Coríntios (epístola quer dizer carta, que é o nosso e-mail hoje… dá pra imaginar Paulo mandando um e-mail pros Coríntios? E Coríntios é um pessoal lá da Grécia, não tem nada a ver com o time…), Pois parece que foi o Paulo que disse que Deus não nos dá um fardo que nossos ombros não possam carregar.
Deus não nos dá um fardo que não possamos carregar
E é por aí. Cada um com suas atribuições, cada um com seus compromissos cármicos. Esses compromissos que trazemos de outras existências foram gerados por nós mesmos, são pequenos ou grandes equívocos que cometemos e que agora devem ser reparados. O hoje é o momento mais propício para reparar erros do passado. Nascemos com todas as condições necessárias e ajustadas para atendermos aos princípios da Lei de causa e efeito. Dificuldades financeiras, problemas familiares, possíveis enfermidades, tudo o que trazemos na bagagem foi colocado em nossa mala existencial por nós mesmos, então não adianta esperneio e choradeira.
Que coisa ridícula viver se lamuriando! É claro que não usamos esses termos na frente dos chorões, eles precisam de outra abordagem, precisam se fortalecer para perder a pena que sentem de si mesmos. Mas não podemos nos deixar contagiar. Pena é um sentimento inútil, não resolve nada. Podemos fazer algo? Façamos esse algo, então! Mas ter pena não adianta, é um sentimento que gera energias pesadas, densas.
Você deve se sentir um privilegiado pelo fato de a vida exigir muito de você! Esteja certo de que a vida não lhe exigiria esse esforço se não pudesse contar com você. A vida só exige muito daqueles que têm a capacidade de vencer, de dar conta do recado. Nos processos que regem a reencarnação, só nos é proposto/exigido/sugerido fazer aquilo que está de acordo com nossa capacidade, de acordo com nossas forças.
A dramatização dos problemas é responsável por grande parte do peso do fardo que carregamos. Muito desses “fardos” já poderiam ter sido deixados em qualquer lugar, mas às vezes insistimos em carregá-los conosco. São as dores de estimação, as antigas ofensas, as contrariedades que não foram superadas. É preciso perdoar, relaxar, ser feliz.
Mesmo pessoas caridosas, humildes, de princípios morais sólidos, cometem erros banais como esses, de passar a vida carregando pesos inúteis. Quando não são reencarnacionistas, não entendem a simplicidade e implacabilidade da Lei de causa e efeito, e chegam a duvidar da Justiça Divina. Realmente, sem compreender a reencarnação, tudo parece injusto.
Não estou querendo dizer que somos melhores ou mais certos por compreendermos a reencarnação. Mas se não fosse por esse entendimento, eu, de minha parte, seria ateu, e convicto. Não há Justiça se desconsiderarmos a pluralidade das existências. Mas isso é pessoal; há ateus e religiosos de todos os tipos que carregam seus fardos com alegria, sem lamúrias e lamentações. E é isso o que importa, né? Alegria e responsabilidade.

Morel Felipe Wilkon

“QUAL A DIFERENÇA ENTRE PROVAS, EXPIAÇÕES E MISSÕES? ”

Muitos confundem provas do espírito com expiação. O entendimento adequado da diferença entre o significado desses dois termos é fundamental para que o indivíduo compreenda melhor sua vida e o sentido de sua existência tendo em vista sua necessidade de aprimoramento moral e de resgates cármicos.
Eis o significado de cada termo:
EXPIAÇÃO
O vocábulo Expiação também é oriundo do latim, expiatione, e tem como significação o ato ou efeito de expiar, isto é, castigo, penitência, cumprimento de pena.
Todavia, sabemos que Deus não castiga ninguém e o sofrimento pelo qual estamos sendo infligidos é fruto dos nossos próprios erros. É bem verdade que a encarnação muitas vezes constitui um aprisionamento para o espírito e poderíamos comparar o planeta Terra, que ainda é um mundo de expiações e provas, a um grande presídio de almas, que padecem dos mais diversos problemas ligados às doenças, à miséria, à violência, etc. Porém, como podemos encontrar na apostila do Curso Básico de Espiritismo da Federação Espírita do Estado de São Paulo, tais sofrimentos, quando suportados com resignação, paciência e entendimento, apagam erros passados e purificam o espírito que assim vai, encarnação após encarnação, libertando-se das imperfeições da matéria.
Muitas pessoas ainda ficam estupefatas quando afirmamos que o sofrimento se faz necessário para a correção das falhas que possuímos. Obviamente, as almas possuem a faculdade de se melhorarem sem as dores e dificuldades infligidas na encarnação, isto quando despertam para uma nova consciência de trabalho em prol da reforma íntima e amor ao próximo. Entretanto, é sabido que muitos desses espíritos ainda relutam em se despojar dos vícios e das más inclinações. Endurecidos e cegos pelo egoísmo e pela vaidade, não conseguem se libertar dos sentimentos que aviltam o homem e, por isso, carecem da expiação terrena para compreenderem melhor os desígnios de Deus.
A Expiação é, assim, a alavanca que move o espírito estacionário ao caminho da perfeição.
A Expiação está relacionada ao passado, enquanto a Prova está relacionada ao futuro do Espírito.
PROVA
Entendemos aqui a acepção Prova como sinônimo de aprendizado para o espírito. O Livro dos Espíritos nos ensina que, em sentido amplo, cada nova existência corporal é uma prova para o espírito.
Prova não significa necessariamente sofrimento, como é o caso da expiação, mas sim a aquisição de novos conhecimentos em virtude de testes a que será submetido o espírito encarnado.
Exemplificativamente, em uma nova existência o espírito encarnado estará sujeito a Provas de paciência, de tolerância, de amor, de fé, de perseverança, entre outras, para que possa se depurar e adquirir mais virtudes. É a reforma íntima operando no espírito para que este possa um dia atingir a perfeição.
Para questão de conhecimento citaremos a MISSÃO, como definição dos espíritos:
MISSÃO
É uma tarefa a que o Espírito se propõe a fazer (LE 572) e pode ser desempenhada tanto na erraticidade quanto encarnado. Neste sentido, Kardec comenta, à questão 569 de “O Livro dos Espíritos”: “As Missões dos Espíritos têm sempre por objeto o bem. Quer como Espíritos, quer como homens, são incumbidos de auxiliar o progresso da Humanidade, dos povos ou dos indivíduos, dentro de um círculo de idéias mais ou menos amplas, mais ou menos especiais e de velar pela execução de determinadas coisas. Alguns desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou inteiramente locais, como seja assistir os enfermos, os agonizantes, os aflitos, velar por aqueles de quem se constituíram guias e protetores, dirigi-los, dando-lhes conselhos ou inspirando-lhes bons pensamentos. Pode dizer-se que há tantos gêneros de missões quantas as espécies de interesses a resguardar, assim no mundo físico, como no moral. O Espírito se adianta conforme à maneira por que desempenha a sua tarefa”. Os Espíritos esclarecem também, à questão 573, que a missão dos Espíritos encarnados consiste em “instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais. As missões, porém, são mais ou menos gerais e importantes. O que cultiva a terra desempenha tão nobre missão, como o que governa, ou o que instruí. Tudo em a Natureza se encadeia. Ao mesmo tempo em que o Espírito se depura pela encarnação, concorre, dessa forma, para a execução dos desígnios da Providência. Cada um tem neste mundo a sua missão, porque todos podem ter alguma utilidade.”

