Vários são
os porquês que ainda nos incomodam no dia-a-dia, principalmente os relativos à
vida. Muitos dos que creem em Deus não conseguem entender o motivo de tantas
desarmonias na sociedade. Por que existem tantas pessoas que sofrem, que
parecem ser perseguidas pelo azar, enquanto para outras a vida se mostra mais
fácil? Por que existem crianças que nascem doentes, enquanto outras vêm ao
mundo sadias? Por que muitas vezes o indivíduo mal-intencionado tem mais
oportunidades na vida do que aquele que parece ser honesto? Algumas respostas
surgem aqui e acolá: "Tudo é obra do destino de cada um"; "Saúde
e doença são explicadas pela genética"; "É a vontade de Deus, por
isso fulano sofre". São opiniões, apenas opiniões. Para aqueles que creem
na justiça e bondade de Deus, elas são incompletas, vagas e sem fundamentos. Se
acreditamos na existência de Deus, justo e superior a tudo e a todos, temos que
entender porquê acontecem essas diferenças, sem que Ele esteja cometendo
injustiças. Somente afirmar que Deus é Pai e sabe o que faz, não satisfaz o
raciocínio do século XX. Deus não cria mistérios para seus filhos. Pelo
contrário, deu a eles a inteligência para discernir o certo do errado, tirando
as próprias conclusões. Se acreditarmos no "destino", este não pode
ser obra do acaso. Alguém estaria pré-estabelecendo a vida. Fazendo uns bons e
outros maus, Deus estaria sendo autoritário, coisa inconcebível ao Criador do
Universo. Quanto ao fator genético, sabemos cientificamente que ele influi na
organização funcional e anatômica do homem. Mas, não deixa de ser uma Lei da
Natureza e, como tal, também criada por Deus. O homem não cria nada. Só
descobre as maravilhas do mundo que o cerca. Analisando essas colocações,
concluímos que Deus está por detrás de tudo o que acontece na vida. Ele rege a
atuação da justiça através de uma Lei superior, chamada Lei de Causa e Efeito
ou Ação e Reação. Ela é colocada em prática através das reencarnações. Na visão
espírita, a reencarnação é a oportunidade que Deus concede aos seus filhos para
que possam reparar seus erros, próprios da imperfeição humana. Há religiões
sérias que acreditam que depois da morte a pessoa boa irá para o Céu, e a má
para o Inferno, sofrendo penas ou gozos eternos. Há outras, também
respeitáveis, que creem que após a morte, a alma permanecerá no túmulo,
esperando o chamado Juízo Final, quando então será julgada pelos bons ou maus
atos praticados. Mas, num mundo como a Terra, onde o bem e o mal se confundem,
devido à miserabilidade cultural, como afirmar que uma pessoa é totalmente má?
Ou então, quem de nós ousaria, defronte ao espelho, dizer: não tenho pecados,
nunca os cometi? Jesus Cristo, nos Evangelhos, questionou-nos sobre isso na
passagem da mulher adúltera; e, segundo a história, ninguém teve a coragem de
se dizer sem erros. Portanto, é impossível que com uma média de 70 anos de
vida, consigamos atingir um estado tal de nos dizermos dignos do Céu. Com
relação aos condenados ao Inferno, façamos uma comparação: se você é pai e seu
filho cometer um erro, você lhe chamará a atenção. Se ele persistir no erro,
poderá puni-lo. Não com o intuito de que ele sofra por sofrer, mas para que,
através da punição, aprenda o modo correto de viver. Como pai, você nunca o
condenaria para sempre, por ele ter cometido uma falha própria de sua
inexperiência. Por que, então, Deus daria só uma chance de iluminação aos seus
filhos? Lembremos Jesus: “Se vós, pois, sendo maus, sabei dar boas coisas aos
vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhos
pedirem?” (Mateus cap.7: vers.11). Através da reencarnação o Espírito vive
muitas vidas, passando por provas e por oportunidades de corrigir os erros
cometidos no passado. Na Sua justiça, Deus não nos condena a sofrermos
eternamente por causa dos erros. Dá-nos a oportunidade de repará-los por nós
mesmos. Assim, entenderemos, com conhecimento de causa, que a prática do bem
nos traz felicidade; enquanto a do mal, com certeza nos levará, cedo ou tarde,
ao sofrimento. Deus nos dá a liberdade de agir como quisermos. O destino estará
sendo traçado por tudo o que nós fizermos. Viveremos bem ou mal, sadios ou
doentes, felizes ou tristes, de acordo com nossas atitudes. A plantação é
livre; porém, a colheita obrigatória. Tudo em perfeita harmonia com a Justiça
Divina. Por que não nos lembramos de outras vidas? Dizem os Espíritos que a
lembrança do passado, durante nossa existência atual, poderia exaltar nosso
orgulho, trazer-nos humilhações ou mesmo impedir nossas atitudes. Deus apenas
nos dá ligeiras recordações das vidas anteriores, como: inclinações para tal
atividade, gostos apropriados, aptidões inatas e mesmo alguns lampejos de
memória do pretérito. Às vezes, ao encontrarmos alguém pela primeira vez, temos
a impressão de conhecê-lo há muito tempo, gerando uma simpatia ou antipatia
instantânea. A Doutrina Espírita afirma que o Espírito nunca regride moral e
intelectualmente. Ou estaciona ou evolui. Portanto, basta vermos nossas
atitudes atuais para termos ideia do que fomos e tomarmos consciência do que
precisamos ser. Ao desencarnarmos (a morte do corpo material) e chegarmos no
mundo espiritual - chamado por Jesus de verdadeira vida -, nosso Espírito irá
rever algumas de suas vidas passadas e compreenderá o porquê das dificuldades
da última existência. Absorverá toda a experiência para chegar ao progresso
almejado. Reencarnação, portanto, é sinônimo de justiça e bondade de Deus.
Façamos nossa parte, procurando sermos melhores hoje do que fomos no dia de
ontem. Com certeza, a vida nos sorrirá com mais frequência, abrindo-nos novos
horizontes, sem as dores e frustrações atuais. O por quê da dificuldade de
muitas religiões e, consequentemente, seus seguidores não acreditarem ou
lidarem com a Reencarnação deve-se à ação do Imperador Justiniano no ano 553
d.C. de conclamar o Concílio de Constantinopla, convidando apenas os bispos
não-reencarnacionistas, e decretando que Reencarnação não existe, influenciado
por sua esposa Teodora, ex-cortesã, filha de um guardador de ursos do
anfiteatro de Bizâncio, que, para libertar-se de seu passado, mandou matar
antigas colegas e para não sofrer as consequências dessa ordem cruel em uma
outra vida como preconiza a lei do Karma, empenhou-se em suprimir a magnífica
Doutrina da Reencarnação. Esse Concílio não passou de um encontro que
excomungou e maldisse a doutrina da preexistência da alma, com protestos do
Papa Virgílio, sequestrado e mantido prisioneiro de Justiniano por 8 anos por
ter-se recusado a participar desse Concílio. Dos 165 bispos presentes, 159 eram
não-reencarnacionistas, e tal fato garantiu a Justiniano os votos de que
precisava para decretar que Reencarnação não existe. E assim a Igreja Católica
tornou-se uma igreja não-reencarnacionista e, mais tarde, as suas dissidências
levaram consigo esse dogma lá estabelecido. Com o predomínio, no Ocidente,
dessas igrejas não-reencarnacionistas, criou-se no Consciente Coletivo
ocidental a ideia de que Reencarnação não existe. Isso representou um dos
maiores atrasos da história da humanidade que, até hoje, reflete-se, pois temos
ciências, como a Psicologia e a Psiquiatria, que limitam-se apenas à vida
atual, ignorando todo um material de estudo e análise, do nosso passado,
escondido em nosso Inconsciente. E é aí que estamos indo, seguindo a orientação
do Dr. Freud. Entrando no Inconsciente das pessoas encontra-se a Reencarnação.
