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quinta-feira, 30 de agosto de 2018

"COMO A TERRA FOI POVOADA? VISÃO ESPIRITA."

Segundo o primeiro livro da série que ficou conhecida como Velho Testamento, onde encontram-se relatos, histórias e estórias das mais diversas, o início do povoamento do planeta teve início com um único casal, Adão e Eva. Contudo, esta estória não se mantém nem mesmo ao longo do próprio livro que a inicia, pois, segundo o relato, este "primeiro" casal concebe dois meninos que se tornam homens. Todavia, em decorrência de um atrito entre os irmãos, um mata o outro, e foge, então, para uma terra distante onde encontra aquela que viria a ser sua mulher, com quem teve um filho e edificou uma cidade. A pergunta que fica é: Se havia somente quatro habitantes no planeta, como aquele que fugiu pode encontrar uma esposa?
Portanto, ao analisarmos a questão 50 d'O Livro dos Espíritos, onde Kardec pergunta se realmente tudo começou com Adão, o primeiro a ser criado segundo a estória, e Eva em seguida, a resposta obtida é bastante lógica, pois diz que não foi o primeiro e nem o único que deu início ao povoamento da Terra. Em nota, Kardec explica que o homem que ficou conhecido tradicionalmente como "Adão" deveria ser um sobrevivente de alguma catástrofe da natureza.
Na edição de outubro de 2014 do jornal Correio Espírita, foi publicado o artigo Formação dos Seres Vivos, onde discutiu-se o papel de Jesus e seus trabalhadores na elaboração das formas orgânicas para a encarnação de espíritos nos vários reinos. Tal abordagem, relacionada com a posição do espírito Emmanuel no livro A Caminho da Luz, está em acordo com a escala de seres orgânicos conforme apresentado no livro A Gênese, Cap. X, onde se encontra a seguinte assertiva: "Entre o reino vegetal e o reino animal, nenhuma delimitação há nitidamente marcada. Nos confins dos dois reinos estão os zoófitos ou animais-plantas, cujo nome indica que eles participam de um e outro: serve-lhes de traço de união."
Observa-se uma sequência evolutiva no campo de corpos de expressão para espíritos nas mais diferentes necessidades de aprendizagem. Contudo, o corpo em si necessita do componente espiritual para gerenciar a sua formação e manutenção, portanto, não apresentando solução de continuidade para as diferentes formas físicas, podemos inferir que a gradação evolutiva do espírito também deverá ser correspondente, isto é, igualmente sem solução de continuidade.
Os fósseis se encontram disseminados por todo o globo, significando que habitavam os diversos cantos do planeta, assim, a população humana surgiria igualmente em todo o globo, procriando e gerando toda uma população que se transformaria na atual.
Ainda no livro A Gênese, Kardec apresenta uma teoria a respeito do surgimento, ou melhor, formação do corpo humano. Fala sobre a semelhança entre os corpos de primatas e humanos e que não seria impossível que o segundo fosse decorrente do primeiro; esclarece que esta transformação pode ter sido possível com espíritos em uma determinada condição evolutiva encarnando em corpos referentes ao de uma condição mais baixa visando, exatamente, o aprimoramento deste. Este teria sido um processo que, gradativamente, conduziria ao corpo humano como conhecemos hoje, sem prejuízo espiritual.
A prerrogativa de que a evolução tanto das formas quanto do ser espiritual transcorreu gradualmente ao longo de certo intervalo de tempo, e não uma explosão de espíritos já de determinado condição evolutiva, pode ser verificada também nos achados da paleontologia mais recentes.
No ano 2000, um extenso artigo científico intitulado The Revolution That Wasn't (A Revolução que não Aconteceu), publicado no Journal of Human Evolution, indicou que o comportamento humano não teve um surgimento em uma "explosão de criatividade" cerca de 50.000 anos atrás, como se acreditava, mas era fruto de um processo gradual ao longo de cerca de 300.000 anos.
A paleontologia vem passando por uma revolução em decorrência de alguns fósseis que foram encontrados no continente africano e divulgados em 2010. Em artigo intitulado First of Our Kind (O Primeiro de Nossa Espécie), estes fósseis foram considerados como pertencentes a uma nova espécie, o Australopithecus Sediba, o qual apresentava características peculiares tanto da espécie Australopithecus quanto da espécie Homo.
Um ponto muito interessante no artigo acima citado é que os autores dizem que os "paleontologistas precisarão repensar completamente onde, quando e como a espécie Homo começou e o que significaria ser humano".
Certamente o conhecimento humano atual ainda está muito longe de desvendar este "mistério", e tantos outros, que muito levemente foi desvelado pelos espíritos responsáveis pela Codificação Espírita, por isso, é preciso muito cuidado ao tratar de questões científicas visando confirmar ou alterar o que consta nas obras da Codificação.

Cláudio Conti

Fonte: Correio Espírita

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

"UM GESTO DE AMOR ME AMPAROU NA MORTE", PSICOGRAFIA DO ESPÍRITO "ALINE", CONTANDO SUA INFELIZ PASSAGEM PELO MUNDO FÍSICO..."

