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domingo, 19 de março de 2017

“PREPARANDO CRIANÇAS PARA REENCARNAR!”

Existe na espiritualidade um local de amor dedicado ao preparo de espíritos que desencarnaram como crianças e adolescentes e que precisam reencarnar. Esse local é chamado de Lar da criança menino Jesus e está localizado junto à Colônia Esperança, coordenada por Eurípedes Barsanulfo.
Desde 2003 nosso grupo mediúnico tem tido o prazer de poder visitar esse local durante o desdobramento consciente, e temos aprendido muito, além de nos trazer um imenso prazer poder interferir positivamente de alguma forma na vida desses pequenos.
O espírito não tem idade, esse ensinamento é óbvio, mas esses irmãozinhos acolhidos naquela casa de luz, permanecem ainda muito ligados à materialidade do planeta, e a maioria conserva a forma do momento do desencarne. Na sua maioria passaram por processos dolorosos, que buscaram sozinhos, recalcitrando no erro e na dor, ou por processos expiatórios necessários ao desenvolvimento de aspectos específicos, sempre visando a evolução espiritual, nosso desiderato final comum.
Gostaria de trazer dois aspectos que observamos com frequência na assistência amorosa a esses irmãos. Os mentores nos orientam sempre a trabalhar neles a diminuição da culpa e do remorso. Durante o preparo reencarnatório, quando as provações são discutidas e implementadas, o excesso de culpa pode atrapalhar, impondo sofrimentos desnecessários, exatamente como fazemos aqui na Terra, já reencarnados.
Os mestres sempre nos lembram que Deus é um Pai amoroso, misericordioso, e não aquela figura soturna e vingativa apresentada no velho testamento. Aquela interpretação era necessária naquele momento histórico, não mais. Dessa forma, hoje mesmo podemos estar nos sabotando, exigindo de forma muito rígida, atitudes que virão com o tempo, com a perseverança, mas de maneira leve. Temos uma urgência desnecessária em nos corrigir, e nos transformamos nos nossos piores obsessores.
O trabalho no Lar da criança nos mostra que tudo deve ser feito dentro de um equilíbrio. Há tempo de cobrança, de planejamento, de aprendizado, de execução. É Eclesiastes sempre presente nas nossas vidas. Sabedoria de Salomão.
Outro aspecto digno de nota é que todas as crianças sem exceção nos pedem para auxiliá-las a não ter facilidades excessivas. Quando ouvimos isso e vemos como as crianças de hoje são tratadas, fica bem claro o paradoxo. Hoje, criamos crianças folgadas e sem compromisso com a espiritualidade. Porém é exatamente o contrário que elas estão nos pedindo.
Imagine-se como um Pai ou Mãe que permanecesse na espiritualidade enquanto o filho de coração reencarna. O que você desejaria a ela? Suplicaria aos futuros Pais que o orientassem na honestidade e na ética? Pediria que eles tivessem uma orientação religiosa qualquer, sabedores que a vida eterna é a vida espiritual?
Bom, aqui estamos! Cabe a nós fazermos isso no hoje, aqui e agora. Esse é o melhor momento para colocar em prática aquilo que as crianças nos pedem antes de reencarnar. Elas querem ser tratadas com amor, carinho e respeito, mas não pedem facilidades excessivas, ganho sem mérito. Não vamos estragar a programação da espiritualidade, colocando em nossos filhos, sobrinhos, netos e amigos, conceitos que não se coadunam com a vida espiritual.
Vivemos temporariamente na carne, mas com objetivos espirituais. Tudo passará, menos aquilo que conquistarmos em espírito. Quando a situação for boa, desfrute-a. Quando a situação for ruim, transforme-a. Quando a situação não puder ser transformada, transforme-se.
Nilza Garcia

FONTE: MEDICINA E ESPIRITUALIDADE

“COMO AS DORES DOS QUE FICARAM AFETAM OS ESPÍRITOS”?

Como ficamos quando os nossos entes amados se vão e como os afetamos mesmo que indiretamente?
A primeira parte da pergunta é muito fácil de ser respondida: nós ficamos muito tristes. Isso é um fato. Muitos são os sintomas que podem ser vivenciados profundamente por cada um de nós: a saudade bate, arrependimentos se fazem presentes, a culpa por atitudes impensadas martela o nosso coração...
Na maioria das vezes, sentimos um vazio em nossas vidas que, a cada dia, nos faz lembrar que alguém deixou de estar conosco. Então, nós sofremos: sofremos pouco, sofremos muito, sofremos bastante... depende de cada um de nós.
Pensamos o quanto fomos vitimados por aquela situação dolorida que nos arrancou de nosso meio a presença de alguém que nos era muito querido, quase essencial.
Mas, em nosso egocentrismo pensamos que somente nós sentimos saudade. Esquecemos que não existe morte e que, do outro lado da vida, aqueles que são alvo de nossa saudade também a sentem e com intensidade.
Esquecemos que, se eles estão vivos, também estarão sentindo a mesma ausência, a mesma saudade, a mesma dor por terem tido a necessidade de se ausentar de uma vida que, em muitos casos, nem queriam perder.
O interessante, todavia, é que as nossas emoções não se fixam somente em nós, estejamos nós no plano material ou espiritual. O amor nos liga ao ser amado aonde quer que ele se encontre.
Vamos pensar: se estamos o tempo todo em constante ligação energética com quem amamos, imaginem se estivermos (desencarnados) fixados em alguém (encarnado) que está portando sentimento de tristeza, de saudade, de arrependimento e de culpa que foram construídos pela nossa ausência (no desencarne)? Imaginem que pudéssemos sentir tudo isso com muita intensidade! Se não é fácil lidar somente com as nossas dores, imagine nos depararmos com a dor que “provocamos” em alguém que amamos. Pois é o que acontece! Quando estamos no plano extrafísico, as emanações energéticas exacerbadas de nossos entes encarnados chegam a nós com intensidade e são quase audíveis.
Por isso, se amamos a quem se foi, temos que tomar cuidado com os sentimentos que alimentamos. Porque sentir é uma coisa, alimentar esse sentimento é outro bem diferente.
Para todo espírito que desencarna e que se encontra em um equilíbrio razoável (segundo a sua própria evolução), existe uma proteção natural que o isolará dos sentimentos normais de saudade dos entes que ficaram, dando-lhe a oportunidade de uma adaptação à sua nova etapa de vida.
O problema é quando não acontece assim. O espírito pode chegar portando algum nível de desequilíbrio que somado ao fato dos seus entes amados estarem sofrendo devastadoramente, fazem com que ele não consiga lidar bem com o seu retorno às esferas espirituais.
Ele pode sentir que precisa ajudar aos seus e, por uma escolha muito equivocada, desejar estar com eles nas esferas carnais. Imediatamente, ele se desloca para junto dos seus amados, fazendo com que todos entrem num processo prejudicial de influenciação.
Se não ficou claro, eu explico: todo espírito é livre para fazer o que quiser e, no plano espiritual, estará onde ele mais se identifica. Se ele deseja estar com os seus entes queridos, ele poderá se deslocar para junto deles. Mas, o problema é que ele não sabe o que fazer, porque ainda não se adaptou ao plano etéreo.
Então, em decorrência de uma postura de sofrimento exagerada adotada pelos próprios entes encarnados, inicia-se um processo obsessivo destes junto ao desencarnado, escravizando-o e alimentando uma ligação dolorosa de sofrimento mútuo.
Vê-se, portanto, que esse processo de influenciação pode partir dos encarnados. E isso em razão da ignorância daqueles que amam, mas que não conseguem amar livremente. Não conseguem libertar o alvo de seu amor, por acreditar que eles (encarnados) somente serão felizes ao lado daquele que se foi. Não conseguem entender que amar é libertar, é aceitar os desígnios de Deus, quando chega o momento em que os seres que se amam precisam se distanciar por algum tempo. Não acreditam que a ponte de amor que os une é forte para jamais se romper.
 Por isso, precisamos ficar atentos aos nossos sentimentos desequilibrantes, seja para dar alento ao coração daquele amado que se distanciou, seja para que possamos aprender o melhor desse momento doloroso e trazermos paz ao nosso próprio coração.
Por incrível que pareça, a saudade é um sentimento importante em todos os seres, mas que quando em exagero, nos traz sofrimentos incalculáveis.
Se não sentíssemos saudade, não daríamos a devida importância àquela pessoa em nossa vida. Mas, para o nosso próprio bem, cabe a nós compreendermos que essa saudade deve caber em nosso coração. Se for maior do que ele, nos sufocará, bem como sufocará o ente amado que a sentirá com todas as dores construídas por nós e que a ela (saudade) forem somadas.
Portanto, acreditemos que somos capazes de viver a vida com a lembrança saudosa dos nossos entes queridos. Assim, estaremos construindo um futuro de felicidade para nós e para eles, dando-nos a condição de quando chegar a nossa vez de viajar para o outro lado, estejamos aptos para sermos recebidos com louvor por estes seres tão amados.

