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terça-feira, 31 de julho de 2018

"MÉDICOS ESPIRITUAIS: COMO ELES NOS AJUDAM?"

Muitas vezes, por imaginarmos o Mundo dos Espíritos imaterial ou muito fluido e etéreo, pensamos que as técnicas e procedimentos médicos sejam bem diferentes daqueles que conhecemos aqui na Terra. No entanto, não podemos perder de vista que nosso mundo é uma cópia mal feita do que existe depois da morte. O que temos por aqui em termos de tratamento e procedimentos médicos, há muito tempo já é usado lá. O progresso material segue o Espiritual que lhe serve de matriz original.
No livro “Evolução em Dois Mundos”, escrito pelo Espírito André Luiz, temos os seguintes esclarecimentos a respeito desse intrigante assunto. Vejamos.
Quais os principais métodos usados na Espiritualidade para o tratamento das lesões do corpo espiritual?
Na Espiritualidade, os servidores da medicina penetram, com mais segurança, na história do enfermo para estudar, com o êxito possível, os mecanismos da doença que lhe são particulares.
Muitas vezes, por imaginarmos o Mundo dos Espíritos imaterial ou muito fluido e etéreo, pensamos que as técnicas e procedimentos médicos sejam bem diferentes daqueles que conhecemos aqui na Terra. No entanto, não podemos perder de vista que nosso mundo é uma cópia mal feita do que existe depois da morte. O que temos por aqui em termos de tratamento e procedimentos médicos, há muito tempo já é usado lá. O progresso material segue o Espiritual que lhe serve de matriz original.
No livro “Evolução em Dois Mundos”, escrito pelo Espírito André Luiz, temos os seguintes esclarecimentos a respeito desse intrigante assunto. Vejamos.
Quais os principais métodos usados na Espiritualidade para o tratamento das lesões do corpo espiritual?
Na Espiritualidade, os servidores da medicina penetram, com mais segurança, na história do enfermo para estudar, com o êxito possível, os mecanismos da doença que lhe são particulares.
Aí, os exames nos tecidos psicossomáticos com aparelhos de precisão, correspondendo às inspeções instrumentais e laboratoriais em voga na Terra, podem ser enriquecidos com a ficha cármica do paciente, a qual determina quanto à reversibilidade ou irreversibilidade da moléstia, antes de nova reencarnação, motivo por que numerosos doentes são tratáveis, mas somente curáveis mediante longas ou curtas internações no campo físico, a fim de que as causas profundas do mal sejam extirpadas da mente pelo contato direto com as lutas em que se configuraram.
Curial, portanto, é que o médico espiritual se utilize ainda, de certa maneira, da medicação que vos é conhecida, no socorro aos desencarnados em sofrimento, porque, mesmo no mundo, todo remédio da farmacopeia humana, até certo ponto, é projeção de elementos quimio-elétricos sobre agregações celulares, estimulando-lhes as funções ou corrigindo-as, segundo as disposições do desequilíbrio em que a enfermidade se expresse.
Contudo, é imperioso reconhecer que na Esfera Superior o médico não se ergue apenas com o pedestal da cultura acadêmica, qual ocorre frequentemente entre os homens, mas sim também com as qualidades morais que lhe confiram valor e ponderação, humildade e devotamento, visto que a psicoterapia e o magnetismo, largamente usados no plano extrafísico, exigem dele grandeza de caráter e pureza de coração.
Resumindo para melhor compreensão:
1-Usam medicamentos;
2-Fazem exames com aparelhos sofisticados, que provavelmente teremos no futuro aqui na Terra;
3-A psicoterapia é muito utilizada;
4-Magnetismo (passes, transfusão de energias);
5-Os médicos são preparados espiritual e moralmente;
6-algumas doenças, porque arraigadas no períspirito, somente desaparecerão após nova reencarnação, quando poderão ser expurgadas pelo corpo físico.
As cirurgias promovidas pelos médiuns de cura aqui na Terra (auxiliados pelos médicos e benfeitores espirituais), ocorrem acordo com o descrito acima também. As doenças com origens em lesões no períspirito sendo eliminadas, advém, em seguida, a cura do corpo físico.
Esclarecem os amigos espirituais, igualmente, que os tratamentos e cirurgias realizados aqui na Terra em nosso corpo físico nos hospitais terrestres, podem auxiliar sobremaneira na cura definitiva das doenças enraizadas no períspirito. Trata-se de uma via de duas mãos. Acima de tudo, está o merecimento do paciente que se dá através do aprendizado e progresso.
Bibliografia:
Francisco Cândido Xavier – Evolução em Dois Mundos – pelo Espírito André Luiz


segunda-feira, 30 de julho de 2018

"O NASCIMENTO DA OBSESSÃO "


Toda obsessão tem apenas uma causa: a falta de evolução moral do obsidiado. Por mais que se tente encontrar outro fator que possa desencadear o ataque dos espíritos obsessores, chegaremos sempre à conclusão que o ser obsidiado é que deu ensejo ao início do processo obsessivo, exclusivamente, pela ausência da evolução moral.
Conforme é sabido, a obsessão é uma via de mãodupla. Jamais se pode dizer que o obsidiado é uma vítima do obsessor. O que há é uma correspondência de sentimentos, um apego energético, uma co-dependência entre os seres que estão se maltratando um ao outro.
Por essa razão, o Evangelho do Cristo ainda é o remédio mais eficaz para se combater a causa que gera o nascimento de qualquer obsessão. Quando o Mestre nos disse para orarmos e vigiarmos, Ele não estava falando, apenas, uma frase de efeito. Ele estava nos ensinando a evitar esse mal que se agiganta no mundo, chamado obsessão.
Quando o Cristo nos ensinava a perdoar setenta vezes sete vezes (70 x 7 = 490 x 7 = 3.430 x 7 = 24.010 x 7 = 168.070 x 7 = 1.176.490 x 7 = 8.235.430x 7 = 57.648.010 – cinquenta e sete milhões, seiscentos e quarenta e oito mil e dez), Ele queria nos mostrar a grandeza do ato de perdoar, que, seria, por assim dizer, perdoar por infinitas vezes, com a finalidade de evitar que as obsessões tomassem conta do nosso ser e que tivéssemos qualidade de vida.
Essa é a glória do Evangelho. Esses são os ensinamentos do Cristo, nosso modelo e Guia. Se mantivermos a Boa Nova como nossa meta, com certeza iremos escapar de muitas armadilhas obsessivas. Por essa razão, não compensa ficar com medo de ser obsidiado. O que compensa, em verdade, é ter o propósito de cumprir com os ensinamentos do Cristo.
O dia que a humanidade entender de que precisa colocar em prática os mandamentos do Mestre da Galiléia, então, com toda certeza, o mundo estará livre das obsessões. Até lá, vamos sofrendo com todos os percalços que nós mesmos levantamos em nossas vidas e, pelas circunstâncias das coisas, vamos evoluindo muito lentamente.
O certo é que não estamos melhores porque não queremos. O dia que quisermos, vamos conseguir ter uma qualidade de vida ímpar e, nesse tempo, o mundo deixará de ser qualificado como de provas e expiações e passará a ser um mundo de regeneração, onde ainda teremos dor, mas, todavia, nossa qualidade moral será, sem dúvida alguma, muito superior àquela que possuímos atualmente.
Espiritismo Maringá
Fonte: ESPIRIT BOOK