Autor desconhecido

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

“AS RELIGIÕES E A MEDIUNIDADE”

Nos poucos anos que passamos por esta existência vivemos em uma realidade toda pessoal, formamos as nossas verdades baseados em informações que chegam até nós trazidas da espiritualidade. Nossas verdades estão impregnadas da nossa própria personalidade, das nossas experiências e das nossas vivências nas muitas personagens que animamos e estas verdades se fazem mais palpáveis após desencarnarmos.
Notamos, nos Espíritos que nos trazem as informações que precisamos, haver em cada um o seu próprio conceito sobre a mesma verdade e por isso existem múltiplas formas de se afirmar a mesma coisa. Já com o Espiritismo tenta-se eliminar ao máximo os conceitos pessoais das verdades propagadas para que permaneça a pureza do ensinamento. Foi assim que se formaram diversas religiões ao longo da História,  já que não deve existir uma única religião que não teve a sua formação pela mediunidade, e se tratando de médiuns cada um possui sua própria personalidade, conceitos e interpretação própria, sendo assim, não evoluíram os escolásticos religiosos dentro de muitos debates, já que cada um enxergava a mesma coisa do seu próprio ponto de vista.
Com o Cristianismo houve uma base forte trazida pelo Cristo, a qual, mesmo submetida aos conceitos degradados dos homens medievais, permaneceu algo de concreto em se tratando de moral e fé. O evangelho, como este mesmo reza, sobreviveu aos ventos e tempestades, pois estava firmado na rocha das verdades imutáveis do Cristo e não na areia do doble ânimo humano, o qual é inconsistente e instável, propenso a modificações e na verdade tem que ser assim visando a evolução da humanidade.
Já nos meios escolásticos da teologia católica ou protestante não se há como ter uma evolução sadia nos ensinos objetivando a verdade, já que os mesmos prenderam-se na tradição literária e onde Paulo falou “a letra mata e o espírito vivifica” estes pressupõem que seus seminários os preparem para o ensino, quando entendemos que o verdadeiro ensino vem do Espírito, o qual é eterno e reencarnante e por isso versado em milhares de disciplinas ainda que não lembre quando encarnado. Foi por isso que os cristãos primitivos davam muito mais importância à vivência no evangelho e era isso que designava eclesiásticos para o serviço da igreja, não a sapiência secular, mas sim a experiência evangélica no viver cotidiano, pois o exercício dessa vivência faz o Espírito despertar para aquilo que combinou em realizar antes de reencarnar, sendo assim, não nasceu o cristianismo para ser uma religião e sim uma filosofia de vida baseada no Cristo e nos seus ensinamentos.
O viver dos cristãos primitivos era muito simples e baseavam-se eles em três palavras-chaves para uma vida evangélica e cheia de bons frutos. Essas palavras eram a fé, a esperança e o amor ao Cristo e ao próximo. Vendiam eles tudo que tinham: casas, campos e pertences, para doar à comunidade para que nada do que é vestes e mantimento, também abrigo, faltasse para ninguém. Por isso todos tinham tudo em comum, já que eram uma comum unidade, comunidade.
Veja como nos afastamos da simplicidade desses primeiros irmãos. Hoje formamos centros teológicos com gastos exorbitantes só para provarmos os nossos próprios conceitos religiosos, enquanto muitos carecem de agasalhos, alimentos e abrigo. Como esperar o retorno do Cristo para nós? Certamente seríamos envergonhados ante a sua sublime luz de caridade, ele que até o mais básico negou a si mesmo, não tinha onde reclinar a cabeça, para poder atender à sua geração de sofredores e enfermos. Sim, ele que era ridicularizado pelos seus conterrâneos por pregar a humildade e a misericórdia, chegando ao ápice de entregar-se à uma morte dolorosa, cuspido e humilhado e levando uma cruz tão pesada sobre os ombros, na qual foi pregado com enormes cravos que lhe rasgaram os pulsos até as palmas das mãos, os espinhos rasgaram a sua fronte chegando a perfurar o seu crânio, deixando transparecer a massa encefálica e uma lança pontiaguda encravada em seu fígado, e após tanto, ainda lhe negaram um simples copo de água para atenuar um pouco, se possível que fosse, o seu sofrimento. Sua manifestação nas nuvens dos céus, como reza a tão pobre escatologia teológica, certamente seria motivo de dolorosa vergonha para nós que alheios ao sofrimento dos desafortunados empilhamos diplomas e mais diplomas, livros e mais livros, títulos e mais títulos, sem no entanto empreender um por cento que seja daquilo que ele realizou.
Pobres almas nós somos, tão cheios de nós mesmos, cheios de sapiência, quando a verdadeira sabedoria é dar, somente dar sem nada olhar. Pastores que se apascentam a si mesmos, ovelhas gordas distantes do matadouro é o que somos, quem dera pudessem ser degoladas para que o choro da morte produzisse algum fruto verdadeiro. Não, eu não quero a sua volta como tantos falam, porque fugiria diante de sua luz, prefiro mil vezes ir até ele de degrau em degrau, até receber em minha própria evolução a sua imagem, e dessa forma até mesmo a minha adoração por ele findará prova irrefutável de que eu me elevei moralmente a caminho do Pai de todos os espíritos.
Artigo de autoria de Rodrigo Pnt .
Presbítero evangélico e estudioso da Doutrina Espírita




“OS MORTOS VOLTAM PARA SE COMUNICAREM COM OS VIVOS?