- Adriana Machado

sábado, 18 de março de 2017

“OS ESPÍRITOS SE AFEIÇOAM DE PREFERÊNCIA A CERTAS PESSOAS? ”

484 - Os Espíritos se afeiçoam de preferência a certas pessoas?
"Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem, ou suscetíveis de se melhorarem. Os Espíritos inferiores com os homens viciosos, ou que podem tornar-se tais. Daí suas afeições, como consequência da conformidade dos sentimentos."
485 - É exclusivamente moral a afeição que os Espíritos votam a certas pessoas?
"A verdadeira afeição nada tem de carnal; mas, quando um Espírito se apega a uma pessoa, nem sempre o faz só por afeição. À estima que essa pessoa lhe inspira pode agregar-se uma reminiscência das paixões humanas."
486 - Interessam-se os Espíritos pelas nossas desgraças e pela nossa prosperidade? Afligem-se os que nos querem bem com os males que padecemos durante a vida?
"Os bons Espíritos fazem todo o bem que lhes é possível e se sentem ditosos com as vossas alegrias. Afligem-se com os vossos males, quando os não suportais com resignação, porque nenhum benefício então tirais deles, assemelhando-vos, em tais casos, ao doente que rejeita a beberagem amarga que o há de curar."
487 - Dentre os nossos males, de que natureza são os de que mais se afligem os Espíritos por nossa causa? Serão os males físicos ou os morais?
"O vosso egoísmo e a dureza dos vossos corações. Daí decorre tudo o mais. Riem-se de todos esses males imaginários que nascem do orgulho e da ambição. Rejubilam com os que redundam na abreviação do tempo das vossas provas."
Sabendo ser transitória a vida corporal e que as tribulações que lhe são inerentes constituem meios de alcançarmos melhor estado, os Espíritos mais se afligem pelos nossos males devidos a causas de ordem moral, do que pelos nossos sofrimentos físicos, todos passageiros.
Pouco se incomodam com as desgraças que apenas atingem as nossas ideias mundanas, tal qual fazemos com as mágoas pueris das crianças.
Vendo nas amarguras da vida um meio de nos adiantarmos, os Espíritos as consideram como a crise ocasional de que resultará a salvação do doente. Compadecem-se dos nossos sofrimentos, como nos compadecemos dos de um amigo. Porém, enxergando as coisas de um ponto de vista mais justo, os apreciam de modo diverso do nosso. Então, ao passo que os bons nos levantam o ânimo no interesse do nosso futuro, os outros nos impelem ao desespero, objetivando comprometer-nos.
488 - Os parentes e amigos, que nos precederam na outra vida, maior simpatia nos votam do que os Espíritos que nos são estranhos?
"Sem dúvida e quase sempre vos protegem como Espíritos, de acordo com o poder de que dispõem."
- São sensíveis à afeição que lhes conservamos?
"Muito sensíveis, mas esquecem-se dos que os olvidam."
Autor

Allan Kardec  O Livro dos Espíritos  

“RELAÇÕES DE ALÉM TÚMULO”