domingo, 29 de julho de 2018

“SUICÍDIO: UMA EPIDEMIA QUE CLAMA POR SOCORRO”

Na manhã nublada do último sábado de janeiro, 27, no Centro Espírita Léon Denis, em Bento Ribeiro, após a leitura da belíssima página de preparo intitulada “Suicidas”, do livro Escrínio de Luz, pelo Espírito Emmanuel, de Francisco Cândido Xavier, o trabalhador espírita Mário Lamha proferiu uma brilhante palestra acerca do “Suicídio”, tema das perguntas 943 a 957 do Livro dos Espíritos.
No clima da orientação consoladora da página de preparo (“Não condenes as vítimas da loucura e do sofrimento que se retiram do mundo pelas portas do suicídio”), Mário convida a todos, entusiasmado, a atentar para um tipo de epidemia que, ao lado da fome, assola o planeta, mas ainda não mobiliza tanto a sociedade quanto a febre amarela: o suicídio.
Lamentavelmente, as estatísticas são “assustadoras” e o próprio orador exemplifica, lembrando dados da Organização Mundial da Saúde, segundo os quais “a cada 40 segundos, uma pessoa no mundo se mata”, ou seja, 85 pessoas podem ter insurgido contra a própria existência no tempo que durou essa palestra. Isso representa quase 1 milhão de seres humanos se matando no mundo, principalmente jovens, sacerdotes e médicos.
De onde provém o desgosto da vida que se apodera de alguns indivíduos, sem motivos plausíveis?” é a primeira pergunta do grupo de questões do Livro dos Espíritos em que Kardec examina a matéria e, também, o fio com o qual Lamha conduz os nossos pensamentos nos próximos minutos.
Dirigindo-se a um salão lotado, ele declara, em tom bem humorado, que “os Espíritos da Codificação não são politicamente corretos (...) eles falam muito claramente que ‘desgosto da vida’ vem da ociosidade”. Mas explica que “há uma ociosidade que, talvez, seja muito pior”: a prática de atividades para as quais o indivíduo não reúne aptidão, focando apenas o dinheiro. “Não fazer o que gosta é terrível, frustrante”, comenta, ainda que “essa não utilização das nossas aptidões naturais, a falta de um sentido da vida seja uma das grandes dificuldades do ser humano” desde que nos transformamos em Homo sapiens 350 000 anos atrás.
Por isso, acrescenta que “nós estamos evoluindo”. Tudo está ajustado à nossa capacidade e o que nos acontece são desafios evolutivos, estímulos para agir. Logo, se existe vacina para a febre amarela, também há vacinas para doenças espirituais como o suicídio, o qual corresponde a uma inadequação à vida, adverte o conferencista.
E, emocionado, conclui: “Jesus é para os doentes” e a Doutrina Espírita é terapia preventiva, oportunidade para evoluir; é profilaxia para resistir às tentações, sem nos entregar, como leciona Emmanuel, “ao cansaço ou ao desalento, na solução dos problemas que te afligem a marcha”.

Nesse esforço, como defende o confrade Mário Lamha, “a dor faz parte do processo”. Porque também é educadora.
Por Vagner Lúcio de Lima | professor e jornalista
Fonte Correio Espírita
vagnerdelima@gmail.com



*O Centro Espírita Léon Denis está localizado na rua Abílio dos Santos, 137, Bento Ribeiro, Rio de Janeiro, RJ.


