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domingo, 31 de julho de 2016

"ESPIRITISMO: PERGUNTAS E RESPOSTAS. TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER "

O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, consiste nas relações que se pode estabelecer com os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que decorrem dessas relações.
Segundo Allan Kardec, o Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e da destinação dos Espíritos, e das suas relações com o mundo corporal. No Brasil, organizou-se como um movimento religioso, com aproximadamente 7 mil centros espíritas.
Ainda é muito comum, nos dias atuais, encontrar pessoas constrangidas ou mesmo aterrorizadas quando ouvem falar de Espiritismo, pois elas imaginam a ação do Espírito do mal.
Se você pensa assim e acredita que Espiritismo não é uma doutrina cristã, nós o convidamos a abrir estas páginas.
O objetivo desta obra é dar-lhe uma breve ideia do que é a Doutrina Espírita. Queremos despertar a sua curiosidade de forma que lhe permita formar um juízo pessoal, independente de todas as crendices e tolices oriundas do pensamento dos que nada entendem do assunto.
Não temos a pretensão de ser donos da verdade, pois , acreditamos que nenhum grupo, religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la.
"A ignorância dos princípios fundamentais é causa das falsas apreciações da maior parte dos que julgam o que não compreendem, ou que o fazem com base em ideias preconcebidas" - (Allan Kardec)
POR QUÊ CONFUNDEM ESPIRITISMO COM UMBANDA?
A Umbanda é um culto religioso respeitado pelos espíritas como todos os outros o são, até mesmo porque está amparado no princípio geral da liberdade de crença contido na Constituição do Brasil. Contudo, ela não é Espiritismo. Seu acervo de símbolos, objetos, instrumentos, práticas, etc, não se ajustam de maneira alguma à Doutrina Espírita. Aqueles que confundem Umbanda com Espiritismo se apegam às seguintes afirmações: a Umbanda é espiritualista, rende culto a Deus, fundamenta-se em fenômenos produzidos por Espíritos desencarnados, aceita a reencarnação e faz caridade. Todavia, a Umbanda tem culto material, rituais, vestimentas específicas, imagens, altares, pontos riscados e denominações totalmente especiais para médiuns (cavalos) e Espíritos (exús, pretos-velhos, caboclos, ibegis), que não existem no Espiritismo. Além dessas abismais diferenças, a Umbanda não se rege pela Codificação de Allan Kardec. Portanto, está claro que embora espiritualista e ter características mediúnicas, a Umbanda não constitui variante nem modalidade do Espiritismo. Essa confusão se dá pelo desconhecimento do que seja a Doutrina Espírita e consequente interpretação errônea dos fenômenos da mediunidade.
O ESPIRITISMO FAZ MACUMBA, DESPACHO OU QUALQUER OUTRO RITUAL?
O Espiritismo não tem culto material e nem tem rituais, não prescreve qualquer vestimenta, nem função sacerdotal, não usa imagens, nem faz sacrifícios de animais ou seres humanos, não tem símbolos ou sinais cabalísticos, não faz cerimônias matrimoniais, ou de batismo, nem exorcismo. Resumindo, a Doutrina Espírita tendo como principal objetivo o cultivo dos valores do Espírito é totalmente isenta de atos exteriores. Sua nomenclatura se baseia nas obras da Codificação e suas práticas mediúnicas são executadas dentro de um ambiente evangélico de harmonia e oração, sem qualquer culto exterior ou movimentos e palavreado estereotipados. Suas reuniões mediúnicas são fechadas ao público e conduzidas com rigor, onde não existem velas, cantos, danças, cigarro bebida ou cobrança de taxas.
Compreende-se, portanto, que qualquer culto que contenha tais práticas, não pode e não deve receber a designação de espírita.
"Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade" - (João 4.24).
"Amados não deis crédito a qualquer Espírito. Antes, provai os Espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora" - (I João 4.1).
"E não consentia que alguém levasse algum vaso pelo templo.
E os ensinava, dizendo: Não está escrito - A minha casa será chamada por todas as nações casa de oração? Mas vós a tendes feito covil de ladrões.
E os Escribas e príncipes dos sacerdotes, tendo ouvido isto, buscavam ocasião para o matar; pois eles o temiam, porque toda multidão estava admirada acerca da sua doutrina" - (Marcos 11.16-18).
"Porque eu quero misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que o holocausto" - (Oséias 6.6).
O ESPIRITISMO FAZ USO DE BOLA DE CRISTAL, PRATICA QUIROMANCIA, ASTROLOGIA, HIPNOTISMO, MAGIA OU PARAPSICOLOGIA?
Dentre uma série de práticas rotuladas erroneamente como espíritas, estão estas e também outras como a terapia regressivas a vidas passadas (TRVP), a trans comunicação instrumental (TCI), a cristalterapia , a cromoterapia, ufologia etc. A maioria delas não possuem fundamentação doutrinária lógica, e não encontram respaldo nas obras de Allan Kardec, portanto, não são práticas espíritas.
Qualquer Centro Espírita que se utilize de tais práticas está se desviando dos seus verdadeiros e nobres objetivos.
As notícias frequentemente veiculadas pela mídia em geral, de que os espíritas previram o futuro, fizeram oferendas a Iemanjá, estão ligados a culto demoníaco, dentre outras, comprovam o desconhecimento que existe sobre a Doutrina Espírita, apesar da sua atual expansão e crescente número de adeptos. O Espiritismo não é responsável pelos que abusam do seu nome e o exploram.
Assim como a ciência médica não o é pelos charlatões que vendem suas drogas ou como a religião também não o é pelos sacerdotes que abusam do seu ministério.
"Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.
Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?" - (Mateus7.15-16).
"Se alguém ensina alguma doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, É soberbo, e nada sabe mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas" - (I Timóteo 6.3-4).
"Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, por que bom é que o coração se fortifique com graça, e não com manjares, que de nada aproveitaram aos que a eles se entregaram" - (Hebreus 13.9).
EXISTE ESPIRITISMO DE MESA BRANCA?
A Doutrina Espírita não comporta nenhuma ramificação. Como já explicado, por suas convicções dispensa qualquer ritual ou aparato. A designação popular de mesa branca pode ter advindo do fato de que as reuniões mediúnicas espíritas ocorrem, para simples acomodação, com os participantes dispostos ao redor de uma mesa, algumas vezes, com uma toalha branca recoberta sobre ela, o que é absolutamente dispensável. Como tais reuniões tem caráter íntimo e privado, disciplinado e beneficente, o termo mesa branca surgiu para diferenciar o Espiritismo de outros cultos, sendo este termo utilizado popularmente também como sinônimo de Kardecista. Trata-se de um equívoco generalizado, uma vez que só há um Espiritismo (termo criado pelo próprio Allan Kardec) e este não adota práticas exteriores para ser diferenciado. Assim , nem mesa branca, alto ou baixo Espiritismo, Espiritismo elevado etc, são sinônimos de Doutrina Espírita.
OS ESPÍRITOS PODEM INTERFERIR EM NOSSAS VIDAS?
Allan Kardec perguntou aos Espíritos Superiores (pergunta 459 do L.E.) sobre esta questão e a resposta é clara e precisa: "Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem".
Os Espíritos atuam frequentemente sobre o nosso pensamento, dando-nos sugestões mais ou menos sensatas, boas ou más segundo sua natureza. Quando desencarnados, os Espíritos continuam com seus vícios ou virtudes e são bons ou maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou preguiçosos, cultos ou medíocres, verdadeiros ou mentirosos, e estão por toda parte. Sendo assim, facilmente nos influenciam o pensamento e ações, e dependendo de nossa condição moral, recebemos boas ou más influências, pela sintonia que se estabelece entre os dois planos da vida. Aqueles providos de virtudes facilmente poderão ser auxiliados pelos bons Espíritos, ao contrário dos indivíduos voltados às paixões vulgares.
Nos textos bíblicos encontramos uma série de citações que nos falam dessa realidade. Eis alguns:
"E, pensando Pedro naquela visão, disse-lhe o Espírito: Eis que três varões te buscam. Levanta-te pois, e desce, e vai com eles, não duvidando, porque eu os enviei" - (I Atos 10.19-20).
"Quando o Espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares secos, buscando repouso; e, não o achando, diz: Tornarei para minha casa donde saí.
E, chegando, acha-a varrida e adornada.
Então vai, e leva consigo outros sete Espíritos piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último estado desse homem é pior do que o primeiro" - (Lucas 11.24-26).
O QUE É MEDIUNIDADE?
É uma faculdade natural de toda criatura viva. Podemos dizer que é um canal psíquico que todos possuem e que liga o Espírito encarnado ao mundo invisível. É, portanto, através da mediunidade que os encarnados recebem a influência dos desencarnados, funcionando como uma ponte entre os dois planos.
Embora seja faculdade comum a todos as criaturas, em alguns indivíduos ela se encontra mais exacerbada, sendo capaz de produzir fenômenos ostensivos como a profetização, a psicografia e os efeitos físicos.
Sendo uma faculdade orgânica, não depende da qualidade moral de quem a possui. Isso faz com que haja uma grande diversidade no uso que se faz dela, existindo tanto aqueles que a utilizam para o bem, como para fins ilícitos, inclusive os comerciais.
"Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes" - (I Corintios 12.1).
"Todas as nossas faculdades são favores que devemos agradecer a Deus, pois há criaturas que não as possuem. Podias perguntar porque Deus concede boa visão a malfeitores, destreza aos larápios, eloquência aos que só a utilizam para o mal. Acontece o mesmo com a mediunidade. Criaturas indignas a possuem porque dela necessitam mais do que as outras, para se melhorarem" - (Livro dos Médiuns - Questão 226).
O QUE É MÉDIUM?        
Se todos são dotados desse canal psíquico por onde recebem influência espiritual, logo todas as pessoas são médiuns. Há aqueles, contudo, com uma capacidade ostensiva de receber e transmitir comunicações de Espíritos, atuando como intermediários ou como agentes das manifestações dos Espíritos. Estes são dotados de mediunato, uma faculdade especial, suscetível de desenvolvimento, e que, quando bem direcionada, pode ser utilizada como um importante meio que os Espíritos superiores utilizam para edificar o ser ao nível do entendimento.
