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sábado, 30 de junho de 2018

"MEDIUNIDADE: CONEXÃO COM O ALÉM."

Muitas pessoas acreditam que a mediunidade é um fenômeno espírita, dos espíritas ou relacionado à correntes espiritualistas. Sabemos que a comunicação com o mundo espiritual sempre esteve presente em culturas diversas. Porém sem essa denominação "mediunidade", batizada por Kardec, e obedecendo a interpretações particulares de acordo com a cosmovisão de cada civilização ou cultura. Atualmente verificamos que pessoas sem preconceitos ou apego a dogmas religiosos, que apresentam as diferentes modalidade de mediunidade descritas por Allan Kardec, revelam experiências de relação com o mundo espiritual muito semelhantes às que encontramos nos livros espíritas, especialmente nos de Chico Xavier.
Chama atenção, como exemplo do que coloco acima, o católico convicto Pedro Siqueira. Com muita honestidade, descreve os fenômenos que vivencia desde criança, humildemente admitindo desconhecer as obras de Chico Xavier, já que sempre esteve engajado e militando na religião católica apostólica romana. Curioso notar que ele tenta adequar o que vivencia aos paradigmas católicos e à noção de "céu, inferno e purgatório". Em pleno desdobramento espiritual visita locais "muito parecidos com a Terra, com plantas, casas, pessoas", aos quais ele denomina "diferente níveis de purgatório". Com facilidade, à noite diz que sai de seu corpo e é levado pelo seu "anjo" a esses locais. Descreve alguns purgatórios como locais maravilhosos, onde as flores brilham, tudo é luz. E "ninguém fica parado, todo mundo trabalha". Já outros, segundo afirma, são bem mais comuns, muito mais parecidos com nossas cidades. Fala também sobre "luta espiritual", com "demônios" que tentam impedi-lo que realizar esse trabalho, inclusive impedindo a sua saída do quarto durante o desdobramento noturno. Afirma conversar com alguns "santos" católicos, inclusive com Nossa Senhora. Pedro realiza uma reunião para rezar o terço, momento no qual recebe revelações e informações importantes para orientar as pessoas presentes.
Certamente ele tem sacudido a poeira dos preconceitos, levando o conhecimento do mundo espiritual para seus companheiros de crença, a fim de abrir-lhes novos horizontes, arejar velhos paradigmas e fortalecer a fé de tantas pessoas com as quais compartilha suas experiências. Sofre preconceitos, atitudes hostis dos mais dogmáticos, mas não desiste. Tem clareza em sua alma da tarefa que lhe cabe. .Pela sua honestidade, lisura e sinceridade, merece ser conhecido. As bênçãos de Deus e dos planos superiores não são privilégio de ninguém,. Derramam-se suavemente penetrando aos poucos a mente e o coração dos homens.
É assim, pela escolha de alguns em ser receptivo a sabedoria divina, que o mundo vai se modificando lentamente, para melhor. Coloco aqui a entrevista com Gabi, onde ele abre o livro de suas experiências transcendentais...
Por Cristina Helena Rocha
Fonte: Espiritbook


sexta-feira, 29 de junho de 2018

"MORTES VIOLENTAS E PLANEJAMENTO REENCARNATÓRIO: VERDADEIRA OBRA DA ENGENHARIA ESPIRITUAL..."

Inegavelmente, vivemos um período em que a violência se acentua, tomando conta, quase que integralmente, da mídia televisiva e escrita. São notícias diárias de sequestros, roubos, estupros, homicídios e mortes causadas por acidente de carro. A violência é fruto da nossa imperfeição moral, da predominância dos instintos agressivos (adquiridos pelos Espíritos nas vivências evolutivas no reino animal), que a razão ainda não converteu em expressões de amor.
Neste período de transição planetária, vivenciamos o ápice das provas e expiações, de forma que a violência atinge índices alarmantes, praticada por Espíritos ainda primários, que não desenvolveram os sentimentos nobres, os quais, nesse processo de expurgo evolutivo (separar o joio do trigo, como ensinava Jesus), após a desencarnação, já não terão mais condições vibratórias de reencarnar no planeta Terra.
Lembremos, ainda, a assertiva de Jesus: Os mansos herdarão a Terra.
Anote-se que a tônica deste artigo é abordar a incidência do planejamento reencarnatório nos casos de mortes violentas, isto é, a vítima teria que desencarnar dessa maneira? E o agressor, também teria assumido esse papel de algoz antes de reencarnar?
Alguns autores espíritas defendem a ideia de que a morte causada pela violência alheia não fazia parte do contexto reencarnatório, em virtude de que ninguém reencarna para o mal, portanto o agressor não havia planejado matar alguém, de tal sorte que a vítima desencarnaria em função do mau uso do livre arbítrio daquele (agressor).
Em que pese o nosso respeito por aqueles que nutrem esse tipo de ponto de vista, sabemos que as vítimas que desencarnam em razão da violência alheia estão inseridas, basicamente, em três tipos de situações:
1) PROVA – a vítima vivencia uma situação de violência que gera a sua desencarnação, o que lhe trará um teste, um desafio para que ela exercite as virtudes no sentido de perdoar sinceramente o agressor (gera aprendizado, evolução – esse tipo de morte foi solicitado pela vítima antes de sua reencarnação). Lembremos que prova pressupõe avaliação, ou seja, colocar em teste as virtudes aprendidas. Caso vença moralmente a situação, podemos dizer que o Espírito alcançou determinada virtude.
2) EXPIAÇÃO – são as situações mais frequentes. A vítima foi a autora de violência em vidas anteriores que lesou alguém e, como não se liberou desse compromisso através do amor, sofre as consequências na atual existência. Expiar é reparar, quitar, harmonizar-se com as leis divinas.
3) MISSÃO – algumas almas nobres morrem de forma violenta, uma vez que seus exemplos de amor e tolerância geram antipatias nas pessoas mais embrutecidas. Menciono como exemplos os casos de Jesus e Gandhi.
Notem que estamos abordando a questão das violências mais graves, que acabam gerando a nossa desencarnação, pois as violências menores que vivenciamos em nosso cotidiano, tais como calúnias, traições, indiferença e outras, normalmente são circunstâncias naturais da vida num mundo atrasado moralmente como o nosso, a estimular nosso aprendizado espiritual (veja questão nº 859 do Livro dos Espíritos). Jesus já nos orientava: “No mundo só tereis aflições”.
Dessa forma, à luz do Espiritismo e da justiça divina (a cada um segundo suas obras), temos a certeza de que a desencarnação violenta fazia parte de seu cronograma reencarnatório.
Aliás, O Livro dos Espíritos, na questão nº 853-a, nos ensina que nós somente morreremos quando chegar a nossa hora, com exceção do suicídio, conforme acima exposto.
Não há acaso, mesmo nas hipóteses de “bala perdida” e erro médico. Não há desencarnação casual, produzida por falha de terceiros ou mau uso do livre arbítrio alheio.
Caso não tenha chegado a hora de morrer, os benfeitores espirituais interferirão para evitar essa afronta às leis divinas, como inúmeros casos que conhecemos (veja o capítulo X – lei de liberdade – da 3º parte d´O Livro dos Espírito, no subcapítulo “fatalidade”).
A questão crucial diz respeito aos autores dessas violências graves. Concordo que ninguém reencarna com o compromisso de matar outra pessoa (veja questão nº 861 do Livro dos Espíritos).
Quando, por exemplo, o agressor opta por assassinar alguém, ele o faz em virtude de sua inferioridade espiritual, ou quando atropela alguém por estar alcoolizado e/ou em excesso de velocidade, o faz em razão de sua imprudência, de forma que, em ambas as hipóteses, está usando indevidamente sua liberdade de escolha e ação, o que gerará compromissos expiatórios.
Consigne-se, ainda, que num mundo de provas e expiações, como a Terra, há muitos Espíritos na faixa evolutiva do primarismo, que se comprazem na violência e na imprudência, de forma que não faltará matéria-prima ou instrumentos para que se cumpram as leis divinas quando algum Espírito necessite desencarnar de forma violenta.
Assim sendo, quando a vítima reencarna com o compromisso de morrer violentamente, não haverá nesse momento algum Espírito predeterminado a matá-la, que assuma esse compromisso reencarnatório antes de nascer, mas haverá na Terra inúmeros Espíritos atrasados que, ao dar vazão à sua inferioridade (violência e/ou imprudência), ceifarão a vida daquela (vítima).
Esses autores da violência funcionarão como instrumentos das leis divinas. Todavia, tal situação não os isentará das consequências morais e espirituais de suas ações, pois, repita-se, os agressores não estavam predeterminados a agirem dessa forma, poderiam ter elegido outro tipo de conduta, e foi Jesus quem nos ensinou que os escândalos eram necessários, mas ai de quem os causar.
Para fixar o ensino, recordemos do recente e trágico caso da escola de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro. O assassino poderia ter deixado de agir daquela forma, pois ele não havia planejado aquilo na espiritualidade (antes de nascer), e se não tivesse adentrado na escola e efetuado os disparos com a arma de fogo, os menores que morreram naquela circunstância sobreviveriam, mas, mais adiante (dias, semanas ou meses – não há dia e hora certa para a desencarnação, mas um período provável), desencarnariam em outra situação violenta.
Poder-se-ia perguntar: Mas como o agressor identifica a pessoa que deve desencarnar? Aprendemos com o Espiritismo que o indivíduo que deve desencarnar de forma violenta, notadamente nos casos de expiação, tem uma vibração espiritual específica, que denuncia e reflete esse débito, de forma que o agressor, inconscientemente, identifica-se com aquele e promove-lhe a desencarnação.
É essa particularidade vibracional que, da mesma forma, explica outros tipos de violência (estupro, roubos, sequestros,…), fazendo com que o autor do delito aja em desfavor daquele que deve vivenciar a situação traumática.
É dessa maneira que compreendemos a justiça divina, mas convém enfatizar que a lei divina maior é a lei de amor, portanto, conforme assevera o apóstolo Simão Pedro, o amor cobre uma multidão de erros, de tal sorte que aquele que venha com o compromisso expiatório de desencarnar de forma violenta, poderá amenizar ou diluir integralmente esse débito com as leis divinas através do bem que realize em sua vida, que poderá libertá-lo de uma possível desencarnação violenta. Não nos esqueçamos de que Deus é amor.
Fonte-
Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo Mendonça Ribeiro 


