Enquanto você dormia, à noite
passada, é possível que você estivesse matando a saudade de antigos amores
fraternos. De vez em quando somos chamados junto aos nossos espíritos queridos.
Você alguma vez já sonhou e ficou
triste por ter acordado? Queria ficar dormindo, sonhando, vivendo o que estava
vivendo, sentindo o que estava sentindo?
Durante as horas de sono, enquanto o
corpo físico repousa, nós ficamos relativamente livres, temporariamente
libertos do peso da matéria. O que cada um de nós faz nessas horas? Depende da
vontade, do que se passa em nosso íntimo, depende do nosso grau de adiantamento
moral, da nossa força mental, depende de uma série de fatores que pouca gente
conhece.
Isso é estudado profundamente na
Projeciologia, do Waldo Vieira.
Mas há ocasiões em que vamos para
lugares muito melhores do que os lugares em que vivemos hoje. Fazemos coisas
mais agradáveis do que as coisas que costumamos fazer e, o mais importante,
convivemos com pessoas de quem sentimos muita falta.
Por mais que você ame quem está ao
seu lado, sua família, seus parentes e amigos, nós vivemos em pleno laboratório
de pesquisas. A matéria é mais ou menos isso, um laboratório onde testamos
nossos conhecimentos e experiências adquiridos através de incontáveis
reencarnações e durante os intervalos entre uma reencarnação e outra.
E na turbulência do dia-a-dia, no
mundo competitivo e agitado, é raro termos tempo e oportunidade para
simplesmente viver. Temos inúmeras responsabilidades aqui. E nem sempre estamos
bem certos do que fazemos. Quando reencarnamos, não trazemos um roteiro que
possa ser consultado a qualquer hora. É tudo intuitivo…
Quando estamos temporariamente livres
da matéria por ocasião do sono, temos a oportunidade de conviver com pessoas a
quem muito amamos e que muito nos amam. Cada um de nós tem sua parentela
espiritual. Cada um de nós tem laços de amor e amizade com espíritos muito
superiores a nós, que zelam por nossa passagem pela matéria. São esses
espíritos que muitas vezes nos socorrem em momentos de maior dificuldade, nos
incutindo ideias de bom ânimo, de esperança e de certeza de que no final tudo
dá certo.
Enquanto o corpo físico está atirado
sobre a cama, você pode estar matando a saudade de antigos amores fraternos,
ouvindo bons conselhos, assistindo palestras, participando de cursos,
relembrando experiências agradáveis de outras vidas como forma de recobrar
forças e ânimo pra continuar a tarefa.
Então, quando você acorda, não sabe
onde estava, com quem estava ou o quê estava fazendo. Mas sabe que estava num
lugar extremamente agradável e calmo, com pessoas amadas, boas e pacíficas,
fazendo algo de útil e instrutivo. Você desperta com a convicção de que esteve
num lugar que você conhece, esteve com pessoas muito íntimas, e estava tratando
de assuntos que você conhece muito bem, você sabe perfeitamente do que se
trata, embora seu cérebro físico não tenha essa lembrança.
Quando você acorda e percebe que era
um sonho, que a sua realidade é outra, talvez a sua primeira impressão seja de
decepção. Você gostaria de ficar por lá, você preferiria que a sua realidade
fosse aquela e não esta. Mas logo você se conforma, você sabe, intuitivamente,
que voltar pra lá é uma questão de tempo. De tempo e de merecimento.
A sua realidade, hoje, agora, é aqui.
Você tem uma enorme responsabilidade aqui. A sua responsabilidade não se
restringe às pessoas que você conhece. A sua família não é composta só pelas
pessoas que estão encarnadas aqui, com você. Há espíritos desencarnados que
fazem parte do seu grupo, que estão inseridos no contexto da sua experiência
terrena.
O processo reencarnatório passa por
um grande e complexo planejamento, que nós estamos longe de apreender. Mas é
muito provável que alguns espíritos contam com você, esperam que você faça o
que foi planejado, dependem de você, até certo ponto, para poderem colocar em
prática o que foi planejado para eles. Tudo está interligado.
Por isso, de vez em quando, somos
chamados junto aos nossos espíritos queridos. Para relembrar o planejamento,
para retificar pontos que fugiram do controle, para modificar estratégias. A
sensação que guardamos conosco, as lembranças vagas que ficam, quando
despertamos, nos afiançam de que vale a pena se esforçar, vale a pena cumprir
com a nossa parte.
Autor: Morel Felipe Wilkon
Fonte:
http://www.espiritoimortal.com.br