Segundo sua aptidão, o médium pode exercer sua tarefa em uma das muitas variedades de mediunidade, como por exemplo escreventes ou psicógrafos, falantes, de efeito físico, videntes, curadores, entre outros.
A pessoa dotada deste dom divino, tem a obrigação de se instruir sobre ele a fim de colocá-lo a serviço da obra do Senhor. A mediunidade só tem sentido quando praticada com essa finalidade.
"Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.
Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
E a outro, pelo mesmo Espírito a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os Espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas" - (I Corintios 12.7-10).
A MEDIUNIDADE FOI INVENTADA PELO ESPIRITISMO?
A mediunidade, tampouco os médiuns, são privilégios do Espiritismo ou foram inventados por ele. A mediunidade sempre existiu, uma vez que sempre existiram os planos material e espiritual. A própria Bíblia refere-se às suas manifestações em diversas de suas passagens, assim como é identificada nas práticas de muitas religiões da atualidade, embora com outros nomes.
O Espiritismo simplesmente trouxe os ensinamentos capazes de nos orientar a tirar melhor proveito da mediunidade, no sentido de fazer dela um instrumento moralizador e de libertação dos Espíritos. É uma fonte material que prova a sobrevivência da alma após a morte, ampliando nossos conhecimentos acerca dos ilimitados horizontes espirituais. Sua prática não tem como meta apenas a produção de fenômenos destinados a despertar os incrédulos ou curar suas enfermidades espirituais ou carnais; serve para alertar o ser humano de sua necessidade de despertar para o sentido verdadeiro da vida. Quando bem utilizada é uma importante alavanca para a evolução espiritual.
"Então disse Saul aos seus criados: Buscai-me uma mulher que tenha o Espírito de adivinha, para que vá a ela e a consulte. E os seus criados lhe disseram: Eis que em Endor há uma mulher que tem o Espírito de adivinhar.
E Saul se disfarçou e vestiu outros vestidos, e foi ele, e com ele dois homens, e de noite vieram à mulher; e disse: Peço-te que me adivinhes pelo Espírito de adivinha, e me faças subir a quem eu te disser.
Então a mulher lhe disse: Eis aqui tu sabes o que Saul fez, como tem destruído da terra os adivinhos e os encantadores; porque, pois, me armas um laço a minha vida, para me fazer matar?
Então Saul lhe jurou pelo Senhor, dizendo: Vive o Senhor, que nenhum mal te sobreviverá por isso. A mulher então lhe disse: A quem te farei subir? E disse ele: Faz-me subir a Samuel.
Vendo, pois, a mulher a Samuel, gritou em alta voz; e a mulher falou a Saul, dizendo: Por que me tens enganado? Pois tu mesmo és Saul.
E o rei lhe disse: Não temas; porém que é o que vês? Então a mulher disse Saul: Vejo deuses que sobem da terra.
E lhe disse: Como é a sua figura? E disse ela: Vem subindo um homem ancião, e está envolto numa capa. Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra, e se prostrou" - (I Samuel 28.7-14).
TODOS OS QUE LIDAM COM ESPÍRITOS SÃO ESPÍRITAS?
Sabendo-se que os Espíritos estão por toda parte e que a mediunidade é uma faculdade inerente a qualquer pessoa, é evidente que nem todos os que lidam com Espíritos são espíritas. As pessoas que assim pensam têm total desconhecimento do que é o Espiritismo.
Esse falso julgamento faz com que as pessoas tenham uma ideia errônea do que seja a Doutrina Espírita e dela se afastem sem buscar conhecê-la.
PARA SER ESPÍRITA TEM QUE RECEBER ESPÍRITOS?
Espírita é aquele que crê, estuda e segue a Doutrina Espírita. É reconhecido pelo esforço que faz em aprimorar-se dentro dos princípios cristãos, não tendo necessariamente que trabalhar com a mediunidade.
A faculdade mediúnica como missão, ou mediunato, como todas as demais faculdades, não deve ser imposta. Uma vez detectada e em acordo com o desejo do médium, deve ser desenvolvida em sessões espíritas apropriadas, com dedicação sincera e humildade, para ser verdadeiramente produtiva. O espírita pode servir em muitas outras frentes de trabalho que nada tem a ver com a mediunidade, buscando, contudo, em todas as oportunidades fazer o melhor possível.
O QUE É O PASSE?
O passe é uma transmissão de fluidos benéficos, com caráter assistencial e regenerador, que é aplicado pela simples imposição de mãos, dispensando qualquer contato físico entre o passista e o receptor. O passe permite a regeneração dos enfraquecidos, física ou espiritualmente. O passista detém uma grande responsabilidade, pois cabe a ele impor as mãos sobre as pessoas carentes e abençoá-las em nome do Criador. Ele não é nenhuma pessoa especial, necessita apenas ter o desejo sincero de servir e viver uma vida sadia, sem vícios e cultivando bons pensamentos.
"E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta e anda" - (Atos 3.6).
"E rogava-lhe muito dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare e viva. E foi com ele, e seguia-o uma grande multidão que o apertava" - (Marcos 5.23-24).
"Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios: De graça recebestes, de graça dai" - (Mateus 10.8).
"Pegarão nas serpentes, e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão" -(Marcos 16.18).
"E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos" - (Atos 6.6).
COMO RECONHECER UM BOM CENTRO ESPÍRITA?
Nunca é demais repetir que um bom Centro Espírita é aquele que segue os preceitos da Doutrina Espírita, com orientação pautada nas obras da Codificação Kardequiana. Todo aquele que adota práticas contrárias às contidas em tais obras, que pratica atos exteriores e desprovidos de racionalidade, deve ser evitado.
O Centro Espírita, como porta-voz do Espiritismo, no seu aspecto tríplice: religioso, científico e filosófico, desenvolve suas atividades baseado no "dai de graça o que de graça recebestes", proporcionando um entendimento mais completo das leis de Deus e suas aplicações. Logo, o Centro Espírita é um local de paz, harmonia, consolo, onde ao adentrar suas portas, o homem que sofre com tantas tragédias e desequilíbrios que o atingem e à toda humanidade, inicia a formação do alicerce para uma mudança interior que o amparará racionalmente por toda a sua vida.
O QUE A DOUTRINA RECOMENDA PARA AS OS ESPÍRITAS?
Recomenda que devemos nos interessar sempre por ideais nobres, ocupar nosso tempo com estudo e trabalho, praticar a caridade especialmente para com terceiros e manter a vigilância sobre nossos atos e pensamentos. A maneira segura de afastar as influências más é atrair as boas, uma vez que onde há luz não permanecem as sombras.
O próprio Codificador nos esclarece que fechar portas e janelas ou fazer uso de defumadores e velas não afasta Espíritos perturbadores. Contudo, pensamentos elevados não são alvo destes irmãos ignorantes e desocupados, que não se aproximam por faltar-lhes afinidade.
Uma postura elevada alivia os sofrimentos morais e físicos que, associada ao passe, um recurso energético de renovação, pode operar verdadeiros prodígios. As enfermidades físicas , muitas vezes, têm também causa espiritual e podem ser atenuadas ou até sanadas pela prática citada acima, porém tem seu componente orgânico que não dispensa, em hipótese alguma, um tratamento médico especializado.
Portanto, a Doutrina Espírita prima por simplicidade, conforme exorta Jesus a seus seguidores. Ao invés de fórmulas mirabolantes, amuletos, talismãs ou outra coisa qualquer, prescreve única e exclusivamente a reforma íntima como remédio. Tendo Evangelho de Jesus como código de conduta, o homem descobrirá o segredo da felicidade, vivenciando o amor a Deus e ao próximo. Levar o homem a essa descoberta é o maior bem e o maior objetivo da Doutrina Espírita.
A tratamento das enfermidades físicas e psicológicas pelos métodos espíritas não dispensam, em nenhuma circunstância, a consulta ou o tratamento médico.
QUEM FOI ALLAN KARDEC?
Allan Kardec foi o pseudônimo do homem que codificou a Doutrina Espírita. Seu nome verdadeiro era Hippolyte Léon Denizard Rivail. Usava tal pseudônimo para evitar que seu nome, já bastante conhecido nos meios literários, ficasse em evidência. Nasceu em Lion, na França, em 03 de outubro de 1804 e desencarnou subitamente em consequência de um aneurisma, em 1869 aos 65 anos de idade. Era casado, falava quatro idiomas, estudava astronomia e fenômenos ligados ao magnetismo. Estudou na escola de Pestalozzi, o pai da pedagogia moderna. Escreveu diversos livros didáticos e lecionava para alunos sem recursos financeiros.
Em certa ocasião foi convidado por um amigo de nome Fortier, para assistir a uma brincadeira de salão em evidência na época: as mesas girantes que se comunicavam através de batidas com seus pés.
Pensando tratar-se de algum fenômeno ligado ao magnetismo aceitou o convite. Após algumas sessões foi se intrigando, uma vez que, descartadas as causas conhecidas ou truques, convencia-se de que, por detrás das mensagens, havia alguma causa inteligente responsável pelos movimentos.
A causa inteligente que se manifestava dizia que os fenômenos eram provocados por Espíritos de homens que já haviam vivido no mundo. Passou a estudar o fenômeno e numa das reuniões, agora promovidas pelo próprio Kardec, um Espírito que usou o nome de Verdade, dizia que caberia ao professor desenvolver, dar corpo, codificar uma nova doutrina filosófica e religiosa.
Allan Kardec desempenhou com sucesso as obrigações de que fora incumbido, explicando todos os fenômenos de maneira racional, revivendo e reforçando os ensinamentos de Jesus e da Espiritualidade Superior.
Utilizou-se de vários médiuns diferentes, que foram cuidadosamente escolhidos, uma vez que o próprio Kardec não era médium. Fazia perguntas aos Espíritos, revisando e comparando repetidamente as respostas.
Todos os ensinamentos da Doutrina Espírita, foram reunidos em cinco obras básicas: O Livro dos Espíritos (1857), O Livro dos Médiuns (1861), O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864), O Céu e o Inferno (1865) e A Gênese (1868).

