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quinta-feira, 10 de outubro de 2019

CIRURGIA PLÁSTICA NA VISÃO ESPIRITA.

Perguntaram a Chico Xavier:
          – Você faria uma plástica facial?
          – Claro, se me fosse possível, pois assim não assustaria tanto meus semelhantes.
          A resposta bem-humorada do médium nos conduz à problemática dessa especialidade médica, bastante desenvolvida na atualidade.
          Técnicas modernas tornaram os procedimentos mais simples e acessíveis.
          Há, porém, sob o ponto de vista espiritual, a impertinente questão:
          Será lícita essa iniciativa, buscando-se a beleza física, quando o que importa é o embelezamento espiritual?
          Bem, amigo leitor, costuma-se dizer que para sermos felizes devemos gostar de nós mesmos.
          Obviamente, isso envolve, também, a aparência.
          Razoável, portanto, que a pessoa não satisfeita com seu visual trate de melhorá-lo.
          Argumentam os opositores que seria incensar a velha vaidade humana, tão prejudicial à evolução do Espírito.
          Se assim considerarmos, deveremos renunciar aos cuidados com a roupa, os sapatos, os cabelos, a higiene pessoal.
          Todos apreciam uma pessoa bem trajada, cabelos bem penteados, suave perfume.
          Igualmente desejável boa postura, ar saudável, expressão jovial, harmonia nos traços, ausência das rugas que tanto incomodam a alma feminina.
          Há profissionais que devem observar cuidadosamente esses aspectos: modelos e artistas, por exemplo, cujo trabalho exige apuro com o visual.
          Condenável seria o excesso.
          Vejo pessoas que se submetem a tantas recauchutagens faciais que ficam com a aparência de uma boneca de cera, pele esticada, face inexpressiva.
          Ouvi, certa feita, famosa atriz já na madureza, a proclamar que jamais se submeteria à cirurgia rejuvenescedora facial, por considerar que rugas dão dignidade e respeitabilidade à velhice.
          Exemplar sua postura, embora não devamos levar sua observação a extremos, suprimindo até mesmo os recursos de preservação da saúde.
          Afinal, de certa forma contrariamos a Natureza quando lutamos contra a morte, buscando longevidade.

                                       ***

          Há a questão do carma.
          A cirurgia plástica estaria interferindo na programação cármica.
          Será?
          Consideremos a herança genética.
          Herdamos de nossos pais suas características físicas e não me parece que toda uma ancestralidade tenha enfiado o nariz onde não devia ou não ouviu os avisos da vida, justificando o nariz adunco ou as orelhas de abano.
          Mesmo quando há legítimo problema cármico relacionado com a aparência ou a funcionalidade física, isso não significa que não possamos corrigi-lo ou amenizá-lo.
          Na contabilidade espiritual, quando se trata do pagamento de débitos cármicos, a medicina, com seus avanços, é a própria Misericórdia Divina a nos oferecer generosos descontos, amenizando as dores do resgate.
           Consideremos, ainda, que a dor é apenas o estágio primário no processo de reajuste quando contrariamos as leis divinas e nos comprometemos no mal.
          Num segundo estágio, há os prejuízos que causamos.
          Um exemplo:
          Num exercício de vandalismo, chuto a vitrine de uma loja, fazendo-a em pedaços. No ato, corto a perna e vou parar no hospital.
          Dependendo dos recursos que venha a mobilizar, inclusive cirurgia plástica, posso demorar mais ou menos na recuperação, ficar ou não com cicatriz antiestética ou limitação de movimentos, mas o resgate de minha dívida com o comerciante será o meu compromisso maior.
          Somente estarei liberado quando ressarcir os prejuízos que lhe causei.
          Ainda que ele não necessite dessa reparação, sentir-me-ei em débito com minha própria consciência, obrigando-me a ações compensatórias dirigidas ao bem comum.
           Podemos considerar a cirurgia plástica uma espécie de maquiagem para o homem perecível, sem nenhum efeito na economia do Espírito imortal.
          Portanto, caro leitor, use-a, se o desejar, sem abusar, e lembre-se:
          O bisturi melhora precariamente o visual físico.
          Para melhorar o visual espiritual é preciso usar largamente outro bisturi: o empenho de renovação, extraindo mazelas e imperfeições de nossa alma, mão firme no esforço do Bem.

Richard Simonetti

Portal do Espirito.

''OS ESPIRITAS DEVEM SE ENVOLVER NA POLITICA??

