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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

RELACIONAMENTOS EXPIATÓRIOS E DOLOROSOS.

Quando duas pessoas se encontram nos caminhos da Vida e sentem, de forma imediata e automática, uma conexão/atração mútua e irresistível, pode tratar-se de uma situação de um relacionamento cármico entre os dois, que já vem de outras vidas.
O que muitas vezes chamamos de encontro entre “Almas", pode ser nada mais, nada menos, do que um encontro EXPIATÓRIO. Para compreensão do leitor expiação é uma pena imposta ao malfeitor que comete um crime.
A expiação, contudo, representa uma contenção temporária da liberdade individual, necessária à reeducação do Espírito que, melhor utilizando o livre arbítrio, reajusta-se às determinações das leis divinas.
Talvez, por isso é que muitos relacionamentos que, inicialmente pareciam ter tudo para dar certo, acabam de forma dramática e muitas vezes trágica.
Mas porque será que isto acontece? E o que são encontros EXPIATÓRIOS?
Antes de mais, é importante perceber que os relacionamentos que desenvolvemos durante a nossa Vida são cármicos, na sua maioria, e surgem sempre como um aprendizado para ambas as partes. E todos aqueles com quem nos relacionamos são um espelho daquilo que somos por dentro.
A principal característica de um relacionamento cármico baseia-se no facto de que ambos parceiros carregam emoções não resolvidas dentro de si, tais como culpa, medo, dependência, ciúmes, raiva etc, trazidas de outras vidas e que precisam de ser resolvidas na vida atual. E a oportunidade de resolver dá-se exatamente pelo “reencontro” entre as duas almas.
Por causa da “carga” emocional não resolvida, estes dois seres sentem-se atraídos um pelo outro na vida atual e o reencontro entre estas duas almas é então, a oportunidade de resolverem o que ficou pendente e libertarem-se, para uma vivência mais plena e feliz.
Então o que acontece quando duas pessoas assim se encontram?
Dois seres com questões por resolver, quando se encontram sentem uma compulsão, quase que uma emergência em estar mais perto um do outro. Entretanto, depois de algum tempo, por força das questões mal resolvidas, começam a repetir os padrões emocionais dos seus antigos papéis.
A partir deste momento, em que estas duas pessoas começam a repetir os mesmos padrões emocionais que causaram problemas numa outra vida, passam a ter a oportunidade de enfrentar tal problema e talvez lidar com ele de uma forma mais iluminada. Ou não! Tudo depende do grau de maturidade emocional de cada um e da vontade de ultrapassar tal situação.
Por isso, muitos casais acabam por se separar de forma dramática e dorida, mesmo que o relacionamento tenha começado num aparente “mar de rosas” e muitas vezes, nem eles mesmo conseguem perceber muito bem porque as coisas aconteceram como aconteceram.
O propósito espiritual deste tipo de “reencontro” para ambos parceiros é que eles aproveitem esta oportunidade para fazer escolhas diferentes das que fizeram numa vida passada e aprenderem um com o outro, tudo o que deve ser aprendido e absorvido, para a evolução de ambos.
Num reencontro EXPIATÓRIO, a outra pessoa é-nos imediata e estranhamente familiar, mesmo que nunca a tenhamos visto nesta vida ou que não a conheçamos bem. Com muita frequência há também uma atração mútua, que impulsiona as duas pessoas a estarem juntas e a descobrirem uma a outra.
E este tipo de encontro, muitas vezes, acaba por se transformar num relacionamento amoroso ou numa intensa paixão. E então, as emoções que experimentamos podem ser tão avassaladoras, que acreditamos ter encontrado a “alma simpática”.
Contudo, muitas vezes, as coisas não são bem o que parecem e é preciso perceber que as emoções intensas podem estar relacionadas, muito mais com dor profunda, do que propriamente com amor mútuo.
Este tipo de relacionamento, por causa da carga emocional e bloqueios que traz consigo, trará sempre grandes desafios, muitos deles bem dolorosos, que virão à tona mais cedo ou mais tarde.
Após algum tempo, geralmente os parceiros acabam envolvendo-se num conflito psicológico, que poderá ter como base a luta pelo poder, o controlo e a dependência, seja emocional, material, ou de outra natureza.
E o que isto significa? Significa que muitas vezes, estes dois seres acabam por repetir um comportamento ou uma situação que o seu subconsciente reconhece de uma vida anterior, em que estas pessoas podem ter sido amantes, pai e filho, patrão e funcionário, ou algum outro tipo de relacionamento.
E pode ser que, nessa vida anterior, um dos dois tenha aberto uma ferida emocional no outro, através infidelidade, abuso de poder, manipulação, agressão, etc, tendo provocado cicatrizes profundas e trauma emocional.
E na vida atual, através da Lei de Atração e de Afinidade, estes dois seres reencontram-se, para se curarem.
Aqui, o convite espiritual para estas almas é que cada uma, após aprender o que deve aprender, deixe a outra ir e torne-se uma “entidade em si mesma”, livre e independente.
Relacionamentos EXPIATÓRIOS quase nunca são duradouros e caso o sejam, raramente são estáveis e felizes, sendo muito mais destrutivos do que curadores.
Com muita frequência, o propósito básico do encontro é que ambos os seres consigam mudar o padrão emocional que causou sofrimento e então, deixar o outro ir, mais leve e solto.
Uma das formas de ver se está num relacionamento cármico é analisar a energia do relacionamento. A energia do amor é essencialmente calma, pacífica, reconfortante, alegre e inspiradora. Num relacionamento cármico, a energia geralmente é pesada, dramática, cansativa e muitas vezes trágica.
Num relacionamento EXPIATÓRIO, a tarefa e o desafio exclusivos de cada um é lidar com a sua própria ferida interna e não com as questões do/da companheira. Cada um tem responsabilidade apenas por si mesmo.
Esta é uma das principais armadilhas neste tipo de relacionamentos. Muitas vezes, ficamos tão ligados à criança interior do nosso companheiro, que sentimos que temos que resgatá-lo, deixando a nossa própria criança interna abandonada.
É importante perceber que não somos responsáveis pelo nosso parceiro e ele não é responsável por nós. A solução dos nossos problemas não está nas mãos da outra pessoa.
Identifique se está neste tipo de relacionamento, aprenda as lições necessárias, cresça, evolua e quando for altura de partir, parta, mais leve, maduro e pleno.
Caso ambos parceiros sejam suficientemente maduros e evoluídos emocionalmente, o relacionamento cármico pode sim ser verdadeiramente benéfico e transformador para ambos!
Autor desconhecido

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

"LIGAÇÃO ENTRE ALMAS."