Portal  do Espírito-Grupo Espírita Bezerra de Menezes 

sábado, 30 de julho de 2016

“O ÚLTIMO SUSPIRO”

O Último Suspiro - Desprendimento do Corpo Após a Morte
Pergunta: Quando uma pessoa morre, o espírito sai do corpo, no mesmo instante do último suspiro? Ou demora para sair? Pergunto isso, porque meu pai, quando morreu, quase no mesmo instante, foi visto por minha tia na casa dela em outra cidade. Isso é possível?
RESPOSTA DE HERCULANO PIRES:
“Sim. Isso é possível. É possível, porque o espírito, ao se desprender do corpo, o faz de acordo com sua situação espiritual.
As pessoas que demoram a se desprender do corpo, que ficam muito tempo apegadas ao cadáver, são aquelas que viveram uma vida intensamente material. O pensamento voltado sempre para as coisas materiais, pouco se preocupando com os problemas espirituais. Então elas se sentem, naturalmente apegadas aquilo, ao que seu pensamento esteve sempre voltado. É uma questão de hábito. E têm dificuldades em se retirar do cadáver.
Mas pessoas já mais espiritualizadas, que não passaram a vida apenas para viver materialmente e que souberam elevar o seu pensamento, souberam pensar em Deus, pensar que existe outra vida e que souberam ser úteis ao próximo, dar-se a si mesmo em beneficio dos outros, ao invés de querer tudo para si, essas pessoas geralmente saem com muita rapidez.
Mal o corpo começou a perder sua vitalidade, o espírito vai abandonando-o, sai com rapidez. E pode, conforme o grau evolutivo que a pessoa atingiu no plano moral, imediatamente comunicar-se com pessoas distantes.
No caso dessa sua tia, por exemplo, poderia ter sido. Não sei se foi. Poderia ter sido um aviso de morte. Porque geralmente os espíritos fazem isso. É um dos casos, que levou a parapsicologia atual a incluir no seu esquema fenomênico, um novo tipo de fenômeno, chamado de fenômeno Teta.
Teta, quer dizer fenômenos relacionados com a morte. Porque Teta é a oitava letra do alfabeto grego, com a qual se escreve morte em grego. Então os cientistas tomaram essa letra, como designativas desses tipos de fenômenos. Os fenômenos principalmente de aviso de morte. Porque esses fenômenos foram comprovados exaustivamente pelas pesquisas para psicológicas
Hoje, cientificamente o aviso de morte é uma verdade. É uma realidade. Então nós vemos que as pessoas que morrem, podem comunicar-se com outras à distância, mostrando a elas que morreram, dando um sinal. E esse sinal consiste em aparecerem ou em provocarem um fenômeno qualquer como sendo a derrubada de seu retrato que está na parede ou outro sinal qualquer que desperta na pessoa a ideia daquela pessoa que morreu e ao mesmo tempo a relaciona com um problema que ela vai ter que solucionar. Ela vai saber o que aconteceu com a pessoa e aí descobre que morreu. De maneira que a manifestação de seu pai a essa sua tia é perfeitamente viável. ”

(PROGRAMA DE RÁDIO “NO LIMIAR DO AMANHÔ DATADO DE 22.06.1974)
Texto retirado do blog “ Espiritismo, por José Herculano Pires ”

Espírita na Net

sexta-feira, 29 de julho de 2016

"REFLEXÕES SOBRE O TERRORISMO."

Os fantasmas do medo, da revolta, das lutas sem quartel, corporificam-se nas massas alucinadas gritando por vingança, sem se importar com o número de vidas que sejam estioladas, nem com as formas cruentas a que sejam submetidas.
Os direitos do homem e da mulher, dolorosamente conseguidos ao largo da História, cedem lugar ao abuso do poder desenfreado, da loucura fanática de minorias infelizes, que acendem o estopim do barril de pólvora dos ódios malcontidos.
Entre as elevadas conquistas do desenvolvimento ético e moral da Terra, destaca-se a liberdade, representada nas organizações políticas pelos regimes democráticos, veladores da honra de bem viver e deixar que os demais também o vivam. Dentre esses direitos inalienáveis, a liberdade de expressão alcançou nível superior para o comportamento humano.
Não há, portanto, limite sagrado ou profano, proibido ou permitido, dependendo, exclusivamente, do estágio intelecto-moral da sociedade e dos seus cidadãos, que optarão pelo ético, pelo saudável e pelo favorável ao desenvolvimento espiritual da Humanidade.
Sofista por excelência e ético na sua essência, Sócrates defendia a liberdade de expressão num período de intolerância e de sujeição, de arbitrariedades, que ele condenava, havendo pago com a nobre existência a elevada condição de exaltar a beleza e a verdade.
Jesus, na Sua ímpar condição, respeitou essa gloriosa conquista – a liberdade de expressão - não se permitindo afetar pelos inditosos comportamentos dos seus opositores contumazes... E fez-se vítima espontânea da crueldade e do primarismo daqueles que O temiam e, por consequência, O odiavam.
Legou-nos, no entanto, no memorável discurso das bem-aventuranças as diretrizes éticas para a conquista da existência feliz através da aquisição da paz.
Em momento algum limitou, excruciou ou lutou contra o amadurecimento espiritual do ser humano.
Sua doutrina, conforme previra, foi submetida ao talante dos poderes temporais e transformada em arma terrorista esmagadora que dominou as massas humanas por longos séculos de medo e de horror.
Há pouco mais de duzentos anos, no entanto, a França e, logo depois, os Estados Unidos da América do Norte desfraldaram a bandeira dos direitos à liberdade, à igualdade e à fraternidade. E houve, desde então, avanços incontestes no comportamento dos povos, diversas vezes afogados no sangue dos seus filhos em insurreições internas, em guerras internacionais, embora muitos interesses subalternos, para que lhes fossem preservados esses soberanos direitos.
Os temperamentos primários, porém, ainda predominantes em expressivo número de Espíritos rebeldes, incapazes de compreender os valores humanos, têm imposto a sua terrível e covarde adaga em atos de terrorismo, tendo como pano de fundo as falsas e mórbidas confissões políticas e religiosas, que dizem abraçar, espalhando o caos, o terror, nos quais se comprazem.
A força das suas armas destrutivas jamais fixará os seus postulados hediondos, pois que sempre enfrentarão outros grupelhos mais nefastos e sanguinários que os vencerão. Após o triunfo de um bando de bárbaros por um tempo e ei-los desapeados da dominação por dissidentes não menos cruéis...
Assim tem sido na História em todos os tempos.
Os mongóis, por exemplo, conquistaram a Índia, embelezaram-na, realizaram esplendorosas construções como o Taj Mahal, pelo imperador Shah Jahan, a fortaleza dita inexpugnável guardando a cidade e as minas de diamantes da Golconda, enquanto se matavam para manter-se ou para conquistar o trono – filhos que assassinaram os pais ou os encarceraram, ou os enviaram para o exílio, como era hábito em outras nações – para depois sucumbirem sob o guante de outros voluptuosos dominadores mais hábeis e mais selvagens.
Criaram armas terríveis, como os foguetes com lâminas aguçadas e os imensos canhões, terminando vencidos, após algumas glórias, pelas tropas inglesas que invadiram o país, submetendo-o por mais de um século ao Reino Unido, desde o reinado de Vitória.
Mais tarde, a grandeza moral do Mahatma Gandhi, com a sua misericordiosa não violência, libertou-a, restituindo-a aos seus primitivos filhos. Nada obstante, após o seu assassinato, a Índia continuou e permanece até hoje vítima do terrorismo político e religioso desenfreado, sem a bênção da paz, a dileta filha do amor.
Somente quando o amor instalar-se no coração do ser humano é que o terrorismo perverso desaparecerá e os cidadãos de todas as pátrias e de todas as confissões religiosas se permitirão a vera liberdade de pensamento, de palavra e de ação.
Com efeito, esse sublime sentimento não usará da glória da liberdade para denegrir ou punir pelo ridículo, porque respeitará todos os direitos que a Vida concede àqueles que gera e mantém.
Para que esse momento seja atingido, faz-se urgente que todos, mulheres e homens de bem, religiosos ou não, mantenham-se em harmonia, respeitem-se mutuamente e contribuam uns para a plenitude dos outros.
Infelizmente, porém, na atualidade, em que predominam o individualismo, o consumismo, o exibicionismo, espúrios descendentes do egoísmo, facções terroristas degeneradas disseminarão na Terra o crime e o pavor, até que seus comandantes e comandados sejam todos exilados para mundos inferiores, compatíveis com o seu estágio de evolução.
Merece, igualmente, neste grave momento, recordar a frase de Jesus: Eu venci o mundo! (João, 16:33)
Todos desejam, por ignorância, vencer no mundo.
Ele não foi um vitorioso no cenário enganoso do mundo, mas o triunfador sobre todas as suas ainda perversas injunções.
O terrorismo passará como todas as vitórias da mentira, das paixões inferiores e da violência, porque só o amor é portador de perenidade.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica 
da noite de 7 de janeiro de 2015 (quando ocorreu o ataque terrorista 
em Paris), no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, 
Bahia.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