274. As diferentes ordens de Espíritos estabelecem entre elas uma hierarquia de poderes; e há entre eles subordinação e autoridade?
— Sim, muito grande. Os Espíritos têm, uns sobre os outros, a autoridade relativa à sua superioridade. E a exercem por meio de uma ascendência moral irresistível.
274 – a) Os Espíritos inferiores podem subtrair-se à autoridade dos superiores?
— Eu disse: irresistível.
275. O poder e a consideração de que um homem goza na Terra dão-lhe alguma supremacia no mundo dos Espíritos?
— Não; pois os pequenos serão elevados e os grandes, rebaixados. Lê os salmos.
275 – a) Como devemos entender essa elevação e esse rebaixamento?
— Não sabes que os Espíritos são de diferentes ordens, segundo os seus méritos? Pois bem, o maior na Terra pode estar na última classe entre os Espíritos; enquanto o seu servidor estará na primeira. Compreendes isso? Jesus não disse: Quem se humilhar será exaltado e quem se exaltar será humilhado?
276. Aquele que foi grande na Terra e se encontra inferior entre os Espíritos sente humilhação?
— Quase sempre muito grande, sobretudo se era orgulhoso e invejoso.
277. O soldado que, após a batalha, encontra o seu general no mundo dos Espíritos, reconhece-o ainda como seu superior?
— O título não é nada; a superioridade real é tudo.
278. Os Espíritos de diferentes ordens estão misturados?
— Sim e não; quer dizer, eles se veem, mas se distinguem uns dos outros. Afastam-se ou se aproximam segundo a semelhança ou divergência de seus sentimentos, como acontece entre vós. E todo um mundo, do qual o vosso é o reflexo obscuro. Os da mesma ordem se reúnem por uma espécie de afinidade, e formam grupos ou famílias de Espíritos unidos pela simpatia e pelos propósitos; os bons, pelo desejo de fazer o bem; os maus, pelo desejo de fazer o mal, pela vergonha de suas faltas e pela necessidade de se encontrarem entre os seres semelhantes a eles.
Comentário de Kardec: Igual a uma grande cidade, onde os homens de todas as classes e de todas as condições se veem e se encontram, sem se confundirem, onde as sociedades se formam pela similitude de gostos, onde o vicio e a virtude se acotovelam, sem se falarem.
279. Todos os Espíritos têm acesso, reciprocamente, uns junto aos outros?
— Os bons vão por toda parte e é necessário que assim seja, para que possam exercer a sua influência sobre os maus. Mas as regiões habitadas pelos bons são interditadas aos imperfeitos, afim de que não levem a elas o distúrbio das más paixões.
280. Qual é a natureza das relações entre os bons e os maus Espíritos?
— Os bons procuram combater as más tendências dos outros, a fim de os ajudar a subir; e uma missão.
281. Por que os Espíritos inferiores se comprazem em nos levar ao mal?
— Pelo despeito de não terem merecido estar entre os bons. Seu desejo é o de impedir, tanto quanto puderem, que os Espíritos ainda inexperientes atinjam o bem supremo. Querem fazer os outros provarem aquilo que eles provam. Não vedes o mesmo entre vós?
282. Como os Espíritos se comunicam entre si?
— Eles se veem e se compreendem; a palavra é material: é o reflexo da faculdade espiritual. O fluido universal estabelece entre eles uma comunicação constante; é o veículo da transmissão do pensamento, como o ar é para vós o veículo do som; uma espécie de telégrafo universal que liga todos os mundos, permitindo aos Espíritos corresponderem-se de um mundo a outro.
283. Os Espíritos podem dissimular reciprocamente os seus pensamentos; podem esconder-se uns dos outros?
— Não; para eles, tudo permanece a descoberto, principalmente quando são perfeitos. Podem distanciar-se uns dos outros, mas sempre se vêem. Esta não é uma regra absoluta, porque certos Espíritos podem muito bem tornar-se invisíveis para outros, se julgam útil fazê-lo.
284. Como podem os Espíritos, que não têm mais corpo, constatar a própria individualidade e distinguir-se dos outros que os rodeiam?
— Constatam a sua individualidade pelo períspirito, que os torna seres distintos uns para os outros, como os corpos entre os homens.
285. Os Espíritos se reconhecem por terem convivido na Terra? O filho reconhece o pai; o amigo, o seu amigo?
— Sim, e assim de geração a geração.
285 – a) Como se reconhecem no mundo dos Espíritos os homens que se conheceram na Terra?
— Vemos a nossa vida passada e a lemos como num livro. Vendo o passado de nossos amigos e de nossos inimigos, vemos a sua passagem da vida para a morte.
286. A alma, ao deixar os despojos mortais, vê imediatamente os parentes e amigos que a precederam no mundo dos Espíritos?
—Imediatamente, nem sempre; pois, como já dissemos, é-lhe necessário algum tempo para reconhecer o seu estado e sacudir o véu material.
287. Como a alma é recebida, na sua volta ao mundo dos Espíritos?
—A do justo, como um irmão bem-amado e longamente esperado; a do mau, como um ser que se desprega.
288. Que sentimento experimentam o Espíritos impuros, à vista de outro mau Espírito que chega?
— Os maus ficam satisfeitos de verem os seres à sua imagem e como eles privados da felicidade infinita; como acontece, na Terra, a um ladrão entre os seus iguais.
289. Nossos parentes e nossos amigos vêm, às vezes, ao nosso encontro, quando deixamos a Terra?
— Sim, vêm ao encontro da alma que estimam, felicitam-na como no regresso de uma viagem, se ela escapou aos perigos do caminho, e a ajudam a se desprender dos liames corporais. E um favor concedido aos bons Espíritos, quando os que os amam vêm ao seu encontro, enquanto os que estão manchados ficam no isolamento ou cercados somente de Espíritos semelhantes a eles: é uma punição.
290. Os parentes e os amigos reúnem-se sempre após a morte?
— Isso depende de sua elevação e do caminho que seguem para o seu adiantamento. Se um deles está mais adiantado e marcha mais rápido que o outro, não poderão ficar juntos; poderão ver-se algumas vezes, mas não estarão sempre reunidos, a não ser quando possam marchar ombro a ombro, ou quando tiverem atingido a igualdade na perfeição. Além disso, a privação de ver os parentes e amigos é às vezes uma punição
Autor

Allan Kardec   Livro dos Espíritos     

“A MEDIUM ELIS REGINA. CONHEÇA A HISTÓRIA DE ELIS REGINA JUNTO AO ESPIRITISMO.”

Elis Regina era espírita, estudiosa aplicada das obras de Allan Kardec e chegou mesmo a psicografar cartas, além de fazer shows beneficentes em favor de instituições sociais.
Em 1980, e por causa da sua afinidade com o Espiritismo, foi convidada a participar de um programa especial produzido pela TV Globo em 1980 para homenagear Chico Xavier. Nesse programa apresentou a canção No Céu da Vibração, que foi composta Gilberto Gil. Assista ao vídeo indicado abaixo.
Ela não somente estudava a Doutrina Espírita como também frequentava um centro espírita e psicografava. Serviu ainda de ponte para aproximar do Espiritismo outros nomes notáveis da Música Popular Brasileira, como foi o caso de Clara Nunes.
Durante muitos anos foi uma das maiores incentivadoras das obras filantrópicas que o espírita Amaury da Cruz desenvolveu através do Centro Espírita Dr. Leocádio em Curitiba, PR.
Participou de diversos shows em favor de obras sociais, uma contribuição das mais meritórias e que fazia aumentar ainda mais o respeito e carinho que tantos tinham por sua pessoa.
Pelo fato da Doutrina Espiritismo ensinar que o suicídio é um dos mais graves erros que uma pessoa pode cometer contra si mesmo, aqueles que a conheciam bem não acreditam que ela tenha, voluntariamente, posto fim em sua vida através de uma "over dose" de droga.
Conhecida por sua competência vocal, musicalidade e presença de palco, é considerada por muitos críticos a melhor cantora popular do Brasil a partir dos anos 1960 e até o início dos anos 1.980, e a muitos, foi a melhor cantora brasileira de todos os tempos, comparada a celebridades como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Billie Holiday.
Foi a primeira grande artista a surgir dos festivais de música na Década de 1960 e descolava-se da estética da Bossa Nova pelo uso de sua extensão vocal e de sua dramaticidade.
Em 2013 foi eleita a melhor voz feminina da música brasileira pela Revista Rolling Stone.
Foi citada também na lista dos maiores artistas da música brasileira, ficando na 14ª posição, sendo a mulher mais bem colocada.
Morreu precocemente em 1982, com apenas 36 anos de idade, deixando uma vasta obra na música popular brasileira.
Embora haja controvérsias e contestações, os exames comprovaram que havia morrido por conta de altas doses de cocaína e bebidas alcoólicas, e o fato chocou profundamente o país na época.
"Quanto à minha religião, declaro que sou espírita Kardecista" (Elis Regina).