A ligação espiritual entre duas almas, ou dois espíritos, sejam encarnados ou desencarnados, frequentemente é um assunto que gera muitas dúvidas, curiosidade e interesse. Para aqueles que estudam a teoria da reencarnação e a existência das “famílias espirituais” este tema não é nenhuma novidade.
Quando levamos as pessoas a perceberem por si mesmas as suas vidas passadas, fica claro para a pessoa e para o terapeuta, como se dá o surgimento e o estreitamente dos laços que unem duas ou mais almas ao longo de diversas existências corpóreas.
Uma forte ligação espiritual entre duas almas vem de muitas vidas passadas em conjunto. A experiência conjunta de alegrias e tristezas, de prazer e dor, de construção e destruição, vida e morte, vai gerando nas almas sentimentos mais profundos, laços cada vez mais próximos, onde a história de um vai começando a se confundir com a história do outro. Todo esse processo vai criando uma sintonia, com simpatias e antipatias, amor e ódio, prazer e dor, desejo e repulsa, entre outros sentimentos que aos poucos vão formando laços. Esses laços podem ser mais fortes tantas quantas forem as experiências agradáveis ou dolorosas vividas pela dupla evolutiva.
Essa conexão entre as almas pode se expressar em afinidades de pensamentos, sentimentos e crenças, ou podem gerar tendências quase que opostas, onde uma complementa a outra naquilo que ambos necessitam de uma unificação ou diversificação. Toda essa conjuntura anímica pode criar laços tão fortes e significativos que se expressam vibratoriamente de várias formas. Não apenas despertando em nós uma variedade de sentimentos, por vezes confusos e contraditórios, como também uma afinidade profunda, uma sintonia que se manifesta como fenômeno paranormais, sendo o mais comum deles a telepatia.
Aqui devemos entender a telepatia em seus vários níveis. A telepatia não pode ser considerada apenas uma troca de pensamentos, ou de ideias. A telepatia é até mais comum quando ela passa a ser o veículo não apenas de pensamentos de um a outro, mas principalmente de sentimentos. Esse fenômeno ocorre muito mais em casais do que geralmente se imagina. Pode acontecer também entre pai e filho, irmão e irmã, etc.
Em nossos atendimentos terapêuticos, assim como nos casos que analisamos de pessoas que nos procuram para esclarecimentos, é possível encontrar relatos fascinantes dessa incrível sintonia entre as pessoas. Talvez a forma de sintonia mais comum seja de pessoas que pensam ou lembram da outra num momento, e no instante seguinte aquela pessoa que veio à nossa mente nos telefona. A pessoa atende o telefone e diz: “estava pensando em você agora”. Ou quando estamos na rua, caminhando, e subitamente lembramos de alguém. Alguns momentos depois encontramos a pessoa caminhando na rua e a cumprimentamos. Este fenômeno nada tem de raro, e acontece mais do que a maioria acredita. Trata-se de uma forma freqüente de telepatia entre pessoas, e se torna ainda mais constante com pessoas que já possuem uma sintonia natural, principalmente que vem de outras vidas.
Ocorre também de estarmos em nosso aposento, descansando, ou realizando alguma atividade, e de repente surgir um sentimento de tristeza, depressão, vazio, desânimo, etc. Pode aparecer também sensações físicas, como calor, frio, desconforto, formigamento, taquicardia, aperto no peito, etc. O caráter repentino de um sentimento que brota sem explicação pode ter várias explicações, como sentimentos nossos que emergiram por alguma razão desconhecida, ou a intervenção de espíritos, ou ainda as energias do nosso ambiente imediato. No entanto, também pode acontecer de algum conhecido, ou pessoa de nossa estima esteja com problemas, e passamos a sentir o que ela também está sentindo. Isso pode se agravar quando a pessoa está deprimida e fica focalizando o seu pensamento em nós.
Isso acontece por duas razões: em primeiro lugar, quando duas pessoas têm uma afinidade, uma ligação forte, seja positiva ou negativa. Em segundo lugar, porque um dos dois, ou ambos, possuem uma forte capacidade magnética ou uma considerável sensibilidade. No entanto, mesmo quando não há uma forte sensibilidade psíquica ou magnética, quando dois indivíduos possuem laços kármicos de vidas passadas, parece que a energia de um está como que “aberta” a energia da outra pessoa, e assim sendo, a sintonia se estabelece juntamente com a troca de energias. Um karma de vidas passadas pode tornar nossa energia vulnerável a energia outra pessoa, e o mesmo pode não acontecer com outras pessoas com as quais não possuímos um karma de vidas passadas. É como se o karma desse livre acesso as energias de ambos, podendo um e outro partilhar dos mesmos sentimentos, pensamentos e trocar energias. Isso ocorre porque há uma forte ligação e também uma necessidade de ambos sintonizarem um com o outro, por isso ambos passam a se atrair para que possam viver experiências conjuntas, a fim de aprender e evoluir com elas.
Isso também é frequente em atendimentos terapêuticos com a terapia de vidas passadas. Um caso que ilustra bem esse fenômeno foi de um homem de meia idade que atendi. Ele era apaixonado por uma moça casada, e queria ficar com ela. Eles tinham uma forte ligação, e ela também queria que ficassem juntos, mas ainda não tinha tomado coragem suficiente para largar um casamento de vários anos. Numa das regressões, tratamos uma vida passada onde eles conviveram juntos. Ao final do tratamento dessa vida passada, resolvemos unir ambos no plano espiritual trazendo a presença dessa moça para dialogar com ele, e para que se desse o perdão e a reconciliação. Eles se perdoaram e encerramos a regressão.
Na sessão seguinte, ele me contou que conversou com essa moça, de quem ele gostava, e no momento exato em que estávamos realizando a regressão, ela se sentiu “puxada” de seu corpo físico, teve várias sensações e emoções, sentiu energias espirituais positivas fluindo pelo seu corpo e teve uma visão desse homem, o paciente. Tentei confirmar com ele o horário que ela havia tido essas sensações e visões, e ele disse que ela atestou que os horários batiam. Fizemos o atendimento às 19:30 mais ou menos e no mesmo dia, no mesmo horário, ela conseguiu sentir tudo o que nós fizemos e um contato espiritual com ele. Perguntei se ele havia contado a ela sobre o dia e horário da terapia e ele afirmou que ela sequer sabia que ele estava fazendo uma terapia de regressão. Esse fato, assim como vários outros semelhantes que já presenciamos na terapia de vidas passadas, provam que existe uma ligação mais profunda entre duas pessoas e que transcende o tempo e o espaço.
Há alguns casos de pessoas que já conversaram comigo sobre isso que dizem coisas do tipo: “É incrível como eu sinto quando ele (ou ela) está bem ou mal” ou “Posso sentir quando ele está precisando de ajuda” ou ainda: “Sinto quando ele está em depressão, pois eu acabo captando o mesmo sentimento que emana dele e chega até mim”. Relatos como esses são bastante comuns entre pessoas que se amam, que tem uma forte ligação espiritual, ou mesmo que tem algum tipo de karma positivo ou negativo de vidas passadas.
Certa vez nos chegou um relato em que essa ligação espiritual chegou a um certo extremo. Uma moça contou que, quando ela e o homem que ela ama estão distantes, ela não apenas sente o homem que ama, como algumas vezes sente seu toque fisicamente. Há um contato de sentimentos, mas também há um contato que chega a se expressar fisicamente. Esse caso, obviamente, precisaria ser analisado com mais calma e profundidade, no entanto, pode se tratar de uma médium de ectoplasmia onde ela inconscientemente doa a substância ectoplasmática que permite a materialização do toque de outra pessoa sobre ela.
Casos parecidos com esses demonstram que a ligação entre as almas é algo muito forte, e frequentemente rompe as barreiras físicas e temporais. A conexão entre dois espíritos é algo que se mantém em várias vidas e que não se perde com morte, ou com o distanciamento espacial.
Hugo Lapa

