Sobre a
civilização egípcia, insta iniciar o presente artigo com uma
mensagem deixada por Emmanuel: “Dentre os Espíritos degredados na
Terra, os que constituíram a civilização egípcia foram os que
mais se destacavam na prática do bem e no culto da verdade. Aliás,
importa considerar que eram eles os que menos débitos possuíam
perante o tribunal da Justiça Divina. Em razão dos seus elevados
patrimônios morais, guardaram no íntimo uma lembrança mais viva
das experiências de sua pátria distante. Um único desejo os
animava, que era trabalhar devotadamente pata regressar, um dia, aos
seus penates resplandecentes. Uma saudade torturante do céu foi a
base de todas as suas organizações religiosas. Em nenhuma
civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente
desenvolvido. Em todos os corações morava a ansiedade de voltar ao
orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos.
Foi por esse motivo que, representando uma das mais belas e
adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do
antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta.
Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados
conhecimentos, todos os espíritos daquela região africana
regressaram à pátria sideral”.
A
ciência trazida pelos egípcios em nada se comparava a existente
naquela época. Sendo assim, pode-se dizer que o antigo Egito possuía
uma ciência secreta, trabalhada no secreto dos templos com
compromissos sérios por parte de seus iniciados. Esses conhecimentos
eram restritos aos mais graduados sacerdotes. Aquela civilização
sabia que a revelação de grandes verdades espirituais eram
inoportunas para o momento em que viviam naquela fase de progresso da
Terra.
Nesses
círculos restritos, os grandes sacerdotes sabiam da existência de
um Deus único e absoluto, mas também sabiam da importância dos
espíritos prepostos de Jesus. Foi então que deram início ao culto
politeísta, com numerosos deuses, que eram tidos como senhores da
Terra e do céu, do homem e da natureza. Era um politeísmo
simbólico, que se encaixava perfeitamente à evolução da população
do planeta naqueles tempos.
O povo
egípcio tinha uma preocupação enorme com a morte, e viviam a vida
como um mero esforço para bem morrer. Eles tinham consciência do
seu doloroso degredo no planeta Terra, e sentindo-se humilhados,
criaram para si a teoria da metempsicose, hipótese em que
acreditavam que a alma de um homem poderia regressar no corpo de um
ser irracional como uma punição dos deuses.
Os
grandes sacerdotes tinham pleno conhecimento das ciências psíquicas,
do destino e da comunicação dos mortos, bem como da pluralidade de
existências e de mundos. Prova disso é que vários afrescos da
época apresentam o homem acompanhado do seu duplo espiritual. Além
disso, os papiros falam de suas avançadas ciências nesse sentido,
possibilitando que os egiptólogos da atualidade conhecessem que os
iniciados tinha consciência da existência de um corpo espiritual
que precedia o corpo físico.
O
conhecimento egípcio acerca das energias solares e o magnetismo
humano eram maiores do que hoje sabemos, e assim nasceram os
processos de mumificação, que infelizmente tiveram suas técnicas
perdidas no tempo pela indiferença de outros povos. Sendo assim,
entende-se que a desencarnação, para eles, era uma concentração
mágica de vontades, e por isso, eles cercam os túmulos de toda a
veneração e respeito possíveis, e isso não se traduzia apenas na
mumificação. Sabe-se que os túmulos eram santificados por um
estranho magnetismo que ainda nos desafia o entendimento. Nesse
sentido, curioso mencionar que aviadores ingleses já relataram que
aparelhos radiofônicos não funcionam quando os aviões adentram na
atmosfera do vale sagrado.
Cristo
auxiliou esse povo enviando-lhes auxiliares e mensageiros que os
inspiravam para suas realizações, estas que atravessaram os tempos
e provocam, ainda, admiração e respeito. Assim, impulsionados pelas
forças do Alto, sugere-se a construção das grandes pirâmides, que
teriam duas finalidades: representar os mais sagrados templos de
estudo e iniciação e servir como um livro do passado, com as mais
singulares profecias das obscuridades do futuro. As pirâmides causam
admiração da engenharia até hoje, não só pelas toneladas de
pedras e nem pelo esforço para empilha-las, mas também porque elas
revelam extraordinários conhecimentos daqueles espíritos sobre as
verdades da vida. Nas pirâmides, encontram-se roteiros do futuro,
cada medida tem uma simbologia relativa ao sistema cosmogônico do
planeta e sua posição no sistema solar. Nelas encontra-se o
meridiano ideal que através mais continentes e menos oceanos, por
meio do qual se pode calcular a extensão de terras habitáveis pelo
homem, a distancia da Terra até o Sol, a longitude percorrida pelo
globo terrestre sobre a sua órbita em um dia, a precessão dos
equinócios e outras diversas conquistas cientificas que hoje estão
sendo consolidadas pela astronomia.
Após
tais conquistas, os grandes iniciados egípcios retornaram ao plano
espiritual e, com seu regresso ao mundo de Capela, seus conhecimentos
foram desaparecendo. Entretanto, ainda hoje alguns reencarnam na
Terra para o cumprimento de abençoadas missões. Exemplo disso nos
traz o autor Carlos Alberto Brava em sua obra "Chico, Diálogos
e Recordações". Ao longo de quase 50 anos de convívio com o
médium, o autor recebeu várias revelações sobre vidas passadas no
planeta por meio de seu trabalho num grupo de desobsessão que Chico
participava, chamado Grupo Coração Aberto, conforme leremos a
seguir.
Dentre
essas revelações, soube-se que Chico foi Hapshepsut, no Egito,
aproximadamente de 1490 a 1450 a.C., sendo uma farani, feminino de
faraó, que herdou o trono com a morte de seu irmão. Ela suspendeu
os processos bélicos e de expansão territorial do Egito, viveu
quando surgiram as escritas em papiros, sendo muito respeitada e
admirada pelo povo. Era obesa e diabética, desencarnando com
aproximadamente 40 anos, tendo governado o Egito por 22 anos sozinha.
Chico também foi Chams, também no Egito, por volta do ano 800 a.C.,
uma rainha do Egito durante a vigência do império babilônico de
Cemirames. Outros amigos de Chico também viveram naquela época,
como Camilo Chaves, Arnaldo Rocha e Emmanuel, que era sacerdote e
professor de Chams.
Fonte:
Letra Espírita