“O Amor cobre uma multidão de pecados”. Enquanto permaneci sobre esta Terra não passei de um fardo pesado para meus familiares. Desde a adolescência rebelde, afeiçoei-me às sensações mundanas e aos prazeres fúteis da juventude. Logo engravidei de meu primeiro filho, mas nem por isso, emendei-me como dizia minha vozinha que me criara. Abandonei as responsabilidades maternas a outrem, tal qual haviam feito comigo. O pai da criança nem mesmo dignou-se a conhecê-la, descrendo de sua paternidade diante de meu comportamento notoriamente promíscuo.
Cedo conheci o mundo das drogas e na ânsia de sustentar o vício odiento, entreguei-me também a pequenos furtos e roubos na comunidade em que vivia.
Afundei até onde um ser humano poderia fazê-lo, inibindo em mim mesma os sentimentos mais elevados, os quais se agasalhados em meu peito indócil, teriam-me poupado muitas desventuras e angústias.
Outros filhos vieram ao mundo em decorrência de minha prostituição à qual lancei mão para o sustento do vício que me consumia visivelmente.
Deixei-os, assim como o primeiro, em desamparo e, na falta de cuidados materiais, logo foram parar em abrigos de assistência social.
Minha pobre vozinha partiu antes de mim, talvez por tristeza causada por minhas atitudes e conduta desregrada.
Quando fui parar na cadeia, a primeira vez, já não tinha um lar a minha espera e pouco me importava com minha própria sorte.
Conheci lá dentro religiosos que, sobriamente vestidos e bem calçados, vinham, de tempos em tempos, “pregar” o livro Santo na tentativa de resgatar nossas almas por meio da confissão e do arrependimento dos pecados.
Entre idas e vindas do cadeião conheci uma pobre mulher que, como eu, escolhera os caminhos errados. Presa, ainda grávida, veio a dar à luz a pobre e desamparada criança com insuficiência respiratória em noite de forte tempestade.
Desenganada pela enfermeira plantonista foi deixada à própria sorte juntamente com sua genitora por horas a fio à espera do socorro que por razão do mau tempo tardou a aparecer.
Tocada pela cena derradeira e presa de forte sentimento que não sei explicar, velei noite a dentro mãe e filha, mantendo essa aquecida em meus braços até seu último suspiro.
Anos mais tarde, ao desencarnar, esquecida em uma cama imunda de pensão, que durante as noites transformava-se em bordel, pensei que estavam a me procurar criaturas horripilantes e degradadas por sensações as mais vis.
Encontrava-me em escuro corredor tentando fugir dos olhos tenebrosos que me espreitavam na sombra quando, de uma pequena faixa luminosa, surgiu um jovem olhar doce e amável.
Estendeu-me a mão sem questionar meu passado ou minhas culpas. Apenas entrelaçou aos meus os seus suaves dedos e conduziu-me para fora daquele pesadelo horrível.
Era a criança que eu, anos atrás, acalentava junto ao meu seio, talvez o único gesto sincero de amor que tenha realizado em minha tormentosa existência.
Apenas ele lá estava para me conduzir à saída, apenas este gesto bastou para que eu merecesse a misericórdia e hoje aqui estou, de passagem, para deixar com esta história a lição de que mesmo o mais acanhado gesto de amor pode determinar o futuro de cada qual.
Assim me despeço, já em prantos, aguardando nova chance nestas terras.
Aline.
Médium: A Paula.
Fonte: 

"MORTE: UM SONO QUE SE COMPLETA. UM ESTÁGIO ENTRE DUAS VIAS."

A morte é apenas aparente, ou seja, um estágio entre duas vidas ou um sono que se completa, dando ensejo a uma nova vida, plena de energias, de alegria e felicidade, em que o espírito imortal, esse viajor da eternidade, continua suas experiências em novas dimensões da vida, sem o corpo físico, mas com o corpo espiritual (perispírito), apresentando a mesma forma humana que utilizava aqui na Terra. O descrédito de milhares de pessoas, seitas e religiões a respeito da continuidade da vida não muda absolutamente nada, a verdade simples e natural desse processo, gradual e necessário à conquista da vida eterna.
Deus não seria sumamente bom, sábio, amoroso, se nos colocasse aqui e nos destruísse em definitivo, nivelando por baixo todos os filhos, aniquilando bons e maus, num processo destrutivo em que o principal prejudicado seria a divindade. É claro que não estamos preparados emocionalmente para suportar a partida dos entes queridos, e sofremos com essas separações, que nos deixam profundas saudades, causando aflição e desajuste no nosso campo psíquico. Mas precisamos entender que as pessoas apenas passam por estágios aqui na Terra, ou seja, o tempo necessário para o cumprimento do processo evolutivo, o resgate dos débitos da retaguarda, o aprimoramento espiritual, as conquistas no campo da matéria e a convivência pacífica junto aos outros, são apenas algumas das etapas a serem percorridas pelo espírito no caminho da evolução.
Depois da morte, a vida continua infinitamente, e a partida de nossa parentela familiar e amigos não deveria constituir sofrimento para nós, e sim alegria, pois deixando o mundo físico, o espírito ingressa no mundo espiritual, onde poderá aguardar nossa chegada, acrescendo o fato de que não existem fronteiras entre os encarnados e desencarnados, ocorrendo sempre que possível visitas noturnas durante o sono, diminuindo a dor da saudade. As mazelas físicas que presenciamos nesta vida, tais como: portadores da falta da visão, da audição, da fala, da letargia, paraplegia, tetraplegia, e as enfermidades de difícil cura e difícil diagnóstico, não encontram respaldo em uma única vida, e sim em múltiplas, através da bênção da reencarnação; porque os artífices do próprio destino voltam a vestir a indumentária da carne, a fim de saldar dívidas com a retaguarda da vida.
A vida continua plena de alegria e felicidade do outro lado da vida, através de reencarnações sucessivas pelas quais precisamos passar, mas nunca corresponde a um castigo divino imposto por Deus, e sim para novas oportunidades de trabalho e elevação, pelo simples fato de que ninguém reencarna para sofrer ou para expiar, e sim para crescer, superar e transcender, progredindo sempre para Deus. A cada experiência no campo da reencarnação evoluímos um pouco, deixando para trás os vícios, desejos e paixões, que representam nossa inferioridade moral, e ao mesmo tempo adquirimos as virtudes que são de Deus. É importante não nos fixarmos em cobranças mediatas, porque só o tempo, nosso maior aliado, poderá nos dar condições de aproveitamento para a nossa iluminação. O processo é longo e pode durar milênios, e se ficarmos preocupados com nossa evolução atrasamos mais ainda essa jornada milenar na direção das estrelas.
O importante é não parar de trabalhar, não se esquecer de fazer o bem para o nosso próximo que, em síntese, é a matéria-prima com a qual temos de trabalhar para o nosso próprio bem. Dificilmente seremos felizes se não estivermos dispostos a fazer a felicidade dos outros. Quando conseguires plantar, nos corações daqueles que te cercam, a alegria e a felicidade; a felicidade dos outros te buscará, aonde quer que você esteja, aqui ou no além, a fim de implantar em definitivo a tua suprema ventura. Outro detalhe interessante é a dor alheia que está em outra cidade, outro bairro ou do outro lado da rua: se você for indiferente a ela, ela passa para a sua cidade, o seu bairro, para a sua rua, e entra na sua casa atraída pela sua indiferença em relação aos seus companheiros de jornada evolutiva.
Do outro lado da vida, depois da morte do corpo físico, não encontramos nenhum tipo de bens materiais; nem o ouro nem a prata, nem o real, nem o dólar nem o euro, que são moedas da vida terrena, e que nada valem no mundo espiritual. Encontramos sim, laços fraternos e de amizade que construímos uns junto aos outros, e que na realidade vão constituir o nosso patrimônio íntimo capaz de nos proporcionar as venturas indescritíveis da vida espiritual. A tão esperada eternidade que todos desejamos começa aqui e agora, através de uma vida pacata e serena, sem envolvimento com nenhum tipo de crime ou falcatrua, com a convivência pacífica com os nossos semelhantes, nos educando para morrer todos os dias de nossa vida; adotando uma religiosidade íntima junto de Jesus, esse amigo maior, que nunca nos desampara, que é o sol das nossas almas, o corretor de posições de nossas vidas; o maior dispensador de bens eternos do mundo.

