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quinta-feira, 30 de agosto de 2018

"COMO A TERRA FOI POVOADA? VISÃO ESPIRITA."

Segundo o primeiro livro da série que ficou conhecida como Velho Testamento, onde encontram-se relatos, histórias e estórias das mais diversas, o início do povoamento do planeta teve início com um único casal, Adão e Eva. Contudo, esta estória não se mantém nem mesmo ao longo do próprio livro que a inicia, pois, segundo o relato, este "primeiro" casal concebe dois meninos que se tornam homens. Todavia, em decorrência de um atrito entre os irmãos, um mata o outro, e foge, então, para uma terra distante onde encontra aquela que viria a ser sua mulher, com quem teve um filho e edificou uma cidade. A pergunta que fica é: Se havia somente quatro habitantes no planeta, como aquele que fugiu pode encontrar uma esposa?
Portanto, ao analisarmos a questão 50 d'O Livro dos Espíritos, onde Kardec pergunta se realmente tudo começou com Adão, o primeiro a ser criado segundo a estória, e Eva em seguida, a resposta obtida é bastante lógica, pois diz que não foi o primeiro e nem o único que deu início ao povoamento da Terra. Em nota, Kardec explica que o homem que ficou conhecido tradicionalmente como "Adão" deveria ser um sobrevivente de alguma catástrofe da natureza.
Na edição de outubro de 2014 do jornal Correio Espírita, foi publicado o artigo Formação dos Seres Vivos, onde discutiu-se o papel de Jesus e seus trabalhadores na elaboração das formas orgânicas para a encarnação de espíritos nos vários reinos. Tal abordagem, relacionada com a posição do espírito Emmanuel no livro A Caminho da Luz, está em acordo com a escala de seres orgânicos conforme apresentado no livro A Gênese, Cap. X, onde se encontra a seguinte assertiva: "Entre o reino vegetal e o reino animal, nenhuma delimitação há nitidamente marcada. Nos confins dos dois reinos estão os zoófitos ou animais-plantas, cujo nome indica que eles participam de um e outro: serve-lhes de traço de união."
Observa-se uma sequência evolutiva no campo de corpos de expressão para espíritos nas mais diferentes necessidades de aprendizagem. Contudo, o corpo em si necessita do componente espiritual para gerenciar a sua formação e manutenção, portanto, não apresentando solução de continuidade para as diferentes formas físicas, podemos inferir que a gradação evolutiva do espírito também deverá ser correspondente, isto é, igualmente sem solução de continuidade.
Os fósseis se encontram disseminados por todo o globo, significando que habitavam os diversos cantos do planeta, assim, a população humana surgiria igualmente em todo o globo, procriando e gerando toda uma população que se transformaria na atual.
Ainda no livro A Gênese, Kardec apresenta uma teoria a respeito do surgimento, ou melhor, formação do corpo humano. Fala sobre a semelhança entre os corpos de primatas e humanos e que não seria impossível que o segundo fosse decorrente do primeiro; esclarece que esta transformação pode ter sido possível com espíritos em uma determinada condição evolutiva encarnando em corpos referentes ao de uma condição mais baixa visando, exatamente, o aprimoramento deste. Este teria sido um processo que, gradativamente, conduziria ao corpo humano como conhecemos hoje, sem prejuízo espiritual.
A prerrogativa de que a evolução tanto das formas quanto do ser espiritual transcorreu gradualmente ao longo de certo intervalo de tempo, e não uma explosão de espíritos já de determinado condição evolutiva, pode ser verificada também nos achados da paleontologia mais recentes.
No ano 2000, um extenso artigo científico intitulado The Revolution That Wasn't (A Revolução que não Aconteceu), publicado no Journal of Human Evolution, indicou que o comportamento humano não teve um surgimento em uma "explosão de criatividade" cerca de 50.000 anos atrás, como se acreditava, mas era fruto de um processo gradual ao longo de cerca de 300.000 anos.
A paleontologia vem passando por uma revolução em decorrência de alguns fósseis que foram encontrados no continente africano e divulgados em 2010. Em artigo intitulado First of Our Kind (O Primeiro de Nossa Espécie), estes fósseis foram considerados como pertencentes a uma nova espécie, o Australopithecus Sediba, o qual apresentava características peculiares tanto da espécie Australopithecus quanto da espécie Homo.
Um ponto muito interessante no artigo acima citado é que os autores dizem que os "paleontologistas precisarão repensar completamente onde, quando e como a espécie Homo começou e o que significaria ser humano".
Certamente o conhecimento humano atual ainda está muito longe de desvendar este "mistério", e tantos outros, que muito levemente foi desvelado pelos espíritos responsáveis pela Codificação Espírita, por isso, é preciso muito cuidado ao tratar de questões científicas visando confirmar ou alterar o que consta nas obras da Codificação.

Cláudio Conti

Fonte: Correio Espírita

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