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domingo, 22 de novembro de 2020

CONSELHO DE UM ESPÍRITO AMIGO..

''Tão rápido essa vida vai passar, a minha passou num piscar de olhos, sim você terá muitas outras, mas tudo que fizeres nessa respingará na próxima. Não brigue com as pessoas, não critique tanto seu corpo. Seja justo para que Deus te abençoe...

Não reclame tanto, você tem muito mais que muitos terão.
Não deixe de beijar seu amor, você não sabe quando será o último beijo de amor nessa atual existência... Bens e patrimônios devem ser conquistados por cada um, não se dedique a acumular herança, tudo que vem fácil é perdido fácil.
Deixe os cachorros mais por perto, eles são gotas do amor de Deus...
Use os talheres novos, não economize seu perfume preferido use-o para passear com você mesmo.
Gaste seu melhor sapato, repita suas melhores roupas, quando morrer nem tua roupa do caixão você escolherá... Se não é errado, por que não ser agora? Escute o coração, ele é a voz de Deus.
Por que não dar uma fugida?
Por que não orar agora ao invés de esperar para orar antes de dormir? E Não faça rezas ensaiadas pela boca, faça orações de amor, converse com Deus ao invés de apenas repetir palavras. Não transforme sua relação com Deus num ritual frio... Por que não ligar agora?
Por que não perdoar agora?
Espera-se muito o Natal, a sexta-feira, o outro ano, quando tiver dinheiro, quando o amor chegar, quando tudo for perfeito…
Olha, não existe o tudo perfeito.
O ser humano não consegue atingir isso porque simplesmente não foi feito para se completar aqui.
Aqui é uma oportunidade de aprendizado, apenas uma sala de aula das milhares que ainda terá que passar.
Então, aproveite este ensaio de vida eterna e faça cada segundo valer a pena! O universo te espera, mas o impulso para alcancares as estrelas será feito aqui…Ame mais, perdoe mais, abrace mais, viva mais intensamente. Seja luz e a luz sempre estará contigo!!''


 

quinta-feira, 4 de junho de 2020

'ESPÍRITAS DEVEM SE ENVOLVER NA POLÍTICA''

