Todas as estruturas com alicerces
condecorados com as sutilezas da inferioridade padecerão diante da nova
luminosidade.
Os exilados voltaram. Aqueles que há
tempos daqui partiram para recuperarem-se em mundos inferiores. Agora,
imantaram e estão levando com eles outros, que se exilam, pois a grande maioria
da Humanidade continua perniciosa, se deu ao destino de trilhar a obscuridade e
promovê-la.
Sob a luz do Sol dos dias atuais, não
há mais espaço para manutenção de obras ineficazes, sejam aquelas que não se
prendem aos laços da verdade, aquelas que não são viabilizadas para
incorporação ao bloco do bem, e aquelas alicerçadas em estruturas imorais e
amorais.
Todas as estruturas com alicerces
condecorados com as sutilezas da inferioridade padecerão diante da nova
luminosidade, instalada, pouco a pouco, pelas luzes da fase de regeneração que
se bonifica na Escola Terra e, gradativamente, vem banindo do ambiente todos os
empecilhos que possam atrapalhar sua plenitude no bem.
As mudanças previstas por Deus,
dirigidas pelos seus Ministros, se instalam no tempo condecorado, independente
da vontade dos seus filhos. Até porque os que se liberam para o bem seguem as
diretrizes que os levam a colaborar nas obras do Pai.
As revoluções determinadas pelo
Criador chamam-se progresso, e estas acontecem impulsionadas pelo amor. Então,
todo filho que empenhar-se pelo aprendizado, consciente ou inconscientemente,
prontifica-se a zelar pelo amor, pois já está nele incorporado.
As rotas alternativas por muitos
procuradas, acreditando serem favoráveis ao atendimento das vontades, para após
lançar-se na vontade maior, são trilhas que facultam a derrota, e levam o
indivíduo a lamúrias e aflições incontáveis.
Não há mais minuto no planeta Terra
para ser contado a título de "amanhã eu resolvo", "depois eu
conserto", "com o tempo se dá um jeito"; o tempo tem que ser
usado proveitosamente, porque minutos de momentos únicos somente retornam em
outro tempo incomparável.
A urgência convida a todos a se
integrarem às correntes fluídicas que se aprimoram para conquistas superiores.
O tempo destinado em busca de ofertas prometidas, sem a certeza da vitória,
fica para aqueles que se escondem e se omitem das conjunturas que percebem nos
novos dias. Para estes ficarão as partes manchadas pela ignorância, pelos
equívocos e pela vontade de permanecer em climas expiatórios, aplaudindo as
dores e os sofrimentos, ferramentas benditas para remanejar o Ser para os
devidos rumos. Então, embora tomados pela angústia de se verificarem em um
estado de infelicidade, estarão sendo alertados para se liberarem dos
pensamentos e ações impróprias à sustentação de dias primorosos onde possam
apreciar o sorriso flores e banharem-se em fluidos salutares.
Nas impropriedades pela qual transita
grande massa de Espíritos encarnados e desencarnados, facilmente é notado o
desconhecimento da verdade, e a corrosão causada pela hospedagem dos germes que
se nutrem de vibrações putrefativas.
Abandonaram, os indivíduos instalados
nessa ordem, as certezas do melhor que tinham ao lado para dedicarem-se às
trilhas infundadas ditas belezas da vida. Aplaudiram e estimaram o prazer
mundanizaram-se e acolheram a materialidade, como se a composição dos vários
estágios da matéria não sofresse as transformações necessárias, já que as
energias sustentam os átomos seguem linha do progresso e, para tanto, circulam
por inúmeras hospedagens. Conquanto, nem em todas cabe ao Espírito voltar a
experimentar, pois além de por lá já ter transitado como em outros níveis mais
a avançados, o aprendizado daqueles momentos estão sedimentados e foram
desenvolvidos, tanto é que cresceu tornando-se Espírito; agora, não é moralmente
correto usar conteúdos de estágios inferiores para usufruir prazeres materiais.
Onde hoje somos hospedes e, em
considerando especialmente os encarnados, onde as variações são abruptas, seria
de se esperar que o Espírito as sentisse mais firmemente, e imprimisse os
passos mais acertadamente. Entretanto, grande número entretém-se no desvio,
onde as variáveis são plenamente visíveis aos sensores físicos.
As mortes se dão a cada átimo, e os
Espíritos que se deixaram mundanizar, atendendo os reclames do ego, quando tal
momento chega e essa morte os arrasta do círculo do solo do mundo, deparam com
os favores da verdade que os exila nos rumores dos sofrimentos, como medida
misericordiosa para promover o despertar para a luz.
Seguidamente somos informados e
alertados que irmãos menos favorecidos moralmente retornaram do exílio, local
onde ficaram por séculos para buscarem aprimoramento, e aqui se encontram, mais
uma vez, para provas finais e traçar seus dias futuros. Observa-se, entretanto,
que continuam perseverantes no desequilíbrio, permanecem renitentes; relutam
quanto à disciplina, evangelização e educação.
Entre nós, procuram envolver aqueles
que se permitirem às suas sutilezas, e os arrastam para o seu convívio, não
obstante, estarem cientes que praticam o mal, porém assim desejam e fazem.
Visto os enredos destacados, deduz-se
facilmente ser nosso dever habilitarmo-nos pela verdade, para não cairmos nas
teias das trevas. Jamais procurar confundi-la, tentando demonstrar
pseudoparceria, pois a verdade não aceita doses dissimuladas, ela é ou deixa de
ser. Jesus a usou por todo o período que caminhou sobre o solo terrestre e, por
isso mesmo, foi condenado. Condenaram muitos outros, inclusive Allan Kardec.
Hoje, em plena transição planetária,
adentrando as condições de um mundo melhor, a Terra classifica para a Nova Era
somente aqueles que aderiram à verdade, embora não a tenham sedimentado na
totalidade, mas trabalham seus sentimentos nesse sentido. Todos os que
estiverem aplaudindo as obscenidades serão exilados, para onde mecanismos
próprios destinados a redenção estarão à espera, para ajudá-los na promoção
espiritual necessária ao progresso.
Não sejamos nós os próximos exilados
a retornar ao paraíso perdido.1
1. Veja resposta dada à questão 1019
de O Livro dos Espíritos-Allan Kardec.
O autor é engenheiro aposentado,
pós-graduado em Administração. Atua como médium e expositor no Centro Espírita
Leon Denis (CELD) e é autor do livro "Coisas da vida na visão
espírita", Ed. O Clarim. Roberto Vilmar Quaresma quaresmaroberto@ig.com.br
- RIE Abril de 2014
Fonte: A Casa do Espiritismo