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quinta-feira, 17 de outubro de 2019

''ESPÍRITOS DE PESSOAS VIVAS''

Um tempo atrás, quando saía do Centro Espírita, um senhor abordou-me para narrar curioso fato. Aspas pra ele:
“Participava de uma reunião de estudos de O livro dos médiuns e, certa vez vi um Espírito ao lado do coordenador do curso. O Espírito pedia que eu dissesse ao coordenador do curso para perdoá-lo.
Ao final da reunião abordei o coordenador do curso e narrei o fato. Ele, por sua vez, emocionado, começou a chorar e informou:
Trata-se de meu pai que se encontra enfermo numa cidade do interior. Obrigado pelo recado, irei até lá conceder-lhe o perdão para que possa partir em paz.
E assim foi feito, dois dias depois de receber a visita do coordenador do curso, seu pai desencarnava, de forma mais leve, levando consigo o abençoado perdão do filho.”
Algumas pessoas poderão estranhar o fato do médium ter visto um Espírito que ainda não havia “batido as botas”, resumindo, que se encontrava no mundo dos “vivos”, até porque, quando se fala em interação com os Espíritos, a primeira ideia que se tem é a de que esses Espíritos já deram “adeus” à matéria.
Será possível um médium ver e interagir com o Espírito de uma pessoa viva?
Kardec diz que sim.
Em O livro dos médiuns, no capítulo VII, a espiritualidade traz-nos diversos relatos em que médiuns viram os Espíritos de pessoas “vivas” e com eles interagiram de alguma forma.
A explicação dada por Kardec é a de que o períspirito dos desencarnados e encarnados possuem as mesmas propriedades, podendo, portanto, manifestarem-se, aqui ou alhures, sem quebrar qualquer dispositivo das leis naturais.
No caso em questão, o pai do coordenador do curso já estava com os laços que prendem o Espírito ao corpo físico mais frouxos por conta da enfermidade, o que, por certo, facilitou a “escapulida” do Espírito para transmitir-lhe o recado.
Fato é que a bondade de Deus, pelos mais diversos meios, faculta a seus filhos as oportunidades de reconciliação.
E a mediunidade, portanto, é uma dessas ferramentas que possibilita o encontro dos seres que, por algum motivo, desencontraram-se por conta das ciladas da vida.
Wellington Balbo
Fonte: Agenda Espírita Brasil

''CONFLITOS HUMANOS''

A agressividade e a violência comportamental são traços da personalidade humana, nos mais diversos graus, resultantes dos resquícios da nossa animalidade ancestral.
Ao atingir a civilização o ser humano viu-se na condição de convivência com um número cada vez maior de outros seres humanos, seus irmãos, mas destituído de valores superiores continuou fazendo uso da lei do mais forte, fundamentada no mais arraigado egoísmo.
Deixando-se levar pelos instintos de conservação e de sobrevivência mantém-se, ainda hoje, longe da realidade espiritual, buscando a segurança íntima no sucesso da conquista material, que ainda defende com ferocidade, e também a posição social que redunda em ganhos imediatos para a personalidade encarnada.
Este comportamento se faz presente, embora passados dois mil anos da implantação da Lei de Amor por Nosso Senhor Jesus Cristo.
Alheio a sua condição de espírito imortal, e inconsciente quanto à brevidade da vida física, age como se o poder e as circunstâncias sempre se lhe obedecessem. Ignorante com relação à lei de progresso que rege a vida do espírito ignora também as características pessoais dos seus irmãos em Deus, entendendo que toda divergência em relação aos seus valores trata-se de agressão que precisa ser rebatida, até mesmo a título de educar o oponente.
Decorre então todo tipo de agressão, direta e indireta, verbalmente ou pelas vias de fato, sempre chamando para si a razão e o direito de fazê-lo.
Dos pequenos conflitos do dia a dia, até as guerras que envolvem nações, a motivação é a mesma.
Em O Livro dos Espíritos encontramos esclarecimentos a respeito:
Questão 742 – Qual é a causa que leva o homem à guerra?
– Predominância da natureza selvagem sobre a espiritual e satisfação das paixões. No estado de barbárie, os povos conhecem apenas o direito do mais forte; é por isso que a guerra é para eles um estado normal. Contudo, à medida que o homem progride, ela se torna menos frequente, porque evita as suas causas, e quando é inevitável sabe aliar à sua ação o sentimento de humanidade.
Questão743 – A guerra desaparecerá um dia da face da Terra?
– Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus; então, todos os povos serão irmãos.
Não só os grandes conflitos que envolvem nações, mas também as pequenas guerras que travamos com o próximo desaparecerão da face da Terra, mais dia menos dia. É questão de tempo. E de esforço pessoal para vencer os desequilíbrios emocionais que abrem portas para o desenrolar das paixões.
O Senhor Jesus nos adverte há quase dois mil anos:
“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”. (1)
“Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”. (2)
A mansidão será característica imprescindível aos espíritos que permanecerão na Terra na passagem desta para a condição de Planeta de Regeneração, e por “mansos” entende-se também pacíficos, que conscientes da responsabilidade pessoal em relação aos talentos adquiridos, trabalharão para a implantação definitiva da paz entre os homens, que resultará na paz entre os povos e nações.
Pensemos nisso.
Antônio Carlos Navarro
Referências:
(1) Mt 5:5
(2) Mt 5:9

''OS MÉDIUNS NÃO DEVEM SER IDOLATRADOS.''