sábado, 28 de julho de 2018

“CAUSAS DAS AFLIÇÕES E SOFRIMENTOS QUE TRAZEMOS DE OUTRAS REENCARNAÇÕES.”,

Mas se há males, nesta vida, de que o homem é a própria causa, há também outros que, pelo menos em aparência, são estranhos à sua vontade e parecem golpeá-lo por fatalidade. Assim, por exemplo, a perda de entes queridos e dos que sustentam a família. Assim também os acidentes que nenhuma previdência pode evitar; os revezes da fortuna, que frustram todas as medidas de prudência; os flagelos naturais; e ainda as doenças de nascença, sobretudo aquelas que tiram aos infelizes a possibilidade de ganhar a vida pelo trabalho: as deformidades, a idiota, a imbecilidade etc.
Os que nascem nessas condições, nada fizeram, seguramente, nesta vida, para merecer uma sorte triste, sem possibilidade de compensação, e que eles não puderam evitar, sendo impotentes para modificá-las e ficando à mercê da comiseração pública. Por que, pois, esses seres tão desgraçados, enquanto ao seu lado, sob o mesmo teto e na mesma família, outros se apresentam favorecidos em todos os sentidos?
Que dizer, por fim, das crianças que morrem em tenra idade e só conheceram da vida o sofrimento? Problemas, todos esses, que nenhuma filosofia resolveu até agora, anomalias que nenhuma religião pode justificar, e que seriam a negação da bondade, da justiça e da providência de Deus, segundo a hipótese da criação da alma ao mesmo tempo em que o corpo, e da fixação irrevogável da sua sorte após a permanência de alguns instantes na Terra.
Que fizeram elas, essas almas que acabam de sair das mãos do Criador, para sofrerem tantas misérias no mundo, e receberem, no futuro, uma recompensa ou uma punição qualquer, se não puderam seguir nem o bem nem o mal?
Entretanto, em virtude do axioma de que todo efeito tem uma causa, essas misérias são efeitos que devem ter a sua causa, e desde que se admita a existência de um Deus justo, essa causa deve ser justa.
Ora a causa sendo sempre anterior ao efeito, e desde que não se encontra na vida atual, é que pertence a uma existência precedente. Por outro lado, Deus não podendo punir pelo bem o que se fez, nem pelo mal que não se fez, se somos punidos, é que fizemos o mal. E se não fizemos o mal nesta vida, é que o fizemos em outra. Esta é uma alternativa a que não podemos escapar, e na qual a lógica nos diz de que lado está à justiça de Deus.
O homem não é, portanto, punido sempre, ou completamente punido, na sua existência presente, mas jamais escapa às conseqüências de suas faltas. A prosperidade do mau é apenas momentânea, e se ele não expia hoje, expiará amanhã, pois aquele que sofre está sendo submetido à expiação do seu próprio passado.
A desgraça que, à primeira vista, parece imerecida, tem portanto a sua razão de ser, e aquele que sofre pode sempre dizer: “Perdoai-me, Senhor, porque eu pequei”.
Os sofrimentos produzidos por causas anteriores são sempre, como os decorrentes de causas atuais, uma conseqüência natural da própria falta cometida. Quer dizer que, em virtude de uma rigorosa justiça distributiva, o homem sofre aquilo que fez os outros sofrerem.
Se ele foi duro e desumano, poderá ser, por sua vez, tratado com dureza e desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer numa condição humilhante; se foi avarento, egoísta, ou se empregou mal a sua fortuna, poderá ver-se privado do necessário; se foi mau filho, poderá sofrer com os próprios filhos; e assim por diante.
É dessa maneira que se explicam, pela "Pluralidade das Existências" e pelo destino da Terra, como mundo expiatório que é, as anomalias da distribuição da felicidade e da desgraça, entre os bons e os maus neste mundo.
Essa anomalia é apenas aparente, porque só encaramos o problema em relação à vida presente; mas quando nos elevamos, pelo pensamento, de maneira a abranger uma série de existências, compreendemos que a cada um é dado o que merece, sem prejuízo do que lhe cabe no Mundo dos Espíritos, e que a justiça de Deus nunca falha.
O homem não deve esquecer-se jamais de que está num mundo inferior, onde só é retido pelas suas imperfeições. A cada vicissitude, deve lembrar que,se estivesse num mundo mais avançado, não teria de sofrê-la, e que dele depende não voltar a este mundo, desde que trabalhe para se melhorar.
As tribulações da vida podem ser impostas aos Espíritos endurecidos, ou demasiado ignorantes para fazerem uma escolha consciente, mas são livremente escolhidos e aceitas pelos Espíritos arrependidos, que querem reparar o mal que fizeram e tentar fazer melhor.
Assim é aquele que, tendo feito mal a sua tarefa, pede para recomeçá-la, a fim de não perder as vantagens do seu trabalho. Essas tribulações, portanto, são ao mesmo tempo expiações do passado, que castigam, e provas para o futuro, que preparam. Rendamos graças a Deus que, na sua bondade, concede aos homens a faculdade da reparação, e não o condena irremediavelmente pela primeira falta.
Não se deve crer, entretanto, que todo sofrimento por que se passa neste mundo seja necessariamente o indício de uma determinada falta; trata-se freqüentemente de simples provas escolhidas pelo Espírito, para acabar a sua purificação e acelerar o seu adiantamento.
Assim, a expiação serve sempre de prova, mas a prova nem sempre é uma expiação. Mas provas e expiações são sempre sinais de uma inferioridade relativa, pois aquele que é perfeito não precisa ser provado. Um Espírito pode, portanto, ter conquistado um certo grau de elevação, mas querendo avançar mais, solicita uma missão, uma tarefa, pela qual será tanto mais recompensado, se sair vitorioso quanto mais penosa tiver sido a sua luta.
Esses são, mais especialmente, os casos das pessoas de tendência naturalmente boas, de alma elevada, de sentimentos nobres inatos, que parecem nada trazer de mal de sua precedente existência, e que sofrem com resignação cristã as maiores dores, pedindo forças a Deus para suportá-las sem reclamar. Podem-se, ao contrário, considerar como expiações as aflições que provocam reclamações e levam à revolta contra Deus.
O sofrimento que não provoca murmurações pode ser, sem dúvida, uma expiação, mas indica que foi antes escolhido voluntariamente do que imposto; é a prova de uma firme resolução, o que constitui sinal de progresso.
Os Espíritos não podem aspirar à perfeita felicidade enquanto não estão puros; toda mancha lhes impede a entrada nos mundos felizes.
Assim acontece com os passageiros de um navio tomado pela peste, aos quais fica impedida a entrada numa cidade, até que estejam purificados. É nas diversas existências corpóreas que os Espíritos se livram, pouco a pouco, de suas imperfeições. As provas da vida fazem progredir, quando bem suportadas; como expiações, apagam as faltas e purificam; são o remédio que limpa a ferida e cura o doente, e quanto mais grave o mal, mais enérgico deve ser o remédio.
Aquele, portanto, que muito sofre, deve dizer que tinha muito a expiar e alegrar-se de ser curado logo. Dele depende, por meio da resignação, tornar proveitoso o seu sofrimento e não perder os seus resultados por causa de reclamações, sem o que teria de recomeçar.

Fonte:
Grupo Socorrista Obreiros do Senhor Jerônimo Mendonça Ribeiro


sexta-feira, 27 de julho de 2018

"MARAVILHOSA EXPLICAÇÃO DO QUE É BÔNUS-HORA, OU HORAS DE SERVIÇO AO PRÓXIMO, MOSTRANDO A ETERNA CONTINUIDADE DA VIDA..."