Isso é religião? Não, isso é pesquisa científica, isso é a emergência de uma
nova Psicologia e uma nova Psiquiatria. Você pode acreditar ou não na lei da
reencarnação, mas, se esta vida fosse o começo e o fim da existência humana,
seria impossível conciliar as desigualdades da vida com a justiça divina. Por
que um homem nasce em família rica, enquanto outra criança chega a um lar
paupérrimo, apenas para morrer de fome? Por que uma pessoa tem saúde suficiente
para viver cem anos, enquanto outra está sempre doente? Por que os esquimós
nascem no gélido norte e outros povos em países temperados, onde a luta pela
sobrevivência é mais fácil? Por que alguns bebês nascem cegos ou mortos? Por
quê? Por quê? Por quê? Se você fosse Deus, faria coisas tão injustas? De que
adiante ler e viver de acordo com as escrituras, se a vida é predestinada por
um Deus caprichoso que, deliberadamente, cria seres com corpos ou cérebros
imperfeitos? Segundo a lei de causa e efeito, a toda ação corresponde uma
reação proporcional. Portanto, tudo o que está acontecendo conosco agora deve
ser resultado de algo que fizemos anteriormente. Se nada existe nesta vida que
justifique as circunstâncias atuais, a conclusão inevitável é a de que a causa
foi posta em movimento em alguma época anterior, ou seja, em alguma existência
humana passado. Seus estados de ânimo e características mais fortes não
começaram com este nascimento; estabeleceram-se em sua consciência muito antes
disso. Assim, podemos compreender porque algumas pessoas mostram, desde a
primeira infância, certas fraquezas ou talentos específicos. Podemos
compreender também como a vida perfeita de Jesus na Terra foi resultado de
diversas encarnações prévias, nas quais ele foi desenvolvendo o autodomínio.
Sua vida milagrosa como o Cristo foi consequência de muitas vidas anteriores de
aprendizagem espiritual. Ele se tornou um avatar, uma encarnação divina porque,
em vidas passadas, como ser humano comum, combateu as tentações da carne e
venceu. Seu exemplo oferece esperança definitiva ao resto da humanidade. Do
contrário, que oportunidade teríamos? Se Deus tivesse enviado anjos para
ensinar-nos, eu diria: "Senhor, por que não me criaste anjo? Como posso
imitar seres que foram criados perfeitos e que não tiveram experiência com as
provações e tentações que Tu me deste?". Como ideal, precisamos de um ser
essencialmente igual a nós. Jesus teve que enfrentar tentações. "Afasta-te
Satã", disse ele. E venceu. Se jamais tivesse conhecido a tentação, sua
ordem teria sido uma encenação, e como isso poderia nos inspirar? Embora já
tivesse vencido a carne em outras vidas, teve que sentir essa fraqueza
novamente na encarnação como Jesus para mostrar à humanidade, por meio de sua
vitória, a altura espiritual que havia alcançado e, como seu exemplo, dar
coragem a todos os homens."
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sábado, 11 de fevereiro de 2017
“NASCER EM PAÍSES EM GUERRA É CARMA? ”
Por incrível
que pareça, pensamos que viver em um país em guerra seria um carma da
coletividade; que aquelas pessoas estão ali para pagarem por seus erros de
outrora, mas não é só isso.
Primeiro,
temos que lembrar que quem começa uma guerra o faz por sua simples escolha.
Seja o presidente de uma nação, seja o povo que o incita, tudo começou por uma
escolha. E continua, pela execução de novas escolhas.
Essas
escolhas estão intimamente relacionadas a nossa forma de enxergar a vida, aos
nossos conceitos e preconceitos, às nossas crenças. Assim, da mesma forma que
Deus não programou, no pretérito, as guerras mundiais e as guerras santas,
estas e as que existem ainda hoje são um reflexo da nossa humanidade ignorante
que não aceita as diferenças, que não tolera ser contrariada.
Então,
quando a guerra é proclamada, a partir dessa escolha humana, a Providência
Divina agirá para que os reflexos dessa escolha insensata sejam úteis para os
que nela viverem as suas experiências. Daí, começa uma mistura de carmas e
escolhas.
Muitos
poderão pedir para vir neste território em conflito para poderem superar as
mazelas que acreditam ser portadores; muitos poderão vir para enfrentar a si
mesmos e superar os seus traumas; muitos que não necessitam experienciar por
muito tempo a dor da guerra, se verão com coragem para sair daquele território
que já foi o seu lar e buscar conforto no território alheio; muitos se
colocarão como voluntários divinos na tarefa de conscientização e conforto aos
que lá já se encontram.
Mas,
precisamos entender que a guerra em si não modifica ninguém. Ela é somente um
fato que pode impulsionar uma possível mudança, positiva ou negativa, segundo a
vontade daquele ser humano que nela vivencia ou vivenciou as suas dores.
Temos visto
as duas faces da guerra, as duas formas que o povo, a ela submetido, reage:
uma, em que a busca e a conscientização da paz se torna meta de vida e, outra,
onde a vingança é a aplicação da justiça contra os seus algozes. Qualquer uma
dessas metas pode ser absorvida pelo povo em conflito ou mesmo por toda a
humanidade que, num mundo globalizado, acompanha os terríveis reflexos da
guerra alheia.
Porque ainda
existem essas guerras se já passamos por tantos conflitos que deveriam ter
ensinado algo à humanidade? Porque somos pessoas que tem aprendizados únicos e
particulares, e estes nos levam a caminhos únicos e particulares escolhidos por
nós a cada experiência. Lembrando que, hoje, no patamar evolutivo que temos,
poucos são aqueles que são obrigados a reencarnar compulsoriamente, então,
quando ao reencarnarmos, por exemplo, nos colocamos para vivenciarmos um
momento de conflito, temos em nós a vontade de superarmos as nossas tendências
violentas através de uma vivência na violência. Mas, quando estamos na dor,
somente a nós caberá a escolha e a responsabilidade do caminho a percorrer.
Entendamos
que por mais que o nosso planeta esteja no processo de regeneração, ainda
estamos na fase da seleção daqueles que nele ficarão. Então, muitos de nós
estão buscando superar nossos carmas com escolhas melhores a cada dia. Mas, o
que é melhor?! Somente a nós caberá definir.
Adriana
Machado
“AJUDA-TE E O CÉU TE AJUDARÁ”
Narra-se que
um sábio caminhava com os discípulos por uma estrada tortuosa, quando
encontraram um homem piedoso que, ajoelhado, rogava a Deus que o auxiliasse a
tirar seu carro do atoleiro.
Todos
olharam o devoto, sensibilizaram-se e prosseguiram.
Alguns
quilômetros à frente, havia um outro homem que tinha, igualmente, o carro
atolado num lodaçal. Esse, porém, esbravejava reclamando, mas tentava com todo
empenho liberar o veículo.
Comovido, o
sábio propôs aos discípulos ajudá-lo.
Reuniram
todas as forças e conseguiram retirar o transporte do atoleiro. Após os
agradecimentos, o viajante se foi feliz.
Os
aprendizes surpresos, indagaram ao mestre: Senhor, o primeiro homem orava, era
piedoso e não o ajudamos. Este, que era rebelde e até praguejava, recebeu nosso
apoio. Por quê?
Sem
perturbar-se, o nobre professor respondeu: Aquele que orava, aguardava que Deus
viesse fazer a tarefa que a ele competia. O outro, embora desesperado por
ignorância, empenhava-se, merecendo auxílio.
Muitos de
nós costumamos agir como o primeiro viajante. Diante das dificuldades, que nos
parecem insolúveis, acomodamo-nos, esperando que Deus faça a parte que nos cabe
para a solução do problema.
Nós podemos
e devemos empregar esforços para melhorar a situação em que nos encontramos.
Há pessoas
que desejam ver os obstáculos retirados do caminho por mãos invisíveis,
esquecidas de que esses obstáculos, em sua maioria, foram ali colocados por nós
mesmos, cabendo-nos agora, a responsabilidade de retirá-los.
Alguns se
deixam cair no amolentamento, alegando que a situação está difícil e que não
adianta lutar.
Outros não
dispõem de perseverança, abandonando a luta após ligeiros esforços.