Djalma Santos

Fonte: Correio Espírita

"O QUE ACONTECE QUANDO VOCÊ COMEÇA A FREQUENTAR UM CENTRO ESPIRITA?"

Quando você entra em um centro espírita, você não se torna médium. A não ser que você já tenha nascido com o corpo físico preparado para isso, você não começa a ver ou a ouvir os Espíritos.
Quando você entra em um centro espírita, não existe nenhuma espécie de recado dos Espíritos Superiores direcionado exclusivamente a você. Tampouco seus familiares desencarnados te enviarão cartas dizendo o que você deve ou não fazer da vida.
Quando você entra em um centro em espírita, as pessoas não vão te contar quem você foi ou fez em suas vidas passadas. Se essas informações fossem necessárias você se lembraria por conta própria. Basta saber que você colhe hoje aquilo que plantou em outras existências até para que você passe a semear com mais sabedoria e amor no seu dia de hoje.
Quando você entra em um centro espírita, você não recebe a solução mágica para resolver seus problemas. Suas dores continuarão a existir. Suas perdas, suas mágoas, suas dificuldades de relacionamento ou o que quer que você enfrente na vida.
Quando você entra em um centro espírita, você definitivamente não está salvo. Seu lugar no céu jamais poderá ser comprado até porque a ideia de céu do Espiritismo nada tem a ver com anjos tocando harpa nas nuvens, e sim com a consciência tranquila do dever cumprido.
A verdade, que poucos compreendem ou querem compreender, é que quando você começa a frequentar um centro espírita absolutamente nada muda em sua vida.
Acredite. Nada mesmo.
A não ser que você tome a decisão de mudar, que você compreenda que precisa realizar melhorias em si mesmo, que aceite o convite da reforma íntima e moral, tudo continuará da mesma forma que já estava.
Ninguém pode viver nossa vida ou dar por nós os passos que nos cabem. Compete a cada um de nós a construção da nossa própria felicidade. Essa noção de responsabilidade individual, tão pouco considerada nos dias atuais, é, com certeza, uma das primeiras lições, entre tantas outras, que você aprenderá quando de fato entrar em um centro espírita.


quarta-feira, 22 de agosto de 2018

"POR QUE O ESPÍRITO NECESSITA PASSAR PELO ESTADO DA INFÂNCIA?"

Porque durante esse período, é mais fácil assimilar a educação que recebe, de seus pais ou daquele que está com a responsabilidade de educá-la, de auxiliá-la no adiantamento. As crianças são seres que Deus manda para novas existências. Nós não conhecemos o que a inocência das crianças esconde. Para que os Espíritos não possam mostrar excessiva severidade, eles recebem todo o aspecto da inocência. Essa inocência, muitas vezes, não constitui o que realmente eram antes. É a imagem do que deveriam ser, e não o que são. As más inclinações são cobertas com o esquecimento do passado. O amor dos pais se enfraqueceria diante do caráter áspero e intratável do Espírito encarnado. Pois não sabemos se o Espírito que recebemos com todo amor, possa ter sido um assassino, um amigo, um inimigo, um viciado, um missionário e outros. Na adolescência surge o caráter real e individual, por isso mudam tanto de comportamento. Devemos educar nossos filhos desde o berço, e começar a conversar com eles desde os 4 anos, sem esperar pelos 12, 13 anos. Os frutos plantados na infância serão colhidos na adolescência. Dentro dos lares, possivelmente, nascem crianças cujos Espíritos vêm de mundos onde contraíram hábitos diferentes, trazendo paixões diversas das que nutrimos, inclinações, gostos, inteiramente opostos aos nossos. Por isso, a fase da infância é importante. É nela que poderemos reforçar o que for bom e, reprimir os maus pendores. Esse é o dever que Deus impôs aos pais, missão sagrada de que terão de dar contas. Kardec pergunta aos Espíritos: PODE SE CONSIDERAR COMO MISSÃO A PATERNIDADE? E eles respondem: “É, sem contestação possível, uma verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do que pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro (...)” (Questão 582 - O Livro dos Espíritos).
Assim, portanto, a infância não é só útil, necessária, indispensável, mas também consequência natural das leis que Deus estabeleceu e que regem o Universo.
Fonte: Grupo de Estudo Allan Kardec
(Compilação de Rudymara)

"SIM: NÓS PEDIMOS PARA NASCER?"

Muitos, principalmente os jovens, no momento de rebeldia dizem:
- EU NÃO PEDI PARA NASCER.

Diz Richard Simonetti: "Ledo engano. No Plano Espiritual não só pedimos como, não raro, imploramos a casais em disponibilidade que nos dêem a oportunidade de um retorno às experiências humanas, reconhecendo-as indispensáveis à nossa edificação e à solução de problemas cármicos."

Chico Xavier disse que quando psicografava o livro "NOSSO LAR", viu milhares de Espíritos que aguardavam, por longo tempo, a oportunidade de reencarnar e completou dizendo que deveríamos respeitar o corpo que o Senhor nos concede, porque não será fácil uma nova oportunidade.

No livro "Missionários da Luz", o Espírito André Luiz, conta através da psicografia de Chico Xavier, a história de um Espírito que se preparava para reencarnar, com a intenção de reparar o erro que cometeu como mãe na Terra. Quando encarnada, foi devotadíssima mãe e esposa, mas contrariava a influência do marido no lar e estragava os filhos com excessos de meiguice sem razão. Eram três rapazes e uma jovem, que caíram muito cedo em desregramentos, e cedo desencarnaram. Após desencarnar entraram em regiões baixas. Quando esta mãe desencarnou, percebeu que falhou na educação dos filhos, então, implorou para reencarnar junto deles novamente. Seu pedido levou mais de 30 anos para ser concedido. 

Observemos que, além de pedirmos, não é tão fácil uma nova oportunidade. Por isso, aproveitemos bem a nossa encarnação.

