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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

"UM CACHORRO PRETO CHAMADO DEPRESSÃO".

A depressão afeta mais de 350 milhões de pessoas em todo o mundo. 
Esta mensagem tenta explicar um dos maiores problemas da face humana, pois infelizmente parentes e amigos não entendem o que se passam com uma pessoa com depressão.
"Eu tinha um cachorro preto, seu nome era Depressão.
Sempre que o cachorro aparecia, eu me sentia vazio e a vida parecia tornar-se mais lenta. Ele me surpreendia com uma visita, sem razão ou ocasião. O cachorro preto me fazia parecer e me sentir mais velho do que eu era. Enquanto o resto do mundo parecia aproveitar a vida, eu via tudo através do cachorro. Atividades que antes me traziam prazer, subitamente pararam de me alegrar. Ele mastigou a minha memória e minha capacidade de concentração. Com ele, era necessária uma força sobrenatural para fazer qualquer coisa. Em eventos sociais, ele espantava para longe qualquer confiança que eu tinha. Meu maior medo era ser descoberto, eu me preocupava que as pessoas fossem me julgar. Por vergonha do cachorro preto, eu estava sempre preocupado em ser descoberto, então investi vastas quantidades de energia para escondê-lo. Manter uma mentira emocional é exaustivo. O cachorro preto podia me fazer pensar e dizer coisas negativas, ele conseguia me deixar irritado e de difícil convívio, ele tomava meu amor e enterrava minha intimidade. Ele adorava me acordar com pensamentos negativos e repetitivos, ele também gostava de me lembrar o quão cansado eu estaria no dia seguinte.
Ter um cachorro preto não é se sentir triste ou pra baixo. É pior, é não ter a capacidade de sentir. Eu envelhecia e o cachorro preto ficava maior, aparecendo toda hora. Eu tentava espantá-lo, mas ele sempre vencia. Cair se tornou mais fácil do que se levantar novamente. Com o tempo eu me tornei bom em me "auto medicar", coisa que não ajudava de verdade. Em certo ponto, me senti totalmente isolado de tudo e todos. O cachorro preto tinha finalmente conseguido sequestrar minha vida. Quando se perde a felicidade em viver, você começa a questionar qual é o motivo da vida. Foi quando eu procurei ajuda profissional. Meu primeiro passo para me recuperar e dar uma reviravolta em minha vida. Descobri que não importa quem você é, o cachorro preto afeta milhões de pessoas. Todos podem ser afetados por ele. Não existe pílula mágica; medicação ajuda alguns, outros precisam de outra abordagem. Também aprendi que ser emocionalmente sincero com as pessoas próximas pode mudar tudo. Acima de tudo, aprendi não temer o cachorro preto, e até ensinei alguns truques. Quanto mais cansado e estressado você está, mais alto ele late. Aprendi a ter a mente serena. Exercícios físicos são tão eficientes quanto medicamentos parar tratar a depressão. Colocar seus sentimentos pra fora pode ser catártico e revelador. Lembre-se das coisas as quais você é grato. Não importa quão ruim a sua vida esteja, tomar os passos certos e conversar com as pessoas certas farão os dias de cão passarem.
Eu não diria que sou grato ao cachorro preto, mas ele tem sido um professor incrível. Ele me forçou a reavaliar minha vida. Aprendi que ao contrário de correr dos meus problemas, devo enfrentá-los. Quem sabe o cachorro preto sempre faça parte da minha vida, mas ele nunca será a fera que já foi. Nós temos um acordo. Por meio do conhecimento, paciência, disciplina e humor, até o pior cachorro preto pode ser tratado.
Se você está com problemas, nunca tenha medo de pedir ajuda. Não existe vergonha alguma em pedir ajuda. A única vergonha é deixar a vida passar."
 Autor desconhecido

"O mostro que nós damos as costas, nos aterroriza, o monstro que nós enfrentamos e usamos a nossa inteligência para dar um choque de lucidez nele, pode ser domesticado."

Augusto Cury

domingo, 28 de fevereiro de 2016

“BOM DIA”

Ao iniciar-se um novo período de tempo, em que o Criador lhe permite despertar para agir no bem, é importante meditar sobre a bênção deste dia, na construção da alegria e da paz tão almejadas.
Não se importe se o dia amanheceu nublado ou chuvoso, ensolarado ou borrascoso; não se preocupe se o clima está frio ou se o calor promete castigar.
Erga-se e ore, agradecendo a Deus o fato de ter você aberto os olhos no corpo físico, para um novo dia... Ele é ensejo de realizações positivas, de progresso para você.
Não se impaciente por se dar conta de que, no dia de hoje, você guarda bem pouco ou nenhum dinheiro para suas necessidades comuns.
Pense que está com saúde, e que o trabalho, por mais simples, é a feliz oportunidade que a pessoa recebe de Deus para modificar a vida.
Seja carpindo o solo ou recolhendo o lixo, preservando a higiene; seja lavando uma roupa ou conduzindo fardos, qualquer que seja o serviço, agradeça ao Senhor, seguindo adiante.
Procure não se infelicitar se acordou febril, debilitado, doente. Você mantém a lucidez, pode pensar, pode agir. Busque o socorro de alguém, se não puder cuidar-se só.
Não despreze a prece com que você pedirá o auxílio divino diante do seu desequilíbrio orgânico. O auxílio virá. Espere, agindo.
Seja como for, você tem hoje nas mãos os mais valiosos recursos para ser feliz, dentro do quadro das suas provações e merecimentos.
Não se entregue à revolta, ao rancor, à mágoa, ao desalento. Seu dia deve ser um dia lindo; seu tempo deve ser abençoado.
Enquanto é hoje, seja amigo de alguém, leal e prestativo.
Enquanto é hoje, liberte-se dos vícios que o aprisionam, fiel ao bem, decidido.
Enquanto é hoje, cresça um pouco mais, vinculado a Jesus Cristo, a fim de que consiga viver um bom dia, em cada dia que passe por você.
Vivendo bem o seu dia, você se estará preparando para o formoso dia sem nuvem, sem tormenta, sem noite, que o Criador a todos nos oferece, após superados os tempos terrestres, educando-nos e valorizando as horas, com disposição e coragem, com grandeza d'alma.
Enquanto puder escutar ou perceber a palavra hoje, com a audição ou com a reflexão, no campo fisiológico, valha-se do tempo para registrar as sugestões divinas e concretizá-las em sua marcha.
Redação do Momento Espírita


sábado, 27 de fevereiro de 2016

"EU, O MENINO E O CACHORRO"

E eu só reclamava da vida…reclamava da noite porque eu não dormia,
reclamava do dia porque eu sofria, reclamava do frio que me gelava a alma,
reclamava do calor que me atirava ao desânimo.
Para tudo e para todos eu tinha uma resposta, para a minha derrota eu sempre tinha um culpado, para o meu desamor sempre tinha um “alguém”, para tudo uma reclamação, eu era o próprio azedume.
Ai de quem me criticasse, que apontasse o erro que eu não enxergava, para tudo tinha que haver um culpado, eu era a vítima do sistema, das pessoas, do mundo,eu  sempre fui traído, enganado, sofrido…
Carregava aquela cruz pesada de ódio, e eu só reclamava da vida, seja de noite, seja de dia.
Até quem dia, um menino, desses meninos de rua, me pediu uma ajuda, e eu já estava pronto para ofendê-lo, quando ele pegou na minha mão e arrastou-me, se é que um menino tão pequeno teria essa força.
No canto da rua ele me mostrou um cachorro muito sujo, que estava com a pata como que quebrada e cheio de feridas.
O menino puxou a minha mão e fez chegar perto do cachorro.
Ele olhava pra mim e depois para o cachorro, e falou numa voz que eu não consigo esquecer:
– Moço, sara ele pra mim! é o meu melhor amigo.
Não sei porque e nem quero saber, mas eu não aguentei e chorei…
Chorei como criança, como quem abre uma torneira, como se uma porta que estava fechada
há muito tempo dentro de mim, se abrisse escancaradamente…
O menino não entendeu o meu choro e perguntou:
– Ele vai morrer moço? è grave assim…
Despertei do meu choro e agarrei aquele cachorro com muito cuidado.
Levei-o até a minha casa, poucos quarteirões dali, e tratei daquele cachorro como se fosse um filho, e o menino, que vivia pelas ruas, foi ficando, e cuidou de mim, curou minhas feridas, antes mesmo de eu curar as feridas do cachorro.
Hoje, não reclamo mais de nada, tudo para mim tem um sentido, tudo é perfeito, até o que dá errado.
Faz 16 anos que o menino de rua pegou na minha mão, mudou a minha vida, transformou esse ser.
Mostrou-me o caminho do amor, amor que restaura, cura, seca feridas, renova,
traz esperança, e esperança é o nome do amor.
E esse menino, que hoje me chama de pai, destranca portas e janelas da minha alma todos os dias, quando segura na minha mão e me agradece por cada coisa tão pequena,
os banhos, as roupas, a comida, a escola, a adoção, coisas que muita gente tem e não dá nenhum valor, ele me recompensa com carinho e dedicação.
Hoje é a sua formatura, e eu nem sei o que dizer, sou grato a Deus por ele entrar na minha vida, por quebrantar meu coração, e não largar mais a minha mão.
Hoje eu bendigo a vida.
Valorize a sua vida, preencha-a com o amor.
Por Paulo Roberto Gaefke