VISÃO ESPÍRITA SOBRE O COMA E EXPERIÊNCIA DE QUASE MORTE- EQM.

Quando um paciente está em estado de COMA, é uma situação parecida com a do sono, em O Livro dos Espíritos, os Espíritos Superiores nos esclarecem que durante o sono a alma se liberta parcialmente do corpo. Quando dorme, o homem se acha por algum tempo no estado em que ficará permanentemente depois que morre, mas nesse caso ainda ligado ao corpo pelos laços fluídicos ou energéticos, que pode se aplicar no caso do coma também, apenas o corpo está paralisado, o espírito se encontra parcialmente liberto ou seja o complexo Espírito e Perispírito (que é o laço de união entre o espírito e a matéria, também conhecido como corpo fluídico ou corpo espiritual) podem estar distantes do corpo físico, mas fica a ele ligado por um laço fluídico.

Muitos perguntam onde fica o espírito durante o COMA e o Espiritismo nos esclarece que sempre depende do grau evolutivo de cada um, se ele for apegado em demasia ao mundo material, ao seu corpo, aos seus bens, ele ficará jungido ao corpo, mas se for um espírito mais elevado, enquanto seu corpo é tratado, ele poderá se deslocar pelas dimensões espirituais (mundo astral) do espaço infinito, visitando lugares e espíritos afins, mas estará sempre ligado a seu corpo pelo cordão fluídico, enquanto seu corpo tiver vida orgânica.

Se familiares, amigos ou médicos conversarem com o paciente em estado de COMA, muitos terão a capacidade de ouvir e ver, sem contudo ter a capacidade de dar a resposta, mas em alguns casos quando é permitido pela Espiritualidade Superior, poderão estes espíritos comunicar-se através de um médium (pessoa que pode servir de intermediária entre os espíritos e os homens) em uma sessão mediúnica, no centro espírita e ali relatar tudo o que está sentindo neste estado de coma ou ainda comunicar-se via pensamento ou intuição com aqueles que estão ao seu redor e tem esta sensibilidade mediúnica, e transmitir assim seus recados.

A Experiência de quase morte (EQM) é mais uma oportunidade divina, é um chamamento de Deus para uma correção de rota, ou seja uma chance oferecida para alguns,
de reflexão sobre suas vidas, sobre o que realizaram ou deixaram de fazer. As pessoas que passam por uma EQM, 
trazem na mente um novo sentido para a vida, refletem de 
como melhor aplicar as potencialidades divinas. Conforme as 
pesquisas 85% dos que passaram pela EQM, tem 
experiências positivas, isto é um grande aprendizado para o 
Espírito que a sofre, e dos familiares que vivenciam a 
possibilidade do desencarne (morte do corpo físico) deste 
familiar.
Seus relatos guardam entre si pontos em comum: sentem uma sensação de paz e de calma, tem a percepção de uma luz brilhante, tem a sensação de estar fora do corpo, visão de um túnel, visão e contato com os espíritos.
Fonte:
Espirit book

sábado, 26 de janeiro de 2019

“INIMIGOS DESENCARNADOS”, DESTROEM MUITO MAIS DO QUE ALGUMAS GUERRAS. VÍTIMA PREFERIDA... MÉDIUNS INVIGILANTES...

