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domingo, 3 de abril de 2016

PLANEJAMENTO REENCARNATÓRIO



Toda reencarnação é precedida de planejamento. O Espírito trabalha, pesquisa, estuda e observa para fazer a sua escolha. Tal afirmação às vezes provoca surpresa, por existir quem acredite que, na Terra, integra determinada família por engano.
No intervalo compreendido entre as reencarnações (reencarnação = entrar de novo na carne, isto é, em novo corpo físico), em geral, o Espírito imortal, no exercício de seu livre-arbítrio, escolhe o gênero de provas por que há de passar em sua próxima experiência e, com isso, assume desde logo a responsabilidade por suas decisões e logicamente pelas conseqüências delas decorrentes. Sendo importante destacar que esta escolha diz respeito ao gênero das provas propriamente dito, e não às suas particularidades, razão pela qual os Mentores Espirituais, como sempre, recomendam cautela.
Toda reencarnação é precedida de planejamento. O Espírito trabalha, pesquisa, estuda e observa para fazer a sua escolha. Tal afirmação às vezes provoca surpresa, por existir quem acredite que, na Terra, integra determinada família por engano. Entretanto, e como facilmente se pode observar, um mínimo de planejamento é necessário até mesmo para o cumprimento de tarefas primárias de nosso dia-a-dia. E quanto ao trabalho (toda ocupação útil é trabalho" - "O Livro dos Espíritos", questão 675), não deveria nos surpreender a afirmação de sua existência após a desencarnação diante do que disse Jesus, o Cristo, há mais de dois mil anos: O Pai trabalha até hoje, isto é, sempre!
De outra parte, informado do planejamento, há quem não compreenda, por exemplo, a razão de alguém escolher a prova da miséria quando poderia optar pela prova da riqueza, que proporciona facilidades, conforto, bem-estar. No entanto, completada a informação, passa a entender que ambas as provas são difíceis e que a prova da riqueza provavelmente seja mais difícil porque pode torná-lo avaro e egoísta; pode lançá-lo aos vícios.
De certo modo, agimos assim, quando fisicamente adoentados, por exemplo, tomamos o remédio mais desagradável para nos curarmos de pronto.
Está mais do que comprovado que precisamos aprender, crescer, progredir intelectual e moralmente e que não nos encontramos em férias, e muito menos em férias permanentes.
Até atingir a perfeição relativa, o Espírito passa por provas e expiações ("A prova examina, experimentando o grau de preparação do educando" - "A expiação ensina, rigorosa, a lição desperdiçada na inutilidade ou na viciação." - livro "Dimensões da Verdade", Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal, cap. "Sob testes e exames"). O ideal é que enfrentemos com fé, resignação e amor, mantendo-nos ativos, trabalhando e estudando sempre, procurando eliminar quanto antes as queixas de nossa vida.
A propósito, como já esclareceu André Luiz, Espírito, no livro Agenda Cristã: "As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você." (psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB, cap. 38). Na mesma linha, no livro "Para Uso Diário", o Espírito Joanes aconselha: "Evite a lamentação, uma vez que ela em nada lhe auxiliará. Não diminuirá o peso da sua cruz, nem dispensará as nuvens que estejam toldando, porventura, os seus horizontes." (psicografia de José Raul Teixeira, Ed. Fráter, cap. 20).
Como se pode observar com muita facilidade, a queixa não soluciona qualquer problema. Logo, se não resolve nem sequer acrescenta nos outros um só grama de simpatia por nós, cabe perguntar: que postura devo adotar? Qual a mais adequada? Qual a que mais nos beneficia?
A reencarnação, repetimos para enfatizar, é sempre precedida de planejamento, de modo que ninguém está solto, só, e muito menos por acaso na Terra, havendo fortíssimas razões para termos renascido neste ou naquele país, nesta ou naquela cidade, nesta ou naquela família, com incontáveis facilidades ou dificuldades, etc., mesmo que agora não saibamos identificá-las e apontá-las.
A reencarnação, como bênção de oportunidade, reflete a Justiça de Deus. Oportunidade de corrigir nossos erros, males e equívocos, ainda que parcialmente, de ajustar e reajustar contas. Oportunidade de crescimento, de evolução, de progresso intelectual e moral. Oportunidade ímpar de dar nova direção à nossa Vida, com o ingresso definitivo na estrada do Bem, praticando-o onde quer que nos encontremos.


sábado, 2 de abril de 2016

"CREMAÇÃO NA VISÃO ESPÍRITA"