Com
propriedade afirma a sabedoria popular que pedra que rola não cria limo,
sugerindo alteração de rota, movimento, dinamismo, realização.
Não basta
pedir ajuda a Deus, é preciso buscar, conforme o ensino de Jesus: Buscai e
achareis, batei e abrir-se-vos-á.
Devemos,
portanto, fazer a nossa parte que Deus nos ajudará no que não estiver ao nosso
alcance resolver.
Seria ideal
que, sem reclamar e pensando corretamente, fizéssemos esforços para retirar do
atoleiro o carro da nossa existência, a fim de seguirmos adiante felizes, com
coragem e disposição. Confiantes de que Deus sustentará as nossas forças para
que possamos triunfar.
Pensemos
nisso!
Redação do
Momento Espírita.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
“COMO AS DORES DOS QUE FICARAM AFETAM OS ESPÍRITOS”?
Como ficamos quando os nossos entes amados se vão e como os afetamos mesmo que indiretamente?
A primeira parte da pergunta é muito fácil de ser respondida: nós ficamos muito tristes. Isso é um fato. Muitos são os sintomas que podem ser vivenciados profundamente por cada um de nós: a saudade bate, arrependimentos se fazem presentes, a culpa por atitudes impensadas martela o nosso coração...
Na maioria das vezes, sentimos um vazio em nossas vidas que, a cada dia, nos faz lembrar que alguém deixou de estar conosco. Então, nós sofremos: sofremos pouco, sofremos muito, sofremos bastante... depende de cada um de nós.
Pensamos o quanto fomos vitimados por aquela situação dolorida que nos arrancou de nosso meio a presença de alguém que nos era muito querido, quase essencial.
Mas, em nosso egocentrismo pensamos que somente nós sentimos saudade. Esquecemos que não existe morte e que, do outro lado da vida, aqueles que são alvo de nossa saudade também a sentem e com intensidade.
Esquecemos que, se eles estão vivos, também estarão sentindo a mesma ausência, a mesma saudade, a mesma dor por terem tido a necessidade de se ausentar de uma vida que, em muitos casos, nem queriam perder.
O interessante, todavia, é que as nossas emoções não se fixam somente em nós, estejamos nós no plano material ou espiritual. O amor nos liga ao ser amado aonde quer que ele se encontre.
Vamos pensar: se estamos o tempo todo em constante ligação energética com quem amamos, imaginem se estivermos (desencarnados) fixados em alguém (encarnado) que está portando sentimento de tristeza, de saudade, de arrependimento e de culpa que foram construídos pela nossa ausência (no desencarne)? Imaginem que pudéssemos sentir tudo isso com muita intensidade! Se não é fácil lidar somente com as nossas dores, imagine nos depararmos com a dor que “provocamos” em alguém que amamos. Pois é o que acontece! Quando estamos no plano extrafísico, as emanações energéticas exacerbadas de nossos entes encarnados chegam a nós com intensidade e são quase audíveis.
Por isso, se amamos a quem se foi, temos que tomar cuidado com os sentimentos que alimentamos. Porque sentir é uma coisa, alimentar esse sentimento é outro bem diferente.
Para todo espírito que desencarna e que se encontra em um equilíbrio razoável (segundo a sua própria evolução), existe uma proteção natural que o isolará dos sentimentos normais de saudade dos entes que ficaram, dando-lhe a oportunidade de uma adaptação à sua nova etapa de vida.
O problema é quando não acontece assim. O espírito pode chegar portando algum nível de desequilíbrio que somado ao fato dos seus entes amados estarem sofrendo devastadoramente, fazem com que ele não consiga lidar bem com o seu retorno às esferas espirituais.
Ele pode sentir que precisa ajudar aos seus e, por uma escolha muito equivocada, desejar estar com eles nas esferas carnais. Imediatamente, ele se desloca para junto dos seus amados, fazendo com que todos entrem num processo prejudicial de influenciação.
Se não ficou claro, eu explico: todo espírito é livre para fazer o que quiser e, no plano espiritual, estará onde ele mais se identifica. Se ele deseja estar com os seus entes queridos, ele poderá se deslocar para junto deles. Mas, o problema é que ele não sabe o que fazer, porque ainda não se adaptou ao plano etéreo.
Então, em decorrência de uma postura de sofrimento exagerada adotada pelos próprios entes encarnados, inicia-se um processo obsessivo destes junto ao desencarnado, escravizando-o e alimentando uma ligação dolorosa de sofrimento mútuo.
Vê-se, portanto, que esse processo de influenciação pode partir dos encarnados. E isso em razão da ignorância daqueles que amam, mas que não conseguem amar livremente. Não conseguem libertar o alvo de seu amor, por acreditar que eles (encarnados) somente serão felizes ao lado daquele que se foi. Não conseguem entender que amar é libertar, é aceitar os desígnios de Deus, quando chega o momento em que os seres que se amam precisam se distanciar por algum tempo. Não acreditam que a ponte de amor que os une é forte para jamais se romper.
Por isso, precisamos ficar atentos aos nossos sentimentos desequilibrantes, seja para dar alento ao coração daquele amado que se distanciou, seja para que possamos aprender o melhor desse momento doloroso e trazermos paz ao nosso próprio coração.
Por incrível que pareça, a saudade é um sentimento importante em todos os seres, mas que quando em exagero, nos traz sofrimentos incalculáveis.
Se não sentíssemos saudade, não daríamos a devida importância àquela pessoa em nossa vida. Mas, para o nosso próprio bem, cabe a nós compreendermos que essa saudade deve caber em nosso coração. Se for maior do que ele, nos sufocará, bem como sufocará o ente amado que a sentirá com todas as dores construídas por nós e que a ela (saudade) forem somadas.
Portanto, acreditemos que somos capazes de viver a vida com a lembrança saudosa dos nossos entes queridos. Assim, estaremos construindo um futuro de felicidade para nós e para eles, dando-nos a condição de quando chegar a nossa vez de viajar para o outro lado, estejamos aptos para sermos recebidos com louvor por estes seres tão amados.
- Adriana Machado
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
“A VIOLÊNCIA É A DOENÇA DA ALMA”
Com a voz
serena e o bom humor digno de quem conhece os mistérios da vida e da morte, o
médium Divaldo Pereira Franco, 89 anos, afirma que cada ser humano só alcançará
a felicidade quando conseguir amar sem interesse de reciprocidade. Seria a
"plenitude", nas palavras do baiano de Feira de Santana, discípulo de
Chico Xavier e hoje o mais importante representante do espiritismo no país. Por
onde passa, arrasta multidões: em Porto Alegre e em ovo Hamburgo, cidades em
que palestrará neste fim de semana, as vagas já estão esgotadas há semanas.
Como ser
feliz? Qual a origem do mal? Como lidar com o sofrimento? Essas e outras
questões, bem como a conversa com os mortos, base da crença da doutrina
espírita, foram tratadas em entrevista concedida em um hotel de Porto
Alegre: Vivemos um momento de crise na, com pessoas sendo mortas pela
criminalidade. O que dizer a quem perde um filho, uma mãe ou um pai em uma
situação tão violenta?
É uma dor
para a qual não há consolo. Poderíamos dizer a respeito da esperança, a
esperança na imortalidade, quando então nos encontraremos depois da
indumentária física. Não obstante, somos criaturas humanas, e o sentimento de
amor, nesse momento, é dilacerado. Recordo que a Organização Mundial da Saúde (OMS)
estabeleceu que a violência é uma doença da alma e deve ser tratada na alma,
tanto do ponto de vista espiritual quanto de natureza psíquica. E para essa
violência urbana, que se transformou em uma guerra não declarada, a única
solução é a educação. Todas as religiões afirmam que a alma é imortal e que
voltaremos a nos encontrar. Há variações teológicas, pontos de vista, mas que
não suprimem a unidade básica, a imortalidade da alma.
Qual a
origem do mal? Por que existem tantas pessoas cruéis? Terroristas,
criminosos...