Fonte: Dércio da Conceição https://www.facebook.com/dercio.conceicao.7/posts/1391942874202609

“SIMPATIAS E ANTIPATIAS TERRENA”

Dois seres que se conheceram e se amaram podem encontrar se noutra existência corpórea e se reconhecerem?
– Reconhecerem-se, não; mas serem atraídos um pelo outro sim; e frequentemente as ligações íntimas, fundadas numa afeição sincera, não provem de outra causa. Dois seres se aproximam um do outro por circunstâncias aparentemente fortuitas, mas que são o resultado da atração de dois Espíritos que se buscam através da multidão.
Não seria agradável para eles se reconhecerem?
– Nem sempre. A recordação das existências passadas teria inconvenientes maiores do que acreditais. Apôs a morte eles se reconhecerão e saberão em que tempo estiveram juntos.
A simpatia tem sempre por motivo um conhecimento anterior?
– Não. dois Espíritos que tenham afinidades se procuram naturalmente sem que se hajam conhecido como encarnados .
Os encontros que se dão algumas vezes entre certas pessoas, e que se atribuem ao acaso, não seriam o efeito de uma espécie de relações simpáticas?
– Há, entre os seres pensantes, ligações que ainda não conheceis O magnetismo é a bússola desta ciência, que mais tarde compreendereis melhor.
De onde vem a repulsa instintiva que se experimenta por certas pessoas, a primeira vista?
— Espíritos antipáticos que se percebem e se reconhecem, sem se falarem.
A antipatia instintiva é sempre um sinal de natureza má?
– Dois Espíritos não são necessariamente maus pelo fato de não serem simpáticos. A antipatia pode originar-se de uma falta de similitude do modo de pensar Mas, à medida que eles se elevam, os matizes se apagam e a antipatia desaparece.
A antipatia entre duas pessoas nasce em primeiro lugar naquele cujo Espírito é pior ou melhor?
– Numa e noutra, mas as causas e os efeitos são diferentes. Um Espírito mau sente antipatia por quem quer que o possa julgar e desmascarar; vendo uma pessoa pela primeira vez, percebe que ela vai desaprová-lo; seu afastamento se transforma então em ódio, inveja e lhe inspira o desejo de fazer o mal. O bom Espírito sente repulsa pelo mau porque sabe que não será compreendido por ele e que ambos não participam dos mesmos sentimentos; mas seguro de sua superioridade, não sente contra o outro nem ódio nem inveja: contenta-se em evitá-lo e lastimá-lo.
Autor-Allan Kardec

“AS SETE ESFERAS DA TERRA”