Compilação de Rudymara

Fonte: Grupo de Estudo "Allan Kardec"

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

""MEU NOME ERA BERNARDO. TIVE UMA PASSAGEM MUITO BREVE NESTE MUNDO..."

Nasci numa família rica e com prestígio.
Tinha uma mãezinha linda e carinhosa.
Meu pai...Bem meu pai nem tanto...
Um homem frio, distante, mas nunca perdi a esperança de conquistar o seu amor!!!
Tinha uma casa linda, enorme e aconchegante...
No entanto, meu lar era a rua.
Tinha uma família completa:pai, mãe, mas, minha família eram os amigos que conquistei.
Ah, com eles, passei momentos felizes que amenizaram meu sofrimento...
Minha mãe apesar,de jovem e saudável, morreu tão cedo, vítima de uma trama sórdida, tudo por causa de dinheiro...
Tive condições financeiras porém, passei fome e frio...
Gritei por socorro...
Lutei pra sobreviver...
Mas, só, não consegui vencer.
Ninguém me escutou...
Ninguém deu ouvidos ao meu choro...
Parece que olhavam para mim e não me viam...
Eu não queria dinheiro, eu queria carinho!!
Eu não desejava roupas caras, somente um abraço quentinho!!
Entretanto, sofria na escuridão do meu quarto, com dores na alma e no corpo...
Ao invés de um beijo na testa e um abraço amigo, meu pai me dava porrada e, depois me dopava para que eu dormisse e não o incomodasse...
Só queria amor, recebi ódio...
Por que?Não entendo.
Meu pai me deu a vida para depois me matar.
Quantas lágrimas derramei e, ele não percebeu que era por ele que sofria!!!
Meu pai, profissão médico, salvar vidas!!!
Porém, minha vida tirou!!!
Sua assinatura servia para receitar a cura...
Mas para mim, serviu para comprar a minha morte...
Meu pai, me deixou pra morrer.
Naquela cova fria que mandastes me colocar...
Quando acordei, senti o horror do abandono...
Chorei, gritei!!!
Não consegui sair daquele buraco escuro e sem ar.
Senti dores terríveis, minha pele queimava com o ácido que derramaram sobre mim...
Então me perguntava porque tanta maldade...O que fiz para merecer acabar assim???
Como se não bastasse saiu para comemorar e até um charuto fumou pela minha morte...Sua vitória...
Eu era somente uma criança lutando para sobreviver.
Um menino que queria brincar.
Queria que sentisse orgulho de mim...
Mas, meu pai, você não soube me amar!!!
Não foi capaz de ver nos meus olhos, a angustia que teu desprezo me causava...
No meu olhar existia amor pai...
Eu tinha tanto amor para te dar!!!
Eu era teu primogênito, o primeiro filho, aquele que iria dar seguimento ao teu nome...
E você me matou.
Destruiu meus sonhos, meu desejo de ser feliz...
Adeus, agora, não sinto mais dor...
Não estou chorando...
Meu Pai do Céu me amparou...
Agora, durmo um sono tranquilo, não tenho mais pesadelos...
E quando chegar tua velhice pai, lembre desse teu filho que você não quiz amar...
Que os anjos protejam minha vózinha Jussara e, que dê forças para ela continuar sem mim e minha mãezinha...
E, algum dia, espero rever a todos que, de alguma forma, me amaram...
Enquanto esse dia não chega, sejam felizes, sem mim...

"Esse tipo de crime perdura até hoje na sociedade brasileira, assim como o caso de Isabella Nardonni e outras crianças que tinham uma vida inteira pela frente".

Quem leu ate o final deixe compartilhe por favor!

Obs: Esse texto não se trata de uma psicografia do menino Bernardo, apenas uma reflexão sobre o caso.

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

"COMO É FEITO O SOCORRO DOS ESPÍRITOS NO UMBRAL?"

Também existem postos de socorro na Terra:

São destinados a socorrer e orientar espíritos recém-desencarnados. Pessoas que acabam de morrer costumam ficar totalmente desorientadas. Muitas não sabem que estão mortas. É fácil imaginar o sentimento horrível e a loucura que uma pessoa nesta situação pode passar. Estes postos estão localizados no mundo invisível exatamente no mesmo local onde estão hospitais, cemitérios, sanatórios, presídios, igrejas, centros espíritas etc. São nestes locais onde se pode encontrar o espírito de pessoas que acabam de desencarnar ou que estão procurando algum tipo de ajuda.

Os Samaritanos

Os samaritanos, que também são chamados de missionários, socorristas e emissários, são trabalhadores dos postos de socorro que saem em caravanas pelo Umbral e pela crosta do Planeta Terra à procura de pessoas e socorrem os que pedem auxílio. Se vestem com capas e gorros de cor bege ou marrom-claro e botas altas. Desta forma peregrinam pelo Umbral sem serem percebidos. Muitas vezes são invisíveis aos sentidos de espíritos de baixa vibração. Existem relatos onde os samaritanos contam com a ajuda de cavalos para percorrer distâncias maiores e cães que são utilizados como proteção.

Outros relatos falam sobre a existência de veículos especiais chamados de Aeróbus*.