O Brasil vivenciou nas últimas eleições a maior manifestação histórica em defesa da democracia brasileira.
Nas redes sociais, campanhas a fim de enaltecer ou elevar candidatos desse ou daquele partido, tomaram vulto e inflamaram pessoas de todas as idades, credos, raças e nacionalidades, como nunca antes se havia visto, em todas as redes de comunicação, em uma velocidade incontrolável e desleal, onde, de maneira quase totalitária, prevaleceram os próprios interesses dos envolvidos.
Líderes religiosos e dirigentes governamentais do mundo inteiro se manifestaram sobre a situação política do Brasil e grupos foram criados, a fim de oferecer apoio a pessoas que se agregaram e se protegeram umas das outras, como se a nossa nação, que está fadada a desempenhar o seu papel de “coração do mundo, pátria do Evangelho”, estivesse dividida em dois lados totalmente distintos e inimigos.
Queiramos ou não, quem decide as coisas em um país são os políticos e apesar de muitos de nós, espíritas, dizermos que não suportamos política e que não temos nada a ver com isto, mesmo que não seja esse o nosso desejo, estamos envolvidos nessa grande roda de interesses, que direciona nossas escolhas para aquilo que acreditamos ser melhor para as nossas vidas.
Não estou querendo dizer com isso, que devemos fazer campanha partidária dentro das Instituições Espíritas, ou ressaltar e impor indicações sobre o nosso candidato preferido aos irmãos de ideal. A nossa posição, enquanto divulgadores e estudiosos das verdades espiritas, deve andar junto com a verdade e respeitar a opinião alheia, é o primeiro passo para uma convivência passiva e fraterna tal como nos ensinam os espíritos amigos.
Fatos que vivenciei através da redes sociais e no contato com pessoas, de vários credos religiosos e até espíritas, me mostraram o desrespeito à regras morais, éticas, e de convivência grupal. Segundo os mais afoitos, até “Emmanuel, Chico e outros espíritos respeitáveis”, indicaram candidatos através de suas mensagens, o que, de acordo com a vontade do expositor, eram exaltados ou denegridos perante a massa, fato totalmente contrário ao exercício da mediunidade exercida com discernimento e seriedade.
De minha parte, vejo esse momento de maneira extremamente preocupante. Ao serem autorizadas para que assim o fizessem, pessoas colocaram para fora suas ideias sobre assuntos que nem deveriam estar em pauta na vivência espírita, de maneira desordenada e deselegante, sem se preocupar se isso estaria ferindo aos seus irmãos de caminhada, assim como as verdades aprendidas desde que Kardec compilou a Doutrina Espírita.
Encontramos no acervo da FEB, Federação Espírita Brasileira, interessante livro que serve de reflexão para o momento que estamos vivendo. Trata-se da obra Espiritismo e política, de Aylton Paiva. Nela, o autor procura demonstrar que, “sob o aspecto filosófico, o Espiritismo tem muito a ver com a Política, já que esta deve ser a arte de administrar a sociedade de forma justa”. Segundo ele, a proposição espírita da lei do progresso é um intenso e profundo desafio para que trabalhemos pela evolução intelectual e moral da humanidade. Com tal objetivo, o espírita deve estimular a sociedade humana a fim de que haja hábitos espiritualizados, desenvolvimento da inteligência e elaboração de leis justas, em benefício de todos.”
Segundo o autor, não se trata de estimular o leitor a participar da política partidária, nem também de afirmar que o espírita deve ou não deve participar, como membro atuante, de uma organização política. Trata-se, simplesmente, de reconhecer o direito de que, como membro de uma sociedade, o espírita escolha, livremente, a sua contribuição para que as relações humanas sejam, progressivamente, melhoradas no sentido da paz, da justiça e do amor fraternal.
Convém lembrar que espíritas respeitáveis atuaram na política. Dentre eles, o médico Adolfo Bezerra de Menezes – Conhecido como o “Médico dos pobres” e como o “Kardec brasileiro”, e que foi Presidente da Federação Espírita Brasileira em 1889 e de 1895 a 1900. Ocupando os cargos de: Vereador, Presidente da Câmara Municipal da Corte e Deputado Geral, sempre agiu em favor da justiça e da honestidade, tendo afirmado Freitas Nobre: “Para nós, a política é a ciência de criar o bem de todos, e nesse princípio nos firmaremos”.
Dentro dessa visão, também concordamos que o Movimento Espírita pode contribuir, e muito, para a solução dos problemas políticos e sociais que surgem durante o nosso processo evolutivo de nossa vida no planeta terra.
Autora:  Fátima Moura

sábado, 11 de abril de 2020

O MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO DE JESUS NA VISÃO ESPÍRITA.