Com fulcro na Bíblia Sagrada e em várias obras da bibliografia espírita e espiritualista, é estabelecido de forma explícita nesse livro que o planeta Terra está convencionalmente dividido em sete dimensões, e essa convenção teve origem no Plano Espiritual. A cada uma delas é atribuído um nome característico, sendo os da primeira e da segunda esferas colhidos, respectivamente, em Apocalipse e na Coleção A vida no Mundo Espiritual – Série André Luiz2 (como veremos no decorrer deste artigo), e os das cinco restantes, no livro Cidade no além.3
O assunto, evidentemente, não constitui maior novidade, mas da forma exótica e até certo ponto confusa pela qual vinha sendo apresentado, principalmente pelas escolas filosóficas orientais, para esta nova formulação simplificadora e lógica, o avanço é muito significativo.
Faremos, a seguir, uma breve incursão em cada uma dessas esferas, lembrando que – para usarmos a terminologia bíblica – algumas são habitadas só por joio, outras por joio e trigo, e outras somente por trigo:
Abismo.
Esta é a primeira e a mais inferior das esferas, só habitada por joio em sua pior condição. A nomenclatura é empregada por João Evangelista, em Apocalipse, 20:1 a 3, quando diz:
Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o, e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. […]
Segundo a Doutrina Espírita, esse ser diabólico chamado Satanás não representa uma entidade tomada individualmente, mas uma falange de Espíritos que se feriram profundamente perante a Lei. Na definição de André Luiz, são:
Espíritos caídos no mal, desde eras primevas da Criação Planetária, e que operam em zonas inferiores da vida, personificando líderes de rebelião, ódio, vaidade e egoísmo; não são,  todavia, demônios eternos, porque individualmente se transformam para o bem, no curso dos séculos, qual acontece aos próprios homens. (Libertação, cap. 8 – Inesperada intercessão, nota 3 do autor espiritual.)
Até as entidades obsessoras, atuantes na Crosta terrestre, denotam conhecer e temer essa formidável região abissal. Quando Jesus ordenou aos Espíritos imundos que saíssem do endemoniado  geraseno, eles lhe rogaram “[…] que não os mandasse sair para o abismo” (Lucas, 8:31). Preferiram a manada de porcos.
Trevas.
 Esta é a segunda esfera, também só habitada por joio, mas em condição mais branda que a dos habitantes do Abismo.
André Luiz estranha, em Nosso lar (cap. 44 – As trevas), a menção feita pelo Governador, em seu discurso, “aos círculos da Terra, do Umbral e das Trevas”, pois ainda não tivera notícia deste último plano. E busca a orientação de Lísias, que informa:
– Chamamos Trevas às regiões mais inferiores que conhecemos. […]
– Naturalmente, como aconteceu a nós outros, você situou como região de existência, além da morte do corpo, apenas os círculos a se iniciarem da superfície do globo para cima, esquecido do nível para baixo. A vida, contudo, palpita na profundeza dos mares e no âmago da terra. […][…] Quem estime viver exclusivamente nas sombras, embotará o sentido divino da direção. Não será demais, portanto, que se precipite nas Trevas, porque o abismo atrai o abismo e cada um de nós chegará ao local para onde esteja dirigindo os próprios passos.
Em outras obras da Série André Luiz, o instrutor Gúbio chama essas regiões habitadas de “precipícios subcrostais” (Libertação, cap. 7 – Quadro doloroso), e o instrutor Jerônimo, de “esferas subcrostais” (Obreiros da vida eterna, cap. 15 – Aprendendo sempre).
Crosta terrestre.
Esta é a terceira esfera, habitada por nós, os Espíritos encarnados, em que já aparece o trigo mesclado ao joio em todos os povos e nações. Essa esfera é de todos nós sobejamente conhecida, por ser nossa morada provisória, dispensando, por isso, maiores considerações. Sobre o Umbral, a esfera que vem logo acima da Crosta, dispomos de ampla e minuciosa descrição na obra luiziana, tão rica de detalhes quanto o poderia desejar o mais exigente pesquisador desses “mistérios” celestiais.
Aqui é de justiça reconhecer que o genial escritor desencarnado fez autêntica revolução neste setor de conhecimento. Lançou jorros de luz sobre essa intrigante região espiritual, como se varresse com potentíssimos holofotes esses sítios tenebrosos. E desmitificou um campo tão próximo à Crosta, de onde os homens só recebiam pálidas e distorcidas imagens (haja vista A divina comédia, de Dante Alighieri), por meio das dissertações teológicas, teosóficas, esotéricas e ocultistas divulgadas no mundo em todos os tempos.
Superando todas essas distorções, temos em André Luiz uma espécie de conspícuo embaixador terrestre enviado por nossa Humanidade a um país limítrofe. Nesse país, ele visita pessoalmente cada região e nos envia circunstanciado relatório, não só expondo com argúcia e suma inteligência seu ponto de vista, mas também colhendo profundos e sérios subsídios dos elevados mentores que o conduzem e esclarecem a cada passo.
Umbral.
Esta é a quarta esfera, que envolve a Crosta terrestre, habitada também por trigo e joio, mas, ao contrário daqui, lá as gramíneas já se encontram separadas: o trigo habitando as cidades amuralhadas e o joio espalhado pela “terra da liberdade” (E a vida continua…, cap. 14 – Novos rumos). A cidade Nosso Lar está situada sobre o Rio de Janeiro, nas regiões superiores do Umbral.
O Umbral, como vemos na citada Série (e, neste parágrafo, apresentado em sinopse), começa em nosso plano e é habitado por milhões de Espíritos que partilham, com as criaturas terrenas, as condições de habitabilidade da Crosta do mundo. Os que habitam suas regiões inferiores apoiam-se na mente encarnada e é pelo pensamento que os homens encontram nessa região os companheiros que afinam com as suas tendências. Funciona como “uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena” [Nosso lar, cap. 12 – O Umbral]. O interesse de seus habitantes inferiores é a conservação do mundo ofuscado e distraído, à força da ignorância defendida e do egoísmo recalcado, adiando-se o Reino de Deus, entre os homens, indefinidamente.
Arte, Cultura e Ciência.
Esta é a quinta esfera, só habitada por trigo em toda a sua envoltura.
Acerca desse quinto orbe, cremos haver encontrado uma ilustrativa página mediúnica de Victor Hugo, psicografada pela médium Zilda Gama. Nesse texto cintilante, o fecundo escritor francês narra o voo cósmico que o instrutor espiritual Alfen levou seu pupilo Paulo (recém-liberto da carne) a fazer pelas esferas superiores da Terra, a fim de prepará-lo, através da visão inebriante dessas regiões divinas, para uma última reencarnação na Crosta. O objetivo dessa viagem espiritual era fortalecer o Espírito Paulo para que, em sua futura e próxima existência na carne, se redimisse, finalmente, de seus derradeiros ônus para com a Lei de Deus.
A narrativa prossegue, minuciosa, descrevendo a amarguíssima existência vivida por Paulo, na França, da qual, finalmente, sai vencedor. Após a desencarnação, levado de volta ao orbe superior pela mão de seu guia espiritual, ele é finalmente apresentado por Alfen à corte celeste como um habitante definitivo daquele plano, um futuro mensageiro celestial.4
Amor fraterno universal.
Esta é a sexta esfera, também só habitada por trigo, mas num estágio superior ao dos habitantes da quinta.
É desse plano verdadeiramente hiperceleste que, sem dúvida, desceu o mensageiro Asclépios, materializando-se no Santuário da Bênção, em Nosso Lar, para uma formosa preleção a seus habitantes. Informa o instrutor Cornélio:
– Pertence Asclépios a comunidades redimidas do Plano dos Imortais, nas regiões mais elevadas da zona espiritual da Terra. Vive muito acima de nossas noções de forma, em condições inapreciáveis à nossa atual conceituação da vida. Já perdeu todo contato direto com a Crosta terrestre e só poderia fazer-se sentir, por lá, através de enviados e missionários de grande poder. Apreciável é o sacrifício dele, vindo até nós, embora a melhoria de nossa posição, em relação aos homens encarnados. Vem aqui raramente. Não obstante, algumas vezes, outros mentores da mesma categoria visitam-nos por piedade fraternal. (Obreiros da vida eterna, cap. 3 – O sublime visitante.)
Diretrizes do planeta.
Esta é a sétima e última esfera, onde certamente o Cristo está entronizado no seio de uma Humanidade cuja altitude evolutiva é por ora inconcebível para nós. E desse refulgente Paraíso celestial, governa esse maravilhoso Organismo de Esferas chamado planeta Terra, que Ele mesmo formou por determinação de Deus.
Quem nos poderia proporcionar alguma informação dessa esfera paradisíaca?
Narcisa, falando da ministra Veneranda, fornece alguns parâmetros do merecimento que o Espírito precisa amealhar para, um dia, ser levado a visitar esse Plano Divino:
[…] É a entidade com maior número de horas de serviço na colônia e a figura mais antiga do Governo e do Ministério, em geral. Permanece em tarefa ativa, nesta cidade, há mais de
duzentos anos. […]
[…] Com exceção do Governador, a ministra Veneranda é a única entidade, em Nosso Lar, que já viu Jesus nas Esferas Resplandecentes, mas nunca comentou esse fato de sua vida espiritual e esquiva-se à menor informação a tal respeito. […] As Fraternidades da Luz, que regem os destinos cristãos da América, homenagearam Veneranda conferindo-lhe a medalha do Mérito de Serviço, a primeira entidade da colônia que conseguiu, até hoje, semelhante triunfo, apresentando um milhão de horas de trabalho útil, sem interromper, sem reclamar e sem esmorecer. […]
[…] Soube que essa benfeitora sublime vem trabalhando, há mais de mil anos, pelo grupo de corações bem-amados que demoram na Terra, e espera com paciência. (Nosso lar, cap. 32 – Notícias de Veneranda.)
Notem a sublimidade da informação dada por Narcisa: “Com exceção do Governador, a ministra Veneranda é a única entidade, em Nosso Lar, que já viu Jesus nas Esferas Resplandecentes”, confirmando assim para nós, que Jesus tem de fato um lugar em que normalmente permanece neste planeta, cercado por seus ministros e assessores – recebendo visitas dos que conseguem adquirir esse merecimento altíssimo –, enquanto governa o planeta a partir dessa esfera, que é a mais elevada dentre as que compõem o globo.
E agora, a pergunta crucial: Qual a importância destas reflexões sobre a vida nas esferas? Um turista precavido, quando se propõe a visitar determinado país procura, com alguma antecedência, estudar sua história, sua geografia, seu povo, sua língua, seus costumes e seus pontos turísticos de maior interesse, a fim de tirar o melhor proveito de sua viagem. Que somos nós, habitantes da Terra, senão turistas forçados em trânsito por esta “hospedaria” chamada Crosta? E nossa passagem por esta pensão é tão rápida que, como diria Kardec, citando o Sr. Jobard, “não vale a pena desfazer as malas”.5
As sete esferas da Terra, nesta nova edição ilustrada, expandida e enriquecida, constitui-se numa preventiva e eficiente carta de navegação cósmica que ofereço fraternalmente a meus irmãos de jornada para auxiliá-los em seus próximos passos pela esteira do Infinito.
REFERÊNCIAS:
1KARDEC, Allan. O céu e o inferno. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2016. cap. 3 – O céu.
2No bojo do artigo, os livros citados com capítulos são da Coleção A vida no Mundo Espiritual (Série André Luiz), recebidos por Francisco Cândido Xavier e publicados pela FEB Editora, os grifos são do autor.
3XAVIER, Francisco C.; CUNHA, Heigo-rina. Cidade do além. Pelos Espíritos André Luiz e Lucius. 9. ed. Araras (SP): IDE, 1987.
4GAMA, Zilda. Na sombra e na luz. Pelo Espírito Victor Hugo. 1. ed. 2. imp. Brasília: FEB, 2014. livro 2– Na escola do Infinito e livro 5 – O homem astral.
5KARDEC, Allan. Revista Espírita: jornal de estudos psicológicos. ano 1, n. 7, jun. 1858, p. 356. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 5. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2014.

