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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

“NOSSO ENTES QUERIDOS NÃO MORRERAM, APENAS FICARAM INVISÍVEIS AOS NOSSOS OLHOS”

Na Terra, quando perdemos a companhia de seres amados, ante a visitação da morte sentimo-nos como se nos arrancassem o coração para que se faça alvejado fora do peito.
Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram, fome de escutar palavras que emudeceram.
E bastas vezes tudo o que nos resta no mundo íntimo é um veio de lágrimas estanques, sem recursos de evasão pelas fontes dos olhos.
Compreendemos, sim, neste Outro Lado da Vida, o suplício dos que vagueiam entre as paredes do lar ou se imobilizam no espaço exíguo de um túmulo, indagando porquê...
Se varas semelhantes sombras de saudade e distância, se o vazio te atormenta o espírito, asserena-te e ora, como saibas e como possas, desejando a paz e a segurança dos entes inesquecíveis que te antecederam na Vida Maior.
Lembra a criatura querida que não mais te compartilha as experiências no Plano Físico, não por pessoa que desapareceu para sempre e sim à feição de criatura invisível mas não de todo ausente.
Os que rumaram para outros caminhos, além das fronteiras que marcam a desencarnação, também lutam e amam, sofrem e se renovam.
Enfeita-lhes a memória com as melhores lembranças que consigas enfileirar e busca tranquilizá-los com o apoio de tua conformidade e de teu amor.
Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-lhes a imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo, ei-los que suportam angústia maior, de vez que passam a carregar as próprias aflições sobretaxadas com as tuas.
Compadece-te dos entes amados que te precederam na romagem da Grande Renovação.
Chora, quando não possas evitar o pranto que se te derrama da alma; no entanto, converte quanto possível as próprias lágrimas em bênçãos de trabalho e preces de esperança, porquanto eles todos te ouvem o coração na Vida Superior, sequiosos de se reunirem contigo para o reencontro no trabalho do próprio aperfeiçoamento, à procura do amor sem adeus".

(Do livro “Na Era do Espírito”, Emmanuel, Francisco C. Xavier)

“CONHEÇA OS DEZ SINTOMAS FÍSICOS CARACTERÍSTICOS DA MEDIUNIDADE AFLORADA”

Imagine agora que esteja confortavelmente em meio à natureza, sentado num local tranquilo, escutando o som dos pássaros, sentindo o sol acariciando sua pele, apreciando a deslumbrante paisagem de matizes variados. As sensações são tão agradáveis que você expressa em sua fisionomia a suavidade do momento, com um sorriso sereno. Inspirando profundamente, você solta um suspiro de agradecimento e cantarola uma canção que lhe toca o coração.
Os cinco sentidos nos colocam em contato com a vida terrena. Você está se comunicando com o ambiente e com todas as coisas. Seu corpo e sua mente sentem e reagem aos estímulos externos. Assim lhes servem seus cinco sentidos. Mas não é só isto que sentimos. Existe algo mais, um sexto sentido que nos leva além.
Intermediando a comunicação entre você e o plano sutil, a mediunidade é o sexto sentido, uma ponte que une os mundos material e espiritual. Ela está presente em seu encontro com a natureza, o trabalho, no supermercado, vinte e quatro horas por dia, tanto quanto os seus cinco sentidos. Porém, não há como adentrarmos as sensações sutis se não pelo próprio corpo, enquanto encarnados. Seus sintomas são percebidos e interpretados no plano material.
Recebemos as influências do mundo astral que provocam uma série de reações em nossa fisiologia, no corpo e na mente. Nem sempre o que sentimos no corpo é causado por estímulos materiais, assim como nem sempre nos pertencem os pensamentos que surgem à mente.
Em inúmeros casos, sintomas mediúnicos são confundidos com problemas de natureza física e psicológica. Tratados erradamente, como disfunções e enfermidades, fazem proliferar os desequilíbrios mediúnicos.
A mediunidade nos faz sentir as emanações de origem sutil, em contato com as energias e espíritos ao redor. Tocando nosso campo áurico, um espírito desencarnado pode se comunicar conosco.
Dentre a variedade de médiuns e a diversidade mediúnica, os espíritos desencarnados se expressam por todos os sentidos físicos que são aguçados com seu toque e pela intuição e envolvimento mental. Podemos sentir sua dor, seu sofrimento ou seu bem-estar e amorosidade.
A aproximação de um espírito provoca uma tensão natural nas fibras áuricas que como cordas vibram alcançando o cérebro e o corpo que reagem conforme estimulados. Os sintomas para um médium desavisado podem parecer um tanto desagradáveis. Acontece que ao nos sensibilizar, o sistema endócrino passa a agir, o metabolismo se altera pela presença do espírito comunicante.
Os dez sintomas principais que aqui descrevo são uma síntese que reúne o conhecimento que adquiri por meio de minha experiência mediúnica pessoal, experimentos em grupos e em consultório, além do embasamento em estudos realizados tanto nos livros espíritas quanto em outras literaturas esotéricas.
São sintomas referentes aos médiuns mais aflorados e ostensivos, que têm a condição mediúnica para a incorporação, a forma mais intensa de contato mediúnico com o corpo e mente do médium.
A incorporação é um termo que não explica literalmente o processo. O médium não deixa seu corpo para que outro espírito o assuma totalmente. Existe apenas o afastamento de um e a aproximação do outro que lhe imprime na aura, chacras e plexos nervosos, a tensão necessária para o fenômeno. O processo pode ser consciente, parcial e raramente inconsciente.
Todas as modalidades mediúnicas podem estar presentes a partir da incorporação. A fala, a audiência, a psicografia, os fenômenos de manipulação de ectoplasma para a cura, entre outros. Então, vejamos a incorporação como o intercâmbio mais assertivo entre espírito desencarnado e encarnado.
Não há um consenso na classificação da mediunidade, mesmo dentro do espiritismo. Lembre-se que tanto quanto somos todos humanos, ao mesmo tempo, somos pessoas únicas e com características que nos diferem. A mediunidade também é particularizada segundo o modo especial que cada médium tem de sentir e interpretá-la.
Edgard Armond, em seu livro "Mediunidade - Seus Aspectos, Desenvolvimento e Utilização", coloca com propriedade que: (...) não há obra completa das realizadas por mão humana (...)
Sem abalar os alicerces da doutrina espírita, Armond admite a possibilidade de revisão em seus detalhes, segundo pontos de vista mais atuais. Afinal, tudo muda e evolui, inclusive no que concerne à mediunidade, assunto tão complexo. Portanto, não tenho a intenção de afirmar que estes sejam os únicos sintomas ou que aqui se encontre a melhor descrição.
Em termos gerais, os dez sintomas mediúnicos que caracterizam a aproximação e contato do espírito para incorporação em um médium com alto grau de sensibilidade são:
01 - Arrepios com sensação de frio ou calor em regiões do corpo como rajadas.
02 - Formigamento dos membros, principalmente das mãos.   
03 -Tremores incontroláveis pelo corpo, que podem surgir como solavancos.
04 - Peso na região das costas entre as escápulas, nas pernas e braços.              
05 - Entorpecimento geral dos sentidos usuais, com sensação de despersonalização e desrealização.
06 - Tontura, enjoos, falta de ar, aceleração cardíaca.
07 - Sensação de nó na região da garganta para a psicofonia.
08 - Sono, movimento acelerado dos olhos e pálpebras pesadas como em sono REM.
09 - Suor frio nas mãos.
10 - Bocejos e olhos lacrimejantes são sintomas físicos provenientes de causas mediúnicas e que urgem a conscientização por parte dos médiuns que desconhecem seu sexto sentido e que neste âmbito estão à mercê de assédios de toda ordem.
A grande maioria desconhece a natureza orgânica da mediunidade e seu mecanismo. A sintomatologia citada, de forma alguma, determina a categoria vibracional do espírito comunicante. Os instrutores espirituais, quando necessário, operam o seu rebaixamento vibratório, para alcançarem nossa sintonia.
A mediunidade sempre existiu, o que nos falta é admiti-la. Negá-la é como extirpar parte de nosso ser e reprimir nossa conexão com a espiritualidade e com o Todo.
Primeiro, devemos incorporar a nós mesmos, porque andamos perdidos de nossa essência. Compreender o sexto sentido é trazer à tona o espírito imortal que nos habita na breve experiência terrena.
O médium que se esquece de seu mundo interno deixa sua mediunidade à deriva.
Seja Amor!