O programa “Você Decide”, da Rede Globo de Televisão, realizado no dia
26.05.1994, teve como tema central: “Se o testemunho de um morto poderia ser
aceito num tribunal”. Com o desenrolar do programa ficou bem nítido que a
questão fundamental era na verdade se um morto poderia se comunicar com os
vivos.
Ao final do programa o resultado apurado foi: 48.359 sim 69% e 21926 não 31%.
Observamos que a grande maioria das pessoas acredita na possibilidade da
comunicação dos “mortos” com os vivos. Mas infelizmente pelo programa percebemos que tem pessoas que ainda não sabem o que é realmente um Centro Espírita, inclusive a certa altura foi dito: “por conta desses espertalhões que exploram as pessoas nos centros espíritas”.
Nós sabemos que não corresponde à verdade, e sinto-me no dever de explicar às pessoas o que vem a ser um verdadeiro Centro Espírita. O falso Centro Espírita é fácil de conhecer, não procuram seguir nem estudar os princípios da Doutrina Espírita, compilados na codificação de Kardec. Estão ainda presos aos ritos africanos, usam e abusam dos banhos de descarregos, defumadores, velas,
consultas aos espíritos para as coisas frívolas, na tentativa de buscar os “milagres” para solucionar seus problemas do dia a dia.
Mas voltemos ao tema que desejamos desenvolver. Se uma pessoa disser que não acredita de forma alguma que os “mortos” se comunicam com os vivos não me importaria, pois muitas vezes a falta de conhecimento, o misticismo, o medo, os princípios religiosos que abraça, podem tolher a visão de modo que não consegue enxergar a verdade, por mais óbvia que seja. Um exemplo, não muito longe de nosso tempo, foi quando Galileu Galilei vinha, com uma nova teoria, dizer que a Terra não era o centro do Universo, quase lhe custou a vida numa fogueira.
O que não posso aceitar são as afirmações de que na Bíblia não tem, ou seja, que a comunicação dos mortos não se encontra no Livro Sagrado, e se não tem, não isto pode acontecer. Para estas pessoas só poderemos dizer que não possuem nenhum conhecimento da Bíblia ou que apenas conhecem alguma parte, mas não conhecem o conjunto e que a visão do conjunto muitas vezes nos leva à
compreensão de uma verdade que não aparece num simples enunciado.
Um telespectador é o exemplo do que falo cita: “Que Paulo disse que somente morremos uma vez; que iremos aguardar o juízo final”.
Analisando estas citações vamos ver se isoladas têm sentido. Se aceitarmos que somente morremos uma vez chegaríamos à conclusão que Jesus e os apóstolos não poderiam ressuscitar ninguém, pois se isto acontecesse, para estas pessoas, haveria duas mortes, o que seria contrário à citação. Mas se o verdadeiro sentido, baseado nos conhecimentos da Doutrina Espírita, fosse de que neste corpo físico somente morreremos uma vez e em definitivo. Isto também valeria para cada corpo que habitamos, em todas nossas outras reencarnações.
Quanto ao julgamento no dia do juízo final, veremos que seria contraditório com a afirmativa de que ao morrermos iremos para o céu ou para o inferno, conforme tenhamos sido bons ou maus, enquanto vivíamos aqui na Terra. Ora no dia do julgamento se diz que Deus irá julgar os vivos e os mortos, e como recompensa teremos o céu ou o inferno. Assim sendo, afinal quando é mesmo que iremos para o céu ou para o inferno, no dia da nossa morte ou no dia do julgamento final?
E, finalmente, vamos agora buscar dentro das Escrituras algumas passagens que podem sustentar ou evidenciar a comunicação com os mortos. A mais evidente do Novo Testamento, fora as que narram Jesus entre nós depois que havia morrido, é a narrada por Mateus (17, 1-4): “Seis dias depois, Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e seu irmão João, e os levou a um lugar à parte, sobre um alto
monte. Transfigurou-se diante deles: seu rosto brilhava como o sol e sua roupa tornou-se branca como a luz. Então lhes apareceram Moisés e Elias, conversando com Ele. Pedro interveio, dizendo a Jesus: ” Senhor, como é bom estarmos aqui! Queres-se, farei aqui três tendas: uma para ti, outra para
Moisés e outra para Elias.” Trata-se de um fenômeno de materialização, onde os espíritos de Moisés e Elias apareceram a Jesus, Pedro, Tiago e João.
Repetimos espíritos, pois Moisés e Elias já haviam morrido, e nesta passagem é relatada a comunicação deles, pois conforme fala Mateus, estavam estes espíritos conversando com Jesus.
Em Atos 16, 16-18: “Certa vez, enquanto nos dirigíamos para o lugar de oração, veio ao nosso encontro uma jovem criada, que possuía um espírito adivinhador. Com suas adivinhações, ela conseguia muito lucro aos seus senhores. Ela começou a seguir Paulo e a nós, gritando:” Estes homens são servidores do Deus Altíssimo; eles vos ensinam o caminho da salvação. “E assim
procedeu por muitos dias. Finalmente Paulo, aborrecido, virou-se para ela e disse ao espírito:” em nome de Jesus Cristo, eu te ordeno que saias dela.
” E ele saiu no mesmo instante “. Paulo na ordem que deu ao espírito para que saísse daquela moça estava, na verdade, se comunicando com este espírito, que há algum tempo vinha lhe elogiando, que para isto se utilizava o corpo da moça, o que vulgarmente se chamaria de incorporação.
Em Atos 8, 26-29: “O anjo do Senhor dirigiu a Filipe estas palavras:” Tu irás rumo ao Sul, pela estrada que desce de Jerusalém a Gaza. Ela está deserta.
“Filipe partiu imediatamente. Ora, vinha chegando um etíope, eunuco e alto funcionário da corte de Candace, rainha da Etiópia que lhe tinha entregue a guarda de todos os seus tesouros. Ele tinha ido a Jerusalém adorar a Deus. Agora voltava, lendo o profeta Isaías, sentado em sua carruagem. O Espírito
disse a Filipe: ” Aproxima-te e acompanha essa carruagem.” Mais uma comunicação, onde um espírito orienta a Filipe sobre como ele deveria agir.
E para que não reste mais nenhuma dúvida sobre a comunicação dos mortos com os vivos, vamos agora ver no Antigo Testamento. A passagem é bem nítida e uma das mais citadas no meio espírita para comprovar, na Bíblia, a comunicação dos mortos. Iremos então ler em I Samuel 28, 7-20: “O rei disse aos seus servos:
” Procurai-me uma necromante para que eu a consulte. ” – ” Há uma em Endor “, responderam-lhe. Saul disfarçou-se, tomou outras vestes e pôs-se a caminho com dois homens. Chegaram à noite à casa da mulher. Saul disse-lhe: ”
Predize-me o futuro, evocando um morto; faze-me vir aquele que eu te designar”. Respondeu-lhe a mulher: ” Tu bem sabes o que fez Saul, como expulsou da terra os necromantes e os adivinhos. Por que me armas ciladas para matar-me?”
Saul, porém, jurou-lhe pelo Senhor: “Por Deus, disse ele, não te acontecerá mal algum por causa disto”. Disse-lhe então a mulher: “A quem evocarei?” – “Evoca-me Samuel“. E a mulher, tendo visto Samuel, soltou um grande grito: “Por que me enganaste?” – Disse ela ao rei. “Tu és Saul!” E o
rei: “Não temas! Que vês?” – A mulher:” Vejo um deus que sobe da terra”. –” Qual é o seu aspecto?” –”É um ancião, envolto num manto “. – Saul compreendeu que era Samuel, e prostrou-se com o rosto por terra. Samuel disse ao rei: ” Por que me incomodaste, fazendo-me subir aqui? – “Estou em grande angústia, disse o rei. Os filisteus atacam-me e Deus se retirou de mim, não me respondendo mais,
nem por profetas, nem por sonhos. Chamei-te para que me indiques o que devo fazer”. – Samuel disse-lhe: “Por que me consultas, uma vez que o Senhor se retirou de ti, tornando-se teu adversário? Fez o Senhor como ele o tinha anunciado pela minha boca. Ele tira a realeza de tua mão para dá-la a outro, a Davi. Não obedeceste à voz do Senhor e não fizeste sentir a Amalec o fogo de sua
cólera; eis porque o Senhor te trata hoje assim. E mais: o Senhor vai entregar Israel, juntamente contigo, nas mãos dos filisteus. Amanhã, tu e teus filhos estareis comigo, e o Senhor entregará aos filisteus o acampamento de Israel”.
Saul, atemorizado com as palavras de Samuel, caiu estendido por terra, pois estava extenuado, nada tendo comido todo aquele dia e toda aquela noite”.
Mais claro do que isto é impossível, entretanto como diz Jesus: “ouça quem tem ouvidos de ouvir”. Pela narrativa, Saul vai procurar uma necromante a fim de consultar ao espírito Samuel, sobre o que aconteceria na batalha com os filisteus. Ouve, via “incorporação”, de Samuel que Deus lhe entregaria aos filisteus, é em resumo os fatos narrados.
Por fim citaremos Deuteronômio, 18, 9-12: “Quando tiveres entrado na terra que o Senhor, teu Deus, te dá, não te porás a imitar as práticas abomináveis da gente daquela terra. Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou à evocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas, e é por causa dessas abominações que o Senhor, teu Deus, expulsa diante de ti essas nações”.
Ao proibir a evocação dos mortos, Deus, partindo do pressuposto que esta ordem é Dele, nos dá o maior atestado de que a comunicação com os mortos é real, pois não haveria sentido nenhum proibir algo que não pudesse acontecer. 
Quanto ao termo espiritismo, trata-se de uma grosseira adulteração dos textos, pois é um neologismo criado em 1857 por Allan Kardec, quando, aos 18 dias do mês de abril, lança o “Livro dos Espíritos”. De mais a mais para os leigos espiritismo e evocação dos mortos são a mesma coisa, também, não haveria sentido proibir a mesma coisa duas vezes.
O que fica e, é para nós, irrefutável é que a comunicação dos mortos é possível desde muito tempo atrás, apesar das mentes fechadas não quererem ver o óbvio.
Para os que têm a Bíblia como palavra de Deus, procurem sair da incoerência em que se encontram, e vejam que com seus próprios argumentos, a palavra de Deus, fala incontestavelmente da comunicação dos mortos com os vivos, e novamente, recordando Jesus: “ouça quem tem ouvidos de ouvir”.
Fonte: Portal do Espírito-Paulo da Silva Neto Sobrinho
Bibliografia:
Novo Testamento, LEB – Edições Loyola, 1984.
Bíblia Sagrada, Editora Ave Maria, 68ª Edição.



