Seguidores

domingo, 25 de março de 2018

"CONVERSANDO COM OS ESPÍRITOS"

Uma das práticas do Espiritismo mais empregadas é o diálogo com os espíritos. Ela decorre do intercâmbio com o mundo espiritual. Embora no Velho Testamento encontremos afirmações, proibindo o diálogo com os espíritos, no Novo Testamento nada há que o descredencie. Ao contrário, o próprio Jesus nos deu o exemplo, ao dialogar com os espíritos Elias e Moisés, no Monte Tabor. Se Ele agiu assim, é porque o diálogo com os chamados ‘mortos’ nada tem de anormal; é facultado ao homem e tem sua utilidade. Não acreditamos que Jesus iria cometer um simulacro; também não há nenhuma passagem no Evangelho em que o Mestre tenha reprovado o diálogo com os desencarnados.
Nós, espíritas, não achamos que conversar com os espíritos é um desrespeito a eles. Ao contrário, esta prática, quando conduzida de maneira respeitosa e disciplinada, termina sendo um momento alegre e de recordações gratificantes.
Ao se comunicar conosco, os espíritos demonstram que estão ‘vivos’ e dão o testemunho da continuidade da vida. Podemos dizer que é uma vitória da vida sobre a morte, esta que é tão temida entre os incrédulos ou entre os que têm a fé vacilante. Para desvendar este mistério, é importante observar o que diz o Espiritismo.
Kardec pergunta: “O que é o espírito?” A resposta é encontrada em O Livro dos Espíritos, q. 76: “O espírito é o ser inteligente da criação”. É, portanto, um ser que pensa, sente e age. É uma individualidade única. No Planeta não encontramos duas pessoas exatamente iguais. Esta é mais uma das provas da sabedoria divina.
Kardec pergunta: “O que é a alma?”
A resposta nós a encontramos em O Livro dos Espíritos, q. 134: “É um espírito encarnado”. A condição de encarnado confere ao espírito ter que passar por experiências no campo físico, obrigando-o a ter que trabalhar, para sobreviver. Ao buscar os elementos necessários à vida, evolui, especializa-se e progride sempre.
Sabemos que nós não estamos enclausurados na matéria, nem nos mantemos incomunicáveis com espíritos libertos do corpo físico. Em alguns momentos, através do pensamento, nós nos comunicamos com eles e trocamos experiências. Quando dormimos, é comum entrarmos em contato com os que nos precederam no mundo espiritual, reafirmando laços de amizade ou tentando solucionar antigos conflitos. Por isso a recomendação dos Benfeitores é para que, antes de dormir, oremos e peçamos a Deus encontros espirituais que nos ajudem a melhorar.
O espírito pode comunicar-se com o homem, através da mediunidade? Esta pergunta pode ser respondida com outra pergunta: O homem livre pode comunicar-se com outro que esteja privado momentaneamente da liberdade? Se a resposta é sim, por que não admiti-la em relação àqueles que já partiram para a Pátria Espiritual?
Para dialogar com os espíritos, o concurso dos médiuns se justifica porque muitos deles ainda se encontram extremamente ligados às coisas deste mundo; por isso precisam do contato físico, a fim de despertar para a vida no Além (é como se eles se sentissem momentaneamente encarnados!).
Segundo O Livro dos Médiuns, o diálogo com os espíritos, só deve ser praticado com propósitos elevados; nenhuma prática deve ser feita visando à diversão! Agir desse modo é como querer ‘brincar com fogo’; pode passar por apuros! E, mais, devemos nos valer de bons médiuns, médiuns seguros e responsáveis. Kardec nos exemplificou como dialogar com os espíritos. Foi criterioso. Escolheu bons médiuns. Preparou-se. Elaborou e fez perguntas consistentes. Ouviu com atenção e pacientemente o que a Espiritualidade tinha a dizer-lhe. Como resultado, codificou o Espiritismo.
Conversar com os espíritos é uma arte: exige tato e conhecimento doutrinário.
No diálogo com eles, aprendemos que a vida não se restringe apenas a uma passagem pela Terra; fica evidente para nós a imortalidade da alma e seu estado feliz ou infeliz, após a morte do corpo físico, confirmando-se, assim, o ensino de Jesus: “A cada um segundo suas obras”.
Um lembrete para aqueles que conversam com os espíritos: Eles não são iguais nem em conhecimentos nem em qualidades morais, e que não se deve tomar ao pé da letra tudo o que eles dizem. Cabe às pessoas sensatas separar o bom do mau. – “O Livro dos Espíritos”, Introdução, cap. 10.
E para completar o que os Espíritos nos ensinam na codificação, meditemos no que diz João, Epístola 1ª, cap. 4, v. 1: Meus bem-amados, não creais em qualquer Espírito; antes, provai se eles procedem de Deus.
Autor:  Geraldo Ribeiro da Silva-Grupo Espírita Batuíra / São Paulo

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...