Raras são as excursões em que não ocorrem ataques aos samaritanos. São atacados por espíritos maldosos que podem se transfigurar em criaturas horrendas com o intuito de intimidar e amedrontar as caravanas. Os que atacam jogam pedras, paus, lama, matéria podre e alguns chegam a construir armas que não fazem qualquer efeito aos samaritanos.
Para defesa utiliza-se ainda redes de proteção e armas que emitem eletricidade. Ao serem atingidos por este tipo de raio o espírito entra em um processo semelhante ao da morte, pois lhe faz relembrar todo sofrimento que passou em sua mais recente desencarnação. Com medo, muitos espíritos só tentam intimidar, e muitas vezes se afastam em desespero.
Existem situações em que os Samaritanos precisam resgatar pessoas dentro das populosas cidades do Umbral.
A forma como fazem isto depende do tipo de cidade. Existem casos em que pedem autorização aos lideres da região. Em outros a pessoa a ser resgatada não é de interesse dos moradores da cidade e neste caso não existe problema algum em entrar e levar estas pessoas. Existem ainda situações em que precisam utilizar disfarces ou entrarem sem serem vistos pelos habitantes do local. Em situações de perigo podem mudar de vibração, se tornando invisíveis. Desta forma não podem ser capturados pelos espíritos trevosos do Umbral. Muitos habitantes do Umbral sabem quem são e o que podem fazer e mantêm um ar de respeito quando estão presentes.
Ao resgatarem algumas dezenas de espíritos, os samaritanos retornam ao seu posto de socorro.
São verdadeiros farrapos humanos, alguns seminus, outros com suas roupas em trapos e o corpo imundo e ferido. No posto os espíritos são tratados e orientados. O tratamento pode levar alguns dias ou alguns meses. Continuam livres e podem optar por retornar ao Umbral ou seguir para uma Colônia, onde terminarão seu tratamento e passarão a frequentar aulas e cursos para que se informem sobre sua atual situação após a morte.
Um espírito só pode ser ajudado pelos samaritanos quando deseja com sinceridade ser ajudado. Não se pode ajudar ninguém à força. Não se perde tempo resgatando espíritos revoltados, pois se não querem mudar, não poderão mudar à força. Sua revolta ainda poderá atrapalhar os trabalhos e a recuperação de outros espíritos dentro dos postos e hospitais.
Existem casos em que os espíritos se encontram em níveis tão baixos de vibração que não conseguem ver e se comunicar com os samaritanos.
Desta forma não podem ser ajudados. Relatos mostram que em determinados casos os samaritanos podem convencer o espírito a ter vontade de melhorar, de ser socorrido e ajudado. É possível mostrar a estes espíritos imagens das colônias e da felicidade e paz que poderá ter. Este trabalho de convencimento pode passar pelo uso da força. É o caso de fazer o espírito se recordar do sofrimento, dor e angústia que passou no passado, fazendo o mesmo desejar sair daquela situação.
São muitos os espíritos que, mesmo em estado deplorável no Umbral, preferem continuar na vida em que estão.
Isto não é muito diferente do que existem aqui na Terra. Uma parcela dos moradores de rua, mendigos, idosos e crianças continuam nas ruas por opção. Não suportam os abrigos, a limpeza, a organização, a necessidade de obedecer a alguém. Preferem viver livres de qualquer lei, norma, organização, junto da miséria. Infelizmente só se pode ajudar alguém quando este alguém quer realmente ser ajudado.

Fonte: Espirit book

terça-feira, 14 de agosto de 2018

"UMBRAL, O VERDADEIRO ESTÁ INFERNO DENTRO DE SUA MENTE !"

Umbral - Nome atribuído a uma localidade do chamado “astral inferior”, onde se estabelecem os espíritos de baixa vibração espiritual, que precisam pagar por infrações cometidas contra as leis de Deus. Em geral …

► suicidas,
► homicidas,
► almas desajustadas
► e cometedoras de graves delitos.

Sua descrição não foge muito as descrições dantescas do inferno. E aí pode estar uma das razões da lenda de um inferno de fogo e enxofre. Porém a realidade dos espíritos que expiam no umbral é bem diferente e por que não dizer bem pior que a do inferno católico:

O espírito, não raro, sofre incessantemente com a visão de seu suicídio ou de seus crimes. Ás vezes, por anos a fio, revê sem parar o instante em que com um tiro tirava a própria vida, sente a carne sendo dilacerada pelo projétil, vê a condição desamparada de seus filhos que porventura tenha deixado, é constantemente acusado de assassino, numa guerra psicológica fora de nossa compreensão.
Muitas vezes sente fome ou sede insuportáveis, as vezes por anos seguidos.
Sente frio ou calor inenarráveis.
E muito freqüentemente sentem o seu próprio corpo sendo consumido pelos vermes, o vê se deteriorando e sente todas as sensações decorrentes deste estado de putrefação.
O umbral se caracteriza, na linguagem dos espíritos, como um lugar de extremo sofrimento, “de choro e ranger de dentes”. Muitas vezes o espírito, tão ignorante, desencarna, passa ali vários anos e mesmo assim ignora sua condição desencarnado. Segundo as descrições dos espíritos, o umbral é a sede dos espíritos de baixo desenvolvimento espiritual da terra , e sua descrição é, não raro, de um lugar de trevas povoado de dor, gritos de sofrimento, gemidos, de um insuportável cheiro pútrido, o que já é suficiente para caracterizar o nível moral dos que ali residem. Essa descrição deve ser tomada como uma constante, pois o umbral, como já relatado alhures, se trata do nome do lugar onde existem essas características básicas e para onde os espíritos inferiores são encaminhados para resgatar dívidas, crimes e infrações.
Fonte: ESPIRIT BOOK



"COMUNICAÇÃO DE UM ATEU SUICIDA DESENCARNADO! QUAL A SITUAÇÃO DELE NO MUNDO ESPIRITUAL ?"

M. J.-B. D... era um homem instruído, mas em extremo saturado de idéias materialistas, não acreditando em Deus nem na existência da alma. A pedido de um parente, foi evocado dois anos depois de desencarnado, na Sociedade Espírita de Paris.

1. Evocação.
— R. Sofro. Sou um réprobo.

2. Fomos levados a evocar-vos em nome de parentes que, como tais, desejam conhecer da vossa sorte. Podereis dizer-nos se esta nossa evocação vos é penosa ou agradável?
— R. Penosa.

3. A vossa morte foi voluntária?
— R. Sim.

O Espírito escreve com extrema dificuldade. A letra é grossa, irregular, convulsa e quase ininteligível. Ao terminar a escrita encoleriza-se, quebra o lápis e rasga o papel.

4. Tende calma, que nós todos pediremos a Deus por vós.
— R. Sou forçado a crer nesse Deus.

5. Que motivo poderia ter-vos levado ao suicídio?
R. O tédio de uma vida sem esperança.

6. Quisestes escapar às vicissitudes da vida... Adiantastes alguma coisa? Sois agora mais feliz?
— R. Por que não existe o nada? [ essa é a pergunta que o espírito faz aos médiuns]

7. Tende a bondade de nos descrever do melhor modo possível a vossa atual situação.
— R. Sofro pelo constrangimento em que estou de crer em tudo quanto negava. Meu Espírito está como num braseiro, horrivelmente atormentado.

8. Donde provinham as vossas idéias materialistas de outrora?
— R. Em anterior encarnação eu fora mau e por isso condenei-me na seguinte aos tormentos da incerteza, e assim foi que me suicidei.

9. Quando vos afogastes, que idéias tínheis das conseqüências? Que reflexões fizestes nesse momento?
— R.Nenhuma, pois tudo era o nada para mim. Depois é que vi que, tendo cumprido toda a sentença, teria de sofrer mais ainda.