“DURANTE UMA BATALHA, HÁ ESPÍRITOS ASSISTINDO AOS COMBATES E AMPARANDO CADA UM DOS EXÉRCITOS? "

541 - Durante uma batalha, há Espíritos assistindo aos combates e amparando cada um dos exércitos?
"Sim e a lhes estimular a coragem."
Os antigos figuravam os deuses tomando o partido deste ou daquele povo. Esses deuses eram simplesmente Espíritos representados por alegorias.
542 - Estando numa guerra, a justiça sempre de um dos lados, como pode haver Espíritos que tomem o partido dos que se batem por uma causa injusta?
"Bem sabeis haver Espíritos que só se comprazem na discórdia e na destruição. Para esses, a guerra é a guerra. A justiça da causa pouco os preocupa."
543 - Podem alguns Espíritos influenciar o general na concepção de seus planos de campanha?
"Sem dúvida alguma. Podem influenciá-lo nesse sentido, como com relação a todas as concepções."
544 - Poderiam maus Espíritos suscitar-lhe planos errôneos com o fim de levá-lo à derrota?
"Podem; mas, não tem ele o livre arbítrio? Se não tiver critério bastante para distinguir uma ideia falsa, sofrerá as consequências e melhor faria se obedecesse em vez de comandar."
545 - Pode, alguma vez, o general ser guiado por uma espécie de dupla vista, por uma visão intuitiva, que lhe mostre de antemão o resultado de seus planos?
"Isso se dá amiúde com o homem de gênio. É o que ele chama de inspiração e o que faz que obre com uma espécie de certeza. Essa inspiração lhe vem dos Espíritos que o dirigem, os quais se aproveitam das faculdades de que ele é dotado."
546 - No tumulto dos combates, que se passa com os Espíritos dos que sucumbem? Continuam, após a morte, a interessar-se pela batalha? 
"Alguns continuam a interessar-se, outros se afastam."
Dá-se nos combates, o que ocorre em todos os casos de morte violenta: no primeiro momento, o Espírito fica surpreendido e como que atordoado. Julga não estar moto. Parece-lhe que ainda toma parte na ação. Só pouco a pouco se inteira da realidade.
547 - Após a morte, os Espíritos, que como vivos se guerreavam, continuam a considerar-se inimigos e se conservam encarniçados uns contra os outros?
"Nessas ocasiões, o Espírito nunca está calmo. Pode acontecer que nos primeiros instantes depois da morte ainda odeie ao seu inimigo e mesmo o persiga. Quando, porém, se lhe restabelece a serenidade nas ideias, vê que nenhum fundamento há mais para sua animosidade. Contudo, não é impossível que dela guarde vestígios mais ou menos fortes, conforme o seu caráter."
- Continua a ouvir o rumor da batalha?
"Perfeitamente."
548 - O Espírito que, como espectador, assiste calmamente a um combate observa o ato de separar-se a alma do corpo? Como é que esse fenômeno se lhe apresenta à observação?
"Raras são as mortes verdadeiramente instantâneas. Na maioria dos casos, o Espírito, cujo corpo acaba de ser mortalmente ferido, não tem consciência imediata desse fato. Somente quando ele começa a reconhecer a nova condição em que se acha, é que os assistentes podem distingui-lo a mover-se ao lado do cadáver. Parece isso tão natural, que nenhum efeito desagradável lhes causa a vista do corpo morto. Tendo-se a vida toda concentrada no Espírito, só ele prende a atenção dos outros. É com ele que estes conversam, ou a ele é que fazem determinações."
Autor

Allan Kardec   Livro dos Espíritos  

quarta-feira, 27 de julho de 2016

"SERÁ QUE EXISTE MESMO VIDA APÓS A MORTE??"

As pesquisas científicas indicam que sim, e as religiões também afirmam que, de alguma forma, a vida continua depois desta vida, nem que seja em estado latente, aguardando a ressurreição dos mortos.
Só que aí surge uma questão da mais alta importância: se todos havemos de morrer um dia, como estaremos nesse além da vida? Será que vamos ficar armazenados em algum galpão celestial, aguardando o juízo final? Ou quem sabe, prostrados diante do trono divino, em adoração, pela eternidade afora? Ou talvez sentados no beiral de uma nuvem tocando harpa?
Será que uma natureza dinâmica, como a do ser humano, iria suportar um estado de inatividade, inócuo e vazio, por toda a Eternidade?
São os próprios espíritos que têm dado as mais completas explicações sobre esse outro lado da vida. Essas informações têm chegado, principalmente através da psicografia, por intermédio de inúmeros médiuns, nos mais diferentes pontos da Terra e nas mais diversas épocas. Nessas mensagens, dirigidas em sua maioria a parentes e amigos, os espíritos contam como foi a sua passagem para o mundo ou dimensão espiritual, e como é essa nova realidade. Também pela TCI – Transcomunicação Instrumental, os espíritos se comunicam através de aparelhos eletrônicos, passando informações semelhantes.
Um dos portadores das mais amplas e detalhadas notícias sobre o mundo espiritual, a vida e atividades dos seus habitantes - através da mediunidade - é o espírito André Luiz, nos 11 livros psicografados por Francisco Cândido Xavier (Chico Xavier): Nosso Lar, Os Mensageiros, Missionários da Luz, Obreiros da Vida Eterna, No Mundo Maior, Libertação, Entre a Terra e o Céu, Nos Domínios da Mediunidade, Ação e Ração, Sexo e Destino, E a Vida Continua.
André Luiz nos mostra que esse outro lado da vida é muito parecido com o lado de cá. Há muitas semelhanças. Ninguém fica vagando no espaço como alma penada, nem tocando harpa no beiral de uma nuvem. O mundo espiritual, para os espíritos, é tão real e dinâmico quanto o mundo físico é para nós.
É por isso que muitos espíritos não sabem, ou não conseguem acreditar que já morreram. São daqueles que pensam que ao morrer irão para o céu, o purgatório ou mesmo para o inferno, ou então, que a morte irá apagá-los de vez. Mas, ao invés disso, encontram-se quase como antes. Muitos voltam para o lar, para os ambientes do trabalho ou do lazer. Vêem as pessoas, falam com elas, mas as pessoas não lhes dão a menor atenção. Alguns pensam que ficaram loucos, ou que estão vivendo um pesadelo interminável. Muitos assistem ao próprio velório e sepultamento, mas não aceitam a idéia de que aqueles funerais sejam os seus. Espíritos nessa condição são popularmente conhecidos como sofredores.
Uma das atividades dos centros espíritas é o esclarecimento a esses irmãos tão necessitados. Eles se incorporam ao médium e o doutrinador conversa com eles explicando-lhes a realidade. O grupo todo envolve o irmão sofredor em vibrações de paz e de amor. É como ele se alivia e consegue melhorar a própria freqüência vibratória.
Essa elevação vibratória é necessária para que ele possa ser socorrido e levado para tratamento em local adequado.
Mas há também aqueles que retornam à dimensão espiritual mais ou menos conscientes do que está ocorrendo, ou seja, sabem, ou mesmo desconfiam que desencarnaram, ou “morreram”.
Quando alguém desencarna é muito importante que receba vibrações de paz, em vez das manifestações de desespero que geralmente acontecem nessas situações.
Muitos espíritos têm relatado através da mediunidade seus dramas, sofrimentos e aflições, por causa do desespero e desequilíbrio dos parentes e amigos, após seus desenlaces. Eles dizem que as lágrimas dos entes queridos que ficaram na Terra, suas vibrações angustiadas, chegam a eles com muita intensidade, provocando-lhes sofrimentos e aflições sem conta.
Por isso, diante da morte, a atitude dos presentes deve ser de respeito, serenidade, equilíbrio e, acima de tudo, prece. O recém-desencarnado necessita de paz e de muita oração.
PERGUNTA OPORTUNA
Que é freqüência vibratória?
O pensamento e a emoção produzem o que se conhece como vibração, e o seu teor reflete o que há em nossa alma, definindo a freqüência dessa vibração, desde a mais baixa até a mais elevada que a nossa condição possa gerar.
O escritor Francisco Carvalho, no livro Influências Energéticas Humanas, elabora uma escala imaginária que vai de zero a cem graus, com os seguintes valores: no grau zero teríamos o ódio, emoção de mais baixo teor vibratório; nos 10 graus os desejos de vingança; nos 20, a inveja, o ciúme; nos 30, o rancor, o azedume, os ressentimentos e assim por diante, até os neutros, nos 50 graus. Nos 70, já numa faixa positiva, teríamos a esperança; nos 80, a fé; nos 90, a oração e a alegria e, finalmente, nos 100, o amor, a mais forte vibração de teor positivo.
Ainda na escala de vibrações de baixo teor podemos acrescentar as inúmeras “curtições” de natureza inferior, como as mais diversas taras, a crueldade, a perversidade, os muitos tipos de perversão, as conversas voltadas às baixas paixões, os mais diversos vícios, etc.
Já, para elevar o teor vibratório, também podemos acrescentar os sentimentos nobres, as leituras e conversas voltadas para assuntos ligados à religiosidade, à fraternidade, ao amor puro; a alegria sã e a meditação em temas luminosos, enfim, tudo que possa abrir canais entre nós e as forças mais altas da vida.
Quanto a mais informações sobre espíritos e mundo espiritual, há extensa bibliografia a respeito, particularmente pela psicografia de Chico Xavier, inclusive casos em que foram feitas perícias da letra e assinatura do espírito, comparando-se com sua letra e assinatura, quando ainda encarnado, e o diagnóstico dos peritos afirmou tratar-se da mesma pessoa.
FONTE: INTERNET.