Para nós, a
reencarnação é a oportunidade lapidadora do espírito. O espírito, na sua
essência, é como o diamante bruto, por meio da lapidação ele se torna uma
estrela luminosa. Esses espíritos (maus) primitivos ainda estão psiquicamente nas
fases primárias da tribo, da barbárie, sem a menor noção de sensibilidade... Do
ponto de vista antropológico, nós somos instinto, até quando surgiu a primeira
manifestação do sentimento, que foi o medo. A partir daí, surgem as demais
emoções. Mas isso foi há cem mil anos. Não obstante, ainda existem pessoas
patologicamente perturbadas, que ainda se encontram na fase de tormento,
inquietação, e se comprazem em afligir os outros.
Os espíritas
acreditam que é possível conversar com os mortos. Quando o senhor começou a ver
espíritos?
Comecei a
ver aos quatro anos, eu era um menino especial para a época. Em nossa casa, um
velho casarão de uma cidade do interior, eu brincava com outras crianças. E é
muito comum os nossos filhos dizerem que estão brincando com crianças
invisíveis, muitas vezes se acredita que é um momento lúdico, a imaginação. No
entanto, é uma realidade. Os espíritos aparecem com mais facilidade na
infância, porque ainda não estão completamente reencarnados. Quando compreendi,
aos 12 anos, que eram os imortais, eu procurei apoio da religião que eu
professava. Eu era católico. Meu confessor procurou dizer-me que se tratavam de
interferências demoníacas para me afastar do caminho do bem. Os fatos provaram
o contrário, e eu próprio cheguei à conclusão. Como o bem pode vir para nos
ensinar o mal. Os espíritos só me falavam de coisas boas. Lentamente, fui
despertando, até que, quando estava com 20 anos, me dediquei inteiramente a
esse estudo.
É comum o
senhor ver espíritos onde está? Aqui, por exemplo...
Sim, é uma
espécie de segunda visão. À medida que a gente vai aprimorando, torna-se tão
clara que, muitas vezes, se não somos cuidadosos, confundimos. Elas nos
proporcionam a certeza da sobrevivência. Porque nos aparecem aqueles que nos
são familiares, mas, em sua maioria, aqueles que nos são perturbadores e que se
comprazem em gerar o que chamamos de obsessões, distúrbios psicológicos,
melancolia, especialmente hoje, a depressão, o grande mal do século.
Qual o
caminho da felicidade nesse mundo tão cheio de dores?
Jesus disse:
"Amar". No momento em que conseguimos amar, sem nenhum interesse em
reciprocidade, sem objetivo de receber uma resposta, nós encontraremos a
plenitude.
O senhor é
um homem bem-humorado...
A alegria
faz parte da vida. Uma pessoa triste é um santo triste. A vida é um convite à
beleza. O nosso estado interior é que, muitas vezes, mascara a beleza com a
nossa melancolia.
Como o
senhor é uma pessoa bem-humorada, posso lhe perguntar: dizem que o senhor sabe
quando vai morrer. É verdade?
O Evangelho
diz que nem Jesus sabe... Só Deus. No entanto, temos as nossas características.
Eu tenho 89 anos, então, meu tempo é curto. Procuro aproveitar o máximo.
Confesso que aguardo com tal naturalidade, como, ao me deitar, me vem a ideia
do despertar no dia seguinte.
Fonte: Entrevista
de Divaldo Franco ao Jornal Zero Hora .
Médium-Divaldo
Franco
“A RELAÇÃO ALÉM TÚMULO-ALMAS GÊMEAS”
A questão 298 de O Livro dos Espíritos nos
informa que não há união particular e fatal, de duas almas. A união que há é a
de todos os Espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam,
isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto
mais unidos.
Devemos
compreender que um Espírito não é metade do outro. Se um Espírito fosse a
metade do outro, separados os dois, estariam ambos incompletos. A teoria das
metades eternas encerra uma simples figura representativa da união de dois
Espíritos simpáticos. Trata-se de uma expressão usada até na linguagem vulgar e
que se não deve tomar ao pé da letra.
Quando
falamos em almas gêmeas temos a ideia de um companheiro e companheira que
encontraremos dentro de um certo tempo.
Somos
levados a este comportamento por influência da sociedade, onde cada um deve
encontrar seu par.
E falamos
nesta alma gêmea como se fosse um salva-vidas. Idealizamos e colocamos nossas
expectativas no outro, procuramos qualidades que acabam se revelando impossíveis
em nós mesmos, e esperamos que o escolhido nos satisfaça em todos os sentidos.
Buscamos nosso complemento para a vida como se estivéssemos procurando um
produto qualquer.
Criadas umas
para as outras, as almas gêmeas se buscam, sempre que separadas. A união é a
aspiração suprema e indefinível. Milhares de seres, se transviados, se
inseridos na senda do crime ou na inconsciência, experimentam a separação das
almas que os sustentam, como a provação mais ríspida e dolorosa, e, no drama
das existências mais obscuras, vemos sempre a atração eterna das almas que se
amam intimamente. Quando se encontram, no acervo dos trabalhos humanos,
sentem-se de posse da felicidade real para os seus corações a da ventura de sua
união, e a única amargura que lhes empana a alegria é a perspectiva de uma nova
separação pela morte, perspectiva essa que a luz da Nova Revelação veio
dissipar.
Nem sempre,
as almas gêmeas encontram-se no mesmo plano evolutivo. No livro Diário dos
Invisíveis, de Zilda Gama, o Espírito Victor Hugo afirma que almas criadas na
mesma era, iniciando úteis peregrinações em mundos primitivos, e, depois,
separadas em ponto diversos do globo terrestre, conservam, uma das outras,
reminiscências indeléveis.
É importante
no entanto, que fique claro o conceito de almas gêmeas: a tese é mais complexa
do que parece ao primeiro exame, mesmo porque, com a expressão "almas
gêmeas", não desejamos dizer metades eternas, e ninguém, a rigor, pode
estribar-se no enunciado para desistir de veneráveis compromissos assumidos na
escola redentora do mundo, sob a pena de aumentar os próprios débitos, com
difíceis obrigações à frente da Lei.
Vejamos
agora, o que O Livro dos Espíritos nos diz a respeito :
Pergunta 298
- As almas que devam unir-se estão, desde suas origens, predestinadas a esta
união e cada um de nós tem, em alguma parte do universo, sua metade, a que
fatalmente um dia se reunirá?
R. Não, não
há união particular e fatal, de duas almas. A união que há é a de todos os
espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é,
segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais
unidos. Da discórdia nascem todos os males dos humanos, da concórdia resulta a
completa felicidade.
Pergunta 299
- Em que sentido se deve entender a palavra metade, de que alguns espíritos se
servem para designar os espíritos simpáticos?
A expressão
é inexata. Se um espírito fosse a metade do outro, separados os dois, estariam
ambos incompletos.
Pergunta 300
- Se dois espíritos perfeitamente simpáticos se reunirem, estarão unidos para
todo o sempre, ou poderão separar-se e unir-se a outros espíritos?
R. Todos os
espíritos estão reciprocamente unidos. Falo dos que atingiram a perfeição. Nas
esferas inferiores, desde que um espírito se eleva, já não simpatiza como
dantes, com os que lhe ficaram abaixo.
Fonte: O
Livro dos Espíritos.
“TODAS AS RELIGIÕES MERECEM RESPEITO E TOLERÂNCIA.
Para mim, as
diferentes religiões são lindas flores, provenientes do mesmo jardim. Ou são
ramos da mesma árvore majestosa. Portanto, são todas verdadeiras.
A frase que
você acabou de ouvir foi dita por uma das mais importantes personalidades do
Século XX: o Mahatma Gandhi.
Veja quanta
sabedoria nas palavras do homem que liderou a independência da Índia sem jamais
recorrer à violência!
Nos tempos
atuais, são raros os que realmente têm uma posição como a de Gandhi, que
manifestava um profundo respeito pela opção religiosa dos outros.
Muitas
pessoas acreditam que sua religião é superior às demais. Acreditam firmemente
que somente elas estão salvas, enquanto todos os demais estão condenados.
