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sexta-feira, 27 de abril de 2018

MORTE E DESLIGAMENTO DO CORPO FÍSICO.

Morte física e desencarne não ocorrem simultaneamente. O indivíduo morre quando o coração deixa de funcionar. O Espírito desencarna quando se completa o desligamento, o que demanda algumas horas ou alguns dias.
Basicamente o Espírito permanece ligado ao corpo enquanto são muito fortes nele as impressões da existência física.
Indivíduos materialistas, que fazem da jornada humana um fim em si, que não cogitam de objetivos superiores, que cultivam vícios e paixões, ficam retidos por mais tempo, até que a impregnação fluídica animalizada de que se revestem seja reduzida a níveis compatíveis com o desligamento.
Certamente os benfeitores espirituais podem fazê-lo de imediato, tão logo se dê o colapso do corpo. No entanto, não é aconselhável, porquanto o desencarnante teria dificuldades maiores para ajustar-se às realidades espirituais. O que aparentemente sugere um castigo para o indivíduo que não viveu existência condizente com os princípios da moral e da virtude, é apenas manifestação de misericórdia. Não obstante o constrangimento e as sensações desagradáveis que venha a enfrentar, na contemplação de seus despojes carnais em decomposição, tal circunstância é menos traumatizante do que o desligamento extemporâneo.
Há, a respeito da morte, concepções totalmente distanciadas da realidade. Quando alguém morre fulminado por um enfarte violento, costuma-se dizer:
"Que morte maravilhosa! Não sofreu nada!"
No entanto, é uma morte indesejável.
Falecendo em plena vitalidade, salvo se altamente espiritualizado, ele terá problemas de desligamento e adaptação, pois serão muito fortes nele as impressões e interesses relacionados com a existência física.
Se a causa da morte é o câncer, após prolongados sofrimentos, em dores atrozes, com o paciente definhando lentamente, decompondo-se em vida, fala-se:
"Que morte horrível! Quanto sofrimento!"
Paradoxalmente, é uma boa morte.
Doença prolongada é tratamento de beleza para o Espírito. As dores físicas atuam como inestimável recurso terapêutico, ajudando-o a superar as ilusões do Mundo, além de depurá-lo como válvulas de escoamento das impurezas morais. Destaque-se que o progressivo agravamento de sua condição torna o doente mais receptivo aos apelos da religião, aos benefícios da prece, às meditações sobre o destino humano. Por isso, quando a morte chega, ele está preparado e até a espera, sem apegos, sem temores.
Algo semelhante ocorre com as pessoas que desencarnam em idade avançada, cumpridos os prazos concedidos pela Providência Divina, e que mantiveram um comportamento disciplinado e virtuoso. Nelas a vida física extingue-se mansamente, como uma vela que bruxuleia e apaga, inteiramente gasta, proporcionando-lhes um retomo tranquilo, sem maiores percalços.
Livro: Quem tem medo da Morte – Richard Simonetti

MEU FILHO VÊ ESPÍRITOS! COMO LIDAR COM ISSO?