O medo de ser enterrado vivo induz muita gente a desejar ser cremado. Queima-se o cadáver evitando o problema. Mas há uma dúvida que inspira a pergunta mais frequente:
- Se no ato crematório o Espírito ainda estiver preso ao corpo, o que acontecerá?
Tudo aquilo que doamos temos, é da lei. Tudo que temos, devemos.
O corpo é uma veste e um instrumento muito valioso e útil para o espírito, enquanto encarnado. Depois de morto, nenhuma utilidade mais tem para o espírito que o animou. Poderá vir a ser cremado sem que nada disso traga qualquer prejuízo real para o espírito desencarnado.
Pensam alguns que se o seu corpo for queimado ou lesado haverá prejuízo para o seu ressurgimento no mundo espiritual. Entretanto, não é o corpo material que continua a viver além-túmulo nem é ele que irá ressurgir, reaparecer, mas sim o espírito com o seu corpo fluídico (perispírito), que nada tem a ver com o corpo que ficou na Terra.
É necessário observar que, se o Espírito estiver ligado ao corpo não sofrerá dores, porque o cadáver não transmite sensações ao Espírito, mas obviamente experimentará impressões extremamente desagradáveis, além do trauma decorrente de um desligamento violento e extemporâneo. Mas pense bem, enterrar o corpo é também algo horrível se o espírito permanecer preso a ele; a autópsia; a putrefação do corpo, os vermes devorando a carne putrefata, é também angustiante para o espírito. Entretanto devemos lembrar que o perispírito está em outra faixa vibratória, e que em circunstâncias normais não deve ser afetado, quer pela decomposição, quer pela cremação.
Entretanto, acreditamos que um espírito cujo corpo vai ser cremado, é desligado, talvez de forma violenta, mas não será queimado, mesmo que fique preso.
Sofrem mais os espíritos muito apegados à matéria, os sensuais, os que se agarram aos prazeres da vida. Mas respondendo objetivamente, acreditamos que não são sensações físicas, e sim emocionais, morais.
Para que o Espírito não se encontre ligado ao corpo físico, é recomendável um intervalo razoável após a morte (Emmanuel diz 72 horas), a fim de se ter maior segurança de que o desligamento perispiritual já tenha completado.
Nos fornos crematórios de São Paulo espera-se o prazo legal de vinte e quatro horas. Não obstante, o regulamento permite que o cadáver permaneça em câmara frigorífica pelo tempo que a família desejar. Espíritas costumam pedir três dias. Há quem peça sete dias.
Importante reconhecer, todavia, que muito mais importante que semelhantes cuidados seria cultivarmos uma existência equilibrada, marcada pelo esforço da auto renovação e da prática do Bem, a fim de que, em qualquer circunstância de nossa morte, libertemo-nos prontamente, sem traumas, sem preocupação com o destino de nosso corpo.

DIVALDO FRANCO

“CHEGADAS E PARTIDAS.”

Cada abraço daqueles guarda uma história diferente...
Cada reencontro daqueles revela um outro mundo, uma outra vida, diversa da nossa, da sua...
Se você nunca teve a oportunidade de observar, por mais de cinco segundos, todas aquelas pessoas – desconhecidos numa multidão - esperando seus amigos, seus familiares, seus amores, não tenha medo de perceber da próxima vez, a magia de um momento, de um lugar.
Falamos dos portões de chegada de um aeroporto, um desses lugares do mundo onde podemos notar claramente a presença grandiosa do amor.
Invisível, quase imperceptível, ali ele está com toda sua sublimidade.
Nas declarações silenciosas de um olhar tímido. No calor ameno de um abraço apertado. No breve constrangimento ao tentar encontrar palavras para explicá-lo.
Na oração de três segundos elevada ao Alto - agradecendo a Deus por ter cuidado de seu ente querido que retorna.
Richard Curtis, que assina a produção cinematográfica de nome Love actually – traduzida no Brasil como Simplesmente amor, traz essas cenas com uma visão muito poética e inspirada.
O autor oferece na primeira e última cenas do filme exatamente a contemplação dos portões de chegada de um aeroporto e de seu belíssimo espetáculo representando a essência do amor.
Ouve-se um narrador, nos primeiros segundos, confessando que, toda vez que a vida se lhe mostrava triste, sem graça, cruel, ele se dirigia para o aeroporto para observar aqueles portões e ali encontrava o amor por toda parte.
Seu coração alcançava uma paz, um alívio, em notar que o amor ainda existia e que ainda havia esperança para o mundo.
Isso tudo pode parecer um tanto poético demais para os mais práticos, é certo.
Assim, a melhor forma de compreender a situação proposta é a própria vivência.
Sugerimos que faça a experiência de, por alguns minutos, contemplar essas cenas por si mesmo, seja na espera de aviões ou outros meios de transporte coletivos.
Propomos que parta de uma posição mais analítica, de início, com algumas pitadas de curiosidade:
Que grau de parentesco possuem aquelas pessoas? - Há quanto tempo não se veem? - De onde chegam?
Ou, quem sabe, sobre outros: Que histórias têm para contar! - O que irão narrar por primeiro ao saírem dali? Sobre a família, sobre a viagem, sobre a espera em outro aeroporto?
Ao perceber lágrimas em alguns olhos, questione: De onde elas vêm? - Há quanto tempo não se encontram? - Que felicidade não existe dentro da alma naquele momento!
Por fim, reflita:
Por quanto tempo aquele instante irá ficar guardado na memória! O instante do reencontro...
Tudo isso poderá nos levar a uma analogia final, a uma nova questão: não seria a Terra um imenso aeroporto? Um lugar de chegadas e partidas que não param, constantes, inevitáveis?
Pensando nos portões de chegada na Terra, lembramos dos bebês, que abraçamos ao nascerem, com este mesmo amor daqueles que esperam num aeroporto por seus amados.
Choramos de alegria, contemplando a beleza de uma nova vida, e muitas vezes esse choro é de gratidão pela oportunidade do reencontro.
É um antigo amor que, por vezes, volta ao nosso lar através da reencarnação.
Pensando agora nos portões de partida, inevitavelmente lembramos da morte, da despedida.
Mas esse sentir poderá ser também feliz!
Como o sentimento que invade uma mãe ou um pai que dá adeus a um filho que logo embarcará em direção a outro país, a fim de fazer uma viagem de aprendizagem, de estudo ou profissional.
Choram sim, de saudade, mas o sentimento que predomina no bom coração dos pais é a felicidade pela oportunidade que estão recebendo, pois têm consciência de que aquilo é o melhor para ele no momento.
Vivemos no aeroporto Terra.
Todos os dias milhares partem, milhares chegam.
Chegadas e partidas são inevitáveis.
O que podemos mudar é a forma de observá-las.