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

"NOSSOS PIORES INIMIGOS"

Toda a nossa realidade se baseia nas coisas que somos capazes de ver e que nos permitem avaliar a verdade. No entanto, nem sempre a verdade Pode ser vista com os olhos físicos e, por isso, muitas vezes somos iludidos pelas aparências da verdade ou por falsas interpretações que nos levam a atitudes descabidas e incompatíveis com nosso nível de civilidade. 
Quando observamos o comportamentos das pessoas em geral, podemos perceber que elas são,muitas vezes, sujeitas a oscilações no comportamento e nas reações. Há pessoas que, sendo normalmente alegres por natureza, em determinado momento se veem tomadas de uma melancolia sem explicação. Outras se deixam levar por ondas de ira, de ódio incontido, para mais adiante arrependerem-se de tudo o que fizeram. Muitas são tomadas por condutas incompatíveis com o conceito que se tem delas a ponto de se permitirem enveredar-se por vícios que os levam ao desajuste emocional mais profundo.
Se é realidade que há motivos exteriores que possam levar alguém a tal estado de desequilíbrios por ausências de auto controle ou de freios que o impeçam , não é menos verdadeiro que todos tem a sua disposição canais de ligação com forças superiores que lhes permitem acessar esses recursos na própria defesa.
Grande parte dessas pessoas estão sofrendo de problemas visíveis mas que tem uma causa invisível que, por isso, não é levada em conta no momento de sua solução.
Acreditam que as depressões por que estão passando tem como causa alguma frustração íntima originada no comportamento de algum ente querido, ou decorrente de alguma perda material ou pessoal. Imaginam que as condutas incompatíveis e inexplicáveis foram causadas por algum agente mórbido, alguma doença invasora de sua alma e que qualquer remédio possa combater.
Desprezam todo e qualquer conselho que se lhes ofereça no sentido de melhorar seus comportamentos internos e seus pensamentos. Acreditam na antiga tolice que Deus gosta apenas dos bons e pune os maus. Não percebem que carregam ainda dentro de si, uma quantidade de maldade suficientemente grande para autorizar que todas as piores punições, em forma de desgraças, lhes visite o horizonte pessoal.
Pensam-se com direito a proteção absoluta porque comparecem aos templos e fazem suas orações. Porque se prostram diariamente diante de imagens, porque vão ao culto assiduamente, em atitudes exteriores que estão longe de significar sua adesão íntima e sincera.
Pensam que são boas pessoas porque fazem coisas, que a vista dos outros, podem ser consideradas como atos generosos. E quando as coisas começam a dar errado em suas vidas, julgam se injustiçados por essa força suprema que eles procuram e dizem então consigo mesmo; Sempre fui uma pessoa boa. Como pode acontecer isso comigo. ?
Na realidade, sofrem porque veem apenas a realidade pelo lado da matéria, desconhecendo, em absoluto, a verdade integral a qual se precisa chegar pela interiorização e pelo pensamento elevado e sincero.
Enquanto o homem viver olhando Deus pelos olhos dos interesses pessoais, não o compreenderá nem compreenderá o que ele quer de cada um de nós.
E este comportamento não muda quando o corpo morre. Longe de destruir a alma, a morte limita-se a devolver o ser inteligente a sua realidade imortal, onde poderá encontrar todas as explicações que não quis procurar por preguiça ou desinteresse enquanto estava na terra.
Desse modo; transformado em ser invisível, a alma dos mortos antes de ser levada ao julgamento conforme nossas crenças ancestrais, procura valer-se de sua invisibilidade para aproximar-se daqueles que estando do nosso lado da vida, estão vulneráveis por só acreditarem nas coisas que enxergam, desprezando o auto conhecimento, a análise de suas sensações, de suas crenças, o teor de suas ideias espontâneas, de suas tendências naturais e seus efeitos mais fortes.
Desse modo, o homem de carne e osso, que pensa ser apenas carne e osso, não se protege das investidas do invisível aqui representada pela presença de espíritos que lhe acompanha o pensamento e o comportamento como se fosse os agentes secretos, com acesso as mais intimas cogitações pessoais.
Esses seres invisíveis, valendo-se das aberturas no pensamento, no sentido abatido, nas intenções negativas que a maioria guarda no seu intimo , atuam no sentido de piorar as condições originais. Estimulam as pessoas a fazer aquilo cuja tendência já lhe é uma inclinação, para retirar dela todas as possibilidades e causar nas suas vítimas toda a sorte de dissabores.
Fazem isso muitas vezes por ódio daquele que ficou na terra, por desejo de atrapalhar-lhe o caminho , por inveja de sua felicidade, ou pelo simples desejo de fazer o mal.
O único meio de nos livrarmos destas tentações é o pensamento elevado, a boa conduta, o sentimento nobre voltado para a prática do bem a modéstia, a oração sincera de dentro do próprio coração.
Também não podemos esquecer que existem seres invisíveis que gostam de nós, que procuram nos ajudar também. Valendo-se de nossos bons pensamentos, nossas boas ações e nossa sincera devoção ,que não dependem dos bens que oferecemos no altar, nem de quantos cultos assistimos, esses seres invisíveis que nos amam se acercam de nós para nos dar bons conselhos e nos sugerir pensamentos de esperança, de amizade, de afeto, de amor ao próximo.
Muitas vezes em nossas perturbações eles se aproximam e procuram nos acalmar, encaminhando-nos para um roteiro menos desafortunado e que nos possibilite uma solução adequada para os nossos conflitos íntimos.
Assim a bondade de Deus mantém a disposição das pessoas que estão na carne esta possibilidade de que tipo de companhia querem se servir para seguirem na jornada da vida para que recebam conforme suas próprias escolhas. Não é Deus , mas nós mesmos que fazemos nossas escolhas boas para o futuro ou que seguimos fazendo as bobagens por causa dos nossos caprichos.

ANDRÉ LUIZ RUIZ. Pelo Espírito LUCIUS.
Da obra: “OS ROCHEDOS SÃO DE AREIA”.

INSTITUTO DE DIFUSÃO ESPIRITA.