Pouquíssimas
pensam na essência da mensagem que abraçam, já que estão muito preocupadas em
converter almas que consideram perdidas.
E, no
entanto, Deus é Pai da Humanidade inteira. Todos nós temos a felicidade de
trazer, em nossa consciência, o sol da Lei Divina. Ninguém está desamparado.
De onde vem,
então, essa atitude preconceituosa, exclusivista, que nos afasta de nossos
irmãos?
Vem de nosso
pensamento limitado e ainda egoísta. Quase sempre o homem acredita que tem
razão.
Imagina que
suas opiniões, crenças e opções são as melhores. Você já notou que a maior
parte das pessoas acha que tem muito a ensinar aos outros?
É que, em
geral, as pessoas quase não se dispõem a ouvir o outro: falam sem parar, dão
opiniões sobre tudo, impõem sua opinião.
São almas
por vezes muito alegres, expansivas, que adoram brincar. Chamam a atenção pela
vivacidade, pelos modos espalhafatosos, pelas risadas contagiantes e pelas
conversas em voz alta.
Mas são
raras as vezes em que param para escutar o que o outro tem a dizer.
São como
crianças um tanto egoístas, para quem o mundo está centrado em si ou na
satisfação de seus interesses.
É uma
atitude muito semelhante a que temos quando acreditamos que o outro está
errado, simplesmente por ser de uma religião diferente. É que não conseguimos
parar de pensar em nossas próprias escolhas.
Não
estudamos a religião alheia, não nos informamos sobre o que aquela religião
ensina, que benefícios traz, quanta consolação espalha.
Se
estivéssemos envolvidos pelo sentimento de amor incondicional pelo próximo,
seríamos mais complacentes e mais atentos às necessidades do outro.
E então
veríamos que, na maioria dos casos, as pessoas estão muito felizes com sua
opção religiosa.
A nossa
religião é a melhor? Sim, é a melhor. Mas é a melhor para nós.
É óbvio que
gostamos de compartilhar o que nos faz bem. Ofertar aos outros a nossa
experiência positiva é uma atitude louvável e natural.
Mas esse
gesto de generosidade pode se tornar inconveniente quando exageramos.
Uma coisa é
ofertar algo com espírito fraternal, visando o bem. Mas diferente quando
desejamos impor aos demais a nossa convicção particular.
Se o outro
pensa diferente, respeite-o! Ele tem todo o direito de fazer escolhas. Quem de
nós lhe conhece a alma? Ou a bagagem espiritual, moral e intelectual que
carrega?
Deus nos deu
nosso livre-arbítrio e o respeita. Por que não imitá-lo?
Enquanto não
soubermos amar profundamente o próximo, respeitando-lhe as escolhas, não
teremos a atitude de amor ensinada por todas as religiões e pelos grandes
mestres da Humanidade.
Redação do
Momento Espírita.
“OS SERES DE LUZ OU ESPÍRITOS PUROS”
O Espírito progride no estado corpóreo e no estado espiritual. O estado corpóreo é necessário ao Espírito até que ele atinja um certo grau de perfeição: nele se desenvolve pelo trabalho a que está sujeito pelas suas próprias necessidades, e adquire conhecimentos práticos especiais. Uma única existência corpórea sendo insuficiente para fazê-lo adquirir todas as perfeições, retoma um corpo tão frequentemente quanto isso lhe seja necessário, e, a cada vez, nele chega com o progresso que alcançou em suas existências anteriores e na vida espiritual. Quando adquiriu no mundo tudo aquilo que pode nele adquirir, deixa-o para ir para outros mundos mais avançados, intelectual e moralmente, cada vez menos materiais, e assim continuamente até a perfeição, da qual a criatura é suscetível.
Puros Espíritos são aqueles que, chegados ao mais alto grau de perfeição, são julgados dignos de serem admitidos aos pés de Deus. O esplendor infinito que os rodeia, não a dispensa de sua parte de utilidade nas obras de criação: as funções que eles têm a cumprir correspondem à extensão de suas faculdades. Estes Espíritos são os ministros de Deus; eles regem, sob suas ordens, os mundos inumeráveis; dirigem do alto os Espíritos e os humanos; estão ligados entre eles, por um amor sem limites, este ardor se estende sobre todos os seres que procuram chamar e tornar dignos da suprema felicidade. Deus irradia sobre eles e lhe transmite as suas ordens; eles o veem sem serem oprimidos por sua luz.
Sua forma é etérea, não têm mais nada de palpável; eles falam aos Espíritos superiores e lhes comunicam a sua ciência; tornaram-se infalíveis. E nas suas fileiras que são escolhidos os anjos guardiães que descem com bondade seus olhares sobre os mortais, e os recomendam aos Espíritos superiores que os amaram. Estes escolhemos agentes de sua direção nos Espíritos da segunda ordem. Os puros Espíritos são iguais; e não poderia ser de outro modo, uma vez que não são chamados a essa classe senão depois de atingirem o mais alto grau de perfeição. Há igualdade, mas não uniformidade, porque Deus não quis que nenhuma de suas obras fossem idênticas. Os Espíritos puros conservam a sua personalidade, que somente adquiriram a perfeição mais completa, no sentido do seu ponto de partida.
À medida que os Espíritos se purificam e elevam na hierarquia, os caracteres distintivos de suas personalidades se apagam, de certo modo, na uniformidade da perfeição; nem por isso , entretanto, conservam eles menos suas individualidades. É o que se dá com os Espíritos superiores e os Espíritos puros.
Os puros Espíritos são os Messias ou mensageiros de Deus para a transmissão e execução de suas vontades; cumprem as grandes missões, presidem à formação dos mundos e à harmonia geral do Universo, encargo glorioso ao qual não se chega senão pela perfeição. Os de ordem mais elevada são os únicos nos segredos de Deus, se inspiram de seu pensamento do qual são os representantes diretos. [...]
A encarnação é inerente à inferioridade dos Espíritos; ela não é mais necessária àqueles que lhe transpuseram o limite e que progridem no estado espiritual, ou nas existências corpóreas dos mundos superiores que não têm mais nada da materialidade terrestre. Da parte destes é voluntária, em vista de exercer sobre os encarnados uma ação mais direta para o cumprimento da missão da qual estão encarregados junto a eles. Aceitam as vicissitudes e os sofrimentos por devotamento.
Fonte: O livro dos Espíritos
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
“QUEM É JESUS NA VISÃO ESPÍRITA? ”
Em meio à crescente proliferação de doutrinas exóticas no seio mesmo do nosso movimento, sobremodo nos preocupam aquelas cujo resultado é a deturpação da legitima visão espírita de Jesus de Nazaré.
Ao contrário do que a negligência de muitos confrades pode supor, Allan Kardec deixou-nos bem definida a concepção espírita sobre a natureza do Cristo, quer física, quer, sobretudo, espiritualmente.
No comentário ao nº 226 de O Livro dos Espíritos, o codificador estabelece que, quanto ao estado no qual se encontram, os espíritos podem ser encarnados, errantes ou puros. Acerca dos puros, dizem os espíritos superiores: "Não são errantes... Esses se encontram no seu estado definitivo."
Tal é a condição espiritual de Jesus: a dos espíritos puros, ou seja, a dos espíritos que "percorreram todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria" (Ob.cit.,nº 113). Apesar de integrar o número dos que "não estão mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis", dos que "realizam a vida eterna no seio de Deus" (id. Ibid.), entre nós, por missão, o mestre encarnou-se. Conforme o nº 233 de O livro dos espíritos esclarece, "os espíritos já purificados descem aos mundos inferiores", a fim de que não estejam tais mundos "entregues a si mesmos, sem guias para dirigi-los".
É bem verdade que no comentário ao nº 625 da mencionada obra, Allan Kardec apresenta Jesus como "o tipo da perfeição moral a que a humanidade pode aspirar na Terra", em quase exata conformidade com o que diz sobre os espíritos superiores, os quais, segundo ele: "Quando, por exceção, encarnam na Terra, é para cumprir missão de progresso e então nos oferecem o tipo da perfeição a que a humanidade pode aspirar neste mundo" (nº 111).