mundoespiritual.com.br

terça-feira, 26 de julho de 2016

"O QUE DEVEMOS FAZER PARA AFASTAR OS MAUS ESPÍRITOS?. ”


Muita gente tem medo só de pensar nos espíritos. Que dizer então quando se tratarem de maus espíritos? E, levados por uma suposta e antecipada proteção, utilizam-se de inúteis e variados meios que, dizem, protege contra a influência deles. Com esse propósito de se defenderem ou afastarem supostas presenças de maus espíritos que lhes prejudiquem a vida ou os negócios, utilizam-se de processos vulgares que a nada levam.
Essas práticas recebem o nome de oferendas, exorcismos, etc. e são absolutamente inúteis, desgastantes, improdutivas e desnecessárias.
Antes de mais nada, é preciso que se repita que os espíritos são os seres humanos antes e após a existência na Terra. Portanto, também somos espíritos. E, após a morte do corpo, habitaremos o mundo dos espíritos, com nossas virtudes, defeitos e conquistas morais e intelectuais.
Podemos afirmar como princípio geral que os maus espíritos aparecem ou se intrometem onde alguma coisa os atrai. E o que os atrai? É simples. Em primeiro lugar, as imperfeições morais; em segundo lugar a demasiada confiança com que são acolhidas as suas palavras.
As imperfeições morais são a inveja, a maledicência, a ganância, o egoísmo, o ciúme, a inveja, a intolerância, a irritação, a impaciência e outros males. Portanto para que eles não sejam atraídos, basta substituir aqueles sentimentos pela paz, pela concórdia, pelo entendimento, pela paciência, pela calma, pelo amor ao próximo...
Todos aqueles que cultivarem virtudes e procurarem se corrigir das próprias imperfeições morais estão construindo legítima defesa contra o ataque ou intromissão de espíritos enganadores, inconvenientes ou causadores de perturbações.
E no caso de você participar de intercâmbio mediúnico (que não é exclusivo do Espiritismo), a ponderação e a reserva com que analise e aceite as comunicações é outro instrumento de defesa contra os maus espíritos. Isso significa submeter todas as comunicações e supostas orientações advindas dos espíritos, através dos médiuns, aos critérios da lógica, do bom senso e do bem comum.
Agindo assim, pronto, estão afastados os maus espíritos, que perdem o acesso.
Não há mistérios. Onde o amor brote espontâneo, onde a fraternidade está presente, onde o esforço pelo bem comparece, os maus espíritos perdem acesso e meios de se intrometerem. Onde, porém, a tônica é o desrespeito, a desconfiança, a malícia, aí estão eles, em abundância.
Portanto, tudo depende de cada um mesmo. Ninguém é prejudicado senão porque se permitiu ser prejudicado pela própria conduta. Quem está e se esforça no bem, já, por si mesmo, está se protegendo. Simples!
Portanto, faça de seu lar um lugar protegido: afaste os maus espíritos.
Como? Com o esforço da conduta digna e reta! A começar no ambiente familiar.

Orson Peter Carrara

segunda-feira, 25 de julho de 2016

“TEMOS DATA E HORA CERTA PARA DESENCARNAR ?”

Quando encarnamos, recebemos uma carga de fluido vital (fluido da vida) !
Quando este fluido acaba, morremos. Somos como a pilha que com o tempo vai descarregando.
Chegamos ao ponto que os remédios já não fazem mais efeito. Daí não resta outra alternativa senão trocar de “roupa” e voltar para a escola planetária.Mas a quantidade de fluido vital não é igual em todos seres orgânicos. Isso dependerá da necessidade reencarnatória de cada um de nós.Quando chegamos á Terra cada um tem uma estimativa de vida. Vai depender do que viemos fazer aqui.André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, explica que poucos são completistas, ou seja, nascemos com uma estimativa de vida e, com os abusos, desencarnamos antes do previsto, não completamos o tempo estimado, isso chama-se suicídio indireto.Se viemos acertar as pendências biológicas por mau uso do corpo, como o suicídio direto ou indireto, nós vamos ficar aqui pouco tempo. É só para cobrir aquele buraco que nós deixamos. Exemplo: Se nossa estimativa de vida é 60 anos e nós, por abusos, desencarnamos aos 40 anos, ficamos devendo 20 anos. Então, na próxima encarnação viveremos somente 20 anos.Mas há outros indivíduos que vem para uma tarefa prisional. E daí vai ficar, 70, 80, 90, 100 anos. Imaginamos que quem vira os 100 anos está resgatando débitos. Porque vê as diversas gerações que já não são as suas. E o indivíduo vai se sentindo cada vez mais um estranho no ninho. Os jovens o olham como se ele fosse um dinossauro. Os da sua idade já não se entendem mais porque já faltam certos estímulos (visuais, auditivos, etc.). Já não podem visitar reciprocamente, com raras exceções. Tornam-se pessoas dependentes dos parentes, dos descendentes para levar aqui e acolá. Até para cuidar-se e tratar-se. Então, só pode ser resgate para dobrar o orgulho, para ficar nas mãos de pessoas que nem sempre gostam dela. Alguns velhos apanham, outros são explorados na sua aposentadoria, outros são colocados em asilos onde nunca recebem visitas.Em compensação, outros vêm, cuidam da família, educam os filhos em condição de caminhar, fecham os olhos e voltam para a casa com a missão cumprida com aqueles que se comprometeu em orientar, impulsionar, a ajudar.Por isso, precisamos conversar com os jovens. Dizer a eles que é na juventude que a gente estabelece o que quer na velhice, se chegar lá. E que vamos colher na velhice do corpo o que tivermos plantado na juventude. Se ele quiser ter um ídolo, que escolha alguém que esteja envolvido com a paz, com a saúde, a ética, ao invés de achar ídolos da droga, do crime, das sombras.
E aqueles que não tem jovens para orientar e que estão curtindo a própria maturidade, avaliar o que fizeram da vida até agora. Se a morte chegasse hoje, o que teriam para levar? Se chegarem a conclusão que não tem nada para levar lembrem que: HÁ TEMPO.Enquanto Deus nos permitir ficar na Terra, HÁ TEMPO, para fazermos algum serviço no Bem seja ao próximo ou a nós mesmos: estudar, aprender uma língua, uma arte, praticar um esporte. Enquanto respirarmos no corpo perguntemos: “O QUE DEUS QUER QUE EU FAÇA?” Usemos bem o fluido que nos foi disponibilizado. A vida bem vivida pela causa do Bem pode nos dar “moratória”, ou seja, uma sobrevida, uma dilatação do tempo de permanência do Espírito no corpo de carne.
Então, há idosos em caráter expiatório e em caráter de moratória.
Baseado na  palestra de José Raul Teixeira e de Richard Simonetti

Grupo de estudo Allan Kardec

domingo, 24 de julho de 2016

“AS DIVERSAS REENCARNAÇÕES DO ESPIRITO EMMANUEL: DE PÚBLIO LENTULUS NA ROMA ANTIGA AO PADRE MANOEL DE NÓBREGA NO BRASIL."