A mediunidade infantil é um tema que instigou e ainda instiga alguns pesquisadores espiritualistas. Até mesmo Allan Kardec se preocupou em abordar o tema em O Livro dos Médiuns.
O cinema soube explorar muito bem este tema por meio da película O Sexto Sentido, onde o garoto de 8 anos, Cole Sear, interpretado pelo ator Haley Joel Osment, é um médium que vê, constantemente, “pessoas mortas” que lhe procuram em busca de ajuda para solucionar assuntos mal resolvidos, pendências que lhes afligem o coração.
Mas as estórias de crianças médiuns não ficam apenas na ficção. Temos relatos de médiuns famosos, como o nosso querido Chico Xavier, que desde os 5 anos de idade conversava com sua mãe, desencarnada, que o socorria quando sua madrinha lhe infligia maus tratos. A consagrada médium Yvonne Pereira manifestou sua mediunidade ainda criança, e aos quatro anos já falava com espíritos.
Divaldo Pereira Franco, médium e palestrante espírita, declara ver espíritos desde criança, e que, aos quatro anos de idade viu a avó desencarnada, Dona Maria Senhorinha. Inclusive, Divaldo Franco tinha como companheiro na infância um indiozinho de nome Jaguaruçu. Conforme sua declaração “Jaguaruçu me apareceu quando eu contava cinco anos e se apresentava com a mesma idade que eu. À medida que eu crescia, ele também. Brincávamos, corríamos e conversávamos muito, a ponto de os meus familiares ficarem estranhando eu conversar, sorrir e correr sozinho. Eu lhes falava, mas só minha mãe acreditava.
Quando eu completei doze anos, ele me disse que iria preparar-se para reencarnar, o que me causou uma grande dor e um susto, por identificar que ele não era uma criança física. Posteriormente, quando eu comecei a exercer a mediunidade com a consciência doutrinária, ele se comunicou várias vezes em nossas reuniões até 1949, quando anunciou que iria reencarnar. Eu o reencontrei na sua nova jornada e nos identificamos muito. Ele viveu 38 anos e já desencarnou, continuando a aparecer-me, porém, agora com as características da existência recentemente encerrada”.
Não podemos esquecer-nos de ressaltar as irmãs Fox: Kate, então com onze anos e Margareth, com catorze. Elas deram uma contribuição memorável aos estudos do mundo espiritual, a partir do momento que passaram a ouvir sons semelhantes a arranhões nas paredes, assoalhos e móveis em sua casa, no vilarejo de Hydesville, Estado de New York. A partir daí, Kate, em sua astúcia de criança, desafiou o mundo invisível se comunicando com os espíritos por meio de estalos de dedos, no qual a resposta foi imediata. A cada estalo, um golpe era ouvido a seguir. Assim, estabelecia a “telegrafia espiritual”, acontecimento histórico ocorrido na noite de 31 de março de 1848. 
Em janeiro de 2007, a revista IstoÉ fez uma matéria de capa intitulada Mediunidade Infantil – Crianças que falam com espíritos. Nesta matéria, pudemos ler como a Ciência vê estes fenômenos. A psicanalista Ana Maria Sigal, coordenadora do grupo de trabalho em psicanálise com crianças, do Instituto Sedes Sapientiae, tem a seguinte visão: "Há momentos em que a ilusão predomina e a criança transforma em real o que é apenas o seu desejo inconsciente. Ao brincar com um amigo imaginário, ela nega a solidão e cria um espaço no qual é dona e senhora.
Já falar com parentes falecidos é uma forma de negar uma realidade dolorosa e se sentir onipotente, capaz de reverter a morte". Esta opinião não é unânime na medicina, pois como sabemos há médicos adeptos ao Espiritismo, tendo uma visão mais ampla e cuidando, também, do lado espiritual do paciente.
Mas, até que idade uma criança poderia apresentar a mediunidade de forma espontânea e ostensiva? Richard Simonetti, conceituado escritor e palestrante espírita, explica que “até os sete anos, antes que complete o processo reencarnatório, o espírito conserva algumas percepções espirituais e pode ter experiências de contato com o Além, sem que seja propriamente um médium. Essa sensibilidade tende a desaparecer e vai ressurgir na adolescência, se ela realmente tiver mediunidade”.
E como saber se a criança é realmente médium ou se o que ela narra é fruto de sua imaginação? Simonetti esclarece que “em princípio, é difícil definir. O melhor é não interferir, tratando com naturalidade a criança. A tendência é o fenômeno desaparecer, quer porque a criança se desinteressou em relação ao amigo imaginário, quer por que perdeu o contato com ele, a partir da consolidação reencarnatória”.
Não é sempre que uma criança médium tem visão de coisas boas, como um ente querido ou um amigo espiritual. Temos casos em que a visão é de antigos desafetos de vidas passadas, que procuram prejudicá-la em busca de vingança.
Quando a criança não é compreendida pelos pais, sendo considerada como louca perturbada ou vítima do demônio, a situação pode se complicar, trazendo como agravante profundos desequilíbrios psicológicos e emocionais. Vale ressaltar que muitas crianças só voltam a ter uma “vida normal” quando passam a frequentar um centro espírita, recebendo os benefícios dos passes, das palestras e do culto do evangelho no lar.
A mediunidade, em certos casos, pode ser provocada, o que não é aconselhável de maneira alguma no caso das crianças. Agnes Henriques, autora do livro Mediunidade em Crianças, escreveu em sua obra que em determinada época de sua infância participou da brincadeira do copo. Esta brincadeira tem as letras do alfabeto em pedacinhos de papel, um copo no centro, e por meio de invocações a espíritos aguarda-se que alguma entidade responda as indagações, enquanto um dos participantes permanece com a mão imposta em cima do copo que circula pelas letras.