quarta-feira, 27 de junho de 2018

"DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS".

"O espírito Joanna de Ângelis nos fala sobre as doenças psicossomáticas e o importantíssimo papel da mente na saúde.
O ser humano é um conjunto harmônico de energias, constituído de Espírito e matéria, mente e perispírito, emoção e corpo físico, que interagem em fluxo contínuo uns sobre os outros.
Qualquer ocorrência em um deles reflete no seu correspondente, gerando, quando for uma ação perturbadora, distúrbios, que se transformam em doenças, e que, para serem retificadas, exigem renovação e reequilíbrio do fulcro onde se originaram.
Desse modo, são muitos os efeitos perniciosos no corpo causados pelos pensamentos em desalinho, pelas emoções desgovernadas, pela mente pessimista e inquieta na aparelhagem celular.
Determinadas emoções fortes – medo, cólera, agressividade, ciúme – provocam uma alta descarga de adrenalina na corrente sanguínea, graças às grândulas supra-renais.
Por sua vez, essa ação emocional reagindo no físico, nele produz aumento da taxa de açúcar, mais forte contração muscular, face à volumosa irrigação do sangue e sua capacidade de coagulação mais rápida.
A repetição do fenômeno provoca várias doenças como a diabetes, a artrite, a hipertensão, etc., assim, cada enfermidade física traz um componente psíquico, emocional ou espiritual correspondente.
Em razão da desarmonia entre o Espírito e a matéria, a mente e o perispírito, a emoção (os sentimentos) e o corpo, desajustam-se os núcleos de energia, facultando os processos orgânicos degenerativos provocados por vírus e bactérias, que neles se instalam.
Conscientizar-se desta realidade é despertar para valores ocultos que, não interpretados, continuam produzindo desequilíbrios e somatizando doenças, como mecanismos degenerativos na organização somática.
Por outro lado, os impulsos primitivos do corpo, não disciplinados, provocam estados ansiosos ou depressivos, sensação de inutilidade, receios ou inquietações que se expressam ciclicamente, e que a longo prazo se transformam em neuroses, psicoses, perturbações mentais.
A harmonia entre Espírito e a matéria deve ser a favor do equilíbrio do ser, que desperta para as atribuições e finalidades elevadas da vida, dando rumo correto e edificante à sua reencarnação.
As enfermidades, sobre outro aspecto, podem ser consideradas como processos de purificação, especialmente aquelas de grande porte, as que se alongam quase que indefinidamente, tornando-se mecanismos de sublimação das energias grosseiras que constituem o ser nas suas fases iniciais da evolução.
É imprescindível um constante renascer do indivíduo, pelo renovar da sua consciência, aprofundando-se no autodescobrimento, a fim de mais seguramente identificar-se com a realidade e absorvê-la.
Esse autodescobrimento faculta uma tranqüila avaliação do que ele é, e de como está, oferecendo os meios para torná-lo melhor, alcançando assim o destino que o aguarda.
De imediato, apresenta-se a necessidade de levar em conta a escala de valores existenciais, a fim de discernir quais aqueles que merecem primazia e os que são secundários, de modo a aplicar o tempo com sabedoria e conseguir resultados favoráveis na construção do futuro.
Essa seleção de objetivos dilui a ilusão – miragem perturbadora elaborada pelo ego – e estimula o emergir do Si, que rompe as camadas do inconsciente (ignorância da sua existência) para assumir o comando das suas aspirações.
Podemos dizer que o ser, a partir desse momento, passa a criar-se a si mesmo de forma lúcida, desde que, por automatismo, ele o faz através de mecanismos atávicos da Lei de evolução.
A ação do pensamento sobre o corpo é poderosa, ademais considerando-se que este último é o resultado daquele, através das tecelagens intrincadas e delicadas do perispírito (seu modelador biológico), que o elabora mediante a ação do ser espiritual, na reencarnação.
Assim sendo, as forças vivas da mente estão sempre construindo, recompondo, perturbando ou bombardeando os campos organo-genéticos responsáveis pela geratriz dos caracteres físicos e psicológicos, bem como sobre os núcleos celulares de onde procedem os órgãos e a preservação das formas.
Quanto mais consciente o ser, mais saudáveis os seus equipamentos para o desempenho das relevantes tarefas que lhe estão reservadas.
 
Há exceções, no entanto, que decorrem de livre opção pessoal, com finalidades específicas nas paisagens da sua evolução.
 