 Revista Reformador - Federação Espírita Brasileira 2014

“EU SOU O MÉDICO DAS ALMAS. ”

Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos e assistem os seus irmãos são bem-amados meus. Instruí-vos na preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas e vos mostra o sublime objetivo da provação humana. Assim como o vento varre a poeira, que também o sopro dos Espíritos dissipe os vossos despeitos contra os ricos do mundo, que são, não raro, muito miseráveis, porquanto se acham sujeitos a provas mais perigosas do que as vossas. Estou convosco e meu apóstolo vos instrui. Bebei na fonte viva do amor e preparai-vos, cativos da vida, a lançar-vos um dia, livres e alegres, no seio daquele que vos criou fracos para vos tornar perfectíveis e que quer modeleis vós mesmos a vossa maleável argila, a fim de serdes os artífices da vossa imortalidade.
Sou o grande médico das almas e venho trazer-vos o remédio que vos há de curar. Os fracos, os sofredores e os enfermos são os meus filhos prediletos. Venho salvá-los. Vinde, pois, a mim, vós que sofreis e vos achais oprimidos, e sereis aliviados e consolados. Não busqueis alhures a força e a consolação, pois que o mundo é impotente para dá-las. Deus dirige um supremo apelo aos vossos corações, por meio do Espiritismo. Escutai-o. Extirpados sejam de vossas almas doloridas a impiedade, a mentira, o erro, a incredulidade. São monstros que sugam o vosso mais puro sangue e que vos abrem chagas quase sempre mortais. Que, no futuro, humildes e submissos ao Criador, pratiqueis a sua lei divina. Amai e orai; sede dóceis aos Espíritos do Senhor; invocai-o do fundo de vossos corações. Ele, então, vos enviará o seu Filho bem-amado, para vos instruir e dizer estas boas palavras: Eis-me aqui; venho até vós, porque me chamastes.
Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que lha pedem. Seu poder cobre a Terra e, por toda a parte, junto de cada lágrima colocou ele um bálsamo que consola. A abnegação e o devotamento são uma prece continua e encerram um ensinamento profundo. A sabedoria humana reside nessas duas palavras. Possam todos os Espíritos sofredores compreender essa verdade, em vez de clamarem contra suas dores, contra os sofrimentos morais que neste mundo vos cabem em partilha. Tomai, pois, por divisa estas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõem. O sentimento do dever cumprido vos dará repouso ao espírito e resignação. O coração bate então melhor, a alma se asserena e o corpo se forra aos desfalecimentos, por isso que o corpo tanto menos forte se sente, quanto mais profundamente golpeado é o espírito.

"O Espírito de Verdade"

sexta-feira, 17 de março de 2017

"AS IMPLICAÇÕES ESPIRITUAIS DO CONSUMO DE DROGAS."

I— Introdução:
Um dos problemas mais graves da sociedade humana, na atualidade, é o consumo indiscriminado e, cada vez mais crescente, das drogas por parte não só dos adultos, mas, também, dos jovens e lamentavelmente até das crianças, principalmente nos centros urbanos das grandes cidades.
A situação é tão preocupante, que cientistas de várias partes do Planeta, reunidos, chegaram à seguinte conclusão: “Os viciados em drogas de hoje podem não só estar pondo em risco seu próprio corpo e sua mente, mas fazendo uma espécie de roleta genética, ao projetar sombras sobre os seus filhos e netos ainda não