Autora: Nayla Prado

terça-feira, 22 de agosto de 2017

A NOVA ERA DE AQUÁRIO CAUSARÁ REVOLUÇÃO ESPIRITUAL”

Os grandes mestres da Espiritualidade nos informam que a chegada do terceiro milênio indica o fim da Era de Peixes, regida pela mensagem amorosa de Jesus, e o início do ciclo de Aquário, período em que a humanidade terá novas metas a alcançar em sua senda evolutiva.
Após o período de transição para a Nova Era, somente os espíritos eleitos através da conquista do amor e das demais virtudes cristãs obterão o ingresso para prosseguirem reencarnando na Terra, enquanto os rebeldes que não se enquadrarem dentro do perfeito código moral do Evangelho de Jesus serão exilados para um mundo de ordem inferior, onde realizarão suas experiências reencarnatórias futuras, sempre lamentando o paraíso perdido, assim como descrito na lenda bíblica a respeito de Adão e Eva.
O cenário acima descrito convida-nos a profundas reflexões. Se estamos aqui encarnados nesse crucial momento de evolução de nossa humanidade (e temos consciência disso) é porque assumimos um compromisso com a Alta Espiritualidade antes de reencarnarmos no sentido de promovermos a evolução das religiões preparando-as para a mentalidade da Era de Aquário, ou seja, direcionando-as para uma verdadeira consciência espiritual, liberta de dogmas e rituais exteriores, procurando voltá-las para uma sincera e exclusiva busca do amor e da sabedoria incondicionais.
O que resume a nossa presença na Terra física, ou seja, estarmos reencarnados no mundo material, é a necessária conquista de evolução, não somente no campo espiritual propriamente dito, mas em todos os sentidos. É fundamental que nos tornemos pessoas melhores a cada dia para nos libertarmos da barbárie rumo a um nível superior de civilidade, que se assemelha ao reino dos Céus pregado por Jesus em suas maravilhosas parábolas evangélicas.
Durante a era passada, a Era de Peixes, procuramos desenvolver, em sucessivas encarnações, o amor crístico, a fé, a paciência, a tolerância, o respeito mútuo, etc.  Porém, a Nova Era, que já estamos adentrando, convidará os eleitos para novos desafios, muitos deles de ordem racional e intelectual, procurando o Entendimento Divino através do estabelecimento de relações lógicas. A resposta já não mais será: É assim porque Deus quis, mas seremos constantemente convocados a obter respostas sobre o engenhoso mecanismo das vidas física e espiritual e, também, seremos convidados a sermos co-criadores, junto com o Pai Celestial, como já é possível vislumbrar através dos ensaios científicos sobre engenharia genética e clonagem.
O maior desafio dos espiritualistas será, portanto, construir a ponte entre espiritualismo e materialismo, que jamais deveriam ter sido dissociados. Será necessário que venhamos a construir um novo modelo religioso que evolua junto com a humanidade física. Isso fará com que a sociedade gradualmente abandone o seu materialismo e ceticismo tão prejudiciais à eterna busca da evolução.
O Espiritismo codificado por Allan Kardec já deu um grande passo nesse sentido, promovendo uma modernização do entendimento espiritual à sua época. Mas com os grandes saltos científicos atuais é imprescindível que os estudos espiritualistas assim procedam também, haja vista o plano espiritual ser muito mais evoluído que o nosso limitado mundo físico.
Devido a isto, os grandes mestres nos orientam, nesse primeiro momento, à busca de um Universalismo Religioso, com o objetivo de unirmos forças para a construção desse novo modelo espiritual, que será, na verdade, uma grande filtragem de todas as religiões, obtendo o que há de melhor em cada uma, para depois buscarmos, através de estudos e experimentações, uma libertação total das amarras religiosas que escravizam a humanidade, ao invés de libertá-la.
Assim sendo o que é proposto não é um sincretismo religioso. A tolerância e respeito a todos os credos religiosos é um principio que já deveria ter sido atingido na Era de Peixes (como já citamos). A religião universal da Nova Era não deverá ser apenas um multi-culturalismo, onde todos pensam conforme a sua religião e serão respeitados por isto. Este padrão religioso já foi definido e parcialmente conquistado.
A proposta para a Nova Era é libertar-se de tradições, ritos e dogmas que foram importantes e necessários em seu tempo, promovendo a evolução de seus adeptos, mas que hoje em dia apenas afastam as mentalidades modernas das religiões. O ceticismo de muitos jovens hoje em dia reside mais em seu descrédito aos métodos religiosos ultrapassados, do que propriamente em relação a sua falta de fé e respeito aos assuntos de ordem espiritual.
Talvez esses espíritos recentemente encarnados sejam até mesmo mais evoluídos do que os espiritualistas mais esclarecidos, só que as suas mentes sagazes aguardam a compreensão espiritual da Nova Era, mais moderna, racional e esclarecedora.
O novo padrão espiritual do terceiro milênio, o Universalismo Crístico, deve ser visto não como uma salada de religiões, porém como a união de todos aqueles que sentem a luz de Deus em seus corações convidando-os à construção de um mundo melhor. E devemos lembrar sempre que evolução significa: movimento ou deslocamento gradual e progressivo em determinada direção.  No nosso caso, em direção à luz e ao amor do Cristo.
Texto de Roger Bottini Paranhos
Harmonia Espiritual