10. Estais bem convencido agora da existência de Deus, da alma e da vida futura?
— R. Ah! Tudo isso muito me atormenta!

11. Tornastes a ver vosso irmão?
— R. Oh! não.

12. E por que não?
— R. Para que confundir os nossos desesperos? Exila-se a gente na desgraça e na ventura se reúne, eis o que é.

13. Incomodar-vos-ia a presença de vosso irmão, que poderíamos atrair aí para junto de vós?
— R. Não o façais, que o não mereço.
14. Por que vos opondes?
— R. Porque ele também não é feliz.

15. Receais a sua presença, e no entanto ela só poderia ser benéfica para vós.
— R. Não; mais tarde...

16. Tendes algum recado para os vossos parentes?
— R. Que orem por mim.

17. Parece que na roda das vossas relações há quem partilhe das vossas opiniões. Quereis que lhes digamos algo a respeito?
— R. Oh! os desgraçados! Assim possam eles crer em outra existência, eis quanto lhes posso desejar. Se eles pudessem avaliar a minha triste posição, muito refletiriam.

(Evocação de um irmão do precedente, que professava as mesmas teorias, mas que não se suicidou. Posto que também infeliz, este se apresenta mais calmo; a sua escrita
é clara e legível.)

O Céu e o Inferno.
Fonte: ESPIRIT BOOK



segunda-feira, 13 de agosto de 2018

"AS OBRAS DA VIRGEM MARIA NO PLANO ESPIRITUAL"

Há diversas mensagens e descrições sobre as obras de Maria no plano espiritual relatadas em obras psicografadas por Chico Xavier e Yvonne A. Pereira. Existem citações importantes a respeito dos trabalhos sublimes realizados junto aos sofredores e oprimidos nas esferas umbralinas.
O livro Ação e Reação, ditado por André Luiz, mostra o poder da prece à Maria que diz:
“Mãe Santíssima! Anjo Tutelar dos náufragos da Terra, compadece-te de nós e estende-nos tuas mãos doces e puras! ...
Sabemos que o teu coração compassivo é luz para os que tresmalham nas sombras do crime e amor para todos os que mergulham nos abismos do ódio...
Mãe, atende-nos!
Estrela de nossa vida, arranca-nos da escuridão do vale da morte! ...”.
Mais adiante nas páginas 155-158, André Luiz descreve a sua visita ao santuário Mansão da Esperança, situada em regiões de extrema dor no plano espiritual. O livro Memórias de um Suicida psicografado pela médium Yvonne A. Pereira, pelo espírito de Camilo Cândido Botelho (cognome do suicida e escritor português Camilo Castelo Branco), descreve a tarefa da Legião dos Servos de Maria na ajuda aos suicidas. Vejamos alguns trechos das descrições citadas na obra através de Camilo, espírito em sofrimento na época:
“Imaginais uma assembléia numerosa de criaturas disformes - homens e mulheres- caracterizada pela alucinação de cada uma, correspondente a casos íntimos, trajando, todos, vestes como que empastadas do lodo das sepulturas, com feições alteradas e doloridas estampando os estigmas de sofrimento cruciantes! Imaginai uma localidade, uma povoação envolvida em densos véus de penumbras, gélida e asfixiante, onde se aglomerassem habitantes de além-túmulo abatidos pelo suicídio, ostentando, cada um, o ferrete infame do gênero de morte escolhido no intento de ludibriar a Lei Divina - que lhes concedera a vida corporal terrena como precioso ensejo de progresso, inavaliável instrumento para a remissão de faltas gravosas do pretérito!...
Porém, mesmo em lugar tão terrível, a misericórdia de Deus se manifesta: periodicamente, singular caravana visitava esse antro de sombras. Vinha à procura daqueles dentre nós cujos fluídos vitais arrefecidos pela desintegração completa da matéria, permitissem locomoção para as camadas do invisível intermediário, ou de transição. Supúnhamos tratar-se, a caravana, de um grupo de homens. Mas na realidade eram espíritos que estendiam a fraternidade...
Senhoras faziam parte dessa caravana - Legião dos Servos de Maria.
Entravam aqui e ali, pelo interior das cavernas habitadas, examinando seus ocupantes. Curvavam-se, cheias de piedade, junto das sarjetas, levando aqui e acolá algum desgraçado tombado sob o excesso de sofrimento; retiravam os que apresentassem condições de poderem ser socorridos e colocavam-se em macas conduzidas por varões que se diriam serviçais ou aprendizes”.

O Hospital de Maria de Nazaré

Passaram-se os anos e finalmente Camilo tem condições de ser socorrido e é transferido para o hospital Maria de Nazaré. Vejamos o que ele nos narra: “Depois de algum tempo de marcha, durante o qual tínhamos a impressão de estar vencendo grandes distâncias, vimos que foram descerradas as persianas, facultando-nos possibilidade de distinguir no horizonte ainda afastado, severo conjunto de muralhas fortificadas, enquanto pesada fortaleza se elevava impondo respeitabilidade e temor na solidão de que se cercava...
Edifícios soberbos impunham-se à apreciação, apresentando o formoso estilo português clássico, que tanto nos falava à alma. Indivíduos atarefados, neles entravam e deles saiam em afanosa movimentação, todos uniformizados com longos aventais brancos, ostentando ao peito a cruz azul-celeste ladeada pelas iniciais: L.S.M. Dir-se-iam edifícios, ministérios públicos ou departamentos. Casas residenciais alinhavam-se, graciosas e evocativas na sua estilização nobre e superior, traçando ruas artísticas que se entendiam laqueadas de branco, como que asfaltadas de neve.
À frente de um daqueles edifícios parou o comboio e fomos convidados a descer. Sobre o pórtico definia-se sua finalidade em letras visíveis: Departamento de Vigilância. Tratava-se da sede do Departamento onde seríamos reconhecidos e matriculados pela direção, como internos da Colônia. Daquele momento em diante estaríamos sob a tutela direta de uma das mais importantes agremiações pertencentes à Legião chefiada pelo grande Espírito Maria de Nazaré, ser angélico e sublime que na Terra mereceu a missão honrosa de seguir, com solicitudes maternais, Aquele que foi o redentor dos homens!...
A um e outro lado destacavam-se outras em que setas indicavam o início de novos trajetos, enquanto novas inscrições satisfaziam a curiosidade ou necessidade do viajante: À direita- Manicômio, À esquerda- Isolamento. Ao contrário das demais dependências hospitalares, como o Isolamento e o Manicômio, o Hospital Maria de Nazaré, ou “Hospital Matriz”, não se rodeava de qualquer barreira. Apenas árvores frondosas, tabuleiros de açucenas e rosas teciam-lhe graciosas muralhas...”.