Maria de Nazaré é certamente uma das figuras mais emblemáticas e importantes da era cristã, não somente por receber a missão de trazer ao mundo Jesus, mas também pela forma com a qual conduziu o Mestre, sempre demonstrando amor, fé e sabedoria, mesmo durante o calvário de seu filho.
Boa parte dos cristãos enxerga Maria como uma santidade, outros, apenas a mulher que trouxe ao mundo o Messias. Em comum, há no mínimo um grande respeito pela personalidade mariana. Através de diversas manifestações de fé e religiosidade pelo mundo, Maria recebeu diferentes nomes, e é lembrada de diversas formas, tornando-a um grande vulto do Cristianismo.
A História de Maria
A história da genitora do Mestre de Nazaré, para muitos, é cercada de mistérios desde o período que antecede a seu próprio nascimento no plano físico. Segundo os registros contidos no Protoevangelho de Tiago[1], Maria era filha de Joaquim, um judeu de posses que vivia na região de Nazaré, o qual sempre oferecia doações aos pobres e oferendas aos templos. Tiago narra que, em certa feita, um sacerdote chamado Ruben proibiu Joaquim de realizar doações, pois o mesmo não havia gerado nenhum rebento em Israel, o que contrariava as leis judaicas. Joaquim, diante das circunstâncias, caiu em profunda tristeza e decidiu jejuar por 40 dias e 40 noites em uma montanha deserta, dizendo a si mesmo: "Não voltarei ao lar nem pra comer ou beber, até que o senhor venha visitar-me. As minhas orações me servirão de bebida e comida aqui no deserto". Enquanto isso, em sua casa, Ana chorava a ausência do marido, dividida entre a dúvida da viuvez e a culpa da esterilidade. Até que um dia, em meio a suas súplicas, Ana recebe a visita de um "anjo" que lhe disse: "Ana, Ana, o senhor ouviu as tuas preces. Eis que conceberás e darás a luz a um filho. E o fruto do teu ventre será conhecido em todo mundo". No mesmo dia, Joaquim, ainda sobre a montanha, avista dois mensageiros de Deus que lhe dirigiram a palavra: "Joaquim, o senhor ouviu tuas preces, desce daqui e vai a Ana, tua mulher, porque ela conceberá em seu ventre". Desta forma, Joaquim retornou ao lar e, pouco tempo depois, Ana engravidou e deu a luz a uma menina, a qual recebeu o nome de Maria.
Ao completar 3 anos, Maria é levada por seus pais ao templo judaico e lá permanece sob a tutela dos sacerdotes até os 12 anos, idade em que deveria ser retirada do templo, antes do período de sua menarca[2]. O problema é que, nessa época, Maria já havia se tornado órfã. Foi então que os sacerdotes reuniram os viúvos da região e, através da orientação de um "anjo", escolheram José para recebê-la.
Segundo o apócrifo atribuído a Tiago, José era um homem idoso, portanto, bem mais velho que Maria. Seu dever era proteger a jovem, que era considerada pelos representantes do judaísmo uma enviada de Deus, portanto, a mesma permaneceu intocada.
A Concepção da Virgem segundo a Tradição
O maior mistério atribuído a Maria, pelo menos para os mais religiosos, indubitavelmente é o que diz respeito à concepção virginal. Os evangelhos canônicos de Lucas e Mateus contam que Maria manteve-se virgem e que Jesus fora concebido pelo "Espírito Santo", ou seja, a fecundação de Maria aconteceu de forma "milagrosa", sem a participação de um pai natural.
De acordo com as escrituras sagradas, Maria recebeu a visita do anjo Gabriel, o qual anunciou à jovem sua concepção através da intervenção do "Espírito Santo". A partir de então, Maria fora acolhida por sua prima Isabel, mãe de João Batista, pois José tivera que se ausentar por um período para trabalhar. Ao retornar, o marido de Maria se deparou com a mesma, já no sexto mês de gravidez, não acreditando na fidelidade da virgem. Então, José é visitado por uma entidade angelical que lhe esclarece a situação. Depois deste evento, a mãe de Jesus segue tranquilamente sua gestação até o nascimento do enviado de Deus, que ocorreu através de um parto fisiológico, conforme a história que todos conhecem.
A Concepção de Maria segundo o Espiritismo
O Espiritismo é uma ciência de observação e ao mesmo tempo uma doutrina filosófica de consequências religiosas, que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos e de suas relações com a vida material. Além disso, a Doutrina Espírita nos convida a desenvolver uma fé raciocinada, analisando os fatos de forma coerente, buscando compreender a razão daquilo que acreditamos. Allan Kardec defende que a religião deve caminhar em consonância com a ciência, de modo que a primeira não ignore a última e vice-versa. E é baseado nesses princípios que analisaremos a questão proposta neste artigo.