Autor: momento espírita

quinta-feira, 31 de março de 2016

“COMO O ESPÍRITO VÊ O CORPO APÓS A MORTE”

A ideia que geralmente se faz dos Espíritos torna a princípio incompreensível o fenômeno das manifestações. Elas não podem ocorrer sem a ação do Espírito sobre a matéria. Por isso, os que consideram o Espírito completamente desprovido de matéria perguntaram, com aparente razão, como o pode agir materialmente. E nisso precisamente está o erro. Porque o Espírito não é uma abstração, mas um ser definido, limitado e circunscrito.
O Espírito encarnado é a alma do corpo; quando o deixa pela morte, não sai desprovido de qualquer envoltório. Todos eles nos dizem que conservam a forma humana, e, com efeito, quando nos aparecem, é sob essa forma que os reconhecemos.
Observamo-los anteriormente no momento em que acabavam de deixar a vida. Acham-se perturbados; tudo para eles é conclusão; veem o próprio corpo perfeito ou mutilado, segundo o gênero de morte; por outro lado, veem a si mesmo e se sentem vivos. Alguma coisa lhes diz que aquele corpo lhes pertencia e não compreendem como possam estar separados. Continuam a se ver em sua forma anterior, e essa visão provoca em alguns, durante certo tempo, uma estranha ilusão: julgam-se ainda vivos. Falta-lhes a experiência desse novo estado para se convencerem da realidade.
Dissipando-se esse primeiro momento de perturbação, o corpo lhes aparece como velha roupa de que se despiram e que não querem mais. Sentem-se mais leves e como livres de um fardo. Não sofrem mais as dores físicas e são felizes de poderem elevar-se e transpor o espaço, como faziam muitas vezes em vida nos seus sonhos. Ao mesmo tempo, apesar da falta do corpo constatam a inteireza da personalidade: tem uma forma que não os constrange nem os embaraça tem a consciência do eu, da individualidade. Que devemos concluir disso? Que a alma não deixa tudo no túmulo mas leva com ela alguma coisa.
Numerosas observações e fatos irrecusáveis, de que trataremos mais tarde, demonstraram a existência no homem de três componentes:
1º) a alma ou Espírito, princípio inteligente em que se encontra o senso moral;
2º) o corpo, invólucro material e grosseiro de que é revestido temporariamente para o cumprimento de alguns desígnios providenciais;
3º) o perispírito, invólucro fluídico, semi-material, que serve de liame entre a alma e o corpo.
A morte é a destruição, ou melhor, a desagregação do envoltório grosseiro que a alma abandona.
O outro envoltório desprende-se e vai com a alma, que dessa maneira tem sempre um instrumento. Este último, embora fluídico, etéreo, vaporoso, invisível, para nós em seu estado normal, é também material, apesar de não termos, até o presente, podido captá-lo e submetê-lo à análise.
Este segundo envoltório da alma ou perispírito existe, portanto, na própria vida corpórea. É o intermediário de todas as sensações que o Espírito percebe, e através do qual o Espírito transmite a sua vontade ao exterior, agindo sobre os órgãos do corpo.
Para nos servimos de uma comparação, é o fio elétrico condutor que serve para a recepção e a transmissão do pensamento. É, enfim, esse agente misterioso, inapreensível, chamado fluido nervoso, que desempenha tão importante papel na economia orgânica e que ainda não se considera suficientemente nos fenômenos fisiológicos e patológicos.
Estudo Sobre Espiritismo

