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sábado, 6 de fevereiro de 2021

A GUERRA CONTRA O PARAGUAY. (O CARMA DO BRASIL)


O conflito militar ocorrido entre 1864-1870, que envolveu a tríplice aliança entre o Brasil, Argentina e Uruguai contra o caudilho Solano Lopez do Paraguai, foi a guerra mais sangrenta ocorrida na América do Sul. Entre os aliados mais de 80.000 soldados e civis perderam a vida, e do lado paraguaio, estima-se em 300.000 fatalidades. Mas a maior causa das mortes foram a fome e as enfermidades ocasionadas pelo clima insalubre e inóspito da região de conflito.

Para o Brasil, que perdeu o maior número de cidadãos, o custo deste conflito bélico arrasou a nossa economia por vários anos e o Paraguai, que teve talvez quase 40% de sua população dizimada, amargou por décadas uma recuperação extremamente difícil. Como em todas as guerras, as perdas foram enormes para todas as nações envolvidas. Não existiu nenhuma intervenção das nações mais desenvolvidas neste conflito, exceto como mediadores para que a paz fosse negociada de uma forma justa

Os historiadores divergem em suas interpretações, o que é compreensível devido à dificuldade em serem obtidos a comprovação das informações divulgadas. Em obra mediúnica (Brasil Coração do Mundo, Pátria do Evangelho), do autor Humberto de Campos através do médium Chico Xavier, é feito um breve relato da visão espiritual deste evento. Na verdade, o déspota Solano Lopez não era diferente da maioria dos caudilhos de sua época. A sua ação contra o Brasil e a Argentina foi motivada não só pela sua ambição, mas o desejo de negociar fronteiras (em litígio) e a navegação do Rio da Prata em condições mais favoráveis, pois não confiava em seus vizinhos, Brasil e Argentina

Já tinha um acordo com um dos caudilhos do Uruguai e preparou-se melhor para a guerra que os demais países daquela região (seu exército superava em três vezes as forças aliadas no início do conflito).

No passado já haviam ocorridos várias guerras naquela região, inclusive com o envolvimento de D. Pedro I. Mesmo a Argentina não estava totalmente unida, com regiões administradas por governos independentes. A desconfiança de nossos vizinhos com relação ao império brasileiro que já era grande, se potencializou com a intervenção militar do império do Brasil na Argentina e depois no Uruguai, depondo o caudilho aliado de Solano Lopez, sendo isto o estopim que deflagrou este conflito.

Com certeza teria sido muito difícil D. Pedro II evitar a guerra contra o Paraguai, não invadindo o Uruguai devido as convulsões políticas naquela região.  Existia grande pressão do R. G. do Sul, em favor da guerra e anos antes já havia deflagrado a revolta de farroupilha, custando muitas vidas e valores expressivos para o império. A região colonizada pela Espanha se fragmentara em vários países e existia um risco do mesmo ocorrer em nosso território. Para complicar, mais de 20% da população no Uruguai eram de brasileiros (principalmente gaúchos), que já estavam envolvidos no conflito armado que dividia aquele país em dois grupos antagônicos.

Mas é importante também considerar a forma de analisar as situações conflitantes segundo a ótica da época. Mesmo D. Pedro II, embora escolhido e preparado para esta tarefa designada por Jesus, tinha como principal referência na sua forma de analisar as situações conflitantes, os valores e a cultura europeia, sem atinar tão bem para as questões locais. E, na região sul do continente os países hoje existentes, estavam na época ainda em formação (Argentina, Uruguai, Paraguai), com questões limítrofes nas fronteiras não resolvidas. 

O envolvimento do império do Brasil, durante o primeiro reinado, na guerra que antecedeu o conflito bélico com o Paraguai, guardava reminiscências expansionistas da influência portuguesa. Entretanto, não constava nos planos do mundo espiritual incorporar ao império brasileiro as regiões existentes, além da marcação de nossas fronteiras como se encontra nos dias de hoje. Estas primeiras guerras foram infrutíferas e com certeza tiveram uma influência negativa na sequência de eventos que levaram a preocupação de nossos vizinhos com as pretensões territoriais e o belicismo do império brasileiro.

Interessante que antes de reencarnar, D. Pedro II conversou com Jesus sobre a tarefa a ser realizada. Nosso imperador já era uma alma de escol, que embora tivesse sido em existência pretérita um centurião romano (Longinus), presente na crucificação do Messias, recebeu do Mestre Nazareno uma tarefa que apenas almas realmente edificadas no bem poderiam empreender (D. Pedro II havia se preparado durante vários séculos em reencarnações que lhe conferiram a moral e intelectualidade necessárias para a tarefa). 