quinta-feira, 17 de agosto de 2017

“ALIMENTO DOS DESENCARNADOS. COMO E DO QUE SE ALIMENTAM OS ESPÍRITOS? ”

O entendimento sobre a questão da alimentação no Mundo Espiritual é de profunda importância.
Quando encarnados elegemos, com exceções, o regime alimentar fundamentado em alimentos densos e gordurosos, criando  a viciação física e o condicionamento psicológico correspondente.
O Benfeitor André Luiz nos dá informações a respeito da alimentação dos desencarnados, falando da dificuldade que a Governadoria da colônia Nosso Lar enfrentou, há mais de um século, para realinhar os costumes dos recém-chegados, na criação de nova cultura comportamental através de cursos, “… a fim de espalharem novos conhecimentos, relativos à ciência da respiração e da absorção de princípios vitais da atmosfera”. (1)
Como mudanças comportamentais exigem esforço e abnegação, um grande número de desencarnados reagiu, “… alegando que a cidade é de transição e que não seria justo, nem possível, desambientar imediatamente os homens desencarnados, mediante exigências desse teor, sem grave perigo para suas organizações espirituais”. (1)
Por fim, após muitos anos, e com ajuda dos círculos espirituais do Alto, os processos de alimentação da Colônia“… foram reduzidos à inalação de princípios vitais da atmosfera, através da respiração, e água misturada a elementos solares, elétricos e magnéticos”.
A mudança é significativa, e merece nossas reflexões a respeito, porque, se nos dias de encarnados já temos esclarecimentos sobre o impacto nocivo da alimentação excessiva no corpo físico, preciso é que nos conscientizemos acerca do tipo de alimentação que nos aguarda no Mundo Espiritual organizado.
André Luiz volta ao assunto em o livro Evolução em dois Mundos:
Encarecendo a importância da respiração no sustento do corpo espiritual, basta lembrar a hematose no corpo físico,… atendendo à assimilação e desassimilação de variadas atividades químicas no campo orgânico.
O oxigênio que alcança os tecidos entra em combinação com determinados elementos, dando, em resultado, o anidrido carbônico e a água, com produção de energia destinada à manutenção das províncias somáticas.
Estudando a respiração celular, encontraremos, junto aos próprios arraiais da ciência humana, problemas somente equacionáveis com a ingerência automática do corpo espiritual nas funções do veículo físico, porque os fenômenos que lhe são consequentes se graduam em tantas fases diversas que o fisiologista, sem noções do Espírito, abordá-los-á sempre com a perplexidade de quem atinge o insolúvel.
É que o corpo espiritual, comandando o corpo físico, sana espontaneamente, quando harmonizado em suas próprias funções, todos os desequilíbrios acidentais nos processos metabólicos, presidindo as reações do campo nutritivo comum.
Não ignoramos, desse modo, que desde a experiência carnal o homem se alimenta muito mais pela respiração, colhendo o alimento de volume simplesmente como recurso complementar de fornecimento plástico e energético, para o setor das calorias necessárias à massa corpórea e à distribuição dos potenciais de força nos variados departamentos orgânicos.
Abandonado o envoltório físico na desencarnação, se o psicossoma está profundamente arraigado às sensações terrestres, sobrevém ao Espírito a necessidade inquietante de prosseguir atrelado ao mundo biológico que lhe é familiar, e, quando não a supera ao preço do próprio esforço, no auto reajustamento, provoca os fenômenos da simbiose psíquica, que o levam a conviver, temporariamente, no halo vital daqueles encarnados com os quais se afine, quando não promove a obsessão espetacular.
Na maioria das vezes, os desencarnados em crise dessa ordem são conduzidos pelos agentes da Bondade Divina aos centros de reeducação do Plano Espiritual, onde encontram alimentação semelhante à da Terra, porém fluídica, recebendo-a em porções adequadas até que se adaptem aos sistemas de sua tentação da Esfera Superior, em cujos círculos a tomada de substância é tanto menor e tanto mais leve quanto maior se evidencie o enobrecimento da alma, porquanto, pela difusão cutânea, o corpo espiritual, através de sua extrema porosidade, nutre-se de produtos sutilizados ou sínteses quimioeletromagnéticas, hauridas no reservatório da Natureza e no intercâmbio de raios vitalizantes e reconstituintes do amor com que os seres se sustentam entre si.
Essa alimentação psíquica, por intermédio das projeções magnéticas trocadas entre aqueles que se amam, é muito mais importante que o nutricionista do mundo possa imaginar, de vez que, por ela, se origina a ideal euforia orgânica e mental da personalidade. Daí porque toda criatura tem necessidade de amar e receber amor para que se lhe mantenha o equilíbrio geral.
De qualquer modo, porém, o corpo espiritual com alguma provisão de substância específica ou simplesmente sem ela, quando já consiga valer-se apenas da difusão cutânea para refazer seus potenciais energéticos, conta com os processos da assimilação e da desassimilação dos recursos que lhe são peculiares, não prescindindo do trabalho de exsudação dos resíduos, pela epiderme ou pelos emunctórios normais, compreendendo-se, no entanto, que pela harmonia de nível, nas operações nutritivas, e pela essencialização dos elementos absorvidos, não existem para o veículo psicossomático determinados excessos e inconveniências dos sólidos e líquidos da excreta comum. (2)
Pensemos nisso. Fonte: Kardec Rio Preto-