O Espírita tem ainda outros motivos de indulgência para com os inimigos. Porque sabe, antes de qualquer coisa, que maldade não é o estado permanente do homem, mas que decorre de uma imperfeição momentânea, e que da mesma maneira que a criança se corrige dos seus defeitos, o homem mal reconhecerá um dia os seus erros e se tornará bom. Sabe ainda que a morte só pode livrá-lo da presença material do seu inimigo, e que este pode persegui-lo com o seu ódio, mesmo depois de haver deixado a Terra.
Assim, a vingança assassina não atinge o seu objetivo, mas, pelo contrário, tem por efeito produzir maior irritação, que pode prosseguir de uma existência para outra.
Cabia ao Espiritismo provar, pela experiência e pela lei que rege as relações do mundo visível com o mundo invisível, que a expressão: extinguir o ódio com o sangue é radicalmente falsa, pois a verdade é que o sangue conserva o ódio no além-túmulo.
Ele dá, por conseguinte, uma razão de ser efetiva e uma utilidade prática ao perdão, bem como à máxima de Cristo: Amai os vossos inimigos.
Não há coração tão perverso que não se deixe tocar pelas boas ações, mesmo a contragosto.
O bom procedimento não dá pelo menos, nenhum pretexto a represálias, e, com ele se pode fazer, de um inimigo, um amigo antes e depois da morte.
Com o mau procedimento ele se irrita, e é então que serve de instrumento à justiça de Deus, para punir aquele que não perdoou.
Pode-se, pois, ter inimigos entre os encarnados e os desencarnados.
Os inimigos do mundo invisível manifestam sua malevolência pelas obsessões e subjugações, a que tantas pessoas estão expostas, e que representam uma variedade das provas da vida.
Essas provas, como as demais, contribuem para o desenvolvimento e devem ser aceitas com resignação, como uma conseqüência da natureza inferior do globo terrestre: se não existirem homens maus na Terra, não haveria Espíritos maus ao redor da Terra.
Se devermos, portanto, ter indulgência e benevolência para os inimigos encarnados, igualmente as devemos ter para os que estão desencarnados.
Antigamente, ofereciam-se sacrifícios sangrentos para apaziguar os deuses infernais, que nada mais eram do que os Espíritos maus.
Aos deuses infernais sucederam os demônios, que são a mesma coisa.
O Espiritismo vem provar que esses demônios não são mais do que as almas de homens perversos,que ainda não se despojaram dos seus instintos materiais; que não se pode apaziguá-los senão pelo sacrifício dos maus sentimentos, ou seja, pela caridade; e que a caridade não tem apenas o efeito de impedi-los de fazer o mal, mas também de induzi-los ao caminho do bem e contribuir para a sua salvação.
É assim que a máxima: Amai aos vossos inimigos, não fica circunscrita ao círculo estreito da Terra e da vida presente, mas integra-se na grande lei da solidariedade e da fraternidade universais.

CÂNCER É UMA DOENÇA QUE PODE DESTRUIR O CORPO DE UMA PESSOA, MAS NÃO CONSEGUE DESTRUIR O SONHO DE QUEM LUTA PELA VIDA..

Todo Dia na verdade é Dia Mundial de Luta Contra o Câncer lembre-se que o diagnóstico precoce é o mais valioso aliado. Câncer ainda é uma doença que atemoriza a maior parte das pessoas. Os avanços do conhecimento científico em relação à prevenção de algumas modalidades – especialmente aquelas que se relacionam com hábitos de vida – e o desenvolvimento de recursos de diagnóstico e de tratamento vêm ampliando, de forma inquestionável, as possibilidades de cura. A incidência ainda é alta.
Os principais tipos de tumores nos homens são de próstata, pele, cólon, reto e pulmão. Nas mulheres predominam os de mama, pele, cólon, reto, pulmão e colo de útero.
Para incentivar a conscientização da população em torno da doença e dos benefícios decorrentes do diagnóstico precoce no tratamento do câncer, 8 de abril é consagrado como o Dia Mundial de Luta Contra o Câncer.
Uma oportunidade para que cada um reflita sobre hábitos de vida saudáveis – o tabagismo, por exemplo, provoca ou agrava diversos tipos de câncer – e sobre a importância de buscar atendimento médico caso perceba algum sinal que possa estar associado à doença.
Na dúvida, sempre é melhor procurar esclarecer do que se esquivar. Nessa luta contra o câncer o maior aliado é o diagnóstico precoce. Quanto mais cedo for detectada a doença e iniciado o tratamento, bem maiores são as chances de cura.
Apesar de ainda existir um forte estigma em torno da doença, nota-se uma crescente disposição na sociedade de enfrentar o problema, o que se confirma por campanhas de conscientização sobre a doença e sobre importância do diagnóstico precoce. As campanhas têm exercido um importante papel na compreensão e superação da doença.
Fitas de cores variadas mostram a disposição das pessoas de ingressarem na luta contra o câncer. A precursora foi a fita cor de rosa, símbolo da prevenção do câncer de mama. Há, entretanto, cores dedicadas a outros órgãos.
A esverdeada representa a luta contra o câncer de ovário, pêssego para o câncer de útero, branca para o de ossos e azul para o câncer de cólon, apenas para ficarmos em alguns exemplos.
Claudia, Pedro e Daiana têm em comum histórias de luta contra o câncer. Eles resumem suas experiências de superação em depoimentos que estão sendo utilizados na campanha institucional dos 20 anos da Fundação do Câncer, em peças veiculadas na mídia até o mês de julho.

