Por quê sofremos tanto na
TERRA ?
“Meus amigos e irmãos. Viveis num planeta, como acabais de
ouvir de Santo Agostinho, de provas e expiações, onde cada um de nós é chamado
a cumprir as Leis de Deus, para se aperfeiçoar e ser digno de novas
oportunidades de ascensão a mundos mais felizes, onde imperam o Amor e o
respeito pelo outro, louvando em uníssono os desígnios divinos que a tudo
provêm, sem que a cada um não seja dado segundo o que não mereceu.
Neste Mundo onde vos foi dado viver, os corações se
atrofiam, as almas se entristecem e o Homem se perde dentro de si mesmo.
Impera a solidão e o desejo maior do triunfo pessoal: o
sucesso material predominando sobre o triunfo espiritual, entrando o Homem em
decadência e a sociedade turbulenta, em declínio de valores sociais e morais,
os quais a segurariam de novas catástrofes, já tantas vezes experimentadas na
Terra.
A família, como suporte maior, é a primeira a entrar em
falência, libertando-se os instintos que, não sendo contidos e burilados ao
longo da infância e da adolescência, despertam e se desenvolvem nas ruas onde
habitam o crime e a violência que gera mais desafortunados, infelicitando mesmo
aqueles que se lhe dedicam.
Somos todos viajantes de outras eras, responsáveis por nós
mesmos, pela condução de nossos destinos e por aqueles que nos rodeiam.
Sejamos solidários e, em vez de ambicionarmos a felicidade,
que ainda se encontra alheia neste planeta de provas e expiações, ergamos
nossos desejos, levantemos nosso olhar e alarguemos nossa visão, ambicionando,
antes, a felicidade alheia, a conquista do nosso semelhante e o seu
soerguimento moral, no cumprimento das Leis de Deus.
Se nos esquecermos de nossas "infelicidades", se
não desejarmos tanto a nossa própria satisfação e pensarmos na crise social em
que vivemos e na infortúnio maior daqueles que nos rodeiam, meditando no que
podemos fazer para os ajudar, conquistaremos a felicidade almejada, no bem
alheio. Cada alegria experimentada por nossos irmãos, será a nossa alegria,
cada sucesso de nossos irmãos será o nosso próprio sucesso, pois nós
contribuímos um pouco para que os seus valores se alterassem, em consonância com
os desígnios divinos.
Vivendo em prol dos que nos rodeiam, sonhando e lutando por
causas nobres, conquistaremos a paz no coração e, simultaneamente, o direito a
um lugar noutro Planeta mais feliz e consentâneo com a nossa nova
personalidade, em equilíbrio intelectual e moral.
PSICOGRAFIA DE JOANA D’ANGELIS.