Antônio Carlos Navarro

“VISITAS ESPIRITUAIS ENTRE VIVOS”

Há alguns anos, conversando com uma senhora de nossas relações de amizade, ouvimos o seu relato acerca das inúmeras vezes em que ela via, pela vidência mediúnica, o seu marido, em espírito, visitando o lar enquanto se encontrava a quilômetros em viagem profissional.
As visões aconteciam durante as madrugadas, quando acordada ela via o espírito do marido circulando pela casa, porém sem travar conversação, e sem ele ter consciência do fato quando questionado a respeito.
A Doutrina Espírita explica, detalhadamente, a ocorrência, já que é um acontecimento muito comum entre os encarnados, como nos ensinam os Espíritos Superiores:
O Espírito encarnado permanece espontaneamente no corpo?
– É como perguntar se o prisioneiro se alegra com a prisão. O Espírito encarnado aspira sem cessar à libertação, e quanto mais o corpo for grosseiro, mais deseja desembaraçar-se dele. (1)
Durante o sono, a alma repousa como o corpo?
– Não, o Espírito nunca fica inativo. Durante o sono, os laços que o prendem ao corpo se relaxam e, como o corpo não precisa do Espírito, ele percorre o espaço e entra em relação mais direta com outros Espíritos. (2)
Mas é no capítulo oito da segunda parte de O Livro dos Espíritos, sob o título “Da Emancipação da Alma”, que encontramos as explicações detalhadas sobre o assunto. (3)
Na oportunidade Allan Kardec questiona a Espiritualidade Superior se é caso de “dupla existência simultânea: a do corpo, que nos dá a vida de relação exterior, e a da alma, que nos dá a vida de relação oculta”, obtendo como resposta que “no estado de liberdade, a vida do corpo cede lugar à vida da alma. Porém, não são, propriamente falando, duas existências; são, antes, duas fases da mesma existência, uma vez que o homem não vive duplamente”.
Esclarecem os Espíritos que “duas pessoas que se conhecem podem se visitar durante o sono, e muitas outras que acreditam não se conhecerem também se reúnem e conversam. Podeis ter, sem dúvida, amigos num outro país. O fato de ir se encontrar, durante o sono, com amigos, parentes, conhecidos, pessoas que podem ser úteis, é tão frequente que o fazeis todas as noites”, e a “utilidade dessas visitas noturnas, uma vez que não fica lembrança de nada, é muito comum disso ficar uma intuição, ao despertar, e é frequentemente a origem de certas ideias que surgem espontaneamente”.
Sobre a possibilidade do homem poder provocar essas visitas espirituais por sua vontade dizendo ao dormir: “esta noite quero me encontrar em Espírito com tal pessoa, falar com ela e dizer-lhe alguma coisa”, o esclarecimento que se segue é que “o homem dorme, o Espírito se liberta e o que o homem tinha programado, o Espírito está bem longe de seguir, porque os desejos e vontades do homem nem sempre são os mesmos do Espírito, quando desligado da matéria. Isso acontece com os homens espiritualmente bastante elevados. Há os que passam de outra forma essa sua existência espiritual: entregam-se às suas paixões ou permanecem na inatividade. Pode acontecer que, considerando a razão da visita, o Espírito vá mesmo visitar as pessoas que deseja; mas a simples vontade do homem, acordado, não é razão para que o faça”.
Outra possibilidade que se apresenta é que vários “espíritos encarnados podem se reunir” porque “os laços de amizade, antigos ou novos, fazem com que se reúnam, frequentemente, diversos Espíritos, felizes de estarem juntos”.
A questão se volta para a necessidade de dominarmos nossas paixões e vícios, trabalhando para eliminá-los, e também de revermos quais são nossos interesses, mundanos ou espirituais, para podermos aproveitar ao máximo as oportunidades dos momentos de liberdade que o nosso espírito tem durante o sono físico, preparando-nos, paulatinamente, para o retorno definitivo à Pátria Maior, que é de onde viemos e mais uma vez para onde retornaremos após o término desta vida física.
Pensemos nisso.
Fonte- KARDEC RIO PRETO-Antônio Carlos Navarro
Referências Bibliográficas:
(1) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, item 400;
(2) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, item 401;

(3) O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, itens 413 a 418.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

"EXPIAÇÕES E PROVAS "Qual a diferença entre expiação e prova?