O nome de Emmanuel está definitivamente associado ao de Chico Xavier e, certamente, a algumas das mensagens mais importantes, profundas e lindas do Espiritismo. Durante anos, o espírito Emmanuel manifestou-se por meio do médium mineiro, recentemente falecido, propiciando informações fundamentais sobre a reencarnação, além de mensagens que ajudaram milhões de pessoas a encontrar seu caminho na vida. Além do que, foi o guia espiritual de Xavier, sempre fornecendo instruções e mensagens reconfortantes, indicando com segurança o rumo que sua vida deveria seguir.
O próprio Chico Xavier disse que os contatos com o espírito começaram em 1931. Na época, Chico estava psicografando seu primeiro livro, Parnaso de Além-Túmulo. As menções a esse primeiro contato são contraditórias: uns dizem que o médium participava de uma de suas reuniões habituais; outros, que ele se encontrava nas proximidades de um açude. De qualquer forma, foi um contato visual muito forte, de modo que Chico chegou a descrever perfeitamente seu semblante. “Via-lhe os traços fisionômicos de homem idoso”, escreveu, “sentindo minha alma envolvida na suavidade de sua presença. Mas o que mais me impressionava era que a generosa entidade se fazia visível para mim, dentro de reflexos luminosos que tinham a forma de uma cruz. Às minhas perguntas naturais, respondeu o bondoso guia: descansa! Quando te sentires mais forte, pretendo colaborar igualmente na difusão da filosofia espiritualista. Tenho seguido sempre os teus passos e só hoje me vês, na tua existência de agora, mas os nossos espíritos se encontram unidos pelos laços mais santos da vida, e o sentimento afetivo que me impele para teu coração tem suas raízes na noite profunda dos séculos”.
A questão central em torno desse encontro que provocou tantas transformações no Espiritismo, é que Emmanuel perguntou a Chico se ele estava, de fato, disposto a trabalhar mediunicamente, com Jesus. A resposta, afirmativa, fez com que Emmanuel lhe dissesse que, a partir de então, deveria ter em mente que o serviço que se aproximava lhe exigiria uma disciplina fora do comum, e uma dedicação total ao trabalho, ao estudo e um esforço contínuo em direção ao bem. Certamente, a escolha não foi por acaso, uma vez que Chico Xavier é, provavelmente, um dos maiores exemplos de dedicação e amor ao próximo na história da mediunidade mundial.
Inicialmente, o próprio Chico não sabia quem era exatamente o espírito com quem estava se comunicando, uma vez que Emmanuel não se identificou, dizendo apenas ter sido – em sua última passagem como encarnado – um padre católico, que desencarnou no Brasil, e diz-se que esse era o padre Manoel da Nóbrega. Quando a revelação finalmente foi-lhe fornecida, ficamos sabendo que Emmanuel tinha vivido no tempo de Jesus Cristo, quando era conhecido como Publius Lentulus, e sua imagem foi associada à do senador romano Lentulus. 
Senador Romano :
Em 1939, a Federação Espírita Brasileira publicou o livro Há Dois Mil Anos, psicografado por Chico Xavier, e que traz a autobiografia de Públio Lentulus Cornelius. A história subseqüente das encarnações de Emmanuel surgiu com a publicação, em 1940, do livro 50 Anos Depois, também pela FEB. 
Na época em que era senador romano, Lentulus era casado com Lívia, com quem teve uma filha chamada Flávia. O senador era totalmente dedicado à sua atuação como senador, interessando-se apenas pela política. A esposa seguia os costumes mais moderados da sociedade. “Desde os primeiros tempos do Império”, escreveu Emmanuel, “a mulher romana havia-se entregado à dissipação e ao luxo excessivo, em detrimento das obrigações santificadoras do lar e da família”. Lívia, no entanto, estava entre aquelas que se orgulhavam do padrão das antigas virtudes familiares. Já a filha deles, Flávia, sofria com a lepra, uma doença bastante comum na época e considerada sem cura.
Mas as coisas começaram a mudar quando Lentulus foi mandado para Jerusalém, onde os ensinamentos de Jesus já começavam a se tornar comentados e conhecidos por todos. Quando foi para a cidade de Cafarnaum, atendeu o pedido de sua filha, cuja saúde piorava cada vez mais, e levou-a ao encontro do profeta de Nazaré, que lá se encontrava. O momento do encontro trouxe grande emoção ao senador romano, que chorou e sentiu-se incapaz de falar. Jesus lhe disse: “Depois de longos anos de desvio do bom caminho, pelo sendal dos erros clamorosos, encontras, hoje, um ponto de referência para a regeneração de toda a tua vida”. E disse ainda muito mais, até que Públio sentiu um torpor tomar conta de seu corpo, despertando algum tempo depois. Ao retornar à sua casa, viu que sua filha tinha sido curada. Lívia disse ao marido que, em determinado momento, a pequena Flávia sentiu o contato de mãos carinhosas em sua fronte e, em seguida, sentou-se em seu leito, com uma nova energia circulando em seu organismo. Ainda assim, Lentulus se recusou a reconhecer em Jesus o autor da cura milagrosa da filha.
Ao final de sua vida, Lentulus se retirou para sua residência em Pompéia, e só então começou a entender plenamente os ensinamentos que Jesus lhe transmitira naquele encontro em Cafarnaum. O ex-senador morreu no ano 79 – quando o Vesúvio entrou em erupção e soterrou Pompéia – e desencarnou com o coração concentrado em Jesus. 
Encarnações: 
O título do livro 50 Anos Depois refere-se ao período de tempo passado entre a morte de Lentulus em Pompéia e sua encarnação seguinte. O senador retornou ao mundo material como o escravo Nestório, justamente o tipo de homem que o senador tanto prejudicou antes de perceber a verdade das palavras de Jesus.
Nascido na Grécia, mas de origem judia, Nestório tinha grande cultura e, depois de ter sido escravizado, foi comprado por uma família rica de Roma, e passou a trabalhar como professor. Ele também era cristão e, segundo conta a história psicografada, participou das pregações evangélicas do apóstolo João Evangelista, em Éfeso. Foi preso por participar das reuniões secretas de cristãos realizadas nas catacumbas das cidades, e foi condenado à morte violenta.
Reencarnou novamente por volta do ano 217, como Quinto Varro, romano seguidor dos ensinamentos de Jesus, assim como um defensor dos ideais de liberdade. Revolta-se contra as condições em que as classes menos privilegiadas de Roma têm de viver, mas percebe que um novo mundo está para surgir. Assume a identidade de Irmão Corvino ao saber de uma conspiração para matá-lo. Quando finalmente é preso, é condenado à decapitação, mas a pena é suspensa, e acaba morrendo lentamente na prisão. Sua encarnação seguinte ocorreu onze anos após, com o nome de Quinto Celso, que também sofreu o martírio no circo, morrendo queimado aos quatorze anos.
Uma das encarnações muito comentadas de Emmanuel foi como o Padre Manoel da Nóbrega, figura importante na história do Brasil. No entanto, ele apenas revelou ter sido, de fato, o padre Manoel da Nóbrega, numa sessão realizada em 1949. Parte da mensagem psicografada dizia: “O trabalho de cristianização, irradiado sob novos aspectos do Brasil, não é novidade para nós. Eu havia abandonado o corpo físico em dolorosos compromissos no século XV, na Península, onde nos devotávamos ao ‘crê ou morre’, quando compreendi a grandeza do País que nos acolhe agora. Tinha meu espírito entediado de mandar e querer sem o Cristo. As experiências do dinheiro e da autoridade me haviam deixado a alma em profunda exaustão. Quinze séculos haviam decorrido sem que eu pudesse imolar-me por amor do Cordeiro Divino, como o fizera, um dia, em Roma, a companheira do coração. Vi a floresta perder-se de vista e o patrimônio extenso entregue ao desperdício, exigindo o retorno à humanidade civilizada e, entendendo as dificuldades do silvícola relegado à própria sorte. Nos azares e aventuras da terra dadivosa que parecia sem fim, aceitei a sotaina, de novo, e por Padre Nóbrega conheci de perto as angústias dos simples e as aflições dos degredados. Intentava o sacrifício pessoal para esquecer o fastígio mundano e o desencanto de mim mesmo, todavia, quis o senhor que, desde então, o serviço americano e, muito particularmente, o serviço ao Brasil não me saísse do coração. A tarefa evangelizadora continua. A permuta de nomes não importa. Cremos no reino Divino e pugnamos pela ordem cristã. Desde que conheçamos a governança e a tutela de Cristo, o nome de quem ensina ou de quem faz não altera o programa”.
Reencarnado na vila portuguesa de Sanfins, em 18 de outubro de 1517, o padre ficou conhecido como “o primeiro apóstolo do Brasil”, para onde veio em 1549, na companhia de Tomé de Souza. Ele desencarnou em 1570, e renasceu cinqüenta anos depois, na Espanha, onde foi o padre Damiano, que lutou contra os mercadores de escravos. 
Lentulus e Jesus: 
É inevitável que aqueles que não reconhecem a mediunidade de Chico Xavier ou mesmo a noção da reencarnação levantassem dúvidas quanto à veracidade dos relatos e mensagens obtidas pelo médium mineiro. Entretanto, os seguidores do Espiritismo podem apresentar uma prova de que Publius Lentulus realmente existiu e conheceu Jesus, através de uma carta encontrada nos arquivos do Duque Cesari, de Roma – documento que faz parte da biblioteca da Ordem dos Lazaristas de Roma. Trata-se de uma inscrição feita em folha de cobre, encontrada no interior de um vaso de mármore. A carta foi escrita por Publius Lentulus, senador romano, governador da Judéia, e predecessor de Pôncio Pilatos, endereçada ao imperador romano Tibério César. Nela, Lentulus descreve Jesus, a pedido do imperador que desejava saber de quem se tratava essa pessoa.
A carta diz: "Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existe nos nossos tempos um homem, o qual vive atualmente de grandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcado o profeta da verdade, e os seus discípulos dizem que é o filho de Deus, criador do céu e da terra e de todas as coisas que nela se acham e que nela tenham estado. Em verdade, ó César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, em uma só palavra. É um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto. Há tanta majestade em seu rosto, que aqueles que o vêem são forçados a amá-lo ou temê-lo. Tem os cabelos da cor da amêndoa bem madura; são distendidos até as orelhas, e das orelhas até as espáduas, são da cor da terra, porém mais reluzentes. Tem no meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso pelos nazarenos. O seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno. Nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face, de uma cor moderada. O nariz e a boca são irrepreensíveis. A barba é espessa, mas semelhante aos cabelos, não muito longa, separada pelo meio. Seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos expressivos e claros. O que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do sol, porém ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza, faz chorar. Faz-se amar e é alegre com gravidade. Diz-se que nunca ninguém o viu rir, mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos. Na palestra, contenta muito, mas o faz raramente e, quando dele se aproxima, verifica-se que é muito modesto na presença e na pessoa. É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo jamais visto por estas partes uma mulher tão bela. Porém, se a Majestade Tua, ó Cesar, deseja vê-lo, como no aviso passado escreveste, dá-me ordens, que não faltarei de mandá-lo o mais depressa possível. De letras, faz-se admirar de toda a cidade de Jerusalém; ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada. Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim, porém em sua presença, falando com ele, tremem e admiram. Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes. Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram, jamais, tais conselhos, de grande doutrina, como ensina este Jesus. Muitos judeus o têm como divino e muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de Tua Majestade. Eu sou grandemente molestado por estes malignos hebreus. Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles que o conhecem e com ele têm praticado, afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde, porém à tua obediência estou prontíssimo: aquilo que Tua Majestade ordenar será cumprido. Vale, da Majestade Tua, fidelíssimo e obrigadíssimo. Publius Lentulus, presidente da Judéia”.
Gilberto Schoereder

Fonte: Espiritismo e  Ciência

sábado, 23 de julho de 2016

“ANJOS E DEMÔNIOS”