“DESPERTAR ESPIRITUAL. “AS QUATRO FASES DO DESPERTAR ESPIRITUAL”

Quando se trata de despertar espiritualmente, como é o caso com a maior parte das experiências espirituais, é quase impossível descrever totalmente com palavras o que isto significa.
Por que as experiências espirituais são, de acordo com a sua própria natureza, não lógicas, ou confinadas pelas limitações da linguagem.
Muito do que ocorre quando você desperta espiritualmente, não pode ser visto, ou descrito com precisão, mas pode somente ser sentido, vivido completamente, testemunhado e experienciado.
Então, o que significa ter um Despertar Espiritual?
Alguns descrevem o despertar como o momento em que você abre o seu coração à Deus e permite a entrada de um novo nível de luz e começa a ver e a experienciar uma compreensão mais profunda do que a vida realmente é.
Outros diriam que é o momento em que você se desliga de suas histórias, ultrapassa os condicionamentos e as crenças limitantes, permitindo-lhe começar a experienciar em primeira mão, a resposta para a pergunta: “Quem sou eu?”
Não importa quais as palavras que sejam usadas, o despertar espiritual é um momento de transcendência e, com consciência, este momento pode se estender, afetando todas as áreas de sua vida.
O Despertar espiritual muda a forma com que você se move através do mundo, e permite uma sensação de paz interior e de tranquilidade para governar as suas ações e reações.
Antes de você despertar, a vida parece ser uma série de coincidências, ou uma série de eventos que você tem uma mão na orquestração. É como se a vida fosse algo sobre a qual você exercesse a sua vontade, a fim de influenciar.
Antes de despertar, embora você possa ter ouvido isto antes, é, muitas vezes, difícil compreender que tudo o que acontece na vida se desenrola perfeitamente como deveria.
A nossa tendência é acreditar que as coisas ruins aconteceram para nós e que coisas boas aconteceram por causa de nós.
Mas quando você começa a despertar, aplicando pouca presença a sua vida e a sua experiência universal como um ser humano, você começa a compreender e, o mais importante, a sentir um fluxo com a vida.
Sua presença lhe permite relaxar e reconhecer que você está sempre em sintonia com a energia Divina do Universo. Sua coincidência deixa de ser aleatória e a sua intuição se tornará cada vez mais forte.
Embora diferente para todos, um despertar espiritual leva apenas um momento.
O despertar espiritual é o momento em que você está preparado e disposto a se desligar do seu ego e do pequeno você, que está temeroso e confuso, e que não é entendido como você.
Felizmente, estes momentos são poderosos e transformadores, e esta mudança na compreensão pode durar apenas este momento, algumas horas, ou dias.
Infelizmente, para alguns, é um momento em que se deve aprender a se estabilizar, a fim de viver neste estado de transcendência. Há, é claro, muitas ferramentas para ajudá-lo a evoluir em seu caminho espiritual.
Não é que isto exija esforço, trabalho ou prática. O despertar espiritual está aberto a qualquer pessoa que esteja preparada a abrir mão de falsas crenças – leve isto anos para chegar a este ponto, ou um momento de impacto. O que é necessário para estabilizar esta transcendência é retornar repetidamente à presença; a silenciar a sua mente e a entrar em sintonia com o seu centro cardíaco.
O despertar espiritual é uma bela experiência, mas ele pode parecer uma montanha russa, às vezes, quando você oscila entre estados de depressão, estados de exaltação e de estabilidade.
Para ajudar a lançar alguma luz neste processo, aqui estão algumas fases através das quais a maioria das pessoas evolui no caminho do despertar espiritual.

PRIMEIRA FASE: O CHAMADO DO DESPERTAR

O chamado do despertar espiritual chega de muitas formas. A mais comumente entendida é a experiência da perda, da crise, ou de alguma tragédia. Quer se trate de morte, de dificuldades financeiras, um acidente ou lesão, um divórcio, um desastre natural, ou problemas com a saúde, este chamado do despertar é sempre inesperado.
Diante da crise você pode deixar de agir normalmente e entrar no modo de sobrevivência, muitas vezes, incapaz de pensar em algo que não seja a crise. Você é incapaz de absorver o que está acontecendo e se sente intensamente desafiado. Este tipo de chamada do despertar é, com frequência, chamado de “a noite escura da alma”.
O chamado do despertar pode também ser um período prolongado de frustração com a vida. É uma sensação inefável de que algo está faltando. Algo importante.
O chamado pode ser também um momento de reconhecimento ou de recordação. As coisas se tornam mais claras e começam a fluir com mais facilidade e adquirimos um senso de propósito. Isto pode vir de uma conversa, um livro, uma prática espiritual ou de um evento surpresa.
No entanto, o chamado do despertar o alcança, e ele o impulsiona para uma fase de aprendizado, de busca e de descoberta. Quando isto acontece, você, de repente, precisa saber, compreender e experienciar mais do que começou a entrar em sintonia.
Você quer ler, falar sobre isto e senti-lo mais profundamente. Quanto mais o tempo passa, mais urgente se torna a sua necessidade de compreender e de integrar o que está acontecendo.

 SEGUNDA FASE: CRIAÇÃO

Eventualmente, através de sua busca por mais informações e mais experiências, você pode alcançar um ponto em que compreende que a extensão total do que você está buscando não pode ser encontrada em livros ou mesmo através de mestres espirituais.
Você percebe, que o que está buscando e ansiando, é algo que pode somente encontrar interiormente.
Se você está se recuperando de uma crise ou de uma perda, você começa a sentir que, apenas talvez, havia um presente ali para você.
Você começa a ver o consolo nesta situação e entender que a sua noite escura da alma foi uma espécie de presente, procurando impulsioná-lo para algo mais elevado.
Este presente, em primeiro lugar, manifesta-se como a capacidade de ver a beleza e a graça do universo que se revelam em sua vida.
Muitas vezes, você tem que olhar para trás, para algo, e ver como isto nos ajudou, mas na fase da criação você está se fundindo mais e mais com o fluxo e a capacidade de ver a perfeição em todas as coisas. A sua necessidade de rotular as coisas como certas e erradas, boas e ruins, diminui.
É agora que você começa a experienciar mais a presença e a sincronicidade. Não é que o sofrimento acabe.
Você pode ainda ficar louco quando os seus filhos deixam uma bagunça na cozinha ou pode se sentir impaciente na fila do supermercado, mas está também aprendendo a deixar de se identificar com estes sentimentos, a mudar novamente para a perspectiva do observador e a permanecer em seu centro, confiante de que tudo está se revelando como deveria.

