Os Espíritos
não estão indefinidamente presos a um mundo.
Para chegar
à perfeição e à suprema felicidade, destino final de todos os homens, o
Espírito não precisa passar pela fieira de todos os mundos existentes no
Universo.
Muitos são
os mundos correspondentes a cada grau da respectiva escala e o Espírito, saindo
de um deles, nenhuma coisa nova aprenderia nos outros do mesmo grau.”
A encarnação
nos diferentes mundos obedece a um critério de progresso moral. Quando, em
determinado planeta, os Espíritos hão realizado a soma de progresso que o
estado desse planeta comporta, eles o deixam para encarnar em outro mais
adiantado, onde poderão adquirir novos conhecimentos.
Os Espíritos
que encarnam em um mundo não se acham, portanto, presos a ele indefinidamente.
Cada mundo é para eles o que escola representa para a criança, que muda de
classe à medida que progride nos seus estudos.
Os Espíritos
elevados são destinados a reencarnar em planetas mais bem dotados que o nosso.
A escala grandiosa dos mundos apresenta inúmeros graus, dispostos para a
ascensão progressiva dos Espíritos, que os devem transpor cada um por sua vez.
Os mundos
também estão sujeitos à lei do progresso. Todos começaram, por um estado inferior e a própria Terra
sofrerá idêntica transformação. Tornar-se-á um paraíso, quando os homens se
houverem tornado bons.”
É assim que
as raças, que hoje povoam a Terra, desaparecerão um dia, substituídas por seres
cada vez mais perfeitos, pois que essas novas raças transformadas sucederão às
atuais, como estas sucederam a outras ainda mais grosseiras. (A.K.)
Falando a
respeito das inumeráveis moradas existentes no Universo infinito, Jesus
afirmou: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo
teria dito. Pois vou preparar-vos o lugar”.
A Terra
pertence à categoria dos mundos de expiação e provas
Segundo a
Doutrina Espírita, os planetas podem dividir-se em cinco categorias principais:
Mundos
primitivos, onde se verificam as primeiras encarnações da alma humana.
Mundos de
expiação e provas, em que o mal predomina.
Mundos
regeneradores, onde as almas que ainda têm o que expiar adquirem novas forças,
repousando das fadigas da luta.
Mundos
felizes, onde o bem supera o mal.
Mundos celestes ou divinos, morada dos Espíritos purificados,
onde o bem reina sem mistura.
A Terra –
assevera Allan Kardec – pertence à categoria dos mundos de expiação e de
provas, e é por isso que nela o homem está exposto a tantas misérias. “Não
obstante – ensina Santo Agostinho – não são todos os Espíritos encarnados na Terra
que se encontram em expiação. As raças que chamais selvagens constituem-se de
Espíritos apenas saídos da infância, e que estão, por assim dizer, educando-se
e desenvolvendo-se ao contato de Espíritos mais avançados. ” (O Evangelho
segundo o Espiritismo, cap. III, item 14.)
Nas esferas
superiores à Terra o império da matéria é menor. Lá se desconhecem as guerras,
carecendo de objeto os ódios e as discórdias, porque ninguém – devido ao estado
de adiantamento da sociedade ali encarnada – pensa em causar dano ao seu
semelhante.
O homem que
vive nesses mundos não mais se arrasta penosamente sob a ação de pesada
atmosfera. Ele se desloca de um lugar a outro com muita facilidade. As
necessidades corpóreas são quase nulas e desconhecidos os trabalhos rudes. Mais
longa que a nossa, a existência ali se passa no estudo, na participação das
obras de uma civilização aperfeiçoada, que tem por base a mais pura moral, o
respeito aos direitos de todos, a amizade e a fraternidade.
A forma humana é comum também aos mundos superiores porém, em
alguns desses mundos o períspirito se torna tão etéreo que para vós é como se
não existisse. Esse o estado dos Espíritos puros.”
A substância do perispírito não é a mesma em todos os mundos.
Passando de um mundo a outro, o Espírito se reveste da
matéria própria desse outro, operando-se, porém, essa mudança com a rapidez do
relâmpago.”
A intuição que seus habitantes têm do futuro, a segurança que
uma consciência isenta de remorsos lhes dá, fazem com que a morte nenhuma
apreensão lhes cause, e eles a encaram de frente, sem temor, como simples
transformação necessária ao processo evolutivo.
Nenhum
pensamento oculto, nenhum sentimento de inveja tem ingresso nessas almas
delicadas. O amor, a confiança, a sinceridade presidem às reuniões em que todos
recolhem as instruções dos mensageiros divinos e onde se aceitam as tarefas que
podem contribuir para elevá-los ainda mais.
A encarnação
de um Espírito em um mundo inferior àquele em que viveu em sua última
existência corpórea pode ocorrer em dois casos:
Como missão,
com o objetivo de auxiliar o progresso, caso em que aceita alegre as
tribulações de tal existência, por lhe proporcionar meio de se adiantar.
Como
expiação, porque há casos em que os Espíritos devem recomeçar, no meio
conveniente à sua natureza, as existências mal empregadas.
Nos mundos
superiores à Terra a forma corpórea é sempre a humana, porém muito mais bela,
aperfeiçoada e sobretudo purificada. O corpo físico nada tem da materialidade
terrestre e, por isso, não está sujeito às necessidades, às doenças e às
deteriorações que a predominância da matéria provoca.
Estudo
Sistematizado da Doutrina Espírita
Fonte: O
Consolador, dezembro 2008
Bibliografia:
O Livro dos
Espíritos, de Allan Kardec, questões 178 e 182.
O Evangelho
Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, capítulo III, itens 2 a 18.
A Gênese, de Allan Kardec, item 28.
O Evangelho
Segundo João, 14:1-3.
Depois da
Morte, de Léon Denis, pp. 221 e 224
Grata por esse esclarecimento, sou budista e realmente é o que temos conhecimento do aperfeiçoamento do Espírito. A evolução = A iluminação.
ResponderExcluirJesus ensinou muito mas foi deturpado a bel prazer do homem.
Estamos evoluindo na infinita bondade do Criador.