O pensamento salutar e edificante flui pela corrente sanguínea como tônus revigorante das células, passando por todas elas e mantendo-se em harmonia no ritmo das finalidades que lhes dizem respeito.
O oposto também ocorre, realizando o mesmo percurso, perturbando o equilíbrio e a sua destinação.
Quando a mente elabora conflitos, ressentimentos, ódios que se prolongam, os dardos reagentes, disparados desatrelam as células dos seus automatismos, degeneram, dando origem a tumores de vários tipos, especialmente cancerígenos, em razão da carga mortífera de energia que as agride.
Outras vezes, os anseios insatisfeitos dos sentimentos convergem como força destruidoras para chamar a atenção nas pessoas que preferem inspirar compaixão, esfacelando a organização celular e a respectiva mitose, facultando o surgimento de focos infecciosos resistentes a toda terapêutica, por permanecer o centro desencadeador do processo vibrando negativamente contra a saúde.
Vinganças disfarçadas voltam-se contra o organismo físico e mental daquele que as acalenta, produzindo úlceras cruéis e distonias emocionais perniciosas, que empurram o ser para estados desoladores, nos quais se refugia inconscientemente satisfeito, embora os protestos externos de perseguir sem êxito o bem-estar, o equilíbrio.
O intercâmbio de correntes vibratórias (mente-corpo, perispírito-emoções, pensamentos-matéria) é ininterrupto, atendendo aos imperativos da vontade, que os direciona conforme seus conflitos ou aspirações.
Idéias não digeridas ressurgem em processos enfermiços como mecanismos auto-purificadores; angústias cultivadas ressumam como distonias nervosas, enxaquecas, desfalecimentos, camuflando a necessidade de valorização e fuga do interesse do perdão; dispepsias, indigestões, hepatites originam-se no aconchego do ódio, da inveja, da competição malsã – geradora da ansiedade – do medo, por efeito dos mórbidos conteúdos que agridem o sistema digestivo, alterando-lhe o funcionamento.
O desamor pessoal, os complexos de inferioridade, as mágoas sustentadas pela autopiedade, as contrariedades que resultam dos temperamentos fortes de constantes atritos com o organismo, resultando em cânceres de mamas(feminino), da próstata, taquicardia, disfunções coronarianas, cardíacas, enfartos brutais, etc.
Impetuosidade, violência, queixas sistemáticas, desejos insaciáveis respondem por derrames cerebrais, estados neuróticos, psicoses de perseguição, etc..
O homem é o que acalenta no íntimo.
Sua vida mental expressa-se na organização emocional e física, dando surgimento aos estados de equilíbrio como de desarmonia pelos quais se movimenta.
A conscientização da responsabilidade imprime-lhe destino feliz, pelo fato de poder compreender a transitoriedade do percurso carnal, com os olhos fitos na imortabilidade de onde procede, em que se encontra e para a qual ruma.
Ninguém jamais sai da vida.
Adequando-se à saúde e à harmonia, o pensamento, a mente, o corpo, o perispírito, a matéria e as emoções receberão as cargas vibratórias benfazejas, favorecendo-se com a disposição para os empreendimentos idealistas, libertários e grandiosos, que podem ser conseguidos na Terra graças às dádivas da reencarnação.
Assim, portanto, cada um é o que lhe apraz e pelo que se esforça, não sendo facultado a ninguém o direito de queixas, face ao princípio de que todos os indivíduos dispõem dos mesmos recursos, das mesmas oportunidades, que empregam, segundo seu livre-arbítrio, naquilo que realmente lhes
interessa e de onde retiram os proventos para sua própria sustentação.
Jesus referiu-se ao facto, sintetizando, magistralmente, a Sua receita de felicidade, no seguinte pensamento:
– A cada um será dado segundo as suas obras.
Assim, portanto, como se semeia, da mesma forma se colherá."

Por Joanna de Ângelis e Divaldo Franco;
Livro Autodescobrimento (Ed. LEAL).

segunda-feira, 25 de junho de 2018

EMIGRAÇÕES E TRANSIÇÃO PLANETÁRIA"

MUNDOS E sóis, com seus sistemas que desfilam na família universal, funcionam como educandários, escolas de ascese espiritual para as consciências em estado de evolução. Considerando o vocabulário humano, pode-se afirmar que os planetas, com suas humanidades, representam estágios e campos de aprimoramento da consciência espiritual que se lança no grande caudal cósmico da evolução. Esses mundos dispersos no espaço são o palco de dramas, poemas de amor, universidades siderais, oficinas de trabalho, templos da sabedoria.
Desempenham funções que estais longe de compreender, e, apesar das observações de vossos cientistas, não guardais a idéia verdadeira a respeito da natureza sideral ou espiritual dessa família cósmica. Iniciando-se nas primeiras manifestações da inteligência, após eras de aperfeiçoamento nas expressões primitivas, o espírito elabora a consciência através de mil formas e mil vidas, no palco amplo dos mundos que a Sabedoria Infinita localizou no seio do cosmos.
Cada mundo, cada planeta do universo guarda em si
possibilidades de crescimento que serão exploradas pelas
humanidades siderais. Muitas vezes, quando observais certos mundos que vos parecem um astro morto ou que não oferecem condições para o desenvolvimento da vida como a conheceis, esquecei-vos de que a mesma vida que prodigaliza muitas formas de expressões em vosso próprio mundo pode se manifestar de formas e com bases diferentes daquelas que caracterizam as espécies observadas em vosso plano.
Assim sendo, podeis utilizar vosso pensamento para imaginar outras formas de expressão da consciência manifestarem-se em vibrações ou campos diferentes daquele em que ora existis. A vida não se manifesta no universo sobre as mesmas bases que são observadas em vosso mundo.
Outras formas, outros campos energéticos se desdobram além da vossa dimensão e servem de base para a vida no universo. Nem mesmo podeis afirmar que o mesmo ar, a mesma composição química respirável por vossa humanidade terá que ser a mesma para outras manifestações da consciência, em outros corpos, em outros mundos.
A variedade infinita de mundos e seres, campos e dimensões não tem como base o acanhado modelo terrestre. Essas escolas siderais, como as vossas escolas terrestres, passam periodicamente por processos seletivos que definem o padrão evolutivo de cada mundo, visando a um maior aproveitamento daqueles que fizeram jus a um estágio mais elevado, em virtude do próprio esforço e dedicação.
Aquelas consciências que não alcançaram a média evolutiva exigida para a permanência na escola sideral, por se mostrarem incompatíveis com o estado evolutivo dessa humanidade, são transferidas de escola planetária, reiniciando o seu aprendizado em outros mundos, outros orbes do espaço, em que possam encontrar clima propício para o seu crescimento, sempre de acordo com a lei das afinidades.
O vosso mundo, igualmente, passa por um desses períodos, que denominais juízo e que, para nós, significa apenas uma adequação a novas etapas evolutivas. A consciência cósmica começa a se realçar em vossa humanidade. Conceitos cada vez mais universais, holísticos, cósmicos manifestam-se em vossos pensamentos, inaugurando um período diferente na mentalidade de vosso mundo, preparando-vos para a era de amor universal, para a consciência cósmico-sideral.
Assim, estareis aptos a entrar em contato com outras formas de vida, outros irmãos vossos mais experientes, que mais tarde influirão na futura civilização do vosso mundo. O velho sistema, com seus representantes e aqueles que se sintonizam com ele, está passando, por se demonstrar falho, limitado e não servir mais à necessidade evolutiva do planeta. Outra mentalidade, outra proposta, mais universalista, está agora surgindo do meio do caos aparente onde se sepulta o velho mundo, as velhas e acanhadas concepções que determinam o fim de um processo evolutivo de vosso planeta. Junto com esse mundo velho, essas consciências que não amadureceram, finda um período sideral, e essas almas não encontram mais guarida no solo abençoado do planeta Terra. E necessária a mudança de escola.
Que continuem seu aprendizado em mundos compatíveis com o grau evolutivo íntimo, que decide a localização geográfica ou dimensional de cada espírito, nesse processo seletivo geral. E aqueles que receberam o aval de suas consciências, quanto ao seu próprio desenvolvimento espiritual, cósmico, permanecerão na escola planetária, em melhores condições, para inaugurarem a nova civilização, sob uma atmosfera mais espiritualizada.
Essa hora seletiva é muito importante para todos vós, pois todos os esforços, todas as potências adormecidas ou apenas manifestadas isoladamente em outras épocas eclodem em conjunto, em vosso tempo, formando um clima psíquico, social, espiritual que faculta a manifestação da verdadeira realidade íntima de cada um.
Epidemias, enfermidades, guerras, a sede de poder, o domínio das consciências, a prolifera ação de seitas e religiões estranhas, as filosofias absurdas e os conflitos sócio- econômicos de vossa geração formam a atmosfera fervente na qual se manifestará a condição interior de cada indivíduo, assim como das coletividades terrestres.
É um processo necessário para a definição dos valores e a afirmação dos princípios que marcarão a partida de uma parte de vossa humanidade e a permanência de outra parcela de vosso povo.
Sobre as cinzas das tristes realidades humanas, erguer-se-á a nova civilização planetária, mais madura, mais experiente, mais universalista e moralizada, pois, sob o fogo dessas experiências dolorosas que marcam a hora presente de vosso mundo, forja-se um novo homem, uma nova raça, um novo tempo.
Podemos considerar que o drama evolutivo pelo qual passa o vosso mundo funciona como o parto de um novo ser, a gestação da nova Terra , renovada e integrada à comunidade de mundos mais felizes.
As formas de vida que conhecemos na natureza são baseadas em cadeias carbônicas, e tudo aquilo que conhecemos é composto pelos elementos dispostos na tabela periódica. Aquilo que para nós é letal pode ser meio fértil de vida para outros seres, regidos por outro modelo ou organização biológica. Um bom exemplo se dá com os seres anaeróbicos, para os quais o oxigênio — gás vital para a maior parte dos seres vivos na Terra — chega a ser fatal, em alguns casos. Portanto, enquanto o homem buscar vida com instrumentação elaborada a partir da vida orgânica tal qual a conhecemos, somente será possível diagnosticar vida dentro desses mesmos padrões.
Nova Terra – Em A Gênese (cap. 17, itens 62 a 67), Kardec demonstra com propriedade a teoria dos juízos periódicos e, logo a seguir (cap. 18), analisa, apesar de encontrar-se ainda em 1868, os lances na Idade Contemporânea que apontam para o momento de transição ao qual se refere Zarthú. 
Estêvão, companheiro espiritual de Zarthú, igualmente analisa esses aspectos a partir do livro Apocalipse, de João (SANTOS, 2000), bem como o espírito Emmanuel, que discorre acerca do momento de emergência da humanidade, ainda às portas da Segunda Guerra Mundial (XAVIER, 1939).