"LEIA ESTA MENSAGEM ... E TENTE NÃO CHORAR"

Ela deu um pulo assim que viu o cirurgião a sair da sala de operações.
Perguntou:
-Como é que está o meu filho? Ele vai ficar bom?
- Quando é que eu posso vê-lo?'
O cirurgião respondeu:
- Tenho pena. Fizemos tudo mas o seu filho não resistiu.
Sally perguntou:
- Porque razão é que as crianças pequenas tem câncer? Será que Deus não se preocupa?
- Aonde estavas Tu, Deus, quando o meu filho necessitava?...'
O cirurgião perguntou:
-Quer algum tempo com o seu filho? Uma das enfermeiras irá trazê-lo dentro de alguns minutos e depois será transportado para a Universidade.
Sally pediu à enfermeira para ficar com ela enquanto se despedia do seu filho. Passou os dedos pelo cabelo ruivo do seu filho.
- Quer um cachinho dele?' Perguntou a enfermeira.
Sally abanou a cabeça afirmativamente.
A enfermeira cortou o cabelo e colocou-o num saco de plástico, entregando-o a Sally.
- Foi ideia do Jimmy doar o seu corpo à Universidade porque assim talvez pudesse ajudar outra pessoa, disse Sally. No início eu disse que não, mas o Jimmy respondeu:
- Mãe, eu não vou necessitar do meu corpo depois de morrer. Talvez possa ajudar outro menino a ficar mais um dia com a sua mãe.
Ela continuou:
- O meu Jimmy tinha um coração de ouro. Estava sempre a pensar nos outros. Sempre disposto a ajudar, se pudesse.
Depois de aí ter passado a maior parte dos últimos seis meses, Sally saiu do "Hospital Children's Mercy" pela última vez.
Colocou o saco com as coisas do seu filho no banco do carro ao lado dela.
A viagem para casa foi muito difícil.
Foi ainda mais difícil entrar na casa vazia.
Levou o saco com as coisas do Jimmy, incluindo o cabelo, para o quarto do seu filho.
Começou a colocar os carros e as outras coisas no quarto exatamente nos locais onde ele sempre os teve.
Deitou-se na cama dele, agarrou a almofada e chorou até que adormeceu.
Era quase meia-noite quando acordou e ao lado dela estava uma carta.
A carta dizia:
-Querida Mãe,
Sei que vais ter muitas saudades minhas; mas não penses que me vou esquecer de ti, ou que vou deixar de te amar só porque não estou por perto para dizer:"AMO-TE".
Eu vou sempre amar-te cada vez mais, Mãe, por cada dia que passe.
Um dia vamos estar juntos de novo. Mas até chegar esse dia, se quiseres adotar um menino para não ficares tão sozinha, por mim está bem.
Ele pode ficar com o meu quarto e as minhas coisas para brincar. Mas se preferires uma menina, ela talvez não vá gostar das mesmas coisas que nós, rapazes, gostamos.
Vais ter que comprar bonecas e outras coisas que as meninas gostam, tu sabes.
Não fiques triste a pensar em mim. Este lugar é mesmo fantástico!
Os avós vieram me receber assim que eu cheguei para me mostrar tudo, mas vai demorar muito tempo para eu poder ver tudo.
Os Anjos são mesmo lindos! Adoro vê-los a voar!
E sabes uma coisa?...
O Jesus não parece nada como se vê nas fotos, embora quando o vi o tenha conhecido logo.
Ele levou-me a visitar Deus!
E sabes uma coisa?...
Sentei-me no colo d'Ele e falei com Ele, como se eu fosse uma pessoa importante. Foi quando lhe disse que queria escrever-te esta carta, para te dizer adeus e tudo mais.
Mas eu já sabia que não era permitido.
Mas sabes uma coisa Mãe?...
Deus entregou-me papel e a sua caneta pessoal para eu poder escrever-te esta carta.
Acho que Gabriel é o anjo que te vai entregar a carta.
Deus disse para eu responder a uma das perguntas que tu Lhe fizeste,
"Aonde estava Ele quando eu mais precisava?"...
Deus disse que estava no mesmo sítio, tal e qual, quando o filho dele,
Jesus, foi crucificado. Ele estava presente, tal e qual como está com todos os filhos dele.
Mãe, só tu é que consegues ver o que eu escrevi, mais ninguém.
As outras pessoas veem este papel em branco.
É mesmo maravilhoso não é!?...
Eu tenho que dar a caneta de volta a Deus para ele poder continuar a escrever no seu Livro da Vida.
Esta noite vou jantar na mesma mesa com Jesus.
Tenho a certeza que a comida vai ser boa.
Estava quase a esquecer-me: já não tenho dores, o câncer já se foi embora.
Ainda bem, porque já não podia mais e Deus também não podia ver-me assim.
Foi quando ele enviou o Anjo da Misericórdia para me vir buscar.
O anjo disse que eu era uma encomenda especial! O que dizes a isto?...
Assinado com Amor de Deus, Jesus e de Mim.

Autor desconhecido.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

"CAMINHOS DA LUZ"

Enquanto as penosas transições do século XX se anunciam ao tinido
sinistro das armas, as forças espirituais se reúnem para as grandes reconstruções do porvir.
Aproxima-se o momento em que se efetuará a aferição de todos os valores terrestres para o ressurgimento das energias criadoras de um mundo novo, e natural é que recordemos o ascendente místico de todas as civilizações que surgiram e desapareceram, evocando os grandes períodos evolutivos da Humanidade, com as suas misérias e com os seus esplendores, para afirmar as realidades espirituais acima de todos os fenômenos transitórios da matéria.
Esse esforço de síntese será o da fé reclamando a sua posição em face da ciência dos homens, e ante as religiões da separatividade, como a bússola da verdadeira sabedoria.
Diante dos nossos olhos de espírito passam os fantasmas das civilizações mortas, como se permanecêssemos diante de um "écran"maravilhoso. As almas mudam a indumentária carnal, no curso incessante dos séculos; constroem o edifício milenário da evolução humana com as suas lágrimas e sofrimentos, e até nossos ouvidos chegam os ecos dolorosos de suas aflições.
Passam as primeiras organizações do homem e passam as suas grandes cidades, transformadas em ossuários silenciosos.
O tempo, como patrimônio divino do espírito, renova as inquietações e angústias de cada século, no sentido de aclarar o caminho das experiências humanas. Passam as raças e as gerações, as línguas e
os povos, os países e as fronteiras, as ciências e as religiões. 
Um sopro divino faz movimentar todas as coisas nesse torvelinho maravilhoso.
Estabelece-se, então, a ordem equilibrando todos os fenômenos e movimentos do edifício planetário, vitalizando os laços eternos que reúnem a sua grande família.
Vê-se, então, o fio inquebrantável que sustenta os séculos das experiências terrestres, reunindo-as, harmoniosamente, umas às outras, a fim de que constituam o tesouro imortal da alma humana em sua gloriosa ascensão para o Infinito.
As raças são substituídas pelas almas e as gerações constituem fases do seu aprendizado e aproveitamento; as línguas são formas de expressão, caminhando para a expressão única da fraternidade e do amor, e os povos são os membros dispersos de uma grande família
balhando para o estabelecimento definitivo de sua comunidade universal.
Seus filhos mais eminentes, no plano dos valores espirituais, são agraciados pela Justiça Suprema, que legisla no Alto para todos os mundos do Universo, e podem visitar as outras pátrias siderais,
regressando ao orbe, no esforço abençoado de missões regeneradoras dentro das igrejas e das academias terrenas.
Na tela mágica dos nossos estudos, destacam-se esses missionários que o mundo muitas vezes crucificou na incompreensão das almas vulgares, mas, em tudo e sobre todos, irradia-se a luz desse fio de espiritualidade que diviniza a matéria, encadeando o trabalho das civilizações, e, mais acima, ofuscando o "écran" das nossas observações e dos nossos estudos, vemos a fonte de extraordinária luz, de onde parte o primeiro ponto geométrico desse fio de vida e de harmonia, que equilibra e satura toda a Terra numa apoteose de movimento e divinas claridades.
Nossos pobres olhos não podem divisar particularidades nesse deslumbramento, mas sabemos que o fio da luz e da vida está nas suas mãos. É Ele quem sustenta todos os elementos ativos e passivos da
existência planetária. No seu coração augusto e misericordioso está o Verbo do princípio. Um sopro de sua vontade pode renovar todas as coisas, e um gesto seu pode transformar a fisionomia de todos os horizontes terrestres.
Passaram as gerações de todos os tempos, com as suas inquietações e angústias. As guerras ensanguentaram o roteiro dos povos nas suas peregrinações incessantes para o conhecimento superior.
Caíram os tronos dos reis e esfacelaram-se coroas milenárias. Os príncipes do mundo voltaram ao teatro de sua vaidade orgulhosa, no indumento humilde dos escravos, e, em vão, os ditadores conclamaram, e conclamam ainda, os povos da Terra para o morticínio e para a destruição.
O determinismo do amor e do bem é a lei de todo o Universo e a alma humana emerge de todas as catástrofes em busca de uma vida melhor.
Só Jesus não passou, na caminhada dolorosa das raças, objetivando a dilaceração de todas as fronteiras para o amplexo universal.
Ele é a Luz do Principio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia.
Todas as coisas humanas passaram, todas as coisas humanas se modificarão. Ele, porém, é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
Enquanto falamos da missão do século XX, contemplando os ditadores da atualidade, que se arvoram em verdugos das multidões, cumpre-nos voltar os olhos súplices para a infinita misericórdia do Senhor, implorando-lhe paz e amor para todos os corações. 