 TERCEIRA FASE: CONEXÃO

Retornando mais e mais à presença, você começa a experienciar que quem e o que você pensava que era, você não é. Este é um tempo de dualidade e de unidade. Você pode ver que os seus pensamentos e sentimentos vêm e vão, suas reações vêm e vão, mas algo essencial está sempre presente.
Você pode se identificar com os seus pensamentos e sentimentos ou pode recuar e ver que você não é realmente o que está pensando e sentindo. Você é eterno.
Você está sempre presente, você não vem e vai. Você está firmemente ancorado em sua conexão com o seu Eu Superior, com os reinos do Espírito e com Deus.
As coisas deixam de se tornar obstáculos e começam a se tornar eventos simples que chegam ao seu campo de consciência, e, então, partem.
Em vez de se tornar submerso nas emoções e experiências desafiadoras, você é capaz de simplesmente observar estas como aparições em seu mundo interior, ou no mundo exterior ao seu redor.
Não é um estado robótico. O pensamento e o sentimento continuam. Você ama, você ri, você revira os olhos, mas sabe que é mais do que todas estas coisas. Você se identifica mais com o seu Eu Superior. Em tal estado, você se torna mais calmo, mais feliz e mais centrado.

 QUARTA FASE: INTEGRANDO A SUA VERDADE

Nesta fase, a experiência de quem você realmente é, está mais estabilizada e constante. Você se identifica menos e menos como uma pessoa com problemas para resolver, e mais como um ser espiritual experienciando problemas – que não são realmente problemas, mas apenas algo que está acontecendo.
Este é um momento de grande alegria porque você está muito conectado com Deus e com todo o Universo. Está claro que você é Um com todos e com tudo, profundamente conectado e entrelaçado com toda a vida.
Nesta fase, as pessoas em sua vida podem começar a notar a vibração e a paz em sua face. Você é ainda a mesma pessoa que era antes, mas é também alguém inteiramente novo, porque a sua compreensão é bem maior.
Você finalmente aprendeu a residir em seu coração, em vez de em sua cabeça.
Embora seja difícil descrever o despertar espiritual, as pessoas tendem a saber quando ele está acontecendo com elas.
Você sente como se estivesse passando por um despertar espiritual?
Então, provavelmente, está…
Você pode ter uma noite escura da alma que o precede, ou ele pode acontecer em um flash.
Mas uma coisa é certa: quando você está despertando espiritualmente, você o sente. Você se sente um pouco diferente, e não tem certeza se avança ou recua.
Saiba que você não é estranho, e não está sozinho. Você está onde deve estar, e enquanto continua a acessar a luz interior e a sabedoria que sempre teve, e está simplesmente agora aprendendo a como entrar em sintonia… A vida começará a assumir uma sensação ainda mais mágica.
O despertar espiritual não é um caminho fácil, mas está cheio de bênçãos, de magia e de oportunidades para viver com mais amor, alegria e satisfação do que nunca.
O despertar espiritual está se alinhando com o conhecimento de seu propósito mais elevado e trazendo a si mesmo ao alinhamento com ele, aqui e agora.
Mas, é claro, isto acontece um passo de cada vez. E, assim, seja gentil com você, honre onde você está e permaneça positivo sobre onde você está se dirigindo.
Quando você duvidar, fique em silêncio, acalme a sua mente, abra o seu coração e se conecte com os seus anjos. Eles irão ajudá-lo a acessar a brilhante luz e a sabedoria que você leva interiormente.
Seja preenchido com o conhecimento de que tudo está acontecendo como deveria.
Com amor e Luz -Melanie Beckler
Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br

http://despertardegaia.blog

"CARTA PSICOGRAFADA- SEI DE COMO ME CORPO FICOU, MAS AGORA ESTOU LINDA. JUSTIÇA SERÁ FEITA."


segunda-feira, 21 de agosto de 2017

“HOJE ENCONTREI DEUS NO SORRISO DE UMA CRIANÇA”

Hoje encontrei Deus no sorriso de minha filha.
Porém, o gesto espontâneo e luminoso não foi para mim, foi para um estranho, alguém que ela nunca havia visto antes, sentado à mesa ao lado, com o olhar distante e triste.
Pude ver o Criador nos olhos dela.
Ela acenou, como se quisesse perguntar: - “Está tudo bem com você?” Em seguida, lhe jogou um beijo, deliberadamente.
Certamente não estava tudo bem... Deus sabia.
Tanto sabia que, no mesmo instante – instante mágico – a Divindade amorosa encontrou na mesa mais próxima um sorriso amigo, uma pequena lamparina para acender na vida daquele filho desanimado.
A pessoa não resistiu e também sorriu, e até acenou de volta, com um certo encantamento pela atitude tão pura e doce de criança.
Hoje encontrei Deus no sorriso de minha filha...
Mas, o sorriso não foi para mim, foi para a dor do mundo que ainda lateja incômoda por aí.
E, sem perceber, aquele sorrir também me fez um pouco mais feliz.
Pensando bem, acho que ele também sorriu para mim.
E agora sorri para você.
Deus irradia sorrisos.
O Criador atua no mundo através de leis perfeitas, e uma delas é a lei do amor.
A lei do amor tem nuances infinitas, mas uma certamente se manifesta através do senso de atenção que desenvolvemos uns pelos outros.
Eu percebo você, eu me interesso por sua vida e tudo que diz respeito a você também me importa.
Saímos de dentro da casca do egoísmo avassalador e começamos a viver como comunidade.
Não é apenas a minha dor que enxergo, mas a sua também. Não são apenas ou meus problemas que existem, mas os seus igualmente. Não sou apenas eu que tenho direito de ser feliz, mas você também.
E o mais curioso e impressionante desta lei é que, cuidando da dor do outro, tratamos também a nossa, no silêncio de nossa intimidade.
É a lei do amor que faz com que sejamos gratificados interiormente pela felicidade, toda vez que praticamos a caridade, que nos doamos, que nos importamos com nosso próximo.
É a lei do amor que nos aproxima uns dos outros, que faz com que juntemos forças, que percebamos que não estamos sozinhos nos embates do dia a dia.
É a lei do amor que nos faz abraçar a maternidade e a paternidade com tanta dedicação, promovendo ao infinito aquelas almas antigas de roupas novas.
É a lei do amor, praticada por todos nós, que virá a ser responsável pela extinção das misérias sociais que ainda nos incomodam tanto.
Ela eliminará preconceitos, reconciliará adversários e será responsável pela espiritualização da Humanidade toda.
Feliz aquele que ama, porque não conhece as angústias da alma, nem as do corpo! Seus pés são leves, e ele vive como transportado fora de si mesmo.
Quando Jesus pronunciou essa palavra divina, — amor — fez estremecerem os povos, e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