Claudia Cristina, Pedro Caetano e Daiana Fialho.
Claudia Cristina Viana Marins – 32 anos.
"Descobri a doença há 18 anos por causa de um desmaio que tive. Fui ao médico e ele detectou anemia profunda até descobrir que era leucemia, curável com transplante de medula óssea. A sorte é que o médico que me atendeu me encaminhou para o INCA. Minha irmã foi minha doadora. A Fundação do Câncer sempre me deu o maior apoio. Hoje participo de todas as edições da Corrida e Caminhada Com Você Pela Vida. Continuo na luta e só tenho a agradecer."
Pedro Caetano Filho – 65 anos.
"Comecei a fumar aos sete anos. Descobri o tumor tirando a barba. Senti que o lado direito do meu rosto estava ficando inchado. Na hora, não me preocupei tanto. Fiquei seis meses só prestando atenção e sentindo que o inchaço estava crescendo. Um médico me encaminhou para o INCA. Chegando lá, fiz todos os exames. Fui muito bem atendido. Operei há um ano. Graças a Deus, não era um tumor maligno. Estou com 65 anos e larguei o cigarro. Encaminharam-me a uma palestra sobre tabagismo, que me fez reavaliar muita coisa. Quando eu soube o que o cigarro era capaz de fazer, decidi parar. É muito difícil, você tem que ter muita força de vontade. Para quem começou a fumar há pouco tempo, o meu recado é: pare o quanto antes. Quanto mais cedo, mais fácil."
Daiana da Cruz Fialho – 27 anos
"Eu estava prestes a fazer 25 anos quando descobri minha doença. Os primeiros sintomas apareceram em setembro de 2007. Emagreci muito repentinamente, e apresentava todos os sintomas de pneumonia. Fiz vários exames, mas nenhum deles apontou nada. Num raio-x, descobri que havia algo de estranho com o meu pulmão. Levaram-me primeiro para o Hemorio, depois, para o INCA. Lá, os médicos diagnosticaram Linfoma de Hodgkin. Fiz a biópsia e comecei o tratamento em abril de 2008. Fiz oito meses de quimioterapia. Tem que ter força de vontade, mas é importante também se ligar à família e ter muita fé. Entrar em campo pra ganhar. Não pode se entregar,basta seguir as orientações médicas direitinho."

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

"AS CONSEQUÊNCIAS DO PASSADO EM SUA VIDA. PERGUNTAS E REPOSTAS."

1 – Como podemos compreender os resultados de nossas experiências anteriores?
Para compreender os resultados de nossas experiências anteriores, basta que o homem observe as próprias tendências, oportunidades, lutas e provas.
2 – Como entender, na essência, as dívidas ou vantagens que trazemos das existências passadas?
Estudos que efetuamos corretamente, ainda que terminados há longo tempo, asseguram-nos títulos profissionais respeitáveis. Faltas praticadas deixam azeda sucata de dores na consciência, pedindo reparação. Se plantamos preciosa árvore, desde muito, é natural venhamos a surpreendê-la, carregada de utilidades e frutos para os outros e para nós. Se nos empenhamos num débito, é justo suportemos a preocupação de pagar.
3 – Qual a lição que as horas nos ensinam?
Meditemos a simples lição das horas. Comumente, durante a noite, o homem repousa e dorme; em sobrevindo a manhã, desperta e levanta-se com os bens ou com os males que haja procurado para si mesmo, no transcurso da véspera.
Assim, a vida e a morte, na lei da reencarnação que rege o destino.
4 – Qual a situação moral da alma no túmulo e no berço?
No túmulo, a alma, ainda vinculada ao crescimento evolutivo, entra na posse das alegrias e das dores que amontoou sobre a própria cabeça; no berço, acorda e retoma o arado da experiência, nos créditos que lhe cabe desenvolver e nos débitos que está compelida a resgatar.
5 – Em síntese, onde permanece, espiritualmente, a criatura reencarnada?
Cada criatura reencarnada permanece nas derivantes de tudo o que fez consigo e com o próximo.
6 – Qual a explicação lógica das enfermidades congênitas?
Os grandes delitos operam na alma estados indefiníveis de angústia e choque, daí nascendo a explicação lógica das enfermidades congênitas, às vezes inabordáveis a qualquer tratamento.
7 – O que ocorre aos suicidas nas vidas ulteriores?
Suicidas que estouraram o crânio ou que se entregaram a enforcamento, depois de prolongados suplícios, nas regiões purgatoriais, freqüentemente, após diversos tentames frustrados de renascimento, readquirem o corpo de carne, mas transportam nele as deficiências do corpo espiritual, cuja harmonia desajustaram. Nessa fase, exibem cérebros retardados ou moléstias nervosas obscuras.
8 – E os protagonistas de tragédias passionais?
Protagonistas de tragédias passionais, violentas e obscuras, criminosos de guerra, aproveitadores de lutas civis, que manejam a desordem para acobertar interesses escusos, exploradores do sofrimento humano, caluniadores, empreiteiros do aborto e devassidão e malfeitores outros, que a justiça do mundo não conseguiu cadastrar, voltam à reencarnação em tribulações compatíveis com os débitos que assumiram e, muitas vezes, junto das próprias vítimas, sob o mesmo teto, marcados por idênticos laços consangüíneos, tolerando-se mutuamente até a solução dos enigmas que criaram contra si mesmos, atentos ao reequilibro de que se vêem necessitados; ou sofrem a pena do resgate preciso em desastres dolorosos, integrando os quadros inquietantes dos acidentes em que se desdobra o resgate do espírito reencarnado, seja nos transes individuais ou nas provações coletivas.
9 – E aos cúmplices de erros e enganos?
As grandes dificuldades não caem exclusivamente sobre os suicidas e homicidas comuns. Quantos se fizeram instrumentos diretos ou indiretos das resoluções infelizes que se adotaram são impelidos a recebê-los nos próprios braços, ofertando-lhes o recinto doméstico por oficina de regeneração.
10 – O que ocorre àqueles que provocaram o suicídio de alguém?
Se levianamente provocamos o suicídio de alguém, é possível que tenhamos esse mesmo alguém, muito breve, na condição de um filho-problema ou de um familiar padecente, requisitando-nos auxílio, na medida das responsabilidades que assumimos, na falência a que se arrojou.
11 – Que acontece àqueles que impelem o próximo à falência moral?
Se instilamos viciação e criminalidade em companheiros do caminho, asfixiando-lhes as melhores esperanças na desencarnação prematura, é certo que se corporificarão, de novo, na Terra, ao nosso lado, a fim de que lhes prestemos concurso imprescindível à reeducação, na pauta dos compromissos a que enredamos, ao precipitá-los aos enganos terríveis de que buscam desvencilhar-se, abatidos e desditosos.
Nas mesmas circunstâncias, carreamos em nós, enraizados nas forças profundas da mente, os bens ou os males que cultivamos.
12 – E o que ocorre aos desencarnados que malbarataram os tesouros da emoção e da idéia?
Quando desencarnados, não fugimos as leis de causa e efeito.
Se malbaratamos os tesouros da Terra, deambulamos nas esferas espirituais por doentes da alma, que a perturbação ensandece, fadados a reaparecer no plano carnal com as enfermidades consequentes, a se entranharem, nos tecidos orgânicos, que nos compõem a vestimenta física.
13 – E aqueles que se entregam aos desequilíbrios do sexo?
Se abraçamos desequilíbrios de sexo, agravados com padecimentos alheios por nossa conta, agüentamos inibições genésicas, muitas vezes, com o cansaço precoce e a distrofia muscular, a epilepsia ou o câncer, de permeio.
14 – E àqueles que perpetram crimes?
Se perpetramos crimes na pessoa dos semelhantes, ei-nos a frente de mutilações dolorosas.
15 – E àqueles que se entregam às extravagâncias da mesa?
Se nos entregamos às extravagâncias da mesa, arcamos com ulcerações e gastralgias que persistem tanto tempo quanto se nos perdurem as alterações do veículo espiritual.
16 – E àqueles que se afeiçoam ao alcoolismo?
Se nos afeiçoamos ao alcoolismo ou ao abuso de entorpecente, somos induzidos à loucura ou à idiotia seja onde for.
17 – E àqueles que se empenham em delitos de maledicência e calúnia?
Se nos empenhamos em delitos de maledicência e calúnia, atravessamos vastos períodos de surdez ou mudez, precedidas ou seguidas por distonias correlatas.
18 – As conseqüências de nossos erros se verificam apenas na forma de doenças comuns?
Não. Além disso, é preciso contar com as probabilidades da obsessão, porquanto, cada vez que ofendemos aos que partilham a marcha, atraímos, em prejuízo próprio, as vibrações de revolta ou desespero daqueles que se categorizam por vítimas de nossas ações impensadas.
19 – Qual deve ser nossa atitude perante as provas da vida?
Diante das provas inquietantes que se demoram conosco, aprendamos a refletir, para auxiliar, melhorar, amparar e servir aqueles que nos cercam.
20 – Quais as relações entre o presente, o passado e o futuro?
Todos estamos no presente, com o ensejo de construir o futuro, mas envolvidos nas conseqüências do passado que nos é próprio. Isso porque tudo aquilo que a criatura semeie, isso mesmo colherá.
XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo. Leis de Amor. Pelo Espírito Emmanuel. FEESP.
Fonte. Chico de Minas Xavier