Mensagem tirada do livro:’Caminhos da Luz” Chico Xavier. Pelo Espírito:“Emmanuel”

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

“A VIDA PROSSEGUE, MORRER NÃO É O FIM”

Quem de nós já não experimentou a súbita ausência de um ente querido?
Mesmo expressando fé em palavras ou em muitas de nossas atitudes, a tristeza da falta do contato, da ausência do sorriso, da impossibilidade de um abraço acaba por nos fazer agir com imensa tristeza diante da morte.
Não é fácil se despedir de um ente querido, mesmo idoso ou longamente doente, quando já nos era sabido que a ausência física ocorreria em breve.
Com certeza, a ausência aparentemente definitiva daquele a quem demos apenas um até logo é muito mais difícil de entender ou aceitar.
A mãe que recebe a notícia da morte de um filho que deveria, em algumas horas, estar de retorno ao lar deverá encontrar forças imensas para ir adiante.
O esposo que descobre que a amada esposa não chegará daquela viagem, possivelmente tem a sensação de que o chão lhe treme.
Mas, por que será que a morte não é por nós vista como um adeus temporário? Por que a certeza da sobrevivência da alma ou Espírito, tão comum entre diversas religiões, não nos dá consolo imediato?
Sabemos que o que chamamos de morte é apenas a morte do corpo físico, pois o Espírito ou alma é eterno, e esta crença é verdade para grande parte da Humanidade.
Acostumados a valorizar a vida material acabamos por dar um grande valor à morte física, nos esquecendo frequentemente de que ela é só do corpo, jamais do Espírito.
Se realmente temos fé, se realmente nossa crença está alicerçada no coração e na mente, o consolo virá e será mais facilmente aceito.
Deus, em sua infinita bondade e justiça, não interromperia a vida física de um jovem sem um motivo; não afastaria, de modo aparentemente irremediável, um ente da família sem uma razão.
O que ocorre é que, vivendo em um corpo físico, nosso Espírito não lembra dos momentos em que, com alegria e determinação, participou de sua programação de vida, incluindo o tempo que esta duraria.
Lembramos, então, da necessidade de uma fé sólida e inabalável, que pode e deve ser questionada, para que possa ser vivenciada de maneira consciente, mas jamais esquecida.
Francisco Cândido Xavier, o grande médium reconhecido e respeitado mundo afora, nos trouxe, através da sua mediunidade psicográfica, inúmeras notícias do outro lado, nos dando provas de que a vida prossegue, e que os sentimentos continuam.
Muitas famílias tiveram a felicidade de saber que seus amores continuavam vivos, em outro plano, e que o sentimento de amor sobrevivera à separação física.
Não foram poucas as mensagens pedindo que não houvesse tristeza, pois esta podia ser sentida por quem morrera e, frequentemente, lhe dificultava o caminhar.
Os sentimentos, sejam alegres ou tristes, são percebidos por nossos amores em outro plano e eles sentir-se-ão tristes ou felizes, tal qual nós, deste lado, sentimos.
A tristeza é normal no primeiro momento, a saudade perfeitamente aceitável mas, jamais o desespero, a revolta, a procura infindável de um responsável.
A oração, instrumento acessível a qualquer pessoa, independentemente de sua crença, é valioso meio de buscarmos forças e de enviarmos nossos sentimentos de amor a quem já partiu deste plano físico.
Redação do Momento Espírita.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

“PORQUE SOFREMOS?”

Todos nós, os seres inteligentes da Criação, somos Espíritos, encarnados ou desencarnados, isto é, os que temos o corpo físico ou os que não o temos, ou, melhor ainda, os que estamos desvestidos do corpo físico, respectivamente.
Criados por Deus, simples e ignorantes, partimos todos das mesmas condições, do mesmo ponto inicial, com idênticas oportunidades e com livre-arbítrio, sendo certo que, depois de criados, passamos a ser imortais.
Assim, passamos por experiências corporais sucessivas, em que o renascimento na carne é continuação da vida, assim como a morte do corpo físico, que se decompõe e se transforma, não impede que o Espírito prossiga vivendo, em outro nível de vibração, razão pela qual não é difícil concluir que o Espírito ou a Alma, o verdadeiro ser, o ser pensante da Criação, tem a sua individualidade preservada, sempre, e viverá eternamente.
Em cada experiência corporal, que é indiscutivelmente transitória e breve, mesmo quando centenária, tem o Espírito a oportunidade de ampliar o seu conhecimento e de aperfeiçoar-se, intelectual e moralmente, avançando sempre.
Para exemplificar, quando erra e se compromete, a criatura retorna à mesma situação para aprender e reparar. O aprendizado pode se dar na Terra, um dentre tantos mundos habitados, uma verdadeira escola, onde todos nos encontramos matriculados para aprender, muito aprender. A reparação, de sua parte, é individual e personalíssima, vale dizer, não se transfere a ninguém, de modo que os erros, males e equívocos cometidos anteriormente hão de ser corrigidos pela própria criatura, sem qualquer possibilidade de delegação deste compromisso. Por isso, embora não pareça, tantas e tantas vezes, o sofrimento é a educação que disciplina e corrige.
O sofrimento, por esse modo, faz parte da vida, podendo ser físico ou moral. Encarnados ou desencarnados, no corpo físico ou fora dele, portanto, fazemos parte da vida, que é única, não obstante composta por várias existências. Com reflexão e, sobretudo, com a utilização dos ensinamentos da veneranda e abençoada Doutrina Espírita, o entendimento desse mecanismo, dessa verdadeira alavanca de crescimento e de progresso, que chamamos de sofrimento ou de dor, torna-se deveras facilitado.
Com efeito, vivemos na Terra, um planeta de provas e de expiações, de categoria inferior no Universo, que supera apenas os chamados mundos primitivos, e, o que é mais grave, onde ainda prevalecem o mal e a imperfeição.
O nosso sofrimento pode se originar de existências passadas, remotas ou não, ou mesmo da presente reencarnação, e está fortemente vinculado à sensibilidade de cada um, variando, portanto, e muito, de pessoa para pessoa.
A reencarnação, verdadeira bênção da oportunidade, permite que reparemos, parcial ou integralmente, os nossos erros, males e equívocos passados, ajustando-nos ou reajustando-nos com as Leis Naturais ou Divinas, que, sendo perfeitas, não sofrem alteração, valendo para todo o Universo e para todos os seres, individualmente. Embora nem sempre se perceba claramente, há Leis imutáveis regendo a Vida, como um todo, queiramos ou não, gostemos ou não, acreditemos ou não. A atenta observação do dia-a-dia, entretanto, conduzirá a esta conclusão.
Por outro lado, nós, os encarnados, de um modo geral, convivemos com tribulações, aflições e dificuldades de variada ordem, seja porque não gozamos de boa saúde, seja porque temos dificuldades financeiras, porque estamos desempregados, porque receamos a doença, a pobreza e a violência, que campeiam cada vez mais em toda parte, porque sofremos de solidão, de desamor, ou porque temos insucesso nas tarefas que iniciamos, etc., revelando, em primeiro lugar, o nosso despreparo para os fenômenos normais da existência, em que o ser humano, ainda que não se dê conta, é o único responsável pelo que lhe acontece e pelo seu destino, sendo certo que o futuro está em suas mãos, uma vez que “a cada um será dado de conformidade com as suas obras”.
Por isso, é necessária e urgente a atenção para os ensinos da Vida, que se desdobram em nosso dia-a-dia, de que nada se modificará, se não se modificarem mentalidades e posturas.
Cabe-nos, individualmente, o dever de cumprir os nossos compromissos, de qualquer ordem, com responsabilidade, com esmero, fazendo a nossa parte e fazendo-a do melhor modo possível, qualquer que seja o campo da atividade humana, conscientizando-nos de que vivemos em regime de interdependência, ou seja, em que todos dependemos uns dos outros, para o equilíbrio e a harmonia das relações sociais, sem a aflição, contudo, de querer consertar os outros ou modificar o mundo.
O sofrimento pode ser conduzido pelo conhecimento e pela força de vontade, assim como pode ser sensivelmente diminuído e, às vezes, até mesmo eliminado, pelo uso da razão.
Com efeito, o uso do raciocínio indica que o ódio, o ciúme, a raiva, a rebeldia, o rancor, a irritação, a violência, etc., só ampliam o sofrimento, criando desarmonia, ou ainda mais desarmonia, na intimidade de cada um, e, com isso, no mínimo, prejudicando a saúde física e mental de quem nutre tais sentimentos.
Logo, parece ser muito mais razoável e sensato enfrentar as dificuldades e padecimentos com resignação, coragem e bom ânimo, a fim de poder removê-los, usando o conhecimento, principalmente o conhecimento sobre nós mesmos, para bem compreender o que se passa e, assim, vencer o sofrimento, avançando contínua e permanentemente.
Também será importante que não agravemos o nosso sofrimento ou a nossa dor, o que facilmente acontece quando se utiliza do tabaco, das bebidas alcoólicas e das drogas, inúmeras vezes responsáveis pelo conduzimento do indivíduo à loucura e ao suicídio e, na melhor das hipóteses, responsáveis pelas graves enfermidades que se instalam em seus usuários, de que são exemplos, entre outros, o câncer de variada espécie, o infarto do miocárdio e outros males cardíacos, além de outras tantas e inúmeras doenças que carcomem a criatura, física e moralmente.
Neste passo, convém salientar que o maior antídoto para o sofrimento e a dor é o Amor, sem qualquer dúvida, a Lei Maior da Vida.
A ausência de amor a Deus, ao próximo ou a si mesmo, produz insatisfação, desajuste, desequilíbrio, fatores de doenças e sofrimentos.
Como bem o salienta Joanna de Ângelis, Espírito, no livro Plenitude, “A vida é impossível sem o amor, dinâmico, que induz à ação construtiva, responsável pelo progresso”, acrescentando que “O Bem anula o mal e suas consequências”, para enfatizar ainda e oportunamente que “As ações meritórias fazem cessar o sofrimento: silêncio ante as ofensas, perdão às agressões e esquecimento do mal”.
Assim sendo, destas ligeiras considerações sobre assunto tão complexo e extenso, pode-se concluir claramente a razão pela qual o ensino máximo de Jesus de Nazaré, o Cristo, modelo e guia da Humanidade, nosso mestre e amigo de todas as horas, está consubstanciado na célebre, concisa e absolutamente perfeita sentença, aconselhando que todos nós: “Amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos”.