A Mansão da Esperança

A Legião dos Servos de Maria mantém também no plano espiritual outras instituições, em clima vibratório mais ameno.Uma dessas instituições é a Mansão da Esperança.
Camilo diz,“Não me permitirei à tentativa de descrever o encanto que se irradiava desse bairro onde as cúpulas e torres dos edifícios dir-se-iam filigranas lucidando discretamente, como que orvalhadas, e sobre as quais os raios do Astro Rei, projetados, em conjunto com evaporações de gases sublimados, emprestavam tonalidades de efeitos cuja beleza nada sei a que possa comparar! Emocionados, detivemo-nos diante das escolas que deveríamos cursar. Em tudo, porém, desenhava-se augusta superioridade, desprendendo sugestões grandiosas, inconcebíveis ao homem encarnado.
Aqui e ali, pelos parques que bordavam a cidade, deparávamos turmas de alunos ouvindo seus mestres sob a poesia dulcíssima de arvoredos frondosos, atentos e inebriados como outrora teriam sido, na Terra, os discípulos de Sócrates ou de Platão, sob o farfalhar dos plátanos de Atenas; os iniciados de Pitágoras e os desgraçados da Galiléia e da Judéia, os sofredores de Cafarnaum ou Genesaré, embevecidos ante a intraduzível magia da palavra messiânica!

A hora da Ave-Maria

Na terra quando o sol se põe, muitos elevam suas preces à Mãe de Jesus. No plano espiritual também assim acontece. A suavidade do crepúsculo, as estrelas que principiam a surgir, a natureza que silencia, tudo convida ao recolhimento
Acreditamos que isso que acontece na terra é reflexo de uma atitude muito maior e mais profunda que ocorre no Mundo dos Espíritos...”



FONTE: MANANCIALDELUZ.BLOGSPOT.COM.BR

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“INFERTILIDADE E FERTILIZAÇÃO ASSISTIDA: UMA VISÃO ESPIRITA.”