Cumpre-nos salientar que na doutrina espírita o rigor do conceito de pureza se concentra na expressão "puro espírito", que Kardec explicou ser o estado dos seres que tradicionalmente são chamados "anjos, arcanjos ou serafins"; entretanto, com isso, não quis o codificador estabelecer a existência de gradações no estado de pureza espiritual; basta confrontarmos o item 111 com o item 226 de O livro dos espíritos.
Contudo, o sacrifício tipicamente missionário de um retorno à Terra, mesmo quando já não há necessidade desse tipo de experiência para evoluírem, é meritório aos espíritos superiores, do ponto de vista de sua progressão, pois não integram ainda a classe dos puros espíritos, não se encontram ainda no seu "estado definitivo".
Alguns entendem que este seria o caso de Jesus de Nazaré. Ele teria atingido a perfeição, ou, quiçá, um grau evolutivo mais alto entre os filhos do homem somente após o cumprimento de sua missão, o que, alias, é sugerido pelo autor da Epístola aos hebreus, o qual entende que Jesus, por seus sacrifícios, teria passado, de `sacerdote', à condição de `sumo sacerdote' da ordem de Melquisedeque.
Não desposamos essa ideia, embora admitamos que não confronta com o ensino de O livro dos espíritos, no qual, de fato, Jesus figura ainda como espírito superior; passível seria ele, portanto, de aperfeiçoamento.
A codificação espírita, todavia, não termina em O livro dos espíritos, começa nele. Allan Kardec desenvolveu e aprimorou o conceito espírita sobre a condição espiritual de Jesus como fez com relação a outros temas. Se não, vejamos.
Já mesmo em O livro dos médiuns, obra que constitui, segundo o próprio codificador, a sequência de O livro dos espíritos, Allan Kardec passou a classificar Jesus como espírito puro. Na nota que escreve à dissertação IX do cap. XXXI, distingue, com absoluta clareza "os espíritos verdadeiramente superiores" daquele que representa "o espírito puro por excelência", por desvelada menção a Jesus Cristo.
Ora, Allan Kardec diz que tais espíritos, mesmo superiores, não têm as qualidades do Cristo; de novo estabelece, portanto, diferença entre Jesus e os espíritos superiores, como fez em O livro dos médiuns, na aludida nota à dissertação IX do cap. XXXI. Isso tão- só porque os espíritos superiores ainda não são puros.
Do livro: "Reencarnação – Lei da Bíblia, Lei do Evangelho, Lei de Deus." - Sergio Fernandes Aleixo, ed. Lachâtre
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
"ESTUDOS DEMONSTRAM QUE AS PESSOAS ABSORVEM ENERGIAS UMAS DAS OUTRAS"
Você já teve
a sensação de conversar com alguém e sair cansado ou esgotado do papo com a
pessoa?
A ciência
confirmou: nós, seres humanos, somos afetados pela energia do nosso entorno e
seríamos capazes de transmitir energia boa ou ruim das outras pessoas.
Vários
estudos realizados por diferentes grupos de pesquisadores permitiram que se
chegasse à conclusão de que a energia é transmitida de uma pessoa à outra, o
que é um fato puramente ligado à Física.
Olivia Lee
Bader, médica e terapeuta, realizou um estudo em que analisou o efeito da transmissão/absorção
da bioenergia entre algas, um processo que poderia se dar também em seres
humanos. Além disso, um estudo da Universidade de Bielefield, na Alemanha,
concluiu que as plantas absorvem a energia do seu entorno.
A partir
desses estudos, foi possível concluir que, como tudo o que interage com o
ambiente possui uma carga de energia, esta pode ser transmitida de um corpo a
outro, já que dois indivíduos trocam energia ao estarem próximos. Isso explica
por que quando uma pessoa tem uma energia muito boa, ela é capaz de contagiar
todo o resto, enquanto que alguém com uma energia ruim também pode afetar seu
entorno de forma negativa.
Como agir na
vida prática
De acordo
com artigo publicado no portal Posta, é muito difícil, por exemplo, que durante
uma conversa duas pessoas tenham o mesmo nível de energia. Na verdade, é quase
impossível. Há sempre alguém com uma energia de melhor qualidade que o outro.
Neste caso, duas coisas podem ocorrer: quem está com a energia mais baixa pode
melhorar por conta da presença de alguém com a energia boa, ou quem tem a
energia boa pode ser afetado de maneira negativa.
Acredita-se
que quando a energia está baixa ou ruim, a pessoa tende a se sentir mais
cansada ou pesada com as situações. Nestes casos, a solução é tomar consciência
que o problema talvez possa ser o ambiente ou outra pessoa. Ao identificar que
esta é a razão, é só decidir que isso não afetará mais você. Pode parecer
egoísta à primeira vista, mas com uma energia de melhor qualidade você poderá
começar a influenciar o seu entorno positivamente, sugere o portal Posta.
Fonte: Posta
“AS REENCARNAÇÕES DE ALLAN KARDEC”
Algumas
pessoas acham que Allan Kardec foi “apenas” o codificador da Doutrina Espírita,
que apenas serviu de intermediário para
copilar as informações que deram origem aos estudos da doutrina. No entanto, o
que muitos não sabem, é que há muito tempo, ou melhor dizendo, há muitos
milênios Kardec já vem servindo a Terra, como grande Espírito de Luz.
Conta o
Plano Espiritual que Kardec teria sido:
AMENOPHIS
(Cerca de 3.300 anos a.C.)
Ilustre e
sábio sacerdote da casa do Faraó Seti I..
PLATÃO
(Atenas 427-347 a.C.)
Filósofo e
matemático do período clássico da Grécia Antiga, fundador da Academia em
Atenas, a primeira instituição de educação superior do mundo ocidental.
Juntamente com seu mentor, Sócrates, e seu pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a
construir os alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia
ocidental. Acredita-se que seu nome verdadeiro tenha sido Arístocles.
Fontes
revelam que essa informação foi encontrada em anotações do próprio Kardec que
diz “depois que Zéfiro (um respeitado Espírito) me contou que eu (Kardec) fui
Platão é que pude compreender melhor a minha missão”.
ALLAN KARDEC
(Cerca de 50 a.C.)
Foi um
sacerdote Druida da civilização Celta. Os druidas não limitavam sua ação apenas
à religião, acumulavam também a função de juízes, professores, médicos,
conselheiros militares e guardiões da cultura céltica. Adotou posteriormente o
mesmo nome, Allan Kardec, para publicar a Codificação Espírita, nome esse que
ficou perpetuado para identificá-lo como Espírito.
►
Quem transmitiu essa informação também foi o Espírito Zéfiro, dizendo que ambos
(Kardec e Zéfiro) teriam sido companheiros na mesma época (58 a.C.) ocasião da
invasão da Gália pelo Imperador Júlio César.
QUIRÍLIUS
CORNÉLIUS (Durante a passagem de Jesus Cristo)
Centurião
romano. Foi designado pelo governador da Judéia para vigiar Jesus. Ficou tão
surpreso com tantos ensinamentos do Mestre que passou de observador a seguidor.
Mais tarde, quando Jesus foi preso, foi designado para tomar conta de sua cela,
ocasião em que teria oferecido sua armadura para que Jesus pudesse fugir. Mas
Jesus não aceitou e teria dito que “chegaria a hora em que o centurião daria a
vida por ele” (O que se concretizou na encarnação seguinte). Após a
crucificação de Jesus, Quirílius se retirou para uma montanha e tornou-se um
eremita, adotando o nome de Pai João. Muitas pessoas o teriam procurado durante
dificuldades para ouvir um pouco de sua sabedoria e ensinamentos do Mestre.
JAN HUS (Husinec, 1369 - Constança, 6 de Julho de
1415)
Sacerdote,
mártir e reformador Tcheco. Pregava que os documentos sagrados pudessem ser
traduzidos para a língua local para que todos pudessem entender. Da mesma
forma, que as missas pudessem ser rezadas na língua local. Que as pessoas
pudessem se dirigir a Deus diretamente, não sendo apenas privilégio da Igreja.