O Brasil vivenciou nas últimas eleições, ocorridas em outubro recente, a maior manifestação histórica em defesa da democracia brasileira.
Nas redes sociais, campanhas a fim de enaltecer ou elevar candidatos desse ou daquele partido, tomaram vulto e inflamaram pessoas de todas as idades, credos, raças e nacionalidades, como nunca antes se havia visto, em todas as redes de comunicação, em uma velocidade incontrolável e desleal, onde, de maneira quase totalitária, prevaleceram os próprios interesses dos envolvidos.
Líderes religiosos e dirigentes governamentais do mundo inteiro se manifestaram sobre a situação política do Brasil e grupos foram criados, a fim de oferecer apoio a pessoas que se agregaram e se protegeram umas das outras, como se a nossa nação, que está fadada a desempenhar o seu papel de “coração do mundo, pátria do Evangelho”, estivesse dividida em dois lados totalmente distintos e inimigos.
Queiramos ou não, quem decide as coisas em um país são os políticos e apesar de muitos de nós, espíritas, dizermos que não suportamos política e que não temos nada a ver com isto, mesmo que não seja esse o nosso desejo, estamos envolvidos nessa grande roda de interesses, que direciona nossas escolhas para aquilo que acreditamos ser melhor para as nossas vidas.
Não estou querendo dizer com isso, que devemos fazer campanha partidária dentro das Instituições Espíritas, ou ressaltar e impor indicações sobre o nosso candidato preferido aos irmãos de ideal. A nossa posição, enquanto divulgadores e estudiosos das verdades espiritas, deve andar junto com a verdade e respeitar a opinião alheia, é o primeiro passo para uma convivência passiva e fraterna tal como nos ensinam os espíritos amigos.
Fatos que vivenciei através da redes sociais e no contato com pessoas, de vários credos religiosos e até espíritas, me mostraram o desrespeito à regras morais, éticas, e de convivência grupal. Segundo os mais afoitos, até Emmanuel, Chico e outros espíritos respeitáveis, indicaram candidatos através de suas mensagens, o que, de acordo com a vontade do expositor, eram exaltados ou denegridos perante a massa, fato totalmente contrário ao exercício da mediunidade exercida com discernimento e seriedade.
De minha parte, vejo esse momento de maneira extremamente preocupante. Ao serem autorizadas para que assim o fizessem, pessoas colocaram para fora suas ideias sobre assuntos que nem deveriam estar em pauta na vivência espírita, de maneira desordenada e deselegante, sem se preocupar se isso estaria ferindo aos seus irmãos de caminhada, assim como as verdades aprendidas desde que Kardec compilou a Doutrina Espírita.
Encontramos no acervo da FEB, Federação Espírita Brasileira, interessante livro que serve de reflexão para o momento que estamos vivendo. Trata-se da obra Espiritismo e política, de Aylton Paiva. Nela, o autor procura demonstrar que, “sob o aspecto filosófico, o Espiritismo tem muito a ver com a Política, já que esta deve ser a arte de administrar a sociedade de forma justa”. Segundo ele, a proposição espírita da lei do progresso é um intenso e profundo desafio para que trabalhemos pela evolução intelectual e moral da humanidade. Com tal objetivo, o espírita deve estimular a sociedade humana a fim de que haja hábitos espiritualizados, desenvolvimento da inteligência e elaboração de leis justas, em benefício de todos.”
Segundo o autor, não se trata de estimular o leitor a participar da política partidária, nem também de afirmar que o espírita deve ou não deve participar, como membro atuante, de uma organização política. Trata-se, simplesmente, de reconhecer o direito de que, como membro de uma sociedade, o espírita escolha, livremente, a sua contribuição para que as relações humanas sejam, progressivamente, melhoradas no sentido da paz, da justiça e do amor fraternal.
Convém lembrar que espíritas respeitáveis atuaram na política. Dentre eles, o médico Adolfo Bezerra de Menezes – Conhecido como o “Médico dos pobres” e como o “Kardec brasileiro”, e que foi Presidente da Federação Espírita Brasileira em 1889 e de 1895 a 1900. Ocupando os cargos de: Vereador, Presidente da Câmara Municipal da Corte e Deputado Geral, sempre agiu em favor da justiça e da honestidade, tendo afirmado Freitas Nobre: “Para nós, a política é a ciência de criar o bem de todos, e nesse princípio nos firmaremos”.
Dentro dessa visão, também concordamos que o Movimento Espírita pode contribuir, e muito, para a solução dos problemas políticos e sociais que surgem durante o nosso processo evolutivo de nossa vida no planeta terra.

Fátima Moura

Correio Espirita.

''AS RELIGIÕES, MUITAS VEZES, MAIS SEPARAM AS PESSOAS DO QUE AS UNEM''