Redação do Momento Espírita

“CRIANÇAS NO ALÉM. ONDE FICAM AS CRIANÇAS NO MUNDO ESPIRITUAL? ”

O que acontece com as crianças quando “morrem”? Como vivem no Mundo Espiritual? Voltam a ter um corpo adulto ou permanecem como crianças no Mundo Espiritual? As crianças que desencarnam são Espíritos mais adiantados?
É o que veremos a seguir, segundo ensinamentos dos Espíritos.
De acordo com as instruções de “O Livro dos Espíritos”, questões 197, 198, 199, 346 e 347, e também consoante o ensino dos mentores espirituais, o Espírito da criança não é infantil, e, sim, reencarnação de Espírito que teve outras existências na Terra ou em outros mundos equivalentes.
Então, muita cautela ao repetir uma crença bastante comum: “um anjinho morreu e foi para o Céu!” – como muito frequentemente ouvimos por ocasião da morte física de uma criança.
Vejamos o que diz “O Livro dos Espíritos”:
q.199- Por que tão frequentemente a vida se interrompe na infância?
R: a curta duração da vida da criança pode representar, para o Espírito que a animava, o complemento de existência anteriormente interrompida antes do momento em que devera terminar, e sua morte, não raro, constitui provação ou expiação para os pais.
a) que sucede ao Espírito de uma criança que morre pequenina?
R: recomeça outra existência.
Ensinam os mentores:
Quando um espírito é preparado para a reencarnação, seu perispírito sofre certo restringimento (diminuição) em suas dimensões ideais. Sabemos que o perispírito é maleável, podendo adquirir formas variadas, dependendo da vontade do espírito. É contrátil e expansível, isto é, pode aumentar ou diminuir de volume.
A) Desencarnações na infância NÃO previstas:
A desencarnação na infância verifica-se, na maioria dos casos, por fatores NÃO previstos. Isto quer dizer que a desencarnação prematura muitas vezes NÃO foi objeto de programação espiritual.
 Isso acontece:
 1-por qualquer acidente material muito próprio da organização humana e das condições precárias da vida planetária, onde o ambiente é hostil e sujeito as mais diversas provações;
2-descuido dos pais com sua saúde;
3-assistência médica inadequada (tratamento médico negligente ou deficiente);
4-insuficiência orgânica;
5-fatores ambientais, decorrentes das condições socioeconômicas.
B) Desencarnações na infância Previstas:
Ocorrem quando a desencarnação na infância verifica-se por fatores previstos no histórico espiritual do Espírito, isto é, a desencarnação prematura, neste caso, foi objeto de programação no Plano Espiritual.
São os casos previstos na questão 199 de O Livro dos Espíritos. Estas crianças vieram completar o tempo de existência prematuramente interrompida na encarnação anterior por um suicídio ou acidente, muito comuns em planetas como a Terra.
Obs: a morte da criança, também, pode demarcar o final de um ciclo de encarnações terrenas punitivas ou expiatórias. A partir daí, reencarnarão sim, mas com lúcidos desejos e predispostos ao bem, a fim de continuarem progredindo não mais através de provações, mas de realizações beneméritas no vasto campo da moral, da justiça, da ciência, do amor etc.
C) Por que, quase sempre, continuam crianças no Mundo Espiritual?
Como a diminuição do perispírito foi realizada antes dessa encarnação malograda, não convirá que o mesmo se desfaça durante o período de espera no Além, pois a volta desse espírito em outro corpo se fará com brevidade na mesma família, se possível, através dos mesmos pais, razão por que não conviria desambientá-los das condições humanas que ainda ontem experimentavam (“Escola no Além”, psicografado por Chico Xavier e “Cânticos do Coração” de Yvonne Pereira).
Escolas, creches e ambientes apropriados no Plano Espiritual:
Os Espíritos nos esclarecem que existem departamentos e escolas no Mundo Espiritual adredemente preparados para o acolhimento das crianças desencarnadas até a chegada da nova reencarnação, que poderá ocorrer na mesma família, caso possível. Nas escolas continuam aprendendo, estudando e recebendo esclarecimentos espirituais adaptados à idade e compreensão das crianças – por isso são separadas por faixas de idade e entendimento (como ocorre aqui na Terra). Importância muito grande é dada à disciplina: estudo, dedicação e aceitação do desencarne são temas preferenciais.
No livro “Escola no Além”, de Chico Xavier, “Verinha”, a garotinha desencarnada, protagonista da obra, é levada para nova reencarnação por meio da sua própria mãe, no entanto, por questões fisiológicas aquela mulher (que seria sua mãe por duas vezes seguidas numa mesma existência) , não poderia mais recebê-la. Foi assim que a Espiritualidade decidiu ligá-la à sua tia que podia e desejava uma gravidez. De qualquer forma, Verinha acabou por permanecer na mesma família, agora como sobrinha da sua primeira mãe.
D) Informações Complementares:
1- se o Espírito não for reencarnar brevemente poderá adquirir sua forma adulta. Muitas vezes o corpo espiritual “cresce” no mesmo ritmo que cresceria se estivesse encarnado no corpo material que perdeu. Outras vezes, rapidamente, de acordo com a evolução e vontade do Espírito. Isso justifica porque muitas mães que perderam seus filhos na infância sonham com eles já adultos;
2- outras vezes, mesmo tendo condições de tomar uma forma adulta, o Espírito prefere ficar com a forma infantil por variados motivos;
3- Quando, pois, um espírito desencarna durante a infância, na grande maioria das vezes, não o faz por ser essa sua última existência na Terra ou porque se trata de um espírito mais adiantado;
4- Os espíritos Léon Denis e Dr. Bezerra de Menezes têm afirmado que a mortandade infantil na Terra constitui problema também para o mundo espiritual, já que muitos casos de mortes prematuras não estão programados (por Yvonne Pereira, médium).
As taxas de mortalidade infantil são sempre maiores nos Estados mais pobres do Brasil, bem como são igualmente maiores nos países mais pobres do mundo, como mostram os gráficos, abaixo.