Era veementemente contra a venda de indulgências, em especial, o perdão de
todos os pecados mediante a um pagamento em dinheiro estipulado pela Igreja.
Por essas razões, foi ao Concílio de Constantinopla, e lá foi acusado de
heresia. Como não aceitou pedir perdão, foi condenado a fogueira, juntamente
com todas as suas obras traduzidas. Já na fogueira teria dito “De bom grado vou
confirmar com meu sangue a verdade sobre a qual tenho escrito e pregado”
HIPPOLYTE LÉON DENIZARD RIVAIL
(Lyon, 3 de
outubro de 1804 — Paris, 31 de março de 1869)
Educador,
escritor e tradutor francês. Sob o pseudônimo de Allan Kardec notabilizou-se como o codificador do
espiritismo (neologismo por ele criado). Desde tenra idade já se mostrava
notável. Ensinava os garotos menos favorecidos o que aprendia nas melhores
escolas. Formou-se em diversas áreas. Tornou-se especialista em fenômenos
magnéticos. Quando ouviu falar sobre as casas de mesas girantes e falantes, foi
até elas acreditando se tratar apenas de manipulação de fluidos magnéticos. Mas
se surpreendeu ao constatar que pessoas simples eram porta vozes de informações
extremamentes sábias e concluiu que essas informações realmente eram
provenientes de Espíritos. A partir daí passou a dedicar-se totalmente a esses
contatos, escrevendo diversas obras fundamentais para o estudo da Doutrina
Espírita, tais como: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho
Segundo O Espiritismo, O Céu E O Inferno, A Gênese, etc.
“SER MÉDIUM É BOM OU RUIM? ”
André Luiz
acompanhou o missionário Alexandre para observar algumas demonstrações de
desenvolvimento mediúnico em um Centro Espírita.
Instantes
depois, os primeiros encarnados deram entrada no recinto. André observava a
conversa, onde três deles mostravam desânimo, pois tentavam à algum tempo
desenvolver a mediunidade sem resultado algum.
Foi iniciada
a sessão de desenvolvimento, onde 18 pessoas mantinham-se em expectativa.
Alexandre
explica a André Luiz que tal desenvolvimento requer: disciplina, educação,
esforço e perseverança. Então, passaram a observar 3 pessoas: O primeiro foi um rapaz que queria
psicografar. Então, Alexandre pede para André Luiz observar o aparelho genital
do rapaz, e explicou que ali havia bacilos psíquicos da tortura sexual,
produzidos pela sede febril de prazeres inferiores. Sem contar o contato com
entidades grosseiras, que se afinavam com as predileções dele.
Passaram,
então, a observar o segundo, um senhor de bigode, que demonstrava dificuldade
para sustentar o pensamento com relativa calma. Foi concluído que este deveria
usar alcoólicos em quantidade regular. O aparelho gastrintestinal encontrava-se
totalmente ensopado em aguardente, e invadia os escaninhos do estômago, e
começava a afetar o esôfago e a influenciar o bolo fecal. O fígado estava
enorme, o baço apresentava anomalias estranhas . . . Então, Alexandre
esclareceu dizendo que, André Luiz estava examinando as anormalidades menores.
Depois,
passaram a observar a terceira, uma senhora idosa, que era candidata ao
desenvolvimento da mediunidade de incorporação. Viu-se então, uma fraquíssima
luz que emanava de sua organização mental. O estômago estava dilatado
horrivelmente e os intestinos pareciam sofrer estranhas alterações. O fígado
estava aumentado. O aparelho digestivo estava cheio de pastas de carne e caldos
gordurosos, cheirando a vinagre de condimentação ativa. Enfim, ali estava uma
pobre senhora desviada nos excessos de alimentação.
Alexandre
concluiu:
– O
Espiritismo cristão é a revivescência do Evangelho de Nosso Senhor
Jesus-Cristo, e a mediunidade constitui um de seus fundamentos vivos. A
mediunidade, porém, não é exclusiva dos chamados “médiuns”. Todas as criaturas a possuem, porquanto
significa percepção espiritual, que deve ser incentivada em nós mesmos. Não
bastará, entretanto, perceber. É imprescindível santificar essa faculdade,
convertendo-a no ministério ativo do bem.
A maioria
dos candidatos ao desenvolvimento dessa natureza, contudo, não se dispõe aos
serviços preliminares de limpeza do vaso receptivo. Dividem, inexoravelmente, a
matéria e o espírito, localizando-os em campos opostos, quando nós, estudantes
da Verdade, ainda não conseguimos identificar rigorosamente as fronteiras entre
uma e outro, integrados na certeza de que toda a organização universal se
baseia em vibrações puras. Inegavelmente, meu amigo André, não desejamos
transformar o mundo em cemitério de tristeza e desolação. Atender a santificada
missão do sexo, no seu plano respeitável, usar um aperitivo comum, fazer a boa
refeição, de modo algum significa desvios espirituais; no entanto, os excessos
representam desperdícios lamentáveis de força, os quais retêm a alma nos
círculos inferiores. Ora, para os que se trancafiam nos cárceres de sombra, não
é fácil desenvolver percepções avançadas. Não se pode cogitar de mediunidade
construtiva, sem o equilíbrio construtivo dos aprendizes, na sublime ciência do
bem-viver.
Do Livro:
Missionários da Luz, capítulo 3
André Luiz
(Espírito), psicografia de Francisco Cândido Xavier (médium)
“PORQUE ACORDAMOS CANSADO, COM MAL ESTAR E DESÂNIMO? ”
Quando
dormimos, nossa alma acorda. Não somos o nosso corpo, em essência, somos a
consciência que habita nosso corpo.
Quando
adormecemos o corpo, diminuímos o metabolismo físico, relaxamos a mente e com
isso permitimos que nossa consciência – que está sediada na alma – se desligue
temporariamente e viaje pelos mais diferentes locais nas dimensões
extrafísicas.
Podemos
viajar na presença de nossos amigos espirituais e seres de Luz, se estivermos
sintonizados em vibrações positivas. Nessa condição, normalmente quando
acordamos nos sentimos bem, realizados e felizes com a vida.
Podemos
também ser obsediados por espíritos sombrios, por bagunceiros do plano
espiritual, por desafetos de outras vidas e até por outros seres encarnados
também em projeção astral. Isso tudo depende da condição na qual vamos dormir.
E, no caso desses tipos de assédios – infelizmente muito comum – costumamos
acordar com diversas sensações ruins, como dores de cabeça, mal estar, desânimo
pela vida, entre outros.
Podemos
ficar presos aos nossos corpos por conta da aceleração do metabolismo provocada
por erros na alimentação e dessa forma, nem sairmos em projeção. Isso também
acontece quando estamos hiperativos mentalmente.
Nestes casos,
o que ocorre é que o corpo físico relaxa parcialmente e com isso a nossa
consciência não se liberta por completo. Normalmente nessas situações, após o
período do sono, a pessoa relata que não conseguiu descansar direito e mesmo
depois de ter dormido por várias horas, não encontra uma sensação de plenitude
física e mental.
Pense um
pouco. Se o cansaço é físico, tome uma providência. As leis Divinas recomendam
o repouso. Se for demasiado o cansaço, talvez você esteja doente e precise de
atendimento profissional. Procure um médico, realize exames, trate-se.
Se o seu
cansaço o preocupa, tome o caminho mais conveniente. Mas, se por qualquer
motivo não puder fazer isso, então silencie. Trabalhe e ore, buscando apoio e
refazimento nas fontes espirituais.
Procure
Jesus na intimidade de seu coração e entregue a Ele o seu cansaço e o seu
descanso.
Ilumine os
campos da alma com atividades que o enriqueçam espiritualmente, que o alegrem
verdadeiramente.
Evite
reclamações constantes, porque elas não melhorarão o seu cansaço, nem seu
esgotamento.
Procure
atividades que o refaçam. Escolha um local onde necessitem de braços amigos e
se ofereça como voluntário. Mudança de atividade é também repouso.