Ela conta: “Quando pequena, presenciei através de uma sessão dessas a descoberta de um assassinato. Em mim já se apresentavam indícios de faculdades mediúnicas. Eu ouvia vozes, via algumas entidades, chegava a responder quando me chamavam nominalmente. Minha mãe, sempre nessas horas, me incentivava a orar. Muitas vezes orava comigo e eu saía tranquila sabendo que era um acontecimento normal. Eu já havia sido alertada por ela da seriedade que deveríamos estar revestidos quando no trato com os espíritos, e sempre me afastava dos meus amigos quando eles resolviam brincar com o famoso copo”. 
Eu tinha uma vizinha que sempre reclamava que dormia mal, pois sua filha de 3 anos, chorava a noite toda, parecia ver algo que a assustava muito. Depois de algum tempo, convidei-a a levar sua filha no centro espírita que frequentava. Naquela ocasião, quando a menina ia entrar na cabine de passes, ela gritava e segurava no portal com muita força. O pavor era visível em seu rosto. Toda semana ela levava a filha neste centro e até o terceiro passe a menina agia do mesmo jeito. A partir da quarta vez ela foi ficando mais amistosa, e daí por diante não mostrou mais resistência ao tratamento, passando a dormir bem a noite toda.
Em uma entrevista pelo Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo, quando foi perguntado sobre o procedimento adequado diante de uma criança que vê constantemente determinada entidade e que se sente mal toda vez que recebe o passe, Agnes Henriques respondeu que “Normalmente nesses casos, a energização pelo passe, a água fluída e a oração são poderosos instrumentos de que se vale a espiritualidade na solução do problema (...). Os pais devem mostrar-se aptos a efetuar mudanças na conduta diária em seu recinto doméstico. Tudo que for para elevação do padrão vibracional deve ser cultivado, ao mesmo tempo em que se esforcem para afastar toda conduta que levar ao contrário (...).
Se o pequenino demonstrar medo, é bom que os pais o acompanhem nas sessões necessárias ao tratamento espiritual, até que ele se acostume e encare com naturalidade tal fato. O ambiente da cabine de passes, ou locais destinados para tal, apesar de serem locais simples, destituídos de muita decoração, pode ser intimidante para uma criança que já deve estar assustada com os fatos que porventura estiverem lhe acontecendo. Normalmente, logo elas se acostumam, desde que os pais estejam tranquilos e passem para elas essa tranquilidade”.
Vale ressaltar que o apoio familiar é de vital importância para que a criança consiga superar esta primeira fase da infância, quando poderá, na fase seguinte (dos 8 aos 12 anos), ter o conhecimento doutrinário e esclarecedor, caso a família venha a frequentar um centro espírita que lhe proporcione este estudo, desenvolvendo assim, futuramente e com segurança, a mediunidade que porventura continue a se manifestar.
A falta de preparo de alguns pedagogos em lidar com a mediunidade faz com que as crianças não recebam a devida atenção que merecem. Infelizmente, ignorar o problema ou fingir que ele não existe é a saída mais prática para os educadores e a família. A escritora e ilustradora de livros infantis, Rita Foelker, que também psicografa obras mediúnicas, esclarece que: “A criança, como espírito encarnado, é naturalmente médium, sujeita a influências sobre seu humor e seu comportamento.
Se os educadores aprendessem a lidar com essa realidade, muita coisa seria diferente, não só na sala de aula, como nas reuniões de pais e no encaminhamento de situações que, atualmente, dão trabalho e deixam os professores sem saber o que fazer. Algum dia será assim, mas quem começa a levar a realidade espiritual em conta tem visão de futuro e está alguns passos à frente”.
Vários são os cuidados que se deve ter quando os pais notarem a mediunidade na criança, mas um é primordial e vale a pena repetir: jamais estimular a criança a desenvolver a mediunidade. Outras precauções também são importantes: não valorizar excessivamente o fenômeno; não ridicularizar a criança, pois pode deixá-la nervosa, provocando o seu afastamento e causando outros problemas; não demonstrar medo, o que irá deixar a criança insegura; e desacreditar simplesmente, sem apurar os fatos, pode deixá-la se sentindo mentirosa.
 correto é prestar bem atenção nestas mudanças de comportamento da criança, analisando se suas visões são reais ou fazem parte de um mundo de fantasias, influenciadas por programas de televisão ou por necessitarem de afeto e atenção. A terapêutica espírita é muito eficaz nestes casos, e quando os pais não conhecem o assunto, o centro espírita tem pessoas capacitadas para a devida orientação e encaminhamento ao tratamento.
A mediunidade, para ser estimulada, não necessita de uma idade precisa. Tudo depende inteiramente do desenvolvimento físico e, ainda mais, do desenvolvimento moral, mas sabemos que para tudo na vida há o momento certo. Para finalizar, aconselho a todos os que desejam um aprofundamento maior no assunto, o estudo de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec.
 Texto original publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição nº 48, ano 2007.
Fonte: Espiritbook

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

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