(Jornal Mundo Espírita de Junho de 2000)

domingo, 21 de fevereiro de 2016

“JESUS E A MORAL CRISTÔ

Jesus, vivendo o seu tempo, construiu valores universais únicos, que, pela profundidade e extensão, modificaram os aspectos culturais, sociais, políticos e econômicos da humanidade. Para o Espiritismo, esses valores são conceitos fundamentais, sendo a moral cristã o eixo de sua visão de mundo e interpretação da realidade.
O Espiritismo entende que o significado de Jesus encontra-se em seu exemplo de vida, fazendo e demonstrando a viabilidade de um padrão de comportamento. Foi a força de seu exemplo que deu significado à sua existência e não a série de mitos, interpretações e dogmas que foram agregados ao entendimento de sua mensagem. Portanto, é fundamental que o espírita possa fazer essas distinções.
Para a Doutrina Espírita, Jesus, como todo ser humano, nasceu da união entre um homem e uma mulher e não de uma forma sobrenatural. De origem humilde, não era descendente de Davi e não possuía nenhuma pretensão ao poder temporal.
O Espiritismo não recorre à ideia de milagre, que não existe para a Doutrina, para justificar algumas situações da existência de Jesus. Este, ao colocar em prática o seu conhecimento e a sua capacidade mediúnica, foi interpretado, pelo desconhecimento das pessoas ao seu redor, como o realizador de acontecimentos maravilhosos e fantásticos.
Para entender Jesus, o Espiritismo não precisa utilizar a ideia de messias, salvador ou cordeiro de Deus. Não é importante como Jesus nasceu ou morreu, mas, sim, como viveu. Seu significado não se encontra nas condições de sua morte — não há necessidade de entendê-la como um sacrifício para salvar a humanidade ou tentar transformá-la em exceção através da ideia de ressurreição.
Apesar de sua importância, Jesus não se confunde com Deus. Não é a Sua encarnação. Era filho de Deus como todas as criaturas o são. Deixar de confundir Jesus com Deus permite reconhecer o valor desse espírito que alcançou, pelo exercício de seu conhecimento, a compreensão do amor como lei fundamental do Universo, a que nenhum homem até então havia alcançado. Considerar Jesus como divino é retirar dele uma característica fundamental: a de um ideal possível de ser alcançado, uma referência exequível para a humanidade.
Jesus, para a Doutrina, é um espírito que tem uma história ao longo da qual foi construindo seu conhecimento, diferenciando-se do nível médio da cultura terrena. Na medida em que vivenciou, em que desenvolveu experiências de vida, foi se fazendo presente, através da força de seu exemplo, da intensidade de sua coerência, da inovação e clareza do conhecimento que alcançou. O significado da síntese que construiu a respeito da existência, do ser humano, da vida, pode ser avaliado em um pequeno resumo de suas ideias:
Deus único é o pai de todos (todos são iguais perante Deus)
Ame a Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o espírito, e ame seu próximo como a si mesmo, essa é toda a lei e todos os profetas estão contidas nela.
Trate todos os homens da mesma forma que você gostaria de ser tratado
Ame seus inimigos e faça o bem àqueles que o odeiam e ore por aqueles que o perseguem e caluniam
Aquele dentre vocês que não tiver errado, que atire a primeira pedra
Eu não digo que deva perdoar ao seu irmão até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes
Reconcilie-se com seu adversário enquanto estiver com ele no caminho
Não julgue a fim de que não seja julgado
Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo
O homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida pela de muitos
Por que vê um cisco no olho de vosso irmão, você que não vê uma trave no seu olho?
Que a sua mão esquerda não saiba o que faz a sua mão direita
Não se acende uma candeia para colocá-la sob o alqueire, mas sobre o candeeiro a fim de que ela clareie todos aqueles que estão na casa
Não há nada de secreto que não deva ser descoberto, nem nada de oculto que não deva ser conhecido
Fora da caridade não há condições de se alcançar um conhecimento maior de si mesmo e da vida.
Bem aventurados os que choram, porque serão consolados; os que tem fome e sede de justiça porque serão saciados; os humildes porque deles é o reino dos céus; aqueles que tem o coração puro porque verão a Deus; aqueles que são brandos porque possuirão a Terra; os pacíficos, porque eles serão chamados de filhos de Deus; aqueles que são misericordiosos porque eles próprios obterão misericórdia
Jesus, em sua existência cósmica, é o caminho, a verdade, a vida em sua multiplicidade, diversidade, alteridade. Seus ensinamentos, seu comportamento e os exemplos de outras pessoas que se identificaram com sua proposta, foram desenhando, construindo, um código, um padrão de referência fundamentado na unidade da humanidade e na igualdade entre os seres, e, em decorrência, no amor ao próximo, na solidariedade, na tolerância, na responsabilidade pessoal, na liberdade de consciência e na moral como defesa, promoção da vida. Jesus é padrão de comportamento aberto para auxiliar as pessoas na construção de seu próprio futuro.
Jesus é exemplo claro de comportamento moral que reflete a identidade do ser com o Universo e com Deus.