Entre as tarefas principais, que Jesus lhe solicitou estavam a de proporcionar o crescimento estável do Brasil, libertar os escravos e manter a prudência e a fraternidade com as nações vizinhas, sem conflitos bélicos. Realmente D. Pedro II foi o melhor governante que o Brasil teve em toda a sua história (58 anos de reinado). Mas poderia ter assimilado melhor a advertência de Jesus e evitado a guerra, ou pelo menos ter amenizado os seus efeitos buscando negociar a paz com Solano Lopez. Sessenta mil brasileiros perderam a vida, e a nossa economia ficou arrasada por várias décadas com os custos deste conflito bélico.

Em mensagem de Bezerra de Menezes através do médium Divaldo P. Franco,  é citado que o Carma da nação brasileira só foi quitado com a construção de represa de Itapu, resgatando assim o nosso débito pela destruição que causamos à aquela nação. O Brasil é um país pacífico, sem interesse em conquistas e sem litígios sérios com os nossos vizinhos. Felizmente o nosso país resgatou o seu único débito coletivo em termos de nação, preparando-se melhor para os adventos do terceiro milênio. Como todas as grandes nações do passado, o Brasil também terá de seu momento de maior glória, mas não através da expansão bélica ou econômica, mas através da divulgação do Cristianismo redivivo, a Doutrina Espírita.

Por Alvaro Augusto Vargas

UNIÃO ESPIRITA DE PIRACICABA

 

SOBRE A COLONIA ESPIRITUAL RANCHO ALEGRE.


 “Bem do ladinho do céu há um lugar chamado Rancho Alegre, uma das colônias espirituais para onde vão os animais quando desencarnam. Lá existem riachos e colinas para que todos os nossos amigos possam correr e brincar juntos. Tem muita comida, água e sol, e nossos amigos estão quentinhos e confortáveis. Todos os animais que estavam velhos e doentes voltaram a ter vigor e saúde; aqueles que estavam machucados ou aleijados estão inteiros e fortes novamente, exatamente como em nossas lembranças dos tempos que já se foram. Os animais estão felizes e contentes, não sofrem como nós pela dor da perda ou ausência de alguém muito especial, que teve que ficar para trás. (...) Muito mais do que supomos, os animais são assistidos em seu desencarne por espíritos que os recebem no plano espiritual e cuidam deles. (...) Estão bem vivos no plano espiritual, e, muitas vezes, sentem saudades de seus donos e surgem no ambiente onde viveram antes. Os animais também reencarnam e, no geral, retornam várias vezes ao mesmo lar, enquanto houver aprendizado para todos. A reencarnação favorece o reencontro afetivo entre animais e homens para continuarem juntos o aprendizado de amor.” -


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*O artigo foi baseado nas obras do escritor Marcel Benedeti: “Histórias animais que as pessoas contam”; “A espiritualidade dos animais”; “Todos os animais são nossos irmãos”; “Animais no mundo espiritual”; “Todos os animais merecem o céu”. 
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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

CORONAVIRUS. FLAGELOS E O ESPIRITISMO.

É sabido que a humanidade está passando por um período difícil atualmente, com a epidemia do Coronavírus, fazendo com que quase todos os países sofram com esses flagelos, e tomem medidas drásticas em relação a pandemia. Mas o que o Espiritismo tem a dizer sobre isso? 

É ponto pacífico para os cientistas atualmente, que as revoluções geológicas, meteorológicas e biológicas, são coisas comuns e necessárias para a todo o ecossistema do nosso planeta, apesar dos estragos que causam, diante do ponto de vista humano. Por isso que, numa periodicidade impressionante, a humanidade presencia todo tipo de sinistro como terremotos, maremotos, furacões, nevascas, enchentes e dilúvios, erupções vulcânicas, epidemias, etc… causando um enorme constrangimento para as populações das regiões onde tais fenômenos acontecem, necessários do ponto de vista biológico/geológico, mas aparentemente do ponto de vista humano, só causam devastação, sofrimento e morte, fazendo o homem se perguntar se Deus realmente existe, por que deixa que tais coisas aconteçam a humanidade? 

Essa pergunta sempre foi feita, através da História, tanto que esses fenômenos são conhecidos como Flagelos Destruidores. Todos os povos, de uma maneira ou de outra, já presenciaram e passaram por fenômenos assim, deixando seus relatos em livros sagrados e profanos que contaram a sua epopeia de luta e superação do ocorrido para as gerações futuras. 