Fonte - Gestação da Terra (psicografia Robson Pinheiro,espírito Alex Zarthú
Fonte: ESPIRIT BOOK


domingo, 24 de junho de 2018

"É POSSÍVEL O CONTATO COM ESPÍRITOS FORA DO CENTRO ESPIRITA?"

Alguns anos atrás que minha filha, Olívia, começou a queixar-se de influência espiritual.
Segundo ela, o Espírito de uma menina a perseguia causando-lhe embaraços de todos os tipos. Falava com ela e aparecia-lhe em sonhos.
Como na época morávamos juntos, resolvi, certo dia, conversar com o Espírito que perseguia minha filha.
Fomos até a sala, oramos, e eu, em voz alta, iniciei a fala. Disse para o Espírito sobre Jesus, abordei a questão do amor, perdão, vida após a morte e pedi que seguisse seu caminho, deixando Olívia em paz.
A situação resolveu-se e, desde então minha filha não mais acusou a presença da entidade que apoquentava sua vida.
Bem provável ter sido o caso de um Espírito ainda sem conhecer sua real condição. Parecia-me, realmente, uma entidade muito mais perdida do que má.
Por que contei este fato?
Porque algumas pessoas consideram que não se deve estabelecer contato com os Espíritos fora do ambiente do centro espírita.
Esquecem, todavia, que os Espíritos estão entre nós, a todos os instantes, e basta o pensamento para que os imortais estejam mais próximos.
Aliás, Kardec trouxe um Espiritismo com Espíritos, sem grande cerimônia para contatar os imortais.
Segundo Kardec bastava o sentimento fervoroso e o desejo sério de instruir-se para, então, ser digno de receber os bons Espíritos, fosse onde fosse, estivesse onde estivesse.
Muito mais do que a geografia, ensina Kardec que o importante é o coração puro.
No que concerne a manifestação dos Espíritos, Kardec narra pitoresco fato:
Conta ter recebido carta de um presidiário que se convertera ao Espiritismo.
A missiva está na Revista Espírita, fevereiro de 1864. O detento informa que o Espiritismo teve o poder de levá-lo à reflexão.
Ele, então, ao conhecer o Espiritismo pode perceber o mal que havia feito, sendo, pois, despertado para uma nova vida por meio da fé.
Mas eis que o presidiário informa estar contatando os bons Espíritos no presídio.
E eles, os bons Espíritos, não lhe faltavam a assistência e compareciam, ditando-lhe palavras reconfortantes.
Ou seja, o presidiário era médium e fazia o contato com os Espíritos na própria em que se encontrava.
Kardec encerra o texto de forma primorosa, informando-nos que nenhum obstáculo, nem mesmo o fato de se estar na prisão é impeditivo de confabular com os bons Espíritos, pois estes manifestam-se aqui, ali e acolá…
Quer o homem queira ou não, os Espíritos são livres e não aceitam que neles se coloquem amarras de qualquer tipo.
E como são livres, estarão onde bem quiserem e entenderem, não sendo, pois, apenas o centro espírita palco para a presença das entidades desencarnadas.
Elas estão por toda parte e a nós cabe entender como se processa este contato para, então, colaborar de alguma forma, caso se faça necessário nosso concurso.
Pensemos nisso.
REDE AMIGO ESPÍRITA | Welligton Balbo
Fonte: Chico de Minas Xavier


"PORQUE OS RESSENTIMENTOS QUE GUARDAMOS SE TORNAM DOENÇAS? DIVALDO FRANCO


sábado, 23 de junho de 2018

"ESPÍRITOS MAIS EVOLUÍDOS JÁ ESTÃO ENTRE NÓS"

Há um bom tempo que se fala nas reencarnações de espíritos mais avançados objetivando a consolidação da Terra como mundo de regeneração.
Esse fato vem sendo comprovado através de informações advindas por intermédio de médiuns responsáveis em várias partes do planeta, além da simples observação do comportamento diferenciado de muitas crianças e jovens na atualidade.
Como Kardec escrevera na sua obra A Gênese, a troca de uma geração mais atrasada moralmente por outra mais desenvolvida se daria paulatinamente. Verificamos esta ocorrência na atualidade.
Boriska, na Rússia, vem impressionando os jornalistas com seus conceitos filosóficos morais, apesar de ser uma criança ainda. No México, um garoto vem impactando os médicos com os seus conhecimentos científicos e dizendo que uma de suas tarefas no mundo é conseguir a cura para diversos tipos de câncer. Vários outros estão deixando perplexos os que lhe ouvem ou com eles partilham a convivência, pelos tesouros morais que apresentam.
Gostaria, no entanto, de me referir, especificamente, a uma menina chamada Akiane. Desde os quatro anos que desenha de maneira encantadora, inclusive, seu primeiro desenho foi o rosto lindo que ela afirmou ser a de um anjo que a levou para um mundo muito belo de cores e luzes deslumbrantes. A partir daí, Akiane começou a retratar espíritos e paisagens maravilhosas. Ela afirma, ainda, que tem uma tarefa especial nesta vida. Escreve poemas extraordinários, de uma pureza deslumbrante.
Muito doce, hoje Akiane está com doze anos Mora em Idaho, EUA.
A garota seria o que alguns estudiosos definem como uma criança cristal, ou seja, uma alma evoluída, que veio contribuir para a mudança de nível espiritual do nosso mundo. Divaldo diz que Akiane pintou o que seria o rosto mais próximo do que tinha Jesus. Assisti um vídeo e fiquei realmente impressionado com os seus quadros e, particularmente, o de Jesus. No YouTube há vários vídeos sobre ela. Recomendamos.
Como se vê, eles já estão entre nós para fazer a diferença. Façamos a nossa parte.
Por Frederico Menezes – Fonte: Mensageem Espírita
Créditos da mensagem: http://janelaespirita.blogspot.com

terça-feira, 19 de junho de 2018

"VOCÊ TEM EXPERIÊNCIA FORA DO CORPO"