Bibliografia:
1-O Livro dos Espíritos;
2-Cânticos do Coração, Vol II –Yvonne Pereira;
3-Mensagem do Pequeno Morto– Psicografia de Chico Xavier;
4-Escola no Além – Psicografia de Chico Xavier;
5-Crianças no Além – Psicografia de Chico Xavier
6-Resgate e Amor – Psicografia de Chico Xavier
Fonte: Kardec Rio Preto-Fernando Rossit






domingo, 20 de agosto de 2017

“PARENTES DESENCARNADOS EM VISITAS A ENTES ENCARNADOS”

Quando um Espírito, já harmonizado na vida espiritual, recebe uma autorização superior para nos visitar na Terra, naturalmente, não trará qualquer malefício aos encarnados. Sua presença carinhosa poderá apenas despertar “lembranças” nos familiares mais sensíveis que poderão sentir-lhe a presença.
Mas a questão é que muitos dos nossos entes queridos, após desencarnarem, não se desvinculam do ambiente doméstico, podendo afetar negativamente aqueles que permanecem na experiência física.
Há no Movimento Espírita um fato muito interessante, que comprova essa afirmação. Um dos nossos mais queridos oradores, o conhecido médium e tribuno baiano Divaldo Franco, na adolescência, após a morte de um irmão biológico, foi tomado por uma repentina paralisia nas pernas. Durante seis meses, recebeu toda a assistência médica sem qualquer resultado positivo. Os médicos não conseguiam sequer diagnosticar o que exatamente ocorria com o jovem, já que não encontravam quaisquer problemas no campo orgânico. Até que um prima de Divaldo decidiu recorrer a uma senhora espírita que, prontamente, atendeu ao pedido. A experiente trabalhadora do Cristo estendeu as mãos sobre o rapaz acamado, aplicando-lhe o “passe magnético”, enquanto orava ao Senhor da Vida. Através da mediunidade, percebeu também a presença do irmão desencarnado de Divaldo que, inconscientemente, se lhe vinculara magneticamente, tirando-lhe o movimento das pernas.
Imediatamente após o passe e o afastamento do Espírito enfermo, a senhora gentilmente informou o que estava acontecendo, pedindo ao jovem que se levantasse e andasse, o que, para surpresa de todos, ocorreu com desenvoltura. Divaldo Franco, na época, ainda não era espírita, mas já possuía uma acentuada sensibilidade mediúnica. Após o ocorrido, foi conduzido pela família a uma Casa Espírita, onde iniciou seus estudos doutrinários e seu ministério de amor. E até hoje, aos 85 anos, prossegue viajando pelo mundo, já tendo visitado mais de 60 países, divulgando as diretrizes seguras e abençoadas do Espiritismo.
Como se vê, muitos desencarnados não são conduzidos imediatamente às colônias espirituais; ficam apegados aos plano físico, podendo gerar “obsessões inconscientes”, desconfortos e até desequilíbrios orgânicos, pela lei de sintonia.
A terapêutica da oração, do passe e, principalmente, a renovação do campo mental e emocional do encarnado, através de leituras e palestras edificantes, são recursos preciosos para que os vínculos energéticos sejam retirados e o equilíbrio psicofísico retorne à pessoa espiritualmente afetada.
Aproveitando o ensejo da pergunta, é importante informar, de forma mais generalizada, que somente pode haver um real processo de desobsessão ou libertação espiritual, quando o obsediado (quem sofre a influência) suplantar o obsessor (quem influencia) com sua vibração pessoal, que deve ser alcançada principalmente através da transformação moral e comportamental, proposta pelo Evangelho do Cristo.
Esperando der oferecido algumas singelas “sementes” para reflexão sobre esse tema tão significativo, envio meu fraterno abraço aos queridos leitores, com votos de muita paz em Jesus.
Rossano Sobrinho

Fonte: Portal espera feliz

“PODEMOS MUDAR NOSSO DESTINO?