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

O ESPÍRITO DO MAL.

Francisco era um rapaz de 30 anos e estava prestes a cometer suicídio. Toda a sua vida estava bloqueada e nada dava certo. A única coisa que o impedia de tirar a própria vida era a curiosidade em entender um sonho repetido que há quase dois anos o assolava.
Nesse sonho, toda vez que Francisco estava próximo de realizar algo, como conseguir um emprego, reaproximar-se de parentes e amigos, melhorar as condições do seu casamento, dentre outras atitudes que poderiam dar um salto de qualidade em sua vida, um homem aparecia no sonho e atrapalhava tudo. Francisco começou a perceber que ele sempre falhava quando, no dia anterior, sonhava com esse homem. O rapaz estava convencido que esse homem era uma espécie de espírito maligno ou demônio que o odiava e queria destruir sua vida.
Já cansado de ver sua vida desmoronando e o homem aparecendo repetidamente em seus sonhos e sempre o prejudicando, Francisco resolveu procurar um vidente especialista em interpretação de sonhos místicos, que diziam acertar tudo sobre a pessoa. O rapaz marcou o encontro, apresentou-se ao vidente e contou sua situação. O vidente fechou os olhos, ficou alguns minutos no que parecia ser um “transe”, retornou e disse:
– Meu caro, quero que você feche os olhos. Esse homem invasor do seu sonho, que o está prejudicando, quer falar com você agora.
Francisco fechou os olhos e viu um campo aberto. Um minuto depois começou a ver o homem de longe. O homem veio então caminhando na direção de Francisco. O rapaz ficou com muito medo e pensou em desistir, mas o vidente insistiu que ele deveria enfrentar esse medo para que tudo ficasse bem. Quando o homem estava quase chegando, Francisco tomou um susto, e ficou estarrecido com sua visão. Mal podia acreditar na identidade desse homem. Para sua imensa surpresa, o homem era ele mesmo…
Francisco abriu os olhos e perguntou ao vidente o que aquilo significava. O vidente disse:
– É simples. Durante todo esse tempo você mesmo estava boicotando a sua vida. Nossa mente e nossa sombra interior são os únicos que podem nos favorecer e nos prejudicar. Ninguém tem poder sobre nossa vida. Você é a única pessoa que pode fazer mal a si mesmo, mais ninguém pode. Você é seu grande inimigo e ao mesmo tempo seu maior amigo. Ninguém pode te bloquear ou te libertar a não ser você mesmo.
Autor: Hugo Lapa

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

"COMO COMBATER AS PERTURBAÇÕES ESPIRITUAIS."