Notando que a senhora Laura entristecera subitamente ao recordar o marido, modifiquei o rumo da palestra, interrogando: - Que me diz do Bônus-Hora? Trata-se de algum metal amoedado? Minha interlocutora perdeu o aspecto cismativo, a que se recolhera, e replicou, atenciosa: - Não é propriamente moeda, mas ficha de serviço individual, funcionando como valor aquisitivo. - Aquisitivo? - perguntei abruptamente. - Explico-me - respondeu a bondosa senhora -; em "Nosso Lar" a produção de vestuário e alimentação elementares pertence a todos em comum. Há serviços centrais de distribuição na Governadoria e departamentos do mesmo trabalho nos Ministérios. O celeiro fundamental é propriedade coletiva.
Ante meu gesto silencioso de espanto, acentuou:
- Todos cooperam no engrandecimento do patrimônio comum e dele vivem. Os que trabalham, porém, adquirem direitos justos.
Cada habitante de "Nosso Lar" recebe provisões de pão e roupa, no que se refere ao estritamente necessário; mas os que se esforçam na obtenção do bônus-hora conseguem certas prerrogativas na comunidade social.
O espírito que ainda não trabalha, poderá ser abrigado aqui; no entanto, os que cooperem podem ter casa própria.
O ocioso vestirá, sem dúvida; mas o operário dedicado vestirá o que melhor lhe pareça; compreendeu?
Os inativos podem permanecer nos campos de repouso, ou nos parques de tratamento, favorecidos pela intercessão de amigos; entretanto, as almas operosas conquistam o bônus-hora e podem gozar a companhia de irmãos queridos, nos lugares consagrados ao entretenimento, ou o contacto de orientadores sábios, nas diversas escolas dos Ministérios em geral.
Precisamos conhecer o preço de cada nota de melhoria e elevação. Cada um de nós, os que trabalhamos, deve dar, no mínimo, oito horas de serviço útil, nas vinte e quatro de que o dia se constitui.
Os programas de trabalho, porém, são numerosos e a Governadoria permite quatro horas de esforço extraordinário, aos que desejem colaborar no trabalho comum, de boa-vontade.
Desse modo, há muita gente que consegue setenta e dois "Bônus-Hora", por semana, sem falar dos serviços sacrificiais, cuja remuneração é duplicada e, às vezes, triplicada.
- Mas, é esse o único título de remuneração? - perguntei.
- Sim, é o padrão de pagamento a todos os colaboradores da colônia, não só na administração, como também na obediência.
Lembrando as organizações terrestres, indaguei, espantado:
- Todavia, como conciliar semelhante padrão com a natureza do serviço? O administrador ganhará oito bônus-hora na atividade normal do dia, e o operário do transporte receberá a mesma coisa? Não é o trabalho do primeiro mais elevado que o do segundo?
A senhora sorriu à pergunta e explicou:
- Tudo é relativo. Se, na orientação ou na subalternidade, o trabalho é de sacrifício pessoal, a expressão remunerativa é justamente multiplicada.
Examinando, porém, mais detidamente a sua pergunta, precisamos, antes de mais nada, esquecer determinados prejuízos da Terra.
A natureza do serviço é problema dos mais importantes; contudo, na própria esfera da crosta é que o assunto apresenta solução mais difícil.
A maioria dos homens encarnados está simplesmente ensaiando o espírito de serviço e aprendendo a trabalhar nos diversos setores da vida humana. Por isso mesmo, é imprescindível fixar as remunerações terrestres com maior atenção.
Todo o ganho externo do mundo é lucro transitório. Vemos trabalhadores obcecados pela questão de ganhar, transmitindo fortunas vultosas à inconsciência e à dissipação; outros amontoam expressões bancárias que lhes servem de martírio pessoal e de ruína à família.
Por outro lado, é indispensável considerar que setenta por cento dos administradores terrenos não pesam os deveres morais que lhes competem, e que a mesma porcentagem pode ser adjudicada a quantos foram chamados à subordinação.
Vivem, quase todos, a confessar ausência do impulso vocacional, recebendo embora os proventos comuns aos cargos que ocupam.
Governos e empresas pagam a médicos que se entregam à exploração de interesses outros e a operários que matam o tempo. Onde, aí, a natureza de serviço?
Há técnicos de indústria econômica, que nunca prezaram integralmente a obrigação que lhes assiste e valem-se de leis magnânimas, à maneira de moscas venenosas no pão sagrado, exigindo abonos, facilidades e aposentadorias.
Creia, porém, que todos pagarão muito caro a displicência. Parece ainda distante o tempo em que os institutos sociais poderão determinar a qualidade de serviço dos homens, porque, para o plano espiritual superior, não se especificará teor de trabalho, sem a consideração dos valores morais despendidos.
Essas palavras despertavam-me para concepções novas.
Percebendo-me a sede de instrução, a interlocutora continuou:
- O verdadeiro ganho da criatura é de natureza espiritual e o bônus-hora, em nossa organização, modifica-se em valor substancial, segundo a natureza dos nossos serviços.
No Ministério da Regeneração, temos o Bônus-Hora-Regeneração; no Ministério do Esclarecimento, o Bônus-Hora-Esclarecimento, e assim por diante.
Ora, examinando o provento espiritual, é razoável que a documentação de trabalho revele a essência do serviço.
As aquisições fundamentais constituem-se de experiência, educação, enriquecimento de bênçãos divinas, extensão de possibilidades. Nesse prisma, os fatores assiduidade e dedicação representam, aqui, quase tudo.
Em geral, em nossa cidade de transição, a maioria prepara-se com vistas à necessidade de regresso aos círculos carnais.
Examinando esse princípio, é natural que o homem que empregou cinco mil horas, em serviços regeneradores, tenha efetuado esforço sublime, a benefício de si mesmo; o que despendeu seis mil horas de atividade, no Ministério do Esclarecimento, estará mais sábio.
Poderemos gastar os bônus-hora conquistados; entretanto, é mais valioso ainda o registro individual da contagem de tempo de serviço útil, que nos confere direito a preciosos títulos.
Semelhantes instruções interessavam-me profundamente.
- Poderemos, porém, gastar nossos bônus-hora a favor dos amigos? - indaguei curioso.
- Perfeitamente - disse ela -; poderemos repartir as bênçãos de nosso esforço com quem nos aprouver. Isto é direito inalienável do trabalhador fiel.
Contam-se por milhares as pessoas favorecidas em "Nosso Lar", pela movimentação da amizade e do estímulo fraternal.
A essa altura, a genitora de Lisias sorriu e observou:
- Quanto maior a contagem do nosso tempo de trabalho, maiores intercessões podemos fazer. Compreendemos, aqui, que nada existe sem preço e que para receber é indispensável dar alguma coisa.
Pedir, portanto, é ocorrência muito significativa na existência de cada um. Somente poderão rogar providências e dispensar obséquio os portadores de títulos adequados, entendeu?
- E o problema da herança? - inquiri de repente.
- Não temos aqui demasiadas complicações - respondeu a senhora Laura, sorrindo. Vejamos, por exemplo, o meu caso.
Aproxima-se o tempo do meu regresso aos planos da crosta.
Tenho comigo três mil Bônus-Hora-Auxílio, no meu quadro de economia pessoal. Não posso legá-los a minha filha que está a chegar, porque esses valores serão revertidos ao patrimônio comum, permanecendo minha família apenas com o direito de herança ao lar; no entanto, minha ficha de serviço autoriza-me a interceder por ela e preparar-lhe aqui trabalho e concurso amigo, assegurando-me, igualmente, o valioso auxílio das organizações de nossa colônia espiritual, durante minha permanência nos círculos carnais.
Nesse cômputo, deixo de referir-me ao lucro maravilhoso que adquiri no capítulo da experiência, nos anos de cooperação no Ministério do Auxílio. Volto à Terra, investida de valores mais altos e demonstrando qualidades mais nobres de preparação ao êxito desejado.
Ia prorromper em exclamações admirativas, referentes ao processo simples de ganhar, aproveitar, cooperar e servir, confrontando aquelas soluções com os princípios imperantes no planeta, mas um brando burburinho aproximou-se da casa. Antes que pudesse emitir qualquer observação, a senhora Laura murmurou, satisfeita:
- Nossos queridos estão de volta.
E levantou-se para atender.
Livro: Nosso Lar.