1. INTRODUÇÃO
O que se entende por anjo? E por demônio? Há diferença entre a posição católica e a espírita? Nosso objetivo é fazer um estudo comparativo, no sentido de melhor entender as relações entre esses dois temas e os seus correlatos: Satanás, Diabo e Lúcifer. 
2. CONCEITO
Anjo – Ser espiritual que exerce o ofício de mensageiro entre Deus e os homens. A palavra anjo desperta geralmente a ideia da perfeição moral; não obstante, é frequentemente aplicada a todos os seres, bons e maus, que não pertencem à Humanidade.
Demônio – 1. Nas crenças da Antiguidade e no politeísmo, gênio inspirador, bom ou mal, que presidia o caráter e o destino de cada indivíduo; alma, espírito. 2. Nas religiões judaicas e cristãs, anjo mau que, tendo-se rebelado contra Deus, foi precipitado no Inferno e procura a perdição da humanidade; gênio ou representação do mal; espírito maligno, espírito das trevas, Lúcifer, Satanás, Diabo. 3. Cada um dos anjos caídos ou gênios maléficos do Inferno, sujeitos a Lúcifer ou Satanás. (Dicionário Aurélio)
3. HISTÓRIA DO DEMÔNIO
A história de uma palavra mostra-nos as suas transformações ao longo do tempo. O termo demônio não fugiu à regra. Nas crenças populares gregas da antiguidade, era usada para designar os espíritos dos falecidos, que dispunham de forças sobrenaturais, intervindo de modo extraordinário na natureza e na vida dos homens, e contra os quais os homens deviam se defender através da magia. Os filósofos gregos o elevou à esfera do divino, por isso o daimon socrático. O termo demônio não é citado no AT, onde só aparece, nos últimos livros. Ele existe no Novo Testamento, onde os Evangelistas confundem os demônios com Satã. Quer dizer, o demônio só surge com a influência grega.
Na época do Novo Testamento, as almas dos mortos, assimiladas às das divindades, foram confundidas com as manes, os lares e os gênios latinos. Estas concepções penetram a Palestina. Com a vinda dos romanos, o Demônio grego transforma-se em Diabo, cujo significado passou a ser "espírito da mentira" ou "caluniador".
O Daimon grego passa a ser o Diabolus romano. Na Baixa Idade Média, o Diabolus romano ganha força. Como o Diabolus romano era um "espírito mau", passou a designar o espírito mau hebraico, Satã. Para explicar a sua presença como tentador do mundo, os padres da Igreja recorreram à lenda da revolta do anjo Azazel, dos Livros de Enoque, que eram apócrifos. (Sampaio, 1976)
4. A IGREJA CATÓLICA E A SUA DOGMÁTICA
4.1. HIERARQUIA DOS ANJOS
A fonte da angelologia medieval é o texto do Pseudo-Dionísio, o Areopagita, Sobre a Hierarquia Celeste (séc. V). A hierarquia celeste é constituída por nove ordens de anjos agrupados em disposições ternárias. A primeira é a dos Serafins, dos Querubins e dos Tronos; a segunda é a das Dominações, das Virtudes e das Potestades; a terceira, a dos Principados, dos Arcanjos e dos Anjos. Essa doutrina foi aceita por S. Tomás e adotada por Dante no Paraíso. (Abbagnano, 1970)
4.2. LÚCIFER E SATÃ
Lúcifer - o Príncipe dos Demônios - não é referendado na Bíblia (VT e NT). Apresenta-se como  sinônimo de Diabo, Demônio e Satanás. Este nome surgiu na Baixa Idade Média, baseado numa divindade associada ao planeta Vênus. Os teólogos, para criar o termo, recorreram ao Livro de Enoque, considerado apócrifo, do qual restam vestígios na Bíblia, em Gênesis, 6.
"Lúcifer, produto da teologia cristã, foi associado aos "diabos" Satã, ao conceito de "demônio" dos gregos e ao princípio do dualismo Bem e Mal do Zoroatrismo, entre outras tradições".
 Satã significa "o adversário", "o acusador". O termo "acusador" existia no Império Persa, cuja função era a de percorrer secretamente o reino e fiscalizar tudo o que estava sendo feito de mal no sentido de apresentar denúncias diante do Imperador, que mandava chamar os funcionários faltosos e os castigava.
Com a evolução da doutrina religiosa judaica, Satã acabou se convertendo, de um acusador dos pecados dos homens, num deus secundário, oposto a Javé.
Satã não é Lúcifer. Ele não é um anjo que se revoltou contra o Senhor. Ele é apenas um acusador., ou seja, um dos olhos do Senhor, que anda pela Terra e comparece perante o Senhor para acusar. (Sampaio, 1976)
4.3. DEMONOLOGIA
Na Idade Média surge a Demonologia, ciência dos demônios, cujo objetivo era fazer um tratado sobre os demônios.
Lúcifer-Satã-Diabo-Demônio, ao cair, levou muitos consigo. 19 anjos principais e uns 200 liderados que teriam “caído”.
A 1.ª medida da demonologia foi o recenseamento do Inferno, no sentido de estabelecer o número de demônios que ali habitavam. Foram contados 7.045.926 demônios.
Havia também movimentos políticos no inferno. Satã, o diabo grosseiro, da luxúria e da gula, dos defeitos capitais dá um golpe de estado, depondo lúcifer do comando. (Sampaio, 1976)
5. ANJOS E DEMÔNIOS NA ÓTICA ESPÍRITA
5.1. ANJOS
P.128 - Os seres que chamamos anjos, arcanjos, serafins, formam uma categoria especial, de natureza diferente da dos outros Espíritos?
- Não; são Espíritos puros: estão no mais alto grau da escala e reúnem em si todas as perfeições.
A palavra anjo desperta geralmente a ideia da perfeição moral; não obstante, é frequentemente aplicada a todos os seres, bons e maus, que não pertencem à Humanidade. Diz-se: o bom e o mau anjo; o anjo da luz e o anjo das trevas; e nesse caso ele é sinônimo de Espírito ou de gênio. Tomamo-lo aqui na sua boa significação.
P.129 - Os anjos também percorrem todos os graus?
- Percorrem todos. Mas, como já dissemos: uns aceitaram a sua missão sem murmurar e chegaram mais depressa; outros empregaram maior ou menor tempo para chegar à perfeição.
P. 130 – Se a opinião de que há seres criados perfeitos e superiores a todos os outros é errônea, como se explica a sua presença na tradição de quase todos os povos?
- Aprende que o teu mundo não existe de toda a eternidade, e que muito antes de existir há havia Espíritos no grau supremo; homens, por isso, acreditaram que eles sempre haviam sido perfeitos.
5.2. DEMÔNIOS
P.131 - Há demônios, no sentido que se dá a essa palavra?
- Se houvesse demônios, eles seriam obra de Deus. E Deus seria justo e bom, criando seres infelizes, eternamente voltados ao mal?
A palavra demônio não implica a ideia de Espírito mau, a não ser na sua acepção moderna, porque o termo grego daimon, de que ele deriva, significa gênio, inteligência, e se aplicou aos seres incorpóreos, bons ou maus, sem distinção.
Os homens fizeram, com os demônios, o mesmo que com os anjos. Da mesma forma que acreditaram na existência de seres perfeitos, desde toda a eternidade, tomaram também os Espíritos inferiores por seres perpetuamente maus. A palavra demônio deve portanto ser entendida como referente aos Espíritos impuros, que frequentemente não são melhores do que os designados por esse nome, mas com a diferença de ser o seu estado apenas transitório. São esses os Espíritos imperfeitos que murmuram contra as suas provações e por isso as sofrem por mais tempo, mas chegarão por sua vez à perfeição quando se dispuserem a tanto. (Kardec, 1995)
5.3. HÁ LÓGICA NA DOUTRINA DOS ANJOS DECAÍDOS?
Não. Ora, como pode um Espírito que atingiu uma luz espiritual da perfeição retrogradar e ficar numa posição de inferioridade. O progresso é uma lei natural, compulsória e inexorável, que nos impulsiona sempre para frente. Em A Gênese, Allan Kardec reporta-se ao Paraíso Perdido, em que Espíritos de outros mundos vieram reencarnar na Terra. Cita o caso dos exilados de Capela, orbe semelhante ao da Terra, situado na Constelação de Cocheiro, que estava passando por um período de transformação, semelhante ao que estamos verificando no Planeta Terra. Embora tenham reencarnado num mundo inferior, eles não perderam o progresso adquirido, não regrediram moralmente e intelectualmente, apenas tiveram que fazer as suas experiências num mundo mais hostil, justamente para se equilibrarem no campo moral.
6. O PENSAMENTO E AS INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS
6.1. AS IDÉIAS E O PENSAMENTO
O tema anjos e demônios leva-nos a refletir sobre a nossa condição humana, especificamente na relação que temos com o conhecimento da verdade. Em nosso dia-a-dia produzimos ideias. As ideias formam o nosso pensamento. O pensamento dirige-se à verdade das coisas. A percepção da verdade das coisas está subordinada ao nosso grau de evolução espiritual e intelectual. Por isso, diz-se que somente atingiremos a verdade quando pudermos ter um perfeito relacionamento entre o sujeito e o objeto, ou seja, somente quando o objeto refletir-se fielmente na mente do sujeito.  Para que isso se dê, temos que desobstruir a nossa mente dos preconceitos e das diversas idiossincrasias automatizados em nosso subconsciente. 
6.2. AS INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS
Os anjos e os demônios simbolizam as influências que recebemos dos Espíritos que nos acompanham. De acordo com a instrução de diversos Espíritos, somos monitorados por uma avalanche deles. Nesse sentido, há os Espíritos bons que nos incentivam ao bem e os maus que induzem ao mal. Aceitar ou não suas sugestões é um trabalho que depende de nossa vontade e de nossa perseverança. É preciso tomar cuidado, porque há sempre um primeiro momento, um primeiro convite, principalmente no que diz respeito à entrada pela porta larga da perdição. Na Revista Espírita de 1862, Voltaire faz uma mea culpa sobre os desvios que permitiu a si mesmo quando esteve encanado no século XVIII, em França. Conta-nos que tinha recebido toda as inspiração necessária para ser um dos divulgadores de ideia de Deus e do Evangelho de Jesus e perdeu-se por sua vaidade, ou seja, por querer ver o seu nome estampado nos anais de ciência e da filosofia terrena.
6.3. DECISÃO DAS TREVAS
Este é o título do capítulo 38 de Contos desta e de outra vida, pelo Espírito Irmão X. Relata-se o diálogo entre o ORGANIZADOR DE OBSESSÕES e os seus sequazes, cujo objetivo era impedir o avanço do Espiritismo, no que tange aos novos horizontes que este abria na mente humana. Eles agem como Cristo na Antiguidade: não há meio de isolá-los na prece inativa; em vez de se ajoelharem, caminham. É indispensável encontrar um meio de esmagá-los, destruí-los...
O obsessor exaltado, o obsessor violento, o malfeitor recruta, o obsessor confusionista, o malfeitor antigo e o obsessor fabricange de dúvidas dão suas sugestões, mas são rechaçadas pelo Líder. Por último, surge o VAMPIRIZADOR EXPERIENTE, que sugere: “Será fácil treinar alguns milhares de companheiros para a hipnose coletiva em larga escala e faremos que os espíritas se acreditem santos de carne e osso... Creio que, desse modo, enquanto estiverem preocupados em preservar a postura e a máscara dos santos, não disporão de tempo algum para os interesses do espírito”.
ORGANIZADOR DE OBSESSÕES – Excelente, excelente! Ponhamos mãos à obra. (Xavier, 1978)
7. CONCLUSÃO
Os anjos e os demônios, como vimos, significam respectivamente os bons e os maus Espíritos. Eles estão sempre ao nosso derredor. Saibamos elevar os nossos pensamentos através da prece e da prática da caridade para que os bons venham ao nosso encontro e os maus sejam rechaçados.