Desdobramento é a capacidade que todo o ser humano possui de projetar a consciência para fora do corpo, utilizando-se dos corpos sutis de manifestação.
Wagner Borges – Viagem Espiritual II
Veículos de manifestação
É importante compreender que o espírito possui diversos corpos de manifestação que se interpenetram e coexistem em frequências vibratórias diferentes.
Para melhor compreensão do assunto abordado no presente trabalho dividiremos esses veículos de manifestação da seguinte maneira:
1. Corpo Mental;
2. Corpo Astral;
3. Corpo Físico.
O desdobramento pode ocorrer durante o sono, no transe, na síncope, no desmaio, ou sob a influência de anestésicos.
Corpo Astral:
Sendo um corpo energético, com uma capacidade de plasmagem de formas em sua estrutura, o corpo astral pode se apresentar ocasionalmente durante o desdobramento com configurações não antropomórficas como: bola de luz, forma vaporosa, formato semi-humanoide etc.
Isso ocorre porque temos como plasmador do corpo astral o nosso próprio pensamento, e como as células astralinas são dotadas de maior aceleração e sutileza, são mais vulneráveis aos pulsos mentais que regem a sua forma.
Desdobramento natural ou provocada:
No desdobramento natural a pessoa desloca-se do corpo sem o concurso da vontade e não compreende como isso aconteceu.
No desdobramento provocado a pessoa tenta sair do corpo pela vontade e consegue.
O cordão de Prata:
O corpo astral é ligado ao corpo físico por um apêndice energético, conhecido como cordão de prata, através do qual é transmitida a energia vital para o corpo físico, abandonado durante a projeção e também são transmitidas energias do corpo físico para o corpo astral, criando um circuito energético de ida e volta.
Enquanto os dois corpos estão próximos, o cordão é como um cabo grosso. A medida que o corpo astral se afasta das imediações do corpo físico, o cordão torna-se cada vez mais sutil.
O vigor e a elasticidade do cordão de prata são incalculáveis. Por meio deste cordão, é possível afirmar que o ser desdobrado jamais se perderá do seu corpo físico; também não há possibilidade do ser optar por não voltar mais para o corpo físico. Para voltar basta pensar firmemente no seu corpo físico e o retorno se dará automaticamente. O cordão de prata possui uma espécie de automatismo subconsciente que funciona independente da vontade do ser e atrai o corpo astral de volta para o corpo físico.
No caso de surgir alguma perturbação física, durante o desdobramento, o corpo astral será imediatamente atraído pelo cordão de prata para dentro dele. Daí vem muitas vezes a sensação de queda e o despertar assustado no corpo físico.
Não se trata de uma corda de luz, mas sim um feixe de energia de alta densidade.
O cordão de prata não pode ser cortado, por um simples motivo, ele não é uma corda, é energia, não da nó, não enrola e muito menos emaranha em coisa alguma.
O cordão de prata é uma série de filamentos energéticos que se juntam numa só conexão.
Diâmetro: de 3 a 15 cm de distância, 5 cm de espessura; de 10 m em diante: fio luminoso.
Elasticidade: Infinita.
Cor: Quando muito denso: verde, azul ou alaranjado. Quando mais sutil: branco-acinzentado, branco prateado ou dourado.
Vigor da cúpula: Variável de acordo com a saúde de quem se desdobra.
Aviso admonitório: Forte tração (Repulsão) do cordão de prata, alertando o ser desdobrado de que está no momento de retornar ao corpo físico.
O principal filamento energético do cordão de prata está situado na cabeça, onde se liga internamente na fossa romboide.
VERDADE E LUZ
Fonte: Chico de Minas Xavier



"NOSSOS ENTES QUERIDOS DESENCARNADOS VEM NOS VISITAR?"

Visitas espirituais podem ocorrer algumas vezes, quando as almas possuem um laço amoroso mais estreito. No entanto, os espíritos têm tarefas a desempenhar no plano espiritual.
Ao contrário do que muitos pensam, eles não vivem em função dos encarnados e nem da vida na matéria. Eles possuem suas próprias atribuições espirituais, algumas das quais chegam a ser incompreensíveis para nós. Por isso, eles não podem ficar vindo nos visitar a todo momento.
Os encarnados estão na mesma condição: eles não devem ficar pensando a todo momento nos desencarnados, pois necessitam prosseguir suas vidas normalmente. Aqueles que perdem um tempo precioso de sua existência pensando nos que partiram, além de estarem prejudicando o espírito, estão prejudicando a si mesmos, pois deixam de viver suas vidas.
A sabedoria da Bíblia nos diz que cada coisa tem seu tempo. Há o tempo de semear e o tempo de colher. Haverá também o tempo do reencontro com nossos entes queridos, logo após o desencarne. Mas enquanto isso não acontece, devemos viver na Terra e colher o aprendizado de suas experiências.
A pessoa que fica pensando mais no falecido do que em sua própria vida, acaba não vivendo nem com o espírito e nem vivendo sua vida. Assim, perde sua encarnação e pode ter que refazer certas provas numa vida futura.
Hugo Lapa
Fonte: Chico de Minas Xavier

segunda-feira, 18 de junho de 2018

"PORQUE ESQUECEMOS AS LEMBRANÇAS DAS NOSSAS VIDAS PASSADAS?"