São as religiões que mais nos ajudam na busca da nossa evolução, para que alcancemos, um dia, a perfeição semelhante à de Deus. Mas, para muitas pessoas, a sua religião é a causa principal de seus conflitos com seus irmãos e companheiros dessa nossa jornada evolutiva espiritual terrena. E isso apenas porque suas respectivas religiões são diferentes. Ademais, apesar de umas terem a mesma religião, elas ainda brigam também pelo modo diferente de elas praticarem a mesma religião. É que umas são mais religiosas e outras menos. E as que são mais querem que as que são menos sejam religiosas iguais a elas, o que é u erro, pois, ser muito religioso depende do nível evolutivo espiritual de cada pessoa. Umas brigam até com os padres! E as pessoas, frequentemente, dão mais valor às questões religiosas exteriores como a frequência às cerimônias, quando a verdadeira religião busca mais a religiosidade que é mais interior.
Jesus disse que se uma pessoa estiver no altar fazendo oferendas a Deus e se lembrar de que não está bem com alguém, deve interromper sua oferenda, procurar o seu adversário e reconciliar-se com ele, e só depois, então, é que a pessoa pode voltar ao altar e continuar sua oferenda. (Mateus 5: 23). Esse ensino mostra que estarmos em paz com todas as pessoas é mais importante do que estarmos fazendo oferendas a Deus. É que Deus não precisa de oferendas.
Ele está sempre muito bem e feliz, não precisando, pois, jamais de nada de nós, para que continue muito bem e muito feliz, mesmo porque Ele é imutável. Aliás, se Deus dependesse de nós para ser feliz, Ele estaria perdido, pois, nós somos ainda muito imperfeitos e, portanto, mais inclinados à prática dos males e vícios do que à prática das virtudes. Mas ainda bem que estamos evoluindo. Caímos muito, mas jamais nos faltarão novas chances para nós nos levantarmos. “Sete vezes cairá o justo e se levantará.” (Provérbios 24: 16).
E nossas faltas estão mais relacionadas à ausência de amor ao nosso próximo. Daí que o primeiro mandamento da lei divina ou natural, a dos Dez Mandamentos, manda-nos amar a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo no mesmo nível do amor que temos a nós mesmos. Lembremo-nos de que nós nos amamos a nós mesmos até demais, pois somos muito egoístas! Mas se amarmos de verdade nosso próximo, ou no mesmo grau com que nos amamos, está tudo bem, pois não vamos querer para nós e somente para nós tudo o que de melhor existe.
A etimologia da palavra egoísta é ‘ego’ em latim e que significa eu. O egoísta se considera o tal e pensa que tudo de melhor é com ele! Assim, automaticamente, ele está menosprezando ou desvalorizando seu próximo, o que vale dizer que ele não o está amando como ama a si mesmo, pois está considerando seu próximo inferior a ele.
O objetivo das religiões é nos unir como irmãos e, pois, como filhos de Deus, que é o Pai de Jesus e de todos nós, para que, assim, sejamos todos nós um com Jesus e, por consequência, também, um com Deus Pai. (João 17: 21). Se nossa religião, pois, for um meio de nos separarmos uns dos outros como se vê tanto, é melhor, espiritualmente falando, que a pessoa não tenha nenhuma religião, bastando-lhe a crença em Deus, já que, assim, ela estará melhor, pois em paz com seus irmãos, ela estará também em paz consigo mesma e com o próprio Deus Pai de todos nós!
Autor: José Reis Chaves
Portal do Espirito

TRANSGÊNEROS NA VISÃO ESPIRITA. UM TEXTO DE ESCRITO POR KARDEC HÁ 151 ANOS NA REVISTA ESPIRITA.

Posso até estar enganado ou exagerando, mas acredito que a grande maioria dos espíritas não conhece esta explicação de Kardec, para algo que acontece na humanidade desde os tempos das cavernas. A ciência ainda carece de descobrir o Espírito, quando isso ocorrer, encontrará a resposta que muitos procuram, e não encontram, sem a base reencarnacionista.
Paulo da Silva Neto Sobrinho
“Sofrendo o Espírito encarnado a influência do organismo, seu caráter se modifica conforme as circunstâncias e se dobra às necessidades e às exigências impostas por esse mesmo organismo.
Essa influência não se apaga imediatamente após a destruição do envoltório material, da mesma forma que ele não perde instantaneamente os gostos e hábitos terrenos. Depois, pode acontecer que o Espírito percorra uma série de existências no mesmo sexo, o que faz com que durante muito tempo ele possa conservar, na condição de Espírito, o caráter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa.
Somente quando chegado a um certo grau de adiantamento e de desmaterialização é que a influência da matéria se apaga completamente e, com ela, o caráter dos sexos. Os que se nos apresentam como homens ou como mulheres assim o fazem para nos lembrarmos da existência em que os conhecemos.
Se essa influência da vida corporal repercute na vida espiritual, o mesmo se dá quando o Espírito passa da vida espiritual para a corporal. Numa nova encarnação, ele trará o caráter e as inclinações que tinha como Espírito; se ele for avançado, será um homem avançado; se for atrasado, será um homem atrasado.
Mudando de sexo ele poderá, portanto, sob essa impressão e em sua nova encarnação, conservar os gostos, as inclinações e o caráter inerentes ao sexo que acaba de deixar.
Assim se explicam certas anomalias aparentes, notadas no caráter de certos homens e de certas mulheres.”
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(Allan Kardec » Revista Espírita de 1866 » Mês de Janeiro)

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...