Muitas delas, acreditando na ira de Deus, ou seja, tais coisas acontecem por castigo divino aos homens corrompidos e egoístas, ou não. Como foi o caso, por exemplo, do Grande Terremoto de Lisboa, no século XVIII, onde milhares de pessoas morreram devido a um enorme Tsunami que se formou além mar e avançou contra a costa da capital Portuguesa, dizimando quase toda a sua a população. Ou o fato da grande Peste Negra que igualmente dizimou milhões na Europa, quando no período da Idade Média, ou até mesmo Pompeia, só para citar alguns. 

Parece que a ideia da ira de Deus é um conceito bastante difundido e popular hoje em dia e isso foi também a causa da criação de filosofias seculares que não aceitavam essa ideia de um deus cioso, colérico e vingativo com sua criação que, segundo eles, absolutamente não pediu para nascer, demonstrando que ambas vertentes não conseguiram solucionar essa problemática, pois, os flagelos continuam a acontecer, apesar de tudo. 

Sabendo disso, Allan Kardec reservou algumas perguntas aos espíritos superiores sobre essas questões, no Livro dos Espíritos; como conciliar a justiça de Deus diante da destruição causada pelos flagelos naturais? 

Os bem feitores espirituais então, apresentaram a Kardec a Lei de Destruição, ou seja, a lei da impermanência de tudo que existe, inclusive o homem, pela ótica da imortalidade do espírito humano. Nada no universo é perene; perene somente Deus o É. Tudo no Universo evolui, nada é estático, parado; tudo é dinâmico, está na natureza portanto, a destruição dos seres e das coisas materiais para a evolução do próprio Universo. Nada se cria; tudo se transforma. 

Muito dos flagelos que acontecem tem por objetivo somente a manutenção dos sistemas naturais do planeta, outras vezes tem por objetivo a própria humanidade egoísta e recalcitrante no mal, que vez por outra é abalada em seu orgulho e preguiça para que reconheça a necessidade do bem e das reformas. É necessário aqui refletir sobre o ponto de vista da imortalidade; são três os elementos constitutivos do Universo, a saber…Deus, Espírito e a Matéria. 

Deus, a Inteligência Suprema, causa primária de tudo que o constitui o Universo. 

A Matéria; tudo que ocupa lugar no espaço universal, o fluido formidável que pode tomar formas infinitas, tanto tangíveis quanto invisíveis, extrafísicas e dimensionais, pois inexistência não é sinônimo de invisibilidade. A ferramenta que o Espírito usa para sua evolução e trabalho. 

E por fim… 

O Espírito, o sinônimo de Vida ou Inteligência como força da Natureza, no sentido geral, Universal, capaz de se apresentar de formas que variam ao infinito. Assim como a matéria, pode tomar formas tanto físicas quanto 

extradimensionais, capaz de preexistir e sobreviver a tudo, ou seja, a imortalidade é o seu principal atributo. 

Assim sendo, Kardec tomou conhecimento sobre a ótica dos espíritos superiores e imortais, a respeito da Destruição. 

Encarando por esse prisma, os espíritos superiores esclarecem que os flagelos destruidores acontecem para fazer com que determinada leva de espíritos sejam obrigados a saírem da inércia moral em que se encontram; quanto mais materializados ficarem, mais estacionados estarão. Seria absurdo então conceber que em um Universo onde seu próprio Criador trabalha sempre existiram criaturas onde não fazem absolutamente coisíssima alguma por si mesmos ou pela criação. Logo, não é um castigo de Deus, e sim uma provação que Ele nos impõe para amadurecermos espiritual e moralmente, apesar de todos os recursos que ele nos proporciona para distinguirmos o bem do mal e que nós deliberadamente menosprezamos através de nossas vidas sucessivas. 

É assim que de tempos em tempos, as humanidades de um planeta de provas e resgate, cada uma a seu turno, que por ventura estejam estacionadas em determinado ponto da evolução, são constrangidas a marcharem em direção a fraternidade e ao conhecimento, através de determinada epidemia ou desastre natural. 

Mas aí, você, amigo leitor, leitora, pode se perguntar; e os mortos? O que eles ganharam com isso? 

Como dito antes, devemos encarar a natureza pela ótica da imortalidade do espírito humano. De toda maneira, o homem desencarnará, mais cedo ou mais tarde, a grande diferença é que, nesses acontecimentos, muitos desencarnam juntos, constituindo uma expiação para os que partem dos quais reencarnarão novamente, no futuro, e uma prova para os que sobrevivem. 