"Não pode o homem, nem deve, saber tudo. Deus assim o quer em sua sabedoria. Sem o véu que lhe oculta certas coisas, ficaria ofuscado, como quem, sem transição, saísse do escuro para o claro. Esquecido de seu passado,ele é mais senhor de si." O Livro dos Espíritos, questão 392- Allan Kardec
"SEM A PAZ DO ESQUECIMENTO TRANSITÓRIO, TALVEZ A TERRA DEIXASSE DE SER UMA ESCOLA ABENÇOADA PARA SER UM NINHO ABOMINÁVEL DE ÓDIOS PERPÉTUOS" - EMMANUEL
O momento exato da reencarnação ocorre quando da fecundação do óvulo feminino pelo gameta masculino, mas, precedendo esse momento tão especial, onde a atuação divina se faz presente, muitas outras ações são necessárias, no Plano Espiritual.
No livro Missionários da Luz (André Luiz/Francisco Cândido Xavier), tais providências são descritas de forma magistral, no episódio que trata da reencarnação de Sigismundo. A ligação fluídica do reencarnante com os futuros pais implica na perda dos pontos de contato com os vínculos que consolidou na esfera espiritual: alimentação diferenciada, novos hábitos e outros elementos, dos quais "é necessário que se desfaça, para penetrar, com êxito, a corrente da vida carnal."
Por interveniência da Espiritualidade, atuando através de poderosa carga magnética, é procedida uma redução do corpo perispirítico do reencarnante, até que sua forma se assemelhe à de uma criança. Os Espíritos induzem a vontade do reencarnante, através de niensagens de incentivo: "Imagine sua necessidade de tornar a ser criança para aprender a ser homem!" Esse fato corresponde à morte física carnal, com todas as suas características de perturbação.
O Instrutor Alexandre expõe, comparando: "A enfermidade mortal, para o homem terreno, não deixa, em certo sentido, de ser prolongada operação redutiva, libertando por fim a alma, desembaraçando-a dos laços fisiológicos."
Necessário se diga que o procedimento de restringimento do Perispírito não é o mesmo em todos os processos reencarnatórios: "Há companheiros de grande elevação que, ao voltarem à esfera mais densa em apostolado de , serviço e iluminação, quase dispensam o nosso concurso. Outros irmãos nossos, contudo, procedentes de zonas inferiores, necessitam de operação mais complexa que a exercida no caso de Segismundo."
O iluminado mentor Emmanuel, guia espiritual de Chico Xavier, no livro Religião dos Espíritos, oferece novas luzes sobre estes tópicos: "Encetando uma nova existência corpórea, para determinado efeito, a criatura recebe, desse modo, implementos cerebrais, no domínio das energias físicas, e, para que se lhe adormeça a memória, funciona a hipnose natural como recurso básico, de vez que, em muitas ocasiões, dorme em pesada letargia, muito tempo antes de acolher-se ao abrigo materno.
Na melhor das hipóteses, quando desfruta de grande atividade mental nas esferas superiores, só é compelida ao sono, relativamente profundo, enquanto perdure a vida fetal. Em ambos os casos, há prostração psíquica nos primeiros sete anos de tenra instrumentação fisiológica dos encarnados, tempo que se lhes reaviva a experiência terrestre. Temos, assim, mais ou menos três mil dias de sono induzido ou hipnose terapêutica, a estabelecerem enormes alterações nos veículos de exteriorização do Espírito, as quais, acrescidas às consequências dos fenômenos naturais de restringimento do corpo espiritual, no refúgio uterino, motivam o entorpecimento das recordações do passado, para que se alivie a mente na direção de novas conquistas. "
No livro O Pensamento de Emmanuel, de Martins Peralva, lê-se, no Capítulo 20: "Com o encolhimento do veículo perispiritual - operação redutiva, por ação magnética - submete-se o Espírito às limitações corporais, como que, praticamente, enclausura-se na libré física, alterando-se-lhe, em consequência, o movimento vibratório do Perispírito." Do ponto de vista moral, o Codificador Allan Kardec enumera as principais razões para o esquecimento do passado: Às perturbações da vida contingente, no lar e na sociedade:
Se o reencarnante reconhecesse as pessoas a que havia odiado, talvez o ódio reaparecesse, sendo certo que ficaria humilhado perante quem houvesse ofendido. Importa acrescentar que a reencarnação, normalmente, ocorre dentro do mesmo círculo de relacionamento da vida anterior.
Como seria a vida de relação entre pai e filho, se aquele reconhecesse no filho seu assassino de antanho? No livro Nosso Lar (André Luiz/Francisco Cândido Xavier), a mãe de André Luiz comunica-lhe que deverá partir para nova reencarnação, quando então será, novamente, esposa de Laerte, seu pai carnal, o qual, no Plano Espiritual, achava-se em zona trevosa, ainda magnetizado, em termos obsidiantes, a duas entidades femininas, suas amantes na última vida física; dizia mais: que receberia as duas entidades como suas filhas queridas, na vida carnal futura. Ora, sem o esquecimento do passado, como seria o relacionamento dessas criaturas, na vida de relação na Terra? O maior mérito em praticar o bem e exercitar o livre-arbítrio:
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo (Capítulo V - item 11) encontramos: "Deus nos deu, para nos melhorarmos, justamente o que necessitamos e nos é suficiente: a voz da consciência e as tendências instintivas. O homem traz ao nascer, aquilo que adquiriu. Ele nasce exatamente como se fez. Cada existência é para ele um novo ponto de partida."Léon Denis, em O Grande Enigma,, lembra-nos a citação evangélica: "Infeliz aquele que, pondo a mão na charrua, olhar para trás."
Efetivamente, neste, mundo de provas e expiações, onde o peso das dificuldades, às vezes, verga a maior vontade, se fossem somados os equívocos do passado, a criatura não poderia cuidar de seu progresso, tendo um óbice muito forte à sua evolução. Quantas ocorrências desta vida somos levados a esquecer, propositadamente, para liberar nossa vontade para agir. Neste caso, o esquecimento é fator de estímulo ao progresso. Com muito mais razão, é justo que seja promovido o esquecimento das vidas anteriores, onde os erros, possivelmente, serão tão mais marcantes.
Ainda no livro Nosso Lar, já especificado, o Espírito de D. Laura informa a André Luiz que fora-lhe permitido o acesso, no Ministério do Esclarecimento, ao registro de suas anteriores reencarnações, até o limite de 300 anos, porque mais do que isso, não suportaria. Como nos afirma Léon Denis, em O Problema do Ser, do Destino e da Dor: "Ê necessária a ignorância do passado para que toda a atividade do homem se consagre ao presente e ao futuro, para que se submeta à lei do esforço e se conforme com as condições do meio em que renasce." Recordações humilhantes e orgulhosas:
Diz Léon Denis, em O Problema do Ser, do Destino e da Dor: "Todos os criminosos da História, reencarnados para expiar, seriam desmascarados; as vergonhas, as traições, as perfídias, as iniqüidades de todos os séculos seriam de novo assoalhadas à nossa vista." - Com que proveito? Em caso de termos tido uma vida de grandes realizações no bem, tais fatos não funcionariam como impeditivos à nossa evolução, isto no caso de não nos debruçarmos no orgulho por termos tido tal comportamento? Teríamos de ser ainda melhores na nova vida.
Em Obras Póstumas, Allan Kardec faz excelente observação, a respeito, no item O Caminho da Vida: "Que proveito pode o homem tirar de suas existências anteriores, para melhorar-se, dado que ele não se lembra das faltas que haja cometido? O Espiritismo responde, primeiro, que a lembrança de existências desgraçadas, juntando-se às misérias da vida presente, ainda mais penosa tornaria esta última. Desse modo, poupou Deus às suas criaturas um acréscimo de sofrimentos. Se assim não fosse, qual não seria a nossa humilhação, ao pensarmos no que já fôramos?
Para o nosso melhoramento, aquela recordação seria inútil. Durante cada existência, sempre damos alguns passos para a frente, adquirimos algumas qualidades e nos despojamos de algumas imperfeições. Cada uma das tais existências é, portanto, um novo ponto de partida, em que somos qual nos houvermos feito, em que nos tomamos pelo que somos, sem nos preocuparmos como que tenhamos sido." Os preconceitos raciais, sociais, religiosos, etc.:
Prevalecem em nosso mundo os preconceitos. Imagine-se as criaturas tendo lembranças de terem sido integrantes de famílias nobres ou extremamente humildes, de terem sido de famílias tradicionais de certos credos religiosos etc. Na índia, por exemplo, ainda predominam os conceitos de casta. Como viveriam, sabendo que, em vida anterior, integraram tal ou qual casta, inferior ou superior? E alguém que, tendo sido judeu em uma vida, tenha renascido como palestino?
No livro Renúncia (Emmanuel/Francisco Cândido Xavier), encontramos uma frase lapidar, que encerra toda uma filosofia a respeito do esquecimento das vidas passadas: "Sem a paz do esquecimento transitório, talvez a Terra deixasse de ser uma escola abençoada para ser um ninho abominável de ódios perpétuos."
Entretanto, a Codificação Espírita nos leciona que, examinando as nossas aptidões e inclinações, podemos inferir de nosso passado e buscar elementos para nossa reestruturação moral e intelectual. Mais: não é somente após a morte que o Espírito terá recordações de suas outras existências. Muitas vezes, quando Deus julga útil, permite que o Espírito, durante o desdobramento natural do sono, tenha lembranças fragmentárias de outras encarnações.
Mesmo não recordando totalmente delas ao acordar, as manterá no campo psíquico sob a forma de reflexos e condicionamentos positivos, que nos momentos de dúvida, podem ser preciosos elementos de auxílio na tomada de decisões corretas.
São as "Reminiscências Construtivas", de que nos informa Martins Peralva, em O Pensamento de Emmanuel, concluindo: "Embora vagas, ou talvez por isso mesmo, constituem incentivo e sustentação para o Espírito em nova experiência, considerando-se que re-presentavam valiosa ponte entre o Ontem e o Hoje, na áspera caminhada para o Amanhã."
Fonte: A Casa do Espiritismo