Heráclito, filósofo grego, dizia: “A única coisa permanente no universo é a mudança”. A sabedoria do I Ching revela que tudo é mutação. Antoine Lavoisier, considerado o pai da química moderna, por sua vez, afirmava: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.
Se tudo muda, conforme preconiza a sabedoria milenar, e a nossa trajetória na vida? Temos poder para mudar nosso destino?
O insigne mestre Allan Kardec perguntou aos Espíritos Superiores, na questão 860 de O Livro dos Espíritos: “Pode o homem, por sua vontade e por seus atos, fazer que se não deem acontecimentos que deveriam verificar-se?” E recebeu como resposta: “Pode-o, se essa aparente mudança na ordem dos fatos tiver cabimento na sequência da vida que ele escolheu”.
O que não podemos mudar são os fatos principais da nossa reencarnação, os quais traçamos juntamente com nossos padrinhos espirituais, no momento da escolha da vida que merecemos e precisamos ter. “A cada um será dado segundo suas obras”.
Muitas vezes a doença representa a cura verdadeira para nosso espírito. A dor, o sofrimento, são instrumentos utilizados como filtro para a limpeza das nossas imperfeições.
No livro Contos e Apólogos, no capítulo intitulado, “Dívida e Resgate”, o Espírito Humberto de Campos narra a história de uma senhora rica, que, ao retornar à sua fazenda, às margens do Rio Paraíba, na antevéspera do Natal de 1856, após um ano de entretenimento na Corte, no Rio de Janeiro, é recebida, com sorrisos e gestos humildes, por seus sessenta e dois cativos, que lhe pediam bênçãos, de joelhos:
— Louvado seja Nosso Senhor Jesus-Cristo, sinhá!
— Louvado seja! — acentuava Dona Maria com terrível severidade a transparecer-lhe da voz.
Em um canto recuado, esperando sua vez de cumprimentá-la, pobre moça mestiça sustentava nos braços duas crianças recém-nascidas, sob a feroz atenção de um capataz desalmado. A fazendeira, demonstrando na face e nos gestos o que iria fazer, dirigiu-se a ela, duramente:
— Matilde, guarde as crias na senzala e encontre-me no terreiro. Precisamos conversar.
No grande pátio, já noite, guiadas pelo rude capitão do mato, as duas mulheres dirigiram-se para o rio transbordante. Dona Maria falou:
— Diga de quem são essas duas “crias” nascidas em minha ausência!
— De nhô Zico, sinhá!
— Miserável! — bradou a proprietária poderosa. — Meu filho não me daria semelhante desgosto. Negue essa infâmia!
— Não posso! Não posso!
A patroa encolerizada relanceou o olhar pela paisagem deserta e bramiu, rouquenha:
— Nunca mais verá você essas crianças que odeio...
— Ah! sinhá — soluçou a infeliz —, não me separe dos meninos! Não me separe dos meninos! Pelo amor de Deus! ...
Após muitas ofensas e humilhações à sua cativa, Dona Maria Augusta fez um gesto para seu capataz, que estalou o chicote no dorso da jovem. Esta, indefesa, caiu na corrente profunda do rio.
— Socorro! Socorro, meu Deus! Valei-me, Nosso Senhor! — gritou a mísera, debatendo-se nas águas.
Todavia, daí a instantes, apenas um cadáver de mulher descia rio a baixo, ante o silêncio da noite...
Cem anos passaram...
Na antevéspera do Natal de 1956, Dona Maria Augusta Correia da Silva, reencarnada, estava na cidade de Passa-Quatro, no sul de Minas Gerais. Mostrava-se noutro corpo de carne, como quem mudara de vestimenta, mas era ela mesma, com a diferença de que, em vez de rica latifundiária, era agora apagada mulher, em rigorosa luta para ajudar o marido na defesa do pão. Sofria no lar as privações dos escravos de outro tempo. Era mãe, padecendo aflições e sonhos... Ante a expectativa do Natal, Dona Maria Augusta meditava nos filhinhos, quando a chuva, sobre o telhado, se fez mais intensa.
Horrível temporal desabara na região...
Diante da ex-fazendeira erguia-se um rio inesperado e imenso e, em dado instante, esmagada de dor, ante a violenta separação do companheiro e dos pequeninos, tombou na caudal, gritando em desespero:
— Socorro! Socorro, meu Deus! Valei-me Nosso Senhor!
No entanto, decorridos alguns momentos, apenas um cadáver de mulher descia corrente a baixo, ante o silêncio da noite...
A antiga sitiante do Vale do Paraíba resgatou o débito que contraíra perante a Lei.
Nas questões 258 a 273 de O Livro dos Espíritos, marco inicial do Espiritismo, os Espíritos Superiores nos esclarecem, em um verdadeiro tratado sobre a escolha, como se processa o nosso destino, quanto ao gênero de vida, às particularidades das provas e às expiações.
O sábio e bondoso espírito Emmanuel, em seu livro O Consolador, psicografado pela mediunidade sublimada de Chico Xavier, define, de forma clara, na questão 246, o que significam a provação e a expiação:
“A provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual. A expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime”.
Somos, dessa forma, rebeldes, preguiçosos e criminosos, pois aqui nos encontramos com a missão sublime de evoluir. Esse é o objetivo principal de nossa estada neste mundo classificado, didaticamente, por Allan Kardec, como mundo de expiações e de provas.
Porém, como nos valorizamos muito, alguém pode contestar e dizer: “Não sou criminoso!” Entretanto, na questão 358 da obra basilar da Doutrina Espírita, os Emissários Divinos afirmam: “Há crime sempre que transgredis a lei de Deus”.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo V, que trata sobre “Causas atuais das aflições”, os Espíritos Superiores escreveram: “Deus, porém, quer que todas as suas criaturas progridam e, portanto, não deixa impune qualquer desvio do caminho reto. Não há falta alguma, por mais leve que seja, nenhuma infração da sua lei, que não acarrete forçosas e inevitáveis consequências, mais ou menos deploráveis. Daí se segue que, nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é sempre punido por aquilo em que pecou.”
Mas, a Lei de Deus não é lei de cobrança inflexível e, sim, de reajuste. Deus é Amor e Justiça. Se fizemos um mal, por pior que seja, podemos atenuá-lo ao infinito das possibilidades, construindo o bem. Se plantamos espinhos nas estradas da vida e retornamos plantando rosas, corrigimos, assim, nossos passos em direção a um novo caminho. Dependendo do quantum de bem que praticarmos, diminuiremos ou dissiparemos completamente nosso erro.
No mundo espiritual, no intervalo das reencarnações, escolhemos, consciente ou inconscientemente, o gênero de provas, de acordo com nossas necessidades e possibilidades adquiridas pela conduta. Entretanto, ao reencarnarmos, não ficamos escravos desse modo de vida, uma vez que as particularidades correm por nossa conta. A todo o instante, podemos escolher a atitude a tomar, como disseram as Entidades Sublimadas: “Dando ao Espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira responsabilidade de seus atos e das consequências que estes tiveram. Nada lhe estorva o futuro; abertos se lhe acham, assim, o caminho do bem, como o do mal”.
Podemos, dessa forma, atenuar as dificuldades do nosso caminho e ser muito felizes, à proporção do bem que praticarmos, com fé em Deus e a consciência tranquila.
Muita paz!
Fonte- Correio Espírita

Itair Ferreira

sábado, 19 de agosto de 2017

“LEI DE CAUSA E EFEITO E OS COMPROMISSOS CÁRMICOS. ”