Infertilidade e Fertilização Assistida (Uma Visão Espírita)
Por Edson G. Tristão
Em 25 de julho de 1978, nascia em Bristol, na Inglaterra Louise Brown, o primeiro bebê de proveta do mundo. O método, idealizado pelo pesquisador britânico Robert Geoffrey Edwards, consiste em fertilizar o óvulo pelo espermatozoide em laboratório, e depois introduzi-lo no útero, para que o embrião se desenvolva. A técnica passou a se chamar FIV (Fertilização In Vitro).
Esse fato assombrou a Humanidade e, ao mesmo tempo, trouxe esperança para milhares de casais que não podiam procriar, e não são poucos. A Organização Mundial da Saúde relata que de cada cem casais, vinte têm dificuldades para ter filhos.
A Sociedade Europeia de Reprodução Humana e de Embriologia (ESHRE) calcula que já existam, nos dias de hoje, mais de cinco milhões de pessoas que nasceram por essa técnica. Informa também que devem nascer, anualmente, mais de trezentas e cinquenta mil crianças, concebidas pelas diversas técnicas de fertilização assistida.
Enquanto os casais inférteis regozijavam com a possibilidade da procriação, elevaram-se vozes no mundo inteiro chamando atenção quanto às consequências que esses métodos poderiam trazer. A fabricação de embriões não iria favorecer o comércio ilegal desse novo produto? Essa era apenas a primeira de muitas dúvidas que viriam, à medida em que as técnicas fossem se multiplicando. Os questionamentos éticos, culturais, biológicos, psicológicos e religiosos apareceram de todos os lados, chegando inclusive na área jurídica. A multiplicação das técnicas de fertilização assistida teve vários desdobramentos e hoje, em muitos países, é utilizada a doação de material genético, criopreservação de embriões, diagnóstico genético antes da implantação, doação temporária de útero, além das pesquisas em embriões. A norma ética para ser cumprida em todas essas atividades é respeitar a autonomia e o direito reprodutivo dos casais (beneficência), não desrespeitar o embrião, e preocupar-se com os interesses da criança (não-maleficência).
Todos esses mecanismos reprodutivos passam por um questionamento básico: em que momento começa a vida? Karl Ernst Van Baer, biólogo, geólogo, médico e o fundador da embriologia, que viveu na Estônia (Império Russo) entre 1792-1876, afirmava: A vida começa com a fecundação.
O Dr. Keith L. Moore(1), autor de renomados compêndios de embriologia, usados na maioria das universidades ensina: O ovo ou zigoto é uma célula resultante da fertilização de um ovócito por um espermatozoide, e é o início de um ser humano.
A Dra. Magdalena Zernicka-Goetz(2), do departamento de neurociências da universidade de Cambridge, publicou na revista Biology, uma das mais conceituadas do mundo, uma Revisão Molecular Celular, concluindo que A vida é um continuum!!! A primeira divisão do zigoto não se dá por acaso mas já define o nosso destino e todas as características que vamos desenvolver. Esta afirmação é importante para a comunidade espírita, pois já nos faz entender a presença do períspirito coordenando esta divisão e multiplicação celular. A matéria não poderia se diferenciar em células especializadas, partindo de uma única célula primitiva, para constituir os vários tecidos e órgãos do corpo físico caso não tivesse uma matriz. Ela é que exerce essa função e foi chamada por Kardec de períspirito. Esse termo tem registrado seu primeiro uso em O Livro dos Espíritos(3):
O laço ou perispírito que une o corpo e o Espírito, é uma espécie de envoltório semimaterial. A morte é a destruição do envoltório mais grosseiro. O Espírito conserva o segundo que constitui para ele um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, mas que pode se tornar acidentalmente visível e mesmo tangível, como sucede nas aparições.
Qual seria o entendimento do Espiritismo para definir em que momento começa a vida?
Na questão 344, de O Livro dos Espíritos, a resposta é bastante clara: A união começa na concepção (…) Desde o momento da concepção, o Espírito designado para habitar tal corpo a ele se liga por um laço fluídico que vai se apertando cada vez mais, até que a criança nasça.(…)
Estão aí, doutrina espírita e ciência, lado a lado, com a mesma concepção do início da vida humana. Qualquer afirmação, fora desse contexto, deve ser entendida como especulação ou opinião pessoal.
Nesse caso, o embrião passa a ter os mesmos direitos que uma pessoa. É merecedor de todo respeito e deve ser protegido contra qualquer agressão à sua saúde. Uma das maiores dúvidas a respeito da Fertilização In Vitro é a questão do embrião ser produzido em laboratório, podendo ser transferidos para outra pessoa que não a mãe, os cuidados com ele. Ficaria vulnerável, podendo ser descartado, congelado ou utilizado em pesquisas.
Outro dilema é referente ao congelamento dos embriões. Aproximadamente um terço das pacientes produz excesso deles, que acabarão congelados. Isso é feito para possibilitar seleções e transferências no caso de novas gestações. Este ato vai de encontro à dignidade do embrião, pois muitos acabam não sobrevivendo ao processo de congelamento e descongelamento. Eles podem ficar congelados por muitos anos. Há relatos de nascimentos após dez anos de congelamento. A dúvida que muitos têm: Existem espíritos nos embriões congelados?
O períspirito funciona como um modelo organizador biológico e ele deverá estar presente no embrião, para coordenar a diferenciação celular. Caso contrário, a matéria se tornaria um amontoado, sem forma. A situação de cada um, no entanto, pode variar, de acordo com a necessidade ou a evolução.
Para Eurípedes Kuhl(4), poderia haver várias possibilidades: a) Espírito voluntário que se ofereceu para o progresso da ciência; b) Semimorto. Padecem de sono pesado, como descrito no livro Nosso Lar(5); c) Ovoide. Espírito que passou pela segunda morte como relatado no livro Libertação(6); d) em alguns casos, pelo maior desenvolvimento espiritual, o Espírito que está renascendo pode ter graus maiores de liberdade. Dessa forma, ele pode realizar atividades no plano espiritual, enquanto seu corpo estiver congelado. Existe ainda a possibilidade de crianças natimortas, às quais não foram destinadas a encarnação de um Espírito (questão 356 de O livro dos Espíritos). Conclui-se, portanto, que os embriões congelados estão ligados a um Espírito, que pode estar sofrendo pelo uso indevido do seu corpo.
As crianças nascidas por fertilização assistida teriam o mesmo comportamento psicológico daquelas que não nascessem por essa técnica? Existem alguns trabalhos na literatura, dentre eles um realizado na França(7) com 422 crianças nascidas por FIV e a idade variando entre 6 a 13 anos. Observou-se rendimento escolar acima da média; 2,2% eram superdotados. Outro foi realizado na China(8). Foram avaliados 250 jovens nascidos de embriões congelados, e eles apresentaram mais sociabilidade, maior independência e melhores condições de comunicação. A provável explicação para esses fatos seria o maior grau de atenção e carinho que essas crianças receberam dos pais, além do bom nível socioeconômico desses genitores.
A fertilização assistida também veio contribuir para que os casais homossexuais, através da gestação de substituição (barrigas de aluguel) possam ter seus próprios filhos. Muitas vezes as discussões sobre esses novos modelos familiares geram dúvidas. Não é possível encontrarmos respostas para todas elas. Nesses casos, deve-se lembrar que o amor supera qualquer tipo de reação ou incompreensão.
Em todas essas situações de gravidez, pela via natural ou fertilização assistida, está envolvido ainda o fator psicológico. Ele se transforma em tensão e evolui para depressão quando as coisas não caminham como era esperado. O casal pode enfrentar esse tipo de situação, prestando, por exemplo, trabalhos voluntários em hospitais infantis, creches, orfanatos, evangelização, apadrinhamento de crianças carentes. Atividades como essas favorecem o desbloqueio de centros genésicos, muitas vezes alterados por condutas anteriores desequilibradas, contribuindo para a gravidez.
E quando os filhos não vêm? A convivência sem eles vai testar mais profundamente a maturidade espiritual e psicológica do casal. A decisão também de enfrentar as várias possibilidades da fertilização assistida pode ir de encontro às crenças de cada um, à cultura familiar e meio social.
A família não é somente aqueles que têm laços de sangue. Algumas vezes, o reencontro entre os que estão na Terra e os familiares do plano espiritual pode ocorrer por vias indiretas. O orgulho e egoísmo, ainda presentes em nossos corações, dificultam identificar a situação que pode estar à nossa frente. A adoção sempre poderá ser uma possibilidade, desde que o casal esteja preparado para esse desafio.
É necessário que cada um possa fazer a si próprio uma pergunta: Qual a função dos filhos? Qual o significado da família?
Os filhos são Espíritos, sintonizados conosco nesta ou em outra existência e que agora se aproximam para convivência, de várias formas, a fim de aprimorar seus conhecimentos, emoções e sentimentos. Com toda certeza essa responsabilidade nos será cobrada um dia.
Como ficará o futuro? É possível que se possa nascer através do útero artificial. Ranieri relata uma afirmação do saudoso Chico Xavier: A ciência vai desenvolver o ser humano no laboratório. Os cientistas vão fabricar um enorme útero e dentro dele vão gerar o ser. Pode demorar 200 a 400 anos, mas isso vai acontecer. Libertarão finalmente a mulher do parto.
A doutrina espírita é a favor das novas descobertas. Cobra, no entanto, a ética com os embriões, defende suas vidas e condena o aborto. Esclarece os cientistas sobre a imortalidade, renascimento e o início da vida humana. É a religião e a ciência caminhando juntos.
Fonte: www.espiritbook.com.br/



Referências:
  1. MOORE, Keith L. Embriologia Clínica. Elsevier Brasil, 8ª. ed., 2008.
    2. ZERNICKA-GOETZ, M. Nature, Review Molecular Cell. Biology, v. 6 (12), 919-928, 2005.
    3. Kardec, Allan. O livro dos Espíritos. São Paulo: LAKE, 2012. Introdução, item VI.
    4. Khul, Eurípedes. Genética além da Biologia. Belo Horizonte: Fonte Viva, 2003.
    5. Xavier, Francisco Cândido. Nosso lar. Pelo Espírito André Luiz. Brasília: FEB, 2009. cap. 27.
    6. ______Libertação. Pelo Espírito André Luiz. Rio de Janeiro: FEB, 1971. cap. 6.
    7. Folha de São Paulo, 10/02/1996.
    8. Lan Feng Xing. Universidade de Ahejiang, 2014.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...