Expiação é o resgate "imposto" pela Justiça Divina a espíritos recalcitrantes (teimosos). Prova é o resgate "escolhido" por espíritos conscientes de seus débitos e necessidades.
Como identificar o espírito em expiação?
Geralmente é o indivíduo que não aceita seus sofrimentos, as situações difíceis que enfrenta, rebelando-se. Atravessa a existência a reclamar do peso de sua cruz.
E o espírito em provação?
Podemos identificá-lo como aquele indivíduo que enfrenta as atribulações da existência de forma equilibrada, aceitando-as sem murmúrios e imprecações. Como um aluno que se submete a exame, tenta fazer o melhor, habilitando-se a estágio superior.
É sempre assim?
Nada é definitivo no comportamento humano, já que exercitamos o livre-arbítrio. Um espírito em provação, que fez louváveis planos para a vida presente, pode refugar o que planejou. Da mesma forma, um espírito em expiação pode experimentar um despertamento da consciência, dispondo-se a enfrentar suas dores com dignidade, buscando o melhor.
Miséria é expiação?
Não é a posição social que determina a natureza das experiências vividas pelo espírito. O homem rico pode estar em processo expiatório, caracterizado por graves problemas. Por outro lado, a extrema pobreza pode ser uma opção do espírito em provação, atendendo a imperativos de sua consciência.
O que há em maior quantidade na Terra: espíritos em provação ou em expiação?
A humanidade é composta por uma maioria de espíritos imaturos, sem o necessário discernimento para planejar experiências. Situando-se nos domínios da expiação.
Dois espíritos vivem a mesma situação aflitiva. Nasceram com grave limitação física. Um está em expiação, outro em provação. O sofrimento é igual para ambos?
Provavelmente aquele que está em provação sofrerá bem menos. Tendo planejado a deficiência que enfrenta, tenderá a aceitá-la melhor. Isso tornará bem mais leve a sua cruz. Rebeldia, inconformação, revolta, desespero, são pesos adicionais que tornam a jornada humana bem mais sofrida.
Quando a Terra deixará de ser um planeta de expiação e provas?
Quando o homem terrestre deixar de ver no Evangelho um mero repositório de virtudes inacessíveis, elegendo-o por roteiro divino para todas as horas, com a invencível disposição de vivenciar seus princípios em plenitude.
- Richard Simonetti-Do livro: A força das ideias





“COMO É FEITO UM RESGATE NO UMBRAL? ”

O umbral localiza-se em um universo paralelo que ocupa um espaço invisível aos nossos sentidos, que vai do solo terrestre até algumas dezenas de metros de altura na nossa atmosfera.
O umbral é descrito por quem já esteve lá como sendo um ambiente depressivo, angustiante, de vegetação feia, ambientes sujos, fedorentos, de clima e ar pesado e sufocante. A vegetação varia de acordo com a região do Umbral. Muitas vezes constituída por pouca variedade de plantas. As árvores são normalmente de baixa estatura, com troncos grossos e retorcidos, de pouca folhagem.   É possível encontrar alguns tipos de animais e aves desprovidos de beleza. No Umbral se encontram montanhas, vales, rios, grutas, cavernas, penhascos, planícies, regiões de pântano e todas as formas que podem ser encontradas na Terra.  
Como os espíritos sempre se agrupam por afinidade (igual a todos nós aqui na Terra), ou seja, se unem de acordo com seu nível vibracional, existem inúmeras cidades habitadas por espíritos semelhantes. Algumas cidades se apresentam mais organizadas e limpas do que outras.   Todas possuem espíritos lideres que são chamados de diversos nomes:   Chefes, governadores, mestres, presidentes, imperadores, reis etc. São espíritos inteligentes mas que usam sua inteligência para a prática consciente do mal. São estudiosos de magia, conhecem muito bem a natureza e adoram o poder, quase sempre odeiam o bem e os bons que podem por em risco sua posição de liderança.
A pessoa vai para o lugar que melhor se adapta à sua vibração espiritual. Quando deseja melhorar existe quem ajude. Quando não deseja melhorar fica no lugar em que escolheu. Todos que sofrem no Umbral um dia são resgatados por espíritos do bem e levados para tratamento para que melhorem e possam viver em planos de vibrações superiores. Existem muitos que ficam no Umbral por livre e espontânea vontade se aproveitando do poder e dos benefícios que acreditam ter em seus mundos.  
O poder de agressão que um espírito possa ter é somente aquele que nós mesmos lhe damos ao entrarmos em sintonia vibratória com ele. Nenhum ser inferior tem ascendência sobre outro que lhe seja superior. Logo, quando falamos em casos de obsessão é porque todos os espíritos envolvidos comungam do mesmo estado vibratório e, geralmente, até dos mesmos interesses, não havendo superiores ou inferiores.
Quando uma equipe socorrista parte em auxílio a algum espírito, é porque este já se encontra em condições de ser ajudado e já permite algum tipo de ligação psíquica de ordem superior pois, do contrário, não haveria possibilidades dele ser socorrido.
A mesma impossibilidade de afinização vibratória impede que os espíritos inferiores sequer se deem conta da presença de entidades superiores, que dirá um ataque às mesmas.
Também temos que nos lembrar que as descrições do umbral, apesar de retratarem um local físico específico, o umbral é um estado de espírito, como o céu e o inferno, no linguajar de outras religiões, também o são.
Muitas vezes os espíritos que "estão no umbral', são justamente aqueles que estão tão profundamente mergulhados em suas próprias fantasias que não têm a menor percepção do que ocorre à sua volta.
Outros, em melhor estado, ainda podem interagir entre si e acabam por se agrupar, como é natural a todo ser humano, formando bandos que perambulam próximos (vibratoriamente falando) do plano físico, já que não têm condições de perceberem ambientes mais evoluídos.
É ao conjunto desses espíritos com suas ideias e formações mentais que damos o nome de umbral, e não a um local particular.
Autoria:

Márcia R. Farbelow e Hugo Puertas de Araújo

terça-feira, 15 de agosto de 2017

“A REENCARNAÇÃO FORTALECE OS LAÇOS DE FAMÍLIA.”