nascidos. ”
Diante de tal flagelo e de suas terríveis consequências, não poderia o Espiritismo, Doutrina comprometida com o crescimento integral da criatura humana na sua dimensão espírito-matéria, deixar de se associar àqueles segmentos da sociedade que trabalham pela preservação da vida e dos seus ideais superiores, em seus esforços de erradicação de tão terrível ameaça.
O efeito destruidor das drogas é tão intenso que extrapola os limites do organismo físico da criatura humana, alcançando e comprometendo, substancialmente, o equilíbrio e a própria saúde do seu corpo perispiritual. Tal situação, somada àquelas de natureza fisiológica, psíquica e espiritual, principalmente as relacionadas com as vinculações a entidades desencarnadas em desalinho, respondem, indubitavelmente, pelos sofrimentos, enfermidades e desajustes emocionais e sociais a que vemos submetidos os viciados em drogas.
Em instantes tão preocupantes da caminhada evolutiva do ser humano em nosso planeta, cabe a nós, espíritas, não só difundir as informações antidrogas que nos chegam do plano espiritual benfeitor que nos assiste, mas, acima de tudo, atender aos apelos velados que esses amigos espirituais nos enviam, com seus informes e relatos contrários ao uso indiscriminado das drogas, no sentido de envidarmos esforços mais concentrados e específicos no combate às drogas, quer no seu aspecto preventivo, quer no de assistência aos já atingidos pelo mal.
II - A ação das drogas no perispírito
Revela-nos a ciência médica que a droga, ao penetrar no organismo físico do viciado, atinge o aparelho circulatório, o sangue, o sistema respiratório, o cérebro e as células, principalmente as neuroniais.
Na obra “Missionários da Luz” – André Luiz ( pág. 221 – Edição FEB), lemos: “O corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. O sangue é elemento básico de equilíbrio do corpo perispiritual.” Em “Evolução em dois Mundos”, o mesmo autor espiritual revela-nos que os neurônios guardam relação íntima com o perispírito.
Comparando as informações dessas obras com as da ciência médica, conclui-se que a agressão das drogas ao sangue e às células neuroniais também refletirá nas regiões correlatas do corpo perispiritual, em forma de lesões e deformações consideráveis que, em alguns casos, podem chegar até a comprometer a própria aparência humana do perispírito. Tal violência concorre até mesmo para o surgimento de um acentuado desequilíbrio do Espírito, uma vez que “o perispírito funciona, em relação a esse, como uma espécie de filtro na dosagem e adaptação das energias espirituais junto ao corpo físico e vice-versa.
Por vezes o consumo das drogas se faz tão excessivo, que as energias, oriundas do perispírito para o corpo físico, são bloqueadas no seu curso e retornam aos centros de força.
III - A ação dos espíritos inferiores junto ao viciado.
Esta ação pode ser percebida através das alterações no comportamento do viciado, dos danos adicionais ao seu organismo perispiritual, já tão agredido pelas drogas, e das consequências futuras e penosas que experimentará quando estiver na condição de espírito desencarnado, vinculado a regiões espirituais inferiores.
Sabemos que, após a desencarnação, o Espírito guarda, por certo tempo, que pode ser longo ou curto, seus condicionamentos, tendências e vícios de encarnado. O Espírito de um viciado em drogas, por exemplo, em face do estado de dependência a que ainda se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga. Somente a forma de satisfazer seu desejo é que varia, já que a condição de desencarnado não lhe permite proceder como quando na carne. Como Espírito precisará vincular-se à mente de um viciado, de início, para transmitir-lhe seus anseios de consumo da droga, posteriormente, para saciar sua necessidade, valendo-se para tal do recurso da vampirização das emanações tóxicas impregnadas no perispírito do viciado, ou da inalação dessas mesmas emanações quando a droga estiver sendo consumida.
“O Espírito de um viciado em drogas, em face do estado de dependência a que se acha submetido, no outro lado da vida, sente o desejo e a necessidade de consumir a droga.”
Essa sobrecarga mental, indevida, afeta tão seriamente o cérebro, a ponto de ter suas funções alteradas, com consequente queda no rendimento físico, intelectual e emocional do viciado. Segundo Emmanuel, “o viciado, ao alimentar o vício dessas entidades que a ele se apegam, para usufruir das mesmas inalações inebriantes, através de um processo de simbiose em níveis vibratórios, coleta em seu prejuízo as impregnações fluídicas maléficas daquelas, tornando-se enfermiço, triste, grosseiro, infeliz, preso à vontade de entidades inferiores, sem o domínio da consciência dos seus verdadeiros desejos”.
IV — Contribuição do Centro Espírita no trabalho antidrogas desenvolvidas pelos Benfeitores Espirituais.
As Casas Espíritas, como Pronto-Socorro espirituais, muito podem contribuir com os Espíritos Superiores no trabalho de prevenção e auxílio às vítimas das drogas nos dois lados da vida. Com certeza, esta contribuição poderia ocorrer através de medidas que, no dia-a-dia da instituição:
Um incentivo cada vez mais constante às atividades de evangelização da infância e da juventude, principalmente com sua implantação, caso a Instituição ainda não o tenha implantado.
Estimular seus frequentadores, em particular a família do viciado em tratamento, à prática do Evangelho no Lar. Estas pequenas reuniões, quando realizadas com o devido envolvimento e sinceridade de propósitos, são fontes sublimes de socorro às entidades sofredoras, além, naturalmente, de concorrer para o estreitamento dos laços afetivos familiares, o que decerto estimulará o viciado, por exemplo, a perseverar no seu propósito de libertar-se das drogas ou a dar o primeiro passo nesse sentido.
Preparar devidamente seu corpo mediúnico para o sublime exercício da mediunidade com Jesus, condição essencial ao socorro às vítimas das drogas, até mesmo as desencarnadas.
No diálogo fraterno com o viciado e seus familiares, sejam-lhes colocados à disposição os recursos socorristas do tratamento espiritual: passe, desobsessão, água fluidificada e reforma íntima. Criar, no trabalho assistencial da Casa, uma atividade que enseje o diálogo, a orientação, o acompanhamento e o esclarecimento, com fundamentação doutrinária, ao viciado e a seus familiares.
V - Conclusão
Diante dos fatos e dos acontecimentos que estão a envolver a criatura humana, enredada no vício das drogas, geradoras de tantas misérias morais, sociais, suicídios e loucuras, nós, espíritas, não podemos deixar de considerar essa realidade, nem tampouco deixar de concorrer para a erradicação desse terrível flagelo que hoje assola a Humanidade. Nesse sentido, urge que intensifiquemos e aprimoremos cada vez mais as ações de ordem preventiva e terapêutica, já em curso em nossas Instituições, e que, também, criemos outros mecanismos de ação mais específicos nesse campo, sempre em sintonia com os ensinamentos do Espiritismo e seu propósito de bem concorrer para a ascensão espiritual da criatura humana às faixas superiores da vida.
Xerxes Pessoa De Luna

(Reformador – Março/98, páginas 86 e 87)

"MAGIA DE AMARRAÇÃO"