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sábado, 20 de fevereiro de 2016

"A DEGENERAÇÃO DO ESPIRITISMO"

Comparando a história do Espiritismo com a do Cristianismo Primitivo, podemos tirar algumas conclusões importantes para a o futuro da nossa doutrina e o do seu movimento social.
O Cristianismo, cuja pureza doutrinária do Evangelho e simplicidade de organização funcional dos primeiros núcleos cristãos foi conquistando lenta e seguramente a sociedade de sua época, sofreu com o tempo um desgaste ideológico. Corrompeu-se por força dos interesses políticos, financeiros e institucionais. Os novos adeptos e seus líderes, não conseguindo penetrar na essência do Evangelho, que é regeneração, ou seja, o mergulho doloroso no mundo interior e a reversão das atitudes exteriores, adaptaram o mesmo às suas conveniências psico-sociais, atacando suas idéias mais contundentes à moral animalizada, alimentando os mecanismos de defesa da mente, fazendo concessões às fraquezas dos adeptos e desviando-os para o comodismo dos disfarces rituais exteriores. Repressão de forças espirituais espontâneas e idéias consideradas ameaçadoras ao clero, como a mediunidade e a reencarnação; a falsificação de tradições e a adoção do sincretismo do costumes bárbaros, foram as principais estratégias dessa clericalização do cristianismo.
O resultado de tudo isso é bem conhecido: dois milênios de intolerâncias, violências, atraso espiritual, perpetuação das injustiças sociais, agravamento de compromissos com a lei de ação e reação e forte comprometimento da regeneração do nosso planeta. 
Com o Espiritismo não está sendo muito diferente. 
Apesar das advertências dos Espíritos e do próprio Allan Kardec quanto aos períodos históricos e tendências do movimento, os espíritas insistem em cometer os mesmos erros do passado. Os mesmos erros porque provavelmente somos as mesmas almas que rejeitaram e desviaram o Cristianismo da sua vocação e agora posamos de puristas ortodoxos, inimigos ocultos do Espírito da Verdade. 
Negligentes com a oração e a vigilância, cedemos constantemente aos tentáculos do poder e da vaidade. Desprezamos a toda hora a idéia do “amai-vos e instruí-vos”, entendendo-a egoisticamente, ora como fortalecimento intelectual competitivo, ora como o afrouxamento dos valores doutrinários. Não conseguindo nos adaptar ao Espiritismo, compreendendo e vivenciando suas verdades, vamos aos poucos adaptando a doutrina aos nosso limites, corrompendo os textos da codificação, ignorando a experiência histórica de Allan Kardec e dos seus colaboradores, trazendo para os centros espíritas práticas dogmáticas das nossas preferências religiosas, hábitos políticos das agremiações que freqüentamos e mais comumente a interferência negativas dos nossos caprichos e vaidades pessoais. 
Como os primeiros cristãos, também lutamos pelo crescimento de nossas instituições, deixando-nos seduzir pelo mundo exterior e imitando os grupos já pervertidos, construindo palácios arquitetônicos, cuja finalidade sempre foi causar impressão aos olhos e a falsa idéia de prestígio político; e dentro deles praticamos as mesmas façanhas da deslealdade, das rivalidades, das perseguições aos desafetos, da auto-afirmação e liderança autoritária, de crítica e boicote às idéias que não concordamos. 
E, finalmente, cultivamos uma equívoca concepção de unificação, esperando ingenuamente que a nossas idéias e grupos sejam majoritários num Grande Órgão Dirigente do Espiritismo Mundial, do nosso imaginário, e muitas outras tolices e fantasias que nem vale a pena enumerar aqui. 
E assim caminhamos, unidos em nossas displicências e divididos nas responsabilidades. Preferimos esquecer figuras exemplares que atuaram na Sociedade Espírita de Paris quando ignoramos nossa história sabiamente registrada na Revista Espírita. Deixamos de lado líderes agregadores – ainda que divergências normais e toleráveis existissem entre eles – para ouvir e nos deixar dominar por um disfarçado clero institucional, comando por vozes medíocres e ciumentas, figueiras estéreis, sofistas encantadores e improdutivos, enfim, velhas almas e velhas tendências, vinho azedo e frutas podres em nossos mais caros celeiros doutrinários. 
Mas como evitar esse processo de corrupção e, em alguns casos notórios, de contaminação e má conduta? Como reverter a situação para reconduzir essas experiências para os rumos verdadeiramente espíritas? O que fazer com as más instituições, com os maus dirigentes, os maus médiuns, maus comunicadores, enfim os maus espíritas? Devemos identificá-los e expulsá-los dos nossos quadros? Devemos denunciá-los e discriminá-los como fazia a Inquisição com os acusados de heresia? 
O que fazer com os livros que consideramos impuros ou inconvenientes ao movimento?: devemos queimá-los em praça pública, censurá-los em nossas bibliotecas ou então deixar que a própria comunidade espírita pratique o livre arbítrio e aprenda a fazer escolhas corretas e adequadas às suas necessidades? 
O Espiritismo foi certamente uma doutrina elaborada por Espíritos Superiores e isto nos deixa tranqüilos quanto ao seu futuro doutrinário. Mas o seu movimento vem sendo feito por seres humanos, espíritos ainda imaturos e inexperientes. Isso realmente tem nos deixado muito preocupados, pois sabemos que, hoje, os inimigos do Espiritismo estão entre os próprios espíritas.

Dalmo Duque dos Santos
Portal do Espírito

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

"NECESSIDADE DA REENCARNAÇÃO"

A ideia da reencarnação é muito antiga, fazendo parte da tradição cultural e religiosa dos povos que constituem a humanidade terrestre. Não foi inventada pelo Espiritismo e foi confirmada por Jesus, em seu diálogo com o fariseu Nicodemos: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” (João,3:3)
No túmulo de Allan Kardec, em Paris, contém a inscrição que resume o pensamento espírita a respeito do assunto: “Nascer, morrer, renascer , ainda e progredir sem cessar, tal é a lei (a citação consta também do livro O que é o Espiritismo).
Encarnar, para os que acatam esta doutrina, refere-se ao primeiro nascimento do Espírito em um corpo físico, ou em determinada Humanidade. Reencarnar, diz respeito aos renascimentos sucessivos do Espírito, em um mesmo Planeta ou em outros. Assim, Deus impõe aos homens a “encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. […] Mas para alcançarem essa perfeição, têm de sofrer todas as vicissitudes da existência corporal […].”1
A encarnação tem ainda outra finalidade: a de por o Espírito em condições de cumprir sua parte na obra da Criação. Para executá-la é que, em cada mundo, ele toma um instrumento [corpo físico] em harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de nele cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É dessa forma que, contribuindo para obra geral, ele próprio se adianta. 1
A reencarnação é aceita como lei natural, que favorece a evolução do Espírito. Em cada existência corpórea, o Espírito recebe oportunidades para reparar equívocos cometidos em existências anteriores e para desenvolver novos aprendizados. Cada reencarnação é precedida de um planejamento, que permite ao reencarnante renascer no meio propício e junto a pessoas onde se faz necessário desenvolver aprendizados e os acertos espirituais.
A reencarnação expressa a justiça e a misericórdia divinas que, não condenando o infrator — tal como apregoa algumas interpretações religiosas — concede ao Espírito a oportunidade de corrigir erros, cometidos devido à própria ignorância de não saber medir as consequências das próprias ações, magoando ou prejudicado pessoas.
Nesses termos, a reencarnação é, por princípio, o reajuste da consciência culpada perante as leis sábias e amorosas que governam o Universo. Ninguém dela está livre.
É processo superior de aquisição de felicidade a que está destinada todas as criaturas, por efeito de sua herança divina: “A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia.”1
Os reajustes promovidos e viabilizados pela reencarnação assumem a forma de provas e de expiações, sempre de acordo com os erros cometidos e no âmbito da aquisição moral e intelectual de cada indivíduo. As provas são obstáculos naturais, impulsionadores do progresso. Já as expiações são provas mais difíceis, dolorosas, a que o Espírito se submete, decorrentes de um endividamento maior.
As reparações reencarnatórias ocorrem, então, segundo os ditames da lei de Causa e Efeito, mas a quitação da dívida pode ser feita pela dor (provações/expiações) ou pela prática do amor, segundo ensinamento do apóstolo Pedro: “Tendo antes de tudo ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados.” 1, Pedro, 4:8.
Referência

KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. O Livro dos Espíritos. 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

"OS JOVENS E AS DROGAS"