terça-feira, 24 de julho de 2018

"DUVIDAS SOBRE TATUAGENS: PODEMOS FAZE-LAS? COMO FICARÁ O MEU PERISPÍRITO?

Faz algum tempo que recebi, por e-mail, uma dúvida provinda de uma frequentadora de um dos centros espíritas da capital baiana. Dúvida, aliás, sobre um tema que ainda gera um bocado de controvérsias não apenas no movimento espírita mas, também, no seio de outras religiões.
E este tema é tatuagem.
Fazer ou não fazer, eis a questão.
Penso que um dos papéis das religiões é, justamente, proporcionar condições para que seus profitentes tenham uma melhor qualidade de vida, sejam felizes e alcancem o objetivo de serem melhores e mais bem resolvidos consigo mesmos.
Vamos para a dúvida exposta pela frequentadora espírita. Deixei sua pergunta em itálico para facilitar o entendimento. Já minha resposta segue em letra padrão.
P – Estou com uma dúvida, pretendo fazer uma tatuagem pequena, simples e simbólica para mim. Minha mãe também fará e gostaria de saber se na espiritualidade isso afeta em alguma coisa? Seremos, eu e minha mãe, punidas por isso?Ficaremos tatuadas no mundo dos Espíritos?
R – Fique tranquila, o problema não é o que estampa o corpo, mas o que está em nossa mente e coração. Não haverá punição alguma, até porque você não transgredirá nenhuma lei natural. Aliás, o espiritismo ensina que Deus não pune, ao contrário, educa. Deus é o maior educador do universo e não trabalha a espalhar cultura de punição. Isto é coisa do homem que, em sua limitação não consegue visualizar a majestosa obra de Deus e, por isso, sai a assustar todo mundo com ideias que não correspondem com a realidade educativa de Deus.
Entretanto, lanço uma reflexão:
Como estão, mente e coração sobre isto? Devemos estar tranquilos quanto as nossas decisões, porquanto tatuagem é coisa séria e, não raro definitiva. Caso você e sua mãe estejam bem resolvidas, digo que as questões morais são as que realmente importam para o Espírito imortal. A tatuagem não transformará você em Espírito bom ou mau, tampouco garantirá sorte ou desdita na vida futura, mas suas atitudes sim.
Quando da desencarnação, o perispírito, em geral, segue a aparência da mais recente encarnação, então pode, se assim o Espírito desejar, trazer em si uma ou mais tatuagens que o caracterizou quando encarnado.  Logo, quando desencarnar você poderá, ainda, ostentar sua tatuagem, mas, repito, se assim o Espírito desejar.
A propósito, vale lembrar que, caso o Espírito queira, o perispírito poderá até tomar “formato” de uma outra encarnação mais antiga.
Recordo-me de ter atendido, certa feita, um Espírito numa reunião mediúnica que me “mostrava” suas tatuagens e pedia, insistentemente, para que eu as apreciasse.
Em sua opinião eram obras primas e ele estava orgulhoso de “tê-las”. Fixado mentalmente nas tatuagens, moldava-as em seu corpo espiritual tal como as possuia em seu veículo físico antes, naturalmente, de sua morte.
Em realidade, se o Espírito se desse conta de que ele pode modelar o seu perispírito a partir de sua vontade e concentração, aquele desencarnado, se assim o desejasse, não teria as tatuagens em seu corpo espiritual, ou teria ainda mais delas. Tudo, portanto, dependeria da vontade do Espírito.
É por ai, o pensamento é para o Espírito o que a mão é para o homem, ou seja, material de trabalho.
Portanto, se a cuca estiver legal, tudo certo e resolvido, você não terá nenhum tipo de problema por fazer uma, duas ou outras tatuagens.
Autor: Wellington Balbo
Fonte: Portal do Espírito







"TALISMÃS E AMULETOS: O QUE KARDEC DIZ SOBRE A FORÇA DESSES OBJETOS?