Todos nós temos os nossos compromissos cármicos. E nascemos com todas as condições necessárias e ajustadas para atendermos aos princípios da Lei de causa e efeito.
Você se considera uma pessoa forte? Nos períodos de turbulência da vida, você consegue dar conta do recado?
Quando tiramos os olhos de cima do nosso próprio umbigo, podemos perceber que há pessoas com muito mais atribuições que outras, e podemos ver que as que mais fazem não são as que mais se queixam. Acho que foi Paulo, numa epístola aos Coríntios (epístola quer dizer carta, que é o nosso e-mail hoje… dá pra imaginar Paulo mandando um e-mail pros Coríntios? E Coríntios é um pessoal lá da Grécia, não tem nada a ver com o time…), Pois parece que foi o Paulo que disse que Deus não nos dá um fardo que nossos ombros não possam carregar.
Deus não nos dá um fardo que não possamos carregar
E é por aí. Cada um com suas atribuições, cada um com seus compromissos cármicos. Esses compromissos que trazemos de outras existências foram gerados por nós mesmos, são pequenos ou grandes equívocos que cometemos e que agora devem ser reparados. O hoje é o momento mais propício para reparar erros do passado. Nascemos com todas as condições necessárias e ajustadas para atendermos aos princípios da Lei de causa e efeito. Dificuldades financeiras, problemas familiares, possíveis enfermidades, tudo o que trazemos na bagagem foi colocado em nossa mala existencial por nós mesmos, então não adianta esperneio e choradeira.
Que coisa ridícula viver se lamuriando! É claro que não usamos esses termos na frente dos chorões, eles precisam de outra abordagem, precisam se fortalecer para perder a pena que sentem de si mesmos. Mas não podemos nos deixar contagiar. Pena é um sentimento inútil, não resolve nada. Podemos fazer algo? Façamos esse algo, então! Mas ter pena não adianta, é um sentimento que gera energias pesadas, densas.
Você deve se sentir um privilegiado pelo fato de a vida exigir muito de você! Esteja certo de que a vida não lhe exigiria esse esforço se não pudesse contar com você. A vida só exige muito daqueles que têm a capacidade de vencer, de dar conta do recado. Nos processos que regem a reencarnação, só nos é proposto/exigido/sugerido fazer aquilo que está de acordo com nossa capacidade, de acordo com nossas forças.
A dramatização dos problemas é responsável por grande parte do peso do fardo que carregamos. Muito desses “fardos” já poderiam ter sido deixados em qualquer lugar, mas às vezes insistimos em carregá-los conosco. São as dores de estimação, as antigas ofensas, as contrariedades que não foram superadas. É preciso perdoar, relaxar, ser feliz.
Mesmo pessoas caridosas, humildes, de princípios morais sólidos, cometem erros banais como esses, de passar a vida carregando pesos inúteis. Quando não são reencarnacionistas, não entendem a simplicidade e implacabilidade da Lei de causa e efeito, e chegam a duvidar da Justiça Divina. Realmente, sem compreender a reencarnação, tudo parece injusto.
Não estou querendo dizer que somos melhores ou mais certos por compreendermos a reencarnação. Mas se não fosse por esse entendimento, eu, de minha parte, seria ateu, e convicto. Não há Justiça se desconsiderarmos a pluralidade das existências. Mas isso é pessoal; há ateus e religiosos de todos os tipos que carregam seus fardos com alegria, sem lamúrias e lamentações. E é isso o que importa, né? Alegria e responsabilidade.

Morel Felipe Wilkon

“QUAL A DIFERENÇA ENTRE PROVAS, EXPIAÇÕES E MISSÕES? ”

Muitos confundem provas do espírito com expiação. O entendimento adequado da diferença entre o significado desses dois termos é fundamental para que o indivíduo compreenda melhor sua vida e o sentido de sua existência tendo em vista sua necessidade de aprimoramento moral e de resgates cármicos.
Eis o significado de cada termo:
EXPIAÇÃO
O vocábulo Expiação também é oriundo do latim, expiatione, e tem como significação o ato ou efeito de expiar, isto é, castigo, penitência, cumprimento de pena.
Todavia, sabemos que Deus não castiga ninguém e o sofrimento pelo qual estamos sendo infligidos é fruto dos nossos próprios erros. É bem verdade que a encarnação muitas vezes constitui um aprisionamento para o espírito e poderíamos comparar o planeta Terra, que ainda é um mundo de expiações e provas, a um grande presídio de almas, que padecem dos mais diversos problemas ligados às doenças, à miséria, à violência, etc. Porém, como podemos encontrar na apostila do Curso Básico de Espiritismo da Federação Espírita do Estado de São Paulo, tais sofrimentos, quando suportados com resignação, paciência e entendimento, apagam erros passados e purificam o espírito que assim vai, encarnação após encarnação, libertando-se das imperfeições da matéria.
Muitas pessoas ainda ficam estupefatas quando afirmamos que o sofrimento se faz necessário para a correção das falhas que possuímos. Obviamente, as almas possuem a faculdade de se melhorarem sem as dores e dificuldades infligidas na encarnação, isto quando despertam para uma nova consciência de trabalho em prol da reforma íntima e amor ao próximo. Entretanto, é sabido que muitos desses espíritos ainda relutam em se despojar dos vícios e das más inclinações. Endurecidos e cegos pelo egoísmo e pela vaidade, não conseguem se libertar dos sentimentos que aviltam o homem e, por isso, carecem da expiação terrena para compreenderem melhor os desígnios de Deus.
A Expiação é, assim, a alavanca que move o espírito estacionário ao caminho da perfeição.
A Expiação está relacionada ao passado, enquanto a Prova está relacionada ao futuro do Espírito.
PROVA
Entendemos aqui a acepção Prova como sinônimo de aprendizado para o espírito. O Livro dos Espíritos nos ensina que, em sentido amplo, cada nova existência corporal é uma prova para o espírito.
Prova não significa necessariamente sofrimento, como é o caso da expiação, mas sim a aquisição de novos conhecimentos em virtude de testes a que será submetido o espírito encarnado.
Exemplificativamente, em uma nova existência o espírito encarnado estará sujeito a Provas de paciência, de tolerância, de amor, de fé, de perseverança, entre outras, para que possa se depurar e adquirir mais virtudes. É a reforma íntima operando no espírito para que este possa um dia atingir a perfeição.
Para questão de conhecimento citaremos a MISSÃO, como definição dos espíritos:
MISSÃO
É uma tarefa a que o Espírito se propõe a fazer (LE 572) e pode ser desempenhada tanto na erraticidade quanto encarnado. Neste sentido, Kardec comenta, à questão 569 de “O Livro dos Espíritos”: “As Missões dos Espíritos têm sempre por objeto o bem. Quer como Espíritos, quer como homens, são incumbidos de auxiliar o progresso da Humanidade, dos povos ou dos indivíduos, dentro de um círculo de idéias mais ou menos amplas, mais ou menos especiais e de velar pela execução de determinadas coisas. Alguns desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou inteiramente locais, como seja assistir os enfermos, os agonizantes, os aflitos, velar por aqueles de quem se constituíram guias e protetores, dirigi-los, dando-lhes conselhos ou inspirando-lhes bons pensamentos. Pode dizer-se que há tantos gêneros de missões quantas as espécies de interesses a resguardar, assim no mundo físico, como no moral. O Espírito se adianta conforme à maneira por que desempenha a sua tarefa”. Os Espíritos esclarecem também, à questão 573, que a missão dos Espíritos encarnados consiste em “instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais. As missões, porém, são mais ou menos gerais e importantes. O que cultiva a terra desempenha tão nobre missão, como o que governa, ou o que instruí. Tudo em a Natureza se encadeia. Ao mesmo tempo em que o Espírito se depura pela encarnação, concorre, dessa forma, para a execução dos desígnios da Providência. Cada um tem neste mundo a sua missão, porque todos podem ter alguma utilidade.”

Autor desconhecido

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...