O Livro dos Médiuns, Allan kardec

quarta-feira, 30 de março de 2016

"DEUS NUNCA DESISTE"

Você já se deu conta de que Deus nunca desiste?
Se ainda não havia percebido, observe o mundo ao seu redor.
Se você amanhece triste, Deus lhe oferece o canto dos pássaros, antes mesmo do amanhecer, pois seu canto sonoro se faz ouvir quando a noite ainda não se despediu por completo.
Se você se sente só no mundo, Deus lhe acena com inúmeras oportunidades de conhecer pessoas e fazer novas amizades, desfazendo essa sensação de abandono.
Deus nunca desiste...
Para aqueles que não gostam dos dias chuvosos, o Criador enfeita as folhas verdes com pequenas gotas brilhantes, como querendo mostrar que a chuva tem seus encantos e belezas.
Para quem não gosta dos dias quentes, Deus oferece o espetáculo dos insetos alados, em graciosa dança, a dizer que o verão tem sua graça.
Deus nunca desiste...
Aos Seus filhos que não apreciam os dias frios do inverno, Deus mostra as noites mais limpas e cravejadas de estrelas e os dias de céu mais azul, de todas as estações.
Deus nunca desiste...
Se você ainda hão havia percebido essa realidade, comece a olhar ao seu redor. Há muitos motivos para você acreditar que o Criador está sempre fazendo o máximo para que você perceba o Seu empenho.
Só no dia de hoje, quantas mostras da ação de Deus não se podem contemplar?!
Se, para você, o dia parece inútil, as situações sem graça e os problemas sem possibilidade de solução, pare e observe melhor.
Você notará uma árvore lhe oferecendo sombra, uma flor ofertando perfume, um pássaro cantando para você, uma borboleta o convidando a bailar... porque Deus nunca desiste.
Ainda que a morte se apresente como vencedora da vida...
Mesmo que se diga o ponto final da relação de amor que nos une a outros seres...
Ainda que se proclame devastadora de sentimentos e capaz de aniquilar sonhos...
Não se deixe levar por essa farsante cruel...
Porque do outro lado do túmulo a morte será desmascarada, porque Deus nunca desiste... e a vida segue estuante.
O Criador tem planos de felicidade para você...
E jamais desistirá, enquanto você não tomar posse dessa herança que lhe foi destinada.
Essa herança está depositada no íntimo de cada um de nós, e mesmo que os milênios se escoem, que nos pareça que jamais a conquistaremos, um dia a felicidade será realidade...
Deus nunca desiste...
Ainda que no dia de hoje você não tenha nenhuma conquista significante, que a tristeza lhe ronde as horas, que a alegria pareça distante e a esperança esteja de férias... Deus não desiste.
Quando o hoje partir e nada mais restar de suas horas, Deus lhe acenará com um novo dia, e novas oportunidades surgirão para que você dê mais um passo na direção da felicidade efetiva.
E se esta existência não for suficiente para você atingir a felicidade suprema, ainda assim, Deus não desistirá...
Uma nova oportunidade irá surgir... uma nova existência lhe será oferecida... e novamente teremos a prova de que Deus não desiste.
E se Deus não desiste é porque Ele ama cada filho Seu...
E se assim é, por que você, que é herdeiro desse Pai amoroso e bom, irá desistir?
Pense nisso e observe os acenos divinos em cada convite da vida para que você jamais deixe de caminhar na direção da luz.
... Porque Deus, Deus nunca desiste.

Redação do Momento Espírita.

𝗖𝗢𝗠𝗢 𝗢𝗦 𝗥𝗘𝗟𝗔𝗖𝗜𝗢𝗡𝗔𝗠𝗘𝗡𝗧𝗢𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗠 𝗔𝗧𝗥𝗘𝗟𝗔𝗗𝗢𝗦 𝗡𝗔𝗦 𝗥𝗘𝗘𝗡𝗖𝗔𝗥𝗡𝗔𝗖̧𝗢̃𝗘𝗦.

Os ajustes dos relacionamentos problemáticos de outras existências. Pelas reencarnações os espíritos têm a oportunidade de reestabelecer os ...