A chamada “magia de amarração” é muito comum e abundantemente praticada nos dias de hoje. Esse é o famoso “Trago a pessoa amada em três dias”. Já tive a oportunidade de presenciar os estragos psicológicos que o uso abusivo deste tipo de magia pode acarretar a certas pessoas. Sem qualquer exagero, já pude perceber vidas serem devastadas por conta de escolhas absolutamente irresponsáveis e impensadas de algumas pessoas imaturas.
Esses efeitos negativos ocorrem tanto para quem sofreu as consequências da magia quanto para aqueles que as fizeram. Porém, é preciso mencionar que a magia negra pega com muito mais facilidade naqueles que possuem um karma negativo com práticas mágicas de natureza sombria em vidas passadas.
A magia de amarração consiste no uso de entidades espirituais trevosas que, ao receberem algum tipo de favor de um encarnado, quase sempre relacionado a doação de energias, são enviadas à vítima e começam um processo de assédio. Esse assédio tem como objetivo fazer com que a vítima sinta falta da pessoa que encomendou o trabalho. Há, sem dúvida, uma forte influência neste sentido. No entanto, uma pessoa com energias equilibradas e elevadas pode resistir a esse arraste, não ceder a essas influências e fazer os espíritos desistirem do seu intento. Em outros casos, uma pessoa pode sucumbir ao poder mental destas entidades sombrias e, de fato, voltar à pessoa que encomendou a magia.
Certa vez soube de um caso de uma jovem que fez a magia de amarração para que o ex-namorado reatasse com ela. Em seu relato, ela disse:
“Depois que fiz a magia de amarração, meu ex-namorado voltou comigo. Como eu já não queria mais nada com ele, eu o rejeitei. Ele ficou arrasado com isso. No entanto, após alguns meses parece que tudo na minha vida começou a desabar. Perdi meu emprego, meus amigos se afastaram, minha família não me deu suporte e hoje estou morando de favor na casa de uma amiga. Comecei a ter uma depressão que não passa e me sinto completamente perdida. Tenho a impressão de que a depressão e tudo o mais que se sucedeu é obra de uma obsessão espiritual decorrente dos espíritos sombrios que foram utilizados na magia de amarração.”
Esse é apenas um de muitos exemplos de pessoas que destruíram suas vidas após realizarem a magia de amarração. O karma desse tipo de magia é pesadíssimo, e pode se abater sobre a pessoa ainda na vida atual ou nas vidas futuras.
Já vi muitos casos de pessoas que sofreram o assédio dos espíritos desse tipo de magia. Um deles me contou que começou a se sentir muito mal após iniciar o namoro com uma moça. Ele queria terminar com ela, mas não conseguia. Contava que só a simples ideia de terminar o relacionamento já despertava nele um vazio tão grande, uma tristeza tão profunda, que logo ele desistia. Quando estava longe da moça, sentia muita falta dela. Mas não era uma saudade de gostar e desejar que o outro esteja ao nosso lado, era uma ânsia, uma necessidade, que aparecia junto com uma carência profunda, uma sensação de que ele precisava estar com ela, caso contrário, sentia-se mal. Esse caso é um exemplo dos sentimentos experimentos por aqueles que sofrem a obsessão dessas entidades que fazem a amarração.
Através da Terapia de Vidas Passadas, é possível desfazer esse tipo de trabalho, mas esse conhecimento é algo que raramente é encontrado em livros, e os profissionais, em sua maioria, desconhecem estas técnicas. Além disso, um profissional despreparado pode facilmente cair numa rede de obsessão e começar a sofrer efeitos diversos decorrentes do assédio desses mesmos espíritos.
De qualquer forma, é mais importante tratar o karma mágico da pessoa e o karma da relação espiritual de ambos do que usar técnicas “eficientes” para se desfazer a magia de amarração. O que prende uma pessoa a outra e abre espaço para magias e obsessões é a ligação kármica de ambos. Tão logo se trata esse karma, é possível que a pessoa se liberte de qualquer tentativa de controle psíquico da outra.
Portanto, ninguém deve praticar a magia de amarração. É necessário respeitar o livre arbítrio da outra pessoa, da mesma forma que desejamos que nossas escolhas sejam respeitadas. As consequências kármicas de tais atos são imensas. A pessoa que hoje se utiliza da amarração sentirá o mesmo que provocou no outro, as mesmas emoções, os mesmos sintomas, e pode mergulhar numa grave depressão.
Muitas pessoas não sabem, mas quando utilizamos espíritos sombrios para realizar nossos objetivos e conquistar coisas e pessoas, ficamos à mercê destes mesmos espíritos no futuro. Fazer amarração é como fazer um pacto sombrio com eles. Esse pacto nos prende karmicamente a essas entidades e depois elas retornam e passam a nos obsediar. É como se os portais de nossa consciência ficassem abertos para eles e nos tornamos presas fáceis de suas influências nefastas.
Isso pode se estender por toda a nossa vida e também até para as próximas vidas. Isso ocorre não apenas na magia de amarração, mas em outras formas de magia negra. É muito comum o encarnado acreditar que controla os espíritos, quando na verdade os espíritos sombrios é que passam a controla-lo. Ele passa a ser apenas um servo, uma marionete, um peão para essas entidades, que passam a usa-lo para atingir as finalidades mais obscuras.

(Hugo Lapa)

quinta-feira, 16 de março de 2017

“A PERTURBAÇÃO QUE SE SEGUE A SEPARAÇÃO DO ESPÍRITO E DO CORPO É IGUAL PARA TODOS OS ESPÍRITOS. ?”

A perturbação que se segue à separação do Espírito e do corpo é igual para todos os Espíritos?
Também é uma pergunta (164) contida no Livro dos Espíritos. Eis a resposta: "Não; depende da elevação de cada um. Aquele que já está purificado se reconhece quase imediatamente, pois que se libertou da matéria, antes que cessasse a vida do corpo, enquanto que o homem carnal, aquele cuja consciência ainda não está pura, guarda por muito mais tempo a impressão da matéria."
E a questão 165 aprofunda o assunto: "Por ocasião do desencarne, tudo, a princípio, é confuso. De algum tempo precisa a alma para entrar no conhecimento de si mesma. Ela se acha como que aturdida, no estado de uma pessoa que despertou de profundo sono e procura orientar-se sobre a sua situação. A lucidez das ideias e a memória do passado voltam, à medida que se apaga a influência da matéria (corpo) que ela acaba de abandonar, e à medida que se dissipa a espécie de névoa que lhe obscurece os pensamentos.
Muito variável é o tempo que dura a perturbação que se segue à morte. Pode ser de algumas horas, como também de muitos meses e até de muitos anos. Aqueles que, desde quando ainda viviam na Terra, se identificaram com o estado futuro que os aguardava, são os que compreendem imediatamente a posição em que se encontram.
Aquela perturbação apresenta circunstâncias especiais, de acordo com os caracteres dos indivíduos e, principalmente, com o género de desencarne. Nos casos de desencarne violento, por suicídio suplício, acidente, apoplexia, ferimentos, etc, o Espírito fica surpreendido, espantado e não acredita estar desencarnado. Obstinadamente sustenta que não o está. No entanto, vê o seu próprio corpo, reconhece que esse corpo é seu, mas não compreende que se ache separado dele.
Acerca-se das pessoas a quem estima, fala-lhes e não percebe por que elas não o ouvem. Semelhante ilusão se prolonga até ao completo desprendimento do perispírito. Só então o Espírito se reconhece como tal e compreende que não pertence mais ao número dos vivos.
Este fenômeno se explica facilmente. Surpreendido de improviso pela morte, o Espírito fica atordoado com a brusca mudança que nele se operou; considera ainda o desencarne como sinônimo de destruição, de aniquilamento. Ora, porque pensa, vê, ouve, tem a sensação de não estar desencarnado. Mais lhe aumenta a ilusão, o fato de se ver com um corpo semelhante, na forma, ao precedente, mas cuja natureza etérea ainda não teve tempo de estudar.
Observa-se então o singular espetáculo de um Espírito assistir ao seu próprio enterramento como se fora o de um estranho, falando desse ato como de coisa que lhe não diz respeito, até ao momento em que compreende a verdade.
A perturbação que se segue à morte nada tem de penosa para o homem de bem, que se conserva calmo, semelhante em tudo a quem acompanha as fases de um tranquilo despertar. Para aquele cuja consciência ainda não está pura, a perturbação é cheia de ansiedade e de angústias, que aumentam à proporção que ele da sua situação se compenetra.
Nos casos de desencarne coletivo, tem sido observado que todos os que perecem ao mesmo tempo nem sempre tornam a ver-se logo. Presas da perturbação que se segue à morte, cada um vai para seu lado, ou só se preocupa com os que lhe interessam."
Fonte: A Casa do Espiritismo

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𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...