Kardec, em sua época era reconhecido pelos seus contemporâneos como autoridade no tocante aos temas da novas descobertas entre a relação dos mundos visível e invisível. Tanto sim que frequentemente buscavam-no a fim de receber sua opinião relacionada aos inúmeros fenômenos além matéria. Foi assim quanto ao poder de objetos, talismãs e adereços. Teriam, eles, poder de descortinar o passado de alguém ou prever o futuro, ou, ainda, atrair os Espíritos? Há, nesses objetos, algo que possa denominá-los, assim na forma vulgar, como objetos mágicos?
Dentre as muitas vezes que Kardec abordou o tema medalhas, símbolos e demais, trago para reflexão um texto que consta na Revista Espírita, novembro de 1858, com o título: Os talismãs – medalha cabalística.
Uma senhora, médium sonâmbula, havia informado que determinada medalha tinha poderes especiais de atrair os Espíritos. Pediram a opinião de Kardec a respeito. Kardec, logo de início, já explica que os Espíritos são atraídos pelo pensamento e não pelo objeto em si.
Espíritos que se apegam a esses objetos são, ainda, inferiores mesmo que estejam agindo de forma honesta. É que conservam, mais ou menos, as manias e ideias que tinham enquanto encarnados. Portanto, nada fora do esquadro que repitam este modelo mental no mundo dos Espíritos. Por outro lado há, também, os Espíritos zombeteiros, ou no linguajar atual, gaiatos, que gostam de divertirem-se á custa da ingenuidade alheia. O foco, portanto, é o pensamento e é este que acaba por atrair os Espíritos.
Imagine que você deposita uma fé inabalável de que um copo qualquer pode atrair um bom Espírito. E todos os dias você reserva um tempo para olhar no interior deste copo a fim de atrair os bons Espíritos para um contato. Você ora com fervor e sinceridade e os Espíritos comparecem, serenam teu coração, sugerem-te bons conselhos, ajudam-te a responder as mais intrincadas questões íntimas e por ai vai. Você pode achar que o poder está no copo. Contudo, a realidade é que a força está relacionada ao teu pensamento e sentimentos para que tragam os bons Espíritos em teu benefício. O copo é apenas um amuleto e, caso seja descartado nenhuma alteração haverá se você prosseguir na busca dos bons Espíritos com sinceridade e fervor.
A ideia de Kardec é tornar o contato com os Espíritos uma coisa mais espiritual do que material. Se antes havia uma suposta “necessidade” do material para interagir com o espiritual, Kardec a retira e mostra que isto é desnecessário. O contato com os Espíritos é feito de coração para coração, de mente à mente. Não é a matéria, ou seja, o objeto que atrai os Espíritos, mas o pensamento, o coração conectado e a vontade do indivíduo.
Há, todavia, uma observação a ser feita. Os objetos podem ser magnetizados e, com isso, “adquirirem” algumas propriedades especiais, mas de forma passageira. Imagine alguém dotado de grande poder magnético, daqueles em que o olhar é penetrante e traz uma força indescritível. Este indivíduo direciona seu olhar a uma medalha, seu pensamento naquele objeto é firme e forte no intuito de magnetizá-lo. Pois bem, é possível, sim, que alguém ao tocar este objeto, agora já impregnado com o fluido a ele direcionado, sinta sensação diferente, ou mesmo entre em transe por conta da “força” que contém, momentaneamente, o material.
Perceba, todavia, que o poder não está no objeto em si, mas na força do pensamento que a ele foi direcionada.
Kardec, como trabalhava com evocação, na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, evocou São Luís e pediu que este manifestasse sua opinião relacionada ao assunto.
Parece-me que o benfeitor considerou o tema já amplamente debatido e questão encerrada, pois após algumas diretrizes, bem semelhantes ao pensamento de Kardec, sugeriu que ele – Kardec –  se ocupasse de coisas mais sérias.
Em todo caso, o tema em questão pode desdobrar-se e dar origem aos mais diversos questionamentos como, por exemplo, se há objetos com mais ou menos condições de absorver os fluidos magnéticos e ficarem mais ou menos tempo impregnados com estes.
Há muita coisa interessante a pesquisar.
Quê tal?
Autor: Wellington Balbo


segunda-feira, 23 de julho de 2018

"O TEMPO E O ESPAÇO NO MUNDO ESPIRITUAL."

Buscando o conceito geral da palavra tempo, encontrada no Dicionário Aurélio, podemos dizer que tempo é uma sucessão de anos, dias e horas e que envolvem a noção de presente, passado e futuro.
Mas o tempo não é algo material, não é físico, apesar de se basear em convenções físicas. Se a teoria da relatividade a duração de um evento é relativa ao referencial inercial em que se encontra o observador, por exemplo se o indivíduo está em movimento em relação a um evento, a duração deste evento será diferente de outro indivíduo que o observa parado.
Além disto a percepção de duração é relativa também ao estado do observador. Fisiologicamente, a incerteza de um julgamento temporal aumenta com a duração do intervalo julgado. Isto parece ter origem na lei de Weber (proposta por Ernst Weber, em 1831), segundo o qual para percebermos que um dado estímulo sensorial sofreu variação, o acréscimo (ou decréscimo) mínimo necessário deve ser proporcional à magnitude inicial do estímulo original.
Todos nós também já experimentamos a sensação de o tempo "voar", quando estamos em lugares ou situações agradáveis, ou de se "arrastar", nos momentos em que esperamos com ansiedade algo acontecer. Novamente, parece ser a atenção que prestamos à sucessão de eventos em curso o fator determinante de nossa experiência temporal. Vários estudos demonstram que a duração de um estímulo sensorial, tal como percebida por um observador, é fortemente influenciada pela atenção que ele dispensa ao estímulo.
Se no mundo espiritual o pensamento é tudo, como dizem, a noção de tempo é semelhante e amplificada, pois a duração de um evento espiritual é influenciada pela atenção dispensada ao evento.
Para Kardec no livro A Gênese, o tempo não é senão a relação das coisas transitórias, e portanto, unicamente de coisas que se medem, é uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias; já a eternidade, do ponto de vista de sua duração, não pode ser medida, não tem começo nem fim, tudo é o presente.
Se formos assistir ao filme onde um homem nasce com um corpo que convencionamos chamar de velho e morre com ele novo, sabemos que o tempo está invertido. Isto ocorre porque ligamos a imagem do corpo ao tempo percorrido. Muitas pessoas tem uma surpreendente noção do tempo percorrido quando se olham no espelho.
Quando Kardec diz, no item 14 do Código Penal da Vida Futura, do livro O Céu e o Inferno, que a duração de um castigo que está subordinado ao melhoramento do espírito, diz que aquele que não melhora, não se arrepende continua sofrendo sempre e seu castigo lhe parece eterno. Como no mundo espiritual não existe uma sequência de eventos que possa ser medida, o espírito que sofre mantém toda a sua atenção voltada ao seu sofrimento e tem a percepção de que o tempo parou e nunca terá fim. Se considerarmos que no mundo espiritual tudo depende da capacidade evolutiva do espírito, a percepção da eternidade das penas é maior nos espíritos inferiores e menor nos espíritos superiores.
Muitas vezes vemos em reuniões mediúnicas espíritos que acreditam estar ainda naquele tempo em que viviam encarnados, porque a sua atenção e seu pensamento mantém uma imagem quase estática no sentido temporal e isto faz com que o indivíduo acredite estar vivo, pois seu aparente corpo não envelhece, as lembranças de que recorda são sempre as mesmas.
O Espaço
De acordo com o Dicionário Aurélio o espaço é a distância entre dois pontos; área ou volume entre limites determinados. Lugar mais ou menos bem definido, que pode ser ocupado por algo ou alguém. Se compreendemos o mundo espiritual eterno e infinito, o compreendemos sem começo nem fim.
Mas e o espaço dentro deste infinito? Pode ser medido, utilizado, criado e destruído? Se considerarmos o Universo como um todo o espaço passível de ser ponderado seria o físico e material, os planetas, estrelas, cometas etc.
O Espírito errante, ou seja, aquele que habita o mundo espiritual não se encontra num espaço delimitado. Porém como afirmam os Espíritos na questão 234 do O Livro dos Espíritos: "Há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que eles podem habitar temporariamente, espécies de acampamentos, de lugares em que possam repousar de erraticidades muito longas, que são sempre um pouco penosas. São posições intermediárias entre os mundos, graduadas de acordo com a natureza dos Espíritos que podem atingi-las e que nelas gozam de maior ou menor bem-estar."
Então poderíamos dizer que por fim existem os conhecidos Vales de sofrimento, como o vale dos suicidas e até as colônias espirituais como o Nosso Lar entre outras? Sim, se os considerarmos físicos e não espirituais. Isto é explicado na questão 236, onde os Espíritos nos dão as características destes mundos: Não são habitados por seres corpóreos e sua superfície é temporariamente estéril, assim como a Terra já foi durante a sua formação. Esta descrição deixa claro que os mundos transitórios são mundos materiais no qual os espíritos afins se encontram.
Não poderíamos compreender estes vales como a descrição de mundos transitórios habitados espiritualmente por espíritos simpáticos pelo mal ou pela dor? Mesmo quando um espírito desencarnados nos descreve estes locais, vales ou colônias, como próximos à Terra, esta proximidade seria a relação entre tempo e espaço, e sendo a transmissão de pensamento quase imediata e estando o espírito onde está seu pensamento, talvez ainda não possamos compreender a amplitude que pode ter este conceito de proximidade.
Obras básicas de Allan Kardec
Máscaras do Tempo. artigo publicado na Revista Scientific American Brasil, edição nº 50, de julho de 2006, de Marcus Vinícius C. Baldo, André M. Cravo e Hamilton Haddad Jr