Entre os impedimentos para a auto identificação, no período da adolescência, destaca-se a rejeição.
Caracterizado pelo abandono a que se sente relegado o jovem no lar, esse estigma o acompanha na escola, no grupo social, em toda parte, tornando-o tão amargurado quão infeliz.
Sentindo-se impossibilitado de auto realizar-se, o adolescente, que vem de uma infância de desprezo, foge para dentro de si, rebelando-se contra a vida, que é a projeção inconsciente da família desestruturada, contra todos, o que é uma verdadeira desdita. Daí ao desequilíbrio, na desarmonia psicológica em que se encontra, é um passo.
Os exemplos domésticos, decorrentes de pais que se habituaram a usar medicamentos sob qualquer pretexto, especialmente Valium e Librium, como buscas de equilíbrio, de repouso, oferecem aos filhos estímulos negativos de resistência para enfrentar desafios e dificuldades de toda a natureza. Demonstrando incapacidade para suportar esses problemas sem a ajuda de químicos ingeridos os, abrem espaço na mente da prole, para que, ante dificuldades, fuja para os recantos da cultura das drogas que permanece em voga.
Por outro lado, a exuberante propaganda, a respeito dos indivíduos que vivem buscando remédios para quaisquer pequenos achaques, sem o menor esforço para vencê-los através dos recursos mentais e atividades diferenciadas, produz estímulos nas mentes jovens para que façam o mesmo, e se utilizem de outro tipo de drogas, aquelas que se transformaram em epidemia que avassala a sociedade e a ameaça de violência e loucura.
O alcoolismo desenfreado, sob disfarce de bebidas sociais, levando os indivíduos a estados degenerativos, a perturbações de vária ordem, torna-se fator predisponente para as famílias seguirem o mesmo exemplo, particularmente os filhos, sem estrutura de comportamento saudável.
O tabagismo destruidor, inveterado, responde pelas enfermidades graves do aparelho respiratório, criando dependência irrefreável, transformando-se em estímulo nas mentes juvenis para a usança de tais bengalas psicológicas, que são porta de acesso a outras substâncias químicas mais perturbadoras.
A utilização da maconha, sob a justificativa de não ser aditiva, apresentada como de consequências suaves e sem perigo de maiores prejuízos, com muita propriedade também denominada erva do diabo, cria, no organismo, estados de dependência, que facultarão a utilização de outras substâncias mais pesadas, que dão acesso à loucura, ao crime, em desesperadas deserções da realidade, na busca de alívio para a pressão angustiante e devoradora da paz.
Todas essas drogas tornam-se convites-soluções para os jovens desequipados de discernimento, que se lhes entregam inermes, tombando, quase irremissivelmente, nos seus vapores venenosos e destruidores, que só a muito custo conseguem superar, após exaustivos tratamentos e esforço hercúleo.
Os conflitos, de qualquer natureza, constituem os motivos de apresentação falsa para que o indivíduo se atire ao uso e abuso de substâncias perturbadoras, hoje ampliadas com os barbitúricos, a heroína, a cocaína, o crack e outros opiáceos.
E não faltam conflitos na criatura humana, principalmente no jovem que, além dos fatores de perturbação referidos, sofre a pressão dos companheiros e dos traficantes -que se encontram nos seus grupos sociais com o fim de os aliciar; a rebelião contra os pais, como forma de vingança e de liberdade; a fuga das pressões da vida, que lhe parece insuportável; o distúrbio emocional, entre os quais se destacam os de natureza sexual...
A educação no lar e na escola constitui o valioso recurso psicoterapêutico preventivo em relação a todos os tipos de drogas e substâncias aditivas, desvios comportamentais e sociais, bengalas psicológicas e outros derivativos.
A estruturação psicológica do ser é-lhe o recurso de segurança para o enfrentamento de todos os problemas que constituem a existência terrena, realizando-se em plenitude, na busca dos objetivos essenciais da vida e aqueloutros que são consequências dos primeiros.
Quando se está desperto para as finalidades existenciais que conduzem à auto realização, à auto identificação, todos os problemas são enfrentados com naturalidade e paz, porquanto ninguém amadurece psicologicamente sem as lutas que fortalecem os valores aceitos e propõem novas metas a conquistar.
Os mecanismos de fuga pelas drogas, normalmente produzem esquecimento, fugas temporárias ou sentimento de maior apreciação da simples beleza do mundo, o que é de duração efêmera, deixando pesadas marcas na emoção e na conduta, no psiquismo e no soma, fazendo desmoronar todas as construções da fantasia e do desequilíbrio.
É indispensável oferecer ao jovem valores que resistam aos desafios do cotidiano, preparando-o para os saudáveis relacionamentos sociais, evitando que permaneça em isolamento que o empurrará para as fugas, quase sem volta, do uso das drogas de todo tipo, pois que essas fugas são viagens para lugar nenhum.
Sempre se desperta desse pesadelo com mais cansaço, mais tédio, mais amargura e saudade do que se haja experimentado, buscando-se retomar a qualquer preço, destruindo a vida sob os aspectos mais variados
Por fim, deve-se considerar que a facilidade com que o jovem adquire a droga que lhe aprouver, tal a abundância que se lhe encontra ao alcance, constitui lhe provocação e estímulo, com o objetivo de fazer a própria avaliação de resultados pela experiência pessoal. Como se, para conhecer-se a gravidade, o perigo de qualquer enfermidade, fosse necessário sofrê-la, buscando lhe a contaminação e deixando-se infectar.
A curiosidade que elege determinados comportamentos desequilibradores já é sintoma de surgimento da distonia psicológica, que deve ser corrigida no começo, a fim de que se seja poupado de maiores conflitos ou de viagens assinaladas por perturbações de vária ordem.
Em todo esse conflito e fuga pelas drogas, o amor desempenha papel fundamental, seja no lar, na escola, no grupo social, no trabalho, em toda parte, para evitar ou corrigir o seu uso e o comprometimento negativo.
O amor possui o miraculoso condão de dar segurança e resistência a todos os indivíduos, particularmente os jovens, que mais necessitam de atenção, de orientação e de assistência emocional com naturalidade e ternura.
Diante, portanto, do desafio das drogas, a terapia do amor, ao lado das demais especializadas, constitui recurso de urgência, que não deve ser postergado a pretexto algum, sob pena de agravar-se o problema, tornando-se irreversível e de efeitos destruidores.

DIVALDO PEREIRA FRANCO- Pelo Espírito Joanna de Ângelis

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

"O MUNDO DE REGENERAÇÃO JÁ COMEÇOU"

Desde o dia 18 de abril de 2010 já vivemos aqui na Terra o Mundo de Regeneração. A confirmação chegou até o plano físico em mensagem de Bezerra de Menezes, pela psicofonia de Divaldo Franco, no encerramento do 3º Congresso Espírita Brasileiro em Brasilia (DF), no mesmo dia.
Desde o final do século 20 o Apocalipse é um tema atual. Porém, com o agravamento dos processos climáticos e geológicos e ainda a proclamada nova data para o “fim do mundo” —dezembro de 2012—, tivemos o trabalho de pesquisar nas obras psicografadas pelo nosso querido Chico Xavier para ver se encontrávamos algo a respeito.
Qual nossa surpresa, porém, ao descobrir que nosso querido Bezerra de Menezes, através do confiável médium Divaldo Franco, ratificou o que nossos guias espirituais já diziam —o novo Ciclo de Regeneração realmente começou. E, segundo Emmanuel, na obra “Plantão de Respostas“, deve estar completamente instaurado até meados deste século.
Estamos, portanto, em um período de transição entre o Mundo de Expiação e Provas e o Mundo de Regeneração. Ainda passaremos grandes tribulações físicas e morais. Mas todas elas serão remédios para nossas doenças morais, e evitarão que bilhões de espíritos sejam exilados. Com esta nova visão, restauramos o aspecto Consolador do Espiritismo e somos capazes de compreender com mais clareza o comportamento que nos cabe diante do novo Mundo de Regeneração.
Leia a seguir a íntegra da mensagem de Bezerra de Menezes:
“Estamos agora em um novo período. Estes dias assinalam uma data muito especial: a data da mudança do Mundo de Provas e Expiações para Mundo de Regeneração.
A grande noite que se abatia sobre a Terra lentamente cede lugar ao amanhecer de bênçãos. Retroceder não mais é possível.
Firmastes, filhas e filhos da alma, um compromisso com Jesus antes de mergulhares na indumentária carnal, de servi-lo com abnegação e devotamento. Prometestes que lhe serieis fiel, mesmo que vos fosse exigido o sacrifício.
Alargando-se os horizontes deste amanhecer que viaja para a plenitude do dia, exultemos juntos, os Espíritos desencarnados e vós outros que transitais pelo mundo de sombras. Mas além do júbilo que a todos nos domina, tenhamos em mente as graves responsabilidades que nos exornam a existência no corpo ou fora dele.
Deveremos reviver os dias inolvidáveis da época do martirológio. Seremos convidados não somente ao aplauso, ao entusiasmo, ao júbilo, mas também ao testemunho, o testemunho silencioso nas paisagens internas da alma, o testemunho por amor àqueles que não nos amam, o testemunho de abnegação no sentido de ajudar aqueles ainda se comprazem em gerar dificuldades tentando inutilmente obstaculizar a marcha do progresso. 
Iniciada a grande transição, chegaremos ao clímax e na razão direta em que o planeta experimenta as suas mudanças físicas, geológicas, as mudanças morais serão inadiáveis.
Que sejamos nós aqueles Espíritos espíritas que demonstremos a grandeza do amor de Jesus em nossas vidas. Que outros reclamem, que outros se queixem, que outros deblaterem —que nós outros guardemos, nos refolhos da alma, o compromisso de amar e amar sempre, trazendo Jesus de volta com toda a pujança daqueles dias que vão longe e que estão muito perto.
Jesus, filhas e filhos queridos, espera por nós!
Que seja o nosso escudo o Amor, as nossas ferramentas, o Amor, e a nossa vida, um Hino de Amor, são os votos que formulamos os Espíritos Espíritas aqui presentes e que me sugeriram representá-los diante de vós.
Com muito carinho o servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra

Muita Paz, filhas e filhos do coração.



terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

"HABITANTES DO MUNDO ESPIRITUAL"

O primeiro cuidado de quem aporta a um país estrangeiro é procurar conhecer os usos e os costumes de seus habitantes. A prudência manda que o viajante assim proceda, para evitar imprevistos desagradáveis e para saber como se comportar. A mediunidade nos leva ao infinito mundo espiritual, que também tem suas leis, usos e costumes próprios.
Um erro supor-se que a morte concede ao espírito a sabedoria plena ou a inteira posse do sentimento; não lhe dá nem uma nem outra coisa; o espírito desencarnado continuará a ser o mesmo que era quando encarnado. Era o encarnado uma pessoa bondosa? A morte o fará um espírito bom. Era uma pessoa de mau coração? A morte o fará um espírito malévolo. E continuam a viver: o bom, espalhando o bem, engrandecendo-se e tornando-se um espírito superior; o mau, a pensar no mal, até que o sofrimento e as decepções o obriguem a procurar na prática do bem um alívio para sua consciência perturbada.
No mundo espiritual encontram-se espíritos dotados das maiores virtudes e de deslumbrante inteligência; lá também vivem espíritos portadores de vícios e de muita propensão para o mal. Há os mistificadores, que não se importam em assinar suas comunicações, sem valor algum, com os nomes de espíritos que veneramos; desconfiemos sempre dos nomes; a assinatura não é uma garantia de autenticidade. Há os espíritos brincalhões e zombeteiros, cujo maior prazer consiste em enganar com suas peças os indivíduos crédulos, que os escutam, e seguem-lhes os conselhos estúpidos e as indicações tolas. Há os orgulhosos que julgam tudo saber e ainda querem dominar. Há os malévolos que espalham por toda a parte a desarmonia, a malquerença, as rivalidades, principalmente nos Centros  Espíritas, entre os médiuns e entre os diretores; aproveitam-se de nosso amor-próprio para conseguirem seus desígnios; servem-se da máxima astúcia para desviarem os médiuns de seus deveres. Nunca nos esqueçamos de que os médiuns estão sujeitos a terríveis lutas contra os espíritos ignorantes; somente quem já travou tais lutas é que pode avaliar-lhes a intensidade; para vencê-las é necessário muita prudência, muita fé, e possuir um intenso desejo de beneficiar os que sofrem.
Dentre os espíritos que se dedicam ao bem, citaremos: os curadores, que se esforçam por mitigar os sofrimentos da humanidade. Os consoladores, cuja função é espalhar  pensamentos de fé e esperança entre os aflitos. Os espíritos educadores, que se encarregam de promover nosso progresso moral e intelectual. Há também outras categorias de espíritos que trabalham ativamente pela melhoria dos indivíduos, das famílias, das cidades e das nações.
Tais são, em curto resumo, os habitantes do mundo espiritual com os quais a mediunidade nos põe em íntima ligação. Conquistar a proteção e a simpatia dos bons e livrar-se o mais possível da influência dos maus é a grande tarefa à qual os médiuns devem aplicar-se constantemente.
Ao entrarmos em contato com os espíritos, revistamonos da máxima prudência. Sejamos prudentes como as serpentes, conforme nos recomendou o Mestre. Não acreditemos em tudo o que recebemos dos espíritos; vejamos primeiro se suas mensagens estão de acordo com o Evangelho e com os ensinamentos dos mestres. Todas as comunicações
serão analisadas. Analisar uma comunicação é estudá-la palavra por palavra, linha por linha, trecho por trecho; e por fim aceitá-la, rejeitá-la ou pô-la em observação.
Aceitá-la: se pregar o bem; se versar fatos que os mestres já estudaram e cujos exemplos podem ser encontrados em seus livros; se puder ser comprovada fàcilmente.
Rejeitá-la: se contiver uma única palavra contra a lei da caridade; se trouxer elogios próprios a excitar a vaidade; se tratar de assuntos que o bom senso repele; se o que ensina for contrário àquilo que a longa prática firmou e comprovou.
Pô-la em observação: se a lição for nova. Quando múltiplas experiências a confirmarem, então será aceita.

A LEI DA AFINIDADE MORAL

O conhecimento e a aplicação da lei da afinidade moral fazem com que obtenhamos a proteção e a simpatia dos bons espíritos e evitemos a influência dos ignorantes.
Afinidade quer dizer semelhança. A lei da afinidade moral é a seguinte: - INDIVIDUOS DE MORAL IGUAL SE ATRAEM E DE MORAL CONTRÁRIA SE REPELEM. Esta lei rege nossas relações sociais tanto para os encarnados como para os desencarnados. Ela não só seleciona nossos amigos encarnados como também os espíritos que habitualmente nos assistem. Uma pessoa estudiosa não tem por companheiros habituais pessoas que se comprazem na ignorância; quem tem o vício de beber não procura a companhia do que  é temperante; um perverso se ajunta a outro perverso para praticarem o mal; um bom se ajunta a outro bom para espalharem o bem. Por conseguinte, a lei da afinidade moral nos ensina que os bons se agrupam e repelem os maus; os maus se reúnem e evitam os bons. Um espírito bondoso não procura um médium orgulhoso; um espírito estudioso nada tem a fazer ao lado de quem não gosta do estudo; um espírito puro afasta-se de um médium que tenha vícios. Como pode um médium maldizente, invejoso e cheio de amor-próprio colaborar com os nobres espíritos que esclarecem a humanidade? É difícil para um espírito iluminado pregar o amor ao próximo por meio de um médium rancoroso e vingativo.
Concluímos, então, que para merecermos a assistência dos bons espíritos é preciso que nós também sejamos bons.
Para não sermos vítimas de espíritos orgulhosos, devemos extinguir o nosso orgulho e abafar o nosso excessivo amor-próprio. Para não sermos manejados por espíritos perversos, nem sequer pensemos no mal. Fujamos dos vícios para não ficarmos rodeados de espíritos viciosos. Sejamos compassivos, fraternos, tolerantes, benevolentes e caridosos. Estabeleçamos afinidade moral com os espíritos virtuosos, porque este é o único meio de gozarmos de seus favores. Lembremo-nos de que onde está a Virtude não há lugar para os vícios. Onde reina o sincero desejo de praticar o bem não cabe nem um pouquinho do mal.

ELISEU RIGONATTI--Livro: A MEDIUNIDADE SE LÁGRIMAS

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...