Vejamos agora as consequências da doutrina anti-reencarcionista. Ela, necessariamente, anula a preexistência da alma. Sendo estas criadas ao mesmo tempo que os corpos, nenhum laço anterior há entre elas, que, nesse caso, serão completamente estranhas umas às outras. O pai é estranho a seu filho. A filiação das famílias fica assim reduzida à só filiação corporal, sem qualquer laço espiritual. Não há então motivo algum para quem quer que seja glorificar-se de haver tido por antepassados tais ou tais personagens ilustres. Com a reencarnação, ascendentes e descendentes podem já se terem conhecido, vivido juntos, amado, e podem reunir-se mais tarde, a fim de apertarem entre si os laços de simpatia.
Isso quanto ao passado. Quanto ao futuro, segundo um dos dogmas fundamentais que decorrem da não-reencarnação, a sorte das almas se acha irrevogavelmente determinada, após uma só existência. A fixação definitiva da sorte implica a cessação de todo progresso, pois desde que haja qualquer progresso já não há sorte definitiva. Conforme tenham vivido bem ou mal, elas vão imediatamente para a mansão dos bem-aventurados, ou para o inferno eterno. Ficam assim, imediatamente e para sempre, separadas e sem esperança de tornarem a juntar-se, de forma que pais, mães e filhos, maridos e mulheres, irmãos, irmãs e amigos jamais podem estar certos de se verem novamente; é a ruptura absoluta dos laços de família.
Com a reencarnação e progresso a que dá lugar, todos os que se amaram tornam a encontrar-se na Terra e no espaço e juntos gravitam para Deus. Se alguns fraquejam no caminho, esses retardam o seu adiantamento e a sua felicidade, mas não há para eles perda de toda esperança. Ajudados, encorajados e amparados pelos que os amam, um dia sairão do lodaçal em que se enterraram. Com a reencarnação, finalmente, há perpétua solidariedade entre os encarnados e os desencarnados, e, daí, estreitamento dos laços de afeição.
Em resumo, quatro alternativas se apresentam ao homem, para o seu futuro de além-túmulo: 1ª, o nada, de acordo com a doutrina materialista; 2ª, a absorção no todo universal, de acordo com a doutrina panteísta; 3ª, a individualidade, com fixação definitiva da sorte, segundo a doutrina da Igreja; 4ª, a individualidade, com progressão infinita, conforme a Doutrina Espírita. Segundo as duas primeiras, os laços de família se rompem por ocasião da morte e nenhuma esperança resta às almas de se encontrarem futuramente. Com a terceira, há para elas a possibilidade de se tornarem a ver, desde que sigam para a mesma região, que tanto pode ser o inferno como o paraíso. Com a pluralidade das existências, inseparável da progressão gradativa, há a certeza na continuidade das relações entre os que se amaram, e é isso o que constitui a verdadeira família.
Fontes:
O consolador.com.br;

O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 21 a 23.

“MILHÕES DE ESPÍRITOS FRANCESES REENCARNARAM NO BRASIL PARA DAR SUSTENTO À DOUTRINA DE KARDEC

Perguntaram ao médium Divaldo Franco por que no Brasil ainda existe tantas pessoas que não amam o próximo, mesmo sendo considerado a “Pátria do Evangelho”. A resposta trouxe informações surpreendentes. Confira:
– Porque não são Espíritos do Brasil. Vêm de outras pátrias, de outras raças. Não são almas brasileiras. Vêm para cá, porque, se ficassem nos seus países de origem, os sentimentos de rancor e ressentimentos torná-los-iam mais desventurados. Após a Revolução Francesa de 1789, quando a França se libertou da Casa dos Bourbons, os grandes filósofos da libertação sonharam com os direitos do homem, direitos que foram inscritos nos códigos de justiça em 1791 e que, até hoje, ainda não são respeitados, embora em 1947, no mês de dezembro, a ONU voltasse a reconhecê-los.
Depois daquele movimento libertário, o que aconteceu com os franceses? Os dois partidos engalfinharam-se nas paixões sórdidas e políticas e como consequência, os grandes filósofos cederam lugar aos grandes fanáticos, e a França experimentou os dias de terror, quando a guilhotina, arma criada por José Guilhotin, chegava a matar mais de mil pessoas por dia. Esses Espíritos saíam desesperados do corpo e ficavam na psicosfera da França buscando vingança. Começa o século XIX e é programada a chegada de Allan Kardec.
 O grande missionário vai reencarnar na França, porque a mensagem de que é portador deverá enfrentar o cepticismo das academias na Cidade-Luz da Europa e do mundo e, naquele momento, Cristo havia designado que o Espiritismo nasceria na França, mas seria transplantado para um país onde não houvesse carmas coletivos, e esse país, por enquanto, seria o Brasil.
São Luis, o guia espiritual da França, cedeu que a terra gaulesa recebesse Allan Kardec, mas “negociou” com Ismael, o guia espiritual do Brasil: “Já que a mensagem de libertação vai ser levada para a Terra do Cruzeiro, a França pede que muitos Espíritos atribulados da Revolução reencarnem no Brasil, pois, se reencarnarem aqui impedirão o processo da paz”.
E dois milhões de franceses vieram reencarnar no Brasil, para que, quando chegasse a mensagem espírita, culturalmente se identificassem com o chamado método cartesiano de Allan Kardec.
Naturalmente, esses Espíritos eram atribulados, perturbados, com ressentimentos, com mágoas. Se nós considerarmos que os Espíritos brasileiros são os índios, que a maioria de nós é constituída por Espíritos comprometidos na Eurásia, e que estamos aqui de passagem, longe dos fenômenos cármicos para nos depurarmos, compreenderemos porque muitos brasileiros do momento ainda não amam esta grande nação.
E o primeiro sentimento que têm quando, ao invés de investir em fortunas, honesta ou desonestamente amealhadas no solo brasileiro, eles as mandam para os países estrangeiros. Não confiam no Brasil, porque são “de lá”.
Mandam para lá porque, morrendo aqui, o dinheiro fica lá para poderem “pagar” o carma negativo que lá deixaram.
Os chamados “paraísos fiscais” são também lugares de alguns de nós que aqui nos encontramos, mas apesar de ainda não termos o sentimento do amor, já temos alguma luz. Viajando pelo mundo, onde tenho encontrado brasileiros espíritas, descubro uma célula espírita. Começa-se com um estudo do Evangelho no lar, depois se chama os amigos, os vizinhos, forma-se um grupo e, hoje, na Europa. 90% dos grupos espíritas são criados por brasileiros.
Com exceção de Portugal. Espanha e um pouquinho da França, o movimento é todo de brasileiros e latinos acendendo as labaredas do Evangelho de Jesus. Não há pouco tempo, brasileiros na Holanda encontraram as obras de Kardec traduzidas para o holandês, brasileiros na Suíça revisaram O Evangelho segundo o Espiritismo e se está tentando publicar as obras de Kardec, agora em alemão.
Brasileiros na América do Norte retraduziram O Livro dos Espíritos e O Evangelho, que o foi por um protestante, que substituiu a palavra reencarnação por ressurreição. Brasileiros em Londres, com alguns ingleses, já formam oito grupos espíritas e seria fastidioso se fosse enumerando na Ásia, na África…