Sérgio Biagi Gregório


8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970.
FERREIRA, A. B. de H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, [s. d. p.]
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995.
SAMPAIO, Fernando G. A História do Demônio: da Antiguidade aos nossos Dias. Porto Alegre: Garatuja, 1976.
XAVIER, F. C. Contos Desta e Doutra Vida, pelo Espírito Irmão X. Rio de Janeiro: FEB, 1978.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

"A ESCOLHA COM QUEM SE REENCARNAR"

"'Antes de encarnar, todos nós obrigatoriamente escolhemos nossos pais e irmãos? Ou podemos nascer em uma família com integrantes com os quais nunca convivemos, em vida alguma?'-
A reencarnação é um processo complexo. Suas variáveis decorrem do nível espiritual de cada um, levando em conta as necessidades de aprendizagem não só do espírito que volta, mas também das pessoas com as quais ele irá conviver nesse período. Quando o espírito possui mais conhecimento, pode ajudar a programar sua próxima encarnação – mas sempre com a  supervisão dos espíritos superiores.
Algumas vezes, ele pretende desenvolver algum lado seu que esteja dificultando seu progresso. Então, lhe é facultado reencarnar no meio de pessoas comas quais nunca tenha se relacionado antes, a fim de trocar conhecimento. Ao reencarnar, o espírito sabe que esquecerá do passado e sente-se inseguro com isso. Natural que queira ter, como pais, pessoas amigas de outras vidas, figuras nas quais confia. Mas é bom saber que isso só será possível se elas aceitarem a responsabilidade e se essa união favorecer o processo.
Reencarnar com pessoas com as quais o espírito tem afinidade é sempre muito bom, pois permite que, juntos, eles possam apoiar-se mutuamente e progredir. Tal oportunidade não é concedida a espírito que tenha prejudicado pessoas ou criado inimizades em outras vidas. Em casos assim, a reencarnação é compulsória e quase sempre ele terá de conviver na mesma família, exatamente em meio às pessoas com as quais se desentendeu.
É uma chance que a vida oferece para que ele conheça um pouco melhor seus desafetos e modifique sua maneira de se relacionar com eles. Então, os laços de parentesco servem, a princípio, para suavizar o confronto. A mesma oportunidade é dada aos espíritos que, apesar de terem feito muitos inimigos no passado, se arrependem.
Sentem remorso e necessidade de reparar seus erros. Aí, recebem a chance de programar, com o auxílio dos mentores, a reencarnação junto dos seus inimigos. Portanto, há, ainda no astral, um trabalho de aproximação entre eles, feito pelos por espíritos superiores, para que se entendam e concordem em se relacionar de novo na Terra.
Às vezes, leva muito tempo para que eles aceitem e estejam prontos para essa nova encarnação. E, ainda assim, quando tudo está bem entre eles, podem surgir dificuldades práticas na concretização do projeto.
Em certos casos, a rejeição energética da futura mãe é tão grande que acaba se tornando uma gravidez de risco, que não chega a bom termo, sendo necessárias várias tentativas. Nesse caso, atuam também as energias do espírito reencarnante que, embora queira aproximar-se daquelas pessoas, reage instintivamente ao contato energético, que se torna insuportável para ele.
Pode acontecer que as pessoas com as quais o espírito se desentendeu no passado já a tenham perdoado - e aí elas estão livres, podendo seguir adiante sem precisar recebê-lo na família. Numa situação assim, pode reencarnar em meio a desconhecidos que precisem de ajuda. Ao ajudá-las, ele irá se libertar do remorso.
Quando o espírito progride, a noção da própria maldade lhe faz mal. Só poderá seguir adiante se conseguir livrar-se dela. Pois ninguém é vítima. Todos somos responsáveis pelas nossas escolhas. O respeito às leis cósmicas é fundamental para que nosso espírito prossiga na conquista do bem. Agir com inteligência é evitar sofrimento.
Por: "Zibia Gasparetto."

quinta-feira, 21 de julho de 2016

“OS BONS MORREM CEDO”

Quando morre alguém, cuja reputação é de bondade e desprendimento, ouve-se muitos lamentos.
Frases como: Que pena, era tão bom!, somam-se a outras do tipo: Os bons vão primeiro. Os bons Deus deseja para si. Os maus ficam por aqui mesmo.
Se morre um vizinho a quem estimamos, exclamamos: Por que ele? Antes fosse Fulano, que é tão perverso.
Quando uma personalidade, cujo conceito é de maldade, até crueldade, escapa de um perigo, de um atentado, logo falamos: Se fosse um homem de bem teria morrido.
Reflexionemos a respeito dessas nossas reações. Será possível que Deus se engane em Suas deliberações?
Será verdadeiro que os bons morrem antes, permanecendo os maus para prosseguirem sua escalada de desatinos?
Basta uma breve observação e logo descobriremos que isso não é real. Se assim fosse, convenhamos, o Mundo estaria bem pior.
Ademais, todos os dias morrem pessoas jovens, que se permitiram abraçar pela droga ou se acumpliciaram com a imprudência, desaparecendo em acidentes diversos.
Quantas vezes já ouvimos as notícias da morte de astros e estrelas, no auge da juventude, da madureza e da fama?
Ao lado deles morrem sim, todos os dias, seres anônimos, bons e maus.
Estudiosos, dedicados, arrimos de família ou simplesmente criaturas que nada contribuíram para a felicidade de quem quer que seja, antes pela infelicidade.
Em verdade, salvo os casos de suicídio direto ou indireto, ninguém morre antes do tempo programado.
Aquele que parte concluiu a sua tarefa, enquanto o que permanece, por vezes, mal a iniciou.
É coerente que o primeiro se liberte e o segundo prossiga na carne.
Se um prisioneiro cumpriu toda sua pena, justo que possa gozar da liberdade.
E para o Espírito, a verdadeira liberdade consiste no rompimento dos laços que o prendem ao corpo.
Quando são pessoas do nosso convívio afetivo, normalmente, as vemos como as melhores do Mundo, sem defeito algum.
Por isso, quando se vão para o outro lado da vida, achamos que foram antes do tempo.
Entretanto, a Justiça de Deus jamais falha e tudo está correto.
É assim que temos sempre entre nós Espíritos dedicados. Lembramos do médium mineiro Francisco Cândido Xavier.
Serviu a Humanidade, sendo o medianeiro dos Espíritos. Corações de pais, esposos, irmãos, amigos, namorados foram consolados pelas mensagens dos seus amores. 
Mensagens vindas através das mãos da sua mediunidade.
Madre Teresa de Calcutá morreu aos 87 anos de idade. Desde a juventude dedicou-se aos pobres mais pobres, espalhando suas Casas de Caridade pelo Mundo afora.
Como eles, outras tantas vidas envelhecem no Mundo servindo ao semelhante.
Habituemo-nos a não censurar o que não podemos compreender. Muitas vezes, o que nos parece um mal é um bem.
E somente as nossas faculdades limitadas não nos permitem perceber.
Francisco Cândido Xavier psicografou mais de quatro centenas de livros.
Esses livros, publicados e republicados, em vários idiomas, continuam consolando, esclarecendo, alevantando vidas.
Madre Teresa de Calcutá deixou um legado de amor, no Mundo, com suas Casas de Caridade espalhadas por quase todos os países.
Tiveram longos anos na Terra. Mensageiros de Deus, espalharam o bem que vivenciaram todos os dias.
Redação do Momento Espírita.


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...