Contudo, além dos flagelos naturais, há os causados pelo próprio homem, devido a sua imprevidência, omissão e egoísmo, recebem o efeito do que causaram, mais cedo ou mais tarde. Atualmente, estamos passando por um período semelhante a isso. A epidemia do Coronavírus, é um flagelo causado por nós mesmos, através de ações humanas mal sucedidas, com o objetivo de beligerância. Podemos considerá-lo então como um flagelo antropológico, e por isso mesmo, estamos colhendo o que plantamos. Deus para nos provar deixa que nós colhamos o resultado de nossas ações e que nosso orgulho seja ferido, para que enfim tenhamos responsabilidade por nossos atos coletivos. 

Ainda segundo os espíritos superiores, os efeitos bons dos flagelos naturais, geralmente, somente as gerações futuras desfrutarão. Como foi o caso da Peste Negra, falado supra. Ela foi causada pelo uso excessivo dela como arma de guerra, pois os exércitos inimigos costumavam jogar cadáveres com a moléstia, dentro dos lugares onde tentavam dominar, sem perceberem que, mais cedo ou mais tarde, se contaminariam também. Muitos desses soldados voltavam depois de guerras cruéis, a suas cidades de origem, totalmente contaminados com a doença que era extremamente contagiosa, que encontrou caminho fácil devido a ignorância e obscurantismo da Idade Média, conhecida também como a Idade da Trevas. 

Depois de milhões de mortos, os sobreviventes de tal sinistro, se voltaram para a ciência e a filosofia, derrubando finalmente a Idade das Trevas e criando o período do Iluminismo, do qual pregava o conhecimento e a ciência como salvadoras da humanidade. 

O mesmo aconteceu, de certa forma, com a destruição de Pompeia. Depois do ocorrido, um sobrevivente da destruição, chamado Plínio, relatou o que presenciou em um livro, explicando o que tinha acontecido dias antes do ocorrido. Segundo ele, o Vesúvio deu sinais claros de que iria explodir, soltando uma fumaça negra e criando pequenas erupções que o povo da época, orgulhoso e hedonista, se limitou a fazer oferendas a Efestus, um antigo deus romano, para que ele se acalmasse. 

O livro de Plínio – o sobrevivente, ficou tão famoso e seminal, que até hoje alguns fenômenos vulcânicos levam o seu nome, como as famosas “Erupções Plinianas”. Graças a ele, populações inteiras ao redor do mundo e através da História foram salvas, devido somente a um homem que, providencialmente, usou de inteligência. Inteligência essa que seus contemporâneos haviam esquecido. 

Há então, dois tipos de flagelos; os naturais, dos quais o homem realmente não tem como fugir, somente encarar com coragem, emprenho e fé em Deus. E os flagelos antropológicos, ou seja, causados por nós. Um nós podemos deter ou conjurar somente nos melhorando moral e intelectualmente. O outro somente podemos encarar com coragem e fé, reconhecendo a onipotência de Deus na natureza, pedindo para que Ele tenha piedade de nós, até por que, a própria lei de destruição nos mostra que tudo passa, como bem frisou Emmanuel, pela pena de Francisco Candido Chico Xavier: 

Todas as coisas, na Terra, passam… Os dias de dificuldades, passarão… Passarão também os dias de amargura e solidão… As dores e as lágrimas passarão. As frustrações que nos fazem chorar… um dia passarão. A saudade do ser querido que está longe, passará. 

Dias de tristeza… Dias de felicidade… São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal as experiências acumuladas. 

Se hoje, para nós, é um desses dias repletos de amargura, paremos um instante. 

Elevemos o pensamento ao Alto, e busquemos a voz suave da Mãe amorosa a nos dizer carinhosamente: isso também passará… 

E guardemos a certeza, pelas próprias dificuldades já superadas, que não há mal que dure para sempre. 

O planeta Terra, semelhante a enorme embarcação, às vezes parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas. 

Mas isso também passará, porque Jesus está no leme dessa Nau, e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a agitação faz parte do roteiro evolutivo da humanidade, e que um dia também passará… 

Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro, porque essa é a sua destinação. 

Assim, façamos a nossa parte 

o melhor que pudermos, sem esmorecimento, e confiemos em Deus, aproveitando cada segundo, cada minuto que, por certo… também passarão…” 

” Tudo passa……….exceto DEUS!” 

É o suficiente! 

Autor: Wanderson Silva


 

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...