Para se compreender as perturbações espirituais é necessário entender primeiro como elas acontecem.
“É pelo pensamento que o homem goza de uma liberdade sem limites, porque o pensamento não conhece entraves. Pode-se impedir a sua manifestação, mas não aniquilá-lo”. (Livro dos Espíritos, questão 833).
E será que os espíritos podem influenciar nossos pensamentos e nossas ações? Esclarece a Doutrina Espírita, que muito mais do que supomos.
Esse intercâmbio entre as duas esferas, material e espiritual, acontece frequentemente e chamam atenção para a necessidade de cuidar da qualidade dos pensamentos, quando se deseja criar sintonias positivas.
Segundo  explica a física quântica, tudo que a mente pode conceber e acreditar, ela pode realizar, mostrando o grande poder das ondas do pensamento.
A partir desses conceitos compreende-se que quando essas frequências do pensar sofrem interferências negativas, as perturbações espirituais passam a acontecer, permitindo um elo entre emissor e receptor.
Muitas vezes, essas influências ocultas são tão sutis que nem mesmo se percebe, criando-se espaço para um processo obsessivo, cujo ponto de ligação entre obsessores e obsediados são os pensamentos e os sentimentos, que alimentam um ao outro.
Para se libertar dessas influencias espirituais menos felizes que causam o desequilíbrio é preciso buscar melhorar o padrão vibratório e a mudança no comportamento diário, procurando se afastar das influencias negativas pelo pensamento.
A harmonia espiritual nasce do desejo profundo de se libertar da influência de “mentes menos felizes”, perseverando no caminho da luz, capaz de combater a escuridão interior.
Enquanto a ignorância aprisiona, o despertar para a realidade do espírito com todo seu potencial criador sobre pensamentos e desejos, apresenta um caminho de infinitas possibilidades rumo à evolução.  Nos alertou Jesus:  “A minha paz vos deixo. A minha paz vos dou, não vo-la dou como o mundo a dá.”
Sejamos o instrumento da paz, que começa em nós! Eis o grande antídoto para combater as perturbações espirituais.
 Fonte. Portal do Espírito.

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domingo, 20 de janeiro de 2019

"17 ANOS ESTIVE ENCARNADO" ERA UM ESPÍRITO MORTO, HABITANDO UM CORPO VIVO. PSICOGRAFIA DO ESPÍRITO ELEUTÉRIO, .

A última vez que estive encarnado na Terra, meu Espírito ganhou como instrumento de aperfeiçoamento e burilamento um corpo disforme e mentalmente prejudicado. Vivi por 17 anos, não foi uma Reencarnação longa, foi somente o tempo que meu Espírito infrator precisava para completar um tempo que eu mesmo em outra existência aniquilara, esses 17 anos foram para mim de grande valia. Aprendi muito e "Resgatei Dívidas" muito grandes.
Embora tenha sido uma vida difícil, para meu Espírito, muito mais difícil foi para minha mãe que se redobrava em trabalhos como lavadeira, serviço que fazia em casa, e tomar conta de mim. Tamanha a minha dependência que não era capaz de absolutamente nada, paralítico e deficiente mental, nunca proferi uma palavra sequer e a paralisia me deixava estático em uma cama.
Apesar disso tudo agradeço a Deus por ter tido a oportunidade de nesses 17 anos aprender muita coisa. Fui suicida numa encarnação anterior, era um homem inteligente e muito ativo, mas não soube dar valor a vida e num dia de desespero tirei minha própria vida. Ah! Se as pessoas soubessem o que é ser um suicida, da dor imensa que passa quem comete tal ato e não mais haveria suicídios. Por não ter dado valor ao corpo sadio voltei nessa triste condição em que não tinha a menor lucidez, os raros momentos de lucidez eram através de sonhos conturbados, mas ao acordar de nada mais me lembrava.
Eu era um “espírito morto” habitando um corpo vivo.
Hoje, tanto tempo depois de ter passado por essa experiência posso dizer a vocês que ela me foi muito valiosa. De grande valia também para minha mãe que juntamente comigo falhara em outra existência e que dessa vez aprendeu o que é ter que cuidar de alguém tão dependente, e aprendeu muito mais que isso, aprendeu a me amar como só as mães sabem. Eu e ela, cada um sofrendo proporcional ao que precisava sofrer.
Bendita encarnação! Deus é amor e não estamos eternamente fadados aos erros de outrora, temos a chance de melhorar nossa situação mesmo que a duras penas. Penas essas impostas por nós mesmos, nunca por Deus, pois que Ele em seu amor não pune ninguém.
Muita paz.
Eleutério.
Médium: Débora S. C.
Antonio Carlos Piesigilli


sábado, 19 de janeiro de 2019

PSICOGRAFIA DO "ESPIRITO DE UM EX-SENHOR DE ENGENHO", CONTANDO TODO SEU SOFRIMENTO NO ALÉM..

Estou aqui quase dois séculos e ainda hoje não consigo me perdoar de todas as maldades que fiz. Fui um rico dono de várias fazendas, muitas terras, muitos escravos. Era temido por todos, respeitado e também muito odiado e até hoje existem negros, ex-escravos que não conseguem me perdoar. Na minha principal fazenda, onde eu residia com a minha família eu tinha muitos, muitos escravos, e como “dono” de todos aqueles seres teria eu, hoje sei disso, que ter ajudado a quantos viviam sobre o meu domínio. Tratava aquelas pobres criaturas com mãos de ferro, tinha prazer de tratá-los com crueldade, me comprazia enormemente com isso.
Gostava de ver aqueles mais rebeldes serem castigados, terem suas costas abertas em feridas, aquilo me deixava feliz, pra mim eles não tinham alma.
As negrinhas da minha senzala eram todas abusadas por mim, quantas infâncias eu destrói.
Gostava de ver os pais daquelas pobres crianças assistindo toda a minha maldade e os mais atrevidos eram mortos sem pena, afinal era só um a menos em meio a tantos escravos.
Pratiquei as maiores crueldades que um ser humano pode praticar.
Meu Deus como me envergonho!
Mas vou dizer, preciso dizer. Quando descobria que as moças abusadas por mim esperavam uma criança eu nem me importava em pensar o que fazer, a ordem era a mesma para todas. Ao darem a luz, o capataz, homem igualmente ruim, pegava o recém nascido e enterrava vivo, muitas vezes sobre o protesto louco de suas mães, outras já tão sofridas com toda a humilhação nem se importavam, ficavam inermes vendo toda aquela barbárie.
Eu não podia me comprometer, odiava os negros, como explicar que gostava de me deitar com as jovens negrinhas da minha senzala?
Antes que alguma suspeita pudesse recair sobre mim eu eliminava a prova. Matei muitos filhos, sou um assassino cruel, matei meus próprios filhos.
Oh meu Deus que dor sinto agora, o que fazer para corrigir tantas maldades? Vivo atormentado, ouço choro de recém nascidos, esse som não para nunca, vejo mulheres a me acusar de assassino, homens a me xingarem.
Vivo num tormento sem fim.
Desespero, desespero e desespero é isso o que eu sinto, a vergonha de mim mesmo, a dor de ver como num ato contínuo todas as minhas maldades como um filme que não tem fim.
Hoje sou um pobre maltrapilho, um monstro sem face, preciso de ajuda, mas não consigo pedir, a vergonha não deixa, sofro a dor de todos os que eu fiz sofrer.
Se alguém ler essa narrativa e se sensibilizar com o sofrimento que causei aos meus irmãos, sim meus irmãos, aquelas pobres criaturas que eu tanto fiz sofrer são sim meus irmãos, peço que orem por eles, para que eles possam me perdoar, não por mim, pois que eu não mereço, mas por eles que sofrem terrivelmente até hoje por não me perdoarem, vivem igualmente a mim presos nas trevas do ódio e da vingança.
Ajude-os com suas orações, peçam a Jesus por eles?
Quanto a mim? Não mereço nada, nem o sofrimento de quase dois séculos paga a metade do que fiz sofrerem os outros.
Me desculpe fazer com que leiam coisas tão cruéis, mas precisava desabafar e pedir pelos os que fiz tanto mal.
Um ex-senhor de engenho.
Um pobre ser reduzido a nada pela própria consciência culpada.
Médium: Débora S C.
-Antonio Carlos Piesigilli