Para o seu
lazer escolha o que o possa refazer. Um passeio tranquilo, a observação atenta
de um quadro da natureza. Delicie-se com uma música. Desfrute o aconchego
familiar. Ore e seja feliz.
O sono foi
dado ao homem para a reparação das forças físicas e das forças morais.
Enquanto o
corpo se recupera dos efeitos da atividade do dia, o espírito também se
reabastece no mundo espiritual.
Por isso
mesmo a prece, antes do sono físico, se faz tão importante. Com ela,
sintonizamos com as mentes superiores com as quais, logo mais, quando
dormirmos, poderemos nos encontrar para os diálogos que alimentam a alma e
fortificam a disposição para as lutas
Adquirir o
hábito de nos prepararmos consciencialmente para o sono, equalizando nossos
pensamentos em elevadas vibrações, purificando nosso espírito, acalmando a
nossa mente, procurando manifestar uma intenção positiva, de ter uma projeção
astral proveitosa e harmoniosa.
É importante
a realização da prece, magnetizada pela vontade de servir os planos de Luz
naquilo que os seres de amor entendam que seja a tarefa adequada para nós.
Também podemos
e devemos pedir treinamentos e instruções nas escolas do plano espiritual, com
o objetivo seguirmos evoluindo na experiência física.
Prepare-se
para o sono, cuide da sua energia antes de embarcar na viagem da alma, e
jamais, de maneira alguma, adormeça nutrindo sentimentos de raiva, revolta,
vingança e mágoa, porque eles podem ser o elo de ligação entre a sua alma e os
planos mais densos e os seus representantes.
Autor
desconhecido
“REGIÕES UMBRALINAS”
Realmente,
existem regiões espirituais próximas à Crosta cuja paisagem é desoladora,
regiões onde prevalece a sombra , como projeção mental do remorsos dos irmãos
desencarnados que habitam transitoriamente... São regiões de penumbra, onde
prevalece o sofrimento e onde os
espíritos libertos do corpo vagueiam , á procura de si mesmos... . Regiões
inóspitas, arenosas por vezes, pantanosas outras tantas, onde os companheiros
desencarnados expiam as suas faltas entre lamentações e recriminações que não
cessam...
Homens e
mulheres que deixaram o corpo, desnorteados, praticaram crimes, fizeram sofrei,
foram injustos, espezinharam, comprometeram a felicidade do semelhante...
Homens e mulheres fora do corpo que se recusam a subir, porque o arrependimento
lhes pesa de maneira excessiva e os prende à retaguarda, como se ansiassem por
voltar atrás para reparar os males praticados...
Espíritos
que se tornam prisioneiros de mentes poderosas porém desprovidas de qualquer
impulso generoso...Espíritos intelectualizados que caíram sucessivas vezes por
suas artimanhas inconfessáveis e que lutam nas paragens espirituais para se
manterem como estão; fogem à reencarnação, não desejam esclarecimento,
porquanto o esclarecimento os colocaria diante de si mesmos para indispensável
reparação; inutilmente lutam contra os Desígnios Superiores e permanecem em
situação estacionária por longo tempo.
Muitos
desses irmãos, aos quais nos referimos, se arrastam nas regiões de sofrimento
que interpenetram a Terra, não claro, por dezenas de anos, ocultam-se na noite
ou fogem à claridade solar, não conseguindo fitar nada que lhes lembre uma
réstia de luz; não ousam pronunciar o nome de Deus, balbuciam palavras de
desespero entrecortadas de blasfêmias e gritos de revolta, erguem os punhos,
socando o ar, como se estivessem desafiando a Divindade, cospem para o alto,
como se ansiassem, de novo, por cuspir na face imaculada do Senhor, qual
outrora os homens fizeram antes de sentenciá-Lo à morte ignominiosa na cruz.
São regiões extensas, nebulosas, regiões e muitos relâmpagos e trovoes mas
nenhuma chuva, solo estéril por vezes, charcos habituados por aves de rapina e
outros espíritos, praticamente sepultados vivos em lama até o pescoço, como se
estivessem se debatendo numa luta infindável, para não serem tragados de vez...
Evidentemente,
a região espiritual que descrevemos não é uma criação de Deus, que apenas criou
o belo, de Deus, que tão somente disse;” Faça-se a luz, e a luz se
fez....”Essas regiões purgatoriais, que começam aqui mesmo , nas vizinhanças do
solo terrestre, são criadas pelas mentes enfermiças no corpo e, principalmente,
fora do corpo, que se agrupam por afinidade, que naturalmente as atrai pelo
remorso, pela revolta, pela cólera, pelos sentimentos subalternos e paixões
exacerbadas.
Não
acreditamos, todavia, que esses nossos irmãos estejam assim relegados à própria
sorte. Grupos missionários, falanges iluminadas periodicamente descem às
entranhas das obscuras dimensões espirituais, resgatando espíritos perturbados,
assim como habitualmente os nossos companheiros visitam as favelas, os bairros
da periferia, os casebres nos morros, aqueles que habitam palhoças ou
verdadeiras ruínas; os devotados Benfeitores da Vida Maior organizam excursões
socorristas e adentram as trevas com o Evangelho nas mãos, à semelhança de
sublime archote desfazendo a escuridão...
Oremos por
todos eles e por todos nós, que, quase sempre, na intimidade de nós mesmos, nos
situamos, ainda mourejando no corpo de carne, em regiões espirituais idênticas,
pela invigilância, pelo sentimento de orgulho e de ambição, pelos
desequilíbrios que albergamos, pelas nossas aflições e pensamentos contra os
nossos irmãos em Humanidade
Livro :
Falando a Mediunidade
Carlos A.
Baccelli-Odilon Fernandes
Fonte: Blog
Alvorada do Reino
“VEGETARIANISMO SIGNIFICA ALTA ESPIRITUALIDADE? “
Assunto
Polêmico !
Um dos casos
mais famosos na história do vegetarianismo, foi o de George Bernard Shaw que é
citado como exemplo, devido sua vida ativa até aos noventa anos com sua dieta
especial.
Mas isso é
apenas um lado da história, o que muitos não sabem é que uma anemia grave
causada por seu vegetarianismo quase o matou em certo período, e ele só foi
salvo por aceitar receber uma medicação à base de extrato de fígado.
Isso na
época causou um alvoroço, devido aos líderes do movimento vegetariano que
irados, não pouparam o dramaturgo idoso dos ataques virulentos por ter
desrespeitado os princípios do vegetarianismo, esquecidos ou pouco se
importando com a sobrevivência de Shaw.
Consultando
os Espíritos superiores sobre o tema em pauta, Kardec pergunta na questão 723:
“A
alimentação animal é, com relação ao homem, contrária à lei da Natureza?
- Dada a
vossa constituição física, a carne alimenta a carne, do contrário o homem
perece. A lei de conservação lhe prescreve, como um dever, que mantenha suas
forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que se
alimentar conforme o reclame a sua organização.”
“Para
aqueles que não estudaram o problema isso pode ser difícil de entender. Legumes
são mais baratos do que carne, mas o problema é equilibrar o consumo de legumes
a fim de produzir, através da habilidade humana, o equilíbrio de aminoácidos
tão simplesmente oferecidos por qualquer pedaço de carne.
Diferentes
vegetais possuem diferentes aminoácidos essenciais, mas não na combinação
certa: sem a combinação perfeita de todos os oito, nenhum deles produz o efeito
necessário no aparelho digestivo humano.
Isso
significa que, a fim de produzir uma refeição vegetariana saudável, é necessário
atingir um equilíbrio sutil baseado em conhecimentos bioquímicos, empregando a
mistura certa de elementos botânicos.
Isso demanda
paciência e habilidade e explica porque, nas comunidades camponesas ignorantes,
uma dieta, a inevitável dieta vegetal causa tantas doenças sérias.
No estado
atual das coisas, uma dieta vegetariana equilibrada é essencialmente um
fenômeno de classe média alta. Em contrapartida, uma dieta vegetariana adotada
de maneira imperfeita pelo povo continua sendo mortífera”.
-fonte: Portal
do Espírito-
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𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.
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