Bibliografia:
Kardec, Allan - "O Livro dos Espíritos"-FEB
Kardec, Allan - "O Evangelho Segundo o Espiritismo"- FEB
Kardec, Allan - "Obras Póstumas"-FEB
André Luiz/Francisco Cândido Xavier
- "Missionários da Luz" - FEB André Luiz/Francisco Cândido Xavier
-"NossoLar"- FEB Emmanuel/Francisco Cândido Xavier
- "Religião dos Espíritos"-FEB Emmanuel/Francisco Cândido Xavier
-"Renúncia"- FEB
Denis, Léon - "O Grande Enigma"-FEB
"> Denis, Léon - "O Problema do Ser, do Destino e da Dor"- FEB
Peralva, José Martins - "O Pensamento de Emmanuel"- FEB
Gil Restani de Andrade- Jornal Espírita - julho/05



"JESUS PREGOU AOS ESPÍRITOS EM PRISÃO?"

Reza o credo católico que Jesus “... padeceu sob o poder Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. Desceu aos infernos e ao terceiro dia ressurgiu dos mortos; subiu aos céus e está sentado à mão direita de Deus-Pai, todo-Poderoso, de onde há de vir julgar os vivos e os mortos. ...”.
A pergunta é: o que terá Jesus ido fazer nos infernos? De onde tiraram essa idéia?
Bom, parece-nos que isso foi tirado da primeira carta de Pedro (3,18-20), onde se diz que Jesus pregou “aos espíritos em prisão”, acrescentando que esses espíritos são os que foram desobedientes nos dias de Noé, ou seja, até antes do dilúvio.
Disso se pode concluir que, pela Bíblia, a palavra espírito significa um ser humano desencarnado e que os espíritos exercem influência sobre os encarnados. É o que se verifica por várias passagens bíblicas, onde encontramos os espíritos (imundos ou impuros) exercendo domínio sobre uma pessoa (o possesso de Gerasa ; o possesso de Cafarnaum e o menino mudo e epilético ). Os seres aos quais se denominam demônios são, sem sombra de dúvidas, os espíritos, tendo em vista que, pelas passagens citadas, as narrativas ora dizem demônio ora espírito impuro, demonstrando, portanto, que são sinônimas.
Mas, voltando à questão inicial, o que terá Jesus pregado a esses espíritos em prisão? A resposta ainda se encontra na primeira carta de Pedro (4,4-6), onde ele diz que “o Evangelho foi pregado também a mortos”. Resumindo: Jesus desceu aos infernos para pregar o Evangelho aos espíritos dos que haviam morrido até o dilúvio.
Três questões nos surgem agora: a primeira, por que só pregou para os que viveram até Noé, e os que morreram após o dilúvio até o início de sua pregação não tiveram a oportunidade de receber essa pregação? Então onde fica “Deus não faz acepção de pessoas” (Rm 2,11)? A segunda, é que se Jesus foi pregar aos mortos que se encontravam nos infernos (em prisão) é porque esses condenados poderiam ser recuperados, daí podemos afirmar que na hipótese do inferno existir mesmo, ele não é eterno. Até mesmo porque somente se fica na prisão até que seja pago o último centavo da dívida (Mt 5,26). Terceira, se Jesus foi aos infernos pregar aos mortos concluímos que os mortos foram julgados, daí haveria alguma explicação racional para o tal juízo final, onde serão julgados os vivos e os mortos?
Vejamos agora o que dizem os teólogos.
Os protestantes, nos explicam a expressão “pregou aos espíritos em prisão”, dizendo:
“Alguns pensam que esta frase significa que Cristo, entre Sua morte e ressurreição, desceu ao Hades e ofereceu aos que viveram antes de Noé (v. 20) uma segunda oportunidade de salvação, uma doutrina que não tem apoio escriturístico. Outros pensam que foi apenas uma proclamação de Sua vitória sobre o pecado aos que estavam no Hades, sem o oferecimento de uma segunda chance. É Mais provável que este versículo seja uma referência ao Cristo pré-encarnado pregando através de Noé àqueles que, por terem rejeitado Sua mensagem, agora são ‘espíritos em prisão’”.
Já com relação à pregação do Evangelho a mortos, dizem:
“a mortos, I.e., cristãos já falecidos O evangelho foi pregado àqueles mártires agora mortos. Eles foram julgados na carne e condenados ao martírio segundo padrões humanos de justiça, mas estão vivos espiritualmente depois da morte. Outra interpretação deste versículo relaciona esta pregação àquela mencionada em 3:19”.
Diremos que o apoio escriturístico para a pregação de Jesus aos espíritos que estavam na prisão é confirmado pela própria passagem questionada, como também por 1 Pedro 4,4-6, mas em nota nessa passagem, dizem que Jesus teria ido pregar aos cristãos já falecidos. Essa hipótese é absurda, pois os que seguiam Jesus só foram chamados de cristãos mais tarde (Atos 11,26), por volta de 37 d.C., época da fundação da Igreja Antioquia, e considerando que a morte de Jesus se deu na Páscoa de 30, nos dá aproximadamente 7 anos depois da morte de Cristo. Resta-nos portanto, a alternativa de que realmente Jesus foi pregar aos espíritos em prisão.
Os católicos, por sua vez, explicam:
“Provável alusão à descida de Cristo ao limbo. Quem sejam os espíritos aos quais Jesus foi pregar, é controverso. Há quem afirme que se trata dos espíritos maus, aos quais Cristo anunciou a derrota e a sujeição; outros, ao contrário, vêem neles os incrédulos dos tempos de Noé; mas provavelmente são os justos do A. T. que haviam esperado no Cristo”.
E, em relação aos mortos dizem:
“Quanto a esses mortos, cfe 3,19. São os justos que morreram pelo dilúvio, entre os quais houve os que se arrependeram de seus pecados, embora esse arrependimento tardio, tendo salvo a alma, não serviu para salvar o corpo da morte. Há quem sustente tratar-se de mortos espirituais”.
Jesus descer aos infernos apenas para anunciar aos espíritos maus a sua derrota e sujeição, não condiz com tudo que Ele pregou e exemplificou. Isso seria apenas uma demonstração de superioridade com conseqüente humilhação aos que estaria se dirigindo, portanto, fora de propósito. Seriam os justos como sugerem? Se os justos estavam na prisão é porque mereceram castigo, ora, só pelo fato de se merecer castigo é uma conseqüência de não ser justo, pois justo merece prêmio, não castigo.
Limbo? Ora, na Bíblia não encontramos nada a respeito. Afinal o que é isso? Segundo o Dicionário da Bíblia Barsa seria também a “residência das almas das crianças mortas sem terem sido batizadas, ...quem não tiver cometido pecado mortal não será castigado com o inferno e de que só os que tiverem tido o pecado original apagado pelo Batismo (de água, sangue ou desejo) é que entrarão no céu”.
Ah! O que esses teólogos não inventam para justificarem seus dogmas?! Vejam bem, criam um lugar que não existe, estabelecendo as condições para os que para lá irão, tudo sem nenhum apoio bíblico, apenas como justificativa a seus dogmas. Essa, por exemplo, do pecado original não condiz com: “Os pais não serão mortos pela culpa dos filhos, nem os filhos pela culpa dos pais: cada um será morto pelo seu próprio pecado” (Dt 24,16).
Mas afinal, a quem Jesus teria pregado? Teria pregado a todos ou somente aos que morreram do dilúvio para trás? Já que todos podem dar a sua opinião, diremos que “provavelmente” Jesus tenha pregado a todos os espíritos que estavam “presos”, até mesmo porque Deus trata todos de igual modo. Mas presos aonde? Acreditamos que no “umbral”, onde todos os espíritos, que ainda não possuem evolução suficiente para se desvincularem do planeta Terra, ficam presos nessa região, em volta da Terra.
Assim não admitimos que o “inferno” seja eterno, nem que os “mortos” ficam dormindo à espera do juízo final. O grande problema que surgirá se aceitarem isso, é que vai para o beleléu a fortuna que fazem usando o dízimo, não é mesmo?
Alguém poderá dizer: Mas o credo que conheço não fala em “infernos”, cita “mansão dos mortos”. É fato, entretanto, ao que tudo indica mudou-se a forma de rezar o credo para fugir dos inevitáveis questionamentos. Estão querendo, como se diz popularmente, “tapar o Sol com a peneira”, apenas isso. Não adianta, pois um dia a verdade aparecerá.
Paulo da Silva Neto Sobrinho
Mar/2005.
Bibliografia:
A Bíblia Anotada. São Paulo: Mundo Cristão, 1994.
Bíblia Sagrada, Edição Barsa. Catholic Press, 1965.
Bíblia Sagrada. São Paulo: Paulinas, 1980.