Texto Extraído do livro: APRENDENDO COM DIVALDO. Entrevistas / Divaldo Pereira Franco: São Gonçalo, RJ: Organizado pela SEJA, Editora e Distribuidora de Livros Espíritas, 2002, p. 69-74.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

“SUICIDAS MORREM. MORREM... MAS...NÃO DESENCARNAM. ”

No espiritismo costuma se usar o termo “Desencarnar” quando uma pessoa morre, porém no caso do suicídio as coisas ocorrem de forma mais lentas.
Em diversas obras encontramos trechos em que os espíritos afirmam que ficam presos ao corpo até sua completa extinção, Allan  Kardec nos revela isso com propriedade na entrevista publicada na Revista Espírita de  junho de 1858 com o título “ O suicida de Samaritana”
“5. Qual foi o motivo que vos levou ao suicídio? - R. Estou morto?... Não...
Habito meu corpo.... Não sabeis o quanto sofro! ... Eu estufo... Que mão compassiva procure me matar!
13. Que reflexões fizestes no momento em que sentistes a vida se extinguir em vós? - R. Não refleti; senti... Minha vida não está extinta... minha alma está ligada ao meu corpo... Sinto os vermes que me roem. ”
No livro “Depois do Suicídio” de Cleonice Orlandi de Lima, temos o depoimento de Jacinto[1] :  “  Continuei com o corpo morto, mas sem poder me separar do cadáver. Assim paralisado assisti aos funerais, ouvi os lamentos e as recriminações dos presentes pelo meu ato. Horrorizado, vi fecharem o caixão sobre mim.
Fui conduzido, assistindo a tudo e sempre sentindo a dor do ferimento na boca. Carregaram-me ao cemitério, enterraram-me e me deixaram sozinho. Senti a sufocação do fundo da cova, mas não podia fazer o mais leve movimento. Estava colado ao corpo morto! As dores que sentia eram fabulosamente insuportáveis. E, logo a seguir, passei a sentir o cheiro do corpo apodrecendo. Senti a mordedura dos vermes, milhões de mordidas ao mesmo tempo, por todo o corpo. Dores incríveis!
Muito tempo depois a carne foi se separando dos ossos, foi se acabando e eu sempre ali, sentindo as dores e assistindo a tudo. A sede, a fome e o frio me torturavam. A dor do ferimento da boca nunca me abandonou. Jamais tive um único minuto de descanso, em que pudesse dormir.”
Emmanuel no livro  “O Consolador” confirma :
“Suicidas há que continuam experimentando os padecimentos físicos da última hora terrestre, em seu corpo somático, indefinidamente. (...) a pior emoção do suicida é a de acompanhar, minuto a minuto, o processo da decomposição do corpo abandonado no seio da terra, verminado e apodrecido."[2]
Yvone Pereira no livro “Memória de um Suicida” nos traz uma visão do que ocorre quando finalmente o espírito se desliga do corpo contando a história de Camilo Castelo Branco  que desencarnado, foi para o "Vale dos Suicidas", onde  sofreu  horrores, , durante 12 anos até ser resgatado em 1903.
Devemos ainda levar em conta que o suicídio não é só aquele brutal e relativamente rápido, tem também os fumantes, alcoólatras, e/ou viciados de maneira geral.
“O suicídio brutal, violento, é crueldade para com o próprio ser. No entanto, há também o indireto, que ocorre pelo desgastar das forças morais e emocionais, das resistências físicas no jogo das paixões dissolventes, na ingestão de alimentos em excesso, de bebidas alcoólicas, do fumo pernicioso, das drogas adictícias, das reações emocionais rebeldes e agressivas, do comportamento mental extravagante, do sexo em uso exagerado, que geram sobrecargas destrutivas nos equipamentos físicos, psicológicos e psíquicos...”[3]
Kardec  é bem claro sobre a questão do suicídio no Livro dos espíritos entre as questões 944 até 946.
“Na morte violenta as sensações não são precisamente as mesmas. Nenhuma desagregação inicial há começado previamente a separação do perispírito; a vida orgânica em plena exuberância de força é subitamente aniquilada. Nestas condições, o desprendimento se começa depois da morte e não pode completar-se rapidamente. No suicídio, principalmente, excede a toda expectativa. Preso ao corpo por todas as suas fibras, o perispírito faz repercutir na alma todas as sensações daquele.   Com sofrimentos cruciantes.”[4]
Muitos podem questionar se o suicídio pode ser induzido por um obsessor, Yone  Pereira novamente nos brinda com a resposta : “Não obstante, homens comuns ou inferiores poderão cair nos mesmos transes, conviver com entidades espirituais inferiores como eles e retornar obsidiados, predispostos aos maus atos e até inclinados ao homicídio e ao suicídio. Um distúrbio vibratório poderá ter várias causas, e uma delas será o próprio suicídio em passada existência. ”[5]
A doutrina espírita nos ensina que a morte não é o fim; e que de outra forma  a vida continua. Que muitas vezes somos influenciados por obsessores, porem esses só agem devido ao nosso desiquilíbrio, e que precisamos ter consciência do que ocorre, caso desistamos da vida a qual tivemos o privilegio de  através da reencarnação buscar compreender e superar as provas e expiações.
“A certeza da vida futura, com todas as suas consequências, transforma completamente a ordem de suas ideias, fazendo-lhe ver as coisas por outro prisma: é um véu que se ergue e lhe desvenda um horizonte imenso e esplêndido.  Diante da infinidade e da grandeza da vida além da morte, a existência terrena desaparece, como um segundo na contagem dos séculos, como um grão de areia ao lado da montanha. Tudo se torna pequeno e mesquinho e nos admiramos por havermos dado tanta importância às coisas efêmeras e infantis. Daí, em meio às vicissitudes da existência, uma calma e uma tranquilidade que constituem uma felicidade, comparados com as desordens e os tormentos a que nos sujeitamos, ao buscarmos nos elevar acima dos outros; daí, também, ante as vicissitudes e as decepções, uma indiferença, que tira quaisquer motivos de desespero, afasta os mais numerosos casos de loucura e remove, automaticamente, a ideia de suicídio.”[6]
Marcos Paterra
Marcos Paterra (João Pessoa/PB)-é articulista e membro do movimento espírita paraibano,

colaborador de diversos sites e jornais espíritas marcos.paterra@gmail.com

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...