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

UMA CARTA ESCRITA ANTES DA PESSOA DESENCARNAR, DEIXA UMA GRANDE LIÇÃO PARA TODOS NÓS.

Ao lado de João Firpo, desencarnado ao impacto do fogo que lhe devorara a casa velha, numa noite de expiação e de assombro, estava a carta, datada por ele quatro dias antes, endereçada a um irmão e que o morto evidentemente deitaria ao correio, na primeira oportunidade. Enquanto bombeiros improvisados lhe retiravam o corpo inerte e benfeitores da Vida Maior lhe amparavam o Espírito liberto em doloroso trauma, copiei a curiosa missiva que revoava nas cinzas da tragédia, a fim de transmiti-la, com objetivos de estudo e meditação, aos companheiros do mundo.
Eis, assim, na íntegra, o valioso documento:
Meu caro Didito:
Espero que estas linhas encontrem você com saúde e paz, junto dos nossos.
Graças a Deus, estou bem. Você se afligiu à-toa com a notícia de meu resfriado.
Tudo não passou de um defluxo de brincadeira. Estou mais forte que a peroba do Brejo Grande, comendo por quatro cablocos na roça. Seja velho quem quiser. Com os meus sessenta e sete janeiros, não passo sem banho no rio e tutu no prato.
Moro sozinho porque não nasci para confusão. Dona Belinha vem diariamente fazer-me as refeições, assear a casa e isso chega.
Sobre o caso do sonho que você teve comigo, conforme seu conselho fui à reunião espírita no sítio do Totonho. A mulher dele é médium de verdade. Há muito tempo eu não assistia a uma incorporação tão perfeita. Realmente, mãe falou por ela. Não tenho dúvida. Aquela voz boa e cansada que nós dois não esquecemos.
Coitada de mãe! Está preocupada comigo, não sei porquê. Falou muito sobre a morte, coisa em que não penso. Fiz todos os exames de saúde que o médico recomendou, no mês passado, e tudo deu certo. Positivo. Por outro lado, não viajo.
Porque será que a velha mostrou medo de que eu venha a bater a pacuera, de um momento para outro?
Imagine que ela abortou um segredo. Disse coisa séria quanto ao dinheiro que venho guardando para a formação do nosso lar de velhinhos, compromisso antigo.
Avalie você que mãe conversou, conversou e, depois, me pediu empregar enorme importância na compra do terreno para a obra, aconselhando-me colocar a parte restante com amigos responsáveis para o custeio na construção. Considere o meu aperto. Que é que há? Não é fácil entregar assim de mão beijada quase todas as minhas economias de trinta anos.
Concordo com a providência, pois temos nosso projeto e promessa há mais de vinte anos. Não negarei os cobres, mas preciso de um mês para pensar.
Terrenos e amigos já estão apalavrados, desde o nosso encontro aqui, há tempos, mas dinheiro, meu caro!...
Não posso aceitar o negócio, assim do pé para a mão. Você sabe que a velha sempre foi aflita. Quando queria uma coisa, queria mesmo. Tenho conservado minhas economias com cautela. Não confio em bancos e em mãos dos outros, a grana começa prometendo bons juros e depois cria pernas para correr e cair no buraco.
É impossível tratar de problema assim tão grave, sem prazo para refletir.
Disse mãe que já tive muito tempo para resolver, mas eu não acho.
Comunico a você que não recusarei a doação; entretanto, o assunto não é sangria desatada. No mês que vem, cuidaremos de tudo.
Sem mais, venha, logo que possa, comer de nosso feijão bravo e receba um
abração do mano.
Firpo
Esta era a carta que o rico desencarnado tinha escrito e aguardava ensejo para mandar.
O Plano Espiritual lhe havia dado, cinco dias antes, em aviso urgente para a felicidade dele próprio. João, no entanto, exigia prazo a fim de atender.
Acontece, porém, que a provação não conseguira esperar.
Um incêndio de grandes proporções no madeiramento da pequena moradia lavrara, noite alta, obrigando-o a largar o corpo sufocado sem remissão.
O dinheiro a que se referira, com tanto carinho, decerto jazeria ali, inteiramente queimado, porque metal não havia.

De interessante nos escombros, apenas a carta que nos pareceu um recado precioso, lançado pelo "Livro da vida", sobre 
 m
onte de pó.


𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...