sábado, 21 de julho de 2018

"EXPIAÇÕES E PROVAS DOS ESPÍRITOS."

Qual a diferença entre expiação e prova?

Expiação é o resgate "imposto" pela Justiça Divina a espíritos recalcitrantes (teimosos). Prova é o resgate "escolhido" por espíritos conscientes de seus débitos e necessidades.

Como identificar o espírito em expiação?

Geralmente é o indivíduo que não aceita seus sofrimentos, as situações difíceis que enfrenta, rebelando-se. Atravessa a existência a reclamar do peso de sua cruz.

E o espírito em provação?

Podemos identificá-lo como aquele indivíduo que enfrenta as atribulações da existência de forma equilibrada, aceitando-as sem murmúrios e imprecações. Como um aluno que se submete a exame, tenta fazer o melhor, habilitando-se a estágio superior.

É sempre assim?

Nada é definitivo no comportamento humano, já que exercitamos o livre-arbítrio. Um espírito em provação, que fez louváveis planos para a vida presente, pode refugar o que planejou. Da mesma forma, um espírito em expiação pode experimentar um despertamento da consciência, dispondo-se a enfrentar suas dores com dignidade, buscando o melhor.

Miséria é expiação?

Não é a posição social que determina a natureza das experiências vividas pelo espírito. O homem rico pode estar em processo expiatório, caracterizado por graves problemas. Por outro lado, a extrema pobreza pode ser uma opção do espírito em provação, atendendo a imperativos de sua consciência.
O que há em maior quantidade na Terra: espíritos em provação ou em expiação?
A humanidade é composta por uma maioria de espíritos imaturos, sem o necessário discernimento para planejar experiências. Situando-se nos domínios da expiação.
Dois espíritos vivem a mesma situação aflitiva. Nasceram com grave limitação física. Um está em expiação, outro em provação.

O sofrimento é igual para ambos?

Provavelmente aquele que está em provação sofrerá bem menos. Tendo planejado a deficiência que enfrenta, tenderá a aceitá-la melhor. Isso tornará bem mais leve a sua cruz. Rebeldia, inconformação, revolta, desespero, são pesos adicionais que tornam a jornada humana bem mais sofrida.
Quando a Terra deixará de ser um planeta de expiação e provas?
Quando o homem terrestre deixar de ver no Evangelho um mero repositório de virtudes inacessíveis, elegendo-o por roteiro divino para todas as horas, com a invencível disposição de vivenciar seus princípios em plenitude.
Richard Simonetti
Do livro: A força das ideias

quarta-feira, 18 de julho de 2018

"DIANTE DAS DIFICULDADES NÃO SE DESESPERE. POR MEIOS QUE NÃO CONHECEMOS, DEUS PERMANECE AGINDO E VIRÁ EM TEU SOCORRO."