Para algumas religiões, a concepção de Maria é tida como um milagre, através da ação do "Espírito Santo". Este fato, explicaria uma fecundação assexuada. Já segundo a Doutrina Espírita, não existem milagres, todos os acontecimentos fazem parte da Lei Natural, criada por Deus em sua infinita perfeição, desta forma, não há a necessidade de o Criador realizar milagres para provar sua grandiosidade. A questão dos milagres para o Espiritismo é elucidada em "A Gênese", no tópico, "Faz Deus milagres?":
"Não sendo necessários os milagres para a glorificação de Deus, nada no Universo se produz fora do âmbito das leis gerais. Deus não faz milagres, porque, sendo como são perfeitas as suas leis, não lhe é necessário derrogá-las. Se há fatos que não compreendemos, é que ainda nos faltam os conhecimentos necessários".
O fato de Jesus ter sido gerado de forma milagrosa contraria as vias normais de reprodução, e para o Espiritismo esta é uma questão relevante, uma vez que a reprodução humana é uma consequência das Leis Naturais de Deus.
A doutrina codificada por Allan Kardec não nega a participação do "Espírito Santo" na concepção de Jesus, até porque sua reencarnação foi minimamente planejada pela espiritualidade superior (aqui entra a participação do "Espírito Santo"), entretanto, a fecundação de Maria se deu por vias normais, através de relação sexual entre ela e José, como acontece entre todos os casais.
Mas então, como surgiu o mito da virgindade de Maria?
Acredita-se que a Igreja tenha disseminado essa tese, a fim de diminuir a promiscuidade entre as pessoas. A prática sexual naquela época era permitida apenas com o intuito de procriação, isso para não provocar a extinção da raça humana. Quanto menor fosse a relação sexual entre os casais, menores seriam os seus pecados.
Jesus com o passar do tempo tornou-se uma figura mitológica e, como sendo um Deus, não poderia ter nascido do pecado original cometido por Adão e Eva. Apesar dessas considerações, o Novo Testamento utiliza o termo "O Filho do Homem" 88 vezes. Esse termo refere-se a Jesus como um ser humano, e como tal, seu nascimento só poderia ter acontecido de forma natural.
Nas epístolas de Paulo, que são os registros mais antigos contidos na Bíblia, não há evidências da virgindade de Maria; o apóstolo refere-se a ela apenas como a mãe de Jesus. Os evangelhos bíblicos reforçam ainda que Maria e José tiveram outros filhos, não podendo persistir a virgindade de Maria:
"Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José Simão e Judas?" (Mateus 13, 55)
A grande diferença em tudo isso é que o Espiritismo não interpreta o ato sexual como um pecado. O que torna o sexo imoral é como as pessoas o praticam. Não devemos viver para a prática sexual, mas o sexo é importante para gerar a vida, sendo um mecanismo natural do ser humano.
A Visão do Espiritismo sobre Maria
É certo que Maria faz parte de um grupo de Espíritos evoluídos que vieram para preparar a chegada de Jesus. É um Espírito tão puro, que recebeu a missão nobre de conduzir o governador da Terra, modelo e guia da humanidade.
Maria é sinônimo de amor, prova disto foi a sua resignação ao presenciar o sofrimento de seu filho, em nome da salvação da humanidade. E é por isso que este Espírito desperta tanta simpatia e admiração entre as pessoas. Há quem acredite que pedir a intercessão de Maria é o método mais eficaz de se chegar a Jesus, pois um filho não negaria o pedido de uma mãe.
Na literatura espírita, encontramos vários registros sobre Maria na espiritualidade. O livro Memórias de um Suicida descreve as atividades da Legião dos Servos de Maria, um grupo de Espíritos especializados no resgate de suicidas nas zonas inferiores. Após o socorro dos réprobos, os mesmos são encaminhados ao Hospital Maria de Nazaré. Esta instituição é dirigida pela mãe de Jesus. Camilo Cândido Botelho, autor espiritual desta obra, relata que a tarefa de cuidar de Espíritos suicidas não poderia ser desempenhada por outro Espírito a não ser Maria, por ela ser a referência de amor e de dedicação fraternal.
Além disso, milhares de fiéis pelo mundo todo dedicam sua fé e devoção a Maria. Em virtude disso, existem Espíritos abnegados que trabalham em seu nome, recebendo os pedidos e as orações e auxiliando aqueles que sofrem.
É importante ressaltar que a Doutrina Espírita alimenta um profundo respeito a qualquer forma de convicção religiosa, mesmo posicionando-se de forma diferente. E sabemos que Maria é um Espírito de luz e trabalha ao lado de Jesus em benefício da humanidade.