"E CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ"

Meu reino não é deste mundo. Se fosse, meus ministros se empenhariam em não me entregarem aos judeus. Mas agora meu reino não é daqui."- Jesus (João,18:36). 

Estas foram as palavras de Jesus a Poncio Pilatos quando este perguntou ao Mestre se Ele era rei. Jesus fala nesta passagem do Reino de Deus e, a fim de entendermos a essência desse ensinamento, procuremos compreender o que esta expressão significa: tomemos a expressão Reino de Deus como sinônimo de felicidade plena (conceito espiritual), e felicidade como sendo igual à ausência de problemas (conceito humano).
Todos nós imaginamos que uma vida feliz é uma vida sem dificuldades, sem sustos ou medos. Enfim, uma vida sem preocupações. E isso é tão verdadeiro que costumamos dizer que nossa vida, quando não existem tropeços, é um céu ou um mar de rosas. Por causa desse conceito de felicidade, muitos trabalhadores da seara de Jesus, enganados por ilusões transitórias, afastam-se da vida do mundo passando a viver uma existência contemplativa, esquecendo-se que Jesus fez essa afirmação, mas não se afastou do planeta. Levou até o final a sua missão.
Isto nos faz perceber, claramente, que a vida terrena é de fato cercada de dificuldades e só terá sentido vivê-la se nos conscientizarmos disso. Então, vida planetária e dificuldades caminham juntas. Se assim não fosse, Jesus teria afastado de si todos os obstáculos para que Ele mesmo não sofresse o que sofreu. Existem, ainda, outros companheiros que acreditam ser a vida na Terra um mar de sofrimentos, e que só serão felizes quando passarem a viver no plano espiritual.
Costumam dizer: 
"Aí sim, vou descansar." Entretanto, por tudo que aprendemos através de leituras, de passagens e diferentes formas de comunicação que a vida espiritual não é um rio de mel onde permanecemos em ociosidade, no gozo das benesses divinas, simplesmente pelo fato de não estarmos mais no plano físico. Muito pelo contrário, temos conhecimentos suficientes para saber que seremos lá o que aqui formos e que as benesses divinas virão de acordo com nosso merecimento.
Parece-nos, então, que o nosso conceito de felicidade está errado ou, pelo menos, não estamos entendendo o significado das afirmações de Jesus. Vamos agora prestar um pouco de atenção à segunda parte da frase: 
"mas agora meu reino não é daqui". Podemos perceber que em momento algum Jesus disse que seu reino não seria na Terra.
Ele afirma que, naquele momento pelo qual o planeta passava, seu reino não estava estabelecido. Entretanto, a confiança Dele de que em algum momento isso efetivamente aconteceria, não deixa margem de dúvida ao usar a palavra "agora". Ele confia nessa mudança através da transformação do Homem, e tanto isso é verdadeiro que permanece nos amparando, curando nossas feridas morais, lembrando-nos que os problemas humanos no planeta são transitórios, apesar das enormes dificuldades que atravessamos.
Isto nos faz entender que a presença do Reino de Deus em nossa vida está ligada à proposta de mudança do nosso ponto de vista em relação à verdadeira realidade, e não à que supostamente imaginamos seja ela. E como poderemos realizá-la? Podemos, primeiramente, estabelecer o que realmente necessitamos e não o que imaginamos necessitar para sermos felizes. Depois, com base nisso, determinar o que é possível fazer para que essa conquista aconteça - nossos limites e não nossas ilusões deverão nortear essas ações.
É necessário mas nem tudo nos convém (devemos aqui na Terra termos somente o essencial) e que é importante conhecermos tudo, mas relermos apenas o bem, conforme nos lembra o Apóstolo Paulo. Essas atitudes mentais modificantes nos levarão, certamente, a iniciar um maior conhecimento de nós próprios, ou seja, conhecermos a verdade sobre nós. Trata-se, sem dúvida alguma, de uma postura mental difícil de se manter, mas não impossível de se conquistar. Necessitamos para isso de vontade firme e sensibilidade para perceber que a hora da mudança chegou. E, somando-se a isso, não ter medo de fazer o que deve è precisa ser feito.
Estamos cansados de sofrer, de sentir medo, de viver aflitos e, às vezes, desesperançados. É necessário iniciarmos a viagem para dentro de nós mesmos, a fim de que possamos aprender a nos conhecer e, nos conhecendo, aprendermos a nos amar. Queremos sempre saber o que o outro sente, como pensa e tememos encarar nossos verdadeiros sentimentos, nossos medos nossos desejos.
Passamos por muitas coisas, punindo nosso corpo, tornando-nos infelizes. Por isso Jesus nos disse que conheceríamos a Verdade e que ela nos libertaria. Conheceríamos a verdade sobre nós mesmos e que esse conhecimento nos libertaria das culpas, dos medos, das angústias. Porque quanto mais nos conhecermos mais nos amaremos e, conseqüentemente, também amaremos o nosso próximo e a Deus.
"amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo" exige de cada um de nós um caminho inverso a ser seguido - de nós para Deus - para atingirmos a felicidade plena e instalar para sempre o Reino de Deus em nossos corações. O que isso significa? Significa que essa conscientização surgirá quando aprendermos a utilizar as informações recebidas como instrumentos para nossa iluminação.
O Reino de Deus ao qual Jesus se refere como não sendo deste mundo de ilusões materiais, de necessidades vãs, onde o egoísmo e o orgulho têm morada fixa, pertence a todos aqueles que já praticam Seus ensinamentos, que não têm medo de se manterem firmes nessa escolha, concretizando caminhos novos, sonhando sonhos possíveis e tornando-os realidade. O Reino de Deus pertence, sim, a todos aqueles que aceitaram o convite de Jesus de irem até Ele para aliviar suas dores.

Fonte: A Casa do Espiritismo

Bibliografia:
Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. 2 F.C.Xavier/Emmanuel (Espírito)
-Pão Nosso - lição 133
- Caminho, Verdade e Vida - lição 85 Oliveira, Wanderley S. / Ermance Dufaux (Espírito)
- Mereça Ser Feliz — Cap IV Ed. INEDE - 2a. ed., 2003
Jornal Espírita - junho/04


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...