Não há dúvida de que a vida é um roteiro repleto de intensos desafios e de muitas dificuldades. Aliás, nisso é que estão realmente as grandes oportunidades que nos impulsionam e nos fazem crescer.
Vivendo tranquilamente, sem quaisquer preocupações, temos nossa vida acomodada e, por consequência, a estagnação neutraliza os nossos sonhos de prosperidade.
Dificuldades e desafios são propostas de evolução. Superá-los significa movimentar iniciativas, boa vontade, ideal e determinação, abrindo novas perspectivas de sucessos e conquistas.
Assim, ao invés de reclamarmos dos obstáculos e barreiras que se levantam diante de nós, antes, aprendamos a agradecê-los, pois que sempre se caracterizam como lições vivas e caminhos de aprendizado.
Nossa família se apresenta recheada de problemas, que nos remetem a grandes e infindáveis preocupações. Não lamentemos os fatos, mas sim busquemos nas sábias leis superiores da vida um acréscimo de forças, pois cada etapa vencida nos conduz a um patamar mais sólido de confiança e credibilidade nos dias do futuro.
O campo profissional surge diante dos nossos olhos, trazendo consigo enigmas de difícil trato. Vasculhemos nossa potencialidade à caça de recursos de superação, que todos carregamos na intimidade, e, uma vez encontrando as soluções que os problemas exigem, nos tornaremos criaturas mais amadurecidas e aptas a enfrentar as lutas que sempre existirão.
A nossa situação financeira aparece crítica e precária, avolumando o rol dos nossos pesares. Aprendamos com a experiência que a Providência Divina a ninguém desampara e, de onde nem sequer esperamos, surgirão os recursos de que temos necessidade, desde que sigamos confiantes no cumprimento dos nossos deveres.
A nossa vida social, por enquanto, segue seu caminho carregada de preconceitos, injustiças e incompreensões.
Tenhamos a consciência de que vivemos num mundo ainda repleto de dor e sofrimentos, onde a tolerância ainda é uma conquista a ser adquirida, e não desanimemos, pois que a nossa serenidade e coragem haverão de modificar, para melhor, o panorama que nos cerca.
Ninguém, em momento algum, conseguiu vencer realmente na vida, na aquisição de valores reais, sem muitas lutas, sacrifícios, perseverança e intensa dedicação.
A vida fácil, despreocupada, vazia, nunca conduziu criatura alguma ao sucesso verdadeiro, aquele que atesta o crescimento interior, que patenteia a maturidade, que registra a derrota dos defeitos e das viciações, colocando em seus lugares as virtudes e a sublimação dos sentimentos.
Portanto, se estamos em meio às dificuldades e frente a imensos desafios, em realidade seguimos nossa vida dentro do roteiro da normalidade, tendo conosco as grandes oportunidades de sairmos da animalidade, que ainda nos mantém presos às dores e sofrimentos, para galgarmos a angelitude, que nos proporcionará, em dias vindouros, a felicidade e a paz que há tanto tempo procuramos.
Tenha paciência, bom ânimo, não se desespere, a transformação para melhor está acontecendo.
Busque agir, trabalhe com diligência, procure vencer os obstáculos, as dificuldades, mantenha viva a resistência que fortalece o caráter e ilumina o caminho das provações terrenas.
Não se desespere, não demonstre insatisfação. O temor; a angústia; provêm da falta de autoconhecimento. Não há poder mais tranquilizador do que estar alentado, fortalecido, pelo exercício da fé no Criador.
A tempestade do momento vai passar, procure viver a convicção de que há, em cada ser humano, a suficiente potencialidade, força, energia, para resolver qualquer problema no trânsito evolutivo do espírito.
A dúvida perturba, a incompreensão provoca dor, a aflição anula, o ódio avilta; é preciso, em qualquer situação contraditória, procurar compreender o significado do que está acontecendo, só assim se viverá as dificuldades como oportunidades de aperfeiçoamento, de crescimento espiritual.
Cuide do seu pensamento, não pronuncie palavras negativas, controle seus gestos, sua agressividade, cultive o bem, procure sempre a verdade; seja a dinâmica do amor, ampare aquele que mais precisa e sentirá, em sua vida, a luz abençoada da renovação.
Perdoe o companheiro de trânsito reencarnatório terreno, não se decepcione com a ingratidão, lembre-se de que o processo evolucionário se encarregará de corrigi-lo.
Em seu benefício, atente para algumas questões: não se queixe, não lastime, seja moderada, reservada, semeie a paz, seja honrada, retifique, corrija amando, demonstre coragem, restaure, repare, pense e faça reflexão meditação, sirva sem exigências, faça prece e vigiliatura permanente, obedeça com alegria, trabalhe com satisfação, respeite seu próximo, seja feliz a cada segundo da sua existência.
A felicidade significa harmonia, identidade entre o Criador e a criatura, portanto é equilíbrio de saúde física, mental, moral e espiritual, é vida plena e integral no bem.
Luz, entendimento, fé.
Mensagem extraído do livro “Na luta do cotidiano, A força do amor” pelo espírito
LEOCÁDIO JOSÉ CORREIA
Mensagem psicografada pelo médium
Maury Rodrigues da Cruz
Dores e aflições, problemas e dificuldades, todos nós enfrentamos, em maior ou menor intensidade, em qualquer época da vida, e, às vezes, essas situações se prolongam por um bom tempo, o que leva muitas pessoas a começar a pensar em desistir de viver, perdendo a esperança em dias melhores, não entendendo porque a existência, para elas, é tão difícil. É aqui que a Doutrina Espírita tem muito a nos esclarecer e, também, consolar.
No capítulo 5 de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec apresenta as duas causas principais das nossas aflições: as causas anteriores e as causas atuais. As causas anteriores estão ligadas ao que fizemos em vidas passadas, ou seja, em outras encarnações, quando através de nossos atos prejudicamos alguém e ferimos a lei divina. Agora, através de uma expiação ou de uma prova, temos que reparar esse passado, e isso normalmente traz um tanto de dor, ou pelo menos de dificuldade.
Já as causa atuais, segundo Kardec, e de acordo com os princípios que o Espiritismo nos apresenta, decorrem da nossa imprevidência, do nosso orgulho, do nosso egoísmo, quando, invigilantes e prepotentes, desorganizados e hipócritas, acabamos acarretando males para nós mesmos, e que não estavam previstos em nosso planejamento reencarnatório.
De tudo isso compreendemos que a dor, a aflição, o sofrimento, nada disso ocorre por acaso, pois tudo tem a sua razão de ser, e ainda mais: tudo o que nos acontece é justo, isso porque Deus é justo e bom, e não permitiria que seus filhos sofressem por sofrer, sem necessidade, sem um objetivo maior.
Então, diante de qualquer dificuldade, seja qual for, mantenha a calma e utilize da resignação, pois essas duas atitudes permitirão que você receba o auxílio divino através da intervenção dos espíritos benfeitores, que vão lhe insuflar coragem, sustentar sua fé e lhe inspirar para prosseguir, pois Deus nunca abandona seus filhos e está sempre farto de misericórdia. Jamais desistir da vida, sustentando-se no amor, pois a dor passa, mas o amor é eterno. 

Desafios e dificuldades são alavancas de progresso…

meditemos nisso.


Marcus De Mario é Educador; Escritor; Palestrante e Consultor Educacional.



𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...