Referências:
A Epístola Lentuli - Pedro de Campos.
A Gênese - Allan Kardec.
O Evangelho de Tiago - Autor desconhecido.
Memórias de um Suicida - Yvonne A. Pereira, pelo Espírito Camilo Cândido Botelho.
 

[1] Este apócrifo também conhecido como "Livro de Tiago" ou, ainda, "A Natividade de Maria", tem sua autoria e data atualmente tidas como desconhecidas, embora o autor se identifique como Tiago. Muitos estudiosos consideram o seu texto muito remoto, anterior mesmo aos Evangelhos Canônicos ou até à base deles.
Os Pais da Igreja, Orígenes, Clemente, Pedro de Alexandria, São Justino e São Epifânio citam este evangelho com muita frequência.

[2] Primeira Menstruação.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

O JOVEM SUBJUGADO POR UM ESPIRITO ALCOÓLATRA.

Certa vez, eu, Sr. Rubens e mais dois amigos, encontrávamos-nos em frente do Kardec conversando sobre assuntos diversos. A reunião pública do domingo havia terminado e todas os frequentadores já tinham se ausentado.
Estávamos nos despedindo quando um carro em alta velocidade parou e dois jovens que estavam na frente do veículo desceram assustados, pedindo socorro ao amigo que estava deitado no banco de trás. Paulo (nome fictício) apresentava todas as características de forte embriaguez. Não conseguia sequer articular palavras e quando tentava eram ininteligíveis.
Seus amigos nos informaram que ele viera de São Paulo passar o feriado prolongado daquela semana em Rio Preto e que, de repente, ficara embriagado. Que Paulo, em desespero e com muita dificuldade, havia lhes dito para procurar um Centro Espírita. E lá estavam buscando socorro.
Sr. Rubens pediu aos rapazes que o carregassem (sim, porque Paulo não conseguia ficar em pé e andar) até à sala de passes para o atendimento. Foi penoso ver aquele jovem naquela situação. Seus amigos quase não conseguiram retirá-lo do assento de trás do carro, pois Paulo não conseguia levantar-se sozinho e se encontrava quase sem consciência.
Nesse momento eu perguntei ao Sr. Rubens se poderíamos acompanhá-los a fim de colaborarmos nos passes. Sr. Rubens agradeceu e disse que cuidaria sozinho do caso.
Desceram, então, Sr. Rubens, Paulo e seus dois amigos carregando Paulo até a sala de passes.
Eu e os demais trabalhadores continuamos à frente do Kardec aguardando o desfecho bem como a postos para qualquer ajuda ao caso.
Dez minutos se passaram….. Após o afastamento temporário da entidade, Paulo e Sr. Rubens aparecem conversando descontraidamente como se nada houvera acontecido. Surpreendeu-me o novo estado do jovem. Apresentava-se, agora, como todos nós, sem apresentar qualquer sintoma de embriaguez. Articulava perfeitamente as palavras com total lucidez e explicava seu caso.
Estava sendo atendido por uma casa espírita de São Paulo. O Espírito que o assediava era alcoólatra e todas as vezes que se ligava mais fortemente a ele, médium natural, apresentava todos os sintomas da embriaguez. Não conseguia, ainda, dominar a ação do obsessor.
Sr. Rubens, então, orientou-o e, dentre outras recomendações, disse que ele não podia em hipótese alguma ingerir bebida alcoólica.
Nesse momento os dois jovens que o acompanhavam disseram que ele havia tomado apenas meio copo de cerveja quando caiu no chão e apresentou aquele quadro.
Mas Paulo não podia ingerir qualquer quantidade de álcool, mesmo que diminuta, um gole sequer, pois imediatamente estabelecia a sintonia com a entidade espiritual. O álcool funcionava como uma espécie de “gatilho” para a ação da entidade.
Os jovens se despediram agradecendo a ajuda e foram embora alegres e aliviados.
Até aquele momento eu não havia presenciado algo parecido. Sabia, através de relatos, que os médiuns umbandistas, sob ação de algumas entidades, bebiam garrafas inteiras de pinga e quando saíam do transe nada sentiam. Era como se tivessem ingerido água.
No caso de Paulo, ocorria o inverso. Mesmo sem ingerir álcool ele “ficava embriagado” porque o espírito que o assediava era alcoólatra e se satisfazia absorvendo os vapores da bebida através de encarnados afins, que encontrava facilmente em bares e outros locais. Quando se aproximava e conseguia sintonia com Paulo, já se encontrava “bêbado”, deixando o médium com todas as sensações e aparências da embriaguez.
Tratava-se de um caso de subjugação espiritual, caso avançado de obsessão.
Como nos ensina Kardec: “A obsessão é a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais”.
Fernando Rossit

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...