*NÃO IDOLATRE MÉDIUNS*
A mediunidade, para a maioria das pessoas, constitui-se do que se convencionou chamar de mediunidade de prova, ou seja, *surge na vida de alguém como meio para quitar antigos débitos com o passado*.
Por esta razão, *não há mistério algum em dizer que a maioria dos médiuns são espíritos ainda inferiores, portadores de chagas morais desoladoras*.
A Misericórdia Divina, infinita, *permite venhamos à Terra em tarefa de trabalho espiritual como medida saneadora de nossas próprias imperfeições à medida que pagamos o mal com o bem*.
Se os médiuns são, na maioria das vezes, espíritos inferiores, com pesadas dívidas com o passado, se comportarão santamente na Terra? Serão exemplos de virtudes? *Certamente, a maioria não*...
A imensa maioria lutará dia e noite *contra suas sombras interiores, contra os arrastamentos que existem dentro de si, esfomeados, buscando apenas uma brecha para fazer ressurgir o homem velho que estava trancafiado, porém, não morto*...
Por esta razão, é preciso ter muito cuidado para não confundir a pessoa (médium) com o exercício da mediunidade e *não pensar, por exemplo, que o médium daquela entidade que você tanto gosta de conversar seja tão evoluído quanto a entidade que por ele se manifesta*.
Embora *seja dever do médium se esforçar em viver tudo aquilo que as entidades falam por sua boca, a realidade é que, não raro, a personalidade dele e da entidade destoam tanto que os consulentes menos avisados chegam a se assustar quando o conhecem mais de perto*.
É preciso lembrar que a *potencialidade mediúnica não guarda relação com a moral e que um médium muito bom não necessariamente é uma pessoa muito boa*. Apenas o exercício mediúnico – e seus frutos - é que revelam o quanto o *médium está ou não compromissado com a moral e o quanto sua faculdade será capaz de render*.
Por esta razão, *devemos ter prevenções em relação à bajulação em torno de algum médium e muito menos tolerância em relação à idolatria*.
Se eu mesmo, que não sou nada, já foi chamado várias vezes de mestre, imagina com que lisonja não são tratados alguns médiuns, especialmente se portadores de faculdade mediúnicas expressivas?
Conta-se que a esposa de Peixotinho (que foi um dos maiores médiuns de efeitos físicos da história), certa feita surpreendeu uma pessoa admirada com as faculdades mediúnicas do seu marido, dizendo:
- Peixotinho, você é o maior médium do Brasil!
Foi então que ela disse:
- O senhor se engana... Ele é o maior médium do mundo! Agora, *falta só pendurar uma placa no pescoço dele e aguardar até que tombe... O que ele é na verdade, meu senhor, é um espírito muito endividado e que foi amparado pela bondade Divina com essa tarefa mediúnica*.
*É preciso cortar o mal pela raiz!*
Entre as chagas mais comuns dos médiuns *está a vaidade e quando o médium é vaidoso, não faltarão entidades infelizes que soprarão isso em seus ouvidos ao mesmo tempo em que instigarão nos consulentes, especialmente os que possuem baixa autoestima e excessiva carência, o ímpeto da bajulação e, não raro, o médium vaidoso estará sempre cercado de bajuladores!*
*Quando o médium erra, os bajuladores se afastam*.
*Os admiradores viram as costas. A língua ferina não tarda em chicotear e o médium se revolta, sentindo-se vítima de ingratidão*...
*Por esta razão, advirto*:
- Médium, *não se sinta superior aos demais por conta da faculdade mediúnica que você possui, pois bastaria um sopro Divino para tirá-la*.
*Não deixe os bajuladores transferirem para você as afeições e gratidões que são direcionadas às suas entidades*.
*Sinta-se feliz e honrado pelo trabalho que o ALTO LHE CONFIOU, mas REDOBRE SEUS CUIDADOS em RELAÇÃO à VAIDADE, ao ORGULHO, a GANÂNCIA, a LUXÚRIA e a todo tipo de PAIXÃO INFERIOR que PODE SERVIR DE ISCA às entidades perversas que aguardam o seu tombo!*
Ao consulente, digo:
- Por mais se sinta agraciado pela caridade obtida pelas entidades de um médium, por favor, *não crie maiores expectativas... O médium sob sua vista é um irmão de caminhada, lutando diariamente para ser uma pessoa melhor*....
Elevá-lo a um patamar que *ainda não é de seu merecimento servirá apenas para uma maior queda e decepção de sua parte!*
Saiba *ser grato e reconhecido pelo esforço do companheiro, incentivando-o sempre a continuar com seu trabalho, mas NÃO ALIMENTE NELE o fogo das paixões que, mais rápido do que se pensa, poderá consumi-lo ainda vivo!*
E que a *espiritualidade nos conserve sempre a disposição para reconhecermos o que